16
ANO 35, Abril/Maio de 2009, nº 248 Crédito: Ary Costa Cosag discute infraestrutura: O consenso em torno das hidrovias A importância das estradas vicinais

JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal do Engenheiro Agrônomo

Citation preview

Page 1: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

ANO 35, Abril/Maio de 2009, nº 248

Créd

ito: A

ry C

osta

Cosag discute infraestrutura:O consenso em torno das hidroviasA importância das estradas vicinais

Page 2: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

Associação de EngenheirosAgrônomos do Estadode São Paulo

Filiada a Confederação das Federações de Eng. Agrônomos do Brasil (Confaeab)

Presidente: Arlei Arnaldo Madeira [email protected]ºVice-Presidente: Ricardo Antônio de Arruda Veiga - [email protected]ºVice-Presidente: Henrique Mazotini [email protected]ºSecretário: Ana Meire Coelho Figueiredo Natividade - [email protected]ºSecretário: Lauro Pedro Jacinto Paes [email protected]ºTesoureiro: Arildo Lopes de Carvalho [email protected]º Tesoureiro: Nelson de Oliveira MatheusJúnior - [email protected]: Ângelo Petto Neto [email protected]: Arnaldo André Massariol [email protected]: Celso Roberto Panzani [email protected]: Cláudio Aparecido Spadotto [email protected]: Sebastião Henrique Junqueirade Andrade - [email protected]: Zuleica Maria de Lisboa Perez [email protected]

CONSELHO DELIBERATIVO Anthero da Costa Santiago, Antônio Roque Dechen,Carlos Antônio Gamero, Carlos Gomes dos Santo Côrtes, Cristiano Walter Simon, Genésio Abadio de Paula e Silva, João Jacob Hoelz,José Cassiano Gomes dos Reis Jr., José Levi Pereira Montebelo, José Luis Susumu Sasaki, José Otavio Machado Meten, Luiz Ricardo Viegas de Carvalho, Nel-son Schreiner Junior, René de Paula Posso, Tulio Teixeira de Oliveira. CONSELHO FISCALJosé Antônio Piedade, Paul Frans Bemelmans, Paulo Torres Fenner.Suplentes: André Luís Sanches, Francisco Alberto Pino, José Eduardo Abramides Testa.

Órgão de divulgação da Associação de Engenheiros

Agrônomos do Estado de São PauloConselho Editorial

Ana Meire Coelho F. NatividadeNelson de Oliveira Matheus

Diretor ResponsávelSebastião Junqueira

Jornalista ResponsávelAdriana Ferreira (mtb 42376)

Secretária: Alessandra CopqueTiragem: 10.000 exemplares

Produção: Acerta ComunicaçãoDiagramação: Sígride Gomes

RedaçãoRua 24 de Maio, 104 - 10º andarCEP 01041-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3221-6322Fax (11) 3221-6930

[email protected]/[email protected]

Os artigos assinados não refletem a opinião da AEASP.

Permitidaa reprodução com citação da fonte.

Rua 24 de Maio, 104 - 10º andar CEP 01041-000 São Paulo - SP Tel. (11) 3221-6322 Fax (11) 3221-6930 [email protected]/[email protected]

Contra o pânico, razão

A cada novo dia surgem novidades e desafios. Ago-ra é a vez da tal gripe suína!

A influenza suína é uma doença infecciosa aguda do sistema respiratório que causa alta morbidade e baixa mortalidade (menor que 2 %) e é amplamente dissemina-da em granjas da Europa Central e América do Norte.

No Brasil, não há indícios de que essa doença afete os rebanhos, a carne de suínos continua sendo um produto seguro e saudável, pois sendo bem cozida não representa nenhum risco à saúde da população, assim a vigilância sa-nitária está assegurada e não há com o que se preocupar.

Nesse momento, nossas atenções devem, sim, estar voltadas para o uso indiscriminado de fitossanitários sem a orientação e acompanhamento do engenheiro agrôno-mo. E devemos estar ainda mais atentos ao emprego de produtos não registrados e o alto risco na contaminação de alimentos e do meio ambiente.

É preciso ter em mente que dificuldades sempre po-dem se transformar em oportunidades, essas situações mencionadas demonstram claramente a relevância das atribuições do engenheiro agrônomo, profissional que se torna cada vez mais importante em todos os elos da cadeia alimentar. A sociedade deverá reconhecer e valo-rizar nossa profissão cada vez mais.

A ampliação dos caminhos do agronegócio brasilei-ro e o aumento das exportações de commodities serão fa-tores primordiais para o desenvolvimento de nosso país, mas precisamos ainda ter soluções para muitos conflitos ocasionados pela inadequada política agrícola nacio-nal. A nossa matéria de capa fala exatamente sobre um desses problemas, as dificuldades para escoar nossos produtos devido à baixa infraestrutura de transportes.

Os frutos que colhermos serão sempre das sementes que plantarmos. Colhemos o primeiro JEA em seu lança-mento, em 1970, e desde então, cultivamos os frutos de ter um veículo de comunicação feito para nossos associa-dos e parceiros, um canal aberto para todos que queiram divulgar fatos e informações sobre engenharia agronômi-ca, agropecuária e o agronegócio. Na seção Origens desta edição contamos a história deste periódico.

E até nossas gentis colaboradoras da AEASP estão presentes neste JEA, vejam a matéria “A Casa AEASP”. Nada faríamos sem elas!

A AEASP esteve presente na AGRISHOW 2009. E com certeza vamos continuar comparecendo. Apesar de alguns percalços encontrados nesta edição do evento, ele continua a ser um dos mais importantes para o setor agropecuário.

Um abraço a todos.Arlei Arnaldo Madeira

Para as novas demandas, o trabalho dos engenheiros agrônomos

editorial

Page 3: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

Relatório de Atividades da AEASP 2008/2009

PARTICIPAÇÕES DA AEASP:

• Participação da AEASP junto ao GT Agricultura - CREA/SP – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo.• Participação da AEASP junto a Faculdade Cantareira.

CONTRATOS FIRMADOS PARA PUBLICIDADE NO JEA:• ANDEF;• AENDA;• FERMENTEC LTDA.;• FUNDAÇÃO AGRISUS;• MÚTUA;• INSTITUTO QUALITTÁS.

REPRESENTANTES DA AEASP EM OUTRAS ENTIDADES:

CONFEA (mandato 2007/2009)- Ricardo Antônio de Arruda Veiga – Conselheiro Titular

CREA/SP (mandato 2007/2009) - Arlei Arnaldo Madeira (titular) - Conselheiro - Zuleica Maria Lisboa Perez (suplente) – Conselheiro

CREA/SP (mandato 2008/2010) - Ana Meire C. F. Natividade (titular) - Conselheiro - Anthero da Costa Santiago (suplente) – Conselheiro - Ângelo Petto Neto (titular) - Conselheiro - José Antonio Piedade (suplente) – Conselheiro - Arildo Lopes de Carvalho (titular) - Conselheiro - Péricles Romeu Mallozzi (suplente) – Conselheiro

CREA/SP (mandato 2009/2011) - José Levi Pereira Montebelo (titular) - Conselheiro - Hadjimi Icuno (suplente) – Conselheiro - Nelson de Oliveira Matheus Jr. (titular) - Conselheiro - Celso Luis Rodrigues Vegro (suplente) – Conselheiro FIESP – Conselho Superior do Agronegócio - COSAG- Arlei Arnaldo Madeira – Conselheiro

Conselho de Desenvolvimento Rural em Piracicaba - COMDER- Valdemar Antônio Demétrio – Conselheiro

INSTALAÇÕES, MUDANÇAS E REFORMAS NA SEDE/ADMINISTRAÇÃO AEASP:

• Instalação de porta de vidro com fechadura eletrônica.• Instalação de interfone com 2 (duas) câmeras de vídeo.• Pintura hall dos banheiros.• Aquisição de móveis para as secretárias.• Aquisição de 2 (dois computadores.• Aquisição de uniformes para as 4 (quatro) funcionárias.• Aquisição de 1 (uma) máquina de xérox• Aquisição de 1 (um) notebook.• Aquisição de 1 (uma) TV LCD 32 polegadas.• Aquisição de 1 (um) aparelho de DVD.• Aquisição de 1 (um) conversor.• Aquisição de 1(uma) máquina fotográfica.• Aquisição de 1 (um) gravador.

PROMOÇÃO E PARTICIPAÇÃO:

3ª SEMANA DE TECNOLOGIA – AGRONEGÓCIOS E SUSTENTABILIDADE – FATEC ITAPETININGA:Realizada no período de 06 a 10 de Outubro de 2008, contou com aproximadamente 400 pessoas – Itapetininga – SP.

SEMINÁRIO – A CRISE INTERNACIONAL E SEUS IMPACTOS NA AGROPECUÁRIA E NO AGRONEGÓCIO BRASILEIROSRealizar-se no dia 14 de Maio de 2009, Auditório do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, em São Paulo/SP.

USO AGRÍCOLA DE LODO DE ESGOTO: AVALIAÇÃO APÓS A RESOLUÇÃO N.º 375 DO CONAMA:Realizar-se no período de 19 e 20 de Maio de 2009, estimando aproximadamente 150 pessoas – Campinas – SP. 49º CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA:Realizar-se no período de 03 a 07 de Agosto de 2009, estiman-do aproximadamente 1000 pessoas – Hotel Vacance – Águas de Lindóia – SP.

XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE AGRONOMIA - CBA:Realizar-se no período de 20 a 23 de Outubro de 2009, a exem-plo de edições anteriores e em função da localização do evento, são esperados mais de 1.000 congressistas - Gramado – RS.

LÁUREAS INSTITUÍDAS

A AEASP instituiu as seguintes Láureas para homenagear os profis-sionais da agronomia que se destacaram em suas funções: PRÊMIO “ENGENHEIRO AGRÔNOMO DO ANO”O laureado de 2008 foi o seguinte Engenheiro Agrônomo: Shiro Nishimura.

MEDALHA “FERNANDO COSTA”Os laureados do ano de 2008 foram os seguintes Engenheiros Agrônomos: na categoria extensão rural – Agostinho Mario Bog-gio, na categoria pesquisa – Cláudia Vieira Godoy, na categoria ensino – Natal Antonio Vello Geraldo Papa e na categoria ini-ciativa privada – Guilherme Luiz Guimarães, Laércio Giampani e Santin Gravena.

INDENIZAÇÕES REFERENTES AO SEGURO DE VIDA, ACIDENTES PESSOIS E/OU INVALIDEZ:

Em 2008: foram efetuados 10 (dez) pagamentos para os benefici-ários, 09 (nove) por morte natural e 1 (um) por morte acidental. Em 2009: foram efetuados 02 pagamentos para os beneficiários por morte natural, tendo ainda alguns processos em andamento para serem pagos.

JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO transparência

tran

spar

ênci

a

2003 2005 2007 - Dez

0

50

100

150

200

250

300

2007 - Jun

0

2004 2006

24.26%15.29%

2.91%20.36%

37.05%

2008

11.16%

EVOLUÇÃO PATRIMONIAL EM RELAÇÃO A 2003 ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS AGRONOMOS DO EST. S. PAULO

Page 4: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

transparência JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO4

tran

spar

ênci

a

1 - LIQUIDEZ CORRENTE ATIVO CIRCULANTE 58.888,90

PASSIVO CIRCULANTE 320,96

INTERPRETAÇÃO : A Empresa tem R$ 183,48 para cada R$1,00 de dívida

Total R$ 183,48

2 - LIQUIDEZ SECA

ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUE 58.888,90

PASSIVO CIRCULANTE 320,96

INTERPRETAÇÃO : A Empresa tem R$ 183,48 para cada R$1,00 de dívida

Total R$ 183,48

3 - LIQUIDEZ GERAL

ATIVO CIRC.+ REALIZ. L/PRAZO 58.888,90

PASS. CIRC. + EXIGÍVEL L/PRAZO 320,96

INTERPRETAÇÃO : A Empresa tem R$ 183,48 para cada R$1,00 de dívida

Total R$ 183,48

4 - SOLVÊNCIA GERAL

ATIVO 260.706,19

PASS CIRC. + EXIGÍVEL L/PRAZO 320,96

INTERPRETAÇÃO : A Empresa tem R$ 812,27 para cada R$1,00 de dívida

Total R$ 812,27

5 - ENDIVIDAMENTO

PASS. CIRC. + EXIGÍVEL L/PRAZO 320,96

ATIVO 260.706,19

INTERPRETAÇÃO : O capital de terceiros representa 0,12% DO CAPITAL PRÓPRIO

Total 0,12%

6 - IMOBILIZAÇÃO DO INVESTIMENTO TOTAL

ATIVO PERMANENTE 201.817,29

ATIVO 260.706,19

INTERPRETAÇÃO : O Ativo Permanente representa 77,41% do Capital em Giro.

Total 77,41%

7 - IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO ATIVO PERMANTENTE 201.817,29

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 261.027,15

INTERPRETAÇÃO : O Ativo Permanente repr.77,32% do Capital próprio.(Patr.Liquido)

Total 77,32%

8 - RENTABILIDADE DO INVESTIMENTO TOTAL LUCROS ACUMULADOS 49.320,37

ATIVO 260.706,19 INTERPRETAÇÃO : O Lucro Líquido é de 18,92% sobre o Capital de Giro Total 18,92%

9 - RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO LUCROSACUMULADOS 49.320,37PATRIMÔNIOLÍQUIDO 261.027,15INTERPRETAÇÃO:OLucroLíquidoéde18,89%sobreoCapitalPróprio(Patr.Líquido)Total 18,89%

10 - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (+)ATIVOCIRCULANTE 58.888,90 (+)REALIZÁVEL LONGO PRAZO 0,00 (-)PASSIVO CIRCULANTE 320,96 (-)EXIGÍVEL LONGO PRAZO 0,00 320,96(=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 58.567,94

Análise Econômico-Financeira

Page 5: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

Fundecitrus tem novo Presidente

Graduado em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e doutor em Genética pela Universidade da Califórnia (EUA), o citricultor e engenheiro agrôno-mo Lourival Carmo Mônaco é o novo presidente do Fundecitrus. Ele substitui Cláudio Gilberto Arroyo, que se elegeu prefeito do município de Monte Azul Paulista.

Mônaco pretende dar continuidade ao trabalho de pesquisa, educação fitossanitária, prevenção e au-ditoria do cancro cítrico e do greening nos pomares paulistas, além de imprimir em sua gestão uma visão de longo prazo que envolva todos os elos da cadeia produtiva. Nas palavras do mesmo, “É essencial apoiar a qualificação profissional no campo, bem como a pre-venção das principais doenças, seguindo um plano de ação aprovado pelo Conselho Deliberativo”.

Fundação Conrado Wessel divulga ganhadores

A Fundação Conrado Wessel (FWC) divul-gou os vencedores do Prêmio FWC de Ciência e Cultura 2008. Dentre os escolhidos está o Eng. Agrônomo,Prof. Dr. Ernesto Paterniani, na categoria Ciência Aplicada.

Ele nasceu em 1928, foi chefe do Departa-mento de Genética, diretor do Instituto de Gené-tica e coordenador de cursos de pós-graduação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP. Paterniani desenvolveu metodologias para identificação das melhores fontes de germoplasma de milho e criou variedades empregadas como fon-tes de linhagens para a obtenção de híbridos co-merciais. Também é membro da Ordem Nacional do Mérito Científico na classe Grã-Cruz.

Durante a Assembléia Geral Ordinária da Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG) ocorrida em São Paulo, foi reeleito Carlo Lovatelli (Bunge), para presidir a entidade durante o triênio 2009/2011. Apenas uma chapa se candidatou, a Futuragro, encabeça pelo vice-presidentes Cristiano Walter Simon (Andef) e Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Usina Alto Alegre) e os diretores César Borges de Sousa (Cara-muru), Francisco Matturro (Marchesan), Luiz Lourenço (Cocamar), Mário Fioretti (Agco) e Urbano Campos Ribeiral (Agroceres). A associação nomeou ainda mais dois novos diretores que assumirão seus cargos ano que vem: Alexandre Enrico Figliolino (Itaú BBA) e Jorge de Oliveira Rodrigues (Petrobras).

Eleições na ABAG

Cré

dit

o:

Div

ulg

açã

o

A Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo, em nome de todos os associados, presta sua ho-menagem ao Eng.º Agrônomo e ilustre deputado federal João Herrmann, falecido no último dia 12 de abril, vítima de um edema pulmonar. A entidade também oferece suas condolên-cias à família do deputado.

O gerente do Projeto Ambiental Estratégico Etanol Verde, Eng.º Agrônomo Ricardo Viegas, recebeu o Prêmio Governador Mário Covas na categoria “Inovação em Gestão Pública”. Em sua 5ª edição, a premiação visa identificar e valorizar as boas práticas de gestão pública, bem como aumentar a eficiência do estado de São Paulo e melhorar o atendimento à população.

O projeto Etanol Verde se destacou após criar o Protocolo Agroambiental, em que o setor sucroalcooleiro se comprometeu a reduzir os prazos para o término da queima da palha da cana-de-açúcar. Cerca de 90% das usinas presentes no Estado assinaram o Protocolo e em dois anos de Projeto a safra colhida mecanicamente subiu de 35% para 50%.

O Projeto Ambiental Estratégico Etanol Verde se consagrou como um dos vencedores, após concorrer com 184 trabalhos inscritos e 40 semifinalistas. É a primeira vez que um projeto da Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SMA é agraciado.

Projeto Etanol Verde é reconhecido

Programa propõe eliminação das queimadas de palha de cana-de-açúcar

Nota de falecimento

Deputado Federal João Herrmann

Cré

dit

o:

Div

ulg

açã

o

JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO agrônomo é notícia

agrô

nom

o é

notí

cia

Coordenador da Codeagro, José Cassiano Gomes dos Reis Jr.; Diretor do IP, Edison Kubo; diretor da AEASP, Nelson Matheus;

Instituto de Pesca faz aniversário

Em solenidade no Museu da Pesca, em Santos, ficou registrada a passagem dos 40 anos de atividades da instituição de pesquisa ligada a APTA/SAA. Após cerimônia, que homenageou ex-diretores da casa e as instituições ligadas ao setor, foi servido um cardápio, como não poderia deixar de ser, baseado em peixes e frutos do mar.

Cré

dit

o:

Joã

o L

uiz

Page 6: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

As exportações agrícolas representam hoje aproximadamen-te cem milhões de toneladas e, de acordo com as previ-sões, elas devem quase dobrar nos próximos dez anos.

Em outras palavras, isto significa que o Brasil será o responsável por aproximadamente 60% do mercado internacional das princi-pais commodities. Essa perspectiva impõe mudanças importantes na logística do agronegócio no País, sob pena de continuarmos a perder competitividade.

Em busca de discutir soluções para essa questão, líderes do setor se reuniram no Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), no último mês. Sob o comando do ex-ministro da Agricultura, Eng.º Agrônomo Roberto Rodrigues, representantes de Órgãos Governamentais e da iniciativa privada discorreram sobre a necessidade de se equilibrar a matriz logística no Brasil, hoje calcada no modal rodoviário.

De acordo com os presentes, é preciso avançar na direção do modelo multimodal, priorizando o investimento em hidrovias em paralelo com a construção de eclusas. Há consenso em torno das vantagens das hidrovias, tidas como mais competitivas e menos poluentes, além de gerarem menos acidentes. Mas há muito o que avançar nessa direção e um dos primeiros obstáculos a serem ven-cidos é atrelar a construção de hidrelétricas à instalação de eclu-sas. Fernando Fialho, diretor da Antaq, foi incisivo: “não adianta continuar fazendo hidrelétricas sem eclusas, é um contrasenso, não podemos permitir isto”.

Fialho disse que está previsto no Plano Nacional de Logística de Transporte (PNLT) o aumento de investimentos na matriz hidroviária até 2025. Mas foi enfático ao pedir apoio político para que esses recur-sos sejam destinados de fato para esse modal. “Se os parlamentares não fizerem a dotação orçamentária específica para os projetos de hidrovias, o dinheiro segue para o Denit”, advertiu o dirigente.

Por outro lado, Biramar Nunes de Lima, diretor do Departamen-to de Infraestrutura e Logística da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Abastecimento do MAPA, também palestrante do evento, disse que o MAPA quer que 2009 seja transformado no ano das hidrovias, tendo como prioridade as hidrovias Tapajós, Araguaia/Tocantins e Tietê/Paraná. No que tange aos Portos, o diretor afirmou que a partir de maio de 2010 o Porto de Itaqui já estará com sua capacidade ampliada para quatro milhões de tone-ladas de soja e derivados que devem vir pela BR 158.

Para Ângelo Peto, diretor da AEASP, a implantação das medidas preconizadas ao longo deste evento são fundamentais para o agrone-gócio. “Precisamos de uma posição firme do setor produtivo para que realmente sejam viabilizados os projetos”. E ressalta, “a AEASP está presente junto aos nossos representantes, exercendo um papel político e de acompanhamento junto aos ministérios que executam a parte logística.” A AEASP participa mensalmente das reuniões do Cosag.

Estradas VicinaisOutro tema de grande relevância, tratado no encontro do Co-

sag, foi a carência de rodovias transversais (estradas municipais ou de terra). O país tem a maior extensão de estradas da América Latina, equivalente a 1, 6 milhão de quilômetros, mas apenas 12% desse total são pavimentados.

Biramar Nunes, do MAPA, destacou a dificuldade dos produ-tores que muitas vezes precisam rodar de 30 a 50 km em estradas em péssimas condições para tirar o produto de sua fazenda e levar até a grande rodovia. “Sabemos que os municípios e estados tem dificuldades, por isso estamos tentando levar esse pleito para o Denit, a fim de beneficiar as construções de estradas vicinais”.

Segundo o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), que também discursou na reunião do Cosag, o Estado de São Paulo

Caminhos doagronegóciobrasileiro

Auditório lotado para reunião do Cosag

Cré

dito

: Vito

r Sal

gado

capa JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO6

Page 7: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

possui um plano de metas com 12 mil km de estradas vicinais até 2010 e que destes já foram concluídos 3,5 km. No total, o Estado possui mais de 163 mil quilômetros de estradas de terra, distribuídos em 645 municípios.

Diante do fato de que conservar áreas rurais e estradas de terra é garantir a produção agrícola e facilitar o seu escoamento, o Estado de São Paulo tem dado bons exemplos, é o que afirma o presidente da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), Edinho Araújo. “Podemos apresentar resultados práticos e concretos, o Programa Melhor Caminho já atuou e garantiu o transporte da pro-dução agrícola por meio da recuperação de 7.784 quilômetros de estradas, beneficiando, até agora, 403 municípios. Para os próximos dois anos estão previstos mais três mil quilômetros de estradas recupe-radas”. De acordo com Edinho, somente nos últimos dois anos o gover-no investiu mais de R$ 157 milhões para a execução das obras.

Estrada sustentável A Codasp está apresentando a estrada sustentável ambien-

talmente, tendo como primeira experiência três trechos no muni-cípio de Piracicaba, em parceria com a prefeitura local e que deverá ser estendido em breve a outros municípios paulistas.

Trata-se da utilização do material proveniente da recicla-gem de resíduos da construção civil como revestimento primá-rio. O sistema, além de controlar o processo erosivo e o asso-reamento dos mananciais e garantir o armazenamento da água e a recarga do lençol freático, tecnicamente trará uma maior durabilidade das estradas.

O processo poupa a exploração de jazidas naturais de casca-lho. Mas o maior benefício mesmo é dar uma destinação correta aos entulhos provenientes da construção civil. Antes um problema ambiental, os resíduos da construção e demolições terão uma des-tinação correta, poupando, assim, o meio ambiente.

Edinho Araújo, presidente da Codasp

Cré

dito

: Ary

Cos

ta C

rédi

to: A

ry C

osta

Roberto Rodrigues acredita no futuro do noroeste mineiro

Cré

dito

: Vito

r Sal

gado

O noroeste de MinasA Logística Vale fez investimentos de R$ 300 milhões na

região Noroeste de Minas Gerais e acaba de inaugurar o Ter-minal Intermodal da Vale/Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) em Pi-rapora, no Norte de Minas. O Terminal Intermodal de Pirapora vai viabilizar a implantação do Projeto de Desenvolvimento da Produção e Logística de Escoamento para Exportação de Grãos na Região Noroeste do Estado de Minas Gerais. Será o mais importante corredor logístico para a exportação de grãos produ-zidos no Noroeste de Minas, devido a sua ligação com o Porto de Tubarão (ES). A estimativa é de que serão gerados cerca de 20 mil empregos em toda a cadeia produtiva.

“A produção desta região é de 400 mil toneladas, mas esse projeto é para três milhões de toneladas”, diz o diretor de comercialização de logística da companhia, Marcello Spinelli. E emenda, “agora o desenvolvimento da região depende da vontade da iniciativa privada com o governo”.

Para o presidente do Cosag, Roberto Rodrigues, o papel de desenvolver o Noroeste de Minas Gerais seria bem adequado às cooperativas. “É uma região de terra barata, pertinho do cen-tro de consumo, e que se transforma em costeira rapidamente e tem um espaço enorme para trabalhar”, ressaltou o líder.

JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO capa

capa

Page 8: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

JEA: raízesefrutos

Em maio faz 39 anos que a Sociedade Paulista de Agronomia – nascida em Campinas, no ano de 1944 - passou a chamar-se Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo. Junto com essa mudança ocorreu outro marco na história da AE-ASP, a criação do Jornal do Engenheiro Agrônomo.

Nos anos 1970 a agricultura brasileira experimentou um inten-so processo de modernização baseado na incorporação de novas tecnologias e insumos, apoiada numa política de crédito fácil.

Era um período de muitas novidades para categoria agronô-mica e a AEASP preocupava-se, dentre outras coisas, em cumprir da melhor forma o papel de interlocutora da classe. Foi quando a direção da entidade, à época presidida pelo Eng.º Agrônomo Paulo da Rocha Camargo, concluiu que era o momento de criar um veículo de comunicação para informar os colegas sobre as ações da Associação e discutir os temas de relevância para o setor. Assim surgiu o JEA.

Pedro Franceschini, 79 anos, ou “seu Pedrinho”, como é ca-rinhosamente conhecido na AEASP, esteve durante muitos anos na instituição como encarregado de expediente e nos conta que antes do JEA havia um sistema de circulares para noticias entre os asso-ciados que não dava mais resultado.

“Eles queriam abranger tudo, insumo, pesquisa, ensino, todos os assuntos de interesse da classe agronômica. Marques Ferreira era o jornalista responsável, mas todos contribuíam e cada um le-vava sua idéia. Houve uma repercussão boa porque atingiu várias empresas de insumos e adubos e ajudou a divulgar o trabalho do engenheiro agrônomo”, comenta seu Pedrinho.

Seu Pedrinho acompanhou nada menos que 18 gestões na AEASP. Sua visão sobre o presente e o futuro da agronomia é bastante positiva. “A pesquisa e o ensino melhoraram muito. De maneira geral, há menos politicagem e mais trabalho”, diz.

E, em tempos de negócios e informações globais, o JEA segue com o firme propósito de informar sobre as atividades da AEASP e de abrir espaço para a discussão dos assuntos importantes para o setor agrícola.

O periódico que já passou por diversas reformulações gráfi-cas, passa agora por um novo período de mudanças. Com um visual mais leve, e informações dispostas de forma a facilitar a leitura, surgem também novas seções como: Parabólica, Pesquisa Agrícola e Formação.

A AEASP e o JEA cuidam das raízes, valorizando sua história e o legado das gerações passadas, e regam as sementes para colher um frutífero futuro.

Primeiro exemplar do JEA, em 1970, conta com manifestações do

ministro e secretário da Agricultura, de então, além do presidente

da AEASP

origens JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO

orig

ens

8

Page 9: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

A cerimônia de entrega da Medalha Luiz de Queiroz, realizada em 13 de março, tocou meu coração. Ao percorrer o tapete vermelho senti-me encabulado pela presença de 250 pessoas de várias esferas de minha vida profissional, social e educacional. Depois, com as palavras que eu ouvi dos meus amigos, me senti gratificado. Eles representaram o universo de colegas e de agrônomos com quem tenho convivido, aprendido, discutido e, talvez, ensinado um pouco.

Preocupação com o soloQuando eu era estudante, em 1936, já dizia: “a fertilidade do

solo não é eterna, decrescerá pela erosão, a causa suprema. Um só recurso impedira a infertilidade: as adubações.” Eu não havia me for-mado ainda, mas já era entusiasmado por Hugh Bennett, o Pai da Conservação do Solo nos Estados Unidos. Essa foi minha bandeira e a fertilidade do solo é o tema que sempre me motivou.

Em 1938, em artigo no jornal O Estado de São Paulo, fiz um alerta contra a erosão: “ Dentre os problemas que se apresentam ao agricultor, é o da erosão um daqueles que exige especial atenção por quanto culmina ele no empobrecimento gradativo e fatal das terras cultivadas, pela ação das águas fluviais”.

Em 1993, em carta aberta aos agrônomos lancei um apelo veemente aos meus colegas: “Estudem o assunto do plantio direto sem preconceitos, com interesse e com senso de responsabilidade”. Por ocasião da transferên-cia das ações da Manah, convidei meus familiares para destinar parte da receita obtida a uma Fundação capaz de continuar incentivando a conser-vação do solo. Nasceu a Fundação Agrisus, que presta relevantes serviços no campo da sustentabilidade da agricultura e da melhoria da fertilidade.

Um templo chamado EsalqNum encontro com estudantes da ESALQ eu disse: “Nossa escola é

um templo ao qual sempre retornamos para renovar conhecimentos, rever amigos e matar saudades”. Este é o sentimento que eu tenho em relação a ESALQ: é um templo. E, aqui, também criei raízes físicas com o plantio de árvores na minha formatura e no jubileu, 50 anos depois. Como para-ninfo orientei: “Pratiquem a agronomia pensando grande, com confiança no futuro, com idealismo, com os pés no chão e os olhos nas estrelas”.

Eng. Agr. Fernando Penteado Cardoso

Minhas ações sempre foram dominadas pela agronomia, como apren-dizado contínuo, filosofia de vida, ideologia de trabalho, obrigação para com a pátria. Ao receber o Engenheiro Agronômo 1988, fiz a profissão de fé: “agronomia de dia e de noite, no país e no exterior, debatendo idéias, esclarecendo fatos, divulgando e defendendo opiniões”.

Homenagem compartilhadaA Medalha Luiz de Queiroz tem o significado de um prêmio por uma

longa jornada. Eu dedico esta honraria aos meus companheiros de traba-lho nas fazendas, nas fábricas e aos produtores que me ensinaram o que era possível fazer dentro daquilo que a gente desejava que fizessem.

Eu sou um privilegiado. O destino me deu saúde para aos 94 anos estar ativo. E sou também um venturoso. Tenho uma familia de seis filhos, 20 netos, 20 bisnetos, e uma mulher para coordenar tudo isso e me apoiar. Eu dedico esta Medalha às pessoas que participaram da minha vida.

Alguns poetas souberam dizer alguma coisa que representa o meu sentir. Bastos Tigre, poeta pernambucano, compôs o seguinte verso de um soneto: “ Do que tiveres ao pomar plantado, apanha os frutos e recolhe as flores. Mas lavra ainda e planta o teu eirado, que outros virão colher quando te fores. Que a neve caia e o teu ardor não mude. Mantem-te jovem, pouco importa a idade, pois cada idade tem a sua juventude”. E um verso de Madre Tereza de Calcutá: “ Enquanto estiveres vivo, sente-te vivo. Quando pelos anos não consiga correr: trota, caminha. Quando não possa caminhar: usa bengala, mas nunca te detenhas”.

Medalha LQ Revisão FCMedalha Luiz de Queiróz homenageou o senso conservacionista

Eng.º Agr.º Drº Fernando Penteado Cardoso e Eng.º Agr.º Drº Antonio Roque Dechen, Diretor da Esalq

Cre

dit

o:

Pa

ulo

So

are

s

JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO artigo

arti

go

Page 10: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

formação JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO

form

ação

O curso de Engenharia Agronômica do UNIPINHAL, com 41 anos de existência, tem tradição e aproximadamente cinco mil ex-alunos que se encontram espalhados por todo o Brasil e até mesmo no exterior. Muitos deles ocupam posição de destaque no cenário agrícola nacional, tanto em instituições governamentais quanto na iniciativa privada. Atualmente, o Curso foi reformulado, dentro dos padrões sugeridos pelo MEC. Com isso pode oferecer um ensino de qualidade, com o que há de mais moderno na área agrícola. Ressalta-se que o Curso é Reconhecido pelo Decreto Federal nº 71.076, de 12/09/1972.

O perfil do profissional formado na Agronomia de Pinhal como é mais conhecida, atende a uma sólida formação científica, tecno-lógica e social, condizente com a concepção histórica da profissão e que atende as exigências e avanços do mercado de trabalho em qualquer local do território brasileiro, que torne eficaz e eficiente a transformação dos recursos naturais em bens, melhorando a quali-dade de vida e conservando o meio ambiente.

A Faculdade de Agronomia de Pinhal possui vários “campi”, sendo que no “Campus” Principal, de 50 mil metros quadrados, o curso dispõe de estufas e laboratórios, entre os quais os de fertilidade do solo, adubos e corretivos, física de solos, análise foliar, nutrição de plantas, entomologia, fitopatologia, nematologia, biotecnologia microbiologia, casa da vegetação e instalações de hidroponia.

No “Campus” I, com 24, 2 hectares, está localizada a Área de Pesquisa I, horta, estufas e viveiros, posto agrometeorológico, equipamentos de topografia, laboratórios de hidráulica, de tecno-logia de alimentos e de nutrição animal, aquacultura e instalações de avicultura, cunicultura, apicultura, suinocultura e piscicultura e cultivo do cogumelo Shiitake.

O “Campus” II, uma fazenda experimental de 65,3 hectares, conta com salas de aula e espaços para pesquisa, área de prática de extensão rural, campo agrostológico e instalações de bovino de corte, bovino de leite, caprinocultura e ovinocultura.

A estrutura curricular do curso de Engenharia Agronômica está baseada no Currículo Mínimo, mas apresenta propostas inovadoras contidas nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Ciências Agrá-rias. A aprendizagem do aluno é realizada com aulas expositivas, aulas práticas e com trabalhos teóricos e práticos. O curso conta com programas de estágios e monitorias, oferecidos dentro da pró-pria instituição, com os quais os alunos podem complementar sua formação profissional. Para a conclusão do curso é obrigatório o estágio profissionalizante, que pode ser realizado na própria insti-tuição ou em outras instituições credenciadas pelo UNIPINHAL.

Nos estágios e monitorias são desenvolvidas pesquisas que são posteriormente apresentadas em Congressos, Simpósios bem como trabalhos de extensão, como no Centro de Atendimento Fitossanitá-rio, que atende produtores rurais de toda a região para o diagnósti-co de pragas, doenças e nematóides e deficiência nutricional.

Credenciado pelo Ministério da Agricultura, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária, para, na qualida-de de entidade de pesquisa, elabora ensaios experimentais de praticabilidade e eficácia agronômica de produtos fitossanitários, de conformidade com a Portaria nº 190, publicada no DOU. de 17/10/2005 - Publicada no diário Oficial da União nº 202, sessão 1 de 20/10/2005, página nº 10.

Como estratégia de profissionalização e integração do pro-cesso ensino-aprendizagem, a Instituição mantém convênio com empresas privadas, órgãos públicos e instituições como o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, Associação Brasileira de Edu-cação Superior - ABEAS, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-

A Engenharia Agrônomica“Manoel Carlos Gonçalves” do Unipinhal

10

ária - EMBRAPA, Centro de Pesquisa e Treinamento em Aquacultura - CEPTA/IBAMA, Instituto Agronômico de Campinas - IAC, Instituto Biológico -Coordenadoria da Pesquisa Agropecuária - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ, Conselho Regional de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia do Estado de São Paulo - CREA, Ministério da Agricultura - MA/SDR/PROCAFÉ, ETAE “Dr. Carolino da Mota e Silva” - Fundação Paula Souza/UNICAMP,empresas privadas entre outros, para os estágios extra-curriculares e supervisionados.

Têm sido publicados trabalhos científicos de professores do curso e pesquisadores de diversas universidades do País e de ou-tras instituições na Revista Ecossistema, órgão oficial de divulgação do Curso de Engenharia Agronômica UNIPINHAL. Os exemplares são encaminhados a bibliotecas do mundo todo, e a revista é inde-xada internacionalmente na base de dados “CAB-Abstracs”. Para o exterior, são enviados em média 80 exemplares, para bibliotecas de importantes instituições de ensino e pesquisa.

As pesquisas, os trabalhos de extensão e os estágios, são co-ordenadas pela Comissão Interna de Pesquisa e Extensão que foi criada na então Faculdade de Agronomia “Manoel Carlos Gonçal-ves” em 1993, na época com o nome de “Conselho de Pesquisa e Extensão”, com a finalidade de organizar as atividades de pes-quisa dessa faculdade. Atualmente com a criação da UNIPINHAL, esse conselho deu origem a Comissão Interna de Pesquisa, Estágio e Extensão (CIPEE-AGRO).

Sede da UNIPINHAL

Page 11: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

11

No último dia 15 de abril, a ANVISA lançou com pompa e cir-cunstância os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agro-tóxicos em Alimentos (PARA). Na seqüência, houve uma avalanche de notícias alarmistas nos principais jornais e emissoras de televisão do país. As manchetes eram: pimentão com 64,36% de resíduos irregu-lares de perigosos agrotóxicos; morango com 36,05%; uva, 32,67%; alface, 19,80%; tomate, 18,27%; mamão, 17,31%; laranja, 14,85%; abacaxi, 9,47%; repolho, 8,82%, entre outros, fornecendo uma média geral de 15,28% de amostras insatisfatórias.

Em 2008, foi a mesma coisa! O ministro da Saúde e altos escalões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) usaram o PARA, que utiliza instituições laboratoriais reconhecidas, e, sem dúvida, impor-tantes para o aprimoramento do nosso sistema educacional no campo, como palco de divulgações pirotécnicas. Autopromoção? Não se sabe, fato é que irresponsavelmente colocam na berlinda os alimentos aqui pro-duzidos e em sobressalto a opinião pública nacional e internacional.

Além de tudo são informações capciosas, pois colocam em um mes-mo cesto os casos Acima dos Limites Máximos de Resíduos (LMR’s) com os resíduos simples de Uso Não Autorizado (UNA) para uma específica lavoura. Os resultados apresentados pela ANVISA não separam esses dois dados, o que é imprescindível para uma análise apurada das falhas ocorridas no campo. Essa falta de transparência não se coaduna com uma administração requerida pelo povo.

Das 271 amostras insatisfatórias (15,28%), quantas se referem a amostras acima dos LMR’s? E quanto se contabiliza para os Usos Não Autorizados? Silêncio, senão o alarde não teria graça e a imprensa desprezaria.

A propósito, descobrimos em uma palestra sobre o PARA, em um seminário da ANVISA na cidade de Recife (PE), em 2005, os seguintes dados: Entre julho de 2001 e dezembro de 2004 foram analisadas 4.001 amostras, sendo 776 de Usos Não Autorizados (19,39%) e 155 delas acima dos LMRs (3,87%). Esse é um quadro que certamente deve refletir a realidade brasileira.

Porém, o palestrante da ANVISA, no evento em questão, usou o artifí-cio matemático de concentrar o universo total das amostras em um subuni-verso daquelas insatisfatórias, ou seja, 776 + 155 = 921 amostras. Com base neste sub-total, os Usos Não Autorizados disparam para 83,4% e os usos acima dos LMRs sobem para 16,6%. A imprensa adorou!

Ora, não é preciso ser especialista para saber que resíduos acima dos limites estabelecidos significam riscos reais, embora esses limites tenham bastante margem de proteção justamente prevendo maus usos. Porém, essas situações devem ser mapeadas rapidamente para, então, se lançar mão de medidas fiscalizatórias corretivas. Por seu turno, os resíduos simples de agrotóxicos registrados para algumas culturas e que são utilizados em outras não são de per se um risco de monta.

Essa situação de falta de registro para muitas culturas é decorrên-cia do nosso sistema de registro que obriga o estabelecimento do LMR

Eng.º Agrônomo Túlio Teixeira de Oliveira, diretor executivo da Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos (AENDA)

A matemática do monitoramento de resíduos

Cré

dit

o:

Ae

nd

a.

JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO artigo

arti

go

para Cada Cultura x Cada Produto, e não incorporou (por relutância da própria ANVISA) o sistema desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A organização mundial recomenda a extrapolação dos resultados de culturas cabe-ças-de-chave para culturas afins a uma série de grupos elencados. Por exemplo, para o grupo das palmeiras você estabelece ,através de testes, o resíduo para a cultura do coqueiro e este LMR pode ser usado para as demais palmeiras.

Esse sistema permitiria reduzir significativamente as irregularida-des praticadas por agricultores de inúmeras culturas que precisam controlar ataques de pragas e não encontram produtos registrados. É preciso relembrar que os procedimentos para realização de testes de resíduos têm custos muitos elevados e as empresas dedicadas ao insumo fitossanitário priorizam sempre as lavouras com mais retorno de vendas para seus produtos.

A metodologia da FAO está sendo solicitada pelos agricultores e in-dústrias desde muito tempo e, finalmente, em 2006 o Governo anunciou a aceitação através da Consulta Pública nº 20, republicada em 2006 como Consulta Pública nº 55, que faleceu de causa desconhecida, vindo a ressuscitar em 2008 sob a denominação de Consulta Pública nº 94, a qual até hoje não foi implementada. É rir para não chorar. E, agora querem até prender lavradores por Uso Não Autorizado.

Os agricultores são vítimas indefesas entre dois fogos, pois a pra-ga não fica esperando pelo registro! Todos torcem para que métodos alternativos aos químicos sejam usados pelos agricultores, mas os anos passam e os esforços das Universidades e Instituições de Pesquisa em suas comunidades caminham vagarosamente, pela própria dificuldade em responder rápida e eficazmente aos ataques das pragas. O agricul-tor, para defender seu sustento, recorre ao produto químico.

Não é à toa que os europeus acham que o Brasil não tem sistema educativo rural, que não existem Secretarias da Agricultura, que não existe um SENAR, que as empresas não fazem Dias de Campo, nem palestras e que o alimento produzido aqui é o mais contaminado do planeta. Alguém precisa dar um basta nisto!

Page 12: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

Durou toda a manhã e o início da tarde do dia 29 de abril a audiência pública conjunta entre todas as comissões do Senado para discutir a reformulação do Código Florestal Brasileiro. Proposta pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a audiência pública reu-niu, de forma inédita, os senadores que integram as 11 comissões permanentes do Senado para discutir, entre outros temas, a definição de Áreas de Preservação Permanente (APPs), o alcance territorial da legislação ambiental e os impactos para o agronegócio. O evento contou com exposições de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Ministério do Meio Ambiente, do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Mei-ra, e de senadores que defendem diferentes posições.

De maneira geral, há consenso sobre a necessidade de revisão do Código, já que a lei é de 1965. Não há, entretanto, concordân-cia quanto às mudanças que precisam ser feitas. A senadora Kátia Abreu, defendeu com veemência um código nacional com diretrizes gerais sobre as leis florestais, mas que cada estado e município deli-berem sobre as peculiaridades referentes a seu relevo e tipo de solo, por exemplo. “A Constituição de 1988 é clara quando diz que essa é uma matéria de competência concorrente [deve ser divida entre União, estados e municípios], e nós inclusive já temos jurisprudên-

cia sobre isso no Supremo Tribunal Federal (STF). Se o governo federal descentralizou a saúde e a educação, por que não o meio ambiente também?”, questionou a senadora.

Já a senadora Marina Silva mostrou-se contra a idéia de dividir com os outros entes federados a legislação sobre a preservação das florestas e outros biomas, como o Pantanal e o Cerrado. “A proposta de cada estado ter um código florestal é a atomização da legislação ambiental brasileira e a desconstituição do Sistema Nacional de Meio Ambiente, o que seria altamente prejudicial para o Brasil”, afirmou Marina.

A presidente da CNA fez questão de frisar que não existe oposição entre a agricultura e meio ambiente. “Não há segmento que priorize mais a conservação da biodiversidade para controlar, por exemplo, do-enças que afetem as nossas plantações, que conserve a água, do que o agronegócio. A sobrevivência econômica do produtor depende da preservação”, argumentou.

A senadora Kátia Abreu embasou seu discurso no estudo do pesqui-sador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Eduardo Evaristo de Mi-randa que conclui que subtraídas as áreas de proteção, restam somente 29% do território nacional para o agronegócio. Ela propôs que após as discussões seja apresentado um projeto de lei para substituir ou reformular o atual código e informou que as propostas para a elaboração do docu-mento entre os parlamentares devem começar em breve.

Código Florestal:

Senado lotado para audiência pública

A AEASP esteve presente na Agrishow 2009 com um estande onde foram divulgadas as ações da entidade e a importância do engenheiro agrônomo. Na abertura do evento foi feita uma menção ao Prêmio Engenheiro Agrônomo do Ano – 2008, conferido a Shiro Nishimura.

A AEASP contou com a valiosa colaboração da Fundação Mou-ra Lacerda, na pessoa do Dr. Glauco Cortes, a quem agradecemos, para participar desta edição da Agrishow. Este importante passo res-salta a possibilidade de estarmos presentes nas próximas edições da Feira, que seguramente continuarão a ocorrer.

Por suas proporções e pela qualidade do que é apresentado,

a Agrishow representa o desenvolvimento tecnológico das empresas do agronegócio brasileiro. Estiveram presentes no evento deste ano autoridades como: o Governador do Estado de São Paulo, José Serra, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Reinhold Stephan, o Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João de Almeida Sampaio Filho, a Prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera, os Deputados Federais Duarte Nogueira e Nelson Marquezelli. Também compareceram os pre-sidentes da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho da Silva; da Abimaq, Luiz Aubert Neto; da ABAG, Carlo Lovatelli e da FAEASP, Hélio Rodrigues Secco, dentre outros.

AEASP na Agrishow 2009

parabólica JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO

para

bóli

ca

Presidente da AEASP, Engº Agrº A rlei A rnaldo Madeira e o diretor da entidade, Engº Agrº Nelson Matheus de O l iveira

12

Carol ine Franco de Lima Camp os , estudante de agronomia

Vis itantes no estande da AEASP

Cré

dit

o:

AE

AS

P.

Page 13: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

1�

Em breve

Em 03 de Abril de 2009, a Assembléia Le-gislativa do Estado de São Paulo, nas pessoas de seu presidente, deputado Barros Munhoz e do deputado Samuel Moreira, promoveu ses-são solene em homenagem aos 10 anos da Fundação ITESP (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou em 17/04/09 a Lei Complementar nº 130, que insere as cooperativas de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), ou seja, elas passarão a seguir as mesmas regras das instituições financeiras.

Embora essas associações já obedeçam a regras do Banco Central, faltava uma regu-lamentação específica para o setor, que garantisse segurança jurídica necessária para seu funcionamento, além de facilitar o acesso ao crédito para pequenos produtores, comercian-tes, industriais e população de baixa renda.

Com a nova Lei os associados de cooperativas de crédito poderão contrair empréstimos antes de completarem 30 dias de filiação, o que era vetado pelo regulamento anterior.

A regulamentação determina que o sistema será integrado por cooperativas singulares de crédito, cooperativas centrais de crédito, confederações de cooperativas de crédito e bancos cooperativos e determina como cada uma deve operar. A Lei Complementar 130 teve como origem o Projeto de Lei 177/04 de autoria do senador Osmar Dias.

Empréstimos mais acessíveis

A Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AEASP) realiza anual-mente a noite da “DEUSA CERES” onde é feita a entrega de prêmios aos que dignificaram a agri-cultura. Neste ano o evento ocorrerá no dia 22 de junho, no Clube A Hebraica, em São Paulo.

Solenidade

Associativismo em festa

A Cooperativa Agrícola Mista de Adaman-tina (Camda) completa 44 anos. A entidade foi criada em 1965, por 23 associados, com capital inicial de Cr$ 22 mil e um claro objetivo: fortale-cer a comercialização da produção e aquisição de insumos, além de firmar uma representação coesa junto aos órgãos governamentais.

Hoje, a Camda conta com 11.381 associa-dos, 512 profissionais no quadro de funcioná-rios e consolidou sua representação. Por meio de suas filiais está presente em quatro Estados bra-sileiros: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerias e Paraná. No município de Adamantina (SP) fica situada a matriz (centro administrativo e loja), central de logística, campo experimental e viveiro de mudas, além de outras 28 unidades espalhadas por diversos municípios.

S ede da Camda

Fonte de pesquisa – LUPAOs resultados do censo agropecuário realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo por meio do Projeto Lupa (Le-

vantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo) já estão disponíveis no Portal do Projeto, nos seguintes endereços: http://www.iea.sp.gov.br/projetolupa/index.php e http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa/

Cré

dit

o:

Div

ulg

açã

o

Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou os prazos de vencimentos das operações de crédito rural referentes aos débitos de securitização, Recoop (voltado para cooperativas), débitos de operações do Fundo de Defesa da Economia Cafeei-ra (Funcafé – Dação) e Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana. A decisão, aprovada ontem (16/4), prorroga para 30 de junho deste ano a data final do pagamento das parcelas de 2008 referentes a estes débitos, bem como a liquidação total do saldo deve-dor destas operações ou a amortização mínima para redistribuição das outras prestações.

A regra vale apenas para quem aderiu ao processo de renegociação encerrado em dezembro do ano passado, no âmbito da lei 11.775, que definiu as condições para a re-gularização de vários tipos de passivos de produtores rurais. Para estas operações, o CMN também estipulou prazo até 31 de agosto para os bancos formalizarem estas renegociações. Os contratos referentes ao Programa Especial de Saneamento de Ativos (PESA) também foram contemplados pela prorrogação de prazos. Os mutuários terão até 30 de junho para se tor-narem adimplentes e quitar as parcelas de juros vencidas e os agentes financeiros terão até 31 de agosto para formalizarem as repactuações dos contratos.

Operações de crédito rural: novos prazos de vencimento

AGENDA31ª Semana da Citricultura Cordeirópolis – De 01 a 05/06. Informações: (19) 3231-5422 ramal 129 [email protected]

43ª Fapi – Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos De 04 a 14/06. Informações: (14) 3322-6411 - http://www.fapiourinhos.com.br/

Feicampo – Feira de Grande e Pequenos Animais e Implementos Agrícolas de Taubaté De 25 a 28/06. Informações: Tel.: (12) 3632-2027

Bahia Farm Show Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios Informações: confira no site do evento: http://www.bahiafarmshow.com.br/

para

bóli

ca

JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO parabólica

Page 14: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

A caminho de completar 82 anos, o Instituto Biológico se adap-tou aos novos tempos, a instituição investe em tecnologia e aper-feiçoamento de pessoal para transferir e desenvolver conhecimento científico ao agronegócio. Especializado em sanidade animal e vegetal, presta serviços para o diagnóstico fitossanitário e sanitário animal com foco na sustentabilidade do ambiente, consolidando-se como uma referência nestas áreas.

Há cinco anos dirigindo a Entidade, o eng.º agrônomo Antonio Batista Filho conta que neste período as principais mudanças ocor-ridas no IB foram: a criação da Pós-Graduação em Sanidade, Se-gurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio, iniciada em 2006, e a modernização dos laboratórios realizada por meio de aportes feitos pelo Governo do Estado.

A criação do curso de Pós-Graduação foi uma mudança funda-mental para a entidade, visto que este é um dos pré-requisitos para a obtenção de fomento, deste modo, esta ação, além de contribuir para gerar conhecimento amplia as fontes de recursos para a instituição.

Ao longo dos últimos anos foram feitos investimentos na atuali-zação de tecnologias para dinamizar os procedimentos e dar ainda mais segurança aos resultados. A implantação do Sistema Integrado do Controle de Análises (SICA), em 2008, representou um grande avanço em termos de monitoramento das amostras e de agilidade ao processo diagnóstico. “Graças a este Programa o MAPA cre-denciou o IB em Janeiro deste ano para, entre outras coisas, efetuar o diagnóstico de pragas quarentenárias. No Brasil existem apenas dois laboratórios credenciados para este procedimento, e nós somos um deles”, comemora o diretor.

Houve investimentos também na produção de antígenos, usados para proteção nos rebanhos, nas campanhas nacionais de tubercu-lose e brucelose e no diagnóstico fitossanitário. Com o uso contínuo de Tecnologia de Informação foi Implantado também o Programa de Qualidade o que possibilitou a certificação do ISO 9001 para a produção de antígenos, a Revista Arquivos do Instituto Biológico e o Laboratório de Descalvado, voltado a sanidade avícola.

O uso do código de barras para determinar a espécie de nematóide com segurança é uma das tecnologias de ponta adota-das pelo órgão de pesquisa. Por meio de um pedaço do genoma que é marcado se checa a identidade do nematóide para depois compará-lo com um banco de dados existente nos Estados Unidos. “Evidentemente este procedimento só é utilizado quando se esgo-tam os métodos tradicionais, restando ainda dúvidas, visto que seu custo é elevado”, explica o dirigente.

Para Junho está previsto o evento de entrega da ampliação do Laboratório do Controle Biológico de Pragas, em Campinas. Ele estará sendo auditado com vistas a obtenção do isso 9001 e será acreditado para fazer análises quali-quantitativas de bioinse-ticidas de origem fúngica, atendendo a empresas do setor. Hoje o IB presta serviços a mais de dez empresas, tais como: Bioagro, Biocontrol, Biocana, Toyobo do Brasil, entre outras.

O trabalho junto à iniciativa privada rende frutos, em colabo-ração com a Bio Controle e com o apoio da FAPESP, está em fase final de desenvolvimento um novo bioinseticida a base de nematói-des. “Ele vem tendo muito bom resultado na cana de açúcar, para o controle do bicudo da cana”, revela Batista.

A estrutura do IB, dividida em áreas especificas, possibilita o desenvolvimento de ações mais eficientes nos diversos setores en-globados, pois se cria mais massa crítica em cada Instituto. Para se ter uma idéia do que isto significa, a entidade faz os diagnósticos de batatas tanto para entrada quanto para a saída do material no País. São realizados todos os diagnósticos fitossanitário, em todas

Eng.º Agrônomo Antonio Batista Filho, diretor do Instituto Biológico

Instituto Biológico: um senhor bem moderno

as modalidades de exames, como laterologia, virologia e outros. Segundo informa seu diretor, nos dois últimos anos o Instituto rece-beu do MAPA material oriundo de 30 países dos cinco continentes para realização de diagnósticos. “Isto demonstra a importância de um Instituto com especialidades. Existem centros credenciados para alguns tipos de diagnóstico, o IB é o único credenciado para realizar toda a área de sanidade, seja vírus, bactéria, ácaro, ne-matóide, infecto, seja planta daninha”, salienta Batista.

Perspectivas O IB recebeu no último ano do Governo do Estado um aporte no

valor de dois milhões de reais por conta do programa “Risco Sanitário Zero”. Esta verba permitiu importantes investimentos na infraestrutura laboratorial, na aquisição de equipamentos, na adequação destes laboratórios ao programa de qualidade, que é fundamental.

O diretor diz que o IB já tem laboratórios que, além de já estarem certificados com o ISO 9001, estão se preparando para nova certifi-cação, a ISO/IEC 17025. Para Batista, este é o futuro. Ele afirma categórico: “Não existe futuro sem acreditar, sem certificar laboratórios. Manter a Instituição atualizada, modernizada, este é nosso grande de-safio. Se assim não for, ele estará fora da ciência e fora do mercado”.

Cré

dit

o:

Ad

ria

na

Fe

rre

ira

O IB e os Engenheiros AgrônomosDe um total de 130 pesquisadores atuantes no IB, 50 são

formados em agronomia, as contratações ocorrem basicamente por concurso. O último concurso realizado ocorreu há quatro anos, foram contratados 400 profissionais, divididos entre Enge-nheiros Agrônomos, Veterinários e Biólogos.

Para fazer parte da seleção, é preciso ter experiência com o manejo de pragas, em aplicação de produtos fitossanitários, segurança na aplicação, desenvolvimento de novos métodos de controle voltados ao manejo de resistência.

O IB colabora com a Coordenadoria da Defesa Estadual e com o MAPA para a realização dos cursos para emissão de Certificados Fitossanitários de Origem, que habilitam Engenhei-ros Agrônomos e Engenheiros Florestais, para que eles possam expedir laudos sobre determinadas pragas. “Este laudo é re-conhecido pela Defesa e pelo Ministério, tanto para situações aplicadas internamente quanto para situações em que haverá saída de material do Brasil”.

pesquisa agrícola JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO14

pesq

uisa

agr

ícol

a

Page 15: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

1�JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO artigo

No dia 25 de maio, a ANDEF – Associação Nacional de Defesa Vegetal – divulgará os projetos destaque do XII Prêmio Mérito Fitossani-tário, em São Paulo. As ações foram desenvolvidas ao longo de 2008 pelas indústrias de defensivos agrícolas associadas, centrais de recebi-mento de embalagens vazias – representadas pelo Inpev; revendas de produtos fitossanitárias – pela Andav; e cooperativas – pela OCB.

Na cerimônia do Prêmio, serão apresentadas as atividades de educação e treinamento no campo e de responsabilidade socioam-biental que obtiveram maior eficácia e alcance de participantes. A linha de trabalho foi o incentivo ao uso correto e seguro de defensivos agrícolas e à conservação do meio ambiente nas mais diversas regiões brasileiras.

Em sua 11ª edição, o Prêmio teve inscrição de 119 projetos e 30 mil atividades – entre palestras, dias de campo e treinamentos –, realizados por empresas, revendas, cooperativas e centrais de recebi-mento, segundo dados da Esalq/USP. Mais expressivo é o número de pessoas atingidas: os cursos e as atividades alcançaram 240 mil pes-soas. Esses projetos consumiram investimentos, nesse ano, de R$ 23 milhões e atingiram, direta e indiretamente – somando as mensagens divulgadas em mídias diversas –, cerca de 36 milhões de pessoas.

O Prêmio Mérito FitossanitárioInstituído há 12 anos pela ANDEF, o Prêmio Mérito Fitossani-

tário tem a finalidade de prestigiar os envolvidos na difusão dos princípios das Boas Práticas Agrícolas. Trata-se de um conjunto de ações nas quais os profissionais das indústrias – em parceria com universidades, institutos de pesquisa, sindicatos rurais e cooperativas – desenvolvem cursos, seminários, dias de campo e palestras para a difusão da educação e da saúde, além da conscientização socio-ambiental no campo.

Projetos recebem destaqueno Prêmio Mérito Fitossanitário

A ANDEF anuncia as melhores ações de educação no campo e responsabilidade

socioambiental realizadas pelas empresas associadas e entidades parceiras

Todos os anos, os trabalhos são submetidos ao crivo de uma banca julgadora, sob coordenação da FEALQ – Federação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz. Fazem parte da equipe representantes dos ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e de institutos de pesquisa, além de profis-sionais de diversas áreas, como jornalistas e professores universitários.

Cerimônia de apresentação e premiação dos projetosData: 25 de maio, a partir das 19hLocal: Esporte Clube Sírio, Salão Nobre – Av. Indianópolis, 1192São Paulo – SP

Cré

dit

o:

Div

ulg

açã

o.

Treinamento

arti

go

Page 16: JEA Abr/Mai 2009 - Edição 248

Para anunciar no JEA ou recebê-lo, entre em contato:

Rua 24 de Maio, 104 - 10º andarCEP 01041-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3221-6322Fax (11) 3221-6930

[email protected]/[email protected]

A “Casa AEASP”

A palavra “associação” está definida no Di-cionário Aurélio como: ato ou efeito de associar-se ou combinação, união. Mas o que seria o “espírito associativo”? Decidimos levar essa questão às mo-ças que compõem a equipe de colaboradores da AEASP. Talvez elas nem saibam, mas responderam de forma irretocável à pergunta.

Alessandra Cristina Copque trabalha na AEASP há 15 anos, sendo a mais antiga colaboradora, en-trou na entidade aos 17 anos, como auxiliar de escri-tório, hoje acumula as funções de assistente financeira e secretária da diretoria. De modos discretos e sem-pre solícita, assim como a AEASP Alessandra cresceu e se desenvolveu, inclusive na vida pessoal,casou-se e teve a pequena Giovanna, hoje com quatro anos.

Ao longo desses 15 anos, a moça teve a opor-tunidade de conhecer e também participar de dife-rentes gestões dos presidentes que passaram pela Associação. Nas palavras dela, existiram diferenças no comando de todos. Cada um com sua particu-laridade, procurando da melhor forma deixar sua marca pessoal em prol da Associação.

Ela se sente valorizada pelo trabalho que realiza porque diz que tem a possibilidade de aprender a todo o momento. “Na AEASP há li-berdade com responsabilidade”, diz.

“A Associação para mim é minha casa”, de-fine Alessandra. Ela conta que o relacionamento

O contato diário com engenheiro agrônomos ensinou às colaboradoras da AEASP o respeito pela natureza

com o presidente da “Casa” é baseado em ami-zade e respeito mútuo. Com relação às colegas de trabalho, Mércia e Luciana, ela diz que o re-lacionamento é de amizade e profissionalismo. “Claro, temos divergências de opinião no nosso dia a dia, mas conseguimos sempre chegar a um consenso e resolver da melhor forma”.

A responsável por preparar o delicioso cafe-zinho da AEASP tem o sorriso aberto e é a maior simpatia, Mércia de Fatima de Araujo, 48 anos, chegou na Associação há oito anos e dois meses e avisa que não tem vontade de ir embora, não. Di-vorciada, ela tem três filhos adultos e duas netas.

Mércia acompanhou as gestões de três pre-sidentes e segundo ela foi gratificante ter traba-lhado com cada um deles, pois cada um deixou-lhe um aprendizado. “Na AEASP sinto liberdade para trabalhar e também para falar o que penso, até mesmo com o próprio presidente, Dr. Arlei”.

Para Mércia, a AEASP é como se fosse sua casa. Ela diz que o bom ambiente dentro da Associa-ção lhe dá satisfação e motivação para trabalhar.

Perguntada sobre a importância do Enge-nheiro Agrônomo na sociedade, sua resposta foi simples, direta e verdadeira: “É a pessoa res-ponsável por mexer na terra... Trabalhar a terra e dela tirar o sustento para a sobrevivência”!

Com 24 anos, Luciana de Araújo Magalhães

é a mascote da AEASP, como assistente adminis-trativa, ela está na entidade há dois anos. Apesar de muito jovem, a moça é casada há seis anos e já tem uma filha de quatro anos. No porta-retrato, em sua mesa, está a foto da pequena Millena, que, segundo ela, é “sua razão de viver”.

Muito esforçada, Luciana diz que o que mais gosta na AEASP é o fato de ter a oportu-nidade de estar sempre aprendendo. “Aqui, as pessoas estão dispostas a ensinar”. E ela quer mesmo aprender e comenta que pretende fazer faculdade de administração de empresas.

Para Luciana, a AEASP é uma família. As-sertiva, ela comenta que as relações com os su-periores, as colegas e os associados é sempre baseada em transparência.

Alessandra: “Associação é união, é o sentimento

que parte do presidente, do corpo diretivo

e de todos os colabora-dores aqui”.

Mércia: “Associação significa trabalho em conjunto, união”.

Luciana: “Associação é união em torno dos

mesmos objetivos”

Cré

dit

o d

as

foto

s: A

dri

an

a F

err

eir

a

port

as a

bert

as