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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO Corpo de Bombeiros SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Referências normativas 4 Definições 5 Procedimentos Instrução Técnica Nº 21/2004 Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio

IT 21 - Corpo Bombeiros SP - Extintores.pdf

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  • SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGCIOS DA SEGURANA PBLICA

    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO

    Corpo de Bombeiros

    SUMRIO

    1 Objetivo

    2 Aplicao

    3 Referncias normativas

    4 Definies

    5 Procedimentos

    Instruo Tcnica N 21/2004

    Sistema de Proteo por Extintores de Incndio

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  • Instruo Tcnica n 21/2004 - Sistema de Proteo por Extintores de Incndio

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    1 OBJETIVO

    1.1 Esta Instruo Tcnica estabelece critrios para pro-teo contra incndio em edifi caes e reas de risco por meio de extintores de incndio (portteis ou sobre rodas), atendendo ao previsto no Decreto Estadual n 46.076/01.

    2 APLICAO

    2.1 Esta Instruo Tcnica se aplica a todas edifi caes e reas de risco com projeto aprovado.

    2.2 Naquilo que no contrarie o disposto nesta Instruo Tcnica, adota-se a NBR12693 (Sistema de Proteo por Extintores de Incndio).

    3 REFERNCIAS NORMATIVAS

    Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas:

    NBR 9443 Extintores de incndio classe A ensaio de fogo em engradado de madeira

    NBR 9444 Extintores de incndio classe B ensaio de fogo em lquido infl amvel

    NBR 12992 Extintores de Incndio classe C ensaio de condutividade eltrica

    NBR 11716 Extintores de incndio com carga de gs carbnico

    NBR 13485 Manuteno de terceiro nvel (vistorias em extintores de incndio)

    NBR 10721 Extintores de incndio com carga de p

    NBR 12962 Inspeo, manuteno e recarga em extinto-res de incndio

    NBR 11715 Extintores de incndio com carga dgua;

    NBR 11751 Extintores de incndio com carga de espuma mecnica

    NBR 11762 Extintores de incndio portteis com carga de halogenados

    4 DEFINIES

    4.1 Para efeitos desta Instruo Tcnica aplicam-se as defi nies constantes da Instruo Tcnica n 03 - Termi-nologia de segurana contra incndio.

    5 PROCEDIMENTOS

    5.1 Capacidade extintora

    5.1.1 A capacidade extintora mnima de cada tipo de extintor porttil, para que se constitua uma unidade ex-tintora, deve ser:

    a) Carga dgua: um extintor com capacidade extintora de, no mnimo, 2-A;

    b) Carga de espuma mecnica: um extintor com capacidade extintora de, no mnimo, 2-A : 10-B;

    c) Carga de Dixido de Carbono (CO2): um extintor com capacidade extintora de, no mnimo, 5-B : C;

    d) Carga de P BC: um extintor com capacidade extintora de, no mnimo, 20-B : C;

    e) Carga de P ABC um extintor com capacidade extintora de, no mnimo, 2-A : 20-B : C;

    f) Carga de compostos halogenados: um extintor com capacidade extintora de, no mnimo, 5-B : C.

    5.1.1.1 A classifi cao acima deve ser exigida para as edifi caes novas e ampliaes com projeto aprovado a partir da publicao desta Instruo Tcnica.

    5.1.1.2 As edifi caes com projeto aprovado anterior data desta IT devem atender ao estabelecido na Tabela 4 do Decreto Estadual 46.076, de 31 de agosto de 2001.

    5.1.2 Os extintores portteis e sobre rodas (carreta) constantes dos projetos aprovados com data anterior publicao desta Instruo Tcnica, quando reprovado por no ser possvel fazer sua manuteno, devem ser substitudos, por extintores que atendam aos itens 5.1.1 e 5.2.2.3, respectivamente, desta Instruo Tcnica.

    5.1.3 Os extintores devem ser distribudos de tal forma que o operador no percorra mais que:

    A. RISCO BAIXO 25 m

    B. RISCO MDIO 20 m

    C. RISCO ALTO 15 m

    5.2 Instalao e sinalizao

    5.2.1 Extintores portteis

    5.2.1.1 Quando os extintores forem instalados em pa-redes ou divisrias, a altura de fi xao do suporte deve variar, no mximo, entre 1,6 m do piso e de forma que a parte inferior do extintor permanea no mnimo 0,2 m do piso acabado.

    5.2.1.2 Os extintores no devem ser instalados em escadas. Devem estar desobstrudos e devidamente sinali-zados de acordo com o estabelecido na IT 20.

    5.2.1.3 permitida a instalao de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneam, apoiados em supor-tes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m do piso.

    5.2.1.4 Cada pavimento deve possuir, no mnimo, duas unidades extintoras, sendo uma para incndio classe A e

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    outra para incndio classe B e C. permitida a instalao de duas unidades extintoras iguais de p ABC.

    5.2.1.4.1 O extintor de p ABC poder substituir qual-quer tipo de extintor de classes especfi cas A, B e C den-tro de uma edifi cao ou rea de risco.

    5.2.1.5 permitida a instalao de uma nica unidade extintora de p ABC em edifi caes ou risco com rea construda inferior a 50 m2 .

    5.2.1.6 Os extintores de incndio devem ser adequados classe de incndio predominante dentro d rea de risco a ser protegida, de forma que sejam intercalados na propor-o de dois extintores para o risco predominante e um para a proteo do risco secundrio.

    5.2.1.7 So aceitos extintores com acabamento externo em material cromado, lato, metal polido entre outros, desde que possuam marca de conformidade expedida por rgo credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certifi cao.

    5.2.1.8 Quando os extintores de incndio forem instalados em abrigos embutido na parede ou divisria, alm da sinali-zao, deve existir uma superfcie transparente que possibi-lite a visualizao do extintor no interior do abrigo.

    5.2.1.9 As unidades extintoras devem ser as correspon-dentes a um s extintor, no sendo aceitas combinaes de dois ou mais extintores, exceo do extintor de espuma mecnica.

    5.2.1.10 Em locais de riscos especiais devem ser insta-lados extintores de incndio que atendam ao item 5.1.1, independente da proteo geral da edifi cao ou risco, tais como:

    a) Casa de caldeira;b) Casa de bombas;c) Casa de fora eltrica;d) Casa de mquinas;e) Galeria de transmisso;f) Incinerador;g) Elevador (casa de mquinas);h) Ponte rolante;i) Escada rolante (casa de mquinas);j) Quadro de reduo para baixa tenso;k) Transformadores;l) Contineres de telefonia; m) Outros que necessitam de proteo adequada.

    5.2.1.10.1 Para proteo por extintores de incndio em instalaes de lquidos infl amveis e combustveis, gs li-quefeito de petrleo, gs natural e ptio de contineres, devem ser seguidas as Instrues Tcnicas IT n 27, IT n 28, IT n 29, IT n 31 e IT n 36, respectivamente.

    5.2.1.10.2 Deve ser instalado, pelo menos, um extintor de incndio a no mais de 5 m da entrada principal da edifi cao e das escadas nos demais pavimentos.

    5.2.1.10.3 Extintores sobre rodas (carretas).

    5.2.2.1 As distncias mximas a serem percorridas pelo operador de extintores sobre rodas devem ser acrescidas da metade dos valores estabelecidos no item 5.1.4 desta Instruo Tcnica.

    5.2.2.2 No permitida a proteo de edifi caes ou reas de risco unicamente por extintores sobre rodas, admitindo-se, no mximo, a proteo da metade da rea total correspondente ao risco, considerando o comple-mento por extintores portteis, de forma alternada entre extintores portteis e sobre rodas na rea de risco.

    5.2.2.3 As capacidades mnimas dos extintores sobre rodas devem ser:

    a) Carga dgua 10-A;b) Carga de espuma mecnica 6-A : 40-B;c) Carga de dixido de carbono 10-B : C;d) Carga de p BC 80-B : C; e) Carga de p ABC 6-A : 80-B : C.

    5.2.2.4 O emprego de extintores sobre rodas s com-putado como proteo efetiva em locais que permitam o livre acesso.

    5.2.2.5 Os extintores sobre rodas devem ser localizados em pontos estratgicos e sua rea de proteo deve ser restrita ao nvel do piso que se encontram.

    5.2.2.6 A proteo por extintores sobre rodas deve ser obrigatria nas edifi caes onde houver manipulao e ou armazenamento de explosivos e lquidos infl amveis ou combustveis, exceto quando os reservatrios de infl amveis/combustveis forem enterrados.

    5.2.2.7 Em locais de abastecimentos e/ou postos de abas-tecimento e servios onde os tanques de combustveis so enterrados, alm dos extintores instalados por per-curso mximo e riscos especfi cos, devero ser instaladas mais duas unidades extintoras portteis de p qumico seco (p ABC ou BC) ou espuma mecnica em local de f-cil acesso, prximo ao setor de abastecimento do posto.

    5.2.2.8 Para proteo de reservatrios de alimentao exclusiva de grupo motogerador, com capacidade mxima de 500 litros, sero necessrios dois extintores portteis (p ABC ou p BC ou espuma mecnica).

    5.2.2.9 Os extintores, em locais onde haja parques de tanques, podero estar todos localizados e centralizados num abrigo sinalizado, a no mais de 150 m do tanque mais desfavorvel, desde que tenha condies tcnicas de conduzir estes extintores por veculo de emergncia da prpria edifi cao ou rea de risco, caso no haja vecu-lo de emergncia a distncia mxima entre o abrigo e o tanque mais desfavorvel ser de 50 m. Esta regra no se aplica nas reas de transbordo ou manipulao de produ-tos infl amveis ou combustveis.

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    5.2.2.10 Nos ptios de contineres, os extintores podero ser centralizados e localizados em abrigos sinalizados, no mnimo em dois pontos distintos e opostos da rea externa de armazenamento de contineres, conforme prescreve a IT n 36.

    5.3 Certifi cao e validade/garantia

    5.3.1 Os extintores devem possuir marca de confor-midade concedida por rgo credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certifi cao.

    5.3.2 Para efeito de vistoria do Corpo de Bombeiros, o prazo de validade/garantia de funcionamento dos extinto-res deve ser aquele estabelecido pelo fabricante e ou da empresa de manuteno certifi cada pelo Sistema Brasileiro de Certifi cao.

    5.3.3 Os rgos tcnicos de vistoria do Corpo de Bom-beiros podem, durante as vistorias, colher amostras para avaliao das condies de funcionamento dos extintores, de acordo com as normas especfi cas da ABNT, referidas nesta Instruo Tcnica.

    5.3.4 Para ensaio de funcionamento das amostras colhi-das, devem ser convidadas as seguintes entidades:

    a) Proprietrio do extintor;b) Empresa/fabricante que fez a ltima manuteno;c) Organismo de Certifi cao de Produto constan-

    te do selo do Inmetro;d) Instituto Nacional de Metrologia Normalizao e

    Qualidade Industrial (Inmetro); e) Instituto de Pesos e Medidas (Ipem).

    5.3.4.1 O ensaio deve ser feito em data pr-estabelecida e no deve ultrapassar 30 dias da data da coleta das amostras.

    5.3.4.2 As amostras para ensaio devem ser compostas de trs extintores de cada tipo, escolhidos aleatoriamente entre todos existentes da edifi cao os quais devem ser lacrados na presena da pessoa da edifi cao que estiver acompanhando a vistoria.

    5.3.4.3 Os extintores retirados para ensaio devem ser substitudos pelo Corpo de Bombeiros no ato da retirada, por extintores do mesmo tipo e de capacidade igual ou superior, a fi m de no deixar a edifi cao desprotegida.

    5.3.4.4 O ensaio deve ser feito nos trs extintores de cada tipo, dos quais os trs devem atender aos itens de desempenho estabelecidos nas NBRs especfi cas.

    5.3.4.5 Os extintores ensaiados devem ser recarregados com recurso proveniente da taxa de vistoria cobrada pelo Corpo de Bombeiros e devolvidos edifi cao para subs-tituir os que l foram deixados.

    5.3.4.6 As edifi caes que possurem as amostras de extintores reprovadas durante os ensaios, devem provi-denciar a manuteno ou substituio dos modelos dos extintores reprovados. Aps este procedimento, devem ser coletadas novas amostras nos mesmos termos do ensaio anterior e solicitar nova vistoria.

    5.3.4.7 Vencidos os 30 dias, se novo pedido de vistoria for feito, devem ser seguidos os procedimentos estabele-cidos para a primeira vistoria.