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ESCOLAS As escolas da região são bem conceituadas e estão sempre promovendo eventos para seus alunos e familiares. Confira nesta edição a Semana da Arte do Colégio Santa Marcelina, que contou com uma diversificada programação de espetáculos de grupo de dança e teatro, e a apresentação dos mais diversos trabalhos e peças produzidas pelos alunos; além da Mostra Cultural do Promove, com o tema Cinema, Veículo de Semear Ideias, onde os alunos estudaram questões ambientais através de diversas disciplinas. Além disso, saiba mais sobre a nova escola que será inaugurada no bairro Castelo. Páginas 3 e 11 PRÓXIMA EDIÇÃO - Em nossas próximas edições teremos matérias sobre o crescimento e concentração de CONCESSIONÁRIAS de veículos em pontos específicos da região e a importância disto para os bairros locais, além da estrutura e opções de lazer oferecidas pelos CLUBES da Pampulha. Falaremos sobre a inauguração do MINEIRÃO, os cuidados dos ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOS da região com o acondicionamento e preparo dos alimentos, além de uma matéria importante em nossa coluna SAÚDE E BEM- ESTAR. Participe se você tiver alguma identificação ou quiser opinar sobre algum desses e outros assuntos. Investimentos no Vetor Norte mudarão a rotina de toda a região ANO III - EDIÇÃO 21 NOVEMBRO DE 2012 A população de todo o Vetor Norte que se pre- pare, pois as obras irão continuar por muito tempo na capital. Até 2030 a BHTrans planeja cerca de 150 intervenções de grande porte, sendo muitas delas na Zona Norte e na Pampulha. Isso sem contar com as obras do metrô, do Anel Rodoviário, BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) e da região Central. Para as cidades próximas ao Aeroporto de Confins e Cidade Administrativa, o Governo de Minas anunciou um amplo pacote de obras. Especialistas consideram que a Grande BH está no caminho das grandes metrópoles. Sabemos quais os benefícios e possíveis solu- ções que essas obras proporcionam, mas será cada vez mais difícil conviver com tantas intervenções, desvios, poeira e trânsito caótico, que piora a cada ano. Além disso, a frota de veículos duplicou nos últimos sete anos. A população paga pela falta de planejamento de administrações passadas. Algumas obras têm prazo para serem termina- das logo, como os viadutos e o BRT, que deverão ser entregues entre julho e outubro de 2013. Na Aveni- da Pedro I, por exemplo, viadutos estão sendo construídos a todo vapor. A Cristiano Machado se transformou num canteiro de obras e é um verdadei- ro exercício de paciência para o motorista, já que o trânsito se torna cada vez pior. O Anel Rodoviário também receberá inúmeras intervenções, como a troca do piso da pista, que será substituído por concreto, construção e revitali- zação de trincheiras, túneis, novos viadutos e alças de ligação. As obras de adequação dos 27 quilôme- tros do local serão realizadas nas BR-262 e BR-040 e contemplam intervenções técnicas de reformula- ção e modernização para melhorar a segurança e fluidez do tráfego de veículos. Em convênio firmado com o Governo Federal, o Governo Estadual assu- miu a elaboração do projeto executivo das obras. Leia mais nas páginas 6, 7 e 9 PORTAL DA COPA / JOÃO MARCOS ROSA CID COSTA NETO ARQUIVO SANTA MARCELINA Pedro I e Barragem da Pampulha Cristiano Machado Cristiano Machado Pedro I e Barragem da Pampulha

Investimentos no Vetor Norte mudarão a rotina de toda a regiãoemfocoturismo.com.br/fotos/arquivo114_17-25-43ouro_preto_em_foco... · Novembro de 2012 2 Jornalista responsável (redação

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ESCOLAS � As escolas da região são bem conceituadas e estão sempre promovendo eventos para seus alunos e familiares. Confira nesta edição a Semana da Arte do Colégio Santa Marcelina, que contou com uma diversificada programação de espetáculos de grupo de dança e teatro, e a apresentação dos mais diversos trabalhos e peças produzidas pelos alunos; além da Mostra Cultural do Promove, com o tema �Cinema, Veículo de Semear Ideias�, onde os alunos estudaram questões ambientais através de diversas disciplinas. Além disso, saiba mais sobre a nova escola que será inaugurada no bairro Castelo. Páginas 3 e 11

PRÓXIMA EDIÇÃO - Em nossas próximas edições teremos matérias sobre o crescimento e concentração de CONCESSIONÁRIAS de veículos em pontos específicos da região e a importância disto para os bairros locais, além da estrutura e opções de lazer oferecidas pelos CLUBES da Pampulha. Falaremos sobre a inauguração do MINEIRÃO, os cuidados dos ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOS da região com o acondicionamento e preparo dos alimentos, além de uma matéria importante em nossa coluna SAÚDE E BEM-ESTAR. Participe se você tiver alguma identificação ou quiser opinar sobre algum desses e outros assuntos.

Investimentos no Vetor Nortemudarão a rotina de toda a região

ANO III - EDIÇÃO 21NOVEMBRO DE 2012

A população de todo o Vetor Norte que se pre-pare, pois as obras irão continuar por muito tempo na capital. Até 2030 a BHTrans planeja cerca de 150 intervenções de grande porte, sendo muitas delas na Zona Norte e na Pampulha. Isso sem contar com as obras do metrô, do Anel Rodoviário, BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) e da região Central. Para as cidades próximas ao Aeroporto de Confins e Cidade Administrativa, o Governo de Minas anunciou um amplo pacote de obras. Especialistas consideram que a Grande BH está no caminho das grandes metrópoles.

Sabemos quais os benefícios e possíveis solu-ções que essas obras proporcionam, mas será cada vez mais difícil conviver com tantas intervenções, desvios, poeira e trânsito caótico, que piora a cada ano. Além disso, a frota de veículos duplicou nos últimos sete anos. A população paga pela falta de planejamento de administrações passadas.

Algumas obras têm prazo para serem termina-das logo, como os viadutos e o BRT, que deverão ser entregues entre julho e outubro de 2013. Na Aveni-da Pedro I, por exemplo, viadutos estão sendo construídos a todo vapor. A Cristiano Machado se transformou num canteiro de obras e é um verdadei-ro exercício de paciência para o motorista, já que o trânsito se torna cada vez pior.

O Anel Rodoviário também receberá inúmeras intervenções, como a troca do piso da pista, que será substituído por concreto, construção e revitali-zação de trincheiras, túneis, novos viadutos e alças de ligação. As obras de adequação dos 27 quilôme-tros do local serão realizadas nas BR-262 e BR-040 e contemplam intervenções técnicas de reformula-ção e modernização para melhorar a segurança e fluidez do tráfego de veículos. Em convênio firmado com o Governo Federal, o Governo Estadual assu-miu a elaboração do projeto executivo das obras.

Leia mais nas páginas 6, 7 e 9

PORTAL DA COPA / JOÃO MARCOS ROSA

CID COSTA NETO

ARQUIVO SANTA MARCELINA

Pedro I e Barragem da Pampulha

Cristiano MachadoCristiano Machado

Pedro I e Barragem da Pampulha

Novembro de 2012

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Jornalista responsável(redação e edição):

Fabily Rodrigues MG 09127 JP

Fotos:Cid Costa Neto e Fabily Rodrigues

Revisão:Liani Gemignani

Diagramação: Cid Costa Neto

Jornalistas: Ana Izaura Duarte

Anna BoechatJoão Paulo Dornas

Designer: Awa Maia

Endereço: Rua Francisco Vaz

de Melo, 20, sala 7 Jaraguá

CEP 31.255-710Belo Horizonte - MG

Contato / Publicidade: (031) 3441-2725

EXPEDIENTEO Jornal Ouro Preto em Foco é uma publicação informativa mensal voltada aos moradores, comerciantes e demais interessados dos bairros Ouro Preto, Castelo, São Luiz, São José e região. Independente e imparcial, não temos comprometimento ou vínculo com nenhuma associação, empresa ou empresário, político ou entidade. Nosso objetivo é informar, esclarecer, debater, criticar e melhorar a qualidade de vida da região. Faremos isso por meio de informações úteis, dicas, curiosidades e notícias voltadas a todos os envolvidos, de uma maneira ou de outra, com os bairros locais. Distribuído gratuitamente nos bairros Ouro Preto, Castelo, São Luiz, São José e parte do Engenho Nogueira, Paquetá, Bandeirantes, Alípio de Melo, Jaraguá e Dona Clara.

CRÔNICA

E-mail:[email protected]

Impressão: Bi-Gráfica

Periodicidade: Mensal

Distribuição Gratuita

Tiragem: 10 mil exemplares

Creio que a maioria dos que tentarem ler esta crônica até o final fará isso com certa pressa para poder ler outras páginas do Jornal ou voltar ao que estava fazendo ou ao que ainda vai fazer. É assim nossa vida hoje. De um modo geral, nos acostumamos a um ritmo acelerado, salvo exceções, claro. Chegou o final do ano e a história se repete. Correria para compras de Natal,

preparativos para as festas, compromissos, pagamentos, avaliação de resultados, balanços e muitos planos para o ano que vai iniciar. Não há como negar que é um período em que ficamos centrados demais nesses objetivos e mal conseguimos curtir todo clima que o período propicia.

Minha dica de final de ano é: acalme seus passos. Desacelere. Não pensamos muito nisso, mas é algo muito necessário e importante para manter uma qualidade de vida melhor. No entanto, muitos acharão isso absurdo porque, dependendo do setor/ramo em que se trabalha, das provas finais na escola ou faculdade, vestibular e de várias outras possibilidades, fica realmente difícil desacele-rar. Mesmo assim, é importante �dar uma pausa�, mesmo que por um determinado período. Isso certamente ajudará a nos centrarmos e nos prepararmos melhor para novos planos, novas perspectivas e novas esperanças de dias melhores e projetos promissores de vida, trabalho, estudo,

�coração�, financeiro, entre outros.Há muito que fazer para seu próprio benefício. Há muito

que contemplar nesta vida tão interessante que nos foi dada. Às vezes, esquecemos de desfrutar todas as vanta-gens, possibilidades e belezas que ela nos oferece. Nosso péssimo hábito de dizer �estou sem tempo�, �muita corre-ria�, �trabalhando muito�, �qualquer dia�, entre outras desculpas, nos impede, automaticamente, de fazer coisas que realmente nos fariam bem.

Não é preciso ter tanto tempo para aproveitar as coisas que realmente são importantes e que nos energizam. Precisamos ser sempre �alimentados� por fatos e sensa-ções positivas. Por atos de carinho com as pessoas que amamos, por fazer o bem ao próximo, por se permitir ser feliz e aproveitar os amigos e a família, por não nos prender-mos tanto ao trabalho, estudo e outras coisas que nos travam e bloqueiam para realizarmos o que temos realmen-te vontade.

Metas e atitudesAproveite o final do ano ou início do próximo para

desacelerar, descansar a mente e o corpo, relaxar, se permi-tir, viajar, dormir um pouco mais, visitar e curtir a família, ler, assistir a bons filmes, ouvir música, dançar, rezar, sorrir mais, passear com os filhos, grandes amigos e/ou o (a) namorado(a), marido ou esposa, ou simplesmente não fazer nada. Faça algo que sempre tenha tido vontade de fazer, mesmo que seja alguma coisa bem simples. Tenha como objetivo diminuir o ritmo em meio às confusões e correrias do dia a dia. Enfim, tire pequenas férias e curta o

cotidiano com uma visão diferenciada de tudo.Sinta o prazer de ser útil a alguém. Valorize todos os

abraços que receber, principalmente nesta época; agrade-ça pelas mensagens recebidas. Dê sua contribuição para contagiar os ambientes que você frequenta com atitudes, gestos e palavras otimistas.

Dessa maneira você sentirá uma paz interior que poderá se transferir para o corpo e a mente, permitindo a diminuição das tensões dos músculos e nervos. Dê um tempo para você. Cuide-se. Se conheça um pouco mais e aproveite sua vida com qualidade e prazer. Certamente não terá nada a perder. Fique com Deus!

Fabily Rodrigues (Editor)[email protected]

Acalme seus passosINTERNET

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OURO PRETO CONTA SUA HISTÓRIA

Lembranças agradáveis de um desenvolvimento positivo

Foi durante uma visita ao zoológico que Américo Alves de Moura decidiu sair do bairro das Indústrias para construir sua casa no Ouro Preto, antiga Vila Recreio. �Já não aguentava mais a poluição da região onde eu morava. Não era um lugar bom para criar os filhos. Em um passeio com a família percebi que a região da Pampulha era calma, ainda em desenvolvi-mento. Por 750 mil Cruzeiros à época, comprei o lote e construí a casa onde moro até hoje. Quando vim pra cá, em 1973, havia poucas casas e o comércio era praticamente inexis-tente. Me lembro bem do armazém do Sr. José Turco, na entrada do bairro�, conta.

Américo relata que a única via de acesso asfaltada do bairro era a da Rua Conceição do Mato Dentro. A Avenida Presidente Carlos Luz � antiga Catalão � tinha apenas duas pistas. Com o início do loteamento, algumas ruas começaram a ser abertas para que os cami-nhões dos depósitos de construção chegas-sem até as futuras casas, mas o asfalto só chegou mesmo em 1982, quando o bairro já estava mais desenvolvido. O crescimento da região aconteceu rapidamente. Em cinco anos o número de casas praticamente triplicou e foi nessa época que o comércio começou a crescer significativamente.

A maior lembrança do aposentado se refere aos dias de jogos no Mineirão, inaugura-do oito anos antes de se mudar para o Ouro Preto. �Como quase não havia construções, dava pra ver o estádio do alpendre da minha

casa, além de ouvir o barulho dos torcedores�, lembra. Américo se recorda também da construção da Paróquia de Nossa Senhora da Divina Providên-cia, pois foi convidado para a primeira reunião organizada para ajudar na escolha da localização da igreja. Ele ainda ajudou na realização de eventos para arrecadação de fundos para a construção.

Américo ainda lembra que o bairro pacato se transformou em uma região bastante povoada, com as casas dando lugar aos prédios e o comércio se consolidando cada dia mais. Apesar de não ter a tranquilidade de antigamente, quando podia andar pelas ruas à noite sem nenhuma preocupação com o trânsito ou a violência inerente a qualquer bairro desenvolvido, ele fala da importância que o Ouro Preto tem em sua vida. �Foi aqui que criei meus nove filhos, minha família. Não penso em sair daqui, a não ser que seja para voltar à minha cidade natal�, conclui. (Anna Boechat)

O bairro Castelo recebeu mais uma instituição de ensino. A Vila Castelo, escola voltada para crianças de 1 a 5 anos (maternal ao 2º período), está localizada na Avenida Miguel Perrela, 701, e será inaugurada no dia 7 de dezembro, com uma cantata de Natal. As aulas terão início no dia 1º de fevere-iro. Segundo a diretora, Regina Godinho, a escolha do local aconteceu pelo fato de o bairro estar crescendo considera-velmente, recebendo muitos casais jovens com filhos pequenos e ter poucas opções de escolas. �Procuramos uma casa com um espaço maior. Tivemos

dificuldade, mas encontramos um ponto muito bom com tudo que precisávamos. Através das parcerias com o Pitágoras e o Minas Tênis Clube, teremos iniciação esportiva, futebol, balé, musicalização, inglês, playground mais seguro com piso de borracha, minigrama sintética, oficina de artes e até uma sala de psicomotricidade�, conta. Ela conclui, dizendo a expectativa é grande e quer atingir também o público do Ouro Preto, Paquetá, Bandeirantes, Manacás, Alípio de Melo, entre outros. As matrículas já estão abertas. Mais informações: 3476-7619.

Escola é inaugurada no Castelo Américo Alves de Moura, 75 anos, aposentado e morador do bairro há 39 anos

DANIELA MOURA

CID COSTA NETO

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Se os moradores da Pampulha e do Vetor Norte da Região Metropolitana acham que vão ficar livres do transtorno das obras até a Copa do Mundo, estão enganados. A Grande BH continuará a ser um grande canteiro de obras no mínimo até 2030, segundo planeja-mento da BHTrans. Estão previstas cerca de 150 intervenções por toda a cidade. Por mais que saibamos dos benefícios e da necessida-de, a rotina de trânsito confuso e cada vez mais caótico, poeira, sujeira, desconforto e aborrecimentos irão perdurar, pois o Governo do Estado e a Prefeitura estão com a agenda repleta de intervenções.

É óbvio que toda melhoria é bem-vinda, pois a Grande BH tomou o caminho das grandes metrópoles do mundo, onde as obras são incessantes. Deparando com a correria dos nossos administradores percebemos que os governantes parecem estar remediando. Por falta de uma projeção ou de execução de obras por parte dos gestores públicos de outrora, temos que passar por esse �pande-mônio� urbano. A correria para entregar tudo pronto para a Copa do Mundo impressiona. Na Avenida Pedro I, por exemplo, vários viadu-tos estão sendo construídos ao mesmo tempo, com previsão de entrega para meados de 2013. Já na Cristiano Machado, as obras para o BRT parecem não ter fim e o trânsito

fica cada vez pior. Há mais de cinco anos a população ouve

a frase: �Desculpe o transtorno. Estamos trabalhando para você�. A cidade cresceu, mas a cultura brasileira de fazer tudo na

última hora permaneceu. E temos um agra-vante. O aumento do número de veículos em BH está em torno de 10% a cada ano. Hoje, chegamos a 1,4 milhão de veículos. O salto é imenso. Em 2002, 717 mil veículos circula-

vam pela cidade. Além disso, cerca de 80% das pessoas se deslocam de ônibus na capital, mas agora 80% das vias são ocupa-das por carros.

InvestimentosO Governo Federal já investiu cerca de um

bilhão de reais através do Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC) para a Copa de 2014. A expectativa é de que em dezembro de 2013 todo o planejamento se confirme e que a verba (cerca de R$ 4,5 bilhões) para as duas próximas grandes obras (metrô e Anel Rodoviário) seja repassada. Essa verba está prevista no PAC da Mobilidade Urbana e as duas obras terão grande impacto na cidade, assim como as atuais. De acordo com a BHTrans, o metrô não será finalizado para a Copa por se tratar de uma obra cara e demo-rada.

Por isso, as obras de implementação do BRT (Bus Rapid Transit), uma via de trânsito rápido para ônibus, estão a todo vapor. Após o evento, R$ 2,86 bilhões serão investidos na ampliação e na revitalização da linha que está sendo construída e na implantação das linhas 2 (Savassi-Lagoinha) e 3 (Barreiro-Calafate). O objetivo é atender 980 mil usuários por dia, sendo que hoje cerca de 200 mil pessoas usufruem do serviço. (João Paulo Dornas)

Obras na cidade irão continuar por mais um bom tempo

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INVESTIMENTOSANEL RODOVIÁRIOValor: cerca de R$ 1,5 bilhãoInício e término: indefinido Intervenção: revitalização, melhorias na segurança e nos cruzamentos com as princi-pais vias da capital.

METRÔValor: R$ 2,86 bilhõesInício e término: indefinidoIntervenção: expansão da linha Eldora-do/Vilarinho, criação das linhas Calafate/Barreiro e Lagoinha Savassi, aumentando a capacidade de 200 mil para 980 mil usuários por dia.

ANTÔNIO CARLOS � PEDRO IValor: R$ 221 milhõesTérmino: outubro de 2013Intervenção: duplicação da Av.Pedro I, com-plexo do Vilarinho e pavimentação para BRT

CRISTIANO MACHADOValor: R$ 36 milhõesTérmino: agosto de 2013Intervenção: implantação do BRT São Gabriel/Centro integrado ao metrô

BRT ÁREA CENTRAL � SANTOS DUMONTValor: R$ 55 milhõesTérmino: outubro de 2013Intervenção: BRT na Avenida Santos Dumont com ligação com a Dom Pedro I e Cristiano Machado.

VIA 710Valor: R$ 78 milhõesTérmino: dezembro de 2013Intervenção: ligação com três faixas de cada lado entre as avenidas dos Andradas e Cristia-no Machado, reduzindo o trânsito no Centro.

INTERNETPORTAL DA COPA / JOÃO MARCOS ROSA

Cristiano Machado Anel RodoviárioAnel Rodoviário

No Anel Rodoviário, que hoje recebe cerca de 120 mil veículos por dia, em convênio firmado com o Governo Federal, o Governo Estadual assumiu a elaboração do projeto para adequação da capaci-dade e da segurança do local. A via, construída nos anos 1950 para desviar o tráfego pesado da cidade, influi diretamente no trânsito de avenidas importantes, como a Via do Minério, Tereza Cristina, Amazonas, Catalão, Antônio Carlos e Cristiano Machado. Por isso, o período de obras certamente influenciará significativamente no trânsito de grande parte de BH.

O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) já elaborou um pré-projeto do novo Anel Rodoviário que vai servir de base para o projeto executivo que está em fase de licitação. Estão previstas inúmeras intervenções, como toda a troca do piso da pista, que será substituído por concreto, construção e revitalização de trincheiras, túneis, novos viadutos e alças de ligação. O valor total da obra chega a R$ 1,5 bilhão e a execução

será do DER-MG. De acordo com o departamento, inicialmente o projeto que vinha sendo programado pelo Departa-mento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) previa uma divisão da

obra em três lotes, mas, para acelerar as ações, licitou-se tudo de uma só vez. O órgão vem estudando alternativas para o trecho de 27 quilômetros, mas somente o projeto executivo que será elaborado vai

definir os detalhes finais da execução. Estão previstas inúmeras desapropriações. O DER-MG acredita que cerca de 3,5 mil famílias teriam que ser retiradas para dar espaço às vias marginais.

Entre as prioridades está a eliminação de alguns trechos perigosos. Isso será possível com a ampliação e criação de novas faixas nos viadutos já existentes e a construção de vias marginais ao longo de todo o Anel, evitando que os motoristas sejam obrigados a voltar para a pista principal, mesmo tendo como destinos bairros vizinhos à via. A sinalização terá prioridade no novo Anel, com foco na segurança viária com os padrões máximos. Segundo o DER, também será considerado peça fundamental para a elaboração do projeto executi-vo um estudo sobre o impacto que vai acontecer no trânsito local durante as obras. As alternativas para impedir que a cidade fique completamente parali-sada por todo o período de obras serão negociadas com a empresa que vencer a licitação. (João Paulo Dornas)

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O Governo de Minas fará novos investimentos viários no Vetor Norte para a Copa de 2014. A verba do BNDES é de R$ 572 milhões e beneficiará cerca de 3 milhões de pessoas em nove municípios (Belo Horizonte, Conceição do Mato Dentro, Confins, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano). É o maior projeto na região após a Linha Verde. O objetivo é ter maior fluidez no trânsito e facilitar o turismo. Além disso, o governador Antônio Anastasia assi-nou um despacho reivindicando a implantação do Rodoanel Norte de BH em Parceria Público-Privado e outro determinando prioridade por parte do DER para a execução das obras no Vetor Norte. O Gover-no também promete o projeto de duplicação da MG-05, entre o trevo de Sabará e a BR-381 (Anel Rodoviário), e as obras de construção do Contorno Norte de Lagoa Santa.

Melhoria em ConfinsEstão no projeto a implementação de 29

quilômetros de rodovias e a construção de viadu-tos, trincheiras e passagens subterrâneas. Isso ampliará a capacidade das vias e melhorará o trânsito para Confins, permitindo à Infraero a

criação de um novo acesso ao terminal. As intervenções serão feitas na Cristiano Machado e nas rodovias do entorno do aeroporto. A rodovia LMG-800 também será ampliada, entre o entroncamento da MG-10 (Lagoa Santa) e o trevo para Confins, com o alargamento da via e a construção de sete viadutos (dois dupli-cados). Já na ligação da LMG-800 com a MG-424 haverá uma ampliação do

acesso de Pedro Leopoldo a Confins, com a restauração da via e construção de pequenos viadutos e de passagens inferiores.

Já estão em andamento as obras da MG-424, que liga BH a Vespasiano, São José da Lapa e Pedro Leopoldo, que será revitalizada entre a MG-10 e a LMG-800. Será criado um novo acesso ao aeroporto, com vias pavimentadas, passarelas,

passagens superiores e inferiores.

Novo acesso à Serra do CipóUm dos principais destinos turísticos do Brasil

receberá melhorias. Na MG-010 será construída uma nova ponte sobre o Rio das Velhas, facilitando o acesso para a Serra do Cipó. Outra mudança é a implantação do Contorno Norte de Lagoa Santa (12 Km de extensão). As obras iniciarão após a obtenção das licenças ambientais. A intervenção trará um novo acesso à região da Serra do Cipó.

Rodoanel NorteO Rodoanel Norte integrará os municípios de

leste a oeste da Grande BH, fazendo uma conexão entre a BR-381 (saída para Vitória), com a mesma rodovia na saída para São Paulo, cruzando a BR-040 (saída Brasília), além de rodovias estaduais, como a MG-010. Serão interligados os municípios de Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Conta-gem e Betim. O projeto prevê a criação de um novo corredor rodoviário para desafogar o tráfego de veículos pesados, principalmente no Anel Rodoviá-rio.

Intervenções no Vetor Norte prometem resolver principais problemas viários

Projeto do Anel Rodoviário ainda sem definições concretas

FABILY RODRIGUES

INTERNET

Obras do novo viaduto da Pedro I com Portugal estão adiantadas e dão uma nova"cara" à Barragem da Pampulha, que já conta com as pistas exclusivas do BRT.

Anel Rodoviário precisa de intervenções urgentes em vários de seus trechos, principalmenteno Viaduto São Francisco, onde há um afunilamento de três para duas pistas

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Em entrevista exclusiva ao jornal Ouro Preto em Foco, o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Feitas, falou sobre esse planejamento.

Quais obras serão priorizadas após a Copa?

Nós temos um planejamento da mobilidade de BH que vai até 2030. São cerca de 150 intervenções. Após a Copa faremos a continui-dade do BRT nas Avenidas Amazonas e Pedro II, a reformulação do Anel Rodoviário e o metrô, com a revitalização da linha atual, aumentando a capacidade para, no mínimo, 50 % dos trens, o que vai ajudar bastante a região de Venda Nova.

Implantaremos ainda duas novas linhas (Barreiro-Calafate/Centro- Savassi).

As 150 intervenções possuem uma hierarquização em forma de prioridade. Por exemplo, temos um túnel que passa debaixo da Raja Gabaglia, ligando a Barão Homem de Melo, no bairro São Bento. Próximo à Catedral, no Vilarinho, está prevista uma via que liga a Avenida Cristiano Machado à região do Isidoro, onde hoje não é habitado. Ali será uma futura região de expansão. Então precisa-mos de um sistema viário. Mas são obras muito caras. O grau de prioridade é menor. Se nós vamos fazer todas? Eu não sei, pois isso envolve diversos fatores. Quem determina é o Prefeito, mas grande parte delas precisa ser feita, senão a cidade ficará insustentável. Dentro da prioridade, se a verba sair e a PBH questi-onar qual é a próxima, saberemos indicar. As obras estão espalhadas pela cidade. São vários túneis e viadutos.

Essa comoção de obras se deve à falta de planejamento de 30 anos atrás?

Deve-se mais à falta de execução, pois grande parte é desejada há muito tempo. Por exemplo, o Boulevard Arrudas estava previsto há anos, mas só com a vinda da Copa do Mundo é que consegui-mos a verba e a execução.

E essa correria de fazer tudo ao mesmo tempo?

Eu discuti sobre BRT no bairro São Paulo e uma senhora fez uma analogia perfeita. Não adianta você morar em uma casa e durante uma reforma não sofrer com a poeira. O que estamos fazendo agora é uma reforma completa na casa. A população sabe que é para o bem comum de todos. Percebo que há com-preensão. Na obra da Santos Dumont, por exemplo, sabemos que os comerci-antes estão prejudicados. O movimento caiu, mas eles sabem que quando ficar pronto, as vendas irão melhorar bastante em relação ao que era antes das obras. Além disso, o local vai ficar mais bonito e os pontos de ônibus serão mais moder-nos. Se melhorar para a população, melhora para o comércio. Eu não percebo muitas reclamações da população pelo fato de haver muitas obras simultâneas. Vejo na imprensa alguém questionando sobre por que não planejaram essas intervenções antes, mas não posso falar pelo que não foi feito, e sim pelo que vem pela frente. Teremos, até 2030, um conjunto de obras planejadas, com simulação para ver quais os benefícios de cada uma. Espero que os Prefeitos executem o planejamento, pois o trânsito está muito ruim em função do crescimen-

to da frota, que nos últimos 11 anos mais que dobrou. E certamente vai continuar crescendo, com o incentivo à compra de automóveis através da isenção de impostos. Para fazer frente a esse crescimento temos que melhorar o transporte coletivo para que os motoristas mudem de opção.

Um dos objetivos é descongestionar o Centro?

Muitos não trabalham no Centro, mas passam por ele. Então vamos construir sistemas viários circulares, a exemplo da Avenida do Contorno, para evitar que passem por lá. As pessoas congestionam a área central, mas este não é o destino. Se alguém está na Avenida Amazonas e quer ir ao Jaraguá, na maioria das vezes opta por passar pelo Centro. A ideia é reprimir isso. Essas 150 intervenções ajudarão, pois todas passarão fora do Centro.

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ENTREVISTA

Planejamento e ações para BH

Avenida Santos Dummont

INTERNET

DIVULGAÇÃO

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Mostra Cultural é destaque no Promove

O Colégio Promove realizou, no dia 9 de novembro, sua 3ª Mostra Cultural, com o tema �Cinema, Veículo de Semear Ideias�, com a participação dos alunos do Ensino Fundamental I e II, além do Ensino Médio, que durante todo o ano estudaram questões ambi-entais através de diversas disciplinas, entre elas história, biologia, língua portuguesa, filosofia, entre outras. O resultado foi uma explanação de todo o estudo, onde cada série, a partir de filmes que retratam fenômenos climáti-cos e ambientais, apresentou a visão que os alunos têm do futuro do planeta caso não haja uma conscientização do ser humano e não cuidarem do meio ambiente. As produções escolhidas foram definidas de acordo com a faixa etária de cada série para um maior entendimento do assunto.

Segundo a coordenadora do

Ensino Fundamental I I , Andreza Daldegan de Andrade Xavier, todo ano um assunto diferente é abordado e a utilização de filmes para a realização do evento foi bastante didática e proveito-sa. �Escolhemos desenhos, documen-tários, além de grandes produções para que os alunos interagissem mais com um assunto tão relevante e que diz respeito ao futuro. O resultado foi muito positivo�, explica. A coordenadora diz ainda que as apresentações de dança contaram com um figurino relacionado aos filmes estudados, como �Avatar�, �Procurando Nemo� e �2012�, mostran-do o empenho e o compromisso dos participantes. A comunidade escolar participou ativamente da Mostra Cultural, que contou ainda com a presença de pais e ex-alunos do Promove. (Anna Boechat)

ARQUIVO PROMOVE

Colégio Santa Marcelina promoveSemana de Arte

O Colégio Santa Marcelina realizou, entre os dias 1º e 10 de novembro, sua 7ª Semana de Arte, com o tema �Arte Latina - Os Múltiplos Caminhos da Arte Hispano-Americana�. Com uma vasta programação, o evento contou com a apresenta-ção dos trabalhos de pintura, desenhos e escultu-ras produzidas pelos alunos ao longo do ano letivo, que também tiveram a oportunidade de assistir a espetáculos de grupos de dança, teatro, além de concertos musicais, como o grupo Sur Latino, a cantora cubana Tereza Morales, o argentino Rufo Herrera, entre outros. A temática deste ano foi escolhida pela equipe de arte do colégio, que buscou fomentar a cultura dos diversos países latinos colonizados pela Espanha e contou com o apoio da Casa Latina, instituição que promove o intercâmbio cultural e educativo com a América Latina e Caribe.

Segundo o professor Aloísio Rabelo, um dos coordenadores do evento, os trabalhos apresenta-dos pelos alunos tiveram também como objetivo estudar e homenagear um dos 18 países selecio-nados pela equipe de arte. �Fizemos um trabalho de garimpagem, em cada turma, escolhendo artistas de diversos países, muitos deles ainda desconhecidos pelos alunos. Dessa forma, além do objetivo pedagógico, o evento promovido pelo colégio ainda serviu como facilitador para o acesso do corpo discente a outras culturas�, conta. Apesar de não fazer parte dos países de língua espanhola, o Brasil foi homenageado com a exposição de 130 desenhos, tendo como ponto de partida a obra �O Abapuru�, de Tarsila do Amaral. Algumas apresen-tações foram abertas aos pais de alunos e cerca de 2.000 pessoas compareceram ao evento.

FOTOS: ARQUIVO SANTA MARCELINA

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Novembro de 2012