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ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 30 Domingo, 24.07.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

ISSN 1679-0189 o jornal batista domingo, 240716

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o jornal batista – domingo, 24/07/16ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 30Domingo, 24.07.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 24/07/16 reflexão

E D I T O R I A L

De volta para casaNesta edição de OJB

destacamos a Cam-panha para levanta-mento de recursos

em prol da restauração do “Si-tio do Sossego”, espaço bem conhecido da maioria dos Ba-tistas por ser a sede dos “Em-baixadores do Rei” há mais de 60 anos. Os acampamentos realizados ali no mês de janei-ro de cada ano já tornaram-se uma marca indelével.

Em 2016, pela primeira vez ao longo desta história, o Acampamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei (ANVER), não pôde ser realizado no Sitio do Sossego, em virtude de suas condi-ções físicas. Há muito que o sítio precisava de uma revi-são geral de suas instalações, pela atualização de toda sua

estrutura funcional, para po-der continuar por mais 60 anos recebendo os meninos e rapazes de todo o Brasil, no verão de cada ano. Com certeza você, leitor, se já não esteve no Sítio, deve ser pai, mãe, tio, tia, avô ou avó de um menino que já participou de um acampamento no local ou, quem sabe, o seu pastor foi fruto de um destes acam-pamentos. Sim, é verdade, pois a cada ano centenas de meninos que ali participam se apresentam como vocaciona-dos para o ministério pastoral; também ali já se viu tantos outros que decidiram ser mé-dicos, advogados, professo-res, empresários, militares e outras dezenas de atividades, despertados pelas mensagens ao longo dos acampamentos.

Sem sombra de dúvidas, pode-se dizer que o “Sitio do Sossego” é testemunha de muitas vidas transformadas e despertadas para o Reino de Deus, através dos programas e testemunhos na capela, na quadra, na piscina, no refei-tório ou nos alojamentos em contato com outros meninos ou com seus conselheiros. Esta Campanha tem como objetivo levar o ANVER 2017 de volta para o “Sitio do Sossego”. Um grande número de irmãos e ir-mãs já se comprometeram em nos ajudar através da doação de ofertas financeiras, ofertas de materiais e oferta de mão de obra. Mas, para que tudo fique pronto até janeiro de 2017, essas doações precisam chegar o mais breve possível, pois antes das chuvas de ve-

rão em dezembro, todas as obras externas terão que ser concluídas.

Por isso, convidamos você a hoje mesmo entrar conosco na restauração do nosso “Sitio do Sossego”. Como não existe ex-embaixador, pois “Uma vez Embaixador, sempre Embai-xador”, contamos com todos os Embaixadores do Brasil para voltar para casa ajudando neste Serviço Real. Todas as informações e prestação de contas estão publicadas no novo site - www.sempreem-baixador.org.br -, onde você vai poder ajudar e saber tudo o que estamos fazendo.

Sócrates Oliveira de Souza, pastor,

diretor executivo da Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 24/07/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

As feiras livres são pontos de atração e convivência em todas as cidades do

Brasil; que ainda as mantém. No tempo de Seminário, ia à feira após as 11 horas, no momento da xepa. Com o barulho normal dos cariocas, ocorria as liquidações. Como seminarista, pobre e sem di-nheiro, precisava aproveitar a liquidação na feira para so-breviver. Aqui, em Sorocaba, as feiras em diferentes bairros são bem frequentadas e silen-ciosas; não há a liquidação feita pelos cariocas. Paulista é mais comedido, não faz liquidação e não grita na feira. Com o passar do tempo você passa a conhecer todos os fei-rantes. A barraca do tomate, da laranja e banana. Batata, alho e cebola. Até mesmo a barraca que tem de tudo a preços módicos. Claro que não há garantia que o produto vá funcionar. Embora os pro-

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva - RJ

Você acorda, entra em um site de notí-cias, abre um jornal impresso ou vai as-

sistir ao telejornal e parece que as notícias se repetem. Será que o que aconteceu ontem está acontecendo hoje de novo? Não exatamente. A questão é que todos os dias temos notícias sobre coisas lamentáveis que se repetem e, dentre elas, a corrupção, que tem assolado a nossa Nação. Sem falar dos pequenos cor-ruptos, quero falar dos nossos governantes, aqueles que es-tão com o poder nas mãos e que roubam descaradamente, fazendo a maior parte da po-pulação perder a esperança, dizer que não tem mais jeito.

dutos não sejam de primeira, tem boa freguesia. Conhece o peixeiro, a barraca do frango e os verdureiros. Dá para en-contrar tudo fresquinho e sem agrotóxicos. É um momento de festa para os olhos, e tam-bém de gratidão. Há fartura para todos, mesmo que não haja dinheiro para adquirir os produtos expostos.

O que mais encanta nas feiras é ouvir as conversas das pessoas. Senhoras idosas e bem-vestidas juntam-se para falar dos ex-maridos que mor-reram e atrapalham a passa-gem. O falecido não viajava, mas agora as viagens a locais turísticos após a partida do fa-lecido são motivos de euforia. Fico com pena do defunto. Trabalhou a vida toda, teve bom salário, estava sempre ocupadíssimo com a empre-sa e jamais viajou em férias. Agora morto, a viúva se es-balda em cruzeiros nacionais e internacionais. “O falecido

Querido, o Brasil tem jeito! Se você é cristão, já sabe disso e também deve saber que os cristãos são essenciais para a mudança desse quadro no qual nos encontramos.

Temos um compromisso enorme diante desse quadro: o compromisso da oração. Veja o que diz a Bíblia: “An-tes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exer-cem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a pieda-de e dignidade” (I Tm 2.1-2). Muitas coisas que ocorrem no Brasil são fruto da nossa indiferença espiritual. A cor-rupção é uma delas. Quantas vezes na semana você ora para que Deus acabe com essa corrupção, para que os

não tinha tempo para viajar comigo. Agora estou aprovei-tando. O último cruzeiro na Europa foi nota dez”, diz uma senhora elegante. As festas e visitas a lugares paradisíacos foram pagos com a pensão deixada pelo marido falecido. Pobre defunto. Caso tivesse viajado mais, talvez estivesse vivo para aproveitar.

Algumas reclamam dos preços e falam mal do go-verno. Claro que ninguém votou na Dilma, foi eleita por milagre invisível. Assim é o brasileiro. Sempre joga a culpa no outro.

Há o grupo de mães que reclamam dos filhos. Espe-cialmente das noras, ao dizer que elas não ajudam e fazem as avós de escravas. Os filhos não visitam os pais. Também há reclamações dos filhos adultos que não casaram e não querem casar. Nada de compromisso, família mo-derna. “Todo o trabalho so-

culpados paguem pelos seus erros e para que pessoas de bem assumam a liderança dos governos municipal, es-tadual e federal? Se você não ora, você também é culpado. Você pensou que eu fosse falar que a solução seria atra-vés do voto? Errou. Primeiro, temos que obedecer a Deus e, fazendo assim (orando), as coisas acontecerão.

Outro texto interessante é o seguinte: “E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7). O povo estava em cativeiro e Deus disse para o povo orar pela cidade onde se encontrava, pois na paz da ci-dade, o povo estaria em paz. A oração pode transformar tudo ao redor. Onde está a nossa fé? Por que não cremos

bra para as mães. São uns irresponsáveis”, dizem como consolo às amigas da feira.

Sempre há alguém falando mal de alguém nesse am-biente. Especialmente dos familiares, das lagartixas que entraram na família e cor-roem a harmonia existente. O mais hilário é o grupo de idosos que discute política, futebol e religião. A surdez da velhice, mesmo usando aparelhos auditivos, não os permite falar em voz suave. Gritam para se fazerem ouvir. Parece briga, mas não é. Ape-nas ausência de acuidade. Os que usam aparelhos não trocam as baterias. Quando o assunto é religião ouve-se de tudo. Todos creem em Deus à sua maneira. Fabri-cam o seu “deus” conforme a conveniência. Na discussão religiosa tudo é válido. Criti-cam o sermão do padre na última missa, dizem que foi fora da realidade, que precisa

mais no poder da oração? Por que não fazer o que Deus diz que devemos fazer? A oração do povo de Deus pode acabar com todo mal que nos cerca.

Mais um texto no qual de-veríamos pensar muito: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (II Cr 7.14). Este texto ainda serve para nós. Se nos humi-lharmos, nos submetermos ao Senhor, buscarmos Sua face, nos arrependermos de nossos pecados e orarmos, mudando nossa atitude, Deus nos ouvi-rá e sarará nossa terra. É uma promessa bíblica! O problema é que nosso povo não crê, fica desesperado e, por isso, sofre. Isso precisa mudar. Não dá

ser atualizado. Parece que há evangélicos no grupo. Há críticas aos pastores que só pedem dinheiro. Há os que creem na vida após a morte, e são contestados por aqueles que acham que tudo termina no túmulo. A discussão aca-lorada esquenta o ambiente e toda a feira é obrigada a ouvir as mais esquisitas definições de Deus, dos evangelhos e da vida após a morte. Você vai até o final da feira, volta, e lá estão eles com seus conceitos teológicos. Ao final, todos se entendem e partem sorriden-tes, convictos de que Deus é bom, se é que Ele existe. Deus vai receber a todos de braços abertos nos céus.

É possível aprender na feira a como não fazer teologia. Coisas que acontecem nas Igrejas que desprezam a Bí-blia e seus fundamentos dou-trinários. Matrícula aberta na próxima feira, sem diploma reconhecido, é claro.

para continuar assim. Temos que acreditar que a oração do povo de Deus pode mudar esse quadro. Deus diz que pode.

O Brasil tem jeito. A oração do povo de Deus é a solu-ção para mudar esse quadro caótico no qual nos encon-tramos. Eu já estou orando por nossa Nação, mas quero convocar o povo de Deus, em todo território brasileiro, para que abrace essa causa comigo. Ore todos os dias por nosso país, peça a Deus por mudança, por justiça, peça para que os corruptos paguem por seus crimes e para que lideranças honestas sejam colocadas à frente dos governos municipal, esta-dual e federal. Se fizermos assim, Deus ouvirá dos céus e curará nossa “pátria amada, Brasil”. Deus nos abençoe!

Escola teológica na feira

O Brasil tem jeito

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4 o jornal batista – domingo, 24/07/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Dando nome aos bois

“E o Senhor Deus fez bro-tar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” (Gn 2.9)

Aparentemente, no início da criação os animais não tinham, cada um, seu próprio

nome. Diz Moisés: “Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este os chamaria. E o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome” (Gn 2.19).

Nomes existem para identi-ficar. Ora identificamos des-crevendo o que o nomeado é, ora identificamos pelo que ele tem. Nomes devem ser bem claros e descritivos – para evitar confusões. Há nomes que elogiam e há nomes que humilham. Há pessoas cuja vida impressionou tanto que a sociedade decidiu usar seu

nome como elogio. Por outro lado, a Lei nos permite mudar de nome, quando aquilo que legalmente nos identifica é visto pela sociedade como humilhante ou pejorativo.

Escrevendo à Igreja de Pér-gamo, Jesus elogiou a postura corajosa dos seus membros que permaneciam fiéis aos Seu Senhor e Salvador, ape-sar das perseguições do Im-pério Romano (Apocalipse 2.17). Não foi só para os cristãos de Pérgamo que um novo nome foi dado, inscrito em uma pedra branca. O novo nome que Cristo nos dá é individual, insubstituível. O nome que Cristo me dá, nesta época que estou vivendo, sig-nifica a identidade espiritual de testemunho, que só faz sentido para meus contem-porâneos. A mensagem do Reino de Deus é para ser di-fundida pelos discípulos que receberam o poder do novo nome. Louvado seja o nome de Cristo e o Seu impacto em nossa existência de implanta-dores do Reino.

Evelise Cavalcanti, membro da Primeira Igreja Batista no Ingá – Niteroi - RJ

“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8.12)

Na cultura hebraica, não existia a pos-sibilidade de se usar a expressão

“Eu sou”, afinal, ninguém poderia ousar dizer que era

alguma coisa. Mas foi assim que Jesus se apresentou no evangelho de João. Não so-mente nesse episódio, mas, pelo menos, oito vezes nesse evangelho ele afirma “Eu sou” a Luz do mundo, a porta das ovelhas, a ressurreição e a vida, o pão que desce dos céus, o caminho a verdade e a vida. Eu sou!”.

Parece-me que Jesus quer definitivamente demonstrar o divisor de águas que Ele traz a partir de Sua estada na terra, embora em corpo humano

tivesse a essência de Deus, ou melhor, era o próprio Deus, àquele que transcende as circunstâncias e a realidade e nos convida a viver o so-brenatural. Capaz de dar vida através da Sua própria morte, dar provisão através do Seu próprio corpo, dar segurança através do Seu poder divinal, dar direção através do Seu próprio exemplo.

Jesus é vida, e vida em abundância. Desfrute desse amor, receba-O hoje como seu Salvador e Senhor.

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Vez por outra, te-nho o privilégio de ouvir um pregador diferente. Na maio-

ria das vezes, fico atento ao objetivo do pregador. Toda mensagem tem um alvo, que pode ser evangelístico, dou-trinário, um desafio a uma consagração maior. Também pode estar relacionado a san-tificação, ao compromisso responsável, e tantos outros.

O que chama a minha aten-ção é o prêmio oferecido àqueles que respondem posi-tivamente ao apelo da mensa-gem. A punição pela rejeição do apelo, também são severas.

Ultimamente tenho medi-tado na ética envolvida nessa questão. Se motivado pelo prêmio, isso é aceitável pela ética cristã? Se motivado pelo temor das consequências, onde está o amor a Deus, imbuído na resposta?

Em Apocalipse 19.8, en-contrei uma motivação que me surpreendeu. Uma dúvi-da apenas, mas que não fere o âmago da questão. As obras dos santos justos enfeitam as vestes do noivo ou da noiva? Bem, não é tão importante saber isso, mas o que importa é saber se nossas ações hoje enfeitarão as vestes dos dois principais personagens: da Igreja, ou do noivo, o Senhor Jesus.

Essa passagem muda com-pletamente a motivação das obras dos salvos. Elas embe-lezarão as roupas de Jesus, ou da noiva, e é isso que as obras dos salvos fazem hoje também. Se os outros veem Cristo em nós, ou se veem nossa Igreja como digna de admiração, a finalidade será a mesma, ou seja, a Gló-ria de Deus, e não a nossa glória.

Para mim foi uma desco-berta linda e purificadora. De hoje em diante, vou canalizar minhas obras para essa fina-lidade, ou seja, o dia mais glorioso do Senhor Jesus, e o dia mais glorioso da Igreja. O dia em que acontecerá a ce-lebrarão das núpcias eternas.

Sublime destino A Paz de Cristo

Mariluce Araújo, membro da Igreja Batista da Jaqueira - PE

“A Paz de Cristo”, Ele o disse um diaNão é igual à paz que o mundo dáNão é a paz que faz cessar a guerraMas a que a guerra não deixa começar.

A Paz de Cristo é a paz que vem do amor É a paz que faz sorrir o que doenteMesmo sofrendo a mais terrível dorSua presença ao seu lado sente.

A Paz de Cristo é a paz que nos invadeQuando a Ele conseguimos entregarO mais pesado de todos os problemasE em nós aflora o desejo de louvar.

A Paz de Cristo na fé está firmadaFaz-nos saber que o amanhã é certoE ainda que se torne o nosso tudo em nadaA Sua paz será oásis em nosso deserto

A Paz de Cristo é a paz da eternidadeQue tira os medos da morte tão cruelEla revela Sua fidelidadeE a certeza de ir morar no céu.

Eu Sou

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6 o jornal batista – domingo, 24/07/16 reflexão

Moisés Selva Santiago, pastor da Igreja Batista Olaria, Porto Velho – RO

O Sol tem sempre uma lição nova. Hoje, ao vê-lo surgir por entre

as nuvens, percebi que ele estava decidido a seguir a trilha dele no céu, rumo ao poente. Na verdade, ele sorri ao saber desse meu ponto de vista. Sim, porque ele vê todo dia a Terra rodopiando em si mesma e ao redor dele. Em sua missão diária, o Sol não se preocupa se uma formiga se perdeu ou se uma casta-nheira tombou. Não se inco-

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

É muito difícil viver quando agimos por nossa própria conta e nos rebelamos contra

Deus. Temos um clássico exemplo do primeiro casal que vivia no Éden; a desobe-diência a uma ordem clara de Deus custou caro para os dois.

moda se o pneu de um carro estourou lá em Istambul, ou se a neve atrapalhou o trân-sito em Kiev. Não está nem aí se uma baleia encalhou em Florianópolis ou se uma vaquinha morreu de sede no sertão pernambucano. Não chegam a ele as questões políticas e econômicas. E ele não é atingido pelas guerras entre as nações e entre as pessoas. No seu ponto de vista, o Sol indiferentemente brilha.

Esse é o Sol. Tenho co-nhecido pessoas que se pa-recem com ele. Adotam um ponto de vista e o seguem. Não se envolvem com o que

Sempre que obedecemos vivemos tranquilos, sem a consciência pesada. Pelo contrário, quando obedece-mos ficamos contentes pela aprovação de Deus.

Abraão é conhecido como o Pai da Fé, ele recebe uma ordem curiosa, chamo assim porque não é comum ouvir uma ordem como essa. Qual foi a ordem? “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua

acontece, tampouco com as consequências dos seus atos e palavras. Se alguém se perdeu, tombou, estourou, tem dificuldades, encalhou, está sob tiroteios ou mesmo “morreu de tantas mortes”, essas pessoas não se afetam. Trilham a mesma rota.

Mas, há Alguém maior que o Sol. Um Ser que tem outro ponto de vista. Que sabe o caminho de cada formiga, baleia e vaquinha. Que sofre ao ver a natureza ser destru-ída. Que ouve a oração feita diante do veículo quebrado, no trânsito que não flui. Que escuta atentamente as preces de quem sofre. Alguém que

terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engran-decerei o nome. Sê tu uma benção!” (Gn 12.1-2).

Sair sem destino não é co-mum, o normal é sair com o trajeto traçado. Hoje temos acesso aos meios modernos de ajuda (GPS, Waze) que facili-tam o acesso ao nosso destino.

é acima de querelas humanas que machucam corações e provocam guerras. Alguém que criou e mantém o Uni-verso com o amor – a única essência verdadeira.

São poucas as pessoas que decidem viver simplesmente como imagem e semelhança desse Alguém tão amoroso que fez até o Sol. Elas sentem o calor benéfico e vital do astro-rei todos os dias, mas escolhem a frieza na relação com o outro. Olham para o intenso brilho solar, mas obscurecem qualquer pos-sibilidade de solidariedade justamente no momento em que o outro precisa. Pessoas

Lembro quando eu tinha que usar o mapa, procurar o nome da rua, bairro, era muito com-plicado. Agora, imagina o que Abrão ouviu: Sair da sua terra, sair de perto dos pais, sair sem saber para onde iria. Era uma terra que Deus mostraria.

O que fez de Abraão um homem diferente? Por que ele ficou conhecido como o Pai da Fé? Simplesmente porque ele não questionou

que seguem o Sol, em vez de seguirem o Criador do Sol.

Ah, o Sol sempre volta na mudança do calendário. Mas o ponto de vista correto é dizer que ele sempre existe: basta que a Terra rodopie para ele. O mesmo posso dizer desse Alguém a quem chamamos Deus: Ele sempre é! Basta que decidamos optar apreciá-lO e receber dEle lições de verdadeiro amor. É preciso decidirmos assim pelo respeito à vida, às flores e crianças. Ao futuro dos nossos filhos e netos. Coisa de essência, de outro ponto de vista, rumo ao nascente de um dia melhor.

o chamado, ele obedeceu. Como filhos de Deus não po-demos fazer o que nós quere-mos, devemos ser submissos a Ele e ouvir a sua voz.

Obedecer é o caminho para o sucesso, não podemos ser rebeldes, não podemos virar as costas para Deus. Minha oração e meu desejo é que você obedeça a voz de Deus sempre; até a sua volta, não deixe de obedecê-lO!

Mais uma do Sol

Obedecer a voz de Deus

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7o jornal batista – domingo, 24/07/16missões nacionais

O domingo , d i a 03/07, foi mar-cado pelo comis-sionamento dos

novos missionários da Junta de Missões Nacionais. Um grupo de 38 missionários foi convocado para levar a Palavra de Deus nas cinco regiões do Brasil. Durante 14 dias, eles participaram de um intenso treinamento, o Programa Missionário Fun-damental (PMF), promovido pela Universidade de Mis-sões. O culto foi realizado na Igreja Batista Itacuruçá, no Rio de Janeiro, e teve o pas-tor Samuel Moutta, gerente--executivo de Missões, como preletor.

Na pregação, o pastor Sa-muel Ressaltou que Jesus é o maior missionário, já que veio a este mundo com a mis-são de salvar os que tinham se perdido. “Quando Jesus veio ao mundo, ele renun-ciou a muitas coisas. Não há missão sem renúncia. Jesus abriu mão de Sua glória para cumprir o Seu chamado. Ele não tinha nem onde reclinar a cabeça”, relata o pastor que usou o capítulo nove e 14 de Lucas como base para sua palavra. “Se eu não estou pronto para renunciar a tudo, não posso ser discípulo de

Jesus”, ressaltou. Os dentistas André da Silva

Matheus e Germana Alexan-drino Matheus, que foram como voluntários em sete viagens ao barco O Missio-nário para dar atendimento odontológico às crianças ribeirinhas da Amazônia, não resistiram ao chamado. Na última viagem que fizeram com a Caravana dos Pastores do Rio de Janeiro, o casal tomou a decisão de servir a Deus com seus talentos de forma integral. “Sempre é uma experiência nova que passamos e é tão bom e tão maravilhoso que resolvemos deixar tudo o que temos em São Paulo para nos dedicar-mos em tempo integral aos povos ribeirinhos”, revela o casal que, em breve, irá em definitivo para a Amazônia. “A história de dois meninos de treze anos marcaram esta última viagem. Os meninos achavam que teriam que

extrair os quatro dentes da frente, mas quando viram o resultado final com a restau-ração ficaram muito felizes”, relata.

O missionário Celso de Souza Alves, de Salvador, também foi comissiona-do. Desde a adolescência, quando se converteu, o seu coração já batia forte por missões. “No início, eu me envolvi com os trabalhos missionários da Igreja, no evangelismo, visitação, via-gem missionária, discipulado e estudos bíblicos. Todo esse

envolvimento fez brotar um desejo ardente de ser mis-sionário”, conta Celso, que, em 2015, recebeu o convite para ingressar na Junta de Missões Nacionais, onde teve a oportunidade de conhecer alguns campos missionários na Bahia. “Essas visitas foram marcantes para confirmar o meu chamado”, afirma Celso, que atua com sua esposa, a missionária, Rejane Ribeiro Alves, na cidade de Paulo Afonso - BA, com o propósi-to de liderar um movimento intencional de plantação de

Igrejas no local. Missões Nacionais está gra-

ta ao Senhor por estas vidas que se colocam à disposição da obra missionária no Brasil. Interceda por elas, para que continuem sendo fortalecidas por Deus para o cumprimen-to do chamado.

Contamos com suas ora-ções e contribuições no sus-tento desse projeto. Con-vidamos você a se tornar um parceiro desses novos missionários. É tempo de avançar, multiplicando o Amor de Deus!

Aceito o Chamado!Culto de comissionamento de 38 novos missionários

de Missões Nacionais que disseram sim a Jesus

Grupo de missionários na Igreja Batista Itacuruçá, no Rio de Janeiro

Dentista André Matheus com uma de suas pequenas pacientes do projeto Novo Sorriso da Amazônia

Dentista Germana Matheus com o menino com os dentes restaurados

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8 o jornal batista – domingo, 24/07/16 notícias do brasil batista

Comissão de Administração e Gestão do Sítio do Sossego

Que Embaixador do Rei nunca sonhou em ir ao Sítio do Sossego? Que Em-

baixador do Rei nunca ficou com o coração acelerado quan-do o mês de janeiro se apro-xima? Esse sentimento invade diversos corações desde 1951 e não pode parar!

Por dificuldades administra-tivas e de gestão, o Sítio do Sossego foi interditado pela Convenção Batista Brasileira (CBB) e pelo poder público da cidade onde está situado. O mesmo só poderá ser reaberto após a realização de diversas obras de reformas e manuten-ção. Estima-se que tais projetos sejam orçados em cerca de R$ 500 mil reais.

Não podemos deixar que um local, que há 66 anos tem sido um grande celeiro formador de pastores, missionários e líderes para o Reino de Deus, fique submetido a essas condições. Por esse motivo, apresentamos a você a Campanha “Sempre Embaixador”.

Trata-se de um projeto de re-vitalização do Sítio do Sossego. A Campanha será gerida e admi-nistrada pela CBB, na pessoa do pastor Sócrates Oliveira (diretor executivo da CBB e Gestor da UMHBB), e pelas Comissões de Administração do Sítio do Sos-sego e de Gestão da UMHBB, composta pelos irmãos: pastor Felipe Oliveira, irmão Raphael Sobrinho, irmão Igor Andrade e irmão Fabiano Lessa.

Todas as informações serão postadas no site www.sem-preembaixador.com.br, fun-cionando como um “portal da transparência”, onde será prestado relatório financeiro mensalmente.

Todas as pessoas que parti-ciparem, seja com dinheiro, material ou mão de obra, serão lembradas em um memorial que lançaremos no Sítio do Sos-sego. Por mais esse motivo, não deixe de fora a sua Embaixada, a sua Igreja, a sua Associação ou a sua Convenção.

Diariamente, serão postadas as novidades na página do Fa-

cebook “Sempre Embaixador”. Então, curta a página e fique por dentro das obras no Sítio do Sos-sego e não deixe de participar desse momento tão importante para a nossa Organização e para o nosso QG (Quartel General).

Histórico do Sítio do Sossego“Um dia, no ano de 1950,

eu estava na sala do doutor. T. B. Stover, diretor da Casa Pu-blicadora (JUERP), na Praça da Bandeira-RJ. Pastor David Go-mes também estava lá e falou de um sítio no estado do Rio de Janeiro onde ele passara férias. Ele falou com doutor Stover e creio que doutor Edgar Hallock estava presente também. ‘Dou-tor Stover, vá lá comigo visitar esse sítio. É um lugar ótimo para acampamentos, é do profes-sor Moyses Silveira e ele quer vender’. Chegamos ao Sítio do Sossego (Pastor David Gomes e pastor Alvin), encontramos o professor Moyses, andamos bastante no Sítio e conversamos.

Professor Moyses estava pe-dindo Cr$ 80.000,00 pelo Sítio do Sossego (6 alqueires, hoje aumentado para 29 alqueires), ou Cr$ 70.000,00 à vista. Em dólares isso representava um pouco mais de US$ 2.000.00 (dois mil dólares). Então pensei comigo mesmo: ‘Este preço está barato, esse sítio vale mais do que um carro, um carro que acaba tão depressa, e o sítio fica. Antes de despedir-me do professor Moyses, falei: ‘Pro-fessor, quero comprar o sítio. Sei que não adianta pedir da Missão, nem da Junta (JUERP), mas pretendo lutar para arranjar o dinheiro. Se for a vontade de Deus vamos conseguir”.

Escrevi logo algumas cartas aos Estados Unidos. Escrevi ao doutor Gill, da Junta de Rich-mond, explicando o negócio e pedindo dinheiro adiantado do nosso salário. Mas também es-crevi para vários parentes e ami-gos. Qual foi a minha surpresa, aproximadamente três semanas depois, quando fui ao correio em Sumaré e, no mesmo dia recebi duas cartas: uma da mi-nha irmã Ruby Collins com um cheque de US$ 1.000.00 (um mil dólares) e uma outra, de um amigo Woodrow Griffith,

O que é a Campanha “Sempre Embaixador”?Acampamento Batista Sítio do Sossego, situado no município de Casimiro de Abreu,

no interior do estado do Rio de Janeiro, é o “Quartel General dos Embaixadores do Rei no Brasil”

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Acervo Memória ER

Fotos: Lucas Tavares

9o jornal batista – domingo, 24/07/16notícias do brasil batista

de Abilene, com um cheque de US$ 350.00 (trezentos e cinquenta dólares). Eu estava com tanta alegria e tanta certeza de que Deus havia respondido as minhas orações. Viajei logo ao Rio de Janeiro e fechei o ne-gócio com o professor Moyses, pois o que eu tinha em nossa poupança dava para completar os Cr$ 70.000,00.

Algum tempo depois recebi uma carta do doutor Everett Gill explicando que Richmond não pagava salário adiantado. Bem, só podia escrever a ele explican-do que a compra já estava feita e, na minha opinião, com a orien-tação de Deus, mas tinha certeza que não ia criar problemas para a Missão ou qualquer Junta ou agência da Convenção Batista Brasileira. Eu estava pronto para passar a escritura em nome da entidade certa na hora certa”. (HATTON, W; ALVIN, “Para Sempre Embaixador”: Rio de Ja-neiro: JUERP, 1982, Pág. 48-50).

A quem se destina?Essa Campanha é para você,

Embaixador do Rei pastor, em-presário, motorista, advogado, contador, professor, ou qual-quer outro profissional que te-nha o fator sanguíneo ER nas veias e reconhece a importância desta Organização na sua for-mação como cristão e ser huma-no, e tem um coração cheio de saudade e uma mente cheia de boas memórias do seu tempo.

Essa Campanha é para você, Embaixador do Rei e conse-lheiro de ER, que tem vivido a alegria e emoção de participar de uma Organização viva, vi-brante, que prega o Evangelho de Jesus, vivendo o dia a dia de sua embaixada, nos congressos, encontros e acampamentos.

Essa Campanha é para você, meu querido irmão, irmã e amigo, que ama o trabalho com Embaixadores do Rei e se preocupa com a formação e o desenvolvimento físico, moral e espiritual de nossas crianças, adolescentes e jovens.

Como colaborar? Você pode colaborar com a

Campanha de quatro formas:

a) - Primeira - depósito ou transferência bancária:

Você fará um depósito ou transferência bancária para a seguinte conta:Banco BradescoAg: 1125-8CC: 510000-3Favorecido: Convenção Batista BrasileiraCNPJ: 39.056.627/0001-08

Solicitamos que, para con-trole de dados, seja enviado o comprovante por e-mail para [email protected], com seu nome, Igreja e estado.

b) - Segunda - boleto ou car-tão de crédito:

Você entrará no site da Cam-panha, www.sempreembaixa-dor.com.br, preencherá os seus dados, escolherá a forma de colaboração, o valor da contri-buição e número de parcelas.

c) - Terceira - doação de ítem:Você entrará no site da Cam-

panha, www.sempreembaixa-dor.com.br, preencherá os seus dados, escolherá quais e quan-tos itens o irmão quiser doar, de uma lista pré determinada. Teremos itens de lâmpadas à caixas d’água de 20 mil litros.

d) - Quarta - mão de obra específica:

Nesse caso, se você é pro-fissional em alguma área que precisaremos na reforma do Sítio, poderá se colocar à dispo-sição, utilizando a sua profissão em um determinado período específico escolhido pelo irmão.

Basta acessar o site da Campa-nha, www.sempreembaixador.com.br, preencher com os seus dados, baixar o termo de volun-tariado e enviar para [email protected].

O site será o nosso portal de transparência, aonde será prestado o relatório financeiro mensal. Quem fizer alguma oferta financeira e quiser que conste seu nome, caso tenha feito por depósito, deverá enviar o comprovante.

Todas as pessoas que oferta-rem, seja com dinheiro, material ou mão de obra, serão lembra-dos em um memorial que lan-çaremos no Sítio. Por isso, não deixe de fora a sua Embaixada, Igreja, Associação ou DCER.

O que é a Campanha “Sempre Embaixador”?Acampamento Batista Sítio do Sossego, situado no município de Casimiro de Abreu,

no interior do estado do Rio de Janeiro, é o “Quartel General dos Embaixadores do Rei no Brasil”

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10 o jornal batista – domingo, 24/07/16 notícias do brasil batista

Edemilson Benedito de Oliveira, pastor, coordenador Estadual dos Embaixadores do Rei, missionário da Convenção Batista Mineira

Chegamos no campo em 28 de outubro de 2008, ficamos três anos sem re-

sultados permanentes e sem batismos. A partir do início do trabalho com os Embaixa-dores do Rei, tivemos resulta-dos perduráveis, culminando em três embaixadores bati-zados no primeiro grupo de batismo. No segundo grupo batizamos mais embaixa-dores, alcançando também alguns dos seus familiares, ou seja, a entrada da maioria dos membros e agregados da nossa Igreja deu-se através do trabalho com os Embaixado-res do Rei.

Atualmente, contamos com a ajuda de alguns embaixa-dores como conselheiros e que, além de nos ajudar na Organização dos Embaixa-dores do Rei, nos auxiliam no ministério local. Esses contri-buíram para a Organização de nossa Igreja, que conta com 50 pessoas frequentes nos cultos. Iniciamos uma nova Congregação através do trabalho com Embaixada, em um bairro mais distante do Centro, Vila Vinícius.

Tudo começou em 2010, quando criamos uma escoli-nha de futebol em um bairro carente da cidade. Obser-vamos muitos meninos po-bres pelas ruas e com poucas oportunidades de um futuro melhor. Durante este ano, conseguimos agrupar na es-colinha cerca de 80 desses meninos. No time consegui-mos desenvolver uma boa amizade, o que ajudou a que-

brar algumas barreiras na co-municação com os rapazes. Mas ainda não estávamos satisfeitos, pois queríamos oferecer mais do que apenas uma boa amizade, queríamos oferecer o melhor amigo, Jesus Cristo, o Rei e Salvador.

Depois de muita oração, veio a resposta: tivemos uma série de oficinas denomi-nada “transformação”, na Associação Batista do Sul de Minas, oferecida pela Convenção Batista Mineira (CBM), que trouxe o pastor Edemilson, coordenador do Departamento Convencional de Embaixadores do Rei Mi-neiro (DCER), para dar uma palestra de orientação sobre a Organização Embaixadores do Rei, então percebemos tratar-se da estratégia que precisávamos e, por isso, mantivemos contato com o pastor Edemilson. Estudamos o máximo possível a Organi-zação Embaixadores do Rei, começamos a orar e passa-mos a convidar os meninos do time para se prepararem para alguns eventos que terí-amos no ano de 2011.

Nossa participação come-çou em uma Miniolimpíada de Embaixadores do Rei, em Varginha, com 40 meninos. Depois realizamos algumas reuniões com uma frequência reduzida, mas continuamos o trabalho com a escolinha de futebol, tendo um bom número de participantes. Na sequência, levamos 25 me-ninos para o Acampamento Regional de Embaixadores do Rei do Sul de Minas, em Varginha, onde pensamos até em desistir, pois os meninos aprontaram tanto que brin-cavam de pique no telhado do CAIC, local do evento; não dormiam, mas bagunça-vam a noite toda. No final do

acampamento vimos uma luz no fim do túnel, pois alguns daqueles meninos, que apron-taram muito, no momento de decisão se renderam a Cristo como o seu Salvador, Senhor e Rei. Em seguida, Bruno dos Santos e eu fizemos o Curso Intensivo para Conselheiro de Embaixadores do Rei (CICER) e nos empenhamos para obter melhor preparo. No início, nos reuníamos com três me-ninos que queriam algo mais para as reuniões de oração, estudo bíblico e informando o que era uma Embaixada.

Já em 2012, organizamos de fato a nossa Embaixada com reuniões, treinamento e eleição de nossa diretoria, buscando alcançar nossos alvos como Embaixadores do Rei: representar o nosso

Anelcina Maria Nunes Cristina, primeira secretária da Igreja Batista Berseba, em Lajinha do Mutum - MG

É com muito alegria que a Igreja Batista Berse-ba, em Lajinha do Mu-tum, município locali-

zado na Zona Rural de Minas Gerais, recebe os sete novos membros que passaram pelas águas em agosto de 2015. Os batismos foram realizados pelo pastor da Igreja, José Vieira Sobrinho, que com muita gratidão a Deus, com toda membresia, dá às boas vindas aos novos membros: Renan Ruela de Paula, Char-

Rei Jesus aqui na terra. Des-de então, com muita oração, amor e dedicação temos nos esforçado para crescermos cada vez mais na nossa mis-são. Nossos meninos têm estudado, treinado para par-ticipar dos eventos dos Em-baixadores no Sul de Minas e do estado de Minas Gerais, além de participarem de todas as atividades da Igreja e nas atividades propostas na cidade, como trabalhos evangelísticos, sociais e cul-turais. E isso tem alegrado o nosso coração sobremaneira em ver o fruto do trabalho duro do passado.

Nestes quatro anos de Em-baixada batizamos dez me-ninos, e temos uma média de 20 deles por reunião, que tem crescido cada vez mais.

les de Oliveira, Maica Rodri-gues, Zilândia Lima, Estéfany de Jesus, Maira Linia da Silva

Eles mesmos trazem os seus familiares e visitantes (assim muitos conhecem o Senhor Jesus o Único e Suficiente Salvador). Temos três que se tornarão conselheiros neste ano, cerca de cinco vocacio-nados sendo treinados para um futuro ministério pastoral ou missionário, além de mui-tos outros que tem se decidi-do e estão sendo preparados para o Batismo e no decor-rer do tempo serão também treinados e preparados para representar o nosso Rei Jesus onde Ele desejar.

Nosso desafio continua: “Construir meninos para não remendar homens”. Con-tamos com suas orações e parceria.

Testemunho do pastor George Adrinano

e o pequeno Lucas Cordeiro. A Deus seja dada toda honra e toda glória!

Embaixada Mineira organiza Igreja e fortalece a Organização ER

Batismos realizados em agosto de 2015 na piscina do senhor Gilberto Coelho de Souza

Igreja Batista Berseba - MG realiza batismos de sete

novos membros

Batismo realizado em 2014Embaixadores do Rei premiados após competição

ER na frente do templo a caminho da olimpíada

Participação no Acampamento dos Embaixadores do Rei

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11o jornal batista – domingo, 24/07/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Servindo em um dos países mais fechados ao Evangelho na Ásia, nossos missionários

Ael e Bel Oliveira têm cen-trado seus esforços em comu-nidades distantes, ainda não alcançadas. Apenas na região onde vivem, existem, pelo menos, 17 desses grupos.

“Parece algo surreal ouvir que, em meio a tantos meios de comunicação e fácil acesso para grande parte das pessoas, ainda haja tantos que nunca ouviram do Filho, mas essa é a realidade. Diante de tal reali-dade não cabe imparcialidade, precisamos agir, priorizar”, conta Ael. “E o nosso desafio não é interceder para plantar-mos 2 mil Igrejas em um ano, o que seria maravilhoso, mas sim interceder para que, nos próximos anos, vejamos uma Igreja nascer entre, pelo menos, um desses povos”, destaca.

Fábio Costa, coordenador da JMM no Sul da Ásia

O Sul da Ásia é hoje uma região com muitos desafios. Aqu i t emos a

maior concentração de po-vos não alcançados e não contatados de todo o mundo. Sempre fico chocado quando tenho contato com essas pes-soas. Elas não têm acesso à televisão, tampouco internet. Nenhuma fonte de informa-ção chega até elas. Por conta da perseguição religiosa, até mesmo o simples ato de en-trar em uma vila se torna arris-cado. Mas graças a Deus e a todos que participam da obra missionária, eu, minha esposa e nosso filho temos entrado nas regiões mais fechadas.

Sofremos opressão psico-lógica, física e emocional. O inimigo tenta nos atacar de todos os lados. Mas estamos aqui, no Sul da Ásia, em obe-diência ao ide de Jesus até que Ele venha.

Você sabe quando Ele virá? Sabe quanto tempo de vida

O missionário ressalta que colocar o foco em um ou alguns poucos povos não é pensar pequeno, mas sim “Colocar o máximo de amor, dedicação, intercessão e re-cursos em um só lugar e ter a fé do grão de mostarda”.

Um grupo étnico do país asiático onde atuam Ael e Bel está no foco de atuação de nossos missionários, porém, esse é um povo que também está presente em algumas na-ções vizinhas, mas que está interligado de alguma forma pela origem, cultura e religião.

“Aqui em nossa região, esse povo tem suas vilas en-cravadas nas montanhas, geralmente em áreas de aces-so remoto. Muitos jovens e adultos abandonam as vilas e vão para as cidades em busca de emprego, enquanto os mais velhos ficam para cuidar das crianças”, conta Bel.

Nossos missionários di-zem que para orar de manei-ra mais específica por esse

ainda tem aqui na Terra? En-tão, envolva-se hoje com Mis-sões Mundiais. Precisamos levantar no Brasil um movi-mento de Igrejas comprome-tidas, que entendam a visão do avanço da obra missioná-ria. O desafio é grande; há muita perseguição religiosa. Mas, para a Glória de Deus, conseguimos entrar em dois países aqui no Sul da Ásia e três no Sudeste Asiático. Isso só foi possível porque a Igreja brasileira enviou missionários para cá.

povo, basta pedir ao Senhor “Para que, quando os jovens e adultos forem para as cida-des, eles tenham ‘encontros de fé’”.

“Há várias Igrejas nas ci-dades, a maioria delas se reunindo em casas. Deus tem abençoado as cidades com o crescimento extraordinário nas áreas urbanas, e várias pessoas que vêm das vilas co-nhecem ao Senhor por meio das amizades que fazem com crentes nas cidades. Então, quando voltam para suas vi-las, podem testemunhar para os seus”, explica Bel.

Segundo o casal missioná-rio, outra forma de interceder por esse povo é pedir ao Pai por “encontros de apoio”.

“Chamamos de ‘encontro de apoio’ a oportunidade de servir crentes desse grupo étnico. O Pai segue traba-lhando e tem salvado pessoas desse povo”, destaca Ael. “Quando alguns deles conhe-cem a Cristo, chegam com

Um dos maiores desafios no Sul da Ásia são as crian-ças. Corta o coração só de ver a forma como são tratadas, ou melhor, maltratadas. Elas sofrem de tudo. São abando-nadas, abusadas, jogadas fora pela própria família como lixo. Aqui os animais têm mais valor do que uma criança. Eles são adoradores de animais; acreditam que são deuses.

Por aqui, a questão do trá-fico humano é uma dura rea-lidade. Famílias vendem seus filhos ainda bebês. Recente-

muitas dúvidas e precisam ter sua fé fortalecida. Portanto, um de nossos focos aqui é apoiar esses irmãos em sua fé ou mesmo apoiá-los no dia a dia”, acrescenta.

Finalmente, você também pode orar por “encontros de surpresa”, pedindo ao Pai que surpreenda esse povo asiático com a graça divina e o Espírito Santo.

mente, um jovem, de 28 anos, abusou de um bebê de apenas 28 dias. A questão sexual aqui no Sul da Ásia não é questão humana de pecado, ela é de-moníaca, terrível. Está ligada a toda esta atmosfera de reli-giosidade, de politeísmo. Só em uma região deste, que é o segundo país mais populoso do mundo, há mais de 36 milhões de deuses.

Diante de tamanha neces-sidade foi que Missões Mun-diais começou a abrir casas para acolher estas crianças.

“Ore para que Deus surpre-enda esse povo com sonhos e visões com Jesus Cristo, o que já tem acontecido, e que o Pai nos surpreenda com notícias que nem mesmo imaginamos poder ser pos-síveis. Ore para que não nos limitemos a nossas estratégias e estejamos atentos ao sopro do Espírito entre os povos”, conclui Ael.

Não são orfanatos, mas ca-sas de acolhimento, tanto para meninos quanto para meni-nas. Nelas, tentamos criar um ambiente familiar, de carinho e amor. Nossas crianças re-cebem alimentação e ensino escolar, tudo dentro daqui-lo que a Bíblia nos orienta. Louvamos a Deus pela vida daqueles que têm investido nos projetos Meninas da Índia e Lar da Paz, que contribuem para o crescimento de crian-ças que sonham com um futu-ro melhor até que Ele venha.

Ásia: foco missionário em povos não alcançados

Eles creem em 36 milhões de deuses

Comunidades não alcançadas e em lugares remotos estão no foco de atuação de nossos missionários na Ásia

Animais são considerados deuses no Sul da ÁsiaO Sul da Ásia é considerado o pior lugar para uma criança viver

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12 o jornal batista – domingo, 24/07/16 notícias do brasil batista

Wagner Souza, missionário da COBAPA

Festa em Breves. Na noite do dia 25 de junho, a Convenção Batista do Pará (CO-

BAPA) realizou a solenidade de formatura da primeira turma do IBC (Centro de for-mação e capacitação pastoral e missionária) do Marajó. Os formandos são de Breves, Portel, Bagre e Curralinho. A Solenidade foi dirigida pelo coordenador do IBC no Pará, pastor José Leonel e é fruto do trabalho árduo do casal pastor Lennon e professora Célia Borges. “Sem dúvidas, nunca houve algo assim na história da Convenção Pa-

Anderson Resende Barbosa, membro da Primeira Igreja Batista de Brasil Novo - PA

Quarenta anos de-pois de um gran-de avanço mis-sionário na Tran-

samazônica que, na época, foi denominada Transtotal, o povo Batista continua cres-cendo na região e plantando Igrejas. Cremos que nesta década teremos um grande avanço, visto que a denomi-nação tem sido despertada para um grande avivamento espiritual, motivação essa pela grande mobilização nacional sobre a Igreja Multiplicadora e a retomada dos princípios bíblicos para o crescimento da Igreja e o aperfeiçoamento da vida cristã.

Motivados e constrangidos pelo Espírito Santo, a Igre-ja Batista em Brasil Novo--PA entendeu a necessidade de despertar para a oração, evangelização discipuladora, plantação de Igrejas, forma-ção de lideres, compaixão e graça. O resultado da aceita-ção da Igreja para trabalhar nesse sentido já tem mostra-do reflexo do que teremos pela frente nos próximos

raense”, afirma pastor Ruy Gonçalves.

No dia 26 de junho, o pastor Ruy Gonçalves, diretor Exe-cutivo da COBAPA, junto ao pastor Lennon, pastor Leonel e demais lideranças locais visita-ram a Congregação Batista na cidade de Bagre. Congregação antiga, sofrida, que precisa, ur-gentemente de apoio das Igre-jas mais fortes, pois essa Con-gregação luta para construir seu novo templo. No mesmo dia, a equipe de pastores re-tornou a cidade de Breves. O pastor Rui Gonçalves pregou à noite na Primeira Igreja Batista de Breves, que é pastoreada pelo pastor Lennon, que tam-bém é coordenador regional da COBAPA no Marajó.

anos. Mobilizados e movidos em um só espírito de ora-ção, comemoramos o quarto aniversário da Congregação Batista Shekinah, que, em breve, os irmãos saberão por esse mesmo canal de infor-mação sobre a Organização dessa congregação em Igreja.

Tivemos conosco nesse aniversario o pastor Valcir Gomes, servo de Deus mui-to querido na localidade,

pelo trabalho que realizou na região na década de 80. Atualmente, pastoreia a Igreja Batista Esperança, em Ron-don do Pará. Esteve conosco também na festa, a cantora Késia e seu esposo José Car-los e a filhinha deles, Vitória.

A Congregação Batista Shekinah fica no trecho Al-tamira – Brasil Novo, Km 30, Zona Rural. Depois de um ano de um trabalho mis-

sionário mais proativo e in-tencional na região, tendo como campo de atuação duas vicinais com centenas de moradores, vemos os re-sultados da evangelização. Pessoas que antes dificil-mente recebiam uma visita religiosa, agora são visitadas e acompanhadas. Em todas as casas visitadas, as famílias re-ceberam uma Bíblia Sagrada. O que se percebe na região

onde estamos trabalhando é que a Igreja tem impactado a população.

Pedimos os Batistas bra-sileiros que participem co-nosco nessa obra em oração. Orem por esse trabalho, es-tamos em constante clamor para que Deus transforme e resgate muitas vidas do peca-do e faça deles nossos irmãos em Cristo. A Deus toda honra e toda glória.

COBAPA realiza formatura e visita Congregação em Marajó - PA

Congregação Batista Shekinah - PA celebra aniversário de quatro anos

Formandos do IBC Marajó 2016 – Portel, Breves, Bagre e Curralinho

Pastor Darlindo recebeu seu diploma das mãos do nosso secretário-executivo, pastor Ruy Gonçalves

Diretoria Executiva da COBAPA

Da direita para a esquerda: Rizomar; Pastor Ruy Gonçalves; Pastor Raimundo Dias; Pastor Leonel Silva e Pr. Lennon Borges

Culto domingo à noite dentro do templo

Culto domingo à noite fora do templo

Dia de distribuição de bíblia e impacto evangelistico

Sábado à noite fora do templo

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13o jornal batista – domingo, 24/07/16notícias do brasil batista

Alex Assis, pastor, diretor executivo da JUMAP

“Jovens eu lhes escrevi por-que vocês são fortes, a Pa-lavra de Deus permanece em vós e vocês venceram o maligno.” (I Jo 2.14b)

Há mais de 90 anos, em terras sulistas, iniciou-se um tra-balho de impacto

com jovens e adolescentes naquela região. Na Linha 28, no interior do estado do Rio Grande do Sul, um grupo de jovens representado por cinco Igrejas se reuniram para dar início a Jugendvereinigung der Deutschen Baptistenge-meinden Brasiliens (Conven-ção da Mocidade das Igrejas Batistas Alemãs do Brasil).

Fortalecer o trabalho da Igreja local através de cursos bíblicos foi a primeira ação desenvolvida por aquele gru-po, legado este que, até hoje, continua a ser difundido por meio da Junta de Mocidade e Adolescentes da Pioneira (JU-MAP) às mais de cem Igrejas da Convenção Batista Pionei-ra presentes em cinco estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,

Anderson Solano, Comunicação CBSM

Em mais um ano de construções pelo es-tado, o casal pastor Walter e Carol Ponder

está com mais uma equipe de voluntários americanos na cidade de Bandeirantes desde o dia 11 de junho. O local onde a capela está sendo construída é muito carente e

São Paulo e Espírito Santo.Sob o tema “Anos Incrí-

veis”, o nonagésimo aniversá-rio da Junta foi comemorado em grande estilo em 2015. Contando com a presença de cinco ex-presidentes e mais de 1400 jovens, divididos em duas programações, a JUMAP pôde continuar realizando sua missão: levar à juventu-de o Amor de Cristo. Neste ano, um número expressivo de aproximadamente quatro mil jovens puderam ser im-pactados através do variado trabalho desenvolvido pela Junta, por meio de: treina-mento de líderes, conferên-cias missionárias e teológicas, acampamentos, campanhas de conscientização, projetos e programas de capacitação e desenvolvimento no relacio-namento com Deus.

A convocação à juventude em 2016 foi para arregaça-

necessita de um trabalho que seja acompanhado de perto pelos Batistas, para apoio es-piritual e social, trabalho este que é feito pela Primeira Igreja Batista em Bandeirantes - MS, dirigida pelo pastor Humberto Afonso da Silva.

Para tornar a missão conhe-cida no bairro, o pastor Walter Ponder convidou a Igreja Batis-ta Itamaracá, de Campo Gran-de, para ajudar na construção

rem as mangas e fazerem parte da solução dos proble-mas do mundo, servindo a Deus na expansão do Seu Reino de amor. O mundo precisa da atuação maciça da Igreja sarando suas feridas. Somos agentes enviados por Deus para amar essa geração. Tudo o que fazemos é para a Glória dEle. Ser diferen-te e viver para Cristo não é sinônimo de infelicidade ou caretice. Ser alegre é direcio-nar a nossa energia, tempo, capacidade e intelecto aÀ-quele que é digno de todo o louvor e adoração.

Sob essa perspectiva é que o nosso ano foi iniciado. No acampamento dos adolescen-tes, que chamamos carinho-samente de “Zequinhas”, em uma mobilização marcante, a galera saiu do acampamento com o desafio de mostrar o Amor de Jesus às pessoas da

e na realização de atividades para a comunidade, e em es-pecial para as crianças em uma escola próxima ao local onde o templo está sendo construído.

A equipe da Igreja, com cer-ca de 50 pessoas lideradas pelo pastor Cláudio Renato de Andrade - pastor presidente da Igreja -, fez um trabalho intenso durante todo o dia. O Ministério de Homens - Os Valentes - ficou na obra e os

cidade. Visitaram hospitais e escolas, auxiliaram o município orientando lares contra a epide-mia da dengue, apresentaram um flash mob na rua, evange-lizaram nos faróis. Enfim, sim-plesmente amaram as pessoas. Em um final de tarde histórico, foram reunidas cerca de mil pessoas na Praça da República, em um grande culto de adora-ção a Jesus Cristo.

O mesmo movimento acon-teceu com os jovens. No do-mingo, em meio ao carnaval, a juventude saiu do Acampa-mento Batista Pioneiro (ABP) rumo ao encontro de pessoas que careciam e carecem do Amor de Cristo. Em uma ação desafiadora, mais de cem lares na cidade de Bozano foram visitados, sendo presen-teados com um exemplar da Bíblia Sagrada. Em Ijuí, duran-te um culto em plena praça, em um gesto simbólico, os

demais fizeram evangelismo durante toda a manhã.

À tarde, todos deslocaram-se para a escola onde cerca de 250 pessoas (mais da metade eram crianças e adolescentes) estiveram presentes. As ativi-dades foram direcionadas ao público em geral, com apre-sentação de teatro, música e brincadeiras para as crianças. No mesmo espaço também foram distribuídas roupas e

jovens abraçaram a cidade em oração, pedindo para que Je-sus seja o Senhor daquele lu-gar. Nesse dia, para a glória e honra do Senhor Jesus Cristo, houve relatos de conversão, internação de dependentes químicos e restauração de casamento.

Até aqui nos ajudou o Se-nhor! Somos imensamente gratos a todos que têm coo-perado com a missão jovem no Brasil. Àqueles que têm desprovido de tempo e recur-sos para que o Reino de Deus se expanda e alcance os cora-ções mais distantes. São pes-soas e Igrejas que entenderam a visão de Deus para o nosso tempo e para a nossa geração e que, de alguma forma, estão comprometidas com a obra realizada através da JUMAP e de tantas JUBAS espalhadas por esse lindo país. O nosso muito obrigado!

calçados, provenientes de campanhas de arrecadação promovidas pela Igreja há algumas semanas. Após o en-cerramento foram distribuídos lanches, doces e doações da Igreja Batista Itamaracá - MS para todos os presentes.

Oramos para que o Senhor abençoe a liderança da missão e que Ele possa dar as estratégias certas para alcançar os corações das famílias daquela região.

JUMAP: uma juventude que tem sido relevante no Sul do Brasil

Voluntários americanos participam de ação social na cidade de Bandeirantes - MS

Voluntários de Campo Grande que ajudaram na construção e programação

Americanos e brasileiros pregam o Evangelho através de música, teatro e atividades manuais

Enquanto as crianças se divertiam, as mães foram para outro local para receber roupas e calçados

Após uma semana de trabalho, a equipe do pastor Walter Ponder concluíu a construção de mais uma capelas no MS

Culto na PraçaLiderança da JUMAP - comemoração dos 90 anos Louvor durante o Acamzeca

Fotos: Marceli Fioravante

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14 o jornal batista – domingo, 24/07/16 ponto de vista

“Bem-aventurados os pacifi-cadores, pois serão chama-dos filhos de Deus.” (Mt 5.9)

Os pacificadores são filhos de um Deus de paz (I Tessalonicenses

5.23). Eles são discípulos de Jesus, que nos deixou a paz (João 14.27). Os pacificado-res são os que estão com-prometidos com a ordem, a segurança, a felicidade, a isenção de ódios e estragos de guerra; eles têm um estado tranquilo de alma, possuem a certeza da sua salvação em Cristo, vivendo contentes neste mundo, nas circuns-tancias mais difíceis. A Paz de Cristo deve ser sempre o árbitro dos nossos corações, resultando na unidade da Sua Igreja. (Colossenses 3.15). Os pacificadores vivem no des-canso do Pai e sob a direção do Espírito Santo. São filhos do Deus reconciliador na contramão dos filhos do dia-

Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo – RJ, colaborador de OJB

A vida sempre nos reser-va grandes surpresas. E uma das maiores que pode ser tanto as

melhores quanto as piores do mundo são os amigos.

Dia 20 de julho foi o Dia da Amizade e, por isso, po-

bo, que são irreconciliáveis, violentos, belicosos, promo-tores de confusão e discórdia.

Os pacificadores promovem a paz de/sob/em e por Cristo. Os que promovem a paz são filhos do Deus que nos re-conciliou consigo mesmo em Cristo (II Coríntios 5.18-20). Há uma segurança na paz que vem do alto. A paz que entra no coração pelo novo nasci-mento é a paz da regenera-ção. Não falamos de uma paz que é ausência de guerra, mas de uma paz em meio à guerra, a paz que invade a alma do crente, daquele que nasceu do alto (Colossenses 3.1-4). O cristão, por natureza, é um pacificador, um facilitador dos relacionamentos saudá-veis que edificam o Corpo de Cristo. Os discípulos de Jesus devem ser pacificadores no lar, na Igreja e na sociedade. São formosos os pés dos que anunciam as Boas Novas, dos que anunciam a paz (Isa-ías 52.7). Paulo ensina que

demos aproveitar essa data para refletir sobre quem são e quantos amigos temos nesta vida.

Considerar a muitos que passam pela nossa existência como “amigos” não é a solu-ção mais adequada. Podem ser colegas mais chegados, mas não amigos de verdade. Podemos nos dar bem com alguém sem que essa pessoa compartilhe diretamente da nossa vida.

devemos calçar os pés com o Evangelho da paz (Efésios 6.15).

Os que têm a natureza de Cristo promovem a paz. Eles O seguem e O servem com profundo amor. Estão com-prometidos com o Mestre às raias da morte. Os limpos de coração são verdadeira-mente pacificadores (Mateus 5.8). O escritor aos hebreus diz: “Procurai viver em paz com todos e em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Mas, há pessoas dentro das Igre-jas que são promotoras de dissensão, desarmonia, con-fusão e brigas. Não há enten-dimento do que significa ser cristão genuíno, lavado pelo Sangue de Jesus. A nature-za de Adão é de confusão, disputas e divisão. Como diz John Stott, “O diabo é que é agitador; Deus ama a reconciliação e, através dos Seus filhos, tal como fez antes, através do Seu Filho

Existem diversos tipos de amigos no mundo, mas po-demos resumir em dois, que podem englobar, de forma geral, os demais:• “Amigo br igadeiro” é

aquele que está presente em todas as festas e se ale-gra junto com você. É uma pessoa que traz imensa alegria, mas que, talvez, esteja presente com você nos momentos de alegria e ausente nos mais difíceis.

Unigênito, está inclinado a fazer a paz”.

Assim como Deus tomou a iniciativa de se reconciliar conosco por meio de Cristo, devemos ser proativos em reatar com antigos e recentes desafetos. Foi o que Paulo ensinou aos irmãos em Roma: “Se for possível, no que de-pender de vós, vivei em paz com todos os homens” (Rm 12.18). A Paz de Cristo deve sempre nortear os nossos re-lacionamentos dentro e fora da Igreja. O Senhor não se agrada quando vivemos em guerra uns com os outros. O prazer do Pai é ver Seus filhos vivendo em harmonia, sintonia, celebrando a Sua majestade, Seu poder, Sua sabedoria e Sua soberania.

Vivamos em paz. Não per-mitamos que o diabo, inimi-go das nossas almas, plante a semente da discórdia e de-sunião em nossas comunida-des eclesiásticas. Que nós o resistamos vivendo a Paz de

• “Amigo parafuso” é aquele que pode até não estar em todas as ocasiões, como nas festas e momentos de alegria, mas não falta na hora do aperto, nas dificul-dades da vida e marca pre-sença quando você mais precisa. Um amigo bem chegado como um irmão.Então, ao analisar os dois

tipos, vamos pensar que um ou outro é o melhor, de-pendendo da ocasião? Não!

Deus, que ultrapassa todo o entendimento; que essa paz guarde o nosso coração e o nosso pensamento em Cristo Jesus, nosso Senhor (Filipen-ses 4.7). Fomos chamados para viver a Paz de Cristo, onde quer que andemos. Portanto, não nos cansemos de promover a Paz de Cristo Jesus. O mesmo Senhor faz uma promessa muito segura: são felicíssimos, mais que fe-lizes, os pacificadores. A Paz de Cristo me leva a não olhar as circunstâncias, mas o Seu amor. Os pacificadores não vivem por vista, mas por fé. Jesus orou para que fôssemos um à semelhança da unidade dEle com o Pai (João 17.20-24). A nossa unidade em Cristo é fruto da Sua paz e do Seu amor em nós. Como Seus discípulos, nós nos amamos e temos paz uns com os outros. Deus é glorificado quando os Seus filhos vivem em paz dentro e fora do Corpo de Cristo.

Porque o amigo de verdade e o mais importante é aquele que sempre está ao seu lado, seja nos momentos alegres e, principalmente, nos tristes.

Como disse Francis Bacon: “A amizade duplica as ale-grias e divide as tristezas”. Assim, bom seria que tivés-semos um “amigo parafuso brigadeiro” que nos momen-tos de aperto ou de festa está com você. É um amigo pre-sente e verdadeiro!

Série: O caráter do cristão – As bem-aventuranças

(VII)

Amigo brigadeiro ou amigo parafuso?

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15o jornal batista – domingo, 24/07/16ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Partindo da razão primeira, pela qual Deus nos criou e criou o Universo, já

discutida em estudos ante-riores quando mencionamos que foi para a Sua glória (Isaías 43.7, etc.), quando procuramos explicar em uma compreensão prática, deduzida a partir dos dois grandes mandamentos em que encontramos três ní-veis de relacionamentos e, incluindo, a existência da própria natureza criada, se-ria a mobilização da nossa vida pelo amor e harmonia com Deus, comigo mesmo (autoimagem equilibrada), com o próximo e com a na-tureza criada.

Isso nos leva à razão ori-ginal da nossa vida, que foi rompida com a rebeldia da queda, mas restaurada com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, que ser torna o meio pelo qual Deus nos recoloca de volta ao estado original da criação. Então, a salvação não tem apenas o foco escatológico na es-perança da volta de Cristo no futuro, mas também um foco retrospectivo que nos leva de volta à criação, para, a partir daí, reconstruirmos nossa história, nossos valo-res, nossos alvos e ideais de vida, situação essa expressa em todo Novo Testamento, que chamamos de conversão ou, em uma linguagem mais recente, “transformação de vida” (Lucas 9.23; Romanos 12.1ss; Gálatas 2.20, etc.), que também é expressa por metáforas ilustrativas e enri-quecedoras como sal da ter-ra e luz do mundo (Mateus 5.13ss), sempre indicando

uma nova e influente vida. A salvação é um meio e não um fim, pois o fim é cum-prirmos a razão para a qual fomos criados e isso nos leva à palavra “adoração”, que envolve o reconhecimento de Deus como nosso Cria-dor, Redentor, Mantenedor, aquele que nos ama, apesar da rebeldia que vivemos no evento da história chamado de “queda no Éden” e que enviou seu Filho para nos recuperar de volta.

Então, a Igreja é uma comu-nidade adoradora porque sua principal missão é esta: levar cada pessoa que se rendeu aos pés do Mestre a viver para a razão pela qual foi criada: para ser adoradora, amando e tendo harmonia com Deus, consigo mesma, com o próximo e com a na-tureza criada. Neste ponto, o texto de Romanos 12.1 é significativo, pois nos desafia a entregar nossos corpos em “sacrifício vivente” – sacri-fício = morte; vivente = que continua a viver – isto é, como não mais existen-tes para a realidade irreal que estamos vivendo a partir da lógica e racionalidade da época em que vivemos (elementos da cultura e ide-ologia de vida que não estão sincronizados com os valores e ideais bíblicos), mas para uma “realidade real” e con-creta de vida compatível com a razão da nossa criação. No futuro conversaremos sobre o porquê do uso da palavra “corpo” aqui. Uma ilustração (sabemos que extraída do mundo secular) pode nos aju-dar a compreender esse fato. No filme “Matrix I” o hacker Anderson tem como opção

tomar a pílula azul e continu-ar vivendo a realidade irreal da Matrix ou tomar a pílula vermelha e viver a realidade real da vida. Ao negarmos a liberdade irreal que vivemos, temos acesso à realidade real para qual fomos criados.

Voltando a Romanos, ao entregar nossos corpos como sacrifício vivente (tradução ao pé da letra do original grego), Paulo mostra que este ato é o nosso culto (no grego, latreian) racio-nal agradável e aceitável a Deus. Isto é, um culto que é escolhido pela possibili-dade de decisão, de opção (no grego, logiken, em geral traduzido por “racional”), que é fruto dessa entrega que deve ser diária, diante de cada escolha e decisão que temos que tomar na vida. Vejam que aqui temos o culto que vem do interior, sem qualquer ritual, sem qualquer demonstração pú-blica. Então, a adoração, antes de ser um ato público, é um ato pessoal, individual, preparativo para a adora-ção coletiva quando, como comunidade, como Igreja, estamos reunidos adorando a Deus em um culto. Será que por causa de nem sem-pre enfatizarmos esse ponto de partida da adoração no indivíduo, no seu cotidiano, em sua vida particular é que muitos cultos acabam se tor-nando em entretenimento, em muito movimento, mas pouca ou rara celebração? Como compreender a Igreja então como comunidade adoradora? Temos de par-tir do indivíduo adorador, segundo este texto de Ro-manos.

Mas, em geral, estudos bus-cam compreender culto e adoração a partir de levan-tamentos do culto no Antigo Testamento, depois na linha da história, com a destruição do Templo em Jerusalém, consideram o modus ope-randi das sinagogas, e mais, estudam como o conceito de culto e adoração foi sendo desenvolvido na história do Cristianismo e, assim, buscam desenvolver uma Teologia da Adoração, do Culto e também da Liturgia Cristã que nem sempre é compatível com a Teologia Bíblica da Adoração. Toda essa trajetória é impor-tante, mas se iniciarmos nossa compreensão a partir do texto bíblico, como há pouco fize-mos, poderemos aprofundar o tema e chegar a conclusões mais claras do que seja culto, adoração e a Igreja como co-munidade adoradora.

É necessário esclarecer que estamos considerando aqui o conceito teológico da “Revelação progressiva” que indica que Deus vai se reve-lando ao seu povo dentro da sua (isto é, do povo) pos-sibilidade de compreensão e isso vai sendo registrado nas Escrituras. Assim, no começo, o culto, a adoração a Deus era ligada profun-damente a um local onde Deus “habitaria”. Deus or-dena ao seu povo a buscar um “local” para ali pôr o seu nome e sua habitação (Êxodo 15.17; Deuteronô-mio 12.5,6,11,13,14,21,23; 16.7,16, etc.). O culto e os sacrifícios, tanto hebreu, como o israelita e o judeu ocorriam em um lugar es-pecífico - um lugar sagrado - primeiro no tabernáculo,

depois no Templo em Jeru-salém. Então, primeiro no tabernáculo por causa da condição nômade do povo hebreu, depois de estabeleci-do o povo na terra escolhida o templo passa a ser o local fixo da habitação de Yave - a “casa de Deus” (Eclesiastes 5.1; Juízes 18.31, Salmos 27.4). Quando surge o povo samaritano, o Monte Geri-zim é estabelecido para eles como o local sagrado de culto, onde Deus habitaria.

O culto vai se instituciona-lizando a ponto de se forma-lizar e se tornar mecânico, rotineiro, sem o real sentido e se distanciando de sua ra-zão de ser a ponto de se tor-nar abominável ao próprio Deus (Isaías 1.10-20; 29.13).

Quando en t r amos no Novo Testamento, temos ainda nos Evangelhos, a essa concepção de local, que vai ser alterada, dentro da ideia de “Revelação progressiva”, por Jesus no diálogo que manteve com a mulher sa-maritana em João 4.19ss. A indagação dela para Jesus foi saber qual era o local correto da adoração, lá em Samaria, no Monte Gerizim ou no templo em Jerusalém. Jesus desconsidera a questão focalizada no local e afirma “Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jeru-salém adorareis o Pai... Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adora-dores adorarão o Pai em es-pírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

Estudos sobre a Igreja (9) - A Igreja como comunidade

adoradora (Parte I)

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