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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA INVASÕES BIOLÓGICAS DE INSETOS NO AMBIENTE URBANO: REVISÃO BIBIOGRÁFICA Moisés Alexandre Lima Eustáquio Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana . 12/2010

INVASÕES BIOLÓGICAS DE INSETOS NO AMBIENTE URBANO: … · Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

INVASÕES BIOLÓGICAS DE INSETOS NO AMBIENTE URBANO: REVISÃO BIBIOGRÁFICA

Moisés Alexandre Lima Eustáquio

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

12/2010

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

INVASÕES BIOLÓGICAS DE INSETOS NO AMBIENTE URBANO: REVISÃO BIBIOGRÁFICA

Moisés Alexandre Lima Eustáquio

Profa. Dra. Ana Eugenia de Carvalho Campos

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

12/2010

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Aos meus pais JOSÉ EUSTÁQUIO e ANA MARIA LIMA EUSTAQUIO.

À minha futura esposa KERLEY, pelo apoio, paciência e incentivo.

Aos meus amigos da Atlas: Krüger (Gorda), Rocha, Luis (Nêgo) e Betinho.

Dedico este trabalho

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AGRADECIMENTOS

A Profª. Dr.ª Ana Eugenia de Carvalho Campos pela orientação, paciência e amizade durante a realização deste trabalho.

Aos professores do V Curso de Especialização em Entomologia Urbana.

Aos amigos do V Curso de Especialização em Entomologia Urbana.

A Heloisa (Japa) e Jamile pelas oportunidades, companheirismo e amizade durante todo o curso.

Aos grandes amigos e companheiros Baiano, Rodrigo, Pedrão, Marcelo, Talita e Carol, Heloisa e Jamile.

Ao Marcelo pelos ensinamentos, confiança e oportunidades geradas ao longo do curso.

Ao Vô Luis Ferraz e sua netinha Manú.

A todos aqueles que me ajudaram e/ou contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho.

OBRIGADO A TODOS

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INDICE GERAL

1 – RESUMO........................................................................................................ 1

2 – ABSTRACT.................................................................................................... 2

3 – INTRODUÇÃO.............................................................................................. 3

5 – REVISÃO BIBLIOGRAFICA........................................................................ 5

4 – OBJETIVOS................................................................................................... 12

6 – MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................... 13

6.1 – Pesquisas na Base de dados SciELO(Scientific Electronic Library Online)................................................................................................

13

6.2 – Pesquisas no Periódico “Biological Invasions”...........................................................................................

14

7 – RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................. 15

7.1 – Pesquisas na Base de dados SciELO(Scientific Electronic Library Online)................................................................................................

15

7.1.1 – “Espécies Alienígenas” e “Bioinvasão”.................................. 16

7.1.2 – “Não Nativas”.......................................................................... 17

7.1.3 – Invasão Biológica..................................................................... 17

7.1.4 – Espécie Alóctone..................................................................... 18

7.1.5 – Espécie Introduzida.................................................................. 20

7.1.6 – Espécie Exótica......................................................................... 20

7.1.7 – Alien Species............................................................................. 20

7.2 – Pesquisas no Periódico “Biological Invasions”...........................................................................................

22

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 32

9. REFERÊNCIAS................................................................................................ 33

Apêndice 1............................................................................................................. 39

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 .............................................................................................................. 17

Figura 2 .............................................................................................................. 18

Figura 3 .............................................................................................................. 20

Figura 4 .............................................................................................................. 21

Figura 5 .............................................................................................................. 22

Figura 6 .............................................................................................................. 23

Figura 7 .............................................................................................................. 24

Figura 8 .............................................................................................................. 25

Figura 9 .............................................................................................................. 25

Figura 10 .............................................................................................................. 26

Figura 11............................................................................................................... 26

Figura 12 .............................................................................................................. 27

Figura 13 .............................................................................................................. 28

Figura 14 .............................................................................................................. 29

Figura 15 .............................................................................................................. 30

Figura 16 .............................................................................................................. 31

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 .............................................................................................................. 15

Tabela 2 .............................................................................................................. 17

Tabela 3 .............................................................................................................. 19

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1. RESUMO

A preocupação do processo denominado “Invasão Biológica” tem se acentuado nos

últimos anos e tem sido apontada por alguns autores como um dos fatores responsáveis pela

homogeneização de espécies em nosso planeta. Problemas econômicos, epidemiológicos e

ambientais são algumas das consequências na introdução de espécies exóticas. No Ambiente

Urbano, dentre os principais invasores, encontram alguns insetos. Foi realizado um

levantamento bibliográfico em duas bases de dados, com o objetivo de verificar o estado do

conhecimento sobre invasão biológica. Além disto, foi verificada qual a melhor palavra-chave

para pesquisar esse tema.

A base de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online) foi usada para

comparar os dados sobre a América Latina com uma base de dados de abrangência mundial

do periódico Biological Invasions Journal. Na primeira, foram levantados 127 artigos, sendo

que 9% referentes a Insetos. Comparando-se com a segunda, observou-se que dos 843

trabalhos publicados, 12% são referentes a este grupo.

Nas pesquisas feitas no SciELO, as palavras-chave mais eficientes na busca de

artigos sobre insetos, referenciando invasões biológicas e/ou organismos exóticos são: Alien

Species, Espécie Exótica e Espécie Introduzida.

O grupo taxonômico de insetos com mais artigos publicados no período estudado é o

das formigas (Hymenoptera: Formicidae), seguidos pelas Ordens Coleoptera, Hemiptera e

Diptera.

No entanto, ao se fazer essa comparação verificou-se que existem poucos trabalhos

relacionando a invasão biológica em ambiente urbano, sendo que os existentes são voltados

para espécies exóticas já estabelecidas. Mesmo nas bases de dados com abrangência mundial

há poucas informações referentes a animais que são tipicamente invasoras de áreas urbanas.

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2. ABSTRACT

The concern on Biological Invasions has been growing in the recent years and has

been attributed by some authors as one of the factors responsible for the homogenization of

species on our planet. Economic, epidemiological and environmental problems are some of

the consequences of the introduction of exotic species. In the Urban Environment, among the

major invaders, we found some insect species. We conducted a literature review in two

databases, aiming to evaluate the state of knowledge on biological invasion. It was also

evaluated the best keyword to search on this topic.

The SciELO database was used to compare data on Latin America with a database of

worldwide coverage, the Biological Invasions Journal. At first, 127 articles were surveyed,

while 9% are related to insects. Compared with the second databases, we recorded 843

published studies, 12% to insects.

At Scielo databases the most effective keywords in the search for articles about

insects, referencing biological invasions and / or exotic organisms are: Alien Species, Exotic

Species and Introduced Species.

The taxonomic group of insects with more articles published in the studied period are

the ants (Hymenoptera: Formicidae), followed by the Orders Coleoptera, Hemiptera and

Diptera.

However, when making this comparison it was found that there are few studies

relating to biological invasion in urban environments, and the works are focused on exotic

species already established. Even in the databases with worldwide coverage we see little

information about the animals that are typically invading urban areas.

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3. INTRODUÇÃO

Desde o início dos deslocamentos da humanidade, houve uma quebra drástica das

barreiras biogeográficas que tinham isoladas as biotas dos continentes há milhões de anos.

Atualmente, o comercio internacional tem facilitado a circulação de espécies a nível mundial

e em todos os níveis taxonômicos (MOOLER & CLELAND, 2001).

Espécie Invasora é uma espécie que é capaz de estabelecer populações estáveis,

colonizando irreversivelmente e se espalhando rapidamente em todos os ecossistemas naturais

ou semi-naturais. As invasões biológicas podem também ser um fenômeno natural,

determinando expansões ou contrações de áreas naturais, sem intervenções diretas dos seres

humanos, embora às vezes eles possam ser promovidos por ações antrópicas relacionadas a

mudanças ambientais. O processo de introdução de espécies exóticas em novos ambientes

representa uma das maiores ameaças para a biodiversidade local, perdendo apenas para a

destruição do habitat. Além de afetar os ecossistemas e contribuir para a extinção de espécies

nativas, as espécies exóticas invasoras também podem causar sérios danos sócio-econômicos

(EUROPEAN COMMISSION, 2004).

Diante desta problemática inúmeras ações envolvendo diversos países vêm sendo

adotadas para entender o processo das Invasões Biológicas. Pode ser citado como exemplo o

GISP - “Global Invasive Species Programme” (Programa Global para Espécies Invasoras) e o

ISSG - “Invasive Species Specialist Group” (Grupo de Especialistas em Espécies Invasoras)

(GISP, 2010; ISSG, 2010).

Problemas ambientais, econômicos e à saúde humana são algumas das consequências

do processo de Invasão Biológica e temos muitos insetos invasores relacionados a estes

efeitos. (VITOUSEK et al, 1996; RODRIGUEZ, 2001; SUNDSTROM & BOOMSMA, 2001;

RIBEIRO & CAMPOS-FARINHA, 2005; GOODISMAN, SANKOVICH & KOVACS,

2007; MACHADO & OLIVEIRA, 2009).

Na Região Neotropical várias espécies atuam como importantes invasores:

Eichhornia crassipes (planta aquática), Pomacea canaliculata (Caramujo), Linepithema

humile (inseto), Solenopsis invicta (inseto), Wasmannia auropunctata (inseto), entre outros.

Além disto, também há muitos organismos introduzidos em nosso ecossisstema, por exemplo:

Oreochromis mossambicus (peixe), Paratrechina longicornis (inseto), Aedes albopictus

(inseto).

Não se sabem ao certo quantas e quais são os organismos introduzidos no Brasil e

nos demais países da América Latina e seus impactos em nosso ecossistema. Diante disso, foi

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proposto um trabalho de revisão bibliográfica utilizando a base de dados SciELO (Scientific

Electronic Library Online), visando analisar quais as melhores palavras-chave para a busca

para desse tema, além de comparar seu conteúdo com outra base de dados, a “Biological

Invasion”,cuja possui trabalhos de nacionalidades.

Também foi proposto avaliar os trabalhos referentes à Invasão Biológica de Insetos,

dando ênfase nos diferentes meios de colonização entre insetos sociais e não sociais, durante

o processo de invasão biológica no ambiente urbano.

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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O ambiente urbano é um conjunto de habitats que foram moldados pelos interesses

dos seres humanos. Como parte dessa mudança, áreas naturais e diversas comunidades

ecológicas foram eliminadas, enquanto que outras foram ampliadas e outras foram

introduzidas ou criadas. Muitos desses novos habitats foram intencionais, como por exemplo,

os parques, os gramados e os locais de estocagem de alimentos. Contudo, outros espaços

surgiram por conseqüência da falta ou do mau planejamento, como por exemplo, a água

parada, o acúmulo de lixo e o esgoto, favorecendo a outros habitantes que sempre

acompanharam os seres humanos (ROBINSON, 2005).

Por volta de 1800, menos de 1,7% da população humana mundial, moravam em

cidades, sendo que a sociedade humana era essencialmente agrária. Em 1950, a porcentagem

de pessoas que vivia em cidades subiu para 28% (ROBINSON, 1996). Segundo a ONU,

durante o ano de 2007, a população mundial que habita as cidades chegou a 50% e no ano de

2030, cerca de dois terços da população mundial viverão nos centros urbanos (Rádio ONU,

2007). A extensa urbanização trouxe como conseqüência o aumento da população mundial.

No entanto, esse fato está alterando os recursos naturais dos quais dependem as sociedades,

sendo que muitas dessas mudanças foram propositais e visaram, de modo geral, o benefício da

população (MOONEY, 2005).

Um dos pontos cruciais na evolução humana foi a domesticação de plantas e animais.

Isso proporcionou ao homem, levar alimento e matérias-prima para locais onde ele não

conhecia. Uma das singularidades do comportamento dos homens modernos é a constante

busca de novos locais para estabelecer moradia, culturas agropecuárias, extração vegetal e

mineral, além de inúmeras outras modificações ambientais (MOONEY, 2005).

Além das espécies desejadas ao manejo, muitas outras se beneficiaram com as

alterações feitas pelos humanos ao longo dos tempos. O deslocamento a locais diferentes de

sua origem proporcionou a muitas espécies locais com condições mais favoráveis para o seu

desenvolvimento e sua reprodução, tornando-se dominantes nesses novos ambientes

(CHAME, 2009). Muitas delas acompanharam os seres humanos durante sua transição do

ambiente natural para o urbano. Outras tantas foram se adaptando às cidades ao longo do

tempo. Uma maneira de estimarmos o tempo que uma espécie fez a essa transação é

medirmos o grau de dependência desta às cidades (ROBINSON, 1996). Os centros urbanos,

independentemente da região, apresentam características ambientais similares que acabam

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favorecendo o desenvolvimento de um pequeno número de espécies, onde muitas outras já

foram desalojadas ou até mesmo extintas (LODGE, 1993).

Segundo Shochat et al (2005) os centros urbanos são caracterizados por maior

densidade de população animal se comparado aos “naturais”, no entanto, o ambiente são

normalmente caracterizados pela baixa biodiversidade. As alterações feitas no habitat é o

maior fator ecológico usado para explicar a perda da diversidade.

Nas últimas décadas, o processo de globalização, associado à intensificação e à

velocidade no deslocamento humano e de cargas pelos quatro cantos do mundo, contribuiu

para a quebra de barreiras ecológicas, tendo como uma de suas consequências o aumento

expressivo da introdução de espécies exóticas nas sociedades (MACHADO & OLIVEIRA,

2009; PERRINGS, DALMAZZONE, & WILIAMSON, 2005; FLOERL & GRAEME, 2005),

somado ao processo de urbanização mal planejada (SHOCHA et al, 2005). Algumas dessas

espécies têm grande capacidade de invasão e de colonização de novos ambientes devido às

características biológicas e ecológicas que ampliam sua tolerância em relação à maioria dos

fatores ambientais (MACHADO & OLIVEIRA, 2009). Tais processos de invasões biológicas

ocorrem naturalmente, contudo, as atividades humanas aceleram e potencializam tal

fenômeno, produzindo uma homogeneização de espécies (LODGE, 1993).

É considerado espécies exóticas todos os materiais orgânicos não gerados dentro da

Comunidade ou do Ecossistema (ODUM & BARRETT, 2007), ou seja, são aquelas que não

existiam em uma determinada região em tempo histórico, mas cujas distribuições se

estenderam recentemente incluindo tal região. Muitas das considerações sobre a invasão de

espécies se aplicam também a indivíduos de outras regiões que foram introduzidos ou

reintroduzidos na área por ações humanas (MAGNUSSUM, 2006).

Encontram-se na literatura, outros termos para designar as espécies exóticas: não

indígenas, não nativas, introduzidas, alienígenas (MAGNUSSUM, 2006; MACHADO et al,

2009; SOUZA, CALAZANS & SILVA, 2009), alóctone (ODUM & BARRETT, 2007;

EMBRAPA, 2010 ), non-native (NUÑEZ & PAUCHARD, 2010; SIMONS & DE

POORTER, 2009; RODRIGUEZ, 2006; ROLL, DAYAN & SIMBERLOFF, 2007), alien

species (MOONEY, 2005), entre outras.

Devido a este grande número de denominações para espécies exóticas e,

consequentemente, para designar o processo de Invasão Biológica, alguns autores questionam

as terminologias atuais e discutem sobre uma padronização das nomenclaturas relacionadas a

esse tema (LARSON, 2007; ESPÍNOLA & JULIO JUNIOR, 2007; VALÉRY et al 2010).

Segundo Espínola & Julio Junior (2007), a utilização do termo invasão pode ter conotação

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ambígua, relacionando-se tanto aos impactos causados pela espécie como pela sua dispersão e

estabelecimento no novo ambiente. Esta falta de consenso faz com esse termo seja confuso e

de difícil interpretação. Conforme Valéry et al (2010), falta uma definição real sobre Invasão

Biológica.

A introdução de espécies exóticas invasoras tende a desequilibrar o ecossistema

local, afetando negativamente a flora e a fauna com redução das populações nativas, com o

risco de sua extinção. Além disto, essas espécies podem causar prejuízos à economia e riscos

à saúde humana (MACHADO & OLIVEIRA, 2009). No entanto, a introdução de um

organismo em uma nova região não garante que ele irá se desenvolver numa população

viável. Entre 2% a 40% das espécies introduzidas chegam a prosperar em áreas exóticas e

dessas, cerca de 1% atinge o status de praga (LODGE, 1993). Segundo Williamson & Fitter,

(1996) de cada dez espécies, uma estabelece populações permanentes e destas, uma em dez se

converte em praga. Esta regra dos dez tem sido posto a prova e embora os valores tendam a

oscilar entre 5 a 20%, as cifras podem ser ainda menores.

A primeira etapa de uma invasão é a colonização de novos ambientes e um dos

principais atributos para que um invasor tenha êxito é ter uma boa capacidade de dispersão,

particularmente se está associada ao movimento humano. Os números de reintroduções

auxiliam também auxiliam no êxito (RODRIGUEZ, 2001).

Segundo Rodriguez (2001), outros padrões podem ser adotados para prever se um

organismo tem probabilidades de se tornar invasor em novos ambientes:

1- Espécies que são pragas em um país, tendem a serpragas em países com

condições climáticas similares;

2- Cultivos que são invasivos em um país têm a facilidade de países com a mesma

latitude;

3- O estabelecimento de espécies exóticas é proporcional à freqüência e intensidade

das perturbações do ambiente receptor;

4- Quanto maior a freqüência de introdução de propágulos e maior a concordância

ambiental entre a fonte e o receptor, maior o número esperado de espécies

exóticas.

Invasões biológicas podem acarretar também importantes problemas à saúde e a

economia humana, como por exemplo, a introdução nos EUA do Mosquito Tigre Asiático

(Aedes albopictus), importante vetor da Febre amarela e dengue (VITOUSEK et al, 1996), a

introdução no Brasil no início do século 20 do mosquito Anopheles gambiae, importante

transmissor da febre amarela. A sua erradicação requereu uma equipe de mais de 3000

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pessoas e custou aproximadamente mais de 2 milhões de dólares (década de 50)

(RODRIGUEZ, 2001).

O caso do caramujo africano gigante (Achatina fulica) é um importante exemplo de

praga agrícola introduzida, que causa grandes prejuízos tanto em culturas extensivas, como

em plantas ornamentais (FISCHER & COLLEY, 2005).

Segundo Moller (1996), o entendimento de como ocorrem invasões biológicas é uma

importante ferramenta para compor estratégias de prevenção e controle. Esse autor divide a

Invasão Biológica nas seguintes fases:

a) chegada do organismo na nova área;

b) estabelecimento e crescimento da população fundadora;

c) fase de integração.

Nesta última, a população da espécie invasora chega ao equilíbrio, depois de

interações com outras espécies da comunidade.

Além disso, é necessário que a espécie invasora tenha uma população mínima para

poder se estabelecer nesse novo habitat, definida como População Fundadora Viável Mínima

(PFVM), ou seja, o tamanho mínimo necessário da população da espécie invasora, para que

essa possa se estabelecer em um novo ambiente (MOLLER, 1996).

Para se considerar uma PFVM, alguns fatores são determinados como a taxa de

crescimento da população, sua resistência a perturbações e a frequência com que as

populações chegam ao novo habitat. Quanto maior a frequência de chegada, maior a chance

da espécie se estabelecer, além da maior probabilidade de um indivíduo encontrar um parceiro

para a reprodução (MOLLER, 1996). Este fato é de extrema importância para a invasão de

espécies não sociais, como podemos verificar na invasão biológica do Aedes albopictus, que

foi introduzido nos Estados Unidos na década de 1980, devido a frequente importação de

pneus usados da Ásia, que eram recauchutados e revendidos. Antes, haviam sido registradas

duas outras introduções dessa mesma espécie, no entanto, sem sucesso de estabelecimento

(VITOUSEK et al, 1996).

Bracco (2004) analisando genes do DNA mitocondrial de Aedes aegypti no Brasil,

verificou que existem duas linhagens geneticamente distintas: uma de origem africana,

provavelmente introduzida na época do tráfico negreiro, que ocorreu entre os séculos XVI e

XVIII, e outra de origem asiática, presente principalmente em regiões onde existem

importantes portos marítimos. Isto mostra que o sucesso da invasão dessa espécie no Brasil

ocorreu devido ao fluxo contínuo de entradas no país.

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Carter, Smith & Harrison (2010) analisando sequências de DNA mitocontrial de

populações de Anoplophora glabripennis (besouro chinês) introduzidas nos Estados Unidos,

observaram que a limitada diversidade genética desse inseto não o impediu de estabelecer

populações prejudiciais no continente Norte-americano.

Em um ecossistema equilibrado as comunidades de espécies nativas, muitas vezes,

conseguem ser resistentes às invasões biológicas, porém a progressiva ação antrópica pode

levar a diminuição de populações nativas, alterar a qualidade e quantidade de recursos, o que

muitas vezes favorecem a invasibilidade de espécies exóticas compreendidos (MATAVELLI

& LOUZADA, 2008).

Os insetos sociais (eussociais) estão entre os organismos invasores que mais causam

prejuízos em sistemas naturais e antrópicos (RIBEIRO & CAMPOS-FARINHA, 2005). Dois

grupos taxonômicos se destacam: os cupins (Insecta: Isoptera) e as formigas (Insecta:

Hymenoptera: Formicidae).

Insetos eussociais possuem especialização de subgrupos (castas) para executarem

tarefas específicas. A morte de alguns indivíduos não acarreta o comprometimento do bom

desenvolvimento da colônia e a comunicação entre indivíduos sobre os riscos e a

disponibilidade temporal e espacial de recursos, dão vantagens sobre as espécies não sociais.

(RIBEIRO & CAMPOS-FARINHA, 2005). Além disto, grande parte do sucesso ecológico

desses grupos é a existência de alguns indivíduos especializados na reprodução e outros

cuidando das formas juvenis (SUNDSTROM & BOOMSMA, 2001)

Os cupins são responsáveis por inúmeros problemas em arborizações urbanas,

gramados e no interior de residências (INSTITUTO BIOLÓGICO, 2006). Apesar de

existirempoucas referências sobre este grupo referente à Invasão Biológica, há alguns artigos

monstrando que algumas espécies, como o Reticulitermes urbis tem grande potencial para

colonizar ambientes no qual é introduzido (LENIAUD et al, 2009), possuindo comportamento

unicolonial semelhante a algumas formigas invasoras, como por exemplo, a Lineptema humile

(THOMAS et al, 2006; GIRAUD, PEDERSEN & KELLER, 2002; TSUTSU et al, 2000).

Tsutsu et al (2000), utilizando marcadores moleculares, verificou que um dos

motivos do comportamento unicolonial é a baixa variação genética na espécie invasora (L.

humile), evidenciando que quanto mais próximas forem as colônias geneticamente, menos

agressivas elas serão entre si. Embora as populações introduzidas ainda possuam a habilidade

de reconhecer indivíduos geneticamente diferentes, uma conseqüência da sua similaridade

genética generalizada é que raramente existe diferenciação genética suficiente para provocar a

agressão intra-específica. Assim, os baixos níveis de diferenciação genética podem levar à

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formação de supercolonias. Segundo esse mesmo autor, isto suporta a hipótese do motivo da

prevalência de unicolonidade em outras espécies invasoras, como a Wasmmania

auropunctata, Pheilode megalochefala e Monomorium pharaonis.

Goodisman, Sankovich & Kovacs (2007) em trabalho semelhante a Tsutsu et al

(2000), monstrou que a baixa variação genética também ocorre em Solenopsis invicta nos

EUA, cuja espécie também possui comportamento unicolonial em ambiente invadidos neste

país.

Para melhor mapear e entender a dinâmica dos processos de Invasão Biológica que

atualmente está em nível mundial, alguns grupos de estudos foram criados como, por

exemplo, o “Global Invasive Species Programme” (Programa Global para Espécies

Invasoras), sitiado no endereço eletrônico www.gisp.org. Este programa é uma parceria

internacional dedicada a combater a ameaça global de espécies invasoras, fundado em

resposta à primeira reunião internacional sobre espécies exóticas invasoras, realizado em

Trondheim, Noruega, cuja principal missão é conservar a biodiversidade e manter meios de

subsistência, minimizando a disseminação e o impacto de espécies invasoras (GISP, 2010).

Outro importante grupo ligado ao estudo de espécies invasoras é o “Invasive Species

Specialist Group” (Grupo de Especialistas em Espécies Invasoras), cuja principal missão é

reduzir as ameaças aos ecossistemas naturais e as espécies nativas, visando também maneiras

de prevenir, controlar ou erradicar espécies exóticas invasoras (ISSG, 2010). Este grupo

possui uma base de dados no endereço eletrônico http://www.issg.org/.

Nessa base de dados, encontramos um ranking das 100 Piores Espécies Exóticas

Invasoras no Mundo, e dessas 14% são insetos (ISSG, 2010).

Felizmente no Brasil, o interesse sobre essa problemática vem aumentando nos

últimos anos. Em outubro de 2005, foi realizado o “I Simpósio Brasileiro sobre Espécies

Exóticas Invasoras” na cidade de Brasília no Distrito Federal. (MMA, 2010).

Entre os temas analisados, destacam-se: a legislação nacional e a regulamentação do

uso de espécies de valor econômico; prioridades para financiamento; sensibilização e

educação; controle e monitoramento e análise de risco, prevenção e detecção precoce. As

atividades dos Grupos de Trabalho resultaram em recomendações específicas para o

Ministério do Meio Ambiente e para o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis, as quais estão sendo objeto de análise e avaliação com vistas à sua

implementação (MMA, 2010).

Um dos resultados desse Simpósio foi a publicação de um informativo: “Espécies

Exóticas Invasoras - Situação Brasileira” (MMA, 2006). No ano de 2009, foi sancionada a

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11

Resolução CONABIO n.º 5 de 21 de outubro de 2009 que Dispõe sobre a Estratégia Nacional

sobre Espécies Exóticas Invasoras, dispondo várias diretrizes sobre pesquisas,

monitoramento, prevenção e mitigações de impactos.

Invasões de espécies em um novo território são excelentes objetos de estudos

acadêmicos em ecologia, mas os efeitos que esses processos têm na estrutura das

comunidades nativas brasileiras são pouco compreendidos (MATAVELLI & LOUZADA,

2008).

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12

5. OBJETIVOS

Levantamento do estado da arte sobre invasões biológicas na América Latina por meio

de levantamentos bibliográficos, comparando com o restante do mundo;

Para tal, avaliarou-se na base de dados SciELO quais as palavras-chave mais eficientes

para a busca de trabalhos sobre invasão biológica;

Conhecer os trabalhos referentes à Invasão Biológica de Insetos, dando ênfase nos

diferentes meios de colonização entre insetos sociais e não sociais durante o processo de

invasão no ambiente urbano.

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13

6. MATERIAIS E MÉTODOS

Todos os artigos referentes a insetos foram analisados individualmente, para melhor

classificação no momento de separá-los em grupos taxonômicos.

No grupo “Planta” foram considerados todos os artigos referentes à vegetais,

independente de sua ordem taxonômica.

Bactérias, Arqueobactérias e Protozoários foram agrupados em Microorganismo.

Para táxons de invertebrados marinhos com menos de três artigos por volume foram

agrupados como Macroinvertebrados Marinhos. Os grupos taxonômicos que estão dentro

dessa divisão são: Cnidários, Hidrozoa, Ascídeo, Briozoários e Tunicatas.

Trabalhos relacionados à Classe Arachnida, englobam artigos relacionados a aranhas

e carrapatos.

Grupos diferentes dos citados acima foram descritos separadamente nas diferentes

análises.

Ao fazer este tipo de trabalho, em alguns casos são levantados periódicos que não

fazem parte do assunto abordado. Para estas situações foi considerado para análise como

“outros assuntos”.

6.1 Pesquisas na Base de dados SciELO(Scientific Electronic Library Online)

A SciELO (Scientific Electronic Library Online) é o resultado de um projeto de

pesquisa da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, em parceria

com a BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da

Saúde. Desde o ano de 2002, o Projeto conta com o apoio do CNPq - Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico. É uma biblioteca eletrônica que abrange uma

coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros (SciELO, 2009).

Como muitos periódicos brasileiros e de países Latino-Americanos estão disponíveis

nesta base de dados, é possível ter uma noção da publicação de um determinado assunto nos

principais periódicos científicos do Brasil e dos demais países da América Latina.

Para fazer a pesquisa nessa base de dados, foram padronizadas oito palavras chaves

ligadas à Invasão Biológica:

• Espécies exóticas;

• Espécies não nativas;

• Espécies não indígenas;

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14

• Espécies introduzidas;

• Espécies Alienígenas;

• Alien Species;

• Espécies Alóctones;

• Bioinvasão.

Todas as pesquisas foram do tipo fechado, ou seja, utilizaram-se aspas para restringir

o campo de busca para apenas o termo de interesse. Foram feitas buscas independentes por

palavra-chave.

Para esta base de dados, foram consideradas publicações entre os anos de 1999 até

2010 realizada entre os meses de março a abril de 2010.

6.2 Pesquisas no Periódico “Biological Invasions”

O Periódico Biological Invasions publica artigos de pesquisa sobre os padrões e

processos de invasões biológicas, seja por mediações humanas ou naturais, além de suas

consequências. Fatores que influenciam a inoculação, o estabelecimento e persistência das

invasões, os mecanismos que controlam a abundância e distribuição das espécies invasoras;

biogeografia, genética, vetores de dispersão, e as consequências evolutivas de invasões no

tempo histórico e geológico, bem como sínteses de análise e sínteses de biotas invasoras.

Também de interesse é a pesquisa sobre controle biológico e sobre a liberação de organismos

geneticamente modificados, como (ou a fim de) iluminar a ciência das invasões biológicas

(SIMBERLOFF, 2009).

Este periódico foi escolhido porque revela o aumento gradativo dos trabalhos ligados

à invasão biológica ao longo do mundo, tendo trabalhos de inúmeros países, incluindo o

Brasil.

Em um primeiro momento foram analisados os números totais de artigos de todas

suas publicações entre março de 1999 (número 1, volume 1) até outubro de 2010 (número 10,

volume 12).

Numa segunda parte, foram levantados e listados os principais grupos e/ou assuntos

dos artigos publicados. Este levantamento foi feito de maneira decrescente, ou seja, iniciando

pelo último número e volume e, para isto, foram utilizados os volumes de 8 a 12.

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15

7. RESULTADOS E DISCUSSÕES

7.1 Pesquisas na Base de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online)

Das sete palavras chaves utilizadas, duas não obtiveram nenhuma citação. Foi obtido

um total de 133 artigos (Tabela 1)

Tabela 1 – Busca por artigos sobre invasões biológicas na base SciELO, de acordo com as

palavras-chave utilizadas.

PALAVRAS-CHAVE TOTAL DE ARTIGOS

Espécies Alienígenas 0

Bioinvasão 0

Não Nativa 4

Invasão Biológica 8

Espécie Alóctone 10

Espécie Introduzida 20

Espécie Exótica 42

Alien Species 43

Mesmo o SciELO sendo uma base de dados Latino-Americana, a palavra-chave

“Alien Species” foi a mais utilizada, seguido pelos termos Espécies Exóticas e Invasão

Biológica.

Isto deve ocorrer por que “Alien Species” é o termo mais difundido entre os

periódicos internacionais, seguido por Biological Invasion (Invasão Biológica).

Durante o levantamento de dados, para o termo Invasão Biológica foram utilizados

os termos em português e inglês separadamente, sendo que os mesmos artigos eram listados

para ambas as palavras-chave.

Como todos os artigos publicados no SciELO têm resumos escritos em português,

inglês e às vezes espanhol, para o segunda terminologia mais citada, foi admitido somente o

termo em português.

Na figura 1 está representada uma síntese relacionando a frequência de trabalhos

com os grupos de organismos que foram listados durante as buscas. Em “organismos com

menos de 4 citações” temos Crustacea (3), Mammalia (2), Aves (2), Diatomaceas (2),

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Zooplancton (1), Plancton (1), Virus (1), Oligochaeta (1), Ragiformes (1),

Aracnídeos (1).

7.1.1 “Espécies Alienígenas”

Apesar das palavras Espécies Alienígenas e Bioinvasão

MACHADO et al, 2009; SOUZA, CALAZANS & SILVA, 2009

denominar a Invasão Biológica ou os termos estarem presentes em diversos artigos

em Português, essas não apareceram nas pesquisas feitas no SciELO

autores ao elegerem uma palavra

Invasão Biológica ou Espécies Exóticas.

Embora o termo “Alien Speci

inglês, sua tradução para o português (Espécies Alienígenas)

pesquisadores não a utilizam como palavras

Apesar das palavras Espécies Alienígenas

MACHADO et al, 2009; SOUZA, CALAZANS & SILVA, 2009 ) serem citadas para

denominar a Invasão Biológica ou os termos estarem presentes em diversos artigos escritos

em Português, essas não apareceram nas pesquisas feitas no SciE

outros assuntos

10%

Mollusca

6%

reptil

4%

controle biologico

3%

Ascidacea

3%

Figura 1 – Número de trabalhos publicados na base de dados SciELO por organismos.

Zooplancton (1), Plancton (1), Virus (1), Oligochaeta (1), Ragiformes (1),

Alienígenas” e “Bioinvasão”

Apesar das palavras Espécies Alienígenas e Bioinvasão (MAGNUSSON

; SOUZA, CALAZANS & SILVA, 2009

denominar a Invasão Biológica ou os termos estarem presentes em diversos artigos

apareceram nas pesquisas feitas no SciELO. Acredit

autores ao elegerem uma palavra-chave, utilizem termos mais difundidos como, por exemplo,

Invasão Biológica ou Espécies Exóticas.

Embora o termo “Alien Species” seja um dos mais empregados em artigos no idioma

inglês, sua tradução para o português (Espécies Alienígenas) deve ser

pesquisadores não a utilizam como palavras-chave em suas publicações.

Apesar das palavras Espécies Alienígenas e Bioinvasão (MAGNUSSON, 2006;

MACHADO et al, 2009; SOUZA, CALAZANS & SILVA, 2009 ) serem citadas para

denominar a Invasão Biológica ou os termos estarem presentes em diversos artigos escritos

em Português, essas não apareceram nas pesquisas feitas no SciELO. Acredit

Outros ligados à

invasão biologica

11%

Inseto

9%

organismos com

menos de 4

citações

12%

Número de trabalhos publicados na base de dados SciELO por organismos.

16

Zooplancton (1), Plancton (1), Virus (1), Oligochaeta (1), Ragiformes (1), Anfíbios (1),

(MAGNUSSON, 2006;

) serem citadas para

denominar a Invasão Biológica ou os termos estarem presentes em diversos artigos escritos

Acredita-se que muitos

chave, utilizem termos mais difundidos como, por exemplo,

um dos mais empregados em artigos no idioma

pouco utilizada ou os

chave em suas publicações.

e Bioinvasão (MAGNUSSON, 2006;

MACHADO et al, 2009; SOUZA, CALAZANS & SILVA, 2009 ) serem citadas para

denominar a Invasão Biológica ou os termos estarem presentes em diversos artigos escritos

Acredita-se que muitos

planta

26%

peixes

16%

Outros ligados à

invasão biologica

Número de trabalhos publicados na base de dados SciELO por organismos.

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17

autores ao elegerem uma palavra-chave, utilizem termos mais difundidos como, por exemplo,

Invasão Biológica ou Espécies Exóticas.

7.1.2 “Não Nativas”

O termo “Não Nativa” foi utilizada como palavra-chave em quatro artigos distintos:

Tabela 2 – Artigos utilizando “Não Nativa” como palavra-chave:

Grupo de Organismo TOTAL DE ARTIGOS

Plantas 1

Inseto 1

Peixe 1

Ascidacea 1

A utilização do termo “Não Nativa” (Non-Native) como palavra-chave é pouco usual

pela maioria dos autores. Contudo, foi constatada sua ampla utilização em inúmeros artigos e

livros, seja em publicações nacionais (MAGNUSSON, 2006; CHAME, 2009; SOUZA,

CALAZANS & SILVA, 2009) ou internacionais (NUÑEZ & PAUCHARD, 2010; SIMONS

& DE POORTER, 2009; RODRIGUEZ, 2006; ROLL, DAYAN & SIMBERLOFF, 2007).

O artigo referente a inseto está relacionado à Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae).

Esta espécie foi introduzida pelo homem em praticamente todos os países do mundo, sendo

muito importante economicamente para a produção de mel, cera, geléia real dentre outros

produtos. Foi introduzida no Brasil em 1839 pelo Padre Antônio Carneiro, A.mellifera de

origem européia (ALMEIDA, 2003).

7.1.3 Invasão Biológica

Na figura 02 é possível constatar que este termo é aplicado principalmente a artigos

referentes à Invasão Biológica de plantas.

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Em “animais”, todos os artigos levantados são referentes

(peixes e raias).

Muitas publicações internacionais utilizam frequentemente “Biological Invasion”

(Invasão Biológica) como palavra

é diferente em publicações em Português. Podemos especular três motivos para este fat

1. Existem poucas publicações em

2. São utilizadas

neste trabalho

3. Há uma falta de padronização de termos em

processo de Invasão Biológica.

Assim como o termo “Não Nativa”, a utilização de “Invasão Biológica”

principalmente no corpo dos artigos

2006; RIBEIRO & CAMPOS

Deste modo, poucos autores que publicam em revistas no idioma Português utilizam esse

termo como palavra chave.

7.1.4 Espécie Alóctone

O termo Alóctone

materiais orgânicos não gerados no dentro da Comunidade ou do Ecossistema (

animais

25%

Figura 2 – Síntese dos Grupos de organismos chave “Invasão Biológica” (SciELO, 2010)

Em “animais”, todos os artigos levantados são referentes a

Muitas publicações internacionais utilizam frequentemente “Biological Invasion”

(Invasão Biológica) como palavra-chave. Como podemos averiguar na tabela 1, essa realidade

é diferente em publicações em Português. Podemos especular três motivos para este fat

oucas publicações em português sobre esse assunto;

São utilizadas outras palavras como palavras-chave diferentes das propostas

neste trabalho

falta de padronização de termos em português para descrever o

processo de Invasão Biológica.

Assim como o termo “Não Nativa”, a utilização de “Invasão Biológica”

principalmente no corpo dos artigos (ESPÍNOLA & JÚLIO JUNIOR, 2007;

RIBEIRO & CAMPOS-FARINHA, 2005; DISLICH, KISSER

Deste modo, poucos autores que publicam em revistas no idioma Português utilizam esse

O termo Alóctone (do grego chthonos, “da Terra”, e allos

materiais orgânicos não gerados no dentro da Comunidade ou do Ecossistema (

planta

62%

animais

25%

outros assuntos

13%

Síntese dos Grupos de organismos utilizando como palavrachave “Invasão Biológica” (SciELO, 2010)

18

organismos aquáticos

Muitas publicações internacionais utilizam frequentemente “Biological Invasion”

chave. Como podemos averiguar na tabela 1, essa realidade

é diferente em publicações em Português. Podemos especular três motivos para este fato:

ortuguês sobre esse assunto;

diferentes das propostas

ortuguês para descrever o

Assim como o termo “Não Nativa”, a utilização de “Invasão Biológica” é citado

, 2007; MAGNUSSON,

DISLICH, KISSER & PIVELLO, 2002).

Deste modo, poucos autores que publicam em revistas no idioma Português utilizam esse

allos, “outra”) refere-se a

materiais orgânicos não gerados no dentro da Comunidade ou do Ecossistema (Odum &

como palavra-

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19

Barrett, 2007). Outra definição para este é planta (ou demais organismos) que é introduzida

em uma área onde não existia originalmente. Também pode-se utilizá-lo como sinônimo para

“espécie exótica” (EMBRAPA, 2010).

Por definição, Espécie Alóctone se encaixa perfeitamente para caracterizar espécies

invasoras, no entanto, ela é pouco empregada. Ao aplicá-la como palavra-chave foram

encontrados 10 trabalhos a utilizando como chave de busca, no entanto, todos os periódicos

eram referentes à ictiofauna.

Tabela 3 – Artigos utilizando “Espécie Alóctone” como palavra-chave

NOME DO ARTIGO AUTORES

Alimentação de peixes na microbacia do Ribeirão Grande, Serra da Mantiqueira oriental, SP.

BRAGA & GOMIERO (2009)

Ontogenetic, spatial and temporal variations in the feeding ecology of Deuterodon langei Travassos, 1957 (Teleostei: Characidae) in a Neotropical stream from the Atlantic rainforest, southern Brazil

VITULE, BRAGA & ARANHA (2008)

Feeding habits of the ichthyofauna in a protected area in the State of São Paulo, southeastern Brazil

GOMIERO & BRAGA (2008)

Feeding ecology of stream-dwelling fishes from a coastal stream in the Southeast of Brazil.

MAZZONI & COSTA (2007)

Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras.

LANGEANI et al (2007)

Biology and ecomorphology of stream fishes from the rio Mogi-Guaçu basin, Southeastern Brazil

FERREIRA (2007)

Alimentação de quatro espécies de Characiformes de um riacho da Floresta Atlântica, Guaraqueçaba, Paraná, Brasil.

BARRETO & ARANHA (2006)

Ictiofauna, recursos alimentares e relações com as interferências antrópicas em um riacho urbanono sul do Brasil

OLIVEIRA & BENNEMANN (2005)

Caracterização da piscicultura na região do CASTELLANI & BARRELLA (2005)

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Vale do Ribeira - SP/

Feeding habits of fish from a stream in the savanna of Central Brazil, Araguaia Basin

7.1.5 Espécie Introduzida

Este foi o terceiro termo mais utilizado como palavra

Quando empregamos

trabalhos listados não estão ligados à Invasão Biológica.

ocorrer mudanças neste resultado.

espécies cultiváveis.

Se for excluído o termo

são os que mais utilizam “Espécie Introduzida” como palavra

relacionados cinco trabalhos, sendo que 4 deles são para insetos da

(triatomíneos) voltado para saúde pública,

7.1.6 Espécie Exótica

Ao pesquisar sobre espécie exótica

relacionados diretamente ao processo de Invasão Biológica

já estabelecidas. Normalmente esses trabalhos estão voltados aos problemas

Mammalia

4%

outros assuntos

Figura 3 – Síntese do Resultado utilizando “Espécie Introduzida” como palavrachave (Scielo, 2010)

Feeding habits of fish from a stream in the savanna of Central Brazil, Araguaia Basin.

MELO, MACHADO, (2004)

Este foi o terceiro termo mais utilizado como palavra-chave.

empregamos esse termo como chave de busca, mais de um quarto dos

trabalhos listados não estão ligados à Invasão Biológica. Duas repetições foram feitas sem

ocorrer mudanças neste resultado. Partes desses artigos estão relacionados à introdução de

for excluído o termo “outros assuntos”, os trabalhos relacionados à Classe Insecta

são os que mais utilizam “Espécie Introduzida” como palavra-chave. Para este grupo foram

relacionados cinco trabalhos, sendo que 4 deles são para insetos da

ra saúde pública, e um artigo citando biologia de

Ao pesquisar sobre espécie exótica, possivelmente não ir

relacionados diretamente ao processo de Invasão Biológica, mas sim com espécies

. Normalmente esses trabalhos estão voltados aos problemas

Outros ligados à

invasão biologica

15%

Insecta

19%

Ascidacea

8%

planta

11%

outros assuntos

27%

do Resultado utilizando “Espécie Introduzida” como palavrachave (Scielo, 2010)

20

MACHADO, & PINTO-SILVA (2004)

chave.

mais de um quarto dos

Duas repetições foram feitas sem

relacionados à introdução de

ros assuntos”, os trabalhos relacionados à Classe Insecta

chave. Para este grupo foram

relacionados cinco trabalhos, sendo que 4 deles são para insetos da Ordem Hemiptera

biologia de A. mellifera.

irá revelar os artigos

, mas sim com espécies invasoras

. Normalmente esses trabalhos estão voltados aos problemas ecológicos que

Outros ligados à

invasão biologica

15%

Peixe

8%

Ecologia

4%

Mollusco

4%

do Resultado utilizando “Espécie Introduzida” como palavra-

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uma ou mais espécies pode vir a causar (

2001; VITOUSEK et al, 1996

REDAELLI, & DIEFENBACH, 2006; RODRIGUEZ,

a saúde humana (MACHADO & OLIVEIRA, 2009

VITOUSEK et al, 1996). Também encontramos pesquisas referentes

espécies em seu novo habitat (SERRA

KISSER & PIVELLO, 2002

Os periódicos encontrados englobam quinze diferentes grupos, tendo as plantas como

principal grupo estudado, com nove trabalhos. Trabalhos relacionando insetos ficaram em

segundo lugar (cinco artigos), seguido pelos artigos referentes ao controle biológico (quatro

artigos). No entanto, três dos 4 estudos são ligados ao controle biológico

Com esses dados

exóticas de insetos que já estão introduzidas no Brasil e America Latina, apesar disso, não

existem dados que descrevam os processos de invasão desses artrópo

campo promissor para eventuais pesquisas.

Nos trabalhos de controle biológico, são

Hymenoptera (Micro-himenópteros

praga a ser controlado. Já nos demais trabalhos relacionados

a Ordem Diptera e a Superfamilia Apoidea.

Mollusca; 2

Ascidacea; 1

zooplancton; 1

plancton; 1

Mammalia; 1

Ave; 1virus; 1

Oligoqueta; 1

Outros ligados à

invasão biologica;

Figura 4 – Síntese do Resultado utilizando “Espécie Exótica” como palavra-chave (SciELO, 2010)

uma ou mais espécies pode vir a causar (MACHADO & OLIVEIRA, 2009

, 1996), econômicos (MACHADO & OLIVEIRA, 2009

IEFENBACH, 2006; RODRIGUEZ, 2001;VITOUSEK et al, 1996) ou para

MACHADO & OLIVEIRA, 2009; CHAME, 2009;

. Também encontramos pesquisas referentes

em seu novo habitat (SERRA et al, 2007; FISCHER & COLLEY

2002).

Os periódicos encontrados englobam quinze diferentes grupos, tendo as plantas como

principal grupo estudado, com nove trabalhos. Trabalhos relacionando insetos ficaram em

segundo lugar (cinco artigos), seguido pelos artigos referentes ao controle biológico (quatro

artigos). No entanto, três dos 4 estudos são ligados ao controle biológico

Com esses dados foi possível verificar que existe o conhecimento de espécies

exóticas de insetos que já estão introduzidas no Brasil e America Latina, apesar disso, não

existem dados que descrevam os processos de invasão desses artrópodes, demonstrando um

campo promissor para eventuais pesquisas.

Nos trabalhos de controle biológico, são citadas três ordens:

himenópteros) e Hemiptera, sendo a primeira referida

Já nos demais trabalhos relacionados à Classe Insecta, podemos incluir

a Ordem Diptera e a Superfamilia Apoidea.

Crustacea; 3

Inseto; 5

planta; 9

reptil;

3

controle

biologico; 4

peixes; 4

Oligoqueta; 1

Outros ligados à

invasão biologica;

5

do Resultado utilizando “Espécie Exótica” como chave (SciELO, 2010)

21

MACHADO & OLIVEIRA, 2009; RODRIGUEZ,

MACHADO & OLIVEIRA, 2009; JAHNKE,

VITOUSEK et al, 1996) ou para

CHAME, 2009; RODRIGUEZ, 2001;

. Também encontramos pesquisas referentes à biologia dessas

COLLEY, 2005; DISLICH,

Os periódicos encontrados englobam quinze diferentes grupos, tendo as plantas como

principal grupo estudado, com nove trabalhos. Trabalhos relacionando insetos ficaram em

segundo lugar (cinco artigos), seguido pelos artigos referentes ao controle biológico (quatro

artigos). No entanto, três dos 4 estudos são ligados ao controle biológico utilizando insetos.

que existe o conhecimento de espécies

exóticas de insetos que já estão introduzidas no Brasil e America Latina, apesar disso, não

des, demonstrando um

três ordens: Lepidoptera,

primeira referida como o inseto-

à Classe Insecta, podemos incluir

do Resultado utilizando “Espécie Exótica” como

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7.1.7 Alien Species

O termo “Alien Species” é

internacionais no idioma inglês

se esperar que esta importante terminologia tenha um

chave.

Conforme demonstrado na figura

species” como palavra-chave são referentes à plantas.

7.2 Pesquisas no Periódico “Biological Invasions”

Os levantamentos bibliográficos neste periódico foram feitos durante

setembro e outubro do ano de 2010.

volume 12.

Desde o seu primeiro número

aproximadamente 1235 artigos referente ao processo de Invasão Biológica.

houve ano a ano uma tendência de aumento

anuais para dez números até outubro de 2010

Peixe

7%Aves

2%

Inseto

2%

outros assuntos

ligados à invasão

biologica

9%

Figura 5 – Síntese do Resultado utilizando “Alien Species” como palavra(SciELO, 2010)

O termo “Alien Species” é comumente utilizado em publicações

no idioma inglês. Como o SciELO possui diversas revistas nes

se esperar que esta importante terminologia tenha uma aplicação significativa como palavra

Conforme demonstrado na figura 5, grande parcela dos artigos que utilizaram “alien

chave são referentes à plantas.

Pesquisas no Periódico “Biological Invasions”

Os levantamentos bibliográficos neste periódico foram feitos durante

setembro e outubro do ano de 2010. A última edição consultada foi a de número 10 do

o seu primeiro número, o periódico “Biological Invasions”

aproximadamente 1235 artigos referente ao processo de Invasão Biológica.

houve ano a ano uma tendência de aumento nas publicações, passando de quatro números

números até outubro de 2010 (Apêndice 1) abordando todos os grupos de

repteis

5%

anfibios

2%

Aracnideos

2%

Mollusca

12%

Outros assuntos

14%

do Resultado utilizando “Alien Species” como palavra(SciELO, 2010)

22

comumente utilizado em publicações

diversas revistas nesse idioma, é de

a aplicação significativa como palavra-

, grande parcela dos artigos que utilizaram “alien

Os levantamentos bibliográficos neste periódico foram feitos durante os meses de

A última edição consultada foi a de número 10 do

“Biological Invasions” já publicou

aproximadamente 1235 artigos referente ao processo de Invasão Biológica. Observa-se que

, passando de quatro números

abordando todos os grupos de

planta

42%

peixe

3%

do Resultado utilizando “Alien Species” como palavra-chave

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organismos vivos ligados à invasão biológica. Na figura 6, estão sintetizados os dados

referentes aos números de artigos publicados ao longo de 11 anos de existência do periódico,

demonstrando também a tendência do aumento de conhecimento gerado ao longo dos últimos

anos.

Por algum motivo, no ano de 2007, houve uma queda no número de artigos, quando

comparado com ano anterior. É possível especular que houve uma falta de produção cientifica

neste período, ou os trabalhos que estavam represados em anos anteriores a 2005, quando a

revista tinha apenas 6 números por ano, foram publicados todos em 2006, causando uma

queda no número de artigos .

Além do número de artigos publicados por volume, houve também um aumento de

grupos taxonômicos estudados ao longo dos anos. Analisando as publicações dos últimos 5

anos, podemos averiguar quais os principais na figura 7.

É possível verificar que em todos os anos avaliados, os grupos que predominam são

as plantas, os invertebrados e os vertebrados. Como o periódico é voltado para várias questões

referentes à invasão biológica, outros assuntos também são bastante abordados em suas

edições, como por exemplo, definições sobre o termo “Invasão Biológica” (VALÉRY et al

2010) ou modelos para invasões biológicas (NUÑEZ & PAUCHARD, 2010; SOL, VILÀ, &

KÜHN, 2008).

40 32 42 42 36 48

90

154

93

134

206

318

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

Número de Artigos/Ano

Total

Figura 6 – Número de artigos publicados no periódico “ Biological Invasions” entre os anos de 1999 à 2010

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Figura 7 – Representatividade dos grupos taxonômicos publicados entre os anos de 2006 a 2010 na base de dados “Biological Invasions”.

Uma vez que foram avaliadas todos os números publicados durante o período de

2006 a 2010, foi possível separar todos os grupos:

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Figura 8 –

Figura 9 –

– Grupos taxonômicos citados em 2006 (Volume 08) na base de dados “Biological Invasions”.

– Grupos taxonômicos citados em 2007 (Volume 09) na base de dados “Biological Invasions”.

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Grupos taxonômicos citados em 2006 (Volume 08)

Grupos taxonômicos citados em 2007 (Volume 09)

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Figura 10

Figura 11 – Grupos taxonômicos citados em 2009 (Volume 11) na base de dados “Biological Invasions”

Figura 10 – Grupos taxonômicos citados em 2008 (Volume 10) na base de dados “Biological Invasions”.

Grupos taxonômicos citados em 2009 (Volume 11) na base de dados “Biological Invasions”

26

Grupos taxonômicos citados em 2008 (Volume 10) na base de dados “Biological Invasions”.

Grupos taxonômicos citados em 2009 (Volume 11)

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Nas figuras de 8 a

período são as Plantas (Plantae), os Insetos (Insecta) e os Peixes. No ano de 2009, o número

citações de Mamíferos (Mammalia) superou os de Peixe, devido a uma edição especial

publicada em agosto voltada ao impacto da

insulares.

Outro ponto de desta

Nematoda, são citados em um ou outro ano, o que nos leva a crer que são trabalhos pontuais,

talvez referenciando um problema qu

isto, também é importante salientar a importância do estudo desses

concentração de estudos para alguns táxons.

Dos invertebrados, a Classe Insecta é a mais citada, tendo um total

publicados ao longo de 5 anos (aproximadamente 12%),

com trabalhos publicados: Hymenoptera

Figura 12 –

Nas figuras de 8 a 12, é possível verificar que os grupos que são mais citados no

período são as Plantas (Plantae), os Insetos (Insecta) e os Peixes. No ano de 2009, o número

citações de Mamíferos (Mammalia) superou os de Peixe, devido a uma edição especial

publicada em agosto voltada ao impacto da Invasão Biológica de Roedores em ambientes

de destaque é que alguns grupos, como por exemplo Arachnida e

Nematoda, são citados em um ou outro ano, o que nos leva a crer que são trabalhos pontuais,

talvez referenciando um problema que tenha ocorrido apenas naquele momento. Referente a

isto, também é importante salientar a importância do estudo desses

para alguns táxons.

Dos invertebrados, a Classe Insecta é a mais citada, tendo um total

publicados ao longo de 5 anos (aproximadamente 12%), sendo quatro as principais ordens

Hymenoptera, Coleoptera, Hemiptera e Diptera

– Grupos taxonômicos citados em 2010 (Volume 12) na base de dados “Biological Invasions”

27

que os grupos que são mais citados no

período são as Plantas (Plantae), os Insetos (Insecta) e os Peixes. No ano de 2009, o número

citações de Mamíferos (Mammalia) superou os de Peixe, devido a uma edição especial

Invasão Biológica de Roedores em ambientes

é que alguns grupos, como por exemplo Arachnida e

Nematoda, são citados em um ou outro ano, o que nos leva a crer que são trabalhos pontuais,

e tenha ocorrido apenas naquele momento. Referente a

grupos, para evitar a

Dos invertebrados, a Classe Insecta é a mais citada, tendo um total de 103 trabalhos

sendo quatro as principais ordens

, Coleoptera, Hemiptera e Diptera (Figura 13).

Grupos taxonômicos citados em 2010 (Volume 12)

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Todavia, a grande maioria das

voltada à Família Formicidae (Figura 1

mirmecofauna invasora (

MIKHEYEV,2008), muitos desses são voltadas para um grupo restrito de espécies

Lineptema humile (INGRAM

PASCUAL, BAS & HUI,

a grande maioria das publicações referentes à ordem Hymenoptera, é

voltada à Família Formicidae (Figura 14). Além de trabalhos voltados à dinâmica da

mirmecofauna invasora (INGRAM ET AL, 2006; DIGIROLAMO

muitos desses são voltadas para um grupo restrito de espécies

INGRAM ET AL, 2006; DIGIROLAMO & FOX, 2006

HUI, 2010), Solenopsis invicta (GOODISMAN

Figura 13 – Artigos referenciando insetos entre os anos de 2006 a 2010 na base de dados “Biological Invasions”.

28

ordem Hymenoptera, é

). Além de trabalhos voltados à dinâmica da

DIGIROLAMO & FOX, 2006,

muitos desses são voltadas para um grupo restrito de espécies como a

& FOX, 2006; ROURA-

GOODISMAN, SANKOVICH &

Artigos referenciando insetos anos de 2006 a 2010 na

base de dados “Biological Invasions”.

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KOVACS, 2007), a Anoplolepis gracilipes – Yellow Crazy ant – (BOS et al, 2009,

HOFFMANN & WOLF-CHRISTIAN, 2010).

Os trabalhos publicados com espécies da Família Formicidae são voltados

principalmente para problemas ecológicos que causam. Uma das espécies que mais ocasiona

tal desequilíbrio é a Linepihtema humile (INGRAM et al, 2006; DIGIROLAMO & FOX,

2006, HELLER, SANDERS & GORDON, 2006; ROURA-PASCUAL, BAS & HUI,2010),

muito conhecia por apresentar supercolônias nos continentes nos quais a espécie é invasora

(GIRAUD, PEDERSEN & KELLER, 2002; THOMAS et al, 2006).

Apesar de poucos, alguns autores publicaram durante no período estudado trabalhos

voltados para a ecologia de organismos invasores: interação de organismos exóticos com

espécies nativas (MONDOR & ADDICOTT, 2007; BOS et al, 2009 ); dinâmica ecológica

durante o processo de invasão biológica (MATTSON et al, 2007), levantamentos de número,

riqueza e bioecologia de espécies invasoras (ROLL, DAYAN & SIMBERLOFF, 2007). Isto é

deveras importante, pois além da necessidade de saber quais as espécies que apresentam

riscos potências de serem invasoras, é necessário entender as interações que essas fazem no

ambiente invadido.

Um dos poucos trabalhos referenciando problemas de insetos invasores em ambiente

urbano foi publicado em 2010, ano que houve um aumento significativo desses artigos

(FENICHEL, HORAN & HICKLING, 2010). No entanto, este não é voltado unicamente a

Figura 14 – Himenópteros relacionados em artigos publicados entre os anos de 2006 a 2010 na base de dados “Biological Invasions”.

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Classe Insecta, mas também outros artrópodes e invertebrados que são potenciais vetores de

doenças.

Analisando os resultados tomando como refer

alguma organização social, ou seja, trabalhos visando insetos

os cinco anos avaliados não houve uma diferença significativa

metade dos trabalhos para insetos que vivem

(Figura 15).

No entanto, analisando

possível verificar que quase todos são voltados a Família Formicidae (Figura 16). Entre os

anos de 2006 a 2008, somente este grupo taxonômico teve trabalhos publicados. A partir do

ano de 2009, houve uma publicação referenciando a Ordem Isoptera. Em 2010, além dest

última, dois trabalhos sobre a Família Apidae foram publicados (Figura 16).

Figura 15 – Artigos referenciando insetos não sociais e eussociais entre os anos de 2006 a 2010.

Classe Insecta, mas também outros artrópodes e invertebrados que são potenciais vetores de

Analisando os resultados tomando como referência se os grupos taxonômicos têm

alguma organização social, ou seja, trabalhos visando insetos eussociais

avaliados não houve uma diferença significativa, ficando aproximadamente

metade dos trabalhos para insetos que vivem em sociedades organizadas e ou que não vivem

analisando todos os trabalhos relacionados a insetos

que quase todos são voltados a Família Formicidae (Figura 16). Entre os

anos de 2006 a 2008, somente este grupo taxonômico teve trabalhos publicados. A partir do

ano de 2009, houve uma publicação referenciando a Ordem Isoptera. Em 2010, além dest

última, dois trabalhos sobre a Família Apidae foram publicados (Figura 16).

Artigos referenciando insetos não sociais e eussociais entre os anos de 2006 a 2010.

30

Classe Insecta, mas também outros artrópodes e invertebrados que são potenciais vetores de

ncia se os grupos taxonômicos têm

eussociais, vemos que durante

, ficando aproximadamente

em sociedades organizadas e ou que não vivem

todos os trabalhos relacionados a insetos eussociais, é

que quase todos são voltados a Família Formicidae (Figura 16). Entre os

anos de 2006 a 2008, somente este grupo taxonômico teve trabalhos publicados. A partir do

ano de 2009, houve uma publicação referenciando a Ordem Isoptera. Em 2010, além desta

última, dois trabalhos sobre a Família Apidae foram publicados (Figura 16).

Artigos referenciando insetos não sociais e eussociais entre os

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Isso nos demonstra que há uma tendência de aumentos não apenas de trabalhos

visando entender o processo de Invasão Biológica, mas que novos

sendo estudados e o mais importante é que os dados desses estudos estão sendo publicados.

Figura 16 – Artigos referenciando insetos eussociais entre os anos de 2009 a 2010.

nos demonstra que há uma tendência de aumentos não apenas de trabalhos

visando entender o processo de Invasão Biológica, mas que novos grupos taxonômicos estão

sendo estudados e o mais importante é que os dados desses estudos estão sendo publicados.

Artigos referenciando insetos eussociais entre os anos de 2009

31

nos demonstra que há uma tendência de aumentos não apenas de trabalhos

grupos taxonômicos estão

sendo estudados e o mais importante é que os dados desses estudos estão sendo publicados.

Artigos referenciando insetos eussociais entre os anos de 2009

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A maior produção de pesquisas é voltada para organismos invasores que causam

problemas em ambientes naturais. Poucas delas são relacionadas aos problemas em ambientes

urbanos, mesmo sabendo que várias espécies estão estritamente relacionadas em ambientes

antrópicos.

A Base de dados SciELO, que abrange os dados da América Latina, publicou ao

longo de 11 anos 133 artigos referentes à Invasão Biológica. Este número se aproxima ao

aquele publicado no ano de 2008 pela base de dados “Biological Invasions”, que concentra os

trabalhos do restante do mundo.

Os trabalhos publicados no SciELO se concentram em apenas alguns grupos

taxonômicos, como plantas, peixes, moluscos e alguns insetos.

Nas pesquisas feitas no SciELO, as palavras-chave mais eficientes na busca de

artigos sobre insetos, referenciando invasões biológicas e/ou organismos exóticos são: Alien

Species, Espécie Exótica e Espécie Introduzida.

Apenas 9% das publicações do SciELO são referentes à Insetos, sendo então o quinto

grupo mais citado ligados à Invasão Biológica, enquanto que no “Biological Invasions” este

grupo é o segundo mais citado chegando a 12% dos trabalhos publicados.

A diferença porcentual no “Biological Invasions” entre publicações de insetos não

sociais e eussociais é na média de 6%. Dos insetos eussociais, aproximadamente 94% dos

trabalhos são referentes à Família Formicidae.

As espécies de insetos invasores não sociais são: Aedes aegypti, A. albopictus,

Anoplophora glabripennis (besouro chinês), Hyalopterus pruni e Bemisia tabaci, espécies

ligadas à saúde pública ou por causarem danos econômicos e às plantas ornamentais. Dos

artigos analisados referenciando insetos sociais, a Família Formicidae é a que está melhor

relatada sobre os meios de invasão e dispersão em novos ambientes. Além disto, interações e

impactos sobre espécies nativas são muito estudados, principalmente para as espécies

Linepithema humile e a Solenopsis invicta. Outras em menor número, também são citadas

como a Anoplolepis gracilipes e a Pheidole megacephala.

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Page 46: INVASÕES BIOLÓGICAS DE INSETOS NO AMBIENTE URBANO: … · Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte

39

Apêndice 1 – Tabela com os Volumes publicados no periódico Biological Invasions de 1999

a 2010.

Ano Volume números por volume números Artigos por númeroTotal de Artigos por

ano

1 11

2-3 19

4 10

1 8

2 9

3 7

4 8

1 9

2 12

3 10

4 11

1-2 14

3 12

4 16

1-2 14

3 11

4 11

1 12

2 14

3 10

4 12

1 14

2 16

3 15

4 19

5 11

6 15

1 11

2 28

3 12

4 34

5 19

6 22

7 16

8 12

1 9

2 13

3 11

4 11

5 12

6 11

7 15

8 11

1 14

2 12

3 10

4 18

5 17

6 14

7 23

8 26

1 11

2 29

3 28

4 27

5 12

6 25

7 18

8 20

9 16

10 20

20610112009

2007 9 8 93

2008 10 8 134

672005 90

882006 154

2003 5 4 36

4 4862004

1999

4

42442002

22000

40

32

2001 3 4 42

41