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... (portugal) S:mlarem = Quinta d:l S;;.uj~
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P.I. - Edição de Luiz Filipe Baptista & Companhia.
- VALE DE MOIROL -
DO CONVENTO DE SANTA CATARINA DOS OLIVAIS À QUINTA DA SAÚDE
Visita Guiada no âmbito das Festas da Ribeira - 6 de Junho de 1993
Pórtico da Ermida de S. Lázaro, transferido para a Quinta da Saúde. ASSOCIAÇÃO DE ESTUDO E DEFESA
DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO - CULTURAL DE SANTAR~M
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Fonte da cerca. Registo de azulejos - Tema: Nossa Senhora da Piedade no calvário
rodeada de S. Marçal e Santo
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Claustro.
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VALE DE MOIROL - 00 CONVENTO DE SANTA CATARINA DOS OLIVAIS À QUINTA DA SAúDE
Visita Guiada por Jorge Custódio *
Desenvolvimento
1. Dos Topónimos do Lugar.
2. Origens históricas de S. Catarina dos Olivais: A Ermida de Santa Catarina e a
Quinta do Rei D. Duarte.
3. O Convento da Ordem Terceira de S. Francisco:
3.1 O Convento: cabeça da Ordem em Portugal.
3.2 A Igreja.
3.3 As capelas e a Imaginária: A importância religiosa de Nª Senhora da Saúde e
suas águas milagrosas.
3.4 O Cenóbio, quase ermitério.
3.5 O Colégio das Artes.
3.6 O conjunto epigráfico: capelas e tumulados.
3.7 Frades que se salientavam.
3.8 Beneficiações artísticas ocorridas entre os finais do séc. XIX e os meados do
séc. XX.
3.8.1 - As janelas manuelinas da Rua de S. Martinho.
3.8.2.- S. Lázaro: Portal da Igreja e Imagem.
( ... )
2
':~ Visita Guiada com a colaboração do Museu Arqueológico de S. João de Alporão (C.M.S.),
de José João Gomes (fotografias) e Felisbela Ferreira. Fotografias do Arquivo do
Museu e da Biblioteca Municipal de Santarém.
( ... )
4. A quinta da Saúde
4.1 A quinta antes do séc. XIX.
a) No Tempo dos Coutinhos.
b) Depois da Peste dos finais do séc. XVI.
c) Sua transferência para o cerrado do Convento de S. Catarina.
4.2 O período dos Anachoretas.
4.3 O período de Silva Pereira.
4.4 O período do Engº Rui Gonçalves
Claustro do convento vendo-se o campanario.
3
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~e1??ºt,p.oJj·bfo/ftJtJpDlk41d!iJ~diJ:â·~<t!~41j4jq.f!bJ;flltJ,ff}~··~~ r~m;~(!.b.ittlId~7t.'di(a~fj;ile:1nJ~'jc~m~dªl~cq!ldjfll:P')'r q/1,~.jj .
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lm~!(J'lg.Y.rti?l.rmpo~d~ttdi'-a.Ltlª~::q~:!d~esfo.l~t.c'r.fJ1j.11ltj4~!-.~t[~ j;; r R t·· . ~.. fi b' h" . l
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fC,(~fma(}JÚ~ .. }tÇL,'t..4g:.;.a P(l,r..cl ~;nl)~J.,)pqra. :J.e, 'j{~r 1A(.:,cf:!Çf ; l'jffotJ;~~tJ, PeJfo,d.s, :qt1~·fo ,e;n~·ÇlJgÍfm.J:~mfio. i{tQgier.tn. ~r(f~ tçJbsda: idifa.lfu4 :rr~rceira~~Or;4f.;;" fd~t-S~ IFrél.n.,f.i{s,q .par,CJ (ejfar:!Trl){l~di.t:a::.ci:t:t.J(I,~''; (Omo. :r;o/!'~:f! !t1fÍ..J ·qtfc.. h_~:-t.t.:qt/e!J1-«(J/r:/lt! .tem.Q$.fe;itQ;:elm(?~({.:,E~-PO..r}11'}rí1'(}ap#.q,m.,(~~; ap.- df.tÇ1 ~t/ojfô.;.!CQ:n.ta!-Q.~; dA c'QnJ;tJllt:.§i..1iL e\)~os;;,ç (J!J;'cge}jjJr:e~ i; Ju.i~
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Alvará de D. Afonso V, que autorizou a instalação do Convento de Santa Catarina dos
I Olivais em 1470 in Inácio Piedade de Vasconcelos, História de Santarém Edificada, Lisboa, 1740. (BMS).
4
i •
CASA E QUINTA DE NOSSA SENHORA DA SAUDE - Propriedade particular do sr. ,Silva Pereir.a. Era o convento e igreja do mesmo nome, antiga clausura dos frades Terceiros Arrábidos. O sítio chamara-se antigamente (<Vale dé Moiros», e depois «Santa Catarina dos Olivais».'
O antigo edifício conventual foi transformado, mantendo-se o claustro quinhentista, de dois pavimentos, com arcarias simples sobre colunas pansudas de Ordem Dórica. Na fachada principal colocou-se o portal gótico que fora da antiga ermida de S. Lázaro de Santarém, belo exemplar do século XIV que se abre em dois colunelos apostos em arcaturas, com uma guarnição de rosas e folhagens na moldura e um cogulho ao alto.
Outro vestígio da clausura é uma fonte da cerca antiga. Tem na espalda um registo de azulejos datado çle 1751, com uma Piedade, entre S. Marçal e Santo António.
A igreja é de uma nave, com altar-mor, dois colaterais e dois laterais, do lado da Epístola. A capela-mor, coberta de abóbada, tem um retábulo de talha com imagens vulgares, um silhar de azulejos de «jarras» a azul. e alguns painéis a ólio sem interesse. No pavimento está a campa de Fernando Carvalho, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real. e de sua mulher, Inês de Barros, padroeiros da capela.
Uma lápide de pedra da Arrábida, na colateral da Epístola, assinala a jazida do padre André da Veiga, falecido no dia da «Páscoa de Flores», primeiro de Abril de 1584.,
Na colateral do Evangelho está uma imagem de S. Lázaro (certamente proveniente da ermida da sua invocação), escultura de madeira, seiscentista,' mutilada, medindo de alto, om,850, e no pavimento, junto ao altar, laje com inscrição gótica, que diz:, «aqui jaz J oam I choaf /cavaleiro criado dos/ reis de· Portttgall/ aos qttaes reis fez/ muito serviço por mar e por terral).
Uma boa imagem de Santa Catarina, ricamente estofada, escultura de madeira do século XVIII, está na primeira capela lateral. a~sim como uma maquineta com a Ceia, com uma composição muito curiosa de figuras de barro medindo om,960 de face. Decora-a também um silhar de azulejos (pintura a azul sobre esmalte branco), setecentistas, com alegorias à Ladainha da Virgem.
Na segunda capela ou altar lateral. há outro silhar de azulejos (<padrão» do século XVII, azuis e amarelos, e, no retábulo, um grande quadro com uma pintura a ólio sobre tábua, figurando o aparecimento de Cristo a um Oficiante. O fundo mostra uma fortaleza e vêem-se nele figuras orientais. Esta capela datada de 1558 era do padroado do instituidor, João da Serra, conforme a lápida aposta na parede. No pavimento há ainda três lajes tumulares de membros desta família, datadas do século XVI.
Na nave do templo, que é ornada de um silhàr de azulejos de «jarras», há vários quadros (pintura sobre tela e tábua) sem valor apreciável.
Registaram-se' ainda dois curiosos «ex-votoS», um de 17~9 e outro de 1872, ingénuas pinturas sobre tábua. .
5
In Gustavo de Matos Sequeira, Inventário Artistico de Portugal, Lisboa, 1949, pp. (BMS).
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'·COMPEN·DIO GER:AL DA .
-HISTORIA. DA VENERA VEL ORDEM T,~RCEIRA
DE 5. F R A N C I S C O:',
:DIVIDIDOEM CINÇO TABOAS~ QUE MOSTRA!\l A SUA INSTITUIC,A~l, PRELADOS, MEZAS , li.
Fórm'as dos Aétos Elpirituaes: a tua Regra, Expofitores, ConfervadoreSi e Promul-, '. 'gadores,com os Terceiros Funda~ores,e ~atri3.rchas de Religiões: Os feus Cano~,
nizados, BeatIficados, Veneravels, Pontlfices, Cardeles, Emperadores, ~eys, e . IlIuares de todas as provindas, e Nações: As f uas grandezas, prerog~tivas,
graças, privilegios,e indulgencias Iucraveis em todos os dias do al1no ~ O [eu ProgrefIo, e augmento em todo o mundo,. com as memorias ano
nuaes de quinhentos e trinta ~ quatro annos: '.
·U T I L ISS I MO, E N E CE S S A R I O \ .A~$ ~uri[con(ultos, Pdrochos , Conf~[fores, Prégadores, T~,ceiros de qualqu~r Qrdem;
I . Cvntrades d~ Irm.a,nda4~s , .e ~.t~~rJ4e1?.oto.c.hrjl!.1~\ .
T O 1\11 O I. 'Dq, Hifloria Terciaria.
. ' OFFERECIDO
A' :r-.1: A G E S T A D E F IDE L ISS I 11 A D E E L R E Y
D.··J .. O Z E' lo .. NOSSO SENE-rOR.
COMPOSTO PELO M. Ri DOUTOR
',1~f:ANOEL D'E OLIVEIRA FERREIRA, . pautor nos Sagrados Canones pela Univerfidld: de Coimbra •. e Oppofitor às Cadeiras de rua Faculdade. Prot()no~
taria :Apollolico ,Commilfario do Santo Omeio. Reytor de S Miguel de Oliveira de Azemeis • Parocho Pein· . cipal de Santiago. de Riba de UI: Academico Erudito da Real, Academia Medico·Portopolitana • Chro~ . . nUla G-~ral da Veneravel Ordem Terceira Seranca • inflituido pela Meza da Congregaç:lm da Rainha , . 5am3 If",bel da Cidade do Porto. e Confirri13d~ pelo Reveren:.liflimo Padre Minill~o Geral da
{: Obfcrvan.:ia Fr.JoaÓ Brcmejo I em o Capitulo Geral de Valhadolid I &c. )
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'~apfficina Epifcopal do Capitaõ MA N O E L P E D R O S 0" C O J MB lt A'.' _. -- ------.---~
,. ,~ ,Com todasaslicençasneceffarias. Anno dç 1751,· .
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A~ cuíl:~ qÇl Author. . "".~-:; . .' .
·:~~~~~:f;i .... Rosto de obra impressa pertencente ao Convento de Santa Catarina dos Olivais (BMS
-Livraria de Braamcamp Freire).
o PAÇO DOS ARCEB;rSPOS
Quase paredes-meias da mansão das dominicanas, ficava o Convento da Ordem Terceira de Nossa Senhora de Jesus, esses franciscano:'>
- =lue tiveram primeiro assento em Vale de Mourol, no pitoresco arrabal:le conhecido hoje pela Saúde e que tinha a graciosa nomeada de Santa Catarina dos Olivais.
Lá está ainda, nesse aprazível subúrbio santareno, o conventinho =lue foi desses Regulares, aninhado na alfombrada quietude desse pacificador recanto, cujo silêncio só é turvado, de ano a ano, pela romaria :le Agosto, de remotas tradições.
Foi em 1592 que os terceiros de S. Francisco obtiveram do Arcebispo de Lisboa, D. Miguel de Castro, que lhes fizesse doação do palá~,,
cio de Mitra, onde se encontra, desde a extinção das ordens religiosas, em 1834, o Hospital de Jesus Cristo fundado por João Afonso de Santarém, do Conselho do rei de Boa Memória e que desde o século xy se encontrava nas casas do seu fundador, na rua que tem o seu nome, ali onde esteve instalado o tribunal da comarca.
Sem desgosto devia o arcebispo ter feito entrega do casarão, assombrado este pela conjura contra o Príncipe Perfeito.
Ali se urdiu, com efeito, a maquiavélica intenção de eliminar D. João TI, enclausurar o príncipe D. Afonso, - que veio a morrer desa!:trosamente na Ribeira. - subindo ao trono seu primo D. Dicgo,o
ambicioso duque de Viseu, que o rei matou a punhal, nos paço!: de Setúbal.
Dos restantes conjuradcs sabe-se o destino que levaram:' O bispo de Évora, D. Garcia de Meneses, morto na cisterna do castelo de PalmeIa; seu irmão D. Fernando de Meneses e D. Pedro de Ataíde, logo
~z2f~}=: ~=:.~_. -~ ..
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RIBEIRA DE Sk'\JTARÉnI - PADR.'\O
degolados; D. Gutierres Coutinho, envenenado na torre do Castelo de A vis; D. Fernando de Ataíde, esquartejado; e D. Fernando da Silveira, escapado para França, morto em Avinhão, onde o alcançou a implacável vingança real.
Desgostosos do seu palácio do Sítio deviam estar, portanto, os arcebispos de Lisboa, para dele fazerem entrega aos fradinhos de Santa Catarina dos Olivais que em 1615 ali se dispunha~ a entrar, prontas as obras do mosteiro.
A sua entrega pão foi, porém, pacífica, contestada a sua ocupação pelas dominicanas, suas VIZI-
nhas, as quais, com fundamento num breve pontifício que impedia a fundação, nas proxi
. midades, de cutra mansão conventual, contrariaram os pobres terceiros,
. arrastando-se o processo por mais três anos, em termos de só no fim de 1617 ali se cantar o Te Deum inaugural.
Texto de Virgilio Arruda,
In Santarém no Tempo,
7
Santarém, 1971, pp. 91-92 (BMS). A igreja, acabada de restaurar, essa foi construída trinta anos depois, merecendo bem ser conservada. ------------_______________________________ ~~==~~~~.~ .. ~.~-~ .. ~ ... ~_.~.~~--~~~~··~I
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PATENT Fibrine de viande à bas~ de végé~aux
BISCUITS POUA,
CHIENS La me1lleure et la pluõ efficace
des nourritures
CHAQUE BISC.U.T EST.MARQUÉ
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Exposition Un~verselle et ~ternationale de Liége
LE GRANO PRIX, UNE MÉOAILLE O'OR 3 DIPLOMES O'HONNEUR'
ont été décernés á In. mn.isoll
. BibUQth eca do sportsman e do agricultor
REGULAMENTO PROCiRAMMA .
E ·.CATALOGO. fIP'
DA
EXPOSIÇ~O Cl\NIN/\ INTERNACIONAL DE LISBOA .. ABRIL DE 1908
SPRATT'S PATENT LIMITEO ' de LONDRES
POUH SES FRODO'ITS
Agence generale pour le Portugal et Espagne ., ,
:1 Rue Nova do Loureiro, 85-2;° ·l·
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",.' :' I A Quinta da Saúde foi palco de tratamento de cães de que o Visconde Anachoreta foi
impulsionador. Cf. Regulamento, programa e catálogo da Exposição Canina Internacional de Lisboa,
Abril de 1908 (BMS-Fundo Camões). 00
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CONDE DE PENHA GARCIA
Ministro de Fstado Honorario Prcsidentc da Commissáo Executi va da Exp'osiçáo
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COMMISSÃO ORGANISADORA DA EXPOSICÃO ,
~RESIDENTE"
Gond:e. de Penha: Gal'Gi,a Minillro. de· ~.l,ado 00no.7117io
VOG.AJlJS.
ÁlignstO Ferreira l?i~to Basto
COll..de de Cascaes Conde de Font' Alva Conde 'das Galvell1s, Conde da Ribeira Grande Domingos Pinto Barreiros E. Montufar Barreiros Henrique Anjos ,j acilltho Pao::; J!'a.kii.o ,lorge d'Almeida. Lima.
José. All;l.àqo José Braall;lc~mp: Ma.ttos José. BeIlo . José. J?aulo M. CaÁcella Luiz:. Ottolhli M. Figueira F. da C 11m ara. Sant'Anna de Miro.nda Silvestre José Gonçalves Visconde deCastolloNovo Vise. de 1!'crl'eira de Lima Vise. do Sacavem (Josú)
SECl\ETAR10 GERAL.
Dl'. Henriq,ue Anachoreta.
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RUA NOVA DO LOUREIRO, 36, 2.· - LISBOA'
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EXPOS"IÇÁO CANINA INTEBNACIONAL DE LISBOA
ABRIL DE 1908
Reglement
lnscription - Les personnes qui dé~irent exposer doivent envoyer lcurs inscriptions, avant lc 5 avril prochain, à 1'1'1. le docteur Henrique Anachoreta, secrétaire gl~néral, rue Nova do Loureiro, 36, Lisboa.
Le secrélarial est ouvert lous les jours, de 10 heures du malin ü 6 hemes du soir.
Des blllletins el1 nombre suffisanl, un pour chaque chicn, seront envoyés ali.'! pcrsol1nes qui en feront la demandc. Les bulIctins d'illseriplion doivent êtrc renvoyés dúmcnt rcmplis.
Par le fait scul de l'cngagcll1ellt dc leurs chicus, MM. Ics exposants s'engagent à observer d'une façon absolue, sallS conditions ni réserve, toutes les stipulations du présent reglel11cnt.
AlIclln chien non inscrit nc sera admis duns les locaux de l'exposition.
Montant des entrées - Le droit ü paycr, pOlir les frais d'cnlrctiell cl de nOllrrilure, est de 5 fr. par chien; il doit êlre joint ali blllletin d'inscriplion.
Le llIéme chicn pCllt étrc engagé dan~ plll~icllrs c1assc::;, mais le propriélaire doit acqllittcr Ic droit d'inscriptioll pour chaquc classe.
Explication des classe5: CLASSE GÉNÉ~{ALE:. Pour tous les chicns d'une même rac~,
r',O .. , .,.------------_.:..._-----_ ......... /
-------------------------------_t_
Janela geminada d'um prédio da
Rua de S. Martinho, transferida
para a Quinta da Saúde.
Janela geminada d'um prédio da Rua de
S. Martinho, transferida para a Quinta da
Saúde .
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Lápide funerária de frei André da Veiga ( Estilo Maneirista ).
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4. A quinta da Saúde
4.1 A quinta antes do séc. XIX.
a) No Tempo dos Coutinhos.
b) Depois da Peste dos finais do séc. XVI.
c) Sua transferência para o cerrado do Convento de S. Catarina.
4.2 O período dos Anachoretas.
4.3 O período de Silva Pereira.
4.4 O período do Engº Rui Gonçalves
Claustro do convento vendo-se o campanario.
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",.' :' I A Quinta da Saúde foi palco de tratamento de cães de que o Visconde Anachoreta foi
impulsionador. Cf. Regulamento, programa e catálogo da Exposição Canina Internacional de Lisboa,
Abril de 1908 (BMS-Fundo Camões). 00
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P.I. - Edição de Luiz Filipe Baptista & Companhia.
- VALE DE MOIROL -
DO CONVENTO DE SANTA CATARINA DOS OLIVAIS À QUINTA DA SAÚDE
Visita Guiada no âmbito das Festas da Ribeira - 6 de Junho de 1993
Pórtico da Ermida de S. Lázaro, transferido para a Quinta da Saúde. ASSOCIAÇÃO DE ESTUDO E DEFESA
DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO - CULTURAL DE SANTAR~M
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EXPOS"IÇÁO CANINA INTEBNACIONAL DE LISBOA
ABRIL DE 1908
Reglement
lnscription - Les personnes qui dé~irent exposer doivent envoyer lcurs inscriptions, avant lc 5 avril prochain, à 1'1'1. le docteur Henrique Anachoreta, secrétaire gl~néral, rue Nova do Loureiro, 36, Lisboa.
Le secrélarial est ouvert lous les jours, de 10 heures du malin ü 6 hemes du soir.
Des blllletins el1 nombre suffisanl, un pour chaque chicn, seront envoyés ali.'! pcrsol1nes qui en feront la demandc. Les bulIctins d'illseriplion doivent êtrc renvoyés dúmcnt rcmplis.
Par le fait scul de l'cngagcll1ellt dc leurs chicus, MM. Ics exposants s'engagent à observer d'une façon absolue, sallS conditions ni réserve, toutes les stipulations du présent reglel11cnt.
AlIclln chien non inscrit nc sera admis duns les locaux de l'exposition.
Montant des entrées - Le droit ü paycr, pOlir les frais d'cnlrctiell cl de nOllrrilure, est de 5 fr. par chien; il doit êlre joint ali blllletin d'inscriplion.
Le llIéme chicn pCllt étrc engagé dan~ plll~icllrs c1assc::;, mais le propriélaire doit acqllittcr Ic droit d'inscriptioll pour chaquc classe.
Explication des classe5: CLASSE GÉNÉ~{ALE:. Pour tous les chicns d'une même rac~,
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'·COMPEN·DIO GER:AL DA .
-HISTORIA. DA VENERA VEL ORDEM T,~RCEIRA
DE 5. F R A N C I S C O:',
:DIVIDIDOEM CINÇO TABOAS~ QUE MOSTRA!\l A SUA INSTITUIC,A~l, PRELADOS, MEZAS , li.
Fórm'as dos Aétos Elpirituaes: a tua Regra, Expofitores, ConfervadoreSi e Promul-, '. 'gadores,com os Terceiros Funda~ores,e ~atri3.rchas de Religiões: Os feus Cano~,
nizados, BeatIficados, Veneravels, Pontlfices, Cardeles, Emperadores, ~eys, e . IlIuares de todas as provindas, e Nações: As f uas grandezas, prerog~tivas,
graças, privilegios,e indulgencias Iucraveis em todos os dias do al1no ~ O [eu ProgrefIo, e augmento em todo o mundo,. com as memorias ano
nuaes de quinhentos e trinta ~ quatro annos: '.
·U T I L ISS I MO, E N E CE S S A R I O \ .A~$ ~uri[con(ultos, Pdrochos , Conf~[fores, Prégadores, T~,ceiros de qualqu~r Qrdem;
I . Cvntrades d~ Irm.a,nda4~s , .e ~.t~~rJ4e1?.oto.c.hrjl!.1~\ .
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D.··J .. O Z E' lo .. NOSSO SENE-rOR.
COMPOSTO PELO M. Ri DOUTOR
',1~f:ANOEL D'E OLIVEIRA FERREIRA, . pautor nos Sagrados Canones pela Univerfidld: de Coimbra •. e Oppofitor às Cadeiras de rua Faculdade. Prot()no~
taria :Apollolico ,Commilfario do Santo Omeio. Reytor de S Miguel de Oliveira de Azemeis • Parocho Pein· . cipal de Santiago. de Riba de UI: Academico Erudito da Real, Academia Medico·Portopolitana • Chro~ . . nUla G-~ral da Veneravel Ordem Terceira Seranca • inflituido pela Meza da Congregaç:lm da Rainha , . 5am3 If",bel da Cidade do Porto. e Confirri13d~ pelo Reveren:.liflimo Padre Minill~o Geral da
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,. ,~ ,Com todasaslicençasneceffarias. Anno dç 1751,· .
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-Livraria de Braamcamp Freire).
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Alvará de D. Afonso V, que autorizou a instalação do Convento de Santa Catarina dos
I Olivais em 1470 in Inácio Piedade de Vasconcelos, História de Santarém Edificada, Lisboa, 1740. (BMS).
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VALE DE MOIROL - 00 CONVENTO DE SANTA CATARINA DOS OLIVAIS À QUINTA DA SAúDE
Visita Guiada por Jorge Custódio *
Desenvolvimento
1. Dos Topónimos do Lugar.
2. Origens históricas de S. Catarina dos Olivais: A Ermida de Santa Catarina e a
Quinta do Rei D. Duarte.
3. O Convento da Ordem Terceira de S. Francisco:
3.1 O Convento: cabeça da Ordem em Portugal.
3.2 A Igreja.
3.3 As capelas e a Imaginária: A importância religiosa de Nª Senhora da Saúde e
suas águas milagrosas.
3.4 O Cenóbio, quase ermitério.
3.5 O Colégio das Artes.
3.6 O conjunto epigráfico: capelas e tumulados.
3.7 Frades que se salientavam.
3.8 Beneficiações artísticas ocorridas entre os finais do séc. XIX e os meados do
séc. XX.
3.8.1 - As janelas manuelinas da Rua de S. Martinho.
3.8.2.- S. Lázaro: Portal da Igreja e Imagem.
( ... )
2
':~ Visita Guiada com a colaboração do Museu Arqueológico de S. João de Alporão (C.M.S.),
de José João Gomes (fotografias) e Felisbela Ferreira. Fotografias do Arquivo do
Museu e da Biblioteca Municipal de Santarém.
o PAÇO DOS ARCEB;rSPOS
Quase paredes-meias da mansão das dominicanas, ficava o Convento da Ordem Terceira de Nossa Senhora de Jesus, esses franciscano:'>
- =lue tiveram primeiro assento em Vale de Mourol, no pitoresco arrabal:le conhecido hoje pela Saúde e que tinha a graciosa nomeada de Santa Catarina dos Olivais.
Lá está ainda, nesse aprazível subúrbio santareno, o conventinho =lue foi desses Regulares, aninhado na alfombrada quietude desse pacificador recanto, cujo silêncio só é turvado, de ano a ano, pela romaria :le Agosto, de remotas tradições.
Foi em 1592 que os terceiros de S. Francisco obtiveram do Arcebispo de Lisboa, D. Miguel de Castro, que lhes fizesse doação do palá~,,
cio de Mitra, onde se encontra, desde a extinção das ordens religiosas, em 1834, o Hospital de Jesus Cristo fundado por João Afonso de Santarém, do Conselho do rei de Boa Memória e que desde o século xy se encontrava nas casas do seu fundador, na rua que tem o seu nome, ali onde esteve instalado o tribunal da comarca.
Sem desgosto devia o arcebispo ter feito entrega do casarão, assombrado este pela conjura contra o Príncipe Perfeito.
Ali se urdiu, com efeito, a maquiavélica intenção de eliminar D. João TI, enclausurar o príncipe D. Afonso, - que veio a morrer desa!:trosamente na Ribeira. - subindo ao trono seu primo D. Dicgo,o
ambicioso duque de Viseu, que o rei matou a punhal, nos paço!: de Setúbal.
Dos restantes conjuradcs sabe-se o destino que levaram:' O bispo de Évora, D. Garcia de Meneses, morto na cisterna do castelo de PalmeIa; seu irmão D. Fernando de Meneses e D. Pedro de Ataíde, logo
~z2f~}=: ~=:.~_. -~ ..
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RIBEIRA DE Sk'\JTARÉnI - PADR.'\O
degolados; D. Gutierres Coutinho, envenenado na torre do Castelo de A vis; D. Fernando de Ataíde, esquartejado; e D. Fernando da Silveira, escapado para França, morto em Avinhão, onde o alcançou a implacável vingança real.
Desgostosos do seu palácio do Sítio deviam estar, portanto, os arcebispos de Lisboa, para dele fazerem entrega aos fradinhos de Santa Catarina dos Olivais que em 1615 ali se dispunha~ a entrar, prontas as obras do mosteiro.
A sua entrega pão foi, porém, pacífica, contestada a sua ocupação pelas dominicanas, suas VIZI-
nhas, as quais, com fundamento num breve pontifício que impedia a fundação, nas proxi
. midades, de cutra mansão conventual, contrariaram os pobres terceiros,
. arrastando-se o processo por mais três anos, em termos de só no fim de 1617 ali se cantar o Te Deum inaugural.
Texto de Virgilio Arruda,
In Santarém no Tempo,
7
Santarém, 1971, pp. 91-92 (BMS). A igreja, acabada de restaurar, essa foi construída trinta anos depois, merecendo bem ser conservada. ------------_______________________________ ~~==~~~~.~ .. ~.~-~ .. ~ ... ~_.~.~~--~~~~··~I
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CONDE DE PENHA GARCIA
Ministro de Fstado Honorario Prcsidentc da Commissáo Executi va da Exp'osiçáo
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COMMISSÃO ORGANISADORA DA EXPOSICÃO ,
~RESIDENTE"
Gond:e. de Penha: Gal'Gi,a Minillro. de· ~.l,ado 00no.7117io
VOG.AJlJS.
ÁlignstO Ferreira l?i~to Basto
COll..de de Cascaes Conde de Font' Alva Conde 'das Galvell1s, Conde da Ribeira Grande Domingos Pinto Barreiros E. Montufar Barreiros Henrique Anjos ,j acilltho Pao::; J!'a.kii.o ,lorge d'Almeida. Lima.
José. All;l.àqo José Braall;lc~mp: Ma.ttos José. BeIlo . José. J?aulo M. CaÁcella Luiz:. Ottolhli M. Figueira F. da C 11m ara. Sant'Anna de Miro.nda Silvestre José Gonçalves Visconde deCastolloNovo Vise. de 1!'crl'eira de Lima Vise. do Sacavem (Josú)
SECl\ETAR10 GERAL.
Dl'. Henriq,ue Anachoreta.
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RUA NOVA DO LOUREIRO, 36, 2.· - LISBOA'
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CASA E QUINTA DE NOSSA SENHORA DA SAUDE - Propriedade particular do sr. ,Silva Pereir.a. Era o convento e igreja do mesmo nome, antiga clausura dos frades Terceiros Arrábidos. O sítio chamara-se antigamente (<Vale dé Moiros», e depois «Santa Catarina dos Olivais».'
O antigo edifício conventual foi transformado, mantendo-se o claustro quinhentista, de dois pavimentos, com arcarias simples sobre colunas pansudas de Ordem Dórica. Na fachada principal colocou-se o portal gótico que fora da antiga ermida de S. Lázaro de Santarém, belo exemplar do século XIV que se abre em dois colunelos apostos em arcaturas, com uma guarnição de rosas e folhagens na moldura e um cogulho ao alto.
Outro vestígio da clausura é uma fonte da cerca antiga. Tem na espalda um registo de azulejos datado çle 1751, com uma Piedade, entre S. Marçal e Santo António.
A igreja é de uma nave, com altar-mor, dois colaterais e dois laterais, do lado da Epístola. A capela-mor, coberta de abóbada, tem um retábulo de talha com imagens vulgares, um silhar de azulejos de «jarras» a azul. e alguns painéis a ólio sem interesse. No pavimento está a campa de Fernando Carvalho, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real. e de sua mulher, Inês de Barros, padroeiros da capela.
Uma lápide de pedra da Arrábida, na colateral da Epístola, assinala a jazida do padre André da Veiga, falecido no dia da «Páscoa de Flores», primeiro de Abril de 1584.,
Na colateral do Evangelho está uma imagem de S. Lázaro (certamente proveniente da ermida da sua invocação), escultura de madeira, seiscentista,' mutilada, medindo de alto, om,850, e no pavimento, junto ao altar, laje com inscrição gótica, que diz:, «aqui jaz J oam I choaf /cavaleiro criado dos/ reis de· Portttgall/ aos qttaes reis fez/ muito serviço por mar e por terral).
Uma boa imagem de Santa Catarina, ricamente estofada, escultura de madeira do século XVIII, está na primeira capela lateral. a~sim como uma maquineta com a Ceia, com uma composição muito curiosa de figuras de barro medindo om,960 de face. Decora-a também um silhar de azulejos (pintura a azul sobre esmalte branco), setecentistas, com alegorias à Ladainha da Virgem.
Na segunda capela ou altar lateral. há outro silhar de azulejos (<padrão» do século XVII, azuis e amarelos, e, no retábulo, um grande quadro com uma pintura a ólio sobre tábua, figurando o aparecimento de Cristo a um Oficiante. O fundo mostra uma fortaleza e vêem-se nele figuras orientais. Esta capela datada de 1558 era do padroado do instituidor, João da Serra, conforme a lápida aposta na parede. No pavimento há ainda três lajes tumulares de membros desta família, datadas do século XVI.
Na nave do templo, que é ornada de um silhàr de azulejos de «jarras», há vários quadros (pintura sobre tela e tábua) sem valor apreciável.
Registaram-se' ainda dois curiosos «ex-votoS», um de 17~9 e outro de 1872, ingénuas pinturas sobre tábua. .
5
In Gustavo de Matos Sequeira, Inventário Artistico de Portugal, Lisboa, 1949, pp. (BMS).
-------------------------------_t_
Janela geminada d'um prédio da
Rua de S. Martinho, transferida
para a Quinta da Saúde.
Janela geminada d'um prédio da Rua de
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Fonte da cerca. Registo de azulejos - Tema: Nossa Senhora da Piedade no calvário
rodeada de S. Marçal e Santo
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1918 ..!!lI
Actual. V Palacete da Quinta da Saúde.
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Fachada principal da Igreja .
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Claustro.
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15
Lápide funerária de frei André da Veiga ( Estilo Maneirista ).
Capela de João da Serra seu instituidor.