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IV ANÁLISE DA METAFÍSICA DO HOMEM
1. Auto transcendência e espiritualidade
2. O ser humano e alma
3. Categorias da pessoa
4. A morte e imortalidade da alma
O QUE É METAFÍSICA?
Grego: “ μετα (metà) = depois de, além de tudo; e Φυσις (physis)= natureza ou física, é o que está além do físico.
• Partindo do clássico, os metafísicos, tratam deproblemas centrais da filosofia teórica:
• Descrever os fundamentos, as condições, as leis, aestrutura básica, as causas, bem como o sentido e afinalidade da realidade como um todo ou dos seresem geral.
• É o estudo das coisas primeiras, do principio dascoisas. Aquilo que transcende as explicaçõesobjectivas e nos conduz ás profundezas do ser, comos questionamentos básicos da nossa existência: deonde venho, para onde vou e qual é o propósito daminha existência?
Auto transcendência• É um elevar acima do vulgar, ir além de ou
ultrapassar alguma coisa.• Na linha psicológica, transcender está
relacionado com pensamentos e emoções, e é acapacidade do ser humano de transpor certasbarreiras, se tornando superior a algumascircunstâncias.
• Também pode ser visto como o ato de sediferenciar de outros indivíduos de formapositiva, atingindo um patamar superior em umdeterminado trabalho ou contexto.
FILOSOFIA• É superar os limites do conhecimento e o que é
transcendental está ligado à razão pura, queprecede toda a experiência. Por isso, nestecapitulo, encontraremos ao existencialistas comoaqueles que falam também deste tema.
• História: as principais interpretações para ofenómeno da auto-transcendência, foram tratadaspor vários pensadores: existencialistas, marxistase pensadores católicos que se dividem em doisgrupos.
Existencialistas: Sartre, Heidgger, Jasper e Marcel
• Existencialismo: doutrina filosófica centrada na análise daexistência e do modo como seres humanos têm existência nomundo.
• Procura encontrar o sentido da vida através da liberdadeincondicional, escolha e responsabilidade pessoal.
• Surgiu e se desenvolveu na Europa entre as duas guerrasmundiais (1918-1939), como uma reacção humanista contratoda a forma de alienação. Para eles, o pensamento filosóficocomeça com o sujeito humano, não meramente o sujeitopensante, mas as suas acções, sentimentos e a vivência de umser humano individual. O ponto de partida do indivíduo écaracterizado pelo que se tem designado por "atitudeexistencial", ou uma sensação de desorientação e confusãoface a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo.
Pai do existencialismo: o indivíduo é o único responsável em dar significado à
sua vida e em vivê-la de maneira sincera e apaixonada, apesar da existênciade muitos obstáculos e distracções como o desespero, ansiedade, o absurdo, aalienação e o tédio.
O ser humano, é caracterizado pela “ultrapassagem”essencial da situação de facto em direcção às suaspossibilidades ulteriores. Esta ultrapassagem desembocainevitavelmente no nada, porque a morte é a últimapossibilidade do ser humano.
Jaspers e Marcel: tomamos consciência da autotranscendência nas situações limites
Marxistas
• Marcuse: puramente histórico e temporal
• Bloch: é um espaço utópico= artistas e
• K. Popper: capacidade e ultrapassarcontinuamente a nós mesmos, aos nossostalentos e às nossas qualidades.
Garaudy: o homem não é somente o que é, é também tudo o quenão é, tudo o que ainda lhe falta; na linguagem dos cristãos, dir-se-ia que ele é o que o transcende, isto é, é em potência todo oseu por vir, pois que o futuro é a única transcendência que o
humanismo conhece.
Pensadores católicos
• K. Rahner• J.B.Metz,• Boros• Barbotin• Bernard Lonergan• De Finance
Em Ouvintes da Palavra, Karl Rahner: o ser humano éessencialmente aberto, que não se fecha nunca sobre simesmo para dizer a palavra “fim”. Nesta abertura consisteessencialmente a auto-transcendência: ele faz com que o serhumano se projecte sempre para a frente- Absoluto..
Bernard Lonergan: “é a conquista da intencionalidadeconsciente” (apropriação).
Passos (5): atenção aos dados dos sentidos, hipotetização,procura do mundo absoluto pela reflexão, realizar o bom e
verdadeiro e julgar tudo no âmbio da bonsade humana.
Principais soluções do problema do sentido daauto-transcendência /porquê transcender? 3
concepções
• C. Egocêntrica: a superação da presente situação,para atingir estado superior de ser, de perfeição, defelicidade (Platão, Aristóteles, os Estóicos, Descartes,Feuerbach, Hegel, Sartre, Nietzsche, Heidegger).
• C. Filantropica: separação do individualismo e doegoísmo para aperfeiçoar a comunidade humana econseguir a perfeita felicidade.
• C. Teocentrica: O ser humano sai de si para lançar-seem Deus, o qual É o único ser capaz de levar o serhumano à perfeita e perene realização de si mesmo.
SINTETIZANDO
• Longo itinerário que se ramificou em quatro etapasprincipais:
• O estudo fenomenológico foi a primeira etapa:, na qualrecolhemos uma ampla documentação acerca da auto-transcendência. Vimos que o homem superasistematicamente a si mesmo em todas as suas acções: nopensar, no querer, no desejar, no fazer, no haver, no falar, no brincar etc.
• Analisamos, portanto, o fenómeno da auto-transcendência: e descobrimos que ele é salto para alémdos confins do espaço, do tempo e da matéria, danatureza e da história. É salto em direcção ao horizontedo eterno, do in-extenso, do infinito, do imaterial e doespírito.
Cont.
• Depois procuramos as raízes da auto-transcendência e vimos que como actividadefinamente espiritual ela anuncia e revela apresença no ser humano de uma componenteontológica diferente do corpo: trata-se daalma, ou mente, ou espírito. A auto-transcendência atinge aqui a sua última, maisprofunda raiz.
Espiritualidade:
• Conjunto de atitudes, crenças e práticas quefazem parte da vida humana. Estas ajudam apessoa a alcançar o que está além do físico e orelaciona com o Transcendente.
• Ela não é vivida de forma abstracta, mas vive-a no tempo e no espaço: Vaticano II diz quemodo de viver, rezar, trabalhar…deve serajustado ás condições actuais.