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INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO URBANO A CIDADE SOU EU Aula 03 CEUNSP Arquitetura e Urbanismo Profs. Estevam Vanale Otero Fernando Luiz Antunes Guedes Noemi Yolan Nagy Fritsch 2016

INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO URBANO · práticas de planejamento urbano comuns do pós-guerra. ... criação de novos paradigmas. ... supera as distâncias de espaço e de tempo,

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INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO URBANO

A CIDADE SOU EU Aula 03

CEUNSP

Arquitetura e Urbanismo

Profs. Estevam Vanale Otero Fernando Luiz Antunes Guedes Noemi Yolan Nagy Fritsch 2016

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A CIDADE SOU EU

• Tese de doutorado da arquiteta Rosane de Azevedo

Araújo, que traça paralelos entre as “conceitualizações”

de Cidade (tradicionais e contemporâneas) e o Eu (Nova

Psicanálse).

• O texto aborda o conceito de Eu segundo as concepções

clássicas de Descartes, Kant e Freud, para nos introduzir

à ideia de Eu = Pessoa apresentada pela Nova

Psicanálise.

• Uma Pessoa não cabe em relações de horizontalidade

(eu-tu) ou de verticalidade (transcendente absoluto com

rosto definido).

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• O objetivo deste tema é apresentar a ideia de que,

atualmente, o processo de explosão de sentidos da

noção de “cidade” é correlato ao processo de

descentralização e fragmentação da noção de “eu”.

• Nosso entendimento é que, como o conceito de cidade,

de urbano, de civilização saiu dos lugares geométricos e

geográficos, é preciso definir a Pessoa para definir a

(sua) cidade.

• Uma Pessoa, então, é definida como uma formação que,

para além de suas instâncias corporais, comportamentais

e culturais, traz em sua construção própria a

possibilidade de transformação, de exigir o avesso de

qualquer situação, mesmo que esta consecução

transformadora se alongue no tempo.

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• A cidade se configura de acordo com a rede que sou e, a

cada mudança desta rede, muda a cidade que, de retorno,

também me transforma.

• Pessoa = Rede que pode dizer: a cidade sou Eu.

• É mediante as propriedades da Pessoa = Rede que é

possível pensarmos o que seja Eu habitante desse espaço

urbano, informacional, videótico e videófilo, non stop,

globalizado, controlado, digital, instantâneo, e do que mais

vier a surgir como efeito destas características.

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Conceito de Cidade

• O conceito de cidade, como qualquer conceito, é um

produto historicamente construído. É uma ferramenta

conceitual que sofre pressões de reformulação a cada

momento em que grandes transformações estruturam

uma nova época (polissemia do conceito de cidade).

• Tradicionalmente pensamos a cidade vinculada à

geografia.

• Seguindo historiadores como Lewis Mumford, podemos,

de acordo com os parâmetros clássicos, estabelecer

sinteticamente um percurso no qual o conceito de cidade

tem sua origem nas referências herdadas da aldeia

neolítica, recompostos de modo mais complexo e

incorporados pela nova unidade urbana.

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http://www.northernsights.net/skara-brae/skara-brae-IMGP9958.jpg

Skara Brae, ESCÓCIA

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http://www.losviajesdejuanmaycarol.com/uploads/6/7/3/9/6739115/1957735_orig.jpg

Atenas, GRÉCIA

A partir daí estabeleceram-se referências que organizam o modo

tradicional de conceber a cidade, presentes em várias experiências

históricas.

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http://lounge.obviousmag.org/encruzilhada/2012/07/05/san-gimignano-historic-centre-8618.JPG

San Gimignano, ITÁLIA

• concepção física e geográfica do espaço, reiterando raciocínios

de fixação, delimitação, pertencimento e exclusão;

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s/cq5dam.web.1280.1280.jpeg

Florença, ITÁLIA

• preponderância da forma física da cidade, convertida na materialidade

das ruas, casas, recinto religioso, recinto administrativo, mercado;

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http://3.bp.blogspot.com/-5I15-4qmdc0/UdX1ac-JJFI/AAAAAAAABAo/zZDDtkZCmmI/s1600/Nova+York.jpg

Nova York, EUA

• cidade como local de ponto de encontro, local de proteção, local da troca,

local da interação cultural, local da criatividade e evolução técnica, local

de transmissão da herança cultural.

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• Essa cidade que tradicionalmente se estabeleceu pela vitória do

sedentarismo, da fixação no solo, da ocupação de um espaço

euclidiano tem a arquitetura e o urbanismo tradicionalmente

associados à estabilidade e a permanência, ao sólido e ao

duradouro.

• O mundo passou por uma transformação no séc. XX, que

demonstrou, não apenas a ineficácia de qualquer vontade de

verdade ou fundamento, como marcou uma ruptura com as

práticas de planejamento urbano comuns do pós-guerra.

• Neste contexto, a cidade contemporânea vem sofrendo

alterações estruturais nas relações tempo-espaço

vivenciadas pelo cidadão. Ela tende agora a se caracterizar

pela velocidade de circulação, com fluxos de mercadorias,

pessoas e capital, em ritmo cada vez mais acelerado (ROLNIK,

1995).

• ;

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• Assim, o espaço virtual contemporâneo teria grande

funcionalidade às propostas fluidas, devido à sua

possibilidade de onipresença, ao disseminar-se por toda a

parte. Assim, a cidade como local de troca, comunicação,

moradia, trabalho, estaria, potencialmente, em qualquer lugar.

• As redes interativas de computadores cresceram – e estão

crescendo – criando novos canais de informação e

comunicação e operando mudanças nas relações sociais,

econômicas e culturais.

• Já se falou bastante sobre isto, mas ainda é pouca a reflexão

sobre o cerne das perspectivas e expectativas que se abrem

para as pessoas e seus desempenhos nesse ambiente

urbano de multiacessibilidade e redefinição das concepções

de território, identidade e pertencimento de cada um.

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Reconceituação das cidades séc. XX

• A partir da década de 1960, e no Brasil mais marcadamente

no início da década de 90 do século XXI, uma série de

inovações científicas e tecnológicas convergiram para a

criação de novos paradigmas.

• Os autores cunharam diversos nomes para essas

aglomerações humanas cada vez mais conectadas,

visualizadas e acessáveis em tempo real independentemente

de suas distâncias.

• Temos a exposição de um urbanismo em estado fluido, o

“orbanismo” em vigor no século 21. Nele, a forma cria sua

mutação permanente e o urbano se constitui mediante a

multiplicidade da experiência dos espaços e dos tempos e se

funda na continuidade e na comunicação entre as coisas.

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MEGACIDADES

• São aglomerações de grandes

dimensões, com mais de dez milhões

de pessoas, englobando mais de um

décimo da população urbana mundial e

dotadas de um rápido processo de

urbanização;

• Concentram o essencial do dinamismo

econômico, tecnológico, social e

cultural dos países;

• Estão conectadas entre si numa

escala global;

• Se estendem no espaço, formam

nebulosas urbanas, e configuram os

atuais centros nervosos do sistema

mundial: por exemplo Londres, Nova

York e Tóquio

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CIDADE GLOBAL

Saskia Sassen

• Cidades globais são aquelas que possuem

uma relativa influência no cenário mundial,

geralmente abrigam entidades,

organizações, conferências internacionais,

instituições financeiras, etc.

• Uma cidade global não se caracteriza pelo

número de habitantes, desse modo existem

centros urbanos que aglomeram milhões

de pessoas e não se destacam com essa

condição, há também aquelas de pequeno

porte, mas de enorme importância no

cenário mundial.

• Estas cidades, como São Paulo, Rio de

Janeiro, Los Angeles, Cidade do México e

Manchester, são pontos de comando,

mercados globais e locais de produção

para a economia da informação.

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CIDADE

INFORMACIONAL

Manuel Castells

• É considerada a cidade da sociedade atual, tem como base as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação e é constituída por dualismos: enorme potencial de produtividade e capacidade de destruição; proezas tecnológicas e misérias sociais de nosso tempo; centralização e metropolização das indústrias da informação e um processo de descentralização de atividades de serviço dentro de regiões, das áreas urbanas e das localizações dentro das áreas metropolitanas.

• Este processo binário de centralização e descentralização simultâneas, ambas associadas às mesmas dinâmicas sócio-econômicas, caracterizam a complexidade desta nova forma social e espacial que é a cidade informacional. Neste contexto temos o espaço de fluxos que caracteriza as redes de informação e funda uma lógica organizacional aespacial.

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https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/88/Los_Angeles_

Skyline.jpg

http://www.whitegadget.com/attachments/pc-wallpapers/147028d1396940409-new-york-skyline-new-york-

skyline-image.jpg

Duas cidades são típicas para o

entendimento desta estrutura dual:

Los Angeles e Nova Iorque.

Estas duas cidades norte-americanas

continham, no final da década de 80,

a maior parte do crescimento dos

empregos altamente remunerados,

e, ao mesmo tempo, eram habitadas,

majoritariamente, por minorias

étnicas incapazes de conseguir

estes empregos.

Portanto, a dualidade manifestava-se

na coexistência espacial de um

grande setor profissional e executivo

de classe média com uma crescente

subclasse urbana.

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VIDEOCIDADE

Paul Virilio

• É considerada a Cidade sem portas, aquela em que se pode acessar através das telas das redes audiovisuais.

• O espaço urbano COMUM perde sua realidade geopolítica em benefício único de sistemas instantâneos de deportação.

• Estaríamos passando da estética do aparecimento progressivo de uma imagem estável (analógica), onde formas e volumes eram constituídos por seu suporte material para a estética do desaparecimento de uma imagem instável (digital), cuja duração é a do “tempo de sensibilização” promovido pela interface com a tela, onde tudo se mostra na imediatez de uma transmissão instantânea.

• Neste contexto a distância-velocidade supera as distâncias de espaço e de tempo, e passamos a considerar um espaço-tempo tecnológico. Como conseqüência temos a dimensão física relativizada.

http://www.com.ufv.br/disciplinas/

cibercultura/

wp-content/uploads/2012/03/paul-virilio.jpg

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http://imediata.org/devir/virilio/IK_Aceh_side-by_side_c.jpg

A forma urbana não é mais expressa por uma demarcação qualquer, uma

linha divisória entre aqui e além, e sim pela programação de um horário no

qual a entrada indica apenas um protocolo audiovisual, em que o público e os

índices de audiência renovam a acolhida e a recepção do público.

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METÁPOLE

François Ascher

• É uma área onde os espaços que a compõem são heterogêneos, não necessariamente contíguos, formada por regiões urbanas que aglomeram cidades de todos os tamanhos, incluindo as zonas urbanas e as zonas rurais.

• Geralmente a totalidade ou parte dos habitantes, das atividades econômicas ou dos territórios está integrada ao funcionamento cotidiano de uma metrópole, compreendendo algumas centenas de milhares de habitantes e constituindo uma única bacia de emprego, de residência e atividades.

• A metápole é um espaço de mobilidade, no qual as relações de proximidade são enfraquecidas, pois ela está conectada a múltiplas redes nacionais e internacionais e, por vezes, mantém com territórios distantes relações mais fortes e intensas do que com sua zona de entorno.

http://3.bp.blogspot.com/_YcGb

l80QbVc/SjGYnYOKCRI/AAAA

AAAAAIw/aIiz-

Tabg2Q/s200/Ascher.jpg

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Tratam-se de amplas regiões urbanas com núcleos espacialmente descontinuos

mas conectados pelas redes de autoestradas, trens de alta velocidade, redes

modernas de telecomunicações e de informática.

http://api.ning.com/files/DtcI2O2Ry7DYKXxBFrG4lEn66LftZWJeMTU5N1

M70yyp0wy3D0EiXRx2E0PVjKpnyYMKQXM*RNurwOcQLl-

yvRAwLP1wJXjC/1082122024.jpeg Tóquio, JAPÃO

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Considerações

• Ser urbano, então, é, sobretudo, ser conectado. Isto,

não apenas no sentido informacional, mas no sentido lato

de todas as possibilidades e usos das conexões

disponíveis e planetariamente disseminadas.

• O sentido do espaço é transformado através da

flexibilidade de sua utilização, da simultaneidade de

seus usos e significados e da flexibilidade ou mudança

sem rupturas que vemos ocorrer nas práticas do dia a

dia.

• A forma cria sua mutação permanente e o urbano se

constitui mediante a multiplicidade da experiência dos

espaços e dos tempos e se funda na continuidade e

na comunicação entre as coisas.

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• A cidade estará onde cada um estiver, sem fronteiras

ou limitações como referência. Então, uma vez que as

conexões da Pessoa recortam o mundo e a cidade que

ela é, estabelece-se uma equivalência que é o ponto

chave do livro: Cidade = Eu.

• A cidade de cada um é coextensiva a seu modo urbano

de inserção no mundo, não havendo distância que

permita separar “eu” e “cidade”.

• Eu = Pessoa é a definição da cidade porque não há mais

distância entre quem habita o lugar (o homem), o lugar (a

cidade) e as maneiras de habitá-lo (as relações de poder

e as técnicas disponíveis).

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Relação pessoa-cidade • A cidade, o mundo ou qualquer espaço, só interessa para

nós, e só teremos conhecimento, enquanto habitável por

pessoas.

• Pessoa é produtora e consumidora do urbano.

• A cidade que cada um é é coextensiva a seu modo

urbano de inserção no mundo, não havendo distância

que permita separar “eu” e “cidade”.

CIDADE PESSOA

MODO

URBANO

DE

VIDA

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CIDADE EU =

Aplicando o conceito de Eu = Pessoa tal como trazido

pela Nova Psicanálise, não há distância que permita

circunscrever separadamente Eu e Cidade. Não

existe uma cidade a priori, externa a nós, na qual nos

inserimos. De maneira semelhante, não estamos fora

de uma cidade que consideramos enquanto tal.

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Cidade e eu compõem o percurso no qual

desaparecem as diferenças entre o conceito de

espaço que se habita e o conceito de espaço que

se é, pois somos a cidade que resulta do conjunto

infinito de conexões disponíveis, aqui e agora

identificáveis e manipuláveis

CIDADE

EU

ESPAÇO QUE

SE HABITA ESPAÇO QUE

SE É

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BIBLIOGRAFIA

• ARAÚJO, Rosane A. A cidade sou eu? O Urbanismo

do século XXI. Rio de Janeiro-RJ: UFRJ/FAU, 2007.

• http://www.facha.edu.br/revista-comum/Comum23.pdf

• http://imediata.org/devir/virilio/index.html

• http://naocaiboentreaspas.blogspot.com.br/2008/12/consi

deraes-sobre-palestra-urbanismo.html

• http://oglobo.globo.com/rio/bairros/moradora-da-barra-

lanca-cidade-sou-eu-3353473

• http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/1

1.121/4183

• http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper30.pdf