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Uma epopeia é a narrativa dos feitos grandiosos de uma n_________________ ou de um p__________.
Aqui, o poeta apresenta o assunto do poema, identificando as
figuras que pretende cantar ao longo da sua narrativa
é_____________
O poeta dirige-se às ________________________ (ninfas
do Tejo), para lhes pedir o estilo e eloquência
necessários à execução da sua obra; um assunto tão grandioso exigia um estilo e_________________,
uma eloquência superior; daí a necessidade de solicitar o auxílio das entidades protetoras dos
artistas.
A Dedicatória, que
a D. _________________. Este rei encarna toda a esperança do
poeta, que quer ver nele um monarca poderoso, capaz de retomar a "dilatação da F_____ e do
I________________" e de ultrapassar a crise do momento. Através do canto de Camões, o jovem rei
poderá aperceber-se do real valor do p______________ que governa: "E julgareis qual é mais excelente /
Se ser do mundo Rei, se de tal gente".
O poeta vai narrar a viagem de ________________________
até à _______________.
A narração desenvolve-se em 4 PLANOS:
A ação central é a viagem de Vasco da Gama.
______________ opõe-se à chegada dos portugueses
à Índia, pois receia que o seu prestígio seja colocado em segundo plano pela glória dos portugueses, enquanto a deusa
__________________, apoiada por Marte, os protege.
Camões introduz na narrativa todas aquelas figuras e
acontecimentos que, no seu conjunto, afirmavam o valor
dos portugueses ao longo dos tempos.
O poeta apresentar reflexões de carácter pessoal
sobre assuntos diversos, a propósito dos factos narrados.
1 -______________________________
2 - ________________________________
3 - ______________________________
4 - ________________________________
1. PLANO DA ___________________________
2. PLANO DA ____________________________
3. PLANO DA ____________________________
4. PLANO DAS ____________________________
E vós,
Tágides minhas, pois criado
Tendes em mi um novo engenho ardente
Se sempre, em verso humilde, celebrado
Foi de mi vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado
Um estilo grandíloco e corrente,
Por que de vossas águas Febo ordene
Que não tenham enveja às de Hipocrene.
5 Dai-me hua fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda.
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no Universo
Se tão sublime preço cabe em verso.
Nestas duas estrofes o poeta evidencia a importância do assunto a tratar e assim pede auxílio às
_______________________________ para o ajudarem nesta tarefa tão grandiosa (‘’ Dai-me agora um som alto e
sublimado, / Um estilo grandíloco e corrente’’)
Este usa a sua invocação como uma maneira de engrandecer os h______________ portugueses. O poeta
quer um som alto e um estilo corrente para que as águas das T____________________, ou seja, para que o rio Tejo
se iguale ou seja ainda melhor que as águas de Hipocrene. Por outras palavras, o poeta procura despertar o
sentimento de competição, de rivalidade nas Tágides, sugerindo que, ao atender o seu pedido, as águas do Tejo
poderão igualar
ou até suplantar a fama da f______________ de Hipocrene, como inspiradoras de grandes p__________________.
Através da análise do verso ‘’Tágides minhas’’, é sugerida uma relação afectiva entre o poeta e as
ninfas, particularmente pelo uso do determinante _____________________.
O poeta não se limitou a invocar as ninfas ou musas conhecidas dos antigos g______________e romanos. Embora
as "Tágides" não sejam criação sua, adotou-as como forma de sublinhar o carácter n_______________ do seu
poema.
Tratando-se de um pedido, a Invocação assume a forma de discurso persuasivo, onde predomina a
função a_______________________ da linguagem e as marcas características desse tipo de discurso: o
v_______________, a a___________________ e os verbos no modo i__________________.
E vós, Tágides minhas, (...)
Dai-me (...)
Dai-me (...)
Dai-me (...)
Para que os feitos dos portugueses possam ser admirados no m___________________ inteiro, é necessário
que as n______________ atendam o seu pedido, ou seja, para que esses feitos serem apreciados, é necessário um
estilo extremamente e_______________. Aliás, o último verso sugere a ideia de que os feitos dos portugueses são
tão g________________ que dificilmente poderão ser traduzidos em v____________ de forma adequada. Como se vê,
a estratégia de engrandecimento do povo português, iniciada na P_______________________, é retomada aqui,
quase nos mesmos termos.
Cantando, espalharei por toda a p___________,
Se a tanto me ajudar o e____________ e a arte.
Que se espalhe e se cante no U_________________,
Se tão sublime preço cabe em v___________
Até os instrumentos musicais associados a cada um dos tipos de poesia (l______________ e
é____________________) são significativos: à simplicidade da f_________________, associada à lírica, contrapõe a
sonoridade guerreira da t__________, própria da epopeia. Assim, a flauta corresponde ao estilo s_______________
que o poeta quer deixar para trás e a trombeta corresponde ao som f_____________ e altivo que quer adotar.
Ao referir-se à " tuba canora e belicosa ", acrescenta: " que o peito acende e a cor ao gesto m_________ ".
Com esse verso pretende transmitir a ideia de que o estilo épico exerce sobre o leitor um intenso efeito emotivo,
semelhante à exaltação sentida pelos próprios heróis que vai cantar. Note-se o recurso à m_______________ "o
peito acende", que sugere uma espécie de fogo interior avassalador.
POESIA LÍRICA POESIA ÉPICA
Verso h_____________________
Agreste avena
F_____________ ruda
Novo engenho a___________________
Som alto e s____________________
Estilo grandíloco e c_________________
Fúria grande e s__________________
Tuba canora e b__________________
As estrofes 4 e 5 de Os Lusíadas constituem o Invocação, outra parte obrigatória numa epopeia.
1. Relaciona o significado da palavra «invocação» com o intuito desta parte constituinte da epopeia.
O vocábulo invocação significa apelar, p_________________, suplicar, pois o poeta, nesta s________________ parte de
“Os Lusíadas”, vai pedir às Tágides um e_____________________ grandioso e elevado a fim de criar um poema à
altura dos f________________ heroicos do povo português.
2. Ao longo das duas estrofes, que verbo e modo verbal utiliza o poeta para fazer uma invocação?
___________________________________________________________________________________________
3. Como manifesta o poeta o seu carinho, a sua simpatia pela(s) entidade(s) a quem dirige a
Invocação?
Através do recurso ao __________________________ ___________________________ “minhas”, o sujeito estabelece uma
relação afetiva com as ninfas.
5. O poeta pede que lhe seja concedido um estilo igual aos feitos épicos que vai «cantar».
5.1 Estilo «grandíloco», chama-lhe o poeta. O adjetivo com que caracteriza o estilo não existia no
vocabulário português do seu tempo, Camões importou o termo directamente do latim
grandiloquus). Procura explicar a intenção que preside o esta utilização de latinismos, frequente,
aliás, n'Os Lusíadas.
O poeta recorre frequentemente a latinismos porque para escrever Os Lusíadas, uma epopeia de imitação,
Camões inspirou-se nas epopeias da antiguidade grega (Ilíada e O_____________________, da autoria de
_________________) e latina (a E________________, da autoria de _____________)
6. Em que tempo e modo se encontram “espalhe” e “cante”? _______________________________
7. Classifica as orações destacadas:
a) Por que de vossas águas Febo ordene/Que não tenham enveja às de Hipocrene.
_______________________________________________________
b) Mas de tuba canora e belicosa, /Que o peito acende e a cor ao gesto muda.
__________________________________________________________________________
c) Para que se espalhe e se cante no universo/Se tão sublime preço cabe em verso
________________________________________________________________________
6 E vós, ó bem nascida segurança 6 seis primeiros versos - D. Sebastião
Da lusitana antiga liberdade, Maura lança - exércitos dos mouros
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena Cristandade;
Vós ó novo temor da maura lança,
Maravilha fatal da nossa idade,
(1554-1578)
É o único rei português chamado Sebastião (nasceu no dia de D. Sebastião).
Em 1568 D. Sebastião, com 14 anos, assumiu o poder. Projetos de casamento espalharam-se por
todas as dinastias europeias, mas D. Sebastião adiou sistematicamente as respostas. Começava a pensar
obsessivamente dedicar a sua vida à guerra de Cruzada contra os M______________. Em 1578 partiu para África
com uma armada de 500 barcos. Em África, expôs-se a perigos, porque gostava de entrar pessoalmente em
combate. A 4 de Agosto de 1578, travou-se a batalha de ________________________, onde morreu. Este rei, que
teve o cognome de "O D_______________", deixou o reino sem sucessor e Portugal perdeu a
i____________________ em 1580, passando a ser governado por F__________________II de Castela.
(Dada ao mundo por Deus) que todo o mande,
Para do mundo a Deus dar parte grande;
7 Vós, tenro e novo ramo florescente 7 Tenro e novo ramo- descendente muito jovem
De uma árvore, de Cristo mais amada Árvore - genealogia cristã dos Reis de Portugal
Que nenhuma nascida no Ocidente, Cesárea - árvore genealógica dos imperadores alemães
Cesárea ou Cristianíssima chamada, Cristianíssima - árvore genealógica dos reis de França
(Vede-o no vosso escudo, que presente Escudo - Após a vitória em Ourique, a bandeira e o
escudo
Vos amostra a vitória já passada, de armas nacionais passaram a incluir 5 escudos azuis
Na qual vos deu por armas e deixou representativos dos 5 reis mouros vencidos e as 5 chagas
(As que ele para si na cruz tomou); de Cristo que teriam aparecido a D. Afonso Henriques
antes
da batalha
Vitória já passada - Vitória de D. Afonso Henriques na
Batalha de Ourique
10 Vereis amor da pátria, não movido 10 pregão - louvor ("Os Lusíadas")
De prémio vil, mas alto e quase eterno, superno - supremo
Que não é prémio vil ser conhecido
Por um pregão do ninho meu paterno.
Ouvi: vereis o nome engrandecido
Daqueles de quem sois senhor superno,
E julgareis qual é mais excelente
Se ser do mundo Rei, se de tal gente.
11
Ouvi, que não vereis com vãs façanhas,
Fantásticas, fingidas, mentirosas,
Louvar os vossos, como nas estranhas
Musas, de engrandecer-se desejosas:
As verdadeiras vossas são tamanhas
Que excedem as sonhadas, fabulosas,
Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro
E Orlando, inda que fora verdadeiro.
12
Por estes vos darei um Nuno fero,
Que fez ao Rei e ao Reino tal serviço,
Um Egas e um Dom Fuas, que de Homero
A cítara par' eles só cobiço;
Pois polos Doze Pares dar-vos quero
Os Doze de Inglaterra e o seu Magriço;
Dou-vos também aquele ilustre Gama,
Que para si de Eneias toma a fama.
13
Pois se a troco de Carlos, Rei de França,
Ou de César, quereis igual memória,
Vede o primeiro Afonso, cuja lança
Escura faz qualquer estranha glória;
E aquele que a seu Reino a segurança
Deixou, com a grande e próspera vitória;
Outro Joane, invicto cavaleiro;
O quarto e quinto Afonsos e o terceiro.
1. As três primeiras estrofes têm um carácter laudatório. Especifica que elogios são feitos ao rei em
termos de passado (herança recebida), de presente e de futuro.
D. Sebastião é visto como um rei grandioso, eleito por Deus para ser senhor de um povo, também ele escolhido
por Cristo, um povo grandioso, patriota e heroico. A missão de D. Sebastião é a de espalhar a fé c_______________,
evangelizando os m_______________ ao cristianismo, ao mesmo tempo que alarga o t_____________________. No final
da última estrofe o sujeito poético recorre a uma h_________________ para transmitir a ideia de que é melhor ser
rei de Portugal do que do m______________.
2.«...um pregão do ninho meu paterno»
2.1 Reflete sobre esta expressão com que o poeta define globalmente o seu poema. Atenta
particularmente no significado da palavra «pregão».
Com o vocábulo pregão, que significa l_______________, o sujeito pretende transmitir a ideia de que é uma grande
honra para ele ficar conhecido no m______________inteiro por ter escrito “Os Lusíadas”, ou seja, por ter escrito
uma epopeia a louvar/elogiar os feitos gloriosos do povo português, acerca da sua p_____________ ( Que não é
prémio vil ser conhecido/Por um pregão do ninho meu paterno.)
2.2 Regista outras expressões da Proposição e da Invocação em que se evidencie este mesmo
objetivo.
PROPOSIÇÃO – (“Que _____________________________________________________”)
INVOCAÇÃO – (Que se espalhe e se cante no Universo/ Se tão sublime preço cabe em verso.)
3. Dando continuidade à Proposição, o poeta apresenta, agora com mais pormenor, o herói d'Os
Lusíadas.
3.1 Faz o levantamento dos adjetivos que, na estrofe 11, qualificam os feitos de heróis de outros
poemas.
_________________________________________________________________________________________
3.2 Explica de que forma são engrandecidos os feitos e heróis lusitanos. O poeta afirma que os feitos
dos nossos heróis (Egas Moniz, D. Fuas, D. Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama, Afonso Henriques, D. João I,
mestre de Avis, D. Afonso III, IV e V) são v______________________-- e não fantásticos, f____________________,
mentirosos, sonhados e f__________________, como os feitos dos heróis a_________________.
A quem são dirigidos os versos que se iniciam por "E vós, ó bem nascida segurança"?
__________________________________________________________________________________
1.1 Por que razão se fala em segurança?
__________________________________________________________________________________
2. Indica os recursos expressivos presentes nos seguintes versos:
2.1 "E vós, ó bem nascida segurança..."
_________________________
2.2 "... temor da maura lança..."
_______________________
8. Atente nos seguintes versos: «E julgareis qual é mais excelente, / Se ser do mundo Rei, se de tal gente».
8.1. Indique a classe e subclasse das palavras sublinhadas da segunda oração.
___________________________________________________________________________________
8.2. Faça a análise sintática da primeira oração.
___________________________________________________________________________________
Quando os Portugueses já se encontravam no
Oceano _______________, os deuses reúnem no
________________, a fim de decidir se os ajudariam ou não
a chegar de um modo seguro à Índia. (ao processo de
começar a n____________________ quando a ação já vai a
meio chamamos narração ___________________________)
______________, o pai dos deuses, pede a
______________________, mensageiro dos deuses, para
convocar todos os deuses, que se sentam segundo a
h_________________, que dá mais importância aos deuses
mais antigos.
Júpiter começa por lembrar a todos os deuses que
os portugueses eram um povo guerreiro e c______________ que já tinham conquistado o país aos m_____________ e
vencido por diversas vezes os temidos c___________________., merecendo ser ajudados na passagem pela costa
africana.
_______________, o deus do vinho, insurge-se de imediato contra os portugueses, pois sentia uma enorme
i_______________ pela imensa glória que o destino lhes reservava. Na Índia prestava-se culto a Baco, e o invejoso
deus temia cair no e__________________________ com a chegada dos portugueses. ___________, a deusa da beleza e
do amor, intervém em seguida, e apoia os portugueses, povo com o qual simpatiza por lhe fazer lembrar os
r______________, quer pela língua, semelhante ao l__________, quer pela coragem que demonstravam.
Após as intervenções de Baco e de Vénus, todos os deuses se lançam numa feroz discussão comparada
pelo poeta a uma temível tempestade, até que _____________, o deus da guerra, toma a palavra, e, dirigindo-se a
Júpiter, relembra-lhe que era a ele que cabia a d________________, que, aliás, já estava tomada desde o início e,
sublinha ainda, que não se devia dar ouvidos a Baco pois não passava de um i_____________________. Marte
simpatizava naturalmente com os portugueses por serem um povo g_________________ e também para agradar a
Vénus com quem tinha tido no passado uma relação a_________________.