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Prof. Dr. Sérgio Freire
Introdução e contexto
• A relação com Sigmund Freud • As cartas • O afastamento • ”O resto é silêncio" • As causas da ruptura
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História pessoal
• Nascimento em 26 de julho de 1875 em Kesswyl, Suíça.
• Estudou filologia e arqueologia, mas se formou em medicina.
• Desistiu de seu trabalho em hospital para se dedicar à pesquisa.
• Em 1944, foi criada a cadeira de psicologia médica especialmente para ele na Universidade da Basileia.
• Morte em 06 de junho de 1961 em Zurique, aos 85 anos.
• Muito respeitado nos EUA. Sua obra completa tem 20 volumes.
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Teoria
• Sua teoria é psicanalítica porque dá ênfase aos processos inconscientes, mas difere de Freud em alguns aspectos.
• A teoria da personalidade de Jung combina teleologia e causalidade.
• A visão de Jung é retrospectiva, mas também é prospectiva.
• A teoria de Jung dá ênfase nas fundações raciais e filogenéticas, sendo a personalidade individual um produto da história ancestral.
• Freud enfatiza as origens infantis da personalidade; Jung, as origens raciais da personalidade.
• A personalidade individual resulta de forças internas agindo e sendo influenciado por forças externas.
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A Estrutura da Personalidade
• A personalidade total ou psique (Ψυχή) consiste em vários Sistemas diferenciados, mas interatuantes: EGO, INCONSCIENTE PESSOAL e seus COMPLEXOS, INCONSCIENTE COLETIVO e seus ARQUÉTIPOS, a ANIMA e o ANIMUS e a SOMBRA.
• Além dos sistemas, há as Atitudes (INTROVERSÃO e EXTROVERSÃO) e as Funções (PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSAÇÃO E INTUIÇÃO).
• E, por fim, há o Self , que é o centro de toda a personalidade.
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A Estrutura da Personalidade
• EGO: é a mente consciente. Percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes. Responsável pelo nosso sentimento de identidade,
• INCONSCIENTE PESSOAL: reporta-se às camadas mais superficiais do inconsciente. São as experiências rejeitadas pelo “eu” e reprimidas ou desconsideradas, como lembranças penosas, conflitos pessoais ou morais. Os conteúdos do inconsciente pessoal têm fácil acesso à consciência, quando se faz necessário. Ele encerra também os COMPLEXOS, aglomerados de sentimentos, pensamentos e lembranças carregados de forte potencial afetivo, incompatíveis com a atitude consciente. Eles retêm a energia psíquica, não a deixando fluir. São como pequenas personalidades autônomas, separadas da personalidade total, razão pela qual se diz que “uma pessoa não tem um complexo, mas este é que a tem”.
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A Estrutura da Personalidade
• INCONSCIENTE COLETIVO: depósito das “imagens primordiais”, que nos remetem ao mais primitivo desenvolvimento da psique.
• Essas imagens, herdadas de nossos ancestrais — nossos antecessores humanos, pré-humanos e animais — são predisposições ou potencialidades no experimentar e no responder ao mundo, comportamentos, reações e memórias inconscientes que carregamos do passado, como um elo que nos liga a nossos mais remotos antepassados.
• Os conteúdos do inconsciente coletivo ativam padrões pré-formados de comportamento pessoal, determinantes de certos traços de personalidade inatos. Como exemplo, temos a “imagem primordial” de “Mãe”, que um bebê reconhecerá ao ter a percepção de sua mãe verdadeira, a ela reagindo.
• O Inconsciente Coletivo é a base herdada, racial, de toda estrutura da personalidade.
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A Estrutura da Personalidade
• ARQUÉTIPOS: São os conteúdos do inconsciente coletivo, definidos como “formas sem conteúdo que representam apenas uma possibilidade de percepção e ação”. São universais – todos herdamos as mesmas imagens arquetípicas básicas, que serão preenchidas por nossa experiência consciente.
• O arquétipo é o núcleo do complexo. Ele atrai para si experiências significativas, a fim de formar o complexo, tornando-se suficientemente forte para constituir o centro de um complexo bem desenvolvido e assim poder se expressar na consciência através do comportamento.
• Existe um número inimaginável de arquétipos: pai, mãe, herói, criança, Deus, demônio, nascimento, morte, renascimento, sábio, embusteiro, sol, lua.
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ARQUÉTIPOS
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ARQUÉTIPOS
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ARQUÉTIPOS
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A Estrutura da Personalidade
• PERSONA: indica um aspecto da personalidade, mais exatamente a imagem que o indivíduo mostra externamente, a forma como deseja ser visto, em sua relação com o mundo, ou relativamente ao status social que deseja que lhe seja atribuído. Refere-se também à adaptação do indivíduo ao coletivo
• É a mediação entre a individualidade e a exigência da cultura, motivo pelo qual a pessoa necessita de máscaras para representar seus diversos papéis sociais. Assim, a “persona” é aquilo que os outros pensam que somos.
• A despeito de ser vivenciada como individualidade, ela possui muito pouco caráter individual, pois trata-se na verdade de uma identidade social, de uma imagem idealizada, que apenas deixará de sê-lo após ter se diferenciado do “ego”.
• “Inflação da persona"
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A Estrutura da Personalidade
• A SOMBRA: “Todo homem tem uma sombra e, quanto menos ela se incorporar à sua vida consciente, mais escura e densa ela será. De todo modo, ela forma uma trava inconsciente que frustra nossas melhores intenções.” C.G.JUNG
• O arquétipo da sombra consiste nos instintos animais que os humanos herdaram em sua evolução a partir de formas inferiores de vida.
• Jung afirmou que, se mantivermos um relacionamento adequado com o nosso inconsciente, ele nos auxiliará na nossa direção de vida; porém, ele pode se tornar perigoso quando a atenção consciente que lhe dedicamos for muito errada ou nenhuma.
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A Estrutura da Personalidade
• A ANIMA e o ANIMUS: Anima e animus, derivados do termo latino Anima (Alma), referem-se à imagem da alma de um indivíduo, respectivamente masculina ou feminina.
• Jung não compreendia a anima como alma num sentido “teológico”. São imagens psíquicas, configurações originárias de uma estrutura arquetípica básica, provenientes do inconsciente coletivo.
• Segundo Jung, “A anima, sendo feminina, é a figura que compensa a consciência masculina. Na mulher, a figura compensadora é de caráter masculino, e pode ser designada pelo nome de animus” Tem de haver um compromisso entre as necessidades do inconsciente coletivo e as realidades do mundo externo para o equilíbrio psíquico.
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A Estrutura da Personalidade
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A Estrutura da Personalidade
• AS ATITUDES: Extroversão e introversão • Extroversão: orienta a pessoa para o mundo externo • Introversão: orienta a pessoa para o mundo interior, subjetivo • Ambas estão presentes, sendo uma dominante e consciente e outra
dominada e inconsciente. • Freud (objetos externos) e Adler (objetos internos).
• AS FUNÇÕES: Formas de orientação para se comportar diante do exterior objetivo e do interior subjetivo.
• PENSAMENTO: Processo conceitual que proporciona a compreensão • SENTIMENTO: Processo subjetivo de ponderação e avaliação • SENSAÇÃO: Percepção consciente dos objetos físicos • INTUIÇÃO: Percepção de maneira inconsciente
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A Estrutura da Personalidade
• O SELF: Arquétipo do anseio humano de unidade. o arquétipo central da psique humana.
• O principio ordenador da totalidade da psique consciente e inconsciente, que harmoniza os demais arquétipos e suas atuações nos complexos e na consciência. Atua como a fonte reguladora dos conflitos de nossa vida psíquica.
• Todos buscamos atingir um grau de desenvolvimento que nos permita ter um vislumbre de todo o nosso potencial, nossa completude, de tudo o que nos faz ser únicos e, ao mesmo tempo, parte integrante de um todo. Jung chamou a essa busca de individuação. Para alcançá-la, um indivíduo precisa diferenciar e integrar todas as instâncias psíquicas: ego, persona, anima ou animus e sombra, em relação ao self e ao coletivo, atingindo assim um desenvolvimento espiritual e coletivo.
• O self é a nossa essência, é a meta de vida. (Cristo e Buda)
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A Estrutura da Personalidade
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PERSONA
EGO
SOMBRA
ANIMA ou ANIMUS
SELF
INCONSCIENTE COLETIVO
Arqué0pos Energia Psíquica
CONSCIENTE
INCONSCIENTE
A Dinâmica da Personalidade
• A ENERGIA PSÍQUICA: manifestação da energia de vida • Valores psíquicos: medida de intensidade de investimento • O poder constelador de um complexo: o poder de atração
• DOIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: • O princípio da equivalência: redistribuição da energia • O princípio da entropia: a distribuição de energia na psique
busca o equilíbrio
• O uso da Energia com dois propósitos: • Manutenção da vida • Propagação da espécie
• INDIVIDUAÇÃO: Autodesenvolvimento
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A LINGUAGEM
• O INCONSCIENTE: Símbolos • O SONHO: Papel complementar compensatório • PODER CONSTELADOR DO COMPLEXO: Discursos • INDIVIDUAÇÃO: Processo de subjetivação
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