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BIODIVERSIDADE - PLÂNCTON Bianca Mendes de Lacerda, Jade Alfradique Godinho Lucena, José Pedro Guedes Quintella, Mariana Cezimbra Machado Lara e Pedro Crealese Campos. 1

Introdução - Web view.1 . BIODIVERSIDADE. DO PLÂNCTON. ... alerta um estudo, ... incluindo quase meio milhão de medições da transparência da água nos últimos 120 anos

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BIODIVERSIDADE - PLÂNCTON

Bianca Mendes de Lacerda,Jade Alfradique Godinho Lucena,

José Pedro Guedes Quintella,Mariana Cezimbra Machado Lara e

Pedro Crealese Campos.

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SUMÁRIO

1 RESUMO........................................................................................................................3

2 ABSTRACT....................................................................................................................3

3 INTRODUÇÃO...............................................................................................................4

4 DEFINIÇÃO DO PLÂNCTON.........................................................................................4

4.1 BIODIVERSIDADE DO PLÂNCTON...........................................................................5

4.2 DESTRIBUIÇÂO DA BIODIVERSIDADE....................................................................8

4.3 AMEAÇAS A BIODIVERSIDADE................................................................................9

4.4 O PORQUÊ DA PRESERVAÇÂO.............................................................................11

5 CONCLUSÃO...............................................................................................................11

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................12

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1 RESUMO

O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a

variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem

alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser

humano.

Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois

níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada

indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie

afeta diretamente muitas outras.

Este trabalho tem como principal objetivo estudar alguns dos menores e mais

desconhecidos seres vivos da terra - o Plâncton, que tem importância primordial no

equilíbrio biológico do planeta.

Palavras chaves: plâncton, algas, floração, aquecimento global, preservação e acidificação

2 ABSTRACT

The term biodiversity – os biological diversity – describes the richness and

diversity of the natural world. The plants, the animals The term biodiversity - or biological

diversity - describes the richness and diversity of the natural world. The plants, the

animals and the microorganisms provide food, medicine and a considerable part of

industrial raw material used by humans. To understand what biodiversity is, we should

consider the term in two different levels: all forms of life, such as genes that is within

each person and their interrelationships or ecosystems or species that directly affects

many others.

The most important aim of this article is to study some of the smallest and

unknown creatures of the earth, the plankton, which is of paramount importance in the

biological equilibrium of the planet.

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Keywords: plankton, algae, global warming, acidification and preservation.

2 INTRODUÇÃO

A partir do tema Biodiversidade, surgiu a curiosidade de estudar sobre os

plânctons, seres que são essenciais para a manutenção do planeta, entretanto tão

pouco se sabe sobre eles.

Utilizando como ferramenta inicial a pesquisa TARA EXPEDITION, um estudo

que tem sido feito por um grupo de cientistas franceses há três anos, tendo como

principal objetivo registrar e estudar plânctons - alguns deles até então desconhecidos,

este artigo falará sobre algumas das diversas espécies de plânctons, suas

características e adaptações ao seu habitat; além de focarmos também no importante

equilíbrio ecológico que depende destes pequenos seres vivos.

Na confecção do artigo, foram usados diversos sites científicos, monografias,

pesquisas já realizadas sobre o tema e outros artigos feitos por especialistas.

3 DEFINIÇÃO DO PLÂNCTON

A palavra plâncton origina-se da grega “planktos”, que significa "errante". Essa é,

de certa forma, uma das características dos plânctons, visto que esses seres têm pouco

poder de locomoção e são deslocados inertemente de um lado para o outro através do

movimento da água. Os plânctons foram descobertos por volta do século XVIII, no

entanto só foram pesquisados quando o biólogo alemão Johannes Müller resolveu

passar uma fina rede pelas águas oceânicas.

A maioria dos plânctons são invisíveis a olho nu, medindo, na maioria das vezes,

menos que um milímetro. São esses seres uni ou pluricelulares que formam a base da

cadeia alimentar em um ecossistema aquático.

Estudos recentes indicam a importância do plâncton (especificamente do

fitoplâncton) na captação de gás carbônico da atmosfera e na produção de oxigênio.

Segundo tais pesquisas, o plâncton é a maior fonte de oxigênio, responsável pela maior

parte do mesmo na atmosfera. Porém, essa diversidade é extremamente sensível a

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mudanças ambientais, como poluição e variações de temperatura nos mares e

oceanos.

.

Figura 1: Variedades de Plâncton.

Possuem uma biodiversidade relativamente grande que não é distribuída

uniformemente pelo globo. Baseado em pesquisa bibliográfica, estudaremos a

biodiversidade desses animais e sua distribuição pelo mundo. Também discutiremos

como essas comunidades estão respondendo aos inúmeros estresses causados pela

atividade humana e como podemos reverter ou diminuir a perda de biodiversidade

observada hoje em dia.

3.1 BIODIVERSIDADE DO PLÂNCTON

O plâncton pode ser dividido em dois grandes grupos: zooplâncton e fitoplâncton.

A diversidade do zooplâncton é extremamente grande, composta tanto por larvas

como por animais adultos (FIG. 2). As espécies que vivem no plâncton durante apenas

uma fase da vida (fase larval) são chamadas de meroplâncton, enquanto que as

espécies que passam toda a vida no plâncton são denominadas holoplâncton. As larvas

apresentam características morfológicas, fisiológicas e comportamentais muito

variadas, o que está ligado com a história evolutiva do grupo animal ao qual pertence.

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Filos ou grupos de filos aparentados evolutivamente tendem a apresentar estágios

larvais planctônicos característicos. Com base nesta realidade, já foram descritas

dezenas de tipos e estágios larvais, como por exemplo a trocófora (de moluscos e

poliquetas), zoea (crustáceos), plânula (cnidarios), entre outras. Os componentes do

zooplâncton temporário (meroplâncton) são principalmente larvas de moluscos, vermes

poliquetas, esponjas, acidais, crustáceos, e equinodermas. Os ovos e alevinos de

peixes são um grupo importantíssimo do zooplâncton, denominado ictioplâncton. O

zooplâncton permanente (holoplâncton) é constituído basicamente de crustáceos como

camarões e o Krill, quetognatos (animais carnívoros do filo Chaetognatha), ostracodos

e medusas.

Figura 2: Diversos membros do zooplâncton em amostra de água.

O fitoplâncton é composto pelos organismos vegetais, ou seja, espécies capazes

de realizar a fotossíntese. Os componentes do fitoplâncton são, basicamente, as algas

unicelulares, pertencentes a vários grupos taxonômicos (cianobacterias, diatomácea

Dinoflagelados, euglenas, etc.) (FIG. 3). Dois grupos de microalgas, no entanto, são os

mais representativos no oceano, tanto em número de espécies como em abundância de

indivíduos, que são as diatomaceas e os dinoflagelados.

As diatomaceas são algas unicelulares, constituídas externamente por uma

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carapaça de sílica denominada teca, subdividida em duas metades que se encaixam.

As carapaças são freqüentemente ornamentadas com espinhos filamentosos e

prolongamentos cuja função é aumentar a superfície do corpo a fim de facilitar a

flutuação. Reproduzem-se em uma velocidade espantosa, chegando a quatro vezes por

dia.

Os dinoflagelados também são unicelulares, porém possuem dois flagelos

móveis. São capazes ainda de emitir prolongamentos celulares como tentáculos e

pseudópodos (similares aos das amebas). Na ausência de luz podem viver,

alimentando-se ativamente no ambiente. Representantes deste grupo são os

responsáveis pela maré vermelha. (floração abrupta destas algas que pode alterar a

coloração da água). Deve-se lembrar que os organismos do fitoplâncton precisam

permanecer nas águas superficiais do oceano para que possam fazer fotossíntese, pois

a luz está presente em quantidades adequadas apenas até os duzentos metros de

profundidade. O fitoplâncton é, na realidade, a principal fonte de oxigênio para a

atmosfera do planeta. Estas microalgas marinhas produzem mais oxigênio do que

precisam no processo de respiração, liberando o excesso no ambiente. O conceito de

que a Amazônia é o pulmão do mundo é errado, pois a enorme quantidade de oxigênio

produzida pela floresta é totalmente consumida pelas plantas e animais do próprio local.

Figura 3: Exemplos de componentes do fitoplancton. (A) Uma cianobacteria; (B) Uma

euglena; (C) Uma diatomácea; (D) Um dinoflagelado.

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3.2 DISTRIBUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE

O Plâncton tem importância primordial no equilíbrio biológico do planeta,

principalmente nos oceanos, onde ocupam a base da maioria das cadeias tróficas

marinhas. Apesar de possuírem uma diversidade considerável, sua distribuição não é

homogênea em todas as regiões do planeta, possuindo áreas muito diversas e com

grandes quantidades de indivíduos enquanto existem áreas que são verdadeiros

desertos sem vida (FIG. 3). Sua distribuição está ligada a quantidade de nutrientes

disponíveis na água (áreas mais afastadas da margem normalmente possuem menores

quantidades de nutrientes), quantidade de oxigênio e de luz. Por serem passivos aos

movimentos da água, sua distribuição também depende das correntes marítimas.

O Brasil, comparado a outras partes do mundo, é pouco diverso em números de

espécies e boa parte da biodiversidade brasileira é desconhecida devido ao tamanho

do litoral brasileiro e o a falta de registro de muitas espécies marinhas. Estima-se que o

número de espécies na costa brasileira deve dobrar ou triplicar se houver esforços de

coleta direcionados aos ambientes menos estudados, como os de profundidade ou

plâncton oceânico. O avanço no conhecimento básico dessa biodiversidade é

fundamental não apenas para os cientistas, pois tais dados podem ser essenciais

também para diversos setores da sociedade brasileira. Um dos argumentos para

justificar o incremento urgente de estudos sistemáticos é a produção de fármacos, que

verificamos estar presente em outros grupos como esponjas.

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Figura 4: Distribuição de biodiversidade nos oceanos. (A) Diversidade de espécies

marinhas (inclusive planctônicas). Quanto mais vermelha, mais diversa; (B) Áreas

ameaçadas; (C) Mapa de endemismo, espécies que só existem nessas localidades.

3.3 AMEAÇAS A BIODIVERSIDADE

A ação antropogênica ameaça o tênue equilíbrio existente nas comunidades

biológicas onde os plânctons são engrenagens fundamentais. Um dos principais

problemas que a biodiversidade encara hoje em dia é o aquecimento global. Os

especialistas alertam sobre a crescente acidificação da água marinha por causa da

liberação de CO2. A cada dia, os oceanos absorvem 30 milhões de toneladas de

dióxido de carbono, o que inevitavelmente aumenta sua acidez e reduz a quantidade de

carbonato de cálcio de que necessitam alguns tipos de plâncton e outras espécies para

formarem suas carapaças e seus esqueletos. O aquecimento da água também cria

outro problema que é a estratificação da água. A mudança climática está aquecendo os

oceanos à média de 0,2 graus centigrados por década. A água mais quente tem menos

nutrientes e, por ser leve, tende a ficar perto da superfície, acima da mais fria. Esta

estratificação do oceano é um problema para o plâncton, que precisa de luz e só

sobrevive de 100 a 200 metros de profundidade. O plâncton fica sem nutrientes para se

alimentar, a menos que as águas mais profundas se misturem com as que estão na

superfície. Na última década, foi observado que a estratificação dos oceanos é um

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fenômeno que ocorre em áreas cada vez maiores. Se não houver uma ação urgente, a

mudança climática continuará esquentando os oceanos, aumentando a estratificação e

produzindo mais e maiores zonas mortas, com um grande impacto na pesca, alerta um

estudo, de 2009, na Nature Geoscience.

Além da perca de biodiversidade, as ações humanas também podem provocar

um aumento descontrolado da população de certas algas microscópicas que é

denominada de floração. Esse fenômeno é natural, mas sua incidência está sendo

aumentada pela chegada de esgoto e dejetos em águas, provocando um aumento

excessivo da população dessas algas microscópicas que formam uma mancha.

Dependendo da espécie de alga, a mancha pode adquirir coloração vermelha, marrom,

laranja, roxa ou amarela. Na maioria das vezes, essa floração é causada por pequenas

algas chamadas de dinoflagelados. Em alguns casos, outros organismos

microscópicos, como as diatomáceas e as cianobactérias, podem estar presentes.

Um exemplo disso ocorreu em 1962, na África do Sul, quando uma floração de

dinoflagelados provocou a morte de mais de 100 toneladas de peixes devido ao

entupimento de suas brânquias.

As florações podem causar a queda na qualidade da água do mar, pela

diminuição da concentração de oxigênio nela dissolvido.

O crescimento excessivo de algas em reservatórios brasileiros é uma realidade e

tem prejudicado os usos múltiplos das águas. Algumas cepas de algas, em especial as

do grupo cianofíceas ou cianobactérias, podem produzir toxinas altamente potentes

(hepatoxinas e neurotoxinas) e podem também produzir metabólitos que causam gosto

e odor, alterando as características organolépticas das águas.

Existem inúmeros trabalhos publicados que relatam mortandades de animais

domésticos e selvagens, inclusive intoxicação humana, devido ao consumo de águas

contendo algas tóxicas e/ou toxinas liberadas pelas florações. A presença de toxinas de

cianobactérias em águas para consumo humano implica em sérios riscos à saúde

pública e por isso é importante o monitoramento ambiental da densidade algácea e dos

níveis de cianotoxinas nas águas. Os efeitos nocivos dessas toxinas podem ser

amplificados por processos de bioacumulação, de acordo com o que se sobe na cadeia

alimentar, sendo os seres humanos os principais afetados por ser topo de cadeia.

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3.4 O PORQUÊ DA PRESERVAÇÃO

Pesquisadores passaram três anos analisando e resumindo uma coleção sem

precedentes de informação oceanográfica histórica e recente, incluindo quase meio

milhão de medições da transparência da água nos últimos 120 anos. Antes, a

informação sobre a situação do plâncton em nível planetário ia somente até 1997,

quando foram lançados satélites especiais. Esses estudos concluíram que a maior

parte da redução do fitoplâncton ocorreu em regiões polares e tropicais, e em oceanos

abertos. Outros estudos corroboram os resultados desse e mostraram dados

alarmantes. O planeta vem perdendo em média 1% de sua biodiversidade planctônica

por ano, em grande parte por ações antropogénicas - entre elas o aquecimento global.

Isso é preocupante, afinal toda vida na Terra funciona como uma grande rede

entrelaçada, onde o desaparecimento de um dos nós pode acarretar no “desfilamento”

de toda a rede. Boa parte da vida no planeta depende do bom funcionamento dessa

comunidade planctônica, que produz, junto aos processos fotossintéticos, cerca de 51%

do oxigênio do planeta, tão necessário para grande maioria das espécies viventes que

necessitam de oxigênio para sobreviver. Também na fotossíntese, esses seres retiram

boa parte do CO2 atmosférico causador do efeito estufa e do aquecimento global.

Devemos tomar medidas drásticas contra o crescente despejo de toneladas de gases

do efeito estufa na atmosfera, que está diminuindo a quantidade de plânctons e com

isso diminuindo a captura de CO2 feito por esses organismos, aumentando assim o

aquecimento e causando um “efeito bola de neve”. Além disso, o plâncton é a base da

cadeia alimentar marinha, portanto todo e qualquer desequilíbrio nessa cadeia pode

destruir esse frágil ecossistema que já sofre com constantes estresses, como a pesca

predatória e a poluição.

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4 CONCLUSÃO

O plâncton é um conjunto de populações de organismos marinhos que se

deslocam passivamente nas águas em sua camada mais superficial dos oceanos.

Possuem importância ecológica primordial nos ecossistemas aquáticos e indiretamente

em todos os ecossistemas terrestres.

Não podemos permitir a perda dessa biodiversidade composta de espécies

fascinantes - muitas ainda nem descobertas pela ciência. Caso ocorra tal perda,

estaremos deixando de possuir, além de conhecimentos básicos sobre biologia,

diversas substâncias com funções farmacêuticas ou industriais, que podem ser

extraídas desses seres. Não temos a capacidade de controlar o que é extinto e o que

deve ser preservado, mas é nosso dever não interferir nesse balanço perfeito, refinado

pela natureza durante milhões de anos. Além disso, também é dever de cada um

impedir que o egoísmo humano não colabore para que centenas de espécies

complexas e surpreendentes sumam, impedindo assim o nosso próprio

desaparecimento. Devemos preservar nossas riquezas para mostrar às futuras

gerações a natureza em todo o seu esplendor.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

www.xquimica.blogspot.com/2010/08/fitoplancton-o-verdadeiro-pulmao-do.html

www.biotupe.org/livro/vol1/pdf/4_cap5.pdf

www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=12805

www.infoescola.com/biologia/zooplancton

www.mwglobal.org/ipsbrasil.net/nota.php?idnews=615[][11

www.ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/

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toxinas_de_algas:_riscos_à_saude_publica.html

www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mare-vermelha/mare-vermelha.php

www.360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=17793&action=news

www.omeuplaneta.com/biocombustivel-de-algas/

BANSE, K. 1994. Grazing and zooplankton production as key controls of phytoplankton

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LONGHURST, A. R.; HARRISON, W. G. 1989. The biological pump: profiles of plankton

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www.ensinodematemtica.blogspot.com/2010/11/plancton

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