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MADONNA, O GLAMOUR DO RED CARPET E OS MELHORES LOOKS DO FESTIVAL DE VENEZA DODA MIRANDA PLANEJA SEU PRIMEIRO FILHO COM ATHINA ONASSIS "Que emoção pisar no mesmo chão por onde Jesus passou" ROBERTO CARLOS movimenta a Terra Santa em um show histórico para 5 mil pessoas, com investimento de R$ 30 milhões, chora onde Jesus teria ressuscitado e se emociona ao percorrer os lugares da época de Cristo O REI EM JERUSALÉM R$ 9,90 REYNALDO GIANECCHINI: O ATOR CIRCULA PELO BAIRRO ONDE MORA, EM SÃO PAULO, E RECEBE ATENDIMENTO MÉDICO EM CASA O CASAMENTO DE FERNANDA ROLIM E MARCELO FEDAK O cantor no Jardim Arqueológico de Ophel, com vista para a mesquita Al-Aqsa, a maior de Jerusalém 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 6 2 6 0 0 ISSN 1516 -8204 12/SET/2011 ANO 12 N° 626

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MADONNA,O GLAMOUR DO

RED CARPET E OS MELHORES LOOKS

DO FESTIVAL DE VENEZA

DODA MIRANDA PLANEJA SEU

PRIMEIRO FILHO COM ATHINA

ONASSIS

"Que emoção pisar no mesmo

chão por onde Jesus passou"

ROBERTO CARLOS movimenta a Terra Santa em um show histórico

para 5 mil pessoas, com investimento de R$ 30 milhões, chora onde Jesus teria ressuscitado e se emociona ao

percorrer os lugares da época de Cristo

O REI EM JERUSALÉM

R$ 9,90

REYNALDO GIANECCHINI:O ATOR CIRCULA PELO BAIRRO ONDE MORA, EM SÃO PAULO, E RECEBE ATENDIMENTO MÉDICO EM CASA

O CASAMENTO DE FERNANDA ROLIM E MARCELO FEDAK

O cantor no Jardim Arqueológico de Ophel, com vista para a mesquita Al-Aqsa, a maior de Jerusalém

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Capa

Terra Santana

RobeRto CaRlos canta num show histórico em Jerusalém para mais de 5 mil pessoas, percorre e movimenta lugares sagrados como o Muro das lamentações, chora na Igreja do santo sepulcro, onde Jesus teria ressuscitado, e se emociona ao andar por escavações da época de Cristo

O Rei

No domingo 4, Roberto Carlos faz oração no Muro das Lamentações, em Jerusalém

Gisele Vitória, de Jerusalém

Fotos Cláudia Schembri, José Paulo Cardeal/ TV Globo

e Gisele Vitória

Foto de capa Cláudia Schembri/ TV Globo

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Terra Santana

RobeRto CaRlos canta num show histórico em Jerusalém para mais de 5 mil pessoas, percorre e movimenta lugares sagrados como o Muro das lamentações, chora na Igreja do santo sepulcro, onde Jesus teria ressuscitado, e se emociona ao andar por escavações da época de Cristo

O Rei

No domingo 4, Roberto Carlos faz oração no Muro das Lamentações, em Jerusalém

Gisele Vitória, de Jerusalém

Fotos Cláudia Schembri, José Paulo Cardeal/ TV Globo

e Gisele Vitória

Foto de capa Cláudia Schembri/ TV Globo

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era noite da quarta-Feira 31 em Jerusalém e, ao ver um grupo de brasileiros passando pelo detector de seguranca que dá acesso à esplanada do Muro das Lamentações, um guarda israelense soletrou: e-d-son-a-ran-tes-do-nas-ci-men-to. a alusão ao rei pelé parecia um jeito simpático do soldado quebrar o gelo, saudar o Brasil e reverenciar o rei do futebol, mundialmente conhecido. Mal sabia ele que quatro dias depois, ali mesmo, na sagrada Western Wall, dentro da cidade antiga de Jerusalém, um outro rei brasileiro, recém-chegado com glórias a israel, percorreria o lugar sagrado e passaria algum tempo gravan-do um especial para a televisão brasileira. na terra santa para um show único no anfiteatro sultan’s pool, roberto carlos movimentou, no domingo 4, o templo de orações a céu aberto mais celebrado de israel.

Movimentar é pouco. o cantor parou a praça do Muro das Lamentações. sob o sol es-caldante das 16 horas do horário local, o rei usou um quipá e permaneceu pouco mais de 15 minutos. pôs as mãos na parede de blocos de pedras milenares que restaram do muro erguido por Herodes, o Grande, para cercar o segundo Grande templo de Jerusalém, des-truído pelos romanos no ano 70 d.c. no mesmo lugar, o primeiro templo erguido pelo rei salomão no século X a.c., foi destruído pelos babilônios em 586 a.c. antes da visita ao também chamado Muro ocidental, roberto percorreu o Jardim arqueológico de ophel, que tem mais de 5 mil anos. “que emoção estar pisando nestas pedras e no mesmo chão por onde Jesus passou”, disse o rei.

pelas lentes do diretor Jayme Monjardim, a rede Globo gravou várias cenas do cantor em visita a lugares sagrados da cidade onde Jesus cristo foi crucificado. exibirá em 3d, na noite do sábado 10, juntamente com o apote-ótico show da quarta-feira 7 no anfiteatro que no período do império otomano era a piscina dos sultões. “o show celebra a união, a fé e amizade entre as pessoas numa cidade que precisa de mensagens como essas”, diz Monjardim. “o especial mostrará uma gran-de viagem por Jerusalém, uma cidade recons-truída muitas vezes ao longo de milênios. quem não tem condições de viajar poderá se sentir aqui. a emoção de estar na terra santa vai estar presente.” para gravar as cenas, o diretor pediu a roberto que sentisse o lugar, respirasse o espírito da cidade.

Roberto encontra-se com o Rabino Shmuel Rabinovitch na saída do Muro: elogios da maior autoridade judaica e abraço no final

O cantor ficou no local por cerca de 15 minutos, o suficiente para causar um quase tumulto: assédio da imprensa, turistas e muitos curiosos queriam saber quem era o causador de tanto frisson

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era noite da quarta-Feira 31 em Jerusalém e, ao ver um grupo de brasileiros passando pelo detector de seguranca que dá acesso à esplanada do Muro das Lamentações, um guarda israelense soletrou: e-d-son-a-ran-tes-do-nas-ci-men-to. a alusão ao rei pelé parecia um jeito simpático do soldado quebrar o gelo, saudar o Brasil e reverenciar o rei do futebol, mundialmente conhecido. Mal sabia ele que quatro dias depois, ali mesmo, na sagrada Western Wall, dentro da cidade antiga de Jerusalém, um outro rei brasileiro, recém-chegado com glórias a israel, percorreria o lugar sagrado e passaria algum tempo gravan-do um especial para a televisão brasileira. na terra santa para um show único no anfiteatro sultan’s pool, roberto carlos movimentou, no domingo 4, o templo de orações a céu aberto mais celebrado de israel.

Movimentar é pouco. o cantor parou a praça do Muro das Lamentações. sob o sol es-caldante das 16 horas do horário local, o rei usou um quipá e permaneceu pouco mais de 15 minutos. pôs as mãos na parede de blocos de pedras milenares que restaram do muro erguido por Herodes, o Grande, para cercar o segundo Grande templo de Jerusalém, des-truído pelos romanos no ano 70 d.c. no mesmo lugar, o primeiro templo erguido pelo rei salomão no século X a.c., foi destruído pelos babilônios em 586 a.c. antes da visita ao também chamado Muro ocidental, roberto percorreu o Jardim arqueológico de ophel, que tem mais de 5 mil anos. “que emoção estar pisando nestas pedras e no mesmo chão por onde Jesus passou”, disse o rei.

pelas lentes do diretor Jayme Monjardim, a rede Globo gravou várias cenas do cantor em visita a lugares sagrados da cidade onde Jesus cristo foi crucificado. exibirá em 3d, na noite do sábado 10, juntamente com o apote-ótico show da quarta-feira 7 no anfiteatro que no período do império otomano era a piscina dos sultões. “o show celebra a união, a fé e amizade entre as pessoas numa cidade que precisa de mensagens como essas”, diz Monjardim. “o especial mostrará uma gran-de viagem por Jerusalém, uma cidade recons-truída muitas vezes ao longo de milênios. quem não tem condições de viajar poderá se sentir aqui. a emoção de estar na terra santa vai estar presente.” para gravar as cenas, o diretor pediu a roberto que sentisse o lugar, respirasse o espírito da cidade.

Roberto encontra-se com o Rabino Shmuel Rabinovitch na saída do Muro: elogios da maior autoridade judaica e abraço no final

O cantor ficou no local por cerca de 15 minutos, o suficiente para causar um quase tumulto: assédio da imprensa, turistas e muitos curiosos queriam saber quem era o causador de tanto frisson

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ao saber que o sultan’s pool tinha o palco protegido apenas pelo céu, roberto carlos perguntou ao seu empresário, dody sirena: “e se chover?” a resposta espirituosa de quem teve a ideia do projeto emoções em Jerusalém, provocou risos no rei: “se chover, roberto, vão achar que você é o Messias! nessa época não chove nunca. se chover, vão abrir a porta dourada para sua chegada”. a brincadeira de dody, que já esteve três vezes em Jerusalém, era uma referência ao único dos sete gran-des portais que é fechado nas muralhas da velha Jerusalém. pelas tradições judaicas, quando o esperado Messias chegar, será aberta a porta dourada (na verdade, uma parede de pedras claras, como toda a Jerusalém).

o show contempla um palco de 400 metros quadrados (maior que o montado em seu show na praia de Copacabana) e um coral de 30 vozes do clube Hebraica, de são paulo, que se somará a outro coral de 30 vozes das crianças de israel. eles ensaiaram a canção “Jerusalém de ouro”. roberto avalia se can-tará “detalhes” em idiomas diversos, inclusive o hebraico. nos dias que antecederam o espetáculo, o cantor descansou na suíte presidencial do hotel citadel davi, próximo à cidade antiga.

Agenda corridano dia seguinte a sua chegada, roberto encontrou-se com

o prêmio nobel da paz, shimon peres, ex-primeiro-ministro e presidente de israel há três anos. “Fiquei nervoso”, comentou o cantor, logo após o encontro, em entrevista. a conversa acon-teceu na residência de peres, em Jerusalém, que tem 780 mil

habitantes. depois de brincar com a própria idade (completou 88 anos há duas semanas), o presidente brincou com o rei logo após rece-ber os seus parabéns. “eu gosto de dizer que tenho 8+8, parece menos”, disse ele, que quis saber a idade de roberto. “eu tenho 70”, res-pondeu o cantor. “ah, então você é velho como eu. só que não parece”, provocou shimon peres. no encontro de meia hora, houve tempo para roberto se emocionar com uma frase do presidente: “sua voz chegou aqui antes de seu corpo”. o rei retribuiu: “do fundo do meu coração, quero dizer algumas palavras em hebraico: ‘shalom aleinu kol haolam’” (em português, “Paz para nós e para todo o mundo”). antes cantarolou, a pedido do presidente isra-elense, um trecho de “emoções” e outro de “amor y más amor”, a primeira música que cantou em público, quando tinha apenas 9 anos, numa rádio de cachoeiro de itapemirim, sua cidade natal. e incluiu “detalhes” entre suas músicas preferidas. “Foi uma honra estar com shimon peres, um prêmio nobel da paz. isso é um privilégio. ele tem o dom da palavra e um lado poético muito forte.”

o encontro oficial foi o primeiro compro-misso do rei, que se apresenta para 5.500

‘‘Do fundo do meu coração, quero dizer algumas palavras em hebraico: shalom aleinu kol haolam (Paz para nós e para todo o mundo)’’De Roberto Carlos ao presidente de Israel, Shimon Peres

No sábado 3, Roberto visita o Jardim das

Oliveiras, onde Cristo teria passado sua

última noite antes de morrer. O cantor

abraçou a árvore mais antiga, de 2 mil

anos de idade

Acima, o cantor é presenteado com a

Condecoração da Cruz ao Mérito – uma cruz de

madeira –, a mais alta honraria da Igreja

Católica de Israel. Nesta foto, Roberto se ajoelha

no Santo Sepulcro, onde Jesus teria

ressuscitado

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ao saber que o sultan’s pool tinha o palco protegido apenas pelo céu, roberto carlos perguntou ao seu empresário, dody sirena: “e se chover?” a resposta espirituosa de quem teve a ideia do projeto emoções em Jerusalém, provocou risos no rei: “se chover, roberto, vão achar que você é o Messias! nessa época não chove nunca. se chover, vão abrir a porta dourada para sua chegada”. a brincadeira de dody, que já esteve três vezes em Jerusalém, era uma referência ao único dos sete gran-des portais que é fechado nas muralhas da velha Jerusalém. pelas tradições judaicas, quando o esperado Messias chegar, será aberta a porta dourada (na verdade, uma parede de pedras claras, como toda a Jerusalém).

o show contempla um palco de 400 metros quadrados (maior que o montado em seu show na praia de Copacabana) e um coral de 30 vozes do clube Hebraica, de são paulo, que se somará a outro coral de 30 vozes das crianças de israel. eles ensaiaram a canção “Jerusalém de ouro”. roberto avalia se can-tará “detalhes” em idiomas diversos, inclusive o hebraico. nos dias que antecederam o espetáculo, o cantor descansou na suíte presidencial do hotel citadel davi, próximo à cidade antiga.

Agenda corridano dia seguinte a sua chegada, roberto encontrou-se com

o prêmio nobel da paz, shimon peres, ex-primeiro-ministro e presidente de israel há três anos. “Fiquei nervoso”, comentou o cantor, logo após o encontro, em entrevista. a conversa acon-teceu na residência de peres, em Jerusalém, que tem 780 mil

habitantes. depois de brincar com a própria idade (completou 88 anos há duas semanas), o presidente brincou com o rei logo após rece-ber os seus parabéns. “eu gosto de dizer que tenho 8+8, parece menos”, disse ele, que quis saber a idade de roberto. “eu tenho 70”, res-pondeu o cantor. “ah, então você é velho como eu. só que não parece”, provocou shimon peres. no encontro de meia hora, houve tempo para roberto se emocionar com uma frase do presidente: “sua voz chegou aqui antes de seu corpo”. o rei retribuiu: “do fundo do meu coração, quero dizer algumas palavras em hebraico: ‘shalom aleinu kol haolam’” (em português, “Paz para nós e para todo o mundo”). antes cantarolou, a pedido do presidente isra-elense, um trecho de “emoções” e outro de “amor y más amor”, a primeira música que cantou em público, quando tinha apenas 9 anos, numa rádio de cachoeiro de itapemirim, sua cidade natal. e incluiu “detalhes” entre suas músicas preferidas. “Foi uma honra estar com shimon peres, um prêmio nobel da paz. isso é um privilégio. ele tem o dom da palavra e um lado poético muito forte.”

o encontro oficial foi o primeiro compro-misso do rei, que se apresenta para 5.500

‘‘Do fundo do meu coração, quero dizer algumas palavras em hebraico: shalom aleinu kol haolam (Paz para nós e para todo o mundo)’’De Roberto Carlos ao presidente de Israel, Shimon Peres

No sábado 3, Roberto visita o Jardim das

Oliveiras, onde Cristo teria passado sua

última noite antes de morrer. O cantor

abraçou a árvore mais antiga, de 2 mil

anos de idade

Acima, o cantor é presenteado com a

Condecoração da Cruz ao Mérito – uma cruz de

madeira –, a mais alta honraria da Igreja

Católica de Israel. Nesta foto, Roberto se ajoelha

no Santo Sepulcro, onde Jesus teria

ressuscitado

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pessoas na cidade. Mil e quinhentas destas são brasileiros que compraram pacotes para o show, com passagem aérea, hotel e passeios na região, a preços que variam de us$ 3.400 a us$ 14 mil. o show custa de us$ 100 a 150. o projeto inteiro movimentou r$ 30 milhões, segundo o empresário dody sirena (leia mais na página 42). só o palco e seu magnífico cenário de 40 metros de extensão foi um investimento de us$ 700 mil. “os ingressos não pagam o cenário. ele é um show à parte. Vai deixar todos boquiabertos pois reproduzirá a cida-de antiga de Jerusalém”, explicou dody sirena. “Vou cantar em português, espanhol, italiano e inglês. e ainda não sei se canta-rei em hebraico”, disse o rei. “Vamos ver. está dependendo dos ensaios. tenho muitas hesitações. tenho que decorar direitinho para saber o que estou cantando, para não ficar olhando o tempo todo para o teleprompter.” até a véspera do show, o rei ainda não havia definido.

nas reuniões com seu empresário na suíte com vista des-lumbrante para as muralhas da antiga Jerusalém, roberto estava tão empolgado que era capaz de refrescar a memória para histórias nunca antes reveladas de algumas composições. Foi num bate-papo durante um almoço com dody que ele relembrou como nasceu a inspiração para a música “outra vez”. ele se inspirou numa frase de Frank sinatra sobre a atriz ava Gadner, com quem teve uma história de amor fulminante quando ainda era casado com a primeira mulher, nancy. roberto participava de um almoco de dirigentes de sua grava-dora com sinatra em Los angeles quando alguém perguntou ao astro: “e quanto a ava, como foi?” sinatra teria respondido: “Foi o melhor dos meu erros, o maior dos enganos.” a inspira-cão criou versos como “Você foi... o melhor dos meus planos e o maior dos enganos que eu pude fazer...” na entrevista, roberto se mostrava alegre e relaxado. respondeu com sorri-sos que está com o coração aberto. pedir por um novo amor no Muro das Lamentaçoes, além de agradecer, disse ele, era uma ideia. “não tinha pensado nisso, mas é uma boa sugestão.”

“Uma alma forte”roberto carlos já havia estado em Jerusalém em 1968 para

gravar cenas do filme Diamante cor-de-rosa, com erasmo carlos e Wanderleia. Mas agora o mergulho é maior. as passa-gens por lugares sagrados como a igreja do santo sepulcro e pelo Getsêmani, o Jardim das oliveiras, foram emocionantes para o rei. na viagem, ainda passaria pelo deserto da Judeia, a 40 minutos de Jerusalém, por onde andou Jesus. no santo sepulcro, onde Jesus teria sido crucificado e enterrado para depois ressuscitar, ele recebeu a condecoração da cruz ao Mérito, a mais alta comenda da igreja católica em israel.

‘‘Não tinha pensado nisso (em pedir um novo amor), mas é uma boa sugestão’’Roberto Carlos, sobre suas orações no Muro das Lamentações

O empresário de Roberto Carlos, Dody Sirena, revela bastidores do show e diz que é mais tranquilo fazer show em Jerusalém do que em Copacabana.

Como surgiu a ideia do show em Jerusalém?O início foi numa viagem para comemorar meus 50 anos em 2010 e resolvi fazer um roteiro mais místico. Fui para Lourdes, na França, e depois passei uma semana em Jerusalém. Lá, no penúltimo dia, comecei a falar de shows com a guia que esta-va mostrando os pontos turísticos. Já estava totalmente envolvido com a história do lugar e bem emocionado com o que estava testemunhando e pensei que um show do Roberto ali seria maravilhoso.

Como Roberto reagiu?Saí para jantar e liguei. A reação dele foi ficar mudo, até pensei que tinha caído a linha. Depois ele brincou: “Pô cara, você está aí de férias curtindo seu aniversário e me liga para falar de tra-balho?” Mas me deu o sinal verde.

Qual foi o investimento?Esse projeto movimentou mais de R$ 30 milhões. O lugar mági-co em que acontecerá o show, um anfiteatro a céu aberto para 7 mil pessoas chamado Sultan’s Pool, está a poucos metros de outro onde foi realizada a Santa Ceia, do lado de onde eles chamam de “Cidade Velha”.

“aqui não tem arrastão nem bala perdida”Como será o especial que o Jayme Monjardim está gravando para a TV Globo?Vai ao ar dia 10, vamos passar por oitos pontos sagrados da cidade e a Globo vai dar cobertura na grade em outros programas. Inclusive Roberto se comprometeu na volta em estar no Programa do Jô para comentar a emoção de ter estado lá. Já o show vai virar uma exibição na televisão para 115 países pelo sistema Globo. Depois vai se transformar num DVD em Blue-ray e será o pri-meiro show do mercado latino gravado em 3D.

A recente instabilidade no Oriente Médio não assustou vocês?Temos consciência de que a região vive um momento de insegurança pelos levantes populares, mas devemos lembrar que Israel é o único país democrático de toda a região. Não tem arrastão em restaurante nem bala perdida em Jerusalém. Não vejo preocupa-ção. Fazer o show no Natal em Copacabana para 1 milhão de pessoas um mês depois que a polícia carioca tomou o morro dos trafican-tes no Alemão foi mais tenso que realizar um show em Jerusalém neste momento.

No Jardim Arqueológico de

Ophel, com mais de 5 mil anos de existência,

Roberto ouve as orientações do diretor

Jayme Monjardim na gravação do especial

da TV Globo As ruas da cidade foram enfeitadas com bandeirolas

anunciando em hebraico o show do

brasileiro

O cantor entre seu empresário Dody Sirena (à esq.) e o

presidente de Israel, Shimon Peres

O palco de 40 metros custou US$ 700 mil e terá iluminação

de Patrick Woodroffe, o mesmo dos Rolling Stones e

de Michael Jackson

Antes de gravar, Jayme Monjardim fotografa o ambiente ao redor do Muro das Lamentações

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pessoas na cidade. Mil e quinhentas destas são brasileiros que compraram pacotes para o show, com passagem aérea, hotel e passeios na região, a preços que variam de us$ 3.400 a us$ 14 mil. o show custa de us$ 100 a 150. o projeto inteiro movimentou r$ 30 milhões, segundo o empresário dody sirena (leia mais na página 42). só o palco e seu magnífico cenário de 40 metros de extensão foi um investimento de us$ 700 mil. “os ingressos não pagam o cenário. ele é um show à parte. Vai deixar todos boquiabertos pois reproduzirá a cida-de antiga de Jerusalém”, explicou dody sirena. “Vou cantar em português, espanhol, italiano e inglês. e ainda não sei se canta-rei em hebraico”, disse o rei. “Vamos ver. está dependendo dos ensaios. tenho muitas hesitações. tenho que decorar direitinho para saber o que estou cantando, para não ficar olhando o tempo todo para o teleprompter.” até a véspera do show, o rei ainda não havia definido.

nas reuniões com seu empresário na suíte com vista des-lumbrante para as muralhas da antiga Jerusalém, roberto estava tão empolgado que era capaz de refrescar a memória para histórias nunca antes reveladas de algumas composições. Foi num bate-papo durante um almoço com dody que ele relembrou como nasceu a inspiração para a música “outra vez”. ele se inspirou numa frase de Frank sinatra sobre a atriz ava Gadner, com quem teve uma história de amor fulminante quando ainda era casado com a primeira mulher, nancy. roberto participava de um almoco de dirigentes de sua grava-dora com sinatra em Los angeles quando alguém perguntou ao astro: “e quanto a ava, como foi?” sinatra teria respondido: “Foi o melhor dos meu erros, o maior dos enganos.” a inspira-cão criou versos como “Você foi... o melhor dos meus planos e o maior dos enganos que eu pude fazer...” na entrevista, roberto se mostrava alegre e relaxado. respondeu com sorri-sos que está com o coração aberto. pedir por um novo amor no Muro das Lamentaçoes, além de agradecer, disse ele, era uma ideia. “não tinha pensado nisso, mas é uma boa sugestão.”

“Uma alma forte”roberto carlos já havia estado em Jerusalém em 1968 para

gravar cenas do filme Diamante cor-de-rosa, com erasmo carlos e Wanderleia. Mas agora o mergulho é maior. as passa-gens por lugares sagrados como a igreja do santo sepulcro e pelo Getsêmani, o Jardim das oliveiras, foram emocionantes para o rei. na viagem, ainda passaria pelo deserto da Judeia, a 40 minutos de Jerusalém, por onde andou Jesus. no santo sepulcro, onde Jesus teria sido crucificado e enterrado para depois ressuscitar, ele recebeu a condecoração da cruz ao Mérito, a mais alta comenda da igreja católica em israel.

‘‘Não tinha pensado nisso (em pedir um novo amor), mas é uma boa sugestão’’Roberto Carlos, sobre suas orações no Muro das Lamentações

O empresário de Roberto Carlos, Dody Sirena, revela bastidores do show e diz que é mais tranquilo fazer show em Jerusalém do que em Copacabana.

Como surgiu a ideia do show em Jerusalém?O início foi numa viagem para comemorar meus 50 anos em 2010 e resolvi fazer um roteiro mais místico. Fui para Lourdes, na França, e depois passei uma semana em Jerusalém. Lá, no penúltimo dia, comecei a falar de shows com a guia que esta-va mostrando os pontos turísticos. Já estava totalmente envolvido com a história do lugar e bem emocionado com o que estava testemunhando e pensei que um show do Roberto ali seria maravilhoso.

Como Roberto reagiu?Saí para jantar e liguei. A reação dele foi ficar mudo, até pensei que tinha caído a linha. Depois ele brincou: “Pô cara, você está aí de férias curtindo seu aniversário e me liga para falar de tra-balho?” Mas me deu o sinal verde.

Qual foi o investimento?Esse projeto movimentou mais de R$ 30 milhões. O lugar mági-co em que acontecerá o show, um anfiteatro a céu aberto para 7 mil pessoas chamado Sultan’s Pool, está a poucos metros de outro onde foi realizada a Santa Ceia, do lado de onde eles chamam de “Cidade Velha”.

“aqui não tem arrastão nem bala perdida”Como será o especial que o Jayme Monjardim está gravando para a TV Globo?Vai ao ar dia 10, vamos passar por oitos pontos sagrados da cidade e a Globo vai dar cobertura na grade em outros programas. Inclusive Roberto se comprometeu na volta em estar no Programa do Jô para comentar a emoção de ter estado lá. Já o show vai virar uma exibição na televisão para 115 países pelo sistema Globo. Depois vai se transformar num DVD em Blue-ray e será o pri-meiro show do mercado latino gravado em 3D.

A recente instabilidade no Oriente Médio não assustou vocês?Temos consciência de que a região vive um momento de insegurança pelos levantes populares, mas devemos lembrar que Israel é o único país democrático de toda a região. Não tem arrastão em restaurante nem bala perdida em Jerusalém. Não vejo preocupa-ção. Fazer o show no Natal em Copacabana para 1 milhão de pessoas um mês depois que a polícia carioca tomou o morro dos trafican-tes no Alemão foi mais tenso que realizar um show em Jerusalém neste momento.

No Jardim Arqueológico de

Ophel, com mais de 5 mil anos de existência,

Roberto ouve as orientações do diretor

Jayme Monjardim na gravação do especial

da TV Globo As ruas da cidade foram enfeitadas com bandeirolas

anunciando em hebraico o show do

brasileiro

O cantor entre seu empresário Dody Sirena (à esq.) e o

presidente de Israel, Shimon Peres

O palco de 40 metros custou US$ 700 mil e terá iluminação

de Patrick Woodroffe, o mesmo dos Rolling Stones e

de Michael Jackson

Antes de gravar, Jayme Monjardim fotografa o ambiente ao redor do Muro das Lamentações

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o presente, uma cruz de madeira de cerca de um metro, den-tro de uma caixa, foi dado pelo patriarca latino de Jerusalém, Fuad twal. o rei acordou às 4h e chegou à igreja às 6h20, transportado por um carrinho de golfe. as ruas estreitas não permitem a passagem de carros. a igreja estava aberta e alguns poucos brasileiros assistiam à missa na hora da chega-da do cantor. na visita, roberto gravou takes para a Globo na pedra onde o corpo de Jesus teria sido lavado. depois, ele entrou sozinho na capela do santo sepulcro, onde existe um túmulo marcando o lugar da ressureição, e desceu à capela de santa Helena, onde rezou e chorou.

de lá, no mesmo sábado 3, roberto foi até o Getsêmani, o Jardim das oliveiras, que tem mais de 2000 anos, onde Jesus teria passado a última noite antes de ser preso e crucificado. a frase “pai, afasta de mim esse cálice”, teria sido dita lá. roberto gravou cenas caminhando pelas oliveiras. abraçou a árvore mais antiga, que data do tempo de Jesus e disse que sua mãe, Lady Laura, gostava de abraçá-las daquele jeito. no domingo 4, ele visitou o Muro das Lamentações e o Jardim arqueológico de ophel, com escavações que datam de 5 mil a 2 mil anos. na saída recebeu um abraço do rabino shmuel rabinovitch, a maior autoridade da cidade antiga. É raro o rabino estar no domingo à tarde na esplanada do Muro, o que causou comoção aos judeus que por ali passavam, sem conhe-cerem quem era o merecedor daquela distinção.

o rabino sabia quem era roberto. em hebraico, o religioso lhe deu uma benção dizendo que esperava que as graças por ele pedidas fossem alcançadas. “estou muito emocionado”, disse o cantor a rabinovitch. roberto agradeceu e disse que esperava vê-lo no show. o rabino disse que não poderia ir, mas reafirmou que na Bíblia está escrito que o rei salomão, ao construir o primeiro templo de Jerusalém (e o Muro das Lamentações é a ruína que restou nos processos de destruição e reconstrução da cidade), expressou que todos os que passem por ali, judeus ou não judeus, possam ter graças recebidas. roberto encheu os olhos de lágrimas quando ouviu que “pou-cas pessoas têm o dom de cantar, e quem o tem, possui uma alma forte. com isso, sua voz pode alcançar os mundos mais próximos de deus”. o cantor partiu de volta para o hotel em um Mercedes-Benz, liberado para circular ali pelas autoridades locais. passantes e pere-grinos impressionados com o movimento perguntavam quem era o homem que provo-cara tanta agitação na terra santa. e aprende-ram ali que era alguém chamado de rei.

No Deserto da Judeia, a 40 minutos de Jerusalém, Roberto se emociona em ver in loco – com o Mosteiro de São Jorge ao fundo – o lugar por onde Jesus Cristo peregrinou quando saiu de Jericó

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Capa

o presente, uma cruz de madeira de cerca de um metro, den-tro de uma caixa, foi dado pelo patriarca latino de Jerusalém, Fuad twal. o rei acordou às 4h e chegou à igreja às 6h20, transportado por um carrinho de golfe. as ruas estreitas não permitem a passagem de carros. a igreja estava aberta e alguns poucos brasileiros assistiam à missa na hora da chega-da do cantor. na visita, roberto gravou takes para a Globo na pedra onde o corpo de Jesus teria sido lavado. depois, ele entrou sozinho na capela do santo sepulcro, onde existe um túmulo marcando o lugar da ressureição, e desceu à capela de santa Helena, onde rezou e chorou.

de lá, no mesmo sábado 3, roberto foi até o Getsêmani, o Jardim das oliveiras, que tem mais de 2000 anos, onde Jesus teria passado a última noite antes de ser preso e crucificado. a frase “pai, afasta de mim esse cálice”, teria sido dita lá. roberto gravou cenas caminhando pelas oliveiras. abraçou a árvore mais antiga, que data do tempo de Jesus e disse que sua mãe, Lady Laura, gostava de abraçá-las daquele jeito. no domingo 4, ele visitou o Muro das Lamentações e o Jardim arqueológico de ophel, com escavações que datam de 5 mil a 2 mil anos. na saída recebeu um abraço do rabino shmuel rabinovitch, a maior autoridade da cidade antiga. É raro o rabino estar no domingo à tarde na esplanada do Muro, o que causou comoção aos judeus que por ali passavam, sem conhe-cerem quem era o merecedor daquela distinção.

o rabino sabia quem era roberto. em hebraico, o religioso lhe deu uma benção dizendo que esperava que as graças por ele pedidas fossem alcançadas. “estou muito emocionado”, disse o cantor a rabinovitch. roberto agradeceu e disse que esperava vê-lo no show. o rabino disse que não poderia ir, mas reafirmou que na Bíblia está escrito que o rei salomão, ao construir o primeiro templo de Jerusalém (e o Muro das Lamentações é a ruína que restou nos processos de destruição e reconstrução da cidade), expressou que todos os que passem por ali, judeus ou não judeus, possam ter graças recebidas. roberto encheu os olhos de lágrimas quando ouviu que “pou-cas pessoas têm o dom de cantar, e quem o tem, possui uma alma forte. com isso, sua voz pode alcançar os mundos mais próximos de deus”. o cantor partiu de volta para o hotel em um Mercedes-Benz, liberado para circular ali pelas autoridades locais. passantes e pere-grinos impressionados com o movimento perguntavam quem era o homem que provo-cara tanta agitação na terra santa. e aprende-ram ali que era alguém chamado de rei.

No Deserto da Judeia, a 40 minutos de Jerusalém, Roberto se emociona em ver in loco – com o Mosteiro de São Jorge ao fundo – o lugar por onde Jesus Cristo peregrinou quando saiu de Jericó

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52 IstoÉGente 9/9/2008 – 999 53

de TopcinemaBárBara Fialho colhe os frutos do sucesso no mercado da moda internacional, mas não abre mão de suas origens. Em temporada brasileira, a top mineira fala sobre o sucesso, conta o segredo de suas formas perfeitas e ainda entrega que adora futebol

Moda e texto Bianca Zaramella

fotos Pedro Dias/ Ag. IstoÉ

styling Gi Macedo

Vestido André Lima

Ensaio

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de TopcinemaBárBara Fialho colhe os frutos do sucesso no mercado da moda internacional, mas não abre mão de suas origens. Em temporada brasileira, a top mineira fala sobre o sucesso, conta o segredo de suas formas perfeitas e ainda entrega que adora futebol

Moda e texto Bianca Zaramella

fotos Pedro Dias/ Ag. IstoÉ

styling Gi Macedo

Vestido André Lima

Ensaio

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Ensaio

QualQuer seMelhança é mera coincidência. do alto de seus 1,80 m, Bárbara fialho nem imaginava que faria sucesso por ser parecida com a atriz sophia loren. aliás, no início de sua adolescência, ela nem se achava tão bonita assim. “Com 15 anos, já tinha 1,78 m e pensava que não encontraria um marido. era muito magra e alta. até a minha postura era diferente”, conta a top brasileira, que encarnou a diva do cinema italiano para este ensaio de Gente, armado em são Paulo. nascida em Montes Claros, Minas gerais, Bárbara foi descoberta por um olheiro que a convidou para participar de um curso de modelo em sua cidade. “na época eu jogava handboll e só. nem imaginava desfilar.”

aos 23 anos Bárbara já desfilou nas principais semanas de moda do mundo, fez trabalhos com fotógrafos como steven Meisel e caiu nas graças da estilista Vivienne Westwood. nada que tenha tirado seus pés do chão.

“Quando me conheceu, Vivienne disse que eu represen-tava a mistura de raças do Brasil e fiquei muito lisonjeada. a partir deste dia, ela me escolheu para vários desfiles”, conta. Mas, Bárbara faz questão de dizer que a vida de modelo não é só glamour. “Meu último trabalho foi um desafio que, juro por deus, pensei que não conseguiria terminar inteira!” Convidada para ser a top do primeiro vídeo de moda da Elle coreana, Bárbara passou seis dias dentro de um estúdio azul, literalmente subindo pelas pare-des. “o conceito era meio desenho animado, quase homem aranha e eu tinha que escalar uma parede enorme! escutava todos eles falando coreano comigo o dia todo sem entender nada!” e de onde vem essa determinação e bele-za? “Meus pais sempre foram pé no chão e eu também sou. isso é o meu trabalho. acho que tenho traços diferentes e minha família tem origens de todos os lugares. talvez minha beleza venha disso tudo”, conta. Para Bárbara os bons frutos do trabalho para marcas como louis Vuitton, dior, John galliano e alexander McQueen surgem quando ela é reconhecida em casa. Criada no interior de Minas, a modelo conta com orgulho a recepção que teve este ano

‘‘Quando me conheceu, Vivienne

disse que eu representava a

mistura de raças do Brasil e fiquei

muito lisonjeada’’

Top La Perla, saia Andrea Marques e sapatos Studio TMLS

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Ensaio

QualQuer seMelhança é mera coincidência. do alto de seus 1,80 m, Bárbara fialho nem imaginava que faria sucesso por ser parecida com a atriz sophia loren. aliás, no início de sua adolescência, ela nem se achava tão bonita assim. “Com 15 anos, já tinha 1,78 m e pensava que não encontraria um marido. era muito magra e alta. até a minha postura era diferente”, conta a top brasileira, que encarnou a diva do cinema italiano para este ensaio de Gente, armado em são Paulo. nascida em Montes Claros, Minas gerais, Bárbara foi descoberta por um olheiro que a convidou para participar de um curso de modelo em sua cidade. “na época eu jogava handboll e só. nem imaginava desfilar.”

aos 23 anos Bárbara já desfilou nas principais semanas de moda do mundo, fez trabalhos com fotógrafos como steven Meisel e caiu nas graças da estilista Vivienne Westwood. nada que tenha tirado seus pés do chão.

“Quando me conheceu, Vivienne disse que eu represen-tava a mistura de raças do Brasil e fiquei muito lisonjeada. a partir deste dia, ela me escolheu para vários desfiles”, conta. Mas, Bárbara faz questão de dizer que a vida de modelo não é só glamour. “Meu último trabalho foi um desafio que, juro por deus, pensei que não conseguiria terminar inteira!” Convidada para ser a top do primeiro vídeo de moda da Elle coreana, Bárbara passou seis dias dentro de um estúdio azul, literalmente subindo pelas pare-des. “o conceito era meio desenho animado, quase homem aranha e eu tinha que escalar uma parede enorme! escutava todos eles falando coreano comigo o dia todo sem entender nada!” e de onde vem essa determinação e bele-za? “Meus pais sempre foram pé no chão e eu também sou. isso é o meu trabalho. acho que tenho traços diferentes e minha família tem origens de todos os lugares. talvez minha beleza venha disso tudo”, conta. Para Bárbara os bons frutos do trabalho para marcas como louis Vuitton, dior, John galliano e alexander McQueen surgem quando ela é reconhecida em casa. Criada no interior de Minas, a modelo conta com orgulho a recepção que teve este ano

‘‘Quando me conheceu, Vivienne

disse que eu representava a

mistura de raças do Brasil e fiquei

muito lisonjeada’’

Top La Perla, saia Andrea Marques e sapatos Studio TMLS

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‘‘Ele (o pai) é muito ciumento. Dizia pra todo mundo: ‘Vejam minha filha que linda na revista!’ E não abria a página. Era muito engraçado!’’

Túnica Adolfo Dominguez sob top Reinaldo Lourenço, hot pants Janiero com anel de diamantes Patricia Beck e sapatos Studio TMLS

quando recebeu uma homenagem em um desfile beneficente que participou em Montes Claros. “o prefeito foi me receber no aeroporto! Meu pai chorava sem parar! a agenda está cada vez mais apertada. “Vim para o Brasil para fazer a capa da revista Status e em três meses fiz 10 campanhas, 12 editoriais e seis capas, além de entrevistas na tevê. Ótimo né?” Bárbara arrancou suspiros de muitos marmanjos depois de posar em fotos ousadas para a Status, mas seu pai, ronaldo, não viu. “ele é muito ciumento. dizia pra todo mundo: ‘Vejam minha filha que linda na revista!’ e não abria a página. era muito engraçado!”, entrega, às gargalha-das. É ao lado dele que Bárbara costuma também se divertir em frente à tevê assistin-do ao campeonato brasileiro. “sou apaixo-nada por futebol e torço pelo Cruzeiro! até encontrei um curso sobre a historia do fute-bol em nova york, mas não tive tempo de fazer ainda!”, reclama. tempo, aliás, é o que falta na agenda de Bárbara. além de se divi-dir entre editoriais e castings a modelo bra-sileira se dedica agora à mudança de nova york para Paris. “É a capital da moda e tenho um perfil mais fashion. estou corren-do para mudar antes do início da temporada internacional”. entre um desfile e outro ela aproveita o tempo livre para encontrar o namorado, o empresário de calçados nick Brow, com quem está junto há mais de um ano. “ele se orgulha muito do meu trabalho e temos uma relação ótima.”

Com 56 quilos, Bárbara conta que o segre-do de suas curvas foi descoberto por acaso, mas já faz sucesso entre as amigas. “eu pulo corda! É fácil e dá um supercondicionamento. descobri isso nos meus treinos de muai-thai e adaptei com uma corda especial e tênis com amortecimento. levo tudo comigo na mala e faço 30 minutos todos os dias.”

trataMento de iMageM Edi Cardoso

Beleza Helder/Capa MGt

Produção de Moda tony Muller

assistente de styling Mariana Ferrareze

Ensaio

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‘‘Ele (o pai) é muito ciumento. Dizia pra todo mundo: ‘Vejam minha filha que linda na revista!’ E não abria a página. Era muito engraçado!’’

Túnica Adolfo Dominguez sob top Reinaldo Lourenço, hot pants Janiero com anel de diamantes Patricia Beck e sapatos Studio TMLS

quando recebeu uma homenagem em um desfile beneficente que participou em Montes Claros. “o prefeito foi me receber no aeroporto! Meu pai chorava sem parar! a agenda está cada vez mais apertada. “Vim para o Brasil para fazer a capa da revista Status e em três meses fiz 10 campanhas, 12 editoriais e seis capas, além de entrevistas na tevê. Ótimo né?” Bárbara arrancou suspiros de muitos marmanjos depois de posar em fotos ousadas para a Status, mas seu pai, ronaldo, não viu. “ele é muito ciumento. dizia pra todo mundo: ‘Vejam minha filha que linda na revista!’ e não abria a página. era muito engraçado!”, entrega, às gargalha-das. É ao lado dele que Bárbara costuma também se divertir em frente à tevê assistin-do ao campeonato brasileiro. “sou apaixo-nada por futebol e torço pelo Cruzeiro! até encontrei um curso sobre a historia do fute-bol em nova york, mas não tive tempo de fazer ainda!”, reclama. tempo, aliás, é o que falta na agenda de Bárbara. além de se divi-dir entre editoriais e castings a modelo bra-sileira se dedica agora à mudança de nova york para Paris. “É a capital da moda e tenho um perfil mais fashion. estou corren-do para mudar antes do início da temporada internacional”. entre um desfile e outro ela aproveita o tempo livre para encontrar o namorado, o empresário de calçados nick Brow, com quem está junto há mais de um ano. “ele se orgulha muito do meu trabalho e temos uma relação ótima.”

Com 56 quilos, Bárbara conta que o segre-do de suas curvas foi descoberto por acaso, mas já faz sucesso entre as amigas. “eu pulo corda! É fácil e dá um supercondicionamento. descobri isso nos meus treinos de muai-thai e adaptei com uma corda especial e tênis com amortecimento. levo tudo comigo na mala e faço 30 minutos todos os dias.”

trataMento de iMageM Edi Cardoso

Beleza Helder/Capa MGt

Produção de Moda tony Muller

assistente de styling Mariana Ferrareze

Ensaio

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Diversão & ArteAVALIA

★★★★★ INDISPENSÁVEL

★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM

★★ REGULAR

• FRACO

Foto

s D

IVU

LGA

ÇÃ

O

teatro

O ator estava há nove anos longe

dos palcos: “Recebi muitos

convites na televisão no

decorrer desse tempo”, diz ele

Você tinha feito Eu sei que Vou te Amar no teatro. Por que decidiu encenar outra obra de Arnaldo Jabor?Já queria fazer Eu te Amo na época em que montei Eu Sei que Vou te Amar. Falei com Jabor, mas ele estava inteiramente dedicado ao jornalismo. Em Eu Sei que Vou te Amar, ele flagra um casal jovem que discute o casamento no momento da separação. Em Eu te Amo, os personagens são mais madu-ros. Passaram por desilusões amorosas e decidem exorcizar as relações anteriores num encontro sexual sem envolvimento amoroso. Mas o amor começa a aparecer. Não dá para passar impune por uma relação sexual.

Em que pontos você detecta a atualidade de Eu te Amo?O texto discute as diferenças no modo de sentir do homem e da mulher. E Jabor fala sobre o medo da solidão, algo que une os personagens. Todas as pessoas sentem, apesar de umas lidarem melhor do que outras com isto.

Acha que há um modo próprio de o homem sentir e outro da mulher?Acho que sim. São olhares diferentes. Em determinado momento, o personagem diz: “Amor de homem é carne”.

Os personagens se conhecem num site de relacionamento. É uma atualização em relação ao texto original. Houve outras?Originalmente, os personagens se encontravam na rua, por acaso. Agora eles projetam personalidades no meio virtual que não corres-pondem ao real. Houve poucas adaptações contemporâneas. Na nossa montagem, o personagem é cineasta. A mulher que o abandonou era atriz do filme dele. No texto de Jabor, é um empresário.

Você participou de dois trabalhos centrados em relações íntimas ao lado de sua mulher – um no teatro (Eu Sei que Vou te Amar) e outro no cinema (Um Copo de Cólera). Agora, volta ao terreno da intimida-de, mas ao lado de outra atriz, Juliana Martins. É diferente?Admirava o trabalho da Julia mesmo antes de conhecê-la. Começamos a namorar quando estivemos juntos em Ham-let, no Teatro Oficina. Para mim, em primeiro lugar vem a atriz. No relacionamento profissional pro-curo manter a individualidade. Então, em princípio, não há muita diferen-ça entre trabalhar com ela ou com outra atriz. Mas talvez tenhamos ficado mais à vontade nas cenas de sexo de Um Copo de Cólera por sermos casa-dos – apesar dessas cenas terem sido bastante coreografadas.

Por que ficou nove anos afastado do teatro?Recebi muitos convites na televisão no decorrer desses anos. Foram traba-lhos longos que quis fazer. Além disso, tive um filho e decidi ter momentos livres para curtir a família. E dar um suporte em casa. Julia vem participan-do de algumas montagens – Molly Sweeney, Deus da Carnificina – e viajou bastante. O teatro requer uma disponibilidade prévia.

ALEXANDRE BORGES JÁ TEM vontade de montar Eu te Amo na década de 90, quando encenou outro texto de Arnaldo Jabor, Eu Sei que Vou te Amar, ao lado da mulher, a atriz Julia Lemmertz. Concretiza agora o antigo projeto, com Juliana Martins, no espetá-culo dirigido por dois profissionais com experiência acumulada no cinema – Rosane Svartman e Lírio Ferreira. Para o ator, a discussão lançada sobre a relação amorosa permanece atual. E olha que 30 anos se passaram desde que Jabor levou para a tela o encontro dos personagens de Eu te Amo (interpretados no filme por Sônia Braga e Paulo César Pereio), que procuram exorcizar relacionamentos

Em seu último trabalho no teatro, Dois Perdidos numa Noite Suja, de Plínio Marcos , você foi dirigido por seu pai, Tanah Corrêa...Sim. Quisemos mostrar a situação difícil em que se encontravam Brasil e Portugal a partir de dois perso-nagens que vivem à margem da sociedade. Contracenei com um ator português, José Moreira, e apresentamos aqui e lá.

Como foi fazer cinema com Walter Salles?Incrível. Trabalhei com Waltinho no começo da minha carreira. Quando fui fazer Terra Estrangeira, encontrei pontos de contato com o personagem. Afinal, morei em Portugal, no Porto, por um ano e meio, entre 1989 e 1990, fui para lá trabalhar como assistente do Ulysses Cruz. Meu personagem no filme trazia à tona a questão da luta pela sobrevivência, que eu vivi em Portugal.

E a experiência com Beto Brant?Quando fiz O Invasor, com o Beto, já tinha participa-do de alguns filmes. Ele trouxe a renovação de um cinema paulista. E eu tenho um vínculo afetivo com São Paulo, onde aconteceu toda a minha formação profissional, apesar de morar no Rio.

Quais são seus próximos projetos?Tenho um projeto, Poema Bar, com um pianista clássico português, João Vasco. É um recital. Escolhi Vinicius de Moraes e Fernando Pessoa. Ele selecionou músicas portu-guesas. E convidei Mariana de Moraes para cantar. Fomos para Colônia, na Alemanha, em junho. Em dezembro, ire-mos para Berlim e Coimbra (em Portugal). Depois, quero trazer para o Brasil. (14 anos) Daniel Schenker

Teatro do Leblon – Sala Marília Pêra – r. Conde Bernadote, 26, Rio, tel. (21) 2529-7700. Até 2/10.

‘‘No relacionamento profissional procuro manter a individualidade. Então, em princípio, não há muita diferença entre trabalhar com Julia (Lemmertz) ou com outra atriz”

Alexandre Borges

encena pela segunda

vez um texto de Arnaldo Jabor. Eu te

Amo fala sobre

um casal que embarca em um rela-cionamento,

a princípio, sem

envolvimen-to emocional

Alexandre Borges

“Não dá parapor uma

passar impune

relação sexual” Alexandre e a

atriz Juliana Martins na

peça em cartaz no Rio

anteriores por meio de encontros sexuais. Ainda nos anos 80, o texto desembarcou no teatro, com Paulo José e Bruna Lombardi. Nesse momento, retorna com poucas adaptações contemporâneas. A principal: os personagens se conhecem num site e travam, inicial-mente, um vínculo virtual. E a intensidade também marca a volta aos palcos de Alexandre Borges depois de nove anos. Além de Eu te Amo, o ator está envolvido com o projeto de Poema Bar, no qual recita textos de Fernando Pessoa e Vinicius de Moraes.

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Diversão & ArteAVALIA

★★★★★ INDISPENSÁVEL

★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM

★★ REGULAR

• FRACO

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teatro

O ator estava há nove anos longe

dos palcos: “Recebi muitos

convites na televisão no

decorrer desse tempo”, diz ele

Você tinha feito Eu sei que Vou te Amar no teatro. Por que decidiu encenar outra obra de Arnaldo Jabor?Já queria fazer Eu te Amo na época em que montei Eu Sei que Vou te Amar. Falei com Jabor, mas ele estava inteiramente dedicado ao jornalismo. Em Eu Sei que Vou te Amar, ele flagra um casal jovem que discute o casamento no momento da separação. Em Eu te Amo, os personagens são mais madu-ros. Passaram por desilusões amorosas e decidem exorcizar as relações anteriores num encontro sexual sem envolvimento amoroso. Mas o amor começa a aparecer. Não dá para passar impune por uma relação sexual.

Em que pontos você detecta a atualidade de Eu te Amo?O texto discute as diferenças no modo de sentir do homem e da mulher. E Jabor fala sobre o medo da solidão, algo que une os personagens. Todas as pessoas sentem, apesar de umas lidarem melhor do que outras com isto.

Acha que há um modo próprio de o homem sentir e outro da mulher?Acho que sim. São olhares diferentes. Em determinado momento, o personagem diz: “Amor de homem é carne”.

Os personagens se conhecem num site de relacionamento. É uma atualização em relação ao texto original. Houve outras?Originalmente, os personagens se encontravam na rua, por acaso. Agora eles projetam personalidades no meio virtual que não corres-pondem ao real. Houve poucas adaptações contemporâneas. Na nossa montagem, o personagem é cineasta. A mulher que o abandonou era atriz do filme dele. No texto de Jabor, é um empresário.

Você participou de dois trabalhos centrados em relações íntimas ao lado de sua mulher – um no teatro (Eu Sei que Vou te Amar) e outro no cinema (Um Copo de Cólera). Agora, volta ao terreno da intimida-de, mas ao lado de outra atriz, Juliana Martins. É diferente?Admirava o trabalho da Julia mesmo antes de conhecê-la. Começamos a namorar quando estivemos juntos em Ham-let, no Teatro Oficina. Para mim, em primeiro lugar vem a atriz. No relacionamento profissional pro-curo manter a individualidade. Então, em princípio, não há muita diferen-ça entre trabalhar com ela ou com outra atriz. Mas talvez tenhamos ficado mais à vontade nas cenas de sexo de Um Copo de Cólera por sermos casa-dos – apesar dessas cenas terem sido bastante coreografadas.

Por que ficou nove anos afastado do teatro?Recebi muitos convites na televisão no decorrer desses anos. Foram traba-lhos longos que quis fazer. Além disso, tive um filho e decidi ter momentos livres para curtir a família. E dar um suporte em casa. Julia vem participan-do de algumas montagens – Molly Sweeney, Deus da Carnificina – e viajou bastante. O teatro requer uma disponibilidade prévia.

ALEXANDRE BORGES JÁ TEM vontade de montar Eu te Amo na década de 90, quando encenou outro texto de Arnaldo Jabor, Eu Sei que Vou te Amar, ao lado da mulher, a atriz Julia Lemmertz. Concretiza agora o antigo projeto, com Juliana Martins, no espetá-culo dirigido por dois profissionais com experiência acumulada no cinema – Rosane Svartman e Lírio Ferreira. Para o ator, a discussão lançada sobre a relação amorosa permanece atual. E olha que 30 anos se passaram desde que Jabor levou para a tela o encontro dos personagens de Eu te Amo (interpretados no filme por Sônia Braga e Paulo César Pereio), que procuram exorcizar relacionamentos

Em seu último trabalho no teatro, Dois Perdidos numa Noite Suja, de Plínio Marcos , você foi dirigido por seu pai, Tanah Corrêa...Sim. Quisemos mostrar a situação difícil em que se encontravam Brasil e Portugal a partir de dois perso-nagens que vivem à margem da sociedade. Contracenei com um ator português, José Moreira, e apresentamos aqui e lá.

Como foi fazer cinema com Walter Salles?Incrível. Trabalhei com Waltinho no começo da minha carreira. Quando fui fazer Terra Estrangeira, encontrei pontos de contato com o personagem. Afinal, morei em Portugal, no Porto, por um ano e meio, entre 1989 e 1990, fui para lá trabalhar como assistente do Ulysses Cruz. Meu personagem no filme trazia à tona a questão da luta pela sobrevivência, que eu vivi em Portugal.

E a experiência com Beto Brant?Quando fiz O Invasor, com o Beto, já tinha participa-do de alguns filmes. Ele trouxe a renovação de um cinema paulista. E eu tenho um vínculo afetivo com São Paulo, onde aconteceu toda a minha formação profissional, apesar de morar no Rio.

Quais são seus próximos projetos?Tenho um projeto, Poema Bar, com um pianista clássico português, João Vasco. É um recital. Escolhi Vinicius de Moraes e Fernando Pessoa. Ele selecionou músicas portu-guesas. E convidei Mariana de Moraes para cantar. Fomos para Colônia, na Alemanha, em junho. Em dezembro, ire-mos para Berlim e Coimbra (em Portugal). Depois, quero trazer para o Brasil. (14 anos) Daniel Schenker

Teatro do Leblon – Sala Marília Pêra – r. Conde Bernadote, 26, Rio, tel. (21) 2529-7700. Até 2/10.

‘‘No relacionamento profissional procuro manter a individualidade. Então, em princípio, não há muita diferença entre trabalhar com Julia (Lemmertz) ou com outra atriz”

Alexandre Borges

encena pela segunda

vez um texto de Arnaldo Jabor. Eu te

Amo fala sobre

um casal que embarca em um rela-cionamento,

a princípio, sem

envolvimen-to emocional

Alexandre Borges

“Não dá parapor uma

passar impune

relação sexual” Alexandre e a

atriz Juliana Martins na

peça em cartaz no Rio

anteriores por meio de encontros sexuais. Ainda nos anos 80, o texto desembarcou no teatro, com Paulo José e Bruna Lombardi. Nesse momento, retorna com poucas adaptações contemporâneas. A principal: os personagens se conhecem num site e travam, inicial-mente, um vínculo virtual. E a intensidade também marca a volta aos palcos de Alexandre Borges depois de nove anos. Além de Eu te Amo, o ator está envolvido com o projeto de Poema Bar, no qual recita textos de Fernando Pessoa e Vinicius de Moraes.

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69

RepoRtagem Bela Megale

fotos Marcelo Navarro / Ag. IstoÉ

Dezem umFruto de seu projeto de mestrado, o loft do arquiteto e apresentador Guto Requena, em São Paulo, junta peças de puro design e móveis garimpados pelo mundo. Aqui, a premissa é a necessidade e o bom gosto de seu dono

ESTILO CASApor Silviane Neno

A mesa feita com trenas, protótipo da designer Carol Gay, poltrona comprada embaixo do Minhocão e a cadeira escolar adquirida por R$ 10 reais

Guto Requena diante do espelho Philippe Starck, protótipo desenvolvido

pelo designer francês para o grupo Fasano.

À dir., a coleção de robôs com cerca de 30 peças. O xodó é réplica de um

personagem de um curta do diretor Tim Burton.

Ele é fruto de uma relação entre uma mulher e

um micro-ondas

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RepoRtagem Bela Megale

fotos Marcelo Navarro / Ag. IstoÉ

Dezem umFruto de seu projeto de mestrado, o loft do arquiteto e apresentador Guto Requena, em São Paulo, junta peças de puro design e móveis garimpados pelo mundo. Aqui, a premissa é a necessidade e o bom gosto de seu dono

ESTILO CASApor Silviane Neno

A mesa feita com trenas, protótipo da designer Carol Gay, poltrona comprada embaixo do Minhocão e a cadeira escolar adquirida por R$ 10 reais

Guto Requena diante do espelho Philippe Starck, protótipo desenvolvido

pelo designer francês para o grupo Fasano.

À dir., a coleção de robôs com cerca de 30 peças. O xodó é réplica de um

personagem de um curta do diretor Tim Burton.

Ele é fruto de uma relação entre uma mulher e

um micro-ondas

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ESTILO CASA

o pRimeiRo tRabalho do arquiteto guto Requena foi no bairro da mooca, em são paulo. ele cobrou R$ 1.500 pela reforma do apartamento da namorada de um amigo. hoje, nove anos depois, com escritório na badalada oscar freire e a segunda edição do programa Nos Trinques, que apresenta no canal gNt, engatilhada, ele não entrega os valores do projeto que assina em coautoria com o grupo athié Wohnrath, para a nova sede do google no brasil.

mas é no aconchego de seu apartamento de 80 metros quadrados, construído nos anos 70 e transformado em loft, que é possível entender como guto chegou lá. localizado no coração da avenida paulista, junto à Consolação, o endereço é estratégico para quem, há cinco anos, aposentou o carro por opção. “estou perto do metrô, ponto de ôni-bus, do meu escritório e ando a maior parte do dia de bicicleta”. guto roda são paulo a bordo de sua bike elétrica. em casa, ela divide espaço com um pôster trazido de berlim – sua cidade favorita –, obras que ganhou de amigos artistas e outras que adquiriu em galerias como a Choque Cultural.

No apartamento de guto nada tem lugar certo. tudo pode ter que mudar de posição

7170 IstoÉGente 12/9/2011 – 626

Oluptat, cor sequat, conu lpu tpatuerit

am, quatio ns e aor suscilit lor sismod

Ecte verilisl eugait esequi bla praestie ent incin hen

conforme a necessidade e vontade do seu dono. explica-se. o projeto do espaço onde guto vive há quatro anos é fruto de sua pesquisa de mestrado defendida na Universidade de são paulo intitulada “habitar híbrido: interatividade e experiência na era da Cibercultura”. Nela, é abordada a relação entre arquite-tura e design e ambientes mutáveis e interativos onde o mora-dor assume a função de um codesigner. “É um espaço flexível, tudo tem roda e o espaço pode ser reconfigurado”, conta.

De frente para o sofá, comprado há um mês de um amigo, está a peça que guto levou mais tempo para arrematar: uma placa da autoelétrica do seu Zé, pintada à mão pelo próprio mecânico. “Durante quatro anos pedia a placa a ele. Quando resolveu ceder, disse que não me venderia. Comprei uma nova e ganhei essa.” o painel divide a parede com fotografias de João sal, Cássia tabatini e Renata Chebel, todos artistas da galeria virtual lume photos, uma das favoritas do arquiteto. “eles apostam em jovens, isso é ótimo”, opina.

apesar do protótipo do espelho philippe starck roubar a atenção de quem entra, a primeira peça comprada por guto custou R$ 5. foi uma saladeira da rua 25 de março, que fun-ciona como cuba do lavabo. No banheiro, a pia branca foi feita a partir de um tonel abandonado com um espelho ao fundo, daí o nome da peça, “Narciso”. o garimpo é uma paixão do arquiteto. “eu tenho muita coisa de reuso, como a poltrona que comprei embaixo do minhocão”, conta.

entre peças de designers renomados e seus garimpos pela cidade, guto não projetou só o apartamento dos seus sonhos, mas vários deles num só.

Acima, a cama com rodas para ser deslocada para

qualquer lugar da casa. À dir., trio de fotos da Galeria Lume

A cozinha, que integra o núcleo molhado da casa e pode ser escondida por uma cortina.

À dir., o lavabo e o canto onde o arquiteto trabalhava antes de

montar o escritório

O banheiro com o tonel, que funciona como pia,

batizado de “Narciso”

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ESTILO CASA

o pRimeiRo tRabalho do arquiteto guto Requena foi no bairro da mooca, em são paulo. ele cobrou R$ 1.500 pela reforma do apartamento da namorada de um amigo. hoje, nove anos depois, com escritório na badalada oscar freire e a segunda edição do programa Nos Trinques, que apresenta no canal gNt, engatilhada, ele não entrega os valores do projeto que assina em coautoria com o grupo athié Wohnrath, para a nova sede do google no brasil.

mas é no aconchego de seu apartamento de 80 metros quadrados, construído nos anos 70 e transformado em loft, que é possível entender como guto chegou lá. localizado no coração da avenida paulista, junto à Consolação, o endereço é estratégico para quem, há cinco anos, aposentou o carro por opção. “estou perto do metrô, ponto de ôni-bus, do meu escritório e ando a maior parte do dia de bicicleta”. guto roda são paulo a bordo de sua bike elétrica. em casa, ela divide espaço com um pôster trazido de berlim – sua cidade favorita –, obras que ganhou de amigos artistas e outras que adquiriu em galerias como a Choque Cultural.

No apartamento de guto nada tem lugar certo. tudo pode ter que mudar de posição

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Oluptat, cor sequat, conu lpu tpatuerit

am, quatio ns e aor suscilit lor sismod

Ecte verilisl eugait esequi bla praestie ent incin hen

conforme a necessidade e vontade do seu dono. explica-se. o projeto do espaço onde guto vive há quatro anos é fruto de sua pesquisa de mestrado defendida na Universidade de são paulo intitulada “habitar híbrido: interatividade e experiência na era da Cibercultura”. Nela, é abordada a relação entre arquite-tura e design e ambientes mutáveis e interativos onde o mora-dor assume a função de um codesigner. “É um espaço flexível, tudo tem roda e o espaço pode ser reconfigurado”, conta.

De frente para o sofá, comprado há um mês de um amigo, está a peça que guto levou mais tempo para arrematar: uma placa da autoelétrica do seu Zé, pintada à mão pelo próprio mecânico. “Durante quatro anos pedia a placa a ele. Quando resolveu ceder, disse que não me venderia. Comprei uma nova e ganhei essa.” o painel divide a parede com fotografias de João sal, Cássia tabatini e Renata Chebel, todos artistas da galeria virtual lume photos, uma das favoritas do arquiteto. “eles apostam em jovens, isso é ótimo”, opina.

apesar do protótipo do espelho philippe starck roubar a atenção de quem entra, a primeira peça comprada por guto custou R$ 5. foi uma saladeira da rua 25 de março, que fun-ciona como cuba do lavabo. No banheiro, a pia branca foi feita a partir de um tonel abandonado com um espelho ao fundo, daí o nome da peça, “Narciso”. o garimpo é uma paixão do arquiteto. “eu tenho muita coisa de reuso, como a poltrona que comprei embaixo do minhocão”, conta.

entre peças de designers renomados e seus garimpos pela cidade, guto não projetou só o apartamento dos seus sonhos, mas vários deles num só.

Acima, a cama com rodas para ser deslocada para

qualquer lugar da casa. À dir., trio de fotos da Galeria Lume

A cozinha, que integra o núcleo molhado da casa e pode ser escondida por uma cortina.

À dir., o lavabo e o canto onde o arquiteto trabalhava antes de

montar o escritório

O banheiro com o tonel, que funciona como pia,

batizado de “Narciso”

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Entrevista

O cavaleiro DODa MiranDa, de 38 anos, fala da vida pacata que leva na Bélgica com a mulher, a bilionária

athina Onassis, com quem planeja ter o primeiro filho até 2013, e conta como

ajuda a filha Viviane e o enteado Fernando a superar a perda da mãe, a atriz Cibele Dorsa: “só lembramos das coisas boas”

Aos 10 Anos, DoDA MirAnDA viajava com o pai de são Paulo até Minas Gerais para montar cavalos de aluguel. Pegou tanto gosto pela coisa, que começou a querer pegar estrada todo fim de semana. só sossegou quando virou sócio da Hípica de santo Amaro, em são Paulo, onde morava com a família. Hoje, com duas medalhas olímpicas no currículo, Doda é o nome por trás do Athina onassis Horse show, o maior evento hípico da América Latina. A 5a edição do cam-peonato, realizada entre a sexta-feira 2 e o domingo 4 no rio, recebeu investimentos de r$ 14 milhões e reuniu 114 cavaleiros de 21 países, incluindo o Brasil.

Longe do circuito de competições, Doda diz que con-segue levar uma vida normal na Bélgica, onde mora com a mulher, a bilionária Athina onassis − com quem se casou em 2005. Todo dia, o casal atravessa a fronteira com a Holanda para sete horas de treino. nas horas vagas, os dois aproveitam para ficar em casa ou jantar fora. “Cinema, por exemplo, faz quase um ano que eu não vou”, diz ele. os planos do casal de ter filhos ainda não foi realizado em função da carreira de amazona de Athina, que, segundo o maridão, está indo de vento em popa. “Hoje estou com 38. se Deus quiser, até os 40 anos eu vou ser pai de novo”, planeja. na entrevista que concedeu à Gente na sociedade Hípica Brasileira, no rio, Doda falou também sobre como a filha Viviane, 11 anos, e o enteado Fernando, 14, vêm superando a morte da mãe, a atriz Cibele Dorsa, que caiu da janela do apartamento onde morava em são Paulo, em março. “De vez em quando a gente conversa, mas só lem-brando de coisas boas, dos momentos legais.”

Gustavo Autran

FoTos Marcelo Fernandes / Ag. IstoÉ

pai de novo”“Até os 40, vou ser

O cavaleiro diz que é bom ter a mesma

atividade que a mulher, Athina: “Se

eu tive um dia difícil, não preciso explicar nada quando chego em casa. Ela já sabe. A gente treina junto

o dia inteiro”

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Entrevista

O cavaleiro DODa MiranDa, de 38 anos, fala da vida pacata que leva na Bélgica com a mulher, a bilionária

athina Onassis, com quem planeja ter o primeiro filho até 2013, e conta como

ajuda a filha Viviane e o enteado Fernando a superar a perda da mãe, a atriz Cibele Dorsa: “só lembramos das coisas boas”

Aos 10 Anos, DoDA MirAnDA viajava com o pai de são Paulo até Minas Gerais para montar cavalos de aluguel. Pegou tanto gosto pela coisa, que começou a querer pegar estrada todo fim de semana. só sossegou quando virou sócio da Hípica de santo Amaro, em são Paulo, onde morava com a família. Hoje, com duas medalhas olímpicas no currículo, Doda é o nome por trás do Athina onassis Horse show, o maior evento hípico da América Latina. A 5a edição do cam-peonato, realizada entre a sexta-feira 2 e o domingo 4 no rio, recebeu investimentos de r$ 14 milhões e reuniu 114 cavaleiros de 21 países, incluindo o Brasil.

Longe do circuito de competições, Doda diz que con-segue levar uma vida normal na Bélgica, onde mora com a mulher, a bilionária Athina onassis − com quem se casou em 2005. Todo dia, o casal atravessa a fronteira com a Holanda para sete horas de treino. nas horas vagas, os dois aproveitam para ficar em casa ou jantar fora. “Cinema, por exemplo, faz quase um ano que eu não vou”, diz ele. os planos do casal de ter filhos ainda não foi realizado em função da carreira de amazona de Athina, que, segundo o maridão, está indo de vento em popa. “Hoje estou com 38. se Deus quiser, até os 40 anos eu vou ser pai de novo”, planeja. na entrevista que concedeu à Gente na sociedade Hípica Brasileira, no rio, Doda falou também sobre como a filha Viviane, 11 anos, e o enteado Fernando, 14, vêm superando a morte da mãe, a atriz Cibele Dorsa, que caiu da janela do apartamento onde morava em são Paulo, em março. “De vez em quando a gente conversa, mas só lem-brando de coisas boas, dos momentos legais.”

Gustavo Autran

FoTos Marcelo Fernandes / Ag. IstoÉ

pai de novo”“Até os 40, vou ser

O cavaleiro diz que é bom ter a mesma

atividade que a mulher, Athina: “Se

eu tive um dia difícil, não preciso explicar nada quando chego em casa. Ela já sabe. A gente treina junto

o dia inteiro”

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Doda acredita que o Athina Onassis Horse Show incentiva a prática do hipismo: “De 2007 para cá, o número de praticantes na escola de equitação cresceu algo em torno de 30%”

Com o Athina Onassis Horse Show aumentou o interesse pelo hipismo no Brasil?De 2007 para cá, o número de praticantes na escola de equitação cresceu algo em torno de 30%. Além disso, o torneio atraiu mais investimentos para o esporte no Brasil. Agora, os criadores, os patrocinadores e os cavaleiros têm a chance de ver seus ídolos competindo aqui. isso sem dúvida traz motivação e estimula o mercado.

Como é a sua rotina de treinos?Começo entre 8 horas e 8h30 da manhã, todos os dias. Apesar de morar em Turnhout, na Bélgica, meu centro de treinamen-to fica na Holanda, numa cidade chamada Valkenswaard, perto de Eindhoven. Mas a fronteira fica a apenas um quilô-metro e só demoro 20 minutos de casa para o treino.

Algum cuidado especial com a alimentação?sempre procuro me alimentar bem e venho aumentando a carga de exercícios físicos. Comecei a pedalar diariamente e quando não pedalo jogo futebol com os amigos no cen-tro de treinamento. Quando o tempo está ruim, faço estei-ra em casa. se não, corro na rua mesmo.

Como concilia a rotina de treinos com o casamento?o legal é que eu e a Athina fazemos a mesma coisa. Então, tudo fica muito mais simples. se eu tive um dia difícil, não preciso explicar nada quando chego em casa. Ela já sabe. A gente treina junto o dia inteiro.

Você e a Athina conseguem levar uma vida normal na Europa?normal. Mas a gente não tem muito tempo para fazer tanta coisa. Ficamos em casa de segunda a quarta-feira e as competi-ções são normalmente de quinta-feira a domingo. Cinema, por exemplo, faz quase um ano que eu não vou. Mas saímos para jantar e procuro levar as crianças para todos os campeonatos.

‘‘É duro, né? Não só para eles (os filhos). Para mim até hoje é duro. A gente pensa no que aconteceu e como aconteceu. Foi uma coisa muito pesada para qualquer pessoa (...) E eu procuro passar muita força para eles. Mesmo não tendo’’Doda Miranda, sobre a morte da ex-mulher, Cibele Dorsa

Entrevista

Pensam em ter filhos? Pensamos muito, mas ela também está atra-vessando um momento muito importante da carreira, pois acabou de se classificar no gran-de Prêmio da Holanda em 6º lugar. Então a gente está esperando um pouco. Bem, eu hoje estou com 38. se Deus quiser, até os 40 anos eu vou ser pai de novo. não estabelecemos nada, mas esse é o nosso objetivo.

Acha que a Viviane seguirá seus pas-sos profissionais?Ela diz que sim. Tenho certeza de que a Vivi vai fazer algo relacionado com animais, nem que seja veterinária. Ela gosta muito de bicho, tem dois pôneis e monta diariamente. Há três meses, ela sofreu uma queda e teve uma fissu-ra no cóccix. Mas já se recuperou. Agora, o mais importante é não direcionar muito. na vida o que tem de mais importante é você encontrar uma coisa que goste de fazer.

É mais difícil educar as crianças longe do Brasil? A adaptação não foi difícil. A Viviane sem-pre viveu comigo. no caso do Fê, sempre tivemos uma ligação muito forte, mesmo ele tendo um pai superpresente e com quem eu me dou muito bem (o empresário Fernando Oliva). o pai dele já tinha ideia de mandá-lo para os Estados Unidos, fazer um intercâm-bio. Daí eu disse: ‘Em vez de ir para os Estados Unidos e ficar com uma família que você não conhece, vem morar comigo’.

Hoje você se sente na função ao mesmo tempo de pai e de mãe das crianças?Desde que a Viviane nasceu, sempre tro-quei as fraldas dela. não que a mãe não fizesse. É que eu amo criança e meu grande sonho sempre foi ser pai.

Eles se recuperaram do baque da perda da Cibele?É duro, né? não só para eles. Para mim até hoje é duro. A gente pensa no que aconteceu e como aconteceu, foi uma coisa muito pesada para qualquer pessoa. Mas a minha relação com eles é muito forte, a gente é unido e muito amigo. E eu procuro passar muita força para eles. Mesmo não tendo. Porque naquele momento, você não tem força. Cada dia é um dia.

Conversam sobre ela? De vez em quando a gente conversa, mas só lembrando de coisas boas, dos momentos legais. Eu acho que isso é que é importante. Que as crianças saibam que elas foram fei-tas com muito amor. Eles estão muito bem, graças a Deus.

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Doda acredita que o Athina Onassis Horse Show incentiva a prática do hipismo: “De 2007 para cá, o número de praticantes na escola de equitação cresceu algo em torno de 30%”

Com o Athina Onassis Horse Show aumentou o interesse pelo hipismo no Brasil?De 2007 para cá, o número de praticantes na escola de equitação cresceu algo em torno de 30%. Além disso, o torneio atraiu mais investimentos para o esporte no Brasil. Agora, os criadores, os patrocinadores e os cavaleiros têm a chance de ver seus ídolos competindo aqui. isso sem dúvida traz motivação e estimula o mercado.

Como é a sua rotina de treinos?Começo entre 8 horas e 8h30 da manhã, todos os dias. Apesar de morar em Turnhout, na Bélgica, meu centro de treinamen-to fica na Holanda, numa cidade chamada Valkenswaard, perto de Eindhoven. Mas a fronteira fica a apenas um quilô-metro e só demoro 20 minutos de casa para o treino.

Algum cuidado especial com a alimentação?sempre procuro me alimentar bem e venho aumentando a carga de exercícios físicos. Comecei a pedalar diariamente e quando não pedalo jogo futebol com os amigos no cen-tro de treinamento. Quando o tempo está ruim, faço estei-ra em casa. se não, corro na rua mesmo.

Como concilia a rotina de treinos com o casamento?o legal é que eu e a Athina fazemos a mesma coisa. Então, tudo fica muito mais simples. se eu tive um dia difícil, não preciso explicar nada quando chego em casa. Ela já sabe. A gente treina junto o dia inteiro.

Você e a Athina conseguem levar uma vida normal na Europa?normal. Mas a gente não tem muito tempo para fazer tanta coisa. Ficamos em casa de segunda a quarta-feira e as competi-ções são normalmente de quinta-feira a domingo. Cinema, por exemplo, faz quase um ano que eu não vou. Mas saímos para jantar e procuro levar as crianças para todos os campeonatos.

‘‘É duro, né? Não só para eles (os filhos). Para mim até hoje é duro. A gente pensa no que aconteceu e como aconteceu. Foi uma coisa muito pesada para qualquer pessoa (...) E eu procuro passar muita força para eles. Mesmo não tendo’’Doda Miranda, sobre a morte da ex-mulher, Cibele Dorsa

Entrevista

Pensam em ter filhos? Pensamos muito, mas ela também está atra-vessando um momento muito importante da carreira, pois acabou de se classificar no gran-de Prêmio da Holanda em 6º lugar. Então a gente está esperando um pouco. Bem, eu hoje estou com 38. se Deus quiser, até os 40 anos eu vou ser pai de novo. não estabelecemos nada, mas esse é o nosso objetivo.

Acha que a Viviane seguirá seus pas-sos profissionais?Ela diz que sim. Tenho certeza de que a Vivi vai fazer algo relacionado com animais, nem que seja veterinária. Ela gosta muito de bicho, tem dois pôneis e monta diariamente. Há três meses, ela sofreu uma queda e teve uma fissu-ra no cóccix. Mas já se recuperou. Agora, o mais importante é não direcionar muito. na vida o que tem de mais importante é você encontrar uma coisa que goste de fazer.

É mais difícil educar as crianças longe do Brasil? A adaptação não foi difícil. A Viviane sem-pre viveu comigo. no caso do Fê, sempre tivemos uma ligação muito forte, mesmo ele tendo um pai superpresente e com quem eu me dou muito bem (o empresário Fernando Oliva). o pai dele já tinha ideia de mandá-lo para os Estados Unidos, fazer um intercâm-bio. Daí eu disse: ‘Em vez de ir para os Estados Unidos e ficar com uma família que você não conhece, vem morar comigo’.

Hoje você se sente na função ao mesmo tempo de pai e de mãe das crianças?Desde que a Viviane nasceu, sempre tro-quei as fraldas dela. não que a mãe não fizesse. É que eu amo criança e meu grande sonho sempre foi ser pai.

Eles se recuperaram do baque da perda da Cibele?É duro, né? não só para eles. Para mim até hoje é duro. A gente pensa no que aconteceu e como aconteceu, foi uma coisa muito pesada para qualquer pessoa. Mas a minha relação com eles é muito forte, a gente é unido e muito amigo. E eu procuro passar muita força para eles. Mesmo não tendo. Porque naquele momento, você não tem força. Cada dia é um dia.

Conversam sobre ela? De vez em quando a gente conversa, mas só lembrando de coisas boas, dos momentos legais. Eu acho que isso é que é importante. Que as crianças saibam que elas foram fei-tas com muito amor. Eles estão muito bem, graças a Deus.

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Cinema

A MAdonnA cineAstA é bem diferente da Madonna cantora. Ao passar pelo tapete vermelho da 68ª edição do Festival de cinema de Veneza, na itália, na quinta-feira 1º, a pop star abandonou seu costumeiro jeito distante e de pou-cas palavras. ela, que esteve na cidade para apresentar seu segundo filme, W.E., estava descontraída desde a hora que saiu do táxi aquático diante do Lido: soprou beijinhos, fez caras e bocas para os fotógrafos e brincou com os protago-nistas de sua produção, a ponto de ajeitar o tule do vestido de gala da atriz britânica Andrea Riseborough e abotoar o blazer do ator também britânico James d’Arcy.

MadonnaA cantora esbanja charme e rouba os holofotes das atrizes no Festival de Veneza, mesmo com a recepção pouco calorosa a W.E., seu segundo filme como diretora

mia!

Madonna vestiu a marca francesa

Vionnet e óculos Miu Miu

Marina Monzillo

Ge

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y IM

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es

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Cinema

A MAdonnA cineAstA é bem diferente da Madonna cantora. Ao passar pelo tapete vermelho da 68ª edição do Festival de cinema de Veneza, na itália, na quinta-feira 1º, a pop star abandonou seu costumeiro jeito distante e de pou-cas palavras. ela, que esteve na cidade para apresentar seu segundo filme, W.E., estava descontraída desde a hora que saiu do táxi aquático diante do Lido: soprou beijinhos, fez caras e bocas para os fotógrafos e brincou com os protago-nistas de sua produção, a ponto de ajeitar o tule do vestido de gala da atriz britânica Andrea Riseborough e abotoar o blazer do ator também britânico James d’Arcy.

MadonnaA cantora esbanja charme e rouba os holofotes das atrizes no Festival de Veneza, mesmo com a recepção pouco calorosa a W.E., seu segundo filme como diretora

mia!

Madonna vestiu a marca francesa

Vionnet e óculos Miu Miu

Marina Monzillo

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Cinema

e, se como cantora ela é sucesso há quase 30 anos nas paradas mundiais, como diretora de cinema Madonna ainda titubeia para acertar o passo. W.E., uma ficção que aborda o relacionamento da divorciada Wallis simpson com o rei eduardo 8º, do Reino Unido, ganhou discretas vaias e risos involuntários em Veneza. Alheia às críticas, Madonna apenas explicou por que decidiu rodar a história: “Quis entender a razão por que aquele homem abdicou do trono pelo amor a essa mulher”, disse.

independentemente da aceitação por parte dos especialis-tas, Madonna teve o poder de esvaziar a entrevista coletiva de Kate Winslet. A exibição de W.E. aconteceu no mesmo horário em que a atriz britânica falava de seu mais novo filme, Carnage, dirigido por Roman Polanski e concorrente ao Leão de ouro.

Mas quem perderia a oportunidade de ver Madonna de óculos gatinho no tapete vermelho? Afinal, um festival é feito, principalmente, de glamour.

Galãs no LidoPara dar o pontapé inicial no Festival de Veneza foi

escalado outro nome de peso quando o assunto é frenesi: George clooney. seu filme, The Ides of March, abriu a edi-ção 2011, na quarta-feira 31. no fim de semana, foi a vez de Al Pacino passar por lá, cercado de belas mulheres. o ator foi homenageado com um prêmio por sua contribuição histórica para o cinema. o encerramento do festival e a entrega dos principais prêmios acontecem no sábado 10.

George Clooney inaugurou as presenças ilustres em Veneza ao chegar de táxi aquático na quarta-feira 31

Homenageado no festival, al Pacino desfilou pelo Lido ao lado da atriz Jessica Chastain e da namorada, Lucila sola

Madonna causou burburinho ao passar pelo tapete vermelho, na quinta-feira 1o: distribuiu abraços, beijinhos e sorrisos, e até ajeitou as roupas dos atores de seu filme

foto

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Cinema

e, se como cantora ela é sucesso há quase 30 anos nas paradas mundiais, como diretora de cinema Madonna ainda titubeia para acertar o passo. W.E., uma ficção que aborda o relacionamento da divorciada Wallis simpson com o rei eduardo 8º, do Reino Unido, ganhou discretas vaias e risos involuntários em Veneza. Alheia às críticas, Madonna apenas explicou por que decidiu rodar a história: “Quis entender a razão por que aquele homem abdicou do trono pelo amor a essa mulher”, disse.

independentemente da aceitação por parte dos especialis-tas, Madonna teve o poder de esvaziar a entrevista coletiva de Kate Winslet. A exibição de W.E. aconteceu no mesmo horário em que a atriz britânica falava de seu mais novo filme, Carnage, dirigido por Roman Polanski e concorrente ao Leão de ouro.

Mas quem perderia a oportunidade de ver Madonna de óculos gatinho no tapete vermelho? Afinal, um festival é feito, principalmente, de glamour.

Galãs no LidoPara dar o pontapé inicial no Festival de Veneza foi

escalado outro nome de peso quando o assunto é frenesi: George clooney. seu filme, The Ides of March, abriu a edi-ção 2011, na quarta-feira 31. no fim de semana, foi a vez de Al Pacino passar por lá, cercado de belas mulheres. o ator foi homenageado com um prêmio por sua contribuição histórica para o cinema. o encerramento do festival e a entrega dos principais prêmios acontecem no sábado 10.

George Clooney inaugurou as presenças ilustres em Veneza ao chegar de táxi aquático na quarta-feira 31

Homenageado no festival, al Pacino desfilou pelo Lido ao lado da atriz Jessica Chastain e da namorada, Lucila sola

Madonna causou burburinho ao passar pelo tapete vermelho, na quinta-feira 1o: distribuiu abraços, beijinhos e sorrisos, e até ajeitou as roupas dos atores de seu filme

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Cinema

Kate Winslet vestiu a grife de Victoria

Beckham e sandália Jimmy Choo

Cindy Crawford usou Roberto Cavalli

Marisa tomei, de Marios schwab

Diane Kruger, de elie saab

Keira Knightley escolheu Valentino

Bar Refaeli, de emilio Pucci

Gwyneth Paltrow em um Prada

do tapete vermelhoLooks

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Cinema

Kate Winslet vestiu a grife de Victoria

Beckham e sandália Jimmy Choo

Cindy Crawford usou Roberto Cavalli

Marisa tomei, de Marios schwab

Diane Kruger, de elie saab

Keira Knightley escolheu Valentino

Bar Refaeli, de emilio Pucci

Gwyneth Paltrow em um Prada

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Relacionamento

GarGalhadas rompiam o silêncio habitual da sacris-tia da paróquia Nossa senhora do Brasil, em são paulo, na noite da quinta-feira 1o. a quebra de protocolo tinha como autora ninguém menos do que hebe Camargo. a apresenta-dora foi madrinha de casamento do vice-presidente para a américa latina do canal de tevê pago mGm, marcello Coltro, com a enxadrista iara santana. hebe se divertia com seu sobrinho e empresário, Cláudio pessuti, e uma roda de amigos. a amizade com o noivo vem de longa data. “Não tinha como negar o convite para ser madrinha. o marcello é uma pessoa muito próxima e adorável”, explicou ela. a razão dos risos veio, claro, da irreverência de hebe, que se dizia contra aquele casamento por uma questão... pessoal. “Era para eu estar casando com ele! Falei para a iara não demorar, senão, eu entraria na igreja com esse gato.”

Brincadeiras à parte, hebe falou com Gente rapida-mente sobre sua teoria a respeito dos casamentos atuais. a curta duração deles, muitas vezes, é explicada pela apre-sentadora como um sinal dos tempos.“hoje, a mulher não se prende por homem nenhum!”, disparou.

a loira, de 82 anos, tem até um culpado bem original para que os matrimônios não sejam mais tão consistentes como antes: a independência financeira da mulher. “acredito que a independência feminina é a grande razão para os desafetos amorosos”, disse ela, do alto de sua experiência. hebe fora casada duas vezes. Com décio Capuano e lélio ravagnani. “o primeiro, que é pai do meu filho marcelo, durou só seis anos porque eu trabalhava demais. Já o segun-do foram quase 30 anos, e eu trabalhava menos.”

a constatação de hebe não a faz, porém, desencorajar novos casais. de marcello e iara, ela não só foi madrinha como os presenteou com toda a decoração da cerimônia religiosa e da festa, ambas organizadas pela empresa maritare. “a hebe é uma preciosidade na minha vida. Fomos apresentados em miami há uma década e nunca mais nos largamos”, derreteu-se o noivo.

HebeMadrinha de casamento do executivo da MGM, Marcello coltro, a apresentadora HeBe caMarGo aponta a independência feminina como o maior causador de separações entre os casais atuais

O matrimônio

A apresentadora cumprimenta o noivo. “Era para

eu estar casando com

ele!”, brincou ela

Thaís Botelho

Fotos Jefferson Maya & Julio Machado

“Fui casada duas vezes. Com meu primeiro marido, pai do meu filho, Marcelo, por seis anos e, com o Lélio durante quase 30 anos. E eu trabalhava menos...”

Hebe Camargo

Otávio Mesquita, Daniela Escobar, Iara Santana (a noiva), Gloria Perez, Marcello Coltro e Melissa Wilman no Gallery, onde aconteceu a festa

Os atores Cristiana

Oliveira e Luciano Szafir

segundo

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Relacionamento

GarGalhadas rompiam o silêncio habitual da sacris-tia da paróquia Nossa senhora do Brasil, em são paulo, na noite da quinta-feira 1o. a quebra de protocolo tinha como autora ninguém menos do que hebe Camargo. a apresenta-dora foi madrinha de casamento do vice-presidente para a américa latina do canal de tevê pago mGm, marcello Coltro, com a enxadrista iara santana. hebe se divertia com seu sobrinho e empresário, Cláudio pessuti, e uma roda de amigos. a amizade com o noivo vem de longa data. “Não tinha como negar o convite para ser madrinha. o marcello é uma pessoa muito próxima e adorável”, explicou ela. a razão dos risos veio, claro, da irreverência de hebe, que se dizia contra aquele casamento por uma questão... pessoal. “Era para eu estar casando com ele! Falei para a iara não demorar, senão, eu entraria na igreja com esse gato.”

Brincadeiras à parte, hebe falou com Gente rapida-mente sobre sua teoria a respeito dos casamentos atuais. a curta duração deles, muitas vezes, é explicada pela apre-sentadora como um sinal dos tempos.“hoje, a mulher não se prende por homem nenhum!”, disparou.

a loira, de 82 anos, tem até um culpado bem original para que os matrimônios não sejam mais tão consistentes como antes: a independência financeira da mulher. “acredito que a independência feminina é a grande razão para os desafetos amorosos”, disse ela, do alto de sua experiência. hebe fora casada duas vezes. Com décio Capuano e lélio ravagnani. “o primeiro, que é pai do meu filho marcelo, durou só seis anos porque eu trabalhava demais. Já o segun-do foram quase 30 anos, e eu trabalhava menos.”

a constatação de hebe não a faz, porém, desencorajar novos casais. de marcello e iara, ela não só foi madrinha como os presenteou com toda a decoração da cerimônia religiosa e da festa, ambas organizadas pela empresa maritare. “a hebe é uma preciosidade na minha vida. Fomos apresentados em miami há uma década e nunca mais nos largamos”, derreteu-se o noivo.

HebeMadrinha de casamento do executivo da MGM, Marcello coltro, a apresentadora HeBe caMarGo aponta a independência feminina como o maior causador de separações entre os casais atuais

O matrimônio

A apresentadora cumprimenta o noivo. “Era para

eu estar casando com

ele!”, brincou ela

Thaís Botelho

Fotos Jefferson Maya & Julio Machado

“Fui casada duas vezes. Com meu primeiro marido, pai do meu filho, Marcelo, por seis anos e, com o Lélio durante quase 30 anos. E eu trabalhava menos...”

Hebe Camargo

Otávio Mesquita, Daniela Escobar, Iara Santana (a noiva), Gloria Perez, Marcello Coltro e Melissa Wilman no Gallery, onde aconteceu a festa

Os atores Cristiana

Oliveira e Luciano Szafir

segundo

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MADONNA,O GLAMOUR DO

RED CARPET E OS MELHORES LOOKS

DO FESTIVAL DE VENEZA

DODA MIRANDA PLANEJA SEU

PRIMEIRO FILHO COM ATHINA

ONASSIS

"Que emoção pisar no mesmo

chão por onde Jesus passou"

ROBERTO CARLOS movimenta a Terra Santa em um show histórico

para 5 mil pessoas, com investimento de R$ 30 milhões, chora onde Jesus teria ressuscitado e se emociona ao

percorrer os lugares da época de Cristo

O REI EM JERUSALÉM

R$ 9,90

REYNALDO GIANECCHINI:O ATOR CIRCULA PELO BAIRRO ONDE MORA, EM SÃO PAULO, E RECEBE ATENDIMENTO MÉDICO EM CASA

O CASAMENTO DE FERNANDA ROLIM E MARCELO FEDAK

O cantor no Jardim Arqueológico de Ophel, com vista para a mesquita Al-Aqsa, a maior de Jerusalém

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