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3v
Brasil, junho de 2020
Professor Vinícius Vanir Venturini
Itinerário - EsPCEx
Aula 09 - Massas de Ar, Climas do Brasil,
Biomas Brasileiros (vegetações
características), Ecótones/Zonas de
Transição (Agreste, Mata dos Cocais e
Mangue) e Domínios Morfoclimáticos
Nacionais.
3vClimas do Brasil- Domínios Morfoclimáticos Brasileiros -
O Brasil é o país de maior extensão tropical do mundo,
apresentando grande diversidade climática, explicada por diversos
fatores, destacando dentre estes a grande variação latitudinal, e a
atuação de massas de ar específicas. A tropicalidade determina o
predomínio de climas quentes ou macrotérmicos, porém há
pequena porção territorial brasileir na Zona Temperada, ao Sul do
Trópico de Capricórnio - Subtropical portanto, no Hemisfério Sul.
É fundamental perceber que a diversidade climática de nosso país
é positiva para a agropecuária, e para o turismo.
A ocorrência de diversas paisagens naturais é resultado da
interação e a interdependência entre os diversos elementos da
paisagem (como o relevo, o solo, a vegetação, a fauna, a
hidrografia, etc.) relacionados a atuação de diferentes climas
(determinados pela a atuação de massas de ar específicas, a
localização em latitudes mais baixas ou mais altas, ou ainda com
maior influência da continentalidade ou da maritimidade), exibindo
características únicas a uma determinada porção do território
definindo o conceito de domínio morfoclimático (ou seja a forma ou
representação da paisagem associada a um clima específico).
3v
Dessa maneira, podemos reconhecer, no Brasil, a existência de
seis grandes paisagens naturais, ou domínios, são eles o Domínio
Amazônico, Domínio da Caatinga, Domínio do Cerrado, Domínio dos
Mares de Morros, Domínio da Araucária e Domínio das
Pradarias/Campos.
Entre os esses seis grandes domínios acima relacionados,
inserem-se inúmeras faixas ou zonas de transição, ou ecótones
que apresentam elementos típicos de dois ou mais deles como o
Pantanal - que também pode ser entendido como bioma, o Agreste,
a Mata dos Cocais, e Mangue.
Outro aspecto relevante no estudo dos diferentes domínios
morfoclimáticos é a estrutura geológica, bem como o relevo. A
geologia, e o relevo brasileiro é de formação antiga ou pré-
cambriana, sendo bastante erodido e, portanto, aplainado.
Apresenta o predomínio de planaltos, terrenos sedimentares e
planícies. A uma grande diversidade de tipos de solos, mais
férteis, nas áreas com presença de vulcanismo, e menos férteis
relacionados a áreas de geologia mais antiga.
Climas do Brasil- Domínios Morfoclimáticos Brasileiros -
3vClimas do Brasil- segundo a classificação de Arthur Strähler - massas de ar
Classificação dinâmica
3vClima e massas de ar do Brasil- classificação de Strähler - massas de ar
O modelo de classificação climática Strahler baseia-se nas áreas da
superfície terrestre controladas ou dominadas por grandes volumes de ar -
massas de ar - com características de umidade (que promoverão maior ou
menor precipitação) e as características térmicas - temperaturas oriundas
da sua região de origem. Essa classificação é a mais utilizada para
representação dos tipos climáticos nacionais.
Classificação dinâmica
3vMassas de ar da América do Sul
- segundo a classificação de Arthur Strähler - massas de ar
3vMassas de ar do Brasil
- segundo a classificação de Arthur Strähler - massas de ar
Verão Inverno
Friagem*
*
Obs1.: massas de ar são grandes porções da atmosfera que podem se estender por
milhares de quilômetros. Formam-se quando o ar fica estacionado sobre uma superfície
homogênea e se deslocam por diferença de pressão. Massas de ar carregam as
características do local onde se formam. Por isso, vão variar em temperatura (quentes
ou frias) e umidade (secas ou úmidas). Massas de ar formadas na zona tropical são
quentes, enquanto as formadas nos polos são frias. Massas de ar formadas sobre o
oceano serão úmidas, enquanto a maioria das massas formadas sobre o continente
serão secas - à exceção da massa de ar formada sobre a Amazônia mEc (que é muito
úmida, apesar de ser continental, uma vez que se forma sobre a maior bacia
hidrográfica do mundo - bacia do Rio Amazonas);
3vMassas de ar do Brasil
- segundo a classificação de Arthur Strähler - massas de ar
Verão Inverno
Friagem*
*
Obs2.: o Sertão - Nordestino apresenta Clima Semiárido, pois está localizado numa zona
final de massas de ar, e é agravado pela chuva orográfica (da Chapada da Borborema),
constituindo a única área do Brasil com risco de desertificação;
3v
Verão Inverno
Friagem*
*
Massas de ar do Brasil- segundo a classificação de Arthur Strähler - massas de ar -
3vMassas de ar do Brasil
Sigla Nomenclatura Características Área de atuação
mEamassa Equatorial
atlântica (oceânica)Quente e úmida
Atua no litoral da Região Norte
e litoral Norte da Região
Nordeste.
mEcmassa Equatorial
continental
Quente e úmida
- exceção -
Atua na Região Norte, e áreas
próximas, como o Sertão.
mTamassa Tropical
atlântica (oceânica)Quente e úmida
Anticiclone de Santa Helena,
atua no litoral brasileiro,
especialmente nas Regiões
Sudeste e Nordeste.
mTcmassa Tropical
continental
Quente e seca- única massa seca
do Brasil -
Atua na Região Centro-Oeste,
área do Pantanal ou Chaco
(Bolívia e Paraguai).
mPa
massa Polar
atlântica (oceânica)Obs.: conhecido como
vento Minuano no Rio
Grande do Sul;
Fria e úmida- única massa fria do
Brasil -
Região Sul, com formação na
região da Patagônia e atuação,
abrangência nacional,
especialmente durante o
inverno - na forma de frente
fria, responsável pelo
fenômeno da Friagem.
3vMassas de ar do Brasil
- segundo a classificação de Arthur Strähler - massas de ar
Classificação dinâmica
3v
Quente e úmido
Precipitação superior a 2500 mm/a
T média de 26° (menor amplitude
térmica anual do Brasil, devido a
grande umidade);
Chuva característica é a chuva
convectiva
Clima Equatorial
Obs.: o período das queimadas na
Região Norte coincide com os meses de
menor precipitação - agosto e setembro;
3v
Ar frioAr quente
Chuva convectiva- chuva do fim da tarde -
Obs.: durante o dia o ar mais aquecido e úmido ascende, porém com
a chegada da noite, a formação de ar descendente mais frio provoca
a formação de nuvens com grande altitude, bem como chuvas
rápidas e volumosas, característica de Belém do Pará ou da época de
primavera-verão no Brasil;
3vBioma equatorial
- Floresta, Hiléia Amazônica -
●Maior floresta equatorial do mundo (subdividindo-se em Amazônia
Legal - área territorial exclusivamente brasileira, e Amazônia Real
- área territorial compartilhada com outras nações localizadas no
Norte da América do Sul)
●20% da água doce do mundo (correspondendo a localização
sobre a maior bacia hidrográfica do mundo - bacia do Rio
Amazonas)
●Maior e mais preservado bioma brasileiro.
●Ocupa 40% do território brasileiro (Amazônia Legal).
●Abrange quase total porção setentrional da América do Sul
(Amazônia Real - composta pelo Brasil, pelas Guianas, pela
Venezuela, pela Colômbia, pela Bolívia, pelo Equador, pelo Peru e
pelo Suriname).
Obs.: bioma menos degradado do conjunto nacional, apesar da
grande devastação em curso pela expansão agropecuária, e
urbana;
3vBioma equatorial- Floresta, Hiléia Amazônica -
Amazônia Real Amazônia Legal
● Área 7 milhões de km2
● 09 países
● 50% do território Sul-Americano
● Floresta Equatorial ou Amazônia
● Bioma da Amazônia
● Bioma com maior biodiversidade
do mundo
● Região com grande quantidade de
rios internacionais
● Área 5 milhões de km2
● 09 Estados brasileiros.
● 59% do território brasileiro
● 56 % da população indígena
brasileira está localizada nesse bioma
●1953 é criada, por Getúlio Vargas, a
Amazônia Legal órgão destinado a
planejar o desenvolvimento
econômico da região.
3v
Higrófila (amiga da umidade).
Latifoliada (folhas grandes) “Suvacão”
Perenifólia (sempre com folhas).
Ombrófila densa (escura, fechada).
Grande porte (vegetação alta - competição pela luz).
Raiz tabulada (solo pobre em matéria orgânica, lixiviado, laterizado).
Regime complexo - automanutenção.
3 estratos:
Bioma equatorial- Floresta, Hiléia Amazônica -
3v
3v
3 estratos: igapó, várzea e terra firme (caetê)
Bioma equatorial- estratos ou tipos de matas da Floresta, Hiléia Amazônica -
3v
caetê
Bioma equatorial- estratos ou tipos de matas da Floresta, Hiléia Amazônica -
palafitas
plantas
hidrófitas
plantas
higrófitas
3v
Igapó ou caaigapó, diretamente relacionadas ao rio; exemplos de
vegetação: Vitória Régia, Piaçava, Açaí, Cururu, Marajá, etc.
Obs.: plantas hidrófitas e higrófitas;
Bioma equatorial- Floresta, Hiléia Amazônica -
3vHidrografia da Amazônia- perfil horizontal dos rios da Amazônia -
3v
Mata de várzea, periodicamente inundada pelos rios; exemplos de
vegetação: Seringueira (hevea brasiliensis, utilizada para a extração
do látex), Cacaueiro, Sumaúma, Copaíba, etc.
Obs.: o látex teve/tem grande importância regional - na Região Norte,
relacionado ao Ciclo da Borracha (questão do Acre - Bolívia vs. Brasil);
Bioma equatorial- Floresta, Hiléia Amazônica -
3v
Mata de terra firme ou caaetê, parte da floresta de maior extensão
localizada nas áreas mais elevadas (baixos planaltos), que nunca são
atingidas pelas enchentes. Além de apresentar a maior variedade de
espécies, possui as árvores de maior porte. Área de ocorrência de
madeiras nobres, com alto valor comercial; como exemplos de
vegetação: Pau Rosa, Angelim, Caucho, Andiroba, Castanheira,
Guaraná, Mogno, Salsaparrilha, Sorva, etc.
Vegetação de
grande porte
Competição pela luz(desenvolvimento do
meristema primário)
Árvores com mais
de 60m
Bioma equatorial- Floresta, Hiléia Amazônica -
3vBioma equatorial
- Floresta, Hiléia Amazônica -
Obs.: floresta complexa, ou autossustentável (que sobrevive pela
automanutenção);
Solo pobre
Lixiviado
Laterizado(enriquecido de
óxidos de ferro e
alumínio)
Solo duro,
canga ou
pedra-pará
3v
Obs.: o domínio Amazônico apresenta um relevo caracterizado por terras
baixas e depressões. As “verdadeiras” planícies (onde predomina a
acumulação de sedimentos aluviais, ou de rio) ocorrem ao longo das bacias
dos diversos rios regionais, contrastando com os baixos planaltos (ou
platôs), também de origem sedimentar, mas em avançado processo de
erosão, que se destacam entre as depressões, formando o mosaico do relevo
da Amazônia.;
Bioma equatorial- domínio da Amazônia -
vista aérea
3v
Obs.: encontro das águas do Rio Negro e do Rio Solimões;
Bioma equatorial- Bacia do Amazonas -
O encontro do Rio
Solimões, já em terras
brasileiras, com o Rio
Negro, formam a partir
de Manaus - AM, o Rio
Amazonas (maior bacia
hidrográfica, rio mais
extenso e com maior
volume de água do
mundo).
Apresenta foz em
delta (formação de
ilhas - formação
sedimentar ou aluvial
- no Oceano
Atlântico), gerando a
Ilha de Marajó - PA.
3vBioma equatorial
- Bacia do Amazonas -
O Rio Amazonas, é um enorme coletor
das chuvas abundantes na região Norte
da América do Sul - localizado “sobre” a
linha do Equador, seus afluentes provêm
tanto do Hemisfério Norte (margem
esquerda), como o Negro, Trombetas,
Jari, Japurá, etc., quanto do Hemisfério
Sul (margem direita), como o Juruá,
Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, etc.
Esse fato explica o duplo período de
cheias anuais em seu médio curso.
O Rio Amazonas nasce na Cordilheira do Andes, no Peru, e deságua no
Oceano Atlântico, junto ao rio Tocantins no Delta do Amazonas (norte
brasileiro). Sua origem está nas cabeceiras do Rio Apurimac, na
Cordilheira dos Andes (regime complexo, pluvio-nival), a 5.567 metros
de altitude. A partir da nascente à foz, o Rio Amazonas recebe vários
nomes: Apurimac, Ene, Tambo e Ucayali, entre outros. Ao entrar no
território brasileiro, no município de Tabatinga - AM, é chamado de
Solimões, que se estende até a confluência com o Rio Negro, próximo
a cidade-capital de Manaus, onde enfim recebe o nome de Amazonas.
3v
Obs.: a usina hidroelétrica de Belo Monte, no curso do
Rio Xingu, próxima a cidade de Altamira - PA, é um
exemplo da tentativa de aproveitamento desse
potencial hidroelétrico, com grandes danos históricos,
sociais e ambientais envolvidos, ou desconsiderados no
processo de construção/instalação da usina;
Bioma equatorial- Bacia do Amazonas -
A maior bacia hidrográfica do mundo é a do Rio Amazonas (maior e
mais volumoso rio do mundo, sua bacia abrangem uma área igual ou
superior a 7.050.000km2). O Rio Amazonas foi responsável pelo
modo de ocupação e organização da região Norte do país;
caracterizando a principal via de acesso a floresta Amazônica.
O rio Amazonas (e alguns trechos de seus afluentes) é favorável à
navegação. Porém o potencial hidráulico dessa bacia é considerado
o mais elevado do Brasil; destacando sobretudo os afluentes da
margem direita que formam grande número de quedas e cachoeiras -
nas áreas de contatos entre o planalto Brasileiro - e as terras baixas
amazônicas.
Parte desse potencial hidroelétrico é questionado quanto a relação
custo benefício, relativizado, especialmente ao custo ou dano
ambiental.
3vBioma equatorial
- Bacia do Amazonas -
Obs1.: usinas hidrelétricas destaques: Balbina (1 - Rio Uatumã), Curuá-Una
(Rio Curuá-Una) e Samuel (Rio Jamari);
Obs1.: o Rio Amazonas, assim como o Rio Paraguai, são rios Internacionais, o
que dificulta ainda mais o controle e fiscalização;
2 - Hidrelétrica de
Três Cachoeiras
3 - Hidrelétrica de
Belo Monte
3 2
1
3v
Obs.: destaque para ilha do Bananal, maior ilha fluvial do mundo;
Rios Araguaia -
Tocantins
Maior bacia
totalmente
brasileira(energia voltada
para projetos
extrativo-minerais)
Bioma equatorial- Bacia do Araguaia-Tocantins -
3vBioma equatorial
- Bacia do Araguaia-Tocantins -
1
Obs.: a Hidroelétrica de Tucuruí (1 - localizada no Rio Tocantins), a segunda
maior do país, foi criada para abastecer os grandes projetos de extração de
minérios da região, como Carajás e Albrás.
3v
Obs.: maiores vilões, da degradação da Amazônia: pecuária
extensiva, garimpo, soja transgênica e a indústria madeireira;
Bioma equatorial- problemas ambientais -
Arco do desmatamento
A Amazônia Legal concentra mais da metade das queimadas
ocorridas no Brasil. Os focos de calor intensificam-se no período da
seca (meses de agosto e setembro), época de limpeza e preparo do
solo para o plantio.
Área atingida principalmente pelas queimadas que ocorrem desde a
década de 70, em virtude da expansão de novas fronteiras agrícolas.
Pecuária extensiva
3v
3v
Obs.: depois de derrubada, a floresta leva no mínimo 150 anos para se
regenerar;
A expansão agropecuária, mineradora e
urbana derrubou mais de 50% da
Amazônia em 30 anos.
Bioma equatorial- problemas ambientais -
3v
Quente e seco.
Precipitação inferior a 750 mm/a, com
chuvas irregulares e hidrografia
intermitente.
T média de 27°
Chuva característica é a chuva
orográfica (de relevo)
Clima Tropical Semiárido- Sertão Nordestino -
Obs.: o Sertão - Nordestino
apresenta Clima Tropical
Semiárido, pois está localizado
numa zona final de massas de ar, e
é agravado pela chuva orográfica
(da Chapada da Borborema),
constituindo a única área do Brasil
com risco de desertificação;
3vClima Tropical Semiárido
- chuva orográfica - provocada pelo relevo -
Obs.: a Chuva Orográfica - agrava, associada a Circulação Geral da
Atmosfera (região final de massas de ar), a semiaridez do Sertão
Nordestino;
Barlavento(lado úmido)
Sota-vento(lado seco)
3v
Barlavento(lado úmido)
Sota-vento(lado seco)
Caatinga(interior nordestino)
Zona da Mata(litoral nordestino)
Clima Tropical Semiárido- chuva orográfica - provocada pelo relevo -
Chapada da
Borborema
Obs.: a Chuva Orográfica - agrava, associada a Circulação Geral da
Atmosfera (região final de massas de ar), a semiaridez do Sertão
Nordestino;
Sertão
3v
A paisagem arbustiva típica do Sertão Nordestino, que dá o nome a
esse domínio geoecológico, é a Caatinga - caa = mata, e tinga =
branco.
Bioma da Caatinga- caatinga significa mata branca, esbranquiçada -
A Caatinga possui grande
heterogeneidade quanto ao seu
aspecto e à sua composição
vegetal.
Em algumas áreas, forma-se uma
mata rala ou aberta, com muitos
arbustos e pequenas árvores,
tais como juazeiro, aroeira,
baraúna etc.
Em outras áreas, o solo apresenta-se quase descoberto, proliferando os
vegetais xerófilos (com folha adaptada = ao espinho), como
as cactáceas (mandacaru, facheiro, xique-xique, coroa de frade etc.) e as
bromeliáceas (macambira).
É uma vegetação caducifólia, isto é, na época das secas as plantas perdem suas
folhas, evitando-se, assim, a evapotranspiração.
Obs.: os brejos (oásis do semiárido, incluindo o Agreste) são as mais importantes
áreas agrícolas do Sertão. Pois constituem áreas de maior umidade, localizadas
em encostas de serras ou vales fluviais, isto é, regatos e riachos. Suas
cabeceiras são formadas pelos “olhos-d’água”;
3v
Mata arbustiva de pequeno,
médio porte.
Espinhenta, espinho (folha
adaptada).
Esbranquiçada (alto albedo).
Espécies como cactos
Obs.: solo raso e pedregoso, vegetação com raízes profundas e com
grande capacidade de armazenamento de água;
Bioma da Caatinga- caatinga significa mata branca, esbranquiçada -
Xerófita
3v
Depressões intermontanas e interplanálticasObs.: presença de “inselbergs”;
Bioma da Caatinga- domínio do Sertão -
Os solos do Domínio da Caatinga são, geralmente, pouco profundos devido às
escassas chuvas e ao predomínio do intemperismo físico. Apesar disso,
apresentam boa quantidade de minerais básicos, fator que favorece a
agricultura. A limitação da atividade agrícola é representada pelo regime
incerto e irregular das chuvas, problema que poderia ser solucionado com a
introdução/prática de técnicas adequadas através da irrigação.
3v
Obs.: solo raso e pedregoso;
Legenda
A = solo arável
B = subsolo
C = regolito
R = rocha mãe
Caatinga Solo ideal
Bioma da Caatinga- domínio do Sertão -
3vBioma da Caatinga- domínio do Sertão -
No domínio das Caatingas predominam depressões interplanálticas,
exemplificadas pela Sertaneja e a do São Francisco.
A leste atinge o planalto de Borborema (PE) e a Chapada Diamantina (sul da
Bahia). A oeste estende-se até o Espigão Mestre e a Chapada das
Mangabeiras. Nos limites setentrionais desse domínio, localizam-se inúmeras
serras (rocha cristalina) ou chapadas residuais (rocha sedimentar), como
Araripe, Grande, Ibiapaba, Apodi, etc.
O interior do planalto Nordestino é uma área em processo de pediplanação,
isto é, a importância das chuvas é pequena (clima semiárido) nos processos
erosivos, predominando o intemperismo físico (variação de temperatura) e
ação dos ventos (erosão eólica), que vão aplainando progressivamente o
relevo (fragmentação de rochas e de blocos).
É comum no quadro geomorfológico nordestino a presença de inselbergs, que
são morros residuais, compostos normalmente por rochas cristalinas.
3v
A mais importante bacia hidrográfica do Domínio da Caatinga é a do Rio São
Francisco. Apesar de percorrer áreas de clima semiárido, é um rio perene,
embora na época das secas apresente um nível baixíssimo de águas. Rio de
planalto, apresenta, sobretudo em seu médio e baixo curso, várias quedas
d’´água, favorecendo a produção de energia elétrica (nas usinas de Paulo
Afonso, Sobradinho, como exemplo).
A maior parte de seus afluentes são intermitentes ou temporários, reflexo
das condições climáticas locais.
Além do Rio São Francisco, existem vários outros rios que drenam a
Caatinga: os rios intermitentes da bacia do Nordeste como o Jaguaribe,
Acaraú, Apodi, Piranhas, Capibaribe, etc.
Convém lembrar que o rio São Francisco possui três relações regionais
importantes, podendo ser chamado de:
Bioma da Caatinga- Rio São Francisco -
• Rio dos Currais: devido ao desenvolvimento da
pecuária extensiva no Sertão.
• Rio da Unidade Nacional: devido ao seu trecho
navegável, ligando o Sudeste ao Nordeste, sendo
as regiões mais importantes na fase colonial.
• Rio Nilo Brasileiro: devido à semelhança com o
rio africano, pois nasce numa área úmida (MG -
Serra da Canastra) e atravessa uma área seca,
sendo perene. Além de apresentar o sentido Sul-
Norte e ser exorréico.
3v
Obs.: usinas destaques: Moxotó, sobradinho e Paulo Afonso;
São “Chico”
Nilo Brasileiro
Rio dos Currais
Unidade Nacional
Bioma da Caatinga- Rio São Francisco -
3vBioma da Caatinga- Rio São Francisco -
1 - Hidrelétrica de
Três Marias
2 - Hidrelétrica de
Sobradinho
3 - Hidrelétrica de
Paulo Afonso
4 - Hidrelétrica de
Luiz Gonzaga(Itaparica)
1
2
2
4 1
3vBioma da Caatinga- Polígono das secas -
Obs1.: o Polígono das Secas
abrange todos Estados do
Nordestes, menos o Maranhão,
porém inclui o Norte do Estado de
Minas Gerais (Vale do
Jequitinhonha);
O Polígono das Secas é a área de
menor precipitação ou mais árida
do território nacional. Abrange
áreas além dos limites da Região
Nordeste. A presença de rochas
cristalinas (impermeáveis) e
solos rasos dificulta a formação
do lençol freático em algumas
áreas, acentuando o problema da
seca.
Obs2.: aproximadamente 60% da população nordestina vive em áreas
ameaçadas pelo processo de desertificação;
3vBioma da Caatinga- Polígono das secas -
A pobreza regional, o
subdesenvolvimento, a seca
podem ser melhor explicadas
pelas causas históricas e sociais.
As arcaicas estruturas
socioeconômicas regionais tais
como a estrutura fundiária, o
predomínio da agricultura
tradicional de exportação
(especialmente no litoral), os
sucessivos governos controlados
pelas elites locais, os baixos
níveis salariais, o analfabetismo,
a baixa produtividade nas
atividades econômicas, etc.,
revelam o subdesenvolvimento
nordestino melhor que as causas
naturais.
Obs.: A seca é apenas mais uma agravante, que poderia ser
solucionada com o progresso socioeconômico regional, ou vontade
política;
3vBioma da Caatinga- Transposição do - Rio São Francisco -
A Região Nordeste é marcada por
projetos de irrigação/açudes que
pretendem reduzir a carência de água.
Entre as cidades vizinhas e separadas
pelo rio São Francisco, Petrolina (PE) e
Juazeiro (BA), encontramos um bom
exemplo do uso das águas fluviais,
onde o clima semiárido foi mitigado
pelo uso da irrigação controlada,
processo que favorece o controle de
pragas, e o cultivo de frutas para. O
projeto consiste na captação das água
do Rio São Francisco para a
“perenização” de alguns rios nos
estados do Ceará e do Rio Grande do
Norte que fazem parte da bacia do
Nordeste (eixo norte), e por meio do
eixo leste abastecer vários açudes nos
estados de Pernambuco e da Paraíba.
Além da transposição, o governo
federal está promovendo, de maneira
tímida, a revitalização de algumas
áreas da bacia do rio São Francisco.
3vBioma da Caatinga- Transposição do - Rio São Francisco -
Por outro lado, críticas contra as obras de Transposição do Rio São
Francisco afirmam que a obra é nada mais que uma “transamazônica
hídrica” - alusão a “indústria da seca”, e que além de demasiado cara a
transposição do rio não será capaz de suprir a necessidade da população da
região, uma vez que o problema não seria o déficit hídrico que não existe, o
problema seria a má administração dos recursos existentes uma vez que a
maior parte da água é destinada a irrigação e que diversas obras, que
poderiam suprir a necessidade de distribuição da água pela região, estão há
anos inconclusas.
3vSubdivisão da Região Nordeste- divisão biomática, histórica e econômica -
Sertão- seco -
Caatinga
Meio-Norte- ecótone* -
Matas dos
Cocais
Zona da Mata- úmida -
Mata Atlântica
Agreste- ecótone* -
brejos
*Obs.: geralmente transição entre áreas úmidas e secas;
3vSubdivisão da Região Nordeste- divisão biomática, histórica e econômica -
A Zona da Mata ou litoral nordestino é
a sub-região mais industrializada,
mais populosa, destacando-se o solo
de massapé (calcário e gnaisse), com
aproveitamento para as tradicionais
lavouras comerciais de cana e cacau*
(cultivos exóticos).
O Agreste é uma área de transição ou
ecótone entre o litoral úmido e o
interior seco, com rios intermitentes,
com destaque aos brejos, e apresenta
pequenas propriedades policulturas,
voltadas ao abastecimento da
população litorânea. Entre as
cidades que se desenvolveram
associadas a essa prática estão as
cidades como Feira de Santana,
Caruaru e Campina Grande, como
exemplos.
*Obs.: o cacau é um cultivo exótico - amazônico, que preservou, em parte a
Mata Atlântica, especialmente no Sul da Bahia, e no Espírito Santo;
3vSubdivisão da Região Nordeste- divisão biomática, histórica e econômica -
Obs.: geralmente transição entre áreas úmidas e secas;
O Sertão é marcado pela pecuária
extensiva, praticada em grandes
propriedades - latifúndios, ao longo
dos canais fluviais - rios, com
destaque o Rio São Francisco; rio
perene que atravessa o Sertão,
proporcionando ainda a produção de
energia, em diversas usinas como a
de Três Marias, Sobradinho, Paulo
Afonso, e mais recentemente a
hortifruticultura ao logo de seu
curso.
Já o Meio-Norte, ou área das Mata
dos Cocais apresenta grandes
propriedades relacionada ao
extrativismo vegetação, em especial,
do babaçu e a carnaúba (árvore da
vida); que são tipos de coqueiros com
tradicional importância e
aproveitamento econômico regional.
3v
Obs.: bacia localizada na divisa do Maranhão e do Piauí, tendo como
usina destaque a Usina de Boa Esperança;
Bioma da Caatinga- Rio Paranaíba -
“Delta das Américas”
3vBioma da Caatinga- Rio Paranaíba -
1 - Hidrelétrica de
Boa Esperança
1
3v
A Mata dos Cocais é composta por
babaçu, carnaúba (árvore da vida),
oiticica e buriti; estabelece-se entre
a Amazônia e a caatinga,
abrangendo os estados do Maranhão,
Piauí e norte do Tocantins.
Nas áreas mais úmidas do Meio-
Norte, que se encontram no
Maranhão, Norte do Tocantins e
oeste do Piauí, ocorre o
desenvolvimento de uma espécie de
coqueiro ou palmeira chamada de
babaçu. Essa planta possui uma
altura que oscila entre 15 e 20
metros. O babaçu produz amêndoas
que são retiradas de cachos de
coquilhos dos quais é extraído um
óleo com uso difundido na indústria
de cosméticos e alimentos.
Meio Norte- Bioma da Mata dos Cocais -
Obs.: diferente do Sertão o Meio Norte apresenta maior pluviosidade, solo
mais fértil e lençol freático pouco profundo, preservando maior umidade,
aumentando o potencial fértil do solo;
3v
Nas regiões mais secas do
Meio-Norte, que se estabelecem
no leste do Piauí, e nas áreas
litorâneas do Ceará, ocorre
outra característica vegetal, a
carnaúba. Carnaúba é uma
árvore endêmica que pode
alcançar aproximadamente 20
metros de altura, das folhagens
se extrai a cera e a partir dessa
matéria-prima são fabricados
lubrificantes, a cera também é
usada em perfumarias, na
confecção de plásticos e
adesivos.
Meio Norte- Bioma da Mata dos Cocais -
Obs.: a Mata dos Cocais encontra-se risco de extinção, sua área está sendo
invadida por pastagens, voltadas a pecuária extensiva, lavouras de soja,
especialmente no Sul do Maranhão e Norte de Tocantins, e por projetos
minerais, como o Programa Grande Carajás, criado em 1980 pela Vale do Rio
Doce, para a extração e transporte de minérios em terras do Maranhão, Pará
e Tocantins;
3v
Obs1.: extensão ao longo de
todo litoral brasileiro, menos o
litoral do Rio Grande do Sul;
A vegetação é adaptada a
salinidade, com raiz escora
ou aéreas (respiratória).
Faixa de transição ou ecótone, localizado nas zonas úmidas características
de regiões tropicais e subtropicais, associadas às margens de baías,
enseadas, barras, desembocaduras, encontro de águas, foz de rios, lagunas,
ou reentrâncias costeira com o mar.
Mangue- transição entre o continente e o mar -
Apresenta solo lodoso com alta salinidade,
onde as plantas são halófitas. O solo é
pobre em oxigênio e rico em nutrientes,
matéria orgânica. Essa matéria orgânica
serve de alimento à base de uma extensa
cadeia alimentar, que sustenta diversas
espécies de crustáceos, moluscos e peixes.
Obs2.: o mangue é considerado
o “berçário” do oceano;
3v
Ameno e úmido
Precipitação maior que 2000 mm/a
T média de 22°
Primeira área de colonização europeia
Zona da Mata na Região Nordeste
Área mais populosa, mais povoada, mais
urbanizada e mais industrializada do
Brasil
Clima Tropical Úmido- litorâneo -
Obs1.: o Clima Tropical Úmido sofre ação
da maritimidade, pela sua localização ao
longo da costa do Atlântico e pela atuação
mais expressiva da mTa, aumentando sua
umidade/precipitação e tornando as
temperaturas mais agradáveis/amenas;
Obs2.: o período de chuvas na
Zona da Mata correspondem aos
períodos de outono e inverno;
3v
Área de maior concentração
populacional e industrial no Brasil.
As áreas mais preservada encontram-
se na encosta (ou vertente das
“Serras” litorâneas), mais úmidas do
relevo.
Na região Sudeste, devido a maiores
altitudes, o clima sofre influência da
altitude, apresentando médias
térmicas anuais mais baixas, entre 14
°C e 22 °C. As chuvas concentram-se
no verão, que é muito quente, uma vez
que o inverno, quando as médias
térmicas são mais baixas, por
influência conjunta da altitude e da
massa de ar Polar Atlântica (mPa) há
menor disponibilidade de umidade
regional.
Clima Tropical Úmido- litorâneo -
3v
O aspecto característico do Domínio dos Mares de Morros encontra-se no
relevo e nos processos erosivos - intemperismo químico/água (umidade).
O planalto Atlântico (classificação de Aroldo Azevedo) é a unidade do relevo
que mais se destaca; apresenta terrenos cristalinos antigos, datados do pré-
cambriano, correspondendo ao Escudo Atlântico. Nesse planalto estão
situadas as terras altas do Sudeste, constituindo um conjunto de saliências
ou elevações, abrangendo áreas que vão do Espírito Santo a Santa Catarina.
Entre as várias serras regionais como a do Mar, Mantiqueira, Espinhaço,
Geral, Caparaó ( destacando o Pico da Bandeira com 2 890m de altura), etc.
A erosão, provocada pelo clima Tropical Úmido, associada a um
intemperismo químico significativo sobre os terrenos cristalinos
(granito/gnaisse), é um dos fatores responsáveis pela conformação do
relevo, com a presença de morros com vertentes arredondadas (formação de
morros em Meia Laranja, Pães-de-Açúcar).
Clima Tropical Úmido- Domínio de Mares de Morros -
Esse domínio geoecológico localiza-se
na porção oriental do País, desde o
Nordeste até o Sul. Na região Sudeste,
penetra para o interior, abrangendo o
centro-sul de Minas Gerais e São
Paulo. Apresenta relevo mamelonar
esculpido pelo clima Tropical Úmido
em áreas de rochas cristalinas (Sul de
Minas e Vale do Paraíba).
3v
Relevo Mares de Morros, ou Mamelonar, ou formação de Topos
Convexos, ou formação Meia Laranja ou formação Pão-de-Açúcar.
Clima Tropical Úmido- Domínio de Mares de Morros -
Rio de Janeiro - BR
3v
Entre a “Serra” do Mar e a da
Mantiqueira, localiza-se a depressão
do rio Paraíba do Sul (vale do Rio
Paraíba) formada a partir de uma
fossa ou falha tectônica.
Obs.: fossas tectônicas são
formadas através da epirogênese,
geralmente representam a
acomodação de terrenos mais
antigos no relevo;
Clima Tropical Úmido- Domínio de Mares de Morros -
Epirogênese
Obs.: epirogênese forma falhas, vales, ocorrendo o soerguimento ou
subsidência do relevo;
3v
A principal paisagem vegetal desse domínio é
representada pela Mata Atlântica ou Floresta
Latifoliada Tropical.
Essa formação florestal ocupava as terras desde
o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul
(especialmente nos vales úmidos fluviais),
cobrindo as escarpas voltadas para o mar e os
planaltos interiores do Sudeste. Apresentava, em
muitos trechos, uma vegetação imponente, com
árvores de 25 a 30 metros de altura, como
perobas, pau-d'alho, figueiras, cedros, jacarandá,
jatobá, jequitibá, etc.
A Mata Atlântica apresenta a maior
biodiversidade por hectare do mundo (variedade
de espécies/km2).
Com o processo de ocupação dessas terras
brasileiras, essa floresta sofreu grandes
devastações. No início, foi a extração do pau-
brasil; posteriormente, a agricultura da cana-de-
açúcar (Nordeste) e a do café (Sudeste).
Bioma da Mata Atlântica- Zona da Mata no Nordeste -
Obs.:. vegetação mais degrada do Brasil,
menos de 5% da área original;
3v
Na Zona da Mata Nordestina encontra-se um solo de grande
fertilidade, denominado Massapé; formado da decomposição do
gnaisse, rocha metamórfica originada da deformação de
sedimentos arcósicos ou granito.
No Sudeste, ocorre a presença de um solo argiloso de razoável
fertilidade, formado, principalmente, pela decomposição do granito,
ou do gnaisse, em climas úmidos, denominado Salmourão.
É o domínio morfoclimático brasileiro mais sujeito aos processos
erosivos, consequência do relevo acidentado e da ação de Clima
Tropical Úmido. O intemperismo químico atinge profundamente as
rochas dessa área, formando solos profundos, intensamente
trabalhados pela ação das chuvas e enxurradas.
É comum a ocorrência de deslizamentos, causados pela destruição
da vegetação natural, práticas agrícolas inadequadas,
impermeabilização dos solos pelo avanço da urbanização, etc.
A ocupação desordenada das encostas dos morros, o que configura
área de risco, especialmente, na Região Sudeste, destacando o
Estado e a Cidade do Rio de Janeiro provoca diversos
deslizamentos na regiões carentes da mancha urbana - nas favelas.
Clima Tropical Úmido- Domínio de Mares de Morros -
3v
Fatores que explicam o processo de degradação/destruição da
Mata Atlântica no Brasil: ciclo do pau-brasil, cultivo da cana-de-
açúcar (especialmente na Região Nordeste), cultivo de café, os
processos de urbanização (relacionado hoje a ocupação de
encostas) e a industrialização.
Obs1.: a expansão da periferia
urbana, da favela;
Obs2.: retirada da vegetação na
encosta agrava a área de risco;
Clima Tropical Úmido- Domínio de Mares de Morros -
3v
maior declividade
curvas de nível
mais próximas
(mais abrupto).*
Equidistância: 50m
Curvas de nível ou isoípsasEquidistância: 100m
Depressão
“Os valores
diminuem
para dentro”
Elevação
“os valores
aumentam
Para dentro”.
*áreas de risco
3vÁreas de risco- erosão de encosta -
Área vegetada = + infiltração
- erosão
A vegetação, raiz, “fixa” o solo
no chão.
Solo exposto = - infiltração
+ escoamento
+ erosão
área de risco
3v
As áreas de maior risco são: América Central, América do Sul (exceto Chile,
e Argentina), Caribe (exceto Cuba e Ilhas Caymam), América do Norte
(México), África, Austrália, China, Ilhas do Pacífico, Índia, Sudeste Asiático
e Taiwan.
Dengue, Chikungunya e Zika- zonas de incidência do Aedes Aegypti -
3vDengue, Chikungunya e Zika
- área de proliferação Aedes Aegypti por região -
Referência 2016
Obs.: outro aspecto preocupante é a combinação do clima quente e
úmido associado ausência de cuidados - prevenção/combate ao
aumento da população de insetos.
3v
As terras altas do Sudeste dividem as
águas - formam o interflúvio - de várias
bacias hidrográficas: bacia do São
Francisco, bacia Paranaica (rios
Grande, Tietê, etc.), bacias
Secundárias do Leste (rios Paraíba do
Sul, Doce) bacia do Sul.
A maior parte dos rios são planálticos,
encachoeirados, com grande número
de quedas ou saltos, corredeiras e
com elevado poder de erosão. O
elevado potencial hidráulico também é
elevado, não somente dos rios das
bacias Paranaica e São Francisco, mas
também de vários rios de maior
extensão que correm diretamente para
o mar (bacias Secundárias).
Esses rios apresentam cheias de verão
e vazante de inverno característicos
do regime pluvial tropical).
Clima Tropical Úmido- hidrografia -
Obs.: Minas Gerais é o
principal interflúvio ou
divisor de águas do Brasil;
3vClima Tropical Úmido- Hidrografia Bacia do Leste -
Ciclo do Café
Área de intensa
mineração
3v
Precipitação entorno de 1500 mm/a
T 25°
Alternado úmido e seco
Verão - chuvoso
Inverno - seco
Obs.: a consequência da continentalidade é a elevação da temperatura e a
redução da umidade (o clima torna-se mais quente e mais seco comparado
ao do litoral);
Duas estações bem definidas:
Clima Tropical Semiúmido- influência da continentalidade/interior do Brasil -
3v
Obs.: o Cerrado, que abrange 20% do território nacional, abrangendo não
somente a maior parte da região Centro-Oeste, mas também trechos de Minas
Gerais, parte Ocidental da Bahia, porção Sul do Maranhão e do Piauí.
Apresenta dois estratos bem definidos, sendo um arbóreo-arbustivo, com
espécies como o pau-santo, lixeira, pequi, e outro de gramíneas e vegetação
rasteira com várias espécies de capim, com espécies como barba-de-bode,
flechinha, colonião, gordura, etc. As árvores de pequeno porte, com troncos e
galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, denotam raquitismo e
lençol freático profundo;
Bioma do Cerrado, Savana- segundo maior bioma do Brasil -
Dois estratos: arbóreo (árvores retorcidas)
rasteiro (herbáceo, gramíneas)
3v
3v
A mecanização intensiva, associada a pecuária extensiva tem aumentado a
erosão e a compactação dos solos do Cerrado. A região tem sido devastada
nas últimas décadas pela agricultura comercial transgênica (com destaque
para a soja).
Bioma do Cerrado, Savana- fitofisionomias e degradação da paisagem -
ecótone
3vBioma do Cerrado, Savana
- biodiversidade-
3v
Obs1.: o domínio do Cerrado geologicamente é constituído por terrenos
cristalinos (chamadas “serras”, mais antigos) e sedimentares (chamada de
chapadas, chapadões), apresentando solos muito precários, ácidos (quanto
mais antigos, mais ácido), muito porosos, altamente lixiviados e laterizados;
Domínio do Cerrado- chapada e chapadão - planalto sedimentar
Obs2.: no domínio do Cerrado predominam os solos pobres e bastante ácidos
(pH abaixo de 6,5). São solos altamente lixiviados e laterizados, que, para
serem utilizados na agricultura, necessitam de corretivos; utiliza-se
normalmente o método da calagem, que é a adição de calcário ao solo,
visando à correção do pH;
3vBioma do Pantanal/Chaco
- Bacia do Rio Paraguai -
O Pantanal é a maior planície inundável do mundo,
com altitudes variando de 80 a 150 metros, inserida
na parte central da bacia hidrográfica do Rio
Paraguai. É uma depressão geográfica circundada
pelos planaltos da bacia. As partes altas têm
altitudes entre 200 e 1.000 metros.
Ao todo, a bacia transfronteiriça, abrange uma área
de 624.320 km2, sendo aproximadamente 62% no
Brasil, 20% na Bolívia e 18% no Paraguai, com
recursos hidrológicos importantes para o
abastecimento das cidades, onde vivem
aproximadamente três milhões de pessoas.
As chuvas ocorrem com maior frequência nas cabeceiras dos rios que
deságuam na planície. Com o início do trimestre chuvoso nas regiões altas (a
partir de novembro - característico do clima Tropical Semiúmido), sobe o
nível de água dos rios, provocando as enchentes.
O mesmo ocorre paralelamente com o Rio Paraguai, não havendo como
escoar toda a água acumulada. As águas se espalham e cobrem,
continuamente, vastas extensões em busca de uma saída natural, que só é
encontrada centenas de quilômetros adiante, no encontro com o Rio Paraná,
que deságua no Rio (estuário) da Prata e este, no Oceano Atlântico, fora do
território brasileiro. As cheias chegam a cobrir até 2/3 da área pantaneira.
3vBioma do Pantanal/Chaco
- Bacia do Rio Paraguai -
Obs.: o projeto da construção da Hidrovia Rio Paraná-Paraguai ameaça o
Pantanal (Chaco), pois o aprofundamento do talvegue para melhor
navegação inibiria a inundação do Rio Paraguai (quebrando o ciclo do
Pantanal);
3vBioma do Pantanal/Chaco
- Bacia do Rio Paraguai -
A vegetação pantaneira é bastante variada pois está localizada em uma faixa
de transição entre o Cerrado (principalmente a Leste), Floresta Amazônica
(principalmente ao Norte), Campos (principalmente ao Sul) e Mata Atlântica
que se aproxima através de Matas Galerias, e dos vales úmidos de rios.
O período chuvoso resulta em
enchentes/transbordamentos do Rio Paraguai
pois o relevo, de planície, é muito plano e,
embora o volume de chuvas não seja tão intenso,
a água que flui lentamente acaba transbordando
e depositando sedimentos que fertilizam os solos.
Formam-se baías (lagos temporários) e os peixes
aprisionados nelas tornam-se alimento para os
pássaros que habitam a região ou os que estão
de passagem em direção à Argentina ou
retornando ao Canadá. Alguns peixes morrem
nestes lagos e acabam fertilizando os solos.
Segue-se um período de seca e parte da
vegetação também seca. Quando as chuvas
retornam e caem sobre o solo seco e poroso
(e agora fertilizado naturalmente) o
rebrotamento da vegetação e o Pantanal
torna-se verde novamente.
3v
Obs.: uma das principais ameaças ambientais para o Bioma do Pantanal é a
construção da hidrovia Paraná-Paraguai (de interesse especial da Bolívia e
do Paraguai), além do avanço da pecuária extensiva e culturas transgênicas;
Bioma do Pantanal/Chaco- Bacia do Rio Paraguai -
A fertilização resultante das inundações permite a existência de uma
vegetação variada e de grande biodiversidade que abriga um grande número
de espécies de animais (sucuri - que chega a ter 4,5 metros, capivara,
tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, lobinho, veado mateiro, jacarés, tuiuiú,
entre outros.). Existem cerca de 230 espécies de peixes, destacando-se a
piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado
3v
Precipitação superior a 1500mm/a
Chuvas bem distribuídas ao longo do ano
T 18° (maior amplitude térmica anual
nacional)
Clima mais frio do Brasil
Clima Temperado - Subtropical - ao Sul do Trópico de Capricórnio -
Obs.: o Clima Temperado - Subtropical Úmido não apresenta quatro
estações bem definidas;
maior amplitude
térmica anual
do Brasil
3v
O clima Temperado Subtropical ao contrário
dos demais climas brasileiros, pode ser
classificado como mesotérmico, isto é,
temperaturas médias, não muito elevadas, com
maior amplitude térmica anual.
As chuvas são bem distribuídas durante o ano
todo. Os índices pluviométricos são elevados,
variando de 1250 a 2000mm/a. Durante o verão
elas são provocadas pela massa de ar Tropical
Atlântica (mTa). No inverno, é frequente a
penetração da massa Polar Atlântica (mPa),
ocasionando chuvas frontais, precipitações
causadas pelo encontro da massa quente (mTa)
com massa fria (mPa).
A forte influência da massa de ar Polar
Atlântica principalmente no outono e no
inverno, é responsável pela formação de
geadas, precipitação de neve e paisagens
europeias em cidades como São Joaquim/SC,
Gramado e São José dos Ausentes/RS, chuvas
frontais e redução brusca da temperatura.
Clima Temperado - Subtropical - ao Sul do Trópico de Capricórnio -
3v
Massa de ar
quente - mTa
ou mTc
Massa de ar
frio - mPa
Clima Temperado - Subtropical - chuva frontal, encontro massas de ar -
Obs.: o choque de massas de ar, frente fria versus frente quente
provoca chuvas intensas, pela “rampa” formada, favorecendo a
ascendência do ar mais quente e úmido, podendo ocasionar granizo,
saraiva, fortes ventos, além da inversão térmica natural;
3vInversão térmica
Quando da ocorrência de uma inversão
térmica há a concentração dos
poluentes e agravamento das doenças
respiratórias pelo sentindo descendente
do ar, massa de ar fio. Esse fenômeno é
típico ou natural na Região Sul,
provocado pela massa Polar atlântica
(mPa), conhecida como “Minuano”.
Numa situação normal os poluentes
ascendem juntamente com a massa
de ar quente, ocorrendo a dispersão
dos poluentes na atmosfera.
Situação normal Inversão térmica
Ar quente
- zona de calor -
Ar frio
Ar mais frio Ar frio
Ar quente
Ar frio
- zona de calor -
3v
Obs.: vilões do Domínio das Araucárias são a imigração ítalo-
germânica, a indústria madeireira (pinos e imbuia) e a
agropecuária comercial (soja e trigo especialmente);
Domínio das Araucárias- Mata dos Pinhais, Pinheiro Paraná (conífera) -
• Os pinheiros apresentam folhas em forma de agulha (aciculifoliadas).
• Ocupam principalmente os Planaltos Meridionais do Brasil.
• Não é uma floresta homogênea porque possui manchas de vegetais
latifoliados.
• Apresenta semente comestível, o pinhão.
• É uma formação vegetal menos densa (mata aberta, passagem da luz).
• Área de solos férteis (decomposição do basalto), solo de terra roxa.
• Foi intensamente devastada (segundo bioma mais degradado do Brasil)
• Área de colonização europeia no século XIX e XX (principalmente por
imigrantes italianos e alemães).
O Domínio das Araucárias apresenta o
predomínio da mata/floresta aciculifoliada
subtropical ou Mata das Araucárias.
Originalmente, localizava-se das terras
altas (Planalto Meridional, ou Planaltos e
Chapadas da Bacia do Paraná) de São Paulo
até o Rio Grande do Sul, sendo o único
exemplo brasileiro de conífera. Também
denominada Mata dos Pinhais, apresenta as
seguintes características gerais:
3vDomínio das Araucárias- Mata dos Pinhais, Pinheiro Paraná (conífera) -
3v
O Domínio das Araucárias é drenado,
principalmente, por rios pertencentes às bacias
Paranaica e do Uruguai (alto curso).
São rios de planaltos com belíssimas cachoeiras e
quedas, o que lhes confere um elevado potencial
hidráulico.
Embora o Paraná apresente um regime tropical,
com cheias de verão (dezembro a março), a maior
parte dos rios desse domínio possui regime
subtropical (Uruguai, por exemplo), com duas cheias
e duas vazantes anuais, apresentando pequena
variação em sua vazão, consequência do regime de
chuvas, bem distribuído durante o ano todo.
Domínio das Araucárias- Bacia do Paraná e alto curso da Bacia do Rio Uruguai -
Resumidamente temos:
• Bacias do Rio Paraná (em parte) e do Rio Uruguai (alto curso).
• Os afluentes da margem esquerda do Rio Paraná se formam nos planaltos e
nas serras da porção oriental das regiões Sudeste e Sul; portanto, correm de
leste para oeste (sentido da cuesta).
• A bacia hidrográfica do Rio Paraná possui o maior potencial hidrelétrico
instalado no País.
• Há uma hidrovia do Tietê–Paraná instalada, .
• O Rio Uruguai e o Rio Iguaçu apresentam exclusivamente regime
subtropical.
3vDomínio das Araucárias- Bacia do Rio Paraná -
Sete Quedas do Iguaçu
Tríplice fronteira
- zona de extrema vigilância -
3vDomínio das Araucárias- Bacia do Rio Paraná -
2 - Complexo de Urubupungá
1 - Hidrelétrica de Itaipu(usina binacional - Brasil e Paraguai)
1
2
2 2
2
2
2
2
3vDomínio das Araucárias- Bacia do Rio Uruguai -
Rio de fronteira
Obs.: usinas destaque de
Itá (1) e Pai Querê (2) -
ambas biestaduais ( entre
o Rio Grande do Sul e
Santa Catarina); Rio Uruguai
1
2
3v
Localizado nas áreas mais altas do Centro-Sul do
País, sobretudo nos Estados do Paraná, de Santa
Catarina e do Rio Grande do Sul.
Seu relevo o abrange áreas pertencentes ao
Planalto Meridional do Brasil (classificação de
Aziz Ab’Saber), onde as altitudes variam entre
800 e 1300 metros; apresentando terrenos
sedimentares formados no Paleozoico,
recobertos, em parte, por lavas/rochas
vulcânicas, destacando o basalto, formadas no
Mesozoico.
Domínio da Araucárias- Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná -
No entorno desse planalto arenito-
basáltico, encontramos diversas
depressões periféricas e cuestas.
Cuestas são relevos salientes,
formados pela erosão diferencial, ou
seja, ação erosiva sobre rochas de
diferentes resistências; apresentam
uma vertente inclinada, denominada
frente ou front e um reverso suave.
Essas frentes de cuestas são
chamadas “Serras” Geral, Botucatu,
Esperança, etc.
3vRelevo Subtropical
- “Serra” ou melhor Planalto basáltico -
Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná (formação arenito-basáltico), com
desenvolvimento de solo fértil de “terra roxa”. O processo de imigração ítalo-
germânico, o desenvolvimento da urbanização e a ocupação do espaço a partir
da indústria madeireira associada a expansão da agricultura comercial (soja,
trigo e milho), degradaram a paisagem do Domínio das Araucárias.
Basalto
3v
O Domínio das Pradarias, também conhecido como Campanha Gaúcha ou
Pampas, abrange vastas áreas (Centro-Sul) do Rio Grande do Sul,
constituindo-se em um prolongamento dos Campos ou Pradarias do Uruguai e
Argentina pelo território brasileiro.
Domínio das Pradarias (Campos)- Campanha, coxilhas ou pampa -
O centro-sul do Rio Grande do Sul é marcado por baixa densidade
demográfica, pelo Clima Subtropical, com destaque para a mPa, aqui
chamada de “Minuano”, e por uma economia que apresenta cultivos
mecanizados (soja) ou grandes estâncias com pecuária extensiva. O
povoamento é de origem ibérico-lusitana nessa região.
3v
A paisagem vegetal típica é constituída
pelos Campos Limpos ou Pampas, onde
predominam gramíneas, cuja altura
varia de 10 a 50 cm aproximadamente.
Nos vales fluviais, surgem capões de
matas (matas de galerias ou ciliares)
que quebram a monotonia da paisagem
rasteira, formando verdadeiras ilhas de
vegetação em meio aos campos.
Domínio das Pradarias (Campos)- Campanha, coxilhas ou pampa -
Obs.: essa é a vegetação
brasileira (natural) mais favorável
à prática da pecuária, tradicional
atividade dessa região;
A maior extensão de campos
naturais no Brasil encontra-se no
Estado do Rio Grande do Sul. São
as formações predominantemente
herbáceas, com extensos banhados
ao redor de lagos e lagunas, na
região costeira, e campos naturais
de gramíneas no interior,
entremeados por Matas
Subtropicais (vegetação mista) e
Florestas de Araucária.
3vDomínio das Pradarias (Campos)- Campanha, coxilhas ou pampa -
Obs.: o bioma de Pradarias ou Campos abrange 65% do território gaúcho;
3v
Processo de
arenização
Domínio das Pradarias (Campos)- Cuesta de Haedo -
Planaltos e Chapadas da
Bacia do Paraná
Este domínio engloba três unidades do relevo brasileiro: Planaltos e Chapadas da Bacia
do Paraná (Norte e Oeste), Depressão Periférica Sul-rio-grandense (centro) e o Planalto
Sul-rio-grandense (Sul e Leste).
Trata-se de um baixo planalto cristalino com altitudes médias entre 200 e 400 metros,
onde se destacam conjuntos de colinas onduladas denominadas coxilhas, ou seja,
pequenas elevações onduladas. As saliências mais significativas (cristas), de maior
altitude, são chamadas regionalmente de cerros.
No litoral do Rio Grande do Sul são comuns as lagunas costeiras (Patos, Mirim e
Mangueira), limitadas do oceano pelas restingas, as faixas de areia depositada
paralelamente ao litoral, graças ao dinamismo oceânico, formando um “aterro” natural.
3vDomínio das Pradarias (Campos)- Cuesta de Haedo - arenização -
A cobertura de gramíneas é degradada em parte por fatores naturais, relacionadas ao
intemperismo, e também por ações antrópicas, destacando a pecuária extensiva e a
agricultura comercial, especialmente o cultivo da soja, promovendo o afloramento de
arenito, ou a arenização da paisagem com perda de fertilidade do solo.
Basalto
Basalto
Arenito Botucatu
Arenito Botucatu
Depósitos arenosos
Arenito aflorado
Blocos de arenito
Blocos de arenito
Campos, gramíneas
Degradação da cobertura de campos, gramíneas
Voçorocas
3vDomínio das Pradarias (Campos)- Cuesta de Haedo - arenização -
A utilização do conceito de desertificação é considerado inadequado para a
região, porque ela não apresenta um clima árido ou semiárido, como
também não existem evidências de que o processo estaria alterando o clima
regional, sendo assim o termo mais indicado, segundo a pesquisadora Dirce
Suertegaray, é arenização.
O geógrafo José Bueno Conti utiliza o termo desertificação ecológica, que
corresponde ao processo interativo entre o homem (uso predatório dos
recursos naturais por meio da agricultura e da pecuária) e o meio ambiente
(área de Clima Subtropical Úmido - com afloramento de areais, e campos de
dunas do arenito Botucatu).
3v
Faixa de maior intensidade de
desmatamento
Intensificação de processos
erosivos
Área do Polígono da Seca
Área com risco de
desertificação
Domínio das Pradarias (Campos)- Cuesta de Haedo - arenização -
No Rio Grande do Sul temos a
arenização que é o processo de
degradação do solo resultante tanto
do intemperismo, quanto das
atividades antrópicas (como a
pecuária extensiva ou o plantio de
soja).
Semiárido
- desertificação -
Subtropical
- arenização -
3vDomínio das Pradarias (Campos)- hidrografia do Pampa Gaúcho -
Envolve partes das bacias hidrográficas do Rio Uruguai e do Sudeste e Sul. Os rios
desse domínio são perenes mas de baixa densidade hidrográfica, com traçados
meândricos (curvas, como o Rio dos Sinos), favoráveis à navegação.
Alguns correm para o Leste (bacia Secundária do Sul), desaguando nas lagunas
litorâneas como dos Patos (maior do Brasil), Mangueira e Mirim. Os Rios Jacuí (com foz
no Lago Guaíba) e o Camaquã (com foz na Laguna dos Patos) são exemplos. Outros
correm em direção ao Oeste (bacia do Rio Uruguai), como os Rios Quaraí, Ijuí, etc.
3v
AmazônicoTerra baixas, Floresta Equatorial (com três
estratos) e solo pobre - canga (lixiviado, laterizado)
CerradosChapadas tropicais interiores com Cerrados e
Matas-Galerias. Seu solo é ácido (muito antigo)
Mares de MorrosÁreas mamelonares, Mata Atlântica, Zona da Mata
(litoral brasileiro e vales úmidos), com formação de
solos de massapê e salmorão
CaatingaDepressão intermontanas e interplanálticas, com
presença de inselbergs, no semiárido ou Sertão
AraucáriasPlanalto e chapadas subtropicais com Araucária
(Pinheiro Paraná), seu solo é fértil - terra roxa
PradariasCoxilhas subtropicais com pradarias (campos)
mistas, extremo Sul do Brasil, seus solos são
arenosos
Áreas de transição (ecótones)1 - Agreste (entre a Zona da Mata e a Caatinga)
2 - Matas dos Cocais (entre a Caatinga e a Floresta
Amazônica)
3 - Mangue / Marisma (litoral - relacionado a rios,
lagunas, transição do continente e o oceano)
4 - Pantanal (pode ser considerado bioma)
Domínios Morfoclimáticos
1
2
3
3
3
3
4
3vDomínios Morfoclimáticos
3v
Domínio ClimaRelevo, vegetação e tipo de solo
resultante
Amazônico Equatorial
Terras baixas, Floresta Amazônica ou Hileia,
com presença de solo ácido, lixiviado,
laterizados, e de baixa fertilidade.
Cerrado (interior)
Tropical Típico ou
Semiúmido
continentalidade
Chapadões interiores, com Cerrado e Matas-
Galeria, apresenta solos pobres e ácidos.
Obs.: área de ocorrência do Pantanal;
Marres de Morros
(litoral)
Tropical Úmido
maritimidade
Áreas de relevo mamelonares, topos
convexos, pães de açúcar, com presença de
Mata Atlântica , e ocorrência de solo de
massapé na Região Nordeste (Zona da Mata)
Caatinga (Sertão)
risco de
desertificação
Tropical
Semiárido
Depressões intermontanas, interplanáticas
com “inselbergs”, presença da Caatinga
(xerófita), e de solos pobres em matéria
orgânica e rico em sais minerais.
AraucáriaSubtropical úmido
altitude
Planaltos subtropicais (basalto), Mata de
Araucária, solo fértil de terra “roxa”,
apresenta elevado potencial hidroelétrico.
Pradarias (campos)Subtropical úmido
ação da mPa
Coxilhas subtropicais com Pradarias Mista
(gramíneas); atualmente sofre com o
processo de arenização, sendo o solo
arenoso e pobre em nutrientes.
Domínios Morfoclimáticos
3v
3vClimas do Brasil- segundo a classificação de Köpen -
Classificação estáticaClassificação estática
3vClimas do Brasil- segundo a classificação de Köpen -
Classificação estática
O sistema de classificação de Köppen, que é uma classificação genérica,
lançado pela primeira vez em 1900, relacionava o clima com a vegetação, a
partir de critérios numéricos que definiriam os tipos climáticos, porém em
algumas ocasiões esta classificação não apresenta parâmetros para
distinguir quanto às regiões e biomas distintos. O modelo foi revisado em
1918, dando maior atenção à temperatura, à precipitação pluvial e às suas
características sazonais.
Classificação estática
3v
Estabeleceu-se assim cinco tipos climáticos principais, relacionados a letras
maiúsculas:
A - Climas tropicais - megatérmicos (quentes), chuvosos
B - Climas secos
C - Climas temperados - mesotérmicos, chuvosos e moderadamente quentes
D - Climas frios com neve-floresta
E - Climas polares
Onde:
A - o mês mais frio tem temperatura média superior a 18ºC. A precipitação
pluvial é maior que a evapotranspiração anual, prejudicando a sobrevivência
de algumas plantas tropicais (plantas perenifólias hidrófilas e higrófilas)
B - a evapotranspiração média anual é maior do que a precipitação anual
(plantas xerófilas).
C - a temperatura média varia entre -3ºC e 18ºC no mês mais frio (plantas
caducifólias).
D - com temperatura média abaixo de -3ºC o mês mais frio e temperatura
média maior do que 10ºC para o mês mais quente (aciculifoliada).
E - temperatura média menor do que 10ºC para o mês mais moderadamente
quente (líquens e musgos, tundra, condicionada a primavera-verão)
Obs.: posteriormente adicionou-se um grupo de climas relacionado a
altitude, ao relevo, que ficou representado pela letra H.
Climas- segundo a classificação de Köpen -
3v
Esta classificação ainda apresenta duas subdivisões.
A primeira realizada pela distribuição sazonal de precipitação, como
podemos visualizar abaixo:
f - úmido o ano todo (A, C, D)
m - com breve estação seca, com chuvas intensas durante o resto do ano
(A), também relacionado ao clima de monção.
w - chuva de verão (A, C, D)
S - estação seca de verão (B)
W - estação seca de inverno (B)
A segunda são características para a temperatura:
a - verão quente, temperatura média acima de 22ºC
b - verão moderadamente quente, morno ou ameno, sendo o mais quente
com média inferior a 22ºC
c - verão breve e moderadamente frio,
d - inverno muito frio, sendo a temperatura média menor do que -38ºC para o
mês mais frio.
E para as regiões áridas (BW e BS), temos as siglas:
h - quente, temperatura média anual maior que 18ªC (Saara, Kalahari)
k - moderadamente frio, com temperatura média anual menor que 18ºC
(Gobi, e em partes do Atacama, relacionadas à altitude)
Climas- segundo a classificação de Köpen -
O objetivo era de que a classificação pudesse ser usada por qualquer pessoa em
qualquer parte do mundo, consultando uma “simples” tabela que contivesse a
quantidade de chuva e a temperatura.
3v
A - Climas tropicais chuvosos
Af - Clima tropical chuvoso de floresta, hileia
Aw - Clima de savana ou cerrado
Am - Clima tropical de monção, Mata
Atlântica
B - Climas secos
BSh - Clima quente de estepe (caatinga)
BSk - Clima frio de estepe
BWh - Clima frio de deserto
C - Climas temperados chuvosos e quentes
Cfa - Úmido em todas as estações, verão
quente (campos, pradarias)
Cfb - Úmido em todas as estações, verão
moderadamente quente (Mata de Araucária)
Cfc - Úmido em todas as estações, verão
moderadamente frio e curto (Floresta
Temperada)
Cwa - Chuva de verão, verão quente
Cwb - Chuva de verão, verão moderadamente
quente
Csa - Chuva de inverno, verão quente
(Mediterrâneo)
Csb - Chuva de inverno, verão
moderadamente quente
Climas- segundo a classificação de Köpen -
D - Clima frio com neve-floresta
Dfa - Úmido em todas as estações,
verão quente
Dfb - Úmido em todas as estações,
verão frio
Dfc - Úmido em todas as estações,
verão moderadamente frio e curto
(Taiga)
Dfd - Úmido em todas as estações,
inverno intenso
Dwa - Chuva de verão, verão quente
Dwb - Chuva de verão, verão
moderadamente quente
Dwc - Chuva de verão, verão
moderadamente frio
Dwd - Chuva de verão, inverno
intenso
E - Climas polares
ET - Tundra
EF - Neve e gelo perpétuos (geleira
ou glacial)
Obs.: s’ indica chuvas de outono -
inverno, e w’ chuvas verão - outono;
Sendo possível observar suas variações nos quadros abaixo:
3vClimas do Brasil- segundo a classificação de Köpen / Lysia Bernardes -
Classificação estática
3vClimas do Brasil- segundo a classificação de Köpen / Lysia Bernardes -
A classificação climática de Lysia Bernardes é uma adaptação da
classificação de Köppen para a realidade nacional, condicionando o Clima
Tropical de Altitude aos planaltos, “serras” das Regiões Sul (porção Norte),
Sudeste e Centro-Oeste (porção Sul), relativos ao Cwb e Cfb (onde o período
de verão, condicionado pela altitude apresenta menor médias térmicas,
sendo considerado morno, moderado, ameno).
Obs.: perceba que diferente da classificação climática de Strahler, não há
diferenciação do Clima Tropical em Úmido e Semiúmido (Típico);
3vClimogramas do Brasil- segundo a classificação de Köpen / Lysia Bernardes -
Af -Clima Equatorial, com
chuvas abundantes durante o
ano todo
Am -Clima Tropical Super
Úmido, com pequena
estiagem
Aw -Clima Tropical Sub
Úmido, com chuvas
concentradas no verão -
inverno seco
As’ - Clima Tropical, com
chuvas concentradas no
outono - inverno
Cwa - Clima Tropical de
Altitude, com chuvas
concentradas no verão -
inverno seco
Bsh- Clima Tropical Semiárido,
com chuvas irregulares,
período de chuva verão -
outono
3vClimogramas do Brasil- segundo a classificação de Köpen / Lysia Bernardes -
Cwa
Cfa - Clima Temperado ou Subtropical, com
chuvas bem distribuídas ao longo do ano e
maior amplitude térmica nacional.
Cfb - Clima Temperado ou Subtropical, com
chuvas bem distribuídas ao longo do ano e
maior amplitude térmica nacional; a maior
altitude torna o verão mais ameno e o inverno
mais rigoroso.