Introdução Do Subprojeto - Tiago

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  • 8/16/2019 Introdução Do Subprojeto - Tiago

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      Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica

    Subprojeto de Iniciação Científica

    Edital: Edital PIBIC 2016/201!ítulo do Subprojeto: Sartre: da ontolo"ia # $i%t&riaCandidato a 'rientador: Prof. ª Dr.ª Thana Mara de SouzaCandidato a Bol%i%ta: !ia"o de 'li(eira Car(al$o

     Resumo: Neste projeto temos como objeto de análise compreender, partindo da filosofia sartriana, como

    nos é possível pensar a relação concreta entre homem e mundo por intermédio do método

     fenomenológico e do modo de compreensão progressivoregressivo, estabelecendo a relação entre essas

    maneiras de compreensão da realidade humana!

     "ara #ue compreendamos essa relação entre o homem e mundo a partir da compreensão

     fenomenológica leremos o te$to de %&ituaç'es ( )*ma noção fundamental da fenomenologia de +usserl:

    a intencionalidade-, bem como a obra %. ser e o nada-! /á para entendermos como &artre estrutura a

     partir do mar$ismo o método progressivoregressivo, nos debruçaremos sobre o te$to %0uestão de

     1étodo-, no #ual o filósofo aborda de modo mais incisivo a relação mencionada!

     "alavraschave: fenomenologia, mar$ismo, &artre, método, progressivoregressivo!

    1 Introdução

    A modernidade, enquanto proeto de asseguramento da vida !umana a partir da racionalidade,

    criou por interm"dio de m"todos filos#ficos um conunto de dualidades que se tornaram um o$st%culo na

    compreensão da concretude da realidade !umana e do indivíduo inserido na !istoricidade& Se 'ant não

    conseguiu, de maneira suficiente, dissolver o a$ismo entre a nature(a !umana e a ra(ão, )escartes não

    e*plicara conceitualmente a ligação concreta entre a res e$tensa e a res cogitans&

    +endo isso em vista, pretendemos compreender como " possível pensar a relação concreta entre o

    !omem e o mundo a partir das investigaçes sartrianas acerca do m"todo fenomenol#gico e do mar*ismo,o qual, na visão de Sartre, constitui o !ori(onte filos#fico do nosso tempo& -a primeira parte deste

    tra$al!o precisaremos recorrer, então, . fenomenologia a fim de compreendermos um indivíduo

    introdu(ido na !istoricidade& Em princípio, tal an%lise da fenomenologia, possi$ilitando/nos solucionar a

     pro$lem%tica das dualidades antes mencionadas, nos permitir% entender como se d% a relação da

    consci0ncia com o mundo&

    Para tanto, necessitaremos entender, a partir da leitura do te*to de &ituaç'es ( )*ma noção

     fundamental da fenomenologia de +usserl: a intencionalidade, $em como da Introdução de . ser e o

    nada, que a consci0ncia não se identifica com a ra(ão, mas ", antes, movimento em direção ao mundo, o

    qual tem e*ist0ncia independente da consci0ncia e não pode ser conte1do dela& )epois de analisarmos o

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    modo fenomenol#gico de compreensão da realidade concreta e, consequentemente, a relação entre o Para/

    si 2consci0ncia3 e o Em/si 2mundo3, noçes de 4usserl que Sartre utili(ou em suas investigaçes, iremos

    nos de$ruçar so$re o primeiro capítulo, A origem da negação, da Primeira Parte da o$ra . ser e o nada

    com o o$etivo de elucidar como a compreensão do -ada implica na li$erdade&

     -esse sentido, ao focarmos no primeiro capitulo da Primeira Parte de . ser e o nada,

    investigaremos as relaçes concretas do !omem com o mundo no qual est% inserido, mais especificamente

    a conduta interrogativa, a qual " condicionada pela negação, que, por fim, nos condu( . necessidade da

    e*ist0ncia do -ada5 então, c!egaremos . afirmação da li$erdade& Concluiremos, a partir disso, que o

    !omem " o ser que, ao mesmo tempo em que coloca o -ada no mundo, se infesta de não/ser, na medida

    em que o pr#prio ser do !omem ", em sua totalidade, li$erdade 2SA6+6E, 7899, p& ::/:;3& Ao continuar 

    nossa pesquisa nessa parte da o$ra de . ser e o nada, focaremos na afirmação de que tal processo de

    nadificação que o Para/si opera " correlativo . disto !omem, em

     período de e*ploração, " ao mesmo tempo o produto de seu pr#prio produto e um agente !ist#rico que

    não pode, em caso algum, passar por um produto? 2SA6+6E, 9@;, p&9B83&

      que nos fica a ser resolvido no decorrer da nossa pesquisa " o pro$lema de qual " a relação na

    o$ra sartriana entre a a$ordagem fenomenol#gica,apresentada em . ser e o nada, e o m"todo

     progressivo/regressivo, ela$orado em 0uestão de 1étodo D se essa relação se constitui como ruptura ou

    como continuidade& as na medida em que na metodologia ela$orada em . ser e o nada  est% posto que

    o Para/si s# pode ser pensado de maneira concreta na relação com o mundo, o que continua v%lido em

    0uestão de 1étodo, teremos como !ip#tese que !% uma relação de continuidade entres os distintos

    m"todos&

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    Com efeito, temos como meta analisar a fenomenologia para que possamos compreender a

    concretude da realidade !umana e, como consequ0ncia disso, compreendermos como se d% na visão

    sartriana a estruturação de uma maneira de compreensão do ser/no/mundo& Em outras palavras, a partir dadefinição  fenomenol#gica da relação da consci0ncia com o mundo, esta$eleceremos as estruturas

    necess%rias para compreensão da li$erdade a fim de que possamos compreender a relação do individuo

    !ist#rico 2su$etividade3 concreto com os condicionamentos !ist#ricos que l!e são e*teriores e, que,

     portanto, constituem a o$etividade&

    proeto de pesquisa da prof& +!ana ara de Sou(a tem como tema principal analisar a

     possi$ilidade de se pensar na filosofia de Sartre as noces de su$etividade e crítica e o modo como essas

    noçes se constituem na filosofia e*ist0ncialista sartriana e na crítica . !ist#ria do pensamento fil#sofico

    at" então desenvolvido& Esse proeto de iniciação científica se relaciona, portanto, com o proeto da

     professora na medida em que aqui a$ordaremos o pro$lema da su$etividade a partir da fenomenologia,

    visto que estaremos a$ordando o pro$lem%tica da consci0ncia que se proeta em direção ao mundo em

    que se encontra e se relaciona, que nos leva a noção de li$erdade como estrutura da pr#pria consci0ncia&

     -esse acepção, os proetos se relacionam, em outros termos, por conta da noção de su$etividade

    que nos permite pensar a partir dela questes ontol#gicas pelo vi"s metodol#gico da fenmenologia& as,

     por outro lado, o presente su$proeto tam$"m tem relação com o proeto principal por conta que o m"todo

     progressivo/regressivo, em$ora ten!a sido formulado a partir do mar*ismo, se esta$elece como uma

    crítica . filosofia mar*ista5 e, al"m disso, esse m"todo constitui uma mudança no pensamento sartriano

    acerca da forma de se a$ordar a questão da su$etividade 2Para/si3 em sua relação com o Em/si2o$etividade3, no caso o processo !ist#rico&

    2 'bjeti(o%

    $etivos gerais=

    / +emos como o$etivo deste tra$al!o compreender, na filosofia sartriana, como se desenvolve a relação

    concreta entre o !omem e o mundo tanto na perspectiva fenomenol#gica D de  . ser e o nada / quanto no

    modo mar*ista D de 0uestão de 1étodo  / de compreensão da realidade& Al"m disso, pretendemos

    esta$elecer como a a$ordagem fenomenol#gica implica no desenvolvimento do m"todo progressivo/

    regressivo&

    $etivos Específicos=

    / Compreenderemos a noção de consci0ncia na perspectiva da fenomenologia5

    / Analisaremos como a consci0ncia s# pode ser pensada na relação consci0ncia e mundo, sem, entretano,

    se dissolver em tal relação5

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    / )esenvolveremos noçes cardiais como a noção de li$erdade e o conceito de proeto !umano, a fim de

    que possamos compreender como a consci0ncia, enquanto li$erdade, se relaciona com a realidade

    concreta5/ Analisaremos o m"todo progressivo/regressivo, que " formulado tendo como $ase o mar*ismo, a fim de

    compreender como Sartre insere a su$etividade na !ist#ria e a !istoricidade no sueito5

    / Compreenderemos como a mudança do m"todo fenomenol#gico para o modo de compreensão

     progressivo/regressivo se constitui tendo certa continuidade entre os m"todos na o$ra de Sartre5

    ) *etodolo"ia

    A primeira parte da pesquisa consistir% na reali(ação da leitura do te*to de &ituaç'es ( )*manoção fundamental da fenomenologia de +usserl: a intencionalidade, a partir da qual poderemos nos

    de$ruçar so$re a introdução e o primeiro capítulo, A origem da negação, da Primeira Parte da o$ra . ser 

    e o Nada& Ap#s a compreensão desses te*tos, reali(aremos a leitura do ensaio “O existencialismo

    é um Humanismo”. Já a segunda parte do trabalho será realizada por intermédio da

    an%lise minuciosa da obra 0uestão de 1étodo&

    +ais leituras serão acompan!as por encontros quin(enais com a orientadora a fim de que os

    conceitos a serem estudados seam compreendidos da mel!or forma possível e para que questionamentos

    advindos das leituras seam sanados&

    A medida que nos for nescess%rio e possível, tam$"m utili(aremos comentadores como FranGlin

    Heopoldo e Silva, 6enato dos Santos, Paulo Perdigão e erd Jorn!eim&

    + Plano de !rabal$o/Crono"ra,a

    Atividade I= Heitura do ensaio . e$istencialismo é humanismo e do artigo *ma ideia fundamental 

    da fenomenologia de +usserl: a intencionalidade a fim de compreendermos a noção de consci0ncia,

    assim como outros conceitos importantes do e*istencialismo& que serão fundamentais na e*ecução da

    segunda atividade5

    Atividade II= Leitura do livro O Ser e o Nada 2Introdução e primeiro capítulo, A origem da

    negação, da Primeira Parte3 para que possamos analisar a relação consci0ncia e mundo e como a

    consci0ncia s# pode ser pensada nessa relação sem se dissolver nela5

    Atividade ! "scrita do relat#rio parcial.

    Atividade $! Leitura da obra 0uestão de 1étodo com o$etivo de entendermos como se d%

    a estruturação do m"todo progressivo/regressivo, a partir do qual Sartre insere a su$etividade na !ist#ria

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    SA-+S, 6& ' parado8o da liberdade=  psican%lise e !ist#ria em Sartre& 788:& 9BB f& )issertação

    2estrado em Filosofia3 D Programa de P#s/raduação em Filosofia, Universidade de São Paulo, São

    Paulo&

    SA6+6E, /P& ' e8i%tenciali%,o 9 u, $u,ani%,o& +radução de oão Jatista 'reuc!& 6io de aneiro=

    Ed& Qo(es, 7897&

     RRRRRRRRRR& ' %er e o nada: ensaio de ontologia fenomenol#gica& Petr#polis, Qo(es, 78& ed& 7899&

     RRRRRRRRRR& uestão de "todo& In= '% pen%adore%& +radução de Jento Prado 1nior& São Paulo= A$ril

    Cultural, 9@;&

     RRRRRRRRRR& ,a ideia funda,ental da feno,enolo"ia de ;u%%erl: a intencionalidade& In= Situaç