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Jan/Fev 2013

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Índice

05 Meio AmbienteOluc e o Crime Ambiental

06 Meio AmbienteJogue Limpo avança em SP

08 EntrevistaRegulamentação da revenda não está prevista para 2013

10 Fique por dentroO revendedor e a responsabilidade no transporte do lubrificante

12 LegislaçãoIbama padroniza linguagem para declaração de resíduos sólidos

13 Sindilub em AçãoSindilub visita diretora geral da ANP

14 Fiscalização Fiscalização do abastecimento em notícias – balanço 2012

15 EventoANP promove evento para apresentar evolução do mercado de combustíveis

16 Espaço técnicoMultigrade x Monograde, uma discussão antiga

19 Espaço técnicoABNT revisa NBR 17505

20 LançamentoUma empresa que se reinventa

21 EventoAlcides Amazonas toma posse na Assembleia paulista

22 Seu NegócioAnálises com credibilidade

24 Seu NegócioQualidade, preço justo e consciência ambiental são diferenciais

26 EventoLwart participa de conferência mundial de rerrefinarias

Da direita para a esquerda, Barros Munhoz, Alcides Amazonas e

Samuel Moreira.

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Presidente: Laercio dos Santos KalauskasVice-Presidente: Lucio Seccato FilhoDiretor Secretário: Jaime Teixeira CordeiroDiretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. CarvalhoDiretor Social: Antonio da Silva DouradoDiretor Executivo: Ruy RicciCoordenadora: Ana Leme – (11) 3644-3440Jornalista Responsável: Ana Azevedo – MTB 22.242

Editoração: iPressnet – www.ipressnet.com.brImpressão: AR Fernandez Gráfica e Impressão DigitalCapa: Shutterstock.com

Rua Tripoli, 92 – Conjunto 82V. Leopoldina – São Paulo – SP – 05303-020Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640www.sindilub.org.br – [email protected]

Foto

: Osw

aldo

Cor

neti

Expediente

Caros leitores,E nem bem começamos o ano, com o carnaval adiantado, e temos o primeiro número da Sindilub Press circulando na Páscoa.A essa velocidade, este ano promete. E as matérias preparadas para esta edição da revista dão conta disso. No âmbito da logística reversa relacionada aos lubrificantes, o Ibama avança na padronização de uma linguagem que proporcione o pleno controle do Programa de recolhimento das embalagens plásticas usadas, cuja Central de recolhimento começa a funcionar no interior paulista, com previsão de instalação de mais algumas centrais ainda este ano.Sabemos, nós do setor, que o avanço da logística reversa das embalagens plásticas de lubrificantes não caminhará a passos tão largos como caminhou a coleta do OLUC, pois este representa um fator econômico, tanto é assim que vocês lerão a matéria sobre o cerco policial ao crime de desvio do óleo usado.Mas o início é promissor.Assim como são promissoras as chances de caminhar a regulamentação da revenda de lubrificantes no âmbito da Agência Nacional do Petróleo. Na visita que fizemos à Diretora Geral da Agência, surgiu a proposta de se organizar um workshop para discutir a regulamentação, com a participação de todos os agentes envolvidos, direta e indiretamente. É um ótimo sinal, pois quanto mais propostas forem discutidas por todos os envolvidos, mais fácil será a elaboração da norma administrativa, facilitando os trabalhos na consulta pública obrigatória.O folclore brasileiro diz que o ano começa, para valer, após o carnaval. Este início de ano desmentiu o dito popular, pois os fatos se sucederam num crescendo, vertiginosamente, e prometem assim continuar.Oxalá tenhamos somente o que comemorar. Mas como nem tudo são flores, redobremos as forças e a coragem para enfrentar eventuais tempestades.

Boa leitura.Laercio Kalauskas

As matérias são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente opinião da revista. Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos anúncios publicados. É proibida reprodução de qual-quer matéria e imagem sem nossa prévia autorização.

Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes – SINDILUB

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M eio AMbiente

Texto: Renato Vaisbih

A Polícia Ambiental do Estado de São Paulo realizou em janeiro opera-ções de fiscalização das condições de armazenamento e transporte de óleos lubrificantes usados ou contaminados (Oluc’s) que devem ser

destinados ao rerrefino e, se não atendido ao que está previsto na legislação (Lei de PNRS e Resolução Conama 362/2005), é considerado crime contra o meio ambiente.

De acordo com o coordenador de fiscalização ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), Ricardo Viegas, “é impor-tante que o setor e a sociedade saibam que estamos fiscalizando, fazendo autuações e que os policiais que participaram das operações receberam orientações de técnicos da SMA”.

No total, a Polícia Ambiental realizou 22 vistorias durante o primeiro mês deste ano, em 13 municípios paulistas, que resultaram na aplicação de 12 autos de infrações e na apreensão de 37 mil litros de oluc, em condição irregular. Outro resultado das ações de fiscalização foi o encaminhamento de nove pessoas para os distritos policiais localizados nos municípios que fize-ram parte da operação, com instauração de processos por delito ambiental.

Na maior parte, os responsáveis pelos crimes ambientais foram liberados após pagamento de fiança, mas terão de responder a processos em liberda-de, com a possibilidade de serem condenados a penas que podem chegar a até quatro anos de prisão.

Além da abordagem de veículos que estavam fazendo o transporte de oluc, foram fiscalizadas 13 empresas, sendo que sete delas estavam em situação irregular. Para evitar a interdição, esses estabelecimentos foram advertidos e deverão se adequar à legislação dentro de prazos diferenciados, de acordo com cada situação.

Viegas explica que “não é feita uma classificação pelos tipos de irregula-ridades, mas as mais frequentes são a ausência de registro na ANP, de documentação obrigatória e o transporte e armazenamento inadequados do óleo usado”.

Nos casos de documentação irregular, é importante lembrar às empresas que fazem a coleta, o armazenamento e o transporte de oluc a necessidade de possuir uma licença específica da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atendendo a todos os requisitos da Resolução ANP nº 20/2009, sob pena de responderem por crime ambiental.

O coordenador da fiscalização ambiental da SMA ainda avisa que o trabalho de fiscalização não vai parar por aí. Obviamente ele não pode adiantar quando serão realizadas novas operações, mas antecipa que, “com certeza, serão adotadas outras rotinas parecidas em conjunto com a Polícia Ambiental”. S

Vistorias

realizadas

em janeiro

resultaram na

apreensão de

37 mil litros de

óleo usado e no

encaminhamento

de nove pessoas

para distritos

policiais

Oluc e o crime ambientalPolícia Ambiental paulista aperta o certo

5sindilub

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A empresa MB Engenharia e Meio Ambiente inaugurou, em meados de fevereiro, em Hortolândia, uma nova central de recebimento de embalagens plásticas usadas de óleos lubrificantes do Programa

Jogue Limpo. De acordo com Antônio Nóbrega, gerente de meio ambiente e segurança do Sindicom – Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes, a nova central vai atender os municípios adjacentes e outras centrais estão aguardando liberação por parte Cetesb – Companhia de Saneamento Ambiental, ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista.

O engenheiro Antonio Flavio André Alvarez, diretor operacional da MB Enge-nharia e Meio Ambiente, empresa contratada pelo Sindicom para realizar o trabalho no interior paulista e que já presta serviços para o Programa Jogue Limpo em outros Estados, confirma que a central de Hortolândia já está em pleno funcionamento. “Estamos aguardando o licenciamento ambiental da segunda unidade, em Guarulhos, para completarmos a primeira etapa do programa, atendendo 25% do número de municípios do Estado. Ainda este ano, implantaremos a terceira unidade, na região de Ribeirão Preto”, revela.

Nóbrega, do Sindicom, reforça que o Programa Jogue Limpo já está imple-mentado no município de São Paulo há quase três anos, recolhendo 28 toneladas por mês, o que equivalente a 560 mil embalagens, que são enca-minhadas para reciclagem. Na capital, a empresa responsável pela coleta das embalagens usadas é a Suatrans.

“No acordo setorial assinado pelo Sindicom, Sindilub, Fecombustíveis e CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o comerciante atacadista de óleos lubrificantes faz parte de um processo de responsabilidade compartilhada”, afirma Nóbrega.

Pelo documento, as revendas atacadistas da capital paulista devem receber embalagens usadas e, quando necessário, entrar em contato com a empresa responsável – a Suatrans na capital ou a MB, no interior – para agendar a retirada do material.

Nóbrega assegura que, como o Sindilub mantém contato estreito com a Secretaria de Meio Ambiente e com o próprio Sindicom, o cronograma de expansão do raio de atuação do Jogue Limpo será comunicado rapidamente aos revendedores atacadistas, inclusive quando começa-rem a funcionar as próximas centrais de recebimento, em Guarulhos e na região de Ribeirão Preto.

No site do Sindilub você encontra a matéria com a relação dos municípios paulistas que passaram a ser atendidos pelo Jogue Limpo em fevereiro de 2013, www.sindilub.org.br. S

Texto: Renato Vaisbih

Central para

recebimento de

embalagens plásticas

usadas começa a

funcionar no interior

paulista e mais duas

unidades devem ser

inauguradas este ano

Jogue Limpo avança em SP

M eio AMbiente

6 sindilub

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e vento

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Texto: Ana Azevedo Fotos: Sebastian Gondim

Embora a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis (ANP) tenha ampliado as ações no segmento de lubrificantes, a agenda para 2013 deverá priorizar a neces-

sidade de revisar a regulamentação dos setores de distribuição de combustíveis líquidos, revenda de combustíveis automotivos e de comercialização/estoque de etanol.

Dessa forma, a regulamentação da revenda deverá ficar “mais para frente”, afirma o novo superintendente de Abastecimento da Agência, Aurélio Cesar Nogueira Amaral. Oriundo da Fiscalização, o novo superintendente substituiu o anterior, Dirceu Amorelli, que assumiu como assessor da diretora-geral, Magda Chambriard.

Segundo Amaral o grande desafio da nova função é garantir o abastecimento nacional. Acompanhe os principais trechos da entrevista do novo superintendente ao Sindilub Press.

O conhecimento que o senhor adquiriu na Fiscalização está contri-buindo para seu trabalho na superintendência de Abastecimento? O trabalho na Superintendência de Fiscalização foi fundamental para melhor compreender as questões que envolvem o setor de abastecimento, lá eu atuava na outra ponta da cadeia, coordenan-do às diretrizes, as prioridades e as políticas para a fiscalização dos agentes regulados que compõem o abastecimento nacional de combustíveis, fiscalizando suas mazelas, agora gerimos o processo de regulação das atividades relacionadas com o abastecimento.

Quais os principais desafios que o senhor tem nesse novo cargo?O grande desafio é garantir o abastecimento nacional, para isso trabalharemos com dedicação e empenho juntamente com a equipe da Superintendência na coordenação do Sistema Nacional de Combustíveis de modo a permitir o seu funcionamento regular.

Faz algum tempo que a Agência discute a regulamentação da revenda de óleos lubrificantes. O que há de efetivo até o momento? A Diretoria Colegiada da ANP determinou que, a partir deste ano, todas as áreas desta Agência deverão submeter à sua aprova-ção uma Agenda Regulatória, a qual estabelecerá os assuntos que serão objeto de revisão ou elaboração de regulamentações. Nesse sentido, vale informar que para 2013, tendo sido identifi-cada a necessidade de revisar a regulamentação dos setores de distribuição de combustíveis líquidos, revenda de combustíveis

E ntrevistAAurélio Cesar Nogueira AmaralSuperintendente de Abastecimento da ANP

Regulamentação da revenda não está prevista para 2013

automotivos e de comercialização/estoque de etanol, a regulamentação do setor de revenda atacadista de lubrificante será avaliada um pouco mais a frente, pois necessita de maiores esclarecimentos a respeito do funcionamento do mercado atacadista, varejista, dos TRRs e da terceirização da distribuição, fato que está ocorrendo por parte dos produtores. A partir do entendimento desses itens é que se tornará viável sua inclusão em agenda regulatória.

Durante reunião com a Dra. Magda e a direção do Sindilub, vocês levantaram a possibilidade de realização de um Workshop. O que deverá ser discutido nesse evento? Quais os objetivos? A Superintendência de Abastecimento irá realizar no ano de 2013, um Workshop com o setor de lubrificantes, visando abordar assun-tos pertinentes ao mercado, suas demandas

8 sindilub

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e consequências. Dentre elas, destaco a im-portância de uma melhor discussão a cerca dos seguintes assuntos: obrigatoriedade do envio de informações à ANP de possíveis novos agentes regulados, como o caso do revende-dor atacadista de lubrificantes; possibilidade de venda de lubrificantes a granel por parte dos revendedores varejistas de combustíveis e dos TRRs; responsabilidade sobre a coleta de OLUC por parte do revendedor atacadista, entre outros.

Na sua opinião a regulamentação da revenda é necessária? Por que?Nesse momento é importante a realização de eventos para fomentar a discussão em torno da possibilidade de regulamentação da revenda atacadista de lubrificantes.

Para encerrar?A ANP espera sempre contar com o apoio e participação efetivas dos sindi-catos e associações que representam os agentes econômicos regulados, a exemplo da ativa participação do SINDILUB no desenvolvimento do setor de lubrificantes no país. S

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F ique por Dentro

Empresas que atuam com produtos perigosos devem ficar atentas ao que prevê a legislação. Recentemente o Sindilub recebeu uma consulta sobre qual o nível de responsabilidade dos revendedores atacadistas no

transporte do óleo lubrificante.

De acordo com o consultor jurídico do Sindicato, Edison Gonzales, no caso da revenda atacadista, normalmente a operação de venda abrange a entrega do lubrificante no estabelecimento do comprador, diferentemente do varejista, quando o consumidor, na maioria das vezes pessoa física, se dirige ao esta-belecimento revendedor para adquiri-lo, seja trocando o óleo no próprio local, ou levando para troca posterior.

Logo, explica, tudo dependerá de como a venda for feita. Se ela se der com a cláusula FOB, a mercadoria será retirada pelo comprador no estabelecimento do revendedor, e a partir daí, operada a “tradição”, que quer dizer, “a entrega”, a posse da mercadoria passa a ser do comprador e viajará por conta deste até seu estabelecimento, local de destino mencionado no documento fiscal.

Outra possibilidade é quando o comprador contrata a transportadora, explica Gonzales. Neste caso, também na modalidade FOB, a retirada deve ser comu-nicada previamente, e o revendedor deve ter o cuidado de exigir a autorização para entrega da mercadoria ao transportador.

Se a compra for feita na modalidade da cláusula CIF, modo mais comum, o revendedor, seja com seu próprio veículo ou através de transportadora por ele contratada, é responsável pelo lubrificante até a entrega no estabelecimento do comprador. “Somente lá é que se operará a “tradição”, ou seja, o lubrificante viaja por conta e risco do revendedor atacadista, até o local de destino”.

Em caso de acidente com a carga de lubrificante transportada, não há res-ponsabilidade solidária entre o revendedor e o comprador. O consultor explica que se a venda for feita nos moldes da cláusula FOB, o comprador, que retirou a mercadoria, é quem arcará com o prejuízo, e, eventualmente, terá direito regressivo contra a transportadora contratada, se esta agiu com culpa.

É nesse momento que entra a previdência, ressalta o advogado. A contrata-ção de um seguro pode salvar a operação. “Fica mais caro? Não, fica mais barato. No final, só o fato de afastar o risco já cobre o custo”, garante. Se o comprador não quiser correr o risco pode comprar o lubrificante para entrega pelo revendedor, com a cláusula CIF. “Talvez pague um pouco mais caro, mas não terá a responsabilidade pelo transporte e receberá o lubrificante intacto em seu estabelecimento”.

Texto: Ana Azevedo Ilustração: Shutterstock.com

A responsabilidade

depende de como

a venda for feita,

pela cláusula

CIF ou FOB

O revendedor e a responsabilidade no transporte do lubrificante

10 sindilub

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O consultor alerta, no entanto, que estamos fa-lando de responsabilidade pelo produto, e não responsabilidade ambiental, que envolve outros aspectos. “Vamos supor que foi feita a venda com a cláusula CIF e o produto é transportado por uma trans-portadora contratada pelo revendedor. Tombou o caminhão e vazou todo o produto. A responsabilidade ambiental é solidária entre o revendedor/expedidor da carga e o transportador, mas não chega ao destinatário”, explica.

No caso da venda FOB, em que o compra-dor foi buscar o lubrificante no estabeleci-mento do revendedor e na volta acontece o acidente e a carga vaza, se a mercadoria não estava devidamente acondicionada para suportar riscos de carga, descarga e transporte, a responsabilidade é solidária entre o revendedor/expedidor e o comprador, e, eventualmente, o transportador, se estava sob sua responsabilidade, conclui. S

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Desde a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), era considerada essencial a padronização da linguagem e terminologias uti-lizadas no Brasil para a declaração de resíduos sólidos, principalmente

para o envio de informações ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) junto ao Cadastro Técnico Federal.

Para solucionar essa questão, o Ibama publicou no dia 18 de dezembro de 2012, a Instrução Normativa nº 13, com a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos. De acordo com o consultor jurídico do Sindilub, Dr. Edison Gonzalez, a padro-nização da linguagem no envio de informações sobre resíduos sólidos é de fundamental importância para o pleno monitoramento e gerenciamento dos diversos níveis de resíduos sólidos, e a lista elaborada pelo Ibama facilitará o envio de informações e alimentará também o Sistema Nacional de Infor-mações sobre a gestão dos resíduos sólidos (Sinir) e o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima), instrumentos previstos na PNRS.

Segundo o Ibama a padronização da descrição dos resíduos permitirá tratar estatisticamente e comparativamente dados sobre a geração e destinação dos resíduos sólidos de diferentes empreendimentos e atividades.

A listagem deverá ser utilizada para prestação de informações sobre a geração e o gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os considerados perigosos pelos:

» sujeitos passivos da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), quando da entrega do relatório das atividades exercidas no ano anterior;

» participantes dos sistemas de logística reversa implementados por acordos seto-riais de abrangência nacional ou por resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), na identificação dos resíduos e rejeitos sujeitos à logística reversa, quando prestarem informações ao Ibama;

» empreendimentos e atividades licenciados ambientalmente pelo Ibama, em seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos.

Vale lembrar que os revendedores atacadistas são obrigados a entregar até o dia 31 de março de cada ano relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo modelo é definido pelo Ibama, para o fim de colaborar com os procedimentos de controle e fiscalização, conforme § 1º do Art. 17-C da Lei 6.938/1981, de 31 de agosto de 1981, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente.

Os resíduos de lubrificantes, como óleos usados e/ou contaminados, estão classificados no Capítulo 13 da Lista, inclusive descritos como produtos perigosos. S

Texto: Ana Azevedo

L egisLAção

Ibama padroniza linguagem para declaração de resíduos sólidos

Modelo é definido

pelo Ibama,

para o fim de

colaborar com os

procedimentos

de controle e

fiscalização

12 sindilub

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Sindilub visita diretorageral da ANP

Texto: Ana Azevedo Durante o encontro surgiu

a proposta de criar um

Workshop para discutir a

regulamentação do setor

s inDiLub eM Ação

A diretoria do Sindilub esteve na sede da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para apre-sentar a Entidade à nova diretora-geral Magda Chambriard.

O presidente Laercio Kalauskas aproveitou a oportunidade para reforçar a solicitação de cadastramento do Revendedor Atacadista, pleito antigo de toda a categoria.

Além da diretora-geral, o superintendente de Abastecimento Aurélio Amaral, também participou da reunião. “O encontro transcorreu em clima de cordialidade. A diretora ouviu todas as nossas argu-mentações e finalizou dizendo que achava muito justo e coerente nosso pleito, recomendando ao superintendente que identificasse os entraves e assim agilizasse o processo”, comenta Kalauskas.

O superintendente Amaral, que já atuou em diversas funções na Agência, tendo sua maior exposição na área da Fiscalização, disse conhecer o pleito da categoria e o trabalho que vem sendo feito pelo Sindicato. “Embora tenha assumido o Abastecimento recentemen-te, o superintendente já identificou que existem divergências entre os técnicos do seu setor em relação à necessidade de cadastrar ou mesmo regulamentar a Revenda Atacadista”, lembra o diretor Executivo Ruy Ricci.

Diante desse quadro, Amaral propôs a realização de um Workshop com a participação dos técnicos de regulamentação dos setores de Qualidade, Fiscalização e Informática, dos representantes do

Sindilub, Sindicom, Sindirrefino, Simepetro, SindTRR e Fecombustíveis. “A proposta foi aceita de imediato por nós e apoiada pela diretora Magda”, diz Ricci.

A data do Workshop ainda não está definida, bem como os temas que serão discutidos e o local. O Sindilub está empenhado na realização do mesmo e atuará diretamente para agilizar o agendamento do Encontro. “Acreditamos que esse tipo de evento é fun-damental para que os técnicos tenham mais informações sobre os segmentos e entendam as necessidades do mercado Revendedor Atacadista”, finaliza Kalauskas. S

13sindilub

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Texto: Renato Vaisbih

Fiscalização do abastecimento em notícias – Balanço 2012

Agência divulgou o

boletim que também

apresenta informações

sobre coletores de oluc

e rerrefinadores

F iscALizAção

Os segmentos dos produtores de lubrificante acabado; coletores de óleo lubrificante usado ou contaminado (oluc) e rerrefinadores de óleo

lubrificante não apresentaram grandes problemas no balanço anual 2012 realizado pela Superintendência de Fiscalização do Abastecimento (SFI) da Agência Nacio-nal do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As ações, porém, não têm relação alguma com o Programa de Monitoramento da Qualidade dos lubrificantes aca-bados, realizado pela Superintendência de Qualidade da ANP, que ainda apresenta elevados índices de não conformidade em alguns quesitos.

Do total de ações de fiscalização da SFI, apenas 113 – ou 05% do total – foram em produ-tores de lubrificante acabado, com 38 infrações, representando 0,9% das irregularidades. Já nos coletores de oluc, o SFI realizou 42 ações de fiscalização – 0,2% do total –, que resultaram em 8 infrações – também 0,2% do total. Por fim, os rerrefinadores de óleo lu-brificante passaram por 20 ações de fiscalização, o que equivale a apenas 0,1% do total, com 3 infrações, também representando somente 0,1% do universo de irregularidades.

Ao abordar a importância do trabalho, Magda Chambriard, diretora-geral da ANP, em sua mensagem que acompanhou o boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias – Ba-lanço Anual 2012, afirma que “aprimorar os instrumentos de gestão na fiscalização e a interlocução com a sociedade é um desafio que se renova diariamente”.

No texto de abertura do boletim, a SFI informa que o documento “registra suas principais realizações e estatísticas em 2012, em linha com a política de transparência que carac-teriza a ANP”.

De acordo com Chambriard, os principais objetivos da divulgação dessas informações é garantir a qualidade dos produtos comercializados em território nacional, proteger o direito do consumidor e promover a concorrência saudável do mercado.

A fiscalização abrangeu todas as regiões do território brasileiro, sendo que dos 5.564 municípios do país, foram fiscalizados 1.733, o equivalente a 31% do total, com 20.786 ações e 4.001 infrações.

Os segmentos com o maior número de ações e, consequentemente, de irregularidades encontradas foram os de revenda de combustíveis automotivos e revenda de GLP que, juntos, representaram 84,6% das fiscalizações e 76,2% das infrações.

No geral, dentre as principais irregularidades encontradas pelos fiscais da ANP em 2012, estão a oferta de combustíveis fora do padrão de qualidade estabelecido; o não atendi-mento às normas de segurança; documentação vencida e irregularidades nas bombas de abastecimento. S

14 sindilub

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Texto: Ana Azevedo

ANP promove evento para apresentar evolução do

mercado de combustíveis

e vento

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizou no dia 28 de fevereiro, o Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis. O evento, que contou com a presença do presidente do Sindilub, Laercio Ka-

lauskas e do diretor Executivo,Ruy Ricci, dentre outros representantes de Entidades ligadas aos combustíveis e lubrificantes, teve por objetivo apresentar o desempenho do mercado em 2012, em comparação com 2011, tendo como principal fonte os dados extraídos do Sistema de Informações de Movimentação de Produtos - SIMP.

Mais uma vez o evento teve o foco dirigido para os combustíveis, com amplas ex-posições sobre gasolina, etanol e óleo diesel. “Os lubrificantes estão ganhando seu espaço. Temos certeza que com a regulamentação da revenda e o encerramento do processo de cadastramento dos produtores, o segmento mostrará sua força”, afirmou o presidente do Laercio Kalauskas.

Dentre os números apresentados, o crescimento na produção interna de óleos básicos, passou de 602 mil m³ em 2011, para 608 mil m³ em 2012.

Com base nos números informados pelos produtores, a venda de óleos lubrificantes, em milhares de m³, passou de 1369 em 2011, para 1.383 em 2012.

Venda de óleos lubrificantesEmpresa 2011 2012

BR 20,3% 20,5%IPIRANGA 12,4% 13,6%COSAN 12,0% 13,3%SHELL 11,0% 11,9%CHEVRON 12,1% 10,9%PETRONAS 6,6% 7,8%CASTROL 3,5% 3,6%TOTAL 1,9% 2,1%YPF 2,6% 1,9%KELPEN 1,1% 1,8%INGRAX 1,4% 1,4%OUTRAS 15,2% 11,2%

CombustíveisDe acordo com os números apresentados, o con-sumo aparente de combustíveis no mercado bra-sileiro em 2012 foi de 129,677 bilhões de litros, o que representa um aumento de 6,1% em relação aos 122,220 bilhões de litros referentes a 2011

Houve aumento de 7% no consumo de óleo diesel na comparação entre 2011 e 2012, de 52,264 bilhões de litros para 55,900 bilhões de litros. A mesma variação foi encontrada no consumo de biodiesel, de 2,580 bilhões de litros em 2011, para 2,762 bilhões de litros em 2012.

O consumo de gasolina C foi de 39,698 bilhões de litros, um aumento de 11,9% em relação aos 35,491 bilhões de litros relativos a 2011. O consumo de etanol hidratado, que havia sido 10,899 bilhões de litros em 2011, caiu para 9,850 bilhões de litros em 2012, o equivalente a uma diminuição de 9,6%. S

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e spAço técnico

Lembro-me que na segunda metade dos anos 60, discutia-se a introdução dos óleos “Multigrade” no Brasil, fazendo com que a tecnologia da lubrificação automotiva avan-çasse neste País.

O óleo multigrade, ou de multiviscosidade era visto com desconfiança, especialmente pelos frentistas e os lubrificadores que estavam acostumados a “avaliar” a viscosidade de um lubrificante para motores esfregando uma gota do mesmo entre os dedos e com o semblante sério sentenciavam que o óleo estava com a viscosidade correta, ou que tinha “perdido” a viscosidade.

É claro que para este pessoal, um óleo multiviscoso iria enganá-los, pois, apesar de contar com uma viscosidade tipo SAE 20W-40, não apresentava, na temperatura ambiente, a mesma viscosidade de um óleo monoviscoso SAE 40, com o qual estavam acostumados.

De fato, um óleo multiviscoso, ao ser “testado” entre os dedos, não apresenta a viscosida-de de um óleo SAE 40 e o frentista não conseguiria se convencer que aquele lubrificante suportaria as altas temperaturas no motor com aquela viscosidade aparente.

Seu conhecimento sobre a tecnologia dos lubrificantes era e sempre foi muito limitado e ele não podia conceber como este óleo aparentemente fino à temperatura ambiente poderia dar bons resultados. Nada convenceria esse bem intencionado cavalheiro a recomendar um óleo com essas características aos seus clientes.

No meio dos meus colegas técnicos de outras empresas, também havia discussões, ainda que genéricas, sobre a conveniência de se introduzir um óleo lubrificante mais caro no mercado. Como justificar um lubrificante para condições de frio do inverno dos países do hemisfério Norte no Brasil com seu clima tropical?

Explico: o “W” que consta na especificação de viscosidade do lubrificante, como no caso do SAE 20W-40 que se planejava introduzir no mercado significa “Winter”, ou seja inverno. Essa especificação de fato foi estabelecida para descrever um lubrificante capaz de reduzir as dificuldades de partida dos motores no frio, em condições invernais, mas ao mesmo tempo satisfazendo as condições de uso do mesmo por ocasião do verão.

A ideia, ao se desenvolver este tipo de lubrificante, era a de se poder usar o mesmo óleo para o motor durante o ano inteiro, evitando a necessidade de trocar o óleo do motor por um óleo “mais fino” com a chegada do inverno, prática essa adotada por muitos anos nos países do hemisfério Norte, sujeitos a temperaturas muito baixas nos rigorosos invernos.

A solução encontrada para formular este tipo de lubrificante, foi a utilização de componen-tes especiais, denominados “Melhoradores de Índice de Viscosidade” ou “VII”. Trata-se de polímeros compatíveis com os óleos básicos de petróleo e que modificam a viscosidade aparente do lubrificante com a variação da temperatura. A viscosidade é aparente neste caso porque a viscosidade dos óleos básicos não se altera, mas é “modificada” pelo polímero que muda sua forma com a mudança de temperatura. Explico.

Texto: Roland Gemperle Foto e gráfico: Divulgação

Multigrade x Monograde, uma discussão antiga

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O polímero que funciona como melhorador do índice de viscosida-de é constituído de moléculas que assumem a forma de “novelo”, pois suas cadeias químicas são extremamente longas e por isso têm a tendência de se “enrolarem” sobre si mesmas formando novelos. Com o aumento da temperatura, os “novelos” tendem a se abrir ou esticar alterando a viscosidade da solução no óleo mineral, de modo que a viscosidade aparente da mistura resulta mais alta do que a do óleo mineral sem o aditivo.

Em baixas temperaturas, os “novelos” estão enrolados e fechados, de modo a apresentarem menos resistência à circulação no óleo, o que resulta em viscosidade aparente mais baixa.

Sem entrar em detalhes químicos mais profundos, os Melhora-dores do Índice de Viscosidade utilizados para formular óleos de motor Multigrau pertencem às famílias dos Poliisobutilenos, Po-limetacrilatos, Copolímeros de Estireno-Butadieno e Poliolefinas, para citar os principais.

O grau de solubilidade em óleo mineral, a massa molecular mé-dia, a concentração e a morfologia da molécula são os principais fatores de funcionalidade dessas substâncias como modificadores de viscosidade de um óleo lubrificante.

A utilização dessas substâncias para obter um óleo Multigrau trouxe ainda outra vantagem descoberta com o uso desse tipo de óleo ao longo do tempo. Notou-se de fato que o óleo multigrau proporcionava uma redução do desgaste dos motores em maior ou menor grau.

Ao se estudar esse fenômeno inesperado, pelo menos em função unicamente da natureza química dos melhoradores de índice de

viscosidade que não são aditivos antidesgaste, desenvolveu-se a ideia de que o óleo multi-grau apresentava uma característica que se identificou como “visco-elasticidade”, que seria responsável pela nítida redução no desgaste dos motores utilizando esse óleo.

A teoria da “Visco-elasticidade” foi desenvolvida por J.C. Maxwell em seus trabalhos no estudo dos fluidos Newtonianos em 1898, e portanto conhecida de longa data. Essa teo-ria descreve o comportamento de certos fluidos submetidos a pressões instantâneas nas quais os mesmos não se comportavam como fluidos normais, isto é, não transmitiam essas pressões de imediato como se espera de um fluido Newtoniano.

O efeito da visco-elasticidade é parecido com o de um amortecedor, no qual os impactos são retardados por um meio capaz de absorver choques. No caso dos lubrificantes multigrau, esse efeito seria produzido pela presença do VII cujas moléculas são capazes de deformarem elasticamente no seio do óleo.

Vários ensaios comparativos foram efetuados ao longo de muitos anos e que parecem corroborar essa teoria, na medida em que a redução do desgaste é função da resistência da película de óleo. Sugeriu-se que o tempo necessário para a deformação elástica das moléculas do VII , é aproximadamente igual á duração do impacto da explosão da mistura combustível nos cilindros de um motor de tal forma que os efeitos da lubrificação hidrodinâ-mica na película de óleo ainda é reforçada por este efeito visco-elástico. Esse efeito é mais evidente na lubrificação dos mancais do virabrequim, onde as bielas transmitem o impacto das explosões nos cilindros diretamente aos casquilhos.

Os óleos monograu não apresentam essa propriedade visco-elástica e se comportam como

Roland Gemperle

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verdadeiros fluidos Newtonianos e sua eficiência como lubrificantes de motores depende exclusivamente dos efeitos da lubrificação da cunha hidrodinâmica onde a resistência da película é primordial e responsável pela separação das super-fícies metálicas. Onde uma lubrificação hidrodinâmica não é possível, os aditivos antidesgaste são responsáveis em grande parte pela proteção contra o desgaste. É o caso dos comandos de válvulas onde os cames do eixo de comando e os balanceiros ou os pés de válvulas estão em permanente contato e onde residem pressões relativa-mente elevadas.

Mesmo nesses pontos críticos, as caracte-rísticas de visco-elasticidade do lubrificante podem apresentar vantagens porque mes-mo em taxas de cisalhamento elevadas, as moléculas do VII deformam elasticamente, voltando ao seu estado inicial depois de cessarem os esforços na zona de contato.

Os VII, no entanto, também tem seus limites de resistência à deformação pois após repetidas vezes cisalhadas, as moléculas maiores começam a se partir e ficar menores, reduzindo seu efeito sobre a viscosidade do lubrificante. Com o tempo, o lubrificante multiviscoso começa a perder sua característica principal, expressa pelo seu Índice de Viscosidade, sofrendo redução da viscosidade inicial. Este fenômeno usualmente ocorre bem mais adiante, isto é, geralmente fora do limite superior do período recomendado para troca do mesmo no motor e não é percebido na prática.

Não se pode esquecer que a contaminação do lubrificante em serviço nos motores automotivos em função principalmente de produtos da combustão, promove a oxidação do óleo e a presença de materiais que podem produzir vernizes e lacas são responsáveis pelo aumento significativo da viscosidade do óleo.

No caso dos óleos multigrau, em função da viscosidade inicial mais baixa, o óleo tolera uma quantidade maior de contaminantes e por isso, permite que seja trocado em períodos mais prolongados. Os óleos monograu, que já começam com uma viscosidade maior, como por exemplo, um lubrificante com viscosidade SAE 40, o mesmo nível de contaminação forçará sua troca mais cedo do que um multigrau, cuja viscosidade inicial é inferior a um SAE 30.

Os períodos de troca mais longos acompanharam o lançamento dos óleos mul-tigrau, que por sua vez, e em função das crescentes exigências de desempenho API, ofereceram vantagens econômicas com sua utilização, em comparação com os óleos monograu, embora seu custo inicial era comparativamente mais alto.

Os modernos motores automotivos, que muitas vezes desenvolvem mais de 100 HP por litro de cilindrada, são máquinas exigentes em termos de lubrificação e contribuíram para consolidar a utilização dos lubrificantes multigrau, de tal forma que estes estão definitivamente consagrados principalmente em função de suas excepcionais características de desempenho. S

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), publicou a revisão da ABNT NBR 17505 - Armazenamentos de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis. A revisão foi fruto de um longo pro-

cesso desenvolvido pelo Grupo de Trabalho, que durou mais de quatro anos e discutiu as sete partes que compõem a Norma*.

Na verdade a revisão faz parte de um processo de Aperfeiçoamento da Norma. Não houve uma mudança de parâmetro, o que mudou foi a forma de abordar, explica o coordenador da Comissão, engenheiro Maurício Prado Alves. “Houve um aclaramento da melhor localização, da classificação do lubrificante”, diz.

A Norma classifica os inflamáveis como classe I, os combustíveis como classe II e III, com alto ponto de fulgor, e os óleos lubrificantes como IIIB. Pela classe IIIB, explica o relator da revisão Paulo de Tarso, é classificado todo produto que estiver acima de 93°C. “O lubrificante tem ponto de fulgor acima de 200 graus, os produtores achavam que deveria ter uma classificação especial, logicamente, atenuando o nível de exigência para esse produto. Só que isso não existe nem interna-cionalmente. Consideramos que o óleo lubrificante tem pouco risco, mas se ele pegar fogo se torna mais difícil de combater o incêndio do que em um produto volátil como a gasolina”.

Segundo ele, nem o corpo de bombeiros nem os responsáveis pela Norma abriram “mão” dos 93°C, para cima há limite. “Não é invenção nossa é a Norma aceita no mundo todo. Nós melhoramos a didática, mas não mudamos os conceitos utilizados no mundo”, explica o relator.

Algumas mudanças feitas na Norma são para os óleos lubrificantes a granel, quando existe uma tancagem. A partir de 450 litros a granel é obrigatório obedecer a Norma. O engenheiro Maurício Alves lembra que o documento final saiu com um erro de grafia, que já está sendo corrigido. Onde deveria constar 65 saiu apenas 5, ou seja, o lubrifi-cante armazenado ou manuseado, se for aquecido acima de 65% do

Texto e foto: Ana Azevedo

e spAço técnico

ABNT revisa NBR 17505

seu ponto de fulgor ele será reclassificado para IIIA”.

A Norma já está em vigor e pode ser ad-quirida junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

*Processo público aberto a manifestação de qualquer interessado. S

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A Leone Equipamentos, que completou 42 anos de atividades comerciais no início deste ano, continua se aprimorando e criando novos produtos para aten-

der clientes em todo o Brasil, que incluem revendedores atacadistas de óleos lubrificantes e também revendedores varejistas, super trocas, oficinas mecânicas, concessioná-rias, transportadoras e postos revendedores, por exemplo.

O gerente de marketing da empresa, Rafael Galea, revela que as principais novidades da Leone Equipamentos para o mercado de lubrificantes são um equipamento para a troca de óleo a vácuo e outro, para abastecimento de óleo à granel.

Segundo Galea, o UP-2008 é um equipamento para troca de óleo a vácuo indicado para clientes que, atualmente, não oferecem esse tipo de serviço e gostariam de iniciar uma nova etapa com uma solução prática e rápida.

“Muitos empresários não oferecem o serviço de troca de óleo por causa da falta de espaço na oficina, por estarem em centros urbanos instalados em imóveis com área re-duzida ou por não terem a intenção de aumentar o custo da oficina com o aluguel de um galpão maior. Por ser um equipamento compacto, completo e móvel, torna-se uma ferramenta flexível dentro da oficina, podendo ser utilizada

Texto: Renato Vaisbih Fotos: Divulgação

Leone Equipamentos apresenta novos

produtos relacionados à troca de lubrificantes

L AnçAMento

Uma empresa que se reinventa

em variados pontos dentro do mesmo estabelecimen-to”, esclarece o gerente de marketing.

O outro equipamento apresentado por ele é o carrinho abastecedor de óleo à granel. De acordo com Galea, “o produto é destinado a agilizar o processo de abaste-cimento de óleo e pode ser utilizado para serviços em veículos de pequeno ou grande porte. Sua utilização é conjunta com tambores de 200 litros para óleos de diversas viscosidades e o funcionamento pode ser elétrico ou pneumático”.

Ele ainda considera importante ressaltar que, “além desses benefícios, o equipamento contribui com a preservação ambiental, evitando derramamentos de óleo, reduzindo a utilização de embalagens plásticas e eliminando eventos efeitos poluidores causados pelo seu manuseio e descarte incorretos”. S

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Alcides Amazonas toma posse na Assembleia paulista

Texto e Foto: Ana Azevedo

e vento

CONAMA 362/2005Cumpra a Resolução

Dê ao óleo usado o destino previsto em lei e ajude a preservar a natureza.

Avenida Paulista, 1313 • 8º andar • conjunto 811 • FIESPCEP 01311-923 • São Paulo/SP • Fone/Fax (11) 3285-5498www.sindirrefino.org.br

Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos MineraisSINDIRREFINO

O deputado estadual Alcides Amazonas tomou posse em solenidade na Assembleia Legislativa de São Paulo, na quinta-feira, 21 de fevereiro. O evento contou com a presença de colaboradores, políticos do partido PCdoB, dentre eles Orlando

Silva, Leci Brandão, Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo, Protógenes Queiroz, Jamil Murad, dentre outros.

Na plateia também podiam ser vistos presidentes e representantes de diversos Sindi-catos, principalmente ligados aos setores de combustíveis e lubrificantes. O deputado ressaltou sua preocupação em manter um mandato com atuações em todas as áreas, sem, no entanto, esquecer dos mercados de combustíveis e lubrificantes. “Nos últimos sete anos lutei para melhorar o mercado de combustíveis, como dirigente da ANP, espero aqui na Assembleia, continuar desenvolvendo esse trabalho.

O deputado reforçou que espera continuar contando com o apoio dos Sindicatos das áreas de combustíveis e de lubrificantes. “Fizemos um trabalho importante que valorizou os segmentos. E aqui na Assembleia não será diferente”. S

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s eu negócio

Uma das primeiras providências a serem tomadas quando ocorre uma reclama-ção de algum cliente que adquiriu um

óleo lubrificante e teve problemas com seu veículo ou máquinas industriais é solicitar uma análise do produto utilizado.

O objetivo dessas pesquisas é identificar eventuais contaminações ou o nível de degra-dação do lubrificante para que, se for o caso, o problema seja solucionado ou os responsá-veis por ele assumam as responsabilidades, inclusive prejuízos financeiros.

Tarcísio D’Aquino Baroni, engenheiro e diretor do laboratório Tribolab, empresa especializada na verificação da qualidade de lubrificantes e do desgaste de máquinas lubrificadas explica que utiliza processos distintos, porém ambos realizados a partir de amostras de óleo.

O Tribolab possui um convênio com o Sindilub que prevê descontos para serviços realizados por associados do sindicato. De acordo com Baroni, o laboratório costuma ser acionado até mesmo no lugar dos fabricantes, uma vez que tem condições de executar um trabalho com isenção, sem nenhum interesse no re-sultado das análises.

O engenheiro conta ainda que começou o Tribolab em 1995, realizando análises com a técnica da ferrografia, que é composta de vários procedimentos para diagnóstico de desgaste de máquinas. “Regularmente, encontram-se desgastes oriundos de desali-nhamento, sobrecarga, subdimensionamento de materiais e outros tipicamente de origem mecânica ou operacional. Entretanto, muitas vezes nos deparávamos com problemas que não eram de natureza mecânica, mas decor-rentes de alterações no lubrificante. Nossos clientes, então, nos pediam para aproveitar-

Texto: Renato Vaisbih Fotos: Divulgação Tribolab e IPT realizam

caracterizações físico-químicas de

lubrificantes em diversas situações

Análises com credibilidade

mos as amostras para também acrescentar ensaios voltados para o lubrificante com vistas a determinar que remédio, na área de lubrificação, poderia ser tomado”, recorda Baroni.

A partir daí, ele decidiu investir em diversos tipos de ensaios para lubrificantes, desde os físico-químicos corriqueiros – conhecidos vulgarmente como “análise de óleo” – até os mais complexos, para pesquisas e desenvolvimentos.

Atualmente, a variedade de ensaios é tão grande, que o Tribolab exporta seus serviços para organizações de todo o mundo, incluin-do fabricantes de máquinas e de lubrificantes e prestadores de serviços, perícias e instituições de pesquisa.

“Atingimos a condição de laboratório de referência. Foi o produto dos esforços em maciços e contínuos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), na criação de novas metodologias de ensaios, desenvolvimento de normas, participações em órgãos regulamentadores e a conquista de certificações para equipamen-tos críticos e supercríticos na área da aeronáutica militar, energia termonuclear e ISO9001”, comemora Baroni.

Tarcísio Baroni - Tribolab

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Análises mais completas e mais rápidasO Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes do Instituto de Pesqui-sas Tecnológicas (LCL-IPT) faz parte de uma instituição centenária e está vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, com a prestação de serviços destinada a qualquer pessoa física ou jurídica, além de órgãos públicos, interessados.

Segundo Heloisa Burkhardt Antonoff, responsável pelo LCL-IPT, o laboratório está preparado para fazer a caracterização físico-química de lubrificantes automotivos e industriais, utilizando métodos norma-lizados pela ASTM International – American Society for Testing and Materials – e pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, além de equipamentos calibrados e creditados pelo Inmetro – Ins-tituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial.

“Há alguns anos atendemos muitos fabricantes e importadores de lubrificantes novos que precisam fazer o registro de seus produtos juntos à ANP. Também temos uma demanda muito grande por par-te de prefeituras que precisam fazer compras de lubrificantes em grande volume para utilizar nas suas frotas e, em muitos casos, fazem essas aquisições de revendas atacadistas, mediante processo licitatório. Nesses casos, com a análise em mãos, se houver algum problema, a administração municipal pode até desfazer o negócio e abrir nova licitação”, esclarece Heloisa.

A responsável pelo LCL-IPT afirma ainda que, nos últimos tempos, a procura tem sido maior por parte de empresas que solicitam análises de óleo usado para identificar problemas de manutenção em equipamentos e máquinas.

Nesse sentido, Heloisa revela que o LCL-IPT ad-quiriu em 2012 um espectrofotômetro no infraver-melho, equipamento utilizado no monitoramento de óleos lubrificantes usados. “Agora é possível verificar a degradação e a contaminação do óleo em poucos minutos, com uma única amostra, de pequena quantidade do produto”, diz.

Um software é responsável pela análise de diversos aspectos – viscosidade, acidez, fulgor, resíduos de carbono, entre outros – de uma única vez e que, anteriormente, exigiam um volume muito maior de amostras e muito mais tempo.

“O software que acompanhou o produto adquirido de um fornecedor estrangeiro já possui informa-

ções técnicas de diversos tipos de óleos, para efeitos de comparação. Agora estamos nos dedicando arduamente para inserir no software as características padrão dos lubrificantes fabricados no Brasil. Assim, em um eventual problema com uma máquina industrial, por exemplo, que não pode ficar muito tempo parada, esse nosso equipamento novo vai auxiliar a fazer a análise muito mais rapidamente, identificando o problema e tornando possível a busca por uma solução com mais celeridade”, conclui Heloisa. S

Equipamento da Tribolab

Equipamento IPT

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s eu negócio

Texto: Renato Vaisbih Fotos: Divulgação

Em todos os segmentos dos negócios, muitas empresas experientes conseguem manter bons resultados e um elevado padrão de qualidade nos produtos e serviços, com

preços competitivos, oferecidos aos consumidores, graças aos esforços de seus gestores, em conjunto com suas equipes. Nos últimos anos, um dos diferenciais também tem sido a preocu-pação com o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento de soluções criativas e ecologicamente corretas.

Nesse sentido, um bom exemplo é a Motorvac, com sede em Gravataí (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, como aponta Elton Spohr, diretor-presidente do Grupo Bremen Im-portadora, do qual a empresa faz parte. Segundo ele, as duas empresas atuam em faixas complementares e é importante salientar a sinergia que existe entre as mesmas.

“A Bremen especializou-se em importações do Mercado Comum Europeu e da Ásia, sendo hoje a maior importadora brasileira no setor de equipamentos para lubrificação, com faturamento anual superior a R$ 50 milhões. Já a Motorvac, com perfil mais técnico, atende preferencialmente clientes finais, como as companhias de petróleo, indústrias, revendedores de veículos, postos de serviços e revendas atacadistas, desenvolvendo produtos sob medida para cada necessidade”, afirma Spohr.

Essas ideias são compactuadas pelo engenheiro João Claudio Degani, fundador da empresa e, atualmente consultor técnico e responsável técnico perante o Conselho Regional de Enge-nharia e Agronomia (CREA), elaborando soluções e orientando os profissionais vinculados aos setores de projetos e produção.

Ao relembrar a história da Motorvac, Degani ressalta que a empresa se destacou no mercado desde o princípio, “com o lançamento de revolucionárias máquinas elétricas para sucção de óleo de motores de veículos, que obtiveram enorme sucesso, especialmente devido à sua alta qualidade, grande praticidade e apelo ecológico”.

O engenheiro recorda ainda que, “além do mercado nacional, se projetou exportando produtos para diversos países da América Latina, destacando-se também na implantação de projetos de abastecimento industrial de linhas de montagem, com conceitos inovadores de automação. Nossa associação com a Bremen Importadora abriu novos horizontes industriais, permitindo a utilização de componentes importados de última geração”.

Qualidade, preço justo e consciência ambiental são diferenciais

Elton Spohr – Diretor Presidente

Eng. João Degani – Gerente Técnico

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Empresa de equipamentos para

lubrificação alia experiência com soluções criativas para o cenário

contemporâneo

Novo conceito de vendaDentro de uma estratégia de dinamização da Motorvac, foi con-tratado recentemente o gerente-executivo engenheiro Márcio Pontes, oriundo do setor petrolífero e com larga experiência no atendimento aos segmentos que compõem a clientela da empresa.

Pontes vem comandando um processo de reestruturação in-terna da Motorvac, priorizando uma mudança no conceito de vendas e a aproximação com seus representantes regionais e demais parceiros, promovendo treinamentos e melhorando a bagagem técnica dos profissionais.

“Quando falamos em produtos de qualidade, imediatamente remetemos para produtos de alto valor agregado, e para clien-tes seletos que podem absorver estes valores. A Motorvac, já consagrada pela qualidade de seus produtos para lubrificação, vem trabalhando há dois anos na reestruturação de seus pro-cessos internos, atualização na engenharia de seus produtos e buscando fornecedores que colaborem tecnicamente na modernidade dos seus produtos, trazendo-os a patamares de valores compatíveis com o mercado, e aprimorando ainda mais sua qualidade“¸ diz Pontes.

Na opinião dele, “a diversificação de produtos da empresa, assim como a versatilidade de alguns equipamentos, permite que o cliente adquira uma solução customizada à sua neces-sidade, com qualidade e preços justos. Temos diariamente que compatibilizar investimentos às ‘Taxas de Retorno’ dos negócios dos nossos clientes, viabilizando pontos de venda de óleo lubrificante com soluções “ouro”, “prata” ou “bronze”, conforme o perfil de cada negócio”.

Pontes conclui que a recém-anunciada parceria técnico-comer-cial com a italiana Flexbimec, uma das principais referências em equipamentos de lubrificação no competitivo Mercado Comum Europeu, que passará a agregar produtos inéditos de alta qualidade à linha de produção da Motorvac. S

Eng. Márcio Pontes – Diretor Executivo

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e vento

A Lwart Lubrificantes, empresa do Grupo Lwart instalada em Lençóis Paulista (SP) e líder em coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado na América Latina, participou do Rerefining Workshop at The 17th

ICIS World Base Oil & Lubricants Conference. No evento, realizado no Hilton London Metropole, em Londres (Inglaterra), em fevereiro, o diretor geral da empresa, Thiago Trecenti prestigiou a palestra do presidente do Grupo, Carlos Renato Trecenti, sobre o setor de rerrefino no Brasil. Os executivos aproveitaram a oportunidade para acompanhar as principais tendências, buscar oportunidades de negócios futuros e mostrar a importância da atuação responsável da companhia no País.

O convite para participar da conferência, que contou com a presença das principais rerrefinarias do mundo, veio pelo reconhecimento da atu-ação da empresa no segmento. “Foi uma excelente oportunidade para reforçar o posicionamento da Lwart Lubrificantes como uma das mais reconhecidas empresas do setor e para expor a experiência brasileira para o resto do mundo”, comenta Thiago Trecenti. O executivo informa ainda que foram abordadas questões importantes, como o aumento no volume de óleo lubrificante usado coletado no País e a moderna legisla-ção brasileira recentemente complementada pela Política Nacional de Resídios Sólidos (PNRS). Outro destaque foi o debate em torno do papel do óleo lubrificante na redução do consumo de combustível e emissões de gases de efeito estufa dos motores mais modernos, contribuindo para a preservação ambiental.

Segundo o executivo, foi comentado também sobre as tendências do mercado nacional de óleo básico e o início da produção de óleo básico do Grupo II pela Lwart Lubrificantes no Brasil. A conferência apontou que as estatísticas das principais regiões consumidoras de lubrificantes demonstram que o óleo básico do Grupo II tem ocupado mais espaço na comparação com o óleo básico do Grupo I. Alinhada à tendência mundial, a Lwart Lubrificantes iniciou recentemente a operação de uma nova linha de produção em sua unidade em Lençóis Paulista. A linha 2, como ficou conhecida, é a primeira no Brasil a produzir óleo básico Grupo II. Ela é responsável por um salto tecnológico que coloca o País entre os poucos com tecnologia para transformar óleo lubrificante usado em produto de alta qualidade com altos índices de pureza e desempenho.

“A implantação da tecnologia para produzir óleo básico do Grupo II nos coloca entre as maiores e mais modernas rerrefinarias do mundo e nos deixa mais confiantes de que o investimento da Lwart Lubrificantes está na direção certa”, ressalta Carlos Renato.

A participação da empresa na conferência internacional demonstra que a Lwart Lubrificantes está em posição de destaque mundial quando se aborda questões como capacidade de processamento, qualidade do produto e tecnologia. S

Texto: Thiago Castilha Fotos: Divulgação

Lwart participa de conferência mundial de rerrefinarias

Carlos Renato Trecenti

Thiago Trecenti

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