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COISAS QUE VOCÊ NUNCA IMAGINOU QUE A GORDURA PUDESSE FAZER POR VOCÊ Jean Carper, A gordura dos alimentos confere um poder surpreendente às suas células. A atividade biológica de uma célula – portanto, sua propriedade de promover ou desestimular os processos das doenças – freqüentemente sustenta-se em um equilíbrio frágil de ácidos graxos derivados dos alimentos dentro da célula. Isso significa que o tipo de gordura que você come tem conseqüências enormes para sua saúde geral. Novas pesquisas mostram que a ingestão de qualquer tipo de gordura detona fogos bioquímicos de complexidade singular nas células. O resultado pode ser o envio de mensageiros semelhantes a hormônios que estimulam inflamações, respostas imunológicas, coágulos sangüíneos, dor de cabeça, constrição dos vasos sangüíneos, dor e crescimento de tumores malignos. Por outro lado, determinadas gorduras incitam as células a produzirem elementos químicos que dissolvem coágulos sanguíneos indesejados, combatem a dor nas articulações e frustram as células cancerosas. Embora a farmacologia da gordura seja um processo muito complexo, envolvendo enzimas, muitas etapas metabólicas e um equilíbrio delicado de gorduras na célula, apresenta possibilidades sensacionais para a detenção do avanço das doenças e sua melhora. Conhecer como a gordura atua sobre determinadas funções celulares críticas depende de duas grandes

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COISAS QUE VOCÊ NUNCA IMAGINOU QUE A GORDURA PUDESSE FAZER POR VOCÊ

Jean Carper,

A gordura dos alimentos confere um poder surpreendente às suas células. A atividade biológica de uma célula – portanto, sua propriedade de promover ou desestimular os processos das doenças – freqüentemente sustenta-se em um equilíbrio frágil de ácidos graxos derivados dos alimentos dentro da célula. Isso significa que o tipo de gordura que você come tem conseqüências enormes para sua saúde geral. Novas pesquisas mostram que a ingestão de qualquer tipo de gordura detona fogos bioquímicos de complexidade singular nas células. O resultado pode ser o envio de mensageiros semelhantes a hormônios que estimulam inflamações, respostas imunológicas, coágulos sangüíneos, dor de cabeça, constrição dos vasos sangüíneos, dor e crescimento de tumores malignos. Por outro lado, determinadas gorduras incitam as células a produzirem elementos químicos que dissolvem coágulos sanguíneos indesejados, combatem a dor nas articulações e frustram as células cancerosas. Embora a farmacologia da gordura seja um processo muito complexo, envolvendo enzimas, muitas etapas metabólicas e um equilíbrio delicado de gorduras na célula, apresenta possibilidades sensacionais para a detenção do avanço das doenças e sua melhora. Conhecer como a gordura atua sobre determinadas funções celulares críticas depende de duas grandes descobertas recentes. Primeiro veio da descoberta de que inúmeros processos físicos, como os coágulos sangüíneos e as inflamações, são amplamente controlados por substâncias semelhantes a hormônios, extremamente potentes – prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos – chamadas coletivamente de eicosanóides. Assim, mais significativo até, os pesquisadores descobriram que a matéria-prima desses vigorosos mensageiros eicosanóides é feita da gordura dos alimentos. Em outras palavras, a dieta alimentar serve como matéria-prima dos ácidos graxos para as fábricas de células, que produzem esses importantíssimos eicosanóides. Não é surpresa que o tipo e a quantidade de ácidos graxos específicos que ingerimos determinem o tipo e a quantidade de eicosanóides

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resultantes. Eles podem ser biologicamente amigáveis ou perigosos. De qualquer forma, a grande mensagem é: você pode manipular os níveis e a atividade biológica dos eicosanóides que circulam no seu corpo através do tipo de gordura que ingere.

VOCÊ É A GORDURA QUE INGERE

Logo depois que você ingere a gordura, ela aparece nas membranas de suas células, onde seu destino metabólico é determinado. Embora os ácidos graxos sejam provenientes de muitas variações sutis de arranjos moleculares, duas categorias principais são de grande importância na formação dos eicosanóides: os ácidos graxos ômega-3, concentrados na vida marinha e em algumas plantas da terra, e os ácidos graxos ômega-6, concentrados em óleos vegetais como o óleo de milho, óleo de açafrão ou girassol, e em alguns animais. Quando consumimos ácidos graxos ômega-6 provenientes de um pedaço de carne ou do óleo de milho, eles ficam propensos a se transformarem em uma substância chamada ácido araquidônico que, por sua vez, libera substâncias altamente inflamatórias ou promove o espessamento do sangue ou a constrição vascular. A gordura proveniente dos frutos do mar é radicalmente diferente e mais benigna. Seus ácidos graxos ômega-3 estão aptos a serem transformados em substâncias que combatem o acúmulo de plaquetas, dilatam os vasos sangüíneos e reduzem inflamações e danos às células. Uma vez que os alimentos são feitos de misturas de ômega-3 e ômega-6, obviamente esses dois ácidos graxos estão continuamente dando instruções contraditórias às células. A predominância de um ou outro – os que promovem a saúde ou os que promovem a doença – depende da proporção entre os dois ácidos graxos em sua alimentação e, assim, em suas células, como afirma William E. M. Lands, Ph.D., um pesquisador prioneiro do óleo de peixe e ex-professor de bioquímica da Universidade de Illinois, em Chicago. Se as suas células estiverem repletas de ácidos graxos ômega-6, a provisão excessiva de prostaglandinas superativas está pronta para atacar furiosamente, gerando doenças. Se você tiver ácidos graxos ômega-3 suficientes, eles podem checar ou refrear o motor araquidônico que está liberando os eicosanóides geradores de doenças.

A BATALHA ENTRE OS ÓLEOS DE PEIXE E DE MILHO

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Os riscos são grandes no que se refere a células. Para encurtar, como explica o Dr. Lands, suas células são um campo de batalha onde os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 lutam pela supremacia. E aquele que sair vencedor, dia após dia, ajuda a determinar suas condições de saúde. A verdade é que para a maioria dos norte-americanos e dos habitantes de outros países ocidentais, a derrota é constante. Nossa alimentação é rica em ômega-6 e pobre em ômega-3. O Dr. Lands afirma que os norte-americanos ingerem 10 a 15 vezes mais ômega-6 terrestres do que ômega-3 marinhos – “uma péssima proporção”. Por outro lado, os esquimós, conhecidos pelo baixo índice de doenças crônicas, ingerem 3 vezes mais ômega-3 do que ômega-6, principalmente devido ao fato de sua dieta ser baseada em frutos do mar. Provas do problema são encontradas nos tecidos dos norte-americanos. Em estudos realizados recentemente, Phyllis Bowen, professor associado do Departamento de Nutrição e Dieta Médica da Universidade de Illinois, em Chicago, descobriu que os ácidos graxos ômega-6 compreendiam 80% dos ácidos graxos insaturados que circulam nas membranas celulares dos norte-americanos. Comparativamente, os níveis de ômega-6 ficaram próximos aos 65% nos franceses, 50% nos japoneses e apenas 22% nos esquimós da Groelândia. O excesso de ômega-6 preocupa os especialistas, como o professor emérito Alexander Leaf, da Harvard Medical School. Ele observou que quando se desenvolveram , há eras, nossos corpos recebiam grande quantidade de ômega-3 e pouquíssimo ômega-6. Hojem com a invenção dos óleos vegetais processados, a situação se inverte em muitas culturas. As dietas alimentares atuais, deficientes em peixe, privam nossas células de óleo marinho e sobrecarrregam-nas de óleos e carnes processadas – Big Macs e óleo Mazola – estranhos às nossas células. Ele acredita que nosso relativamente recente desequilíbrio de ácidos graxos provoca disfunções celulares, precipitando a atual epidemia de doenças crônicas, como as doenças cardíacas, o câncer, o diabetes e a artrite. O Dr. Leaf sugere que o corpo humano exige uma dose mínima de óleo de peixe e que a ausência dessa dose mínima acaba se manifestando no surgimento de inúmeras doenças. Novas pesquisas enfatizam o enorme poder salvador da gordura de peixe. A ingestão da gordura de peixe pode agir diretamente, salvando as pessoas da morte e da invalidez provocadas por ataques cardíacos. Estudos descobriram que a arteriosclerose – artérias doentes e obstruídas – piora quanto menos óleo de peixe a pessoa ingerir. O Dr. Lands desenvolveu uma fórmula que, segundo

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ele, pode prever precisamente as possibilidades de ataque cardíaco em uma pessoa; um pequeno furo no dedo mede a relação entre os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 no sangue da pessoa. Quanto maior a proporção de ômega-3 marinhos para ômega-6, menor o risco de ataque cardíaco. Da mesma forma, os estudos revelam que uma relação alta de ácidos graxos ômega-3 para ácidos graxos ômega-6 no sangue diminui as chances de desenvolvimento de câncer. Embora não avaliemos, o consumo de óleos ômega-6, predominantemente em margarinas, óleos para saladas, óleo de cozinha e alimentos processados, está ajudando a criar um desastre em termos de saúde, afirma Artemis Simopolous, doutora em medicina, presidente do Centro para Genética, Nutrição e Saúde em Washington, D.C. É verdade, as autoridades em coração inicialmente estimularam o uso disseminado desses óleos vegetais para reduzir o nível de colesterol no sangue, sem suspeitar de que eles pudessem ter efeitos prejudiciais em outros aspectos da saúde, como o estímulo a doenças inflamatórias, a baixa imunidade e a promoção do câncer. Esses óleos ômega-6 são vilões bem-documentados do aumento da incidência de câncer e sua disseminação e morte em animais de laboratórios. Na opinião de especialistas, a única forma de corrigir esse desequilíbrio anormal e alarmante de gordura nas células é diminuir drasticamente o consumo de alimentos ricos em ômega-6 e aumentar o consumo de ômega-3 marinhos. O impacto é quase imediato. Os estudos indicam que, dentro de 72 horas, podem-se observar os impactos bioquímicos benéficos sobre o tecido ingerindo-se aproximadamente 100 gramas de peixe ao dia. É sábio comer peixe, principalmente peixes gordos, como salmão, sardinha, cavala, arenque e atum, pelo menos duas ou três vezes por semana. Entretanto, o acréscimo de qualquer quantidade de frutos do mar a uma dieta pobre em frutos do mar pode restabelecer um pouco o equilíbrio de ácidos graxos, ajudando a prevenir não apenas as doenças cardíacas, mas também as muitas doenças modernas associadas a uma “deficiência de gordura marinha”. Pesquisas mostram que a ingestão de apenas 30 gramas de peixe por dia pode ajudar a restaurar o funcionamento saudável das nossas células, salvando inúmeras pessoas da invalidez e morte prematura impostas pelas conseqüências inimagináveis dos poderes farmacológicos das gorduras.

Onde obter os ômega-3 que combatem mais doenças

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Normalmente, a gordura com maior quantidade de ômega-3 pode ser encontrada nos peixes de alto-mar em locais de águas mais frias. As fontes mais ricas são cavala, anchova, arenque, salmão, sardinha, truta de lagos, esturjão do Atlântico e atum. Quantidades moderadas são encontradas no rodovalho, peixes serranídeos, tubarão, esperlano, peixe-espada e truta. Os crustáceos – caranguejo, lagosta, camarão, mexilhão, ostras, marisco e lula – contêm menor quantidade de ômega-3. Para obter os maiores benefícios do ômega-3, cozinhe ou escalde o peixe. Fritar ou acrescentar gordura ao peixe, especialmente óleos vegetais com grande teor de ômega-6, diminui a potência do ômega-3 no peixe. Opte pelo atum conservado na água e sardinhas enlatadas sem óleo, a não ser que seja o óleo da própria sardinha. Óleos acrescentados, como o óleo de soja, podem diminuir o teor de ômega-3. Além disso, escorrendo o óleo do atum enlatado, você retira de 15% a 25% dos ômega-3, enquanto escorrendo a água você perde apenas 3%. Pode-se também obter uma certa quantidade de ômega-3 em determinadas plantas. As maiores concentrações estão nas nozes, linhaça e sementes de colza (matéria-prima do óleo de canola) e na beldroega, uma verdura considerada mato nos Estados Unidos, muito consumida na Europa e no Oriente Médio. No entanto, os Ômega-3 presentes nas plantas parecem ter apenas um quinto da potência dos ômega-3 marinhos no sentido de gerar reações benéficas nas células.

DOENÇAS QUE O ÓLEO DE PEIXE PODE MINORAR OU PREVENIR

Artrite reumatóide: Reduz a dor nas articulações, ulcerações, enrijecimento e fadiga.

Ataques cardíacos: Reduz em um terço as chances de ataques cardíacos subseqüentes.

Obstrução de artérias: Mantém as artérias abertas e limpas. (As pessoas que ingerem óleo de peixe têm menos arteriosclerose.) Reduz em 40 a 50% o risco de nova obstrução das artérias após uma cirurgia de angioplastia.

Pressão alta: Elimina ou reduz a necessidade de medicamentos farmacêuticos para abaixar a pressão.

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Colite ulcerativa: (doença inflamatória do intestino): Em um teste, a ingestão de 4,5 gramas de óleo de peixe por dia – equivalente a cerca de 200 gramas de cavala – durante oito meses diminui em 56% a atividade da doença. Outro teste reduziu em um terço a necessidade de prednisona, um esteróide.

Psoríase: Reduz o prurido, a vermelhidão, a dor em alguns pacientes, e diminui a quantidade de medicamentos necessária.

Esclerose múltipla: Ajuda a diminuir os sintomas em alguns pacientes.

Asma: Reduz os ataques em alguns indivíduos. Enxaqueca: Diminui a intensidade e a freqüência em algumas

pessoas.

* * *

(fonte: trecho do livro, pág. 15-20, “Alimentação Que Pode Prevenir e Curar” Problemas Digestivos, Jean Carper, Editora Elsevier, Rio de Janeiro, RJ, 2004.)

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Informações complementares:

Cápsula de ômega 3 engorda?

02/01/2007

Andrea Galante, é mestre e doutora em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo, e presidente da Associação Brasileira de Nutrição

Tenho recebido e-mails que apresentam a questão: "Cápsula de ômega 3 engorda?". Antes de responder, vou falar o que é o ômega 3 --para isso, preciso explicar o que são as gorduras.

As gorduras podem ser divididas em dois grupos: as saturadas e as insaturadas. A gordura saturada está fortemente relacionada ao

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aumento de colesterol. Encontra-se gordura saturada nos produtos de origem animal --carnes, leite e ovos.

Já as gorduras insaturadas podem ser divididas em monoinsaturadas e poliinsaturadas. Os ácidos graxos monoinsaturados estão relacionados à diminuição dos níveis de colesterol, triglicérides, glicose e aumento do bom colesterol (HDL). Exemplo de gordura monoinsaturada são os azeites e castanhas. Já os ácidos graxos poliinsaturados têm um importante efeito na proteção cardiovascular.

Os ácidos graxos ômega 3, como o ácido alfa-linolênico, o ácido eicosapentanóico e o ácido docosahexanóico, são essenciais ao organismo. É necessária a ingestão desse nutriente, por meio dos alimentos ou, em alguns casos, com suplementos em cápsulas.

Alguns estudos indicam que a ingestão do ômega 3 auxilia a diminuir os níveis de triglicerídeos e colesterol total --o excesso pode retardar a coagulação sangüínea. É também importante sua ingestão no tratamento de alergias e processo inflamatórios.

Em relação à caloria, uma cápsula de ômega 3 não será responsável pelo aumento significativo de caloria em uma dieta. Quando for consumido por meio do alimento também não haverá problema --isto é, quando se tratar de uma dieta adequada quantitativamente.

Vale ressaltar que qualquer suplementação deve ser feita sob orientação médica e que todos os alimentos devem ser ingeridos como moderação.

Excelentes fonte de ômega 3 são: peixes de água fria (salmão, arenque, sardinha, atum) e óleo de linhaça.

Muita saúde!

Andrea Galante é mestre e doutora em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo, e presidente da Associação Brasileira de Nutrição. Escreve quinzenalmente na Folha Online, às terças-feiras.

E-mail: [email protected]

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Nutrição e psiquiatria

Ômega 3 tem efeito antidepressivo, mostra estudo de revisão

Plantão | Publicada em 16/08/2007 às 11h19m

Reuters

NOVA YORK - Os resultados de um amplo estudo relacionando a depressão e as taxas de ômega 3 na alimentação mostram que esses ácidos graxos têm um efeito antidepressivo. Mas, para os cientistas, ainda é cedo para se pensar em se tratar depressão e desordem bipolar apenas com o nutriente. O estudo foi publicado no "Journal of Clinical Psychiatry".

Segundo o médicos do Hospital da Universidade de Medicina da China em Taiwan, outros estudos serão necessários para determinar a dosagem apropriada e a melhor composição dos suplementos de ômega 3, além de se determinar que tipo de paciente seria beneficiado com a terapia.

Peixes, como o salmão, e alguns grãos são fontes de dos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3. Como nas regiões onde seu consumo é alto a incidência de depressão é baixa, os médicos se interessaram em pesquisar seu uso como antidepressivo.

Eles apostam particularmente no uso de ômega 3 para depressão resistente, nas crianças e no pós-parto. Os médicos analisaram dez estudos clínicos com um mínimo de quatro semanas de duração que usaram dois tipos de ômega 3 – ácido eicosapentaenóico ou docosahexaenóico – para tratar depressão ou desordem bipolar. Quando os pesquisadores reuniram todos os dados, encontraram efeitos antidepressivos significativos.

Como o ômega-3 é seguro e oferece muitos outros benefícios , o nutriente poderia ser interessante para pacientes depressivos com problemas cardíacos, diabéticos ou mulheres durante a gravidez e a amamentação.

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Leia mais: Filhos de mulheres que comem ômega 3 na gravidez são mais inteligentes

Fonte: http://oglobo.globo.com/saude/vivermelhor/mat/2007/08/16/297291011.asp

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Leia também:

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Omega-3 protege neurônios contra epilepsia, indica estudo

Cérebro & CorpoEntenda a relação entre cérebro, corpo, saúde e bem-estar

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Ricardo Arida,é graduado em Educação Física (USP) e possui pós-doutorado em Medicina (Neurologia) pela Universidade de Oxford - UK

Pesquisa foi coordenada por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Este é o primeiro estudo realizado no mundo sobre a ação do ômega-3 no tecido cerebral

O omega 3, um precioso lipídio que promove a saúde cardíaca, pode ajudar nosso cérebro. Estudos experimentais e clínicos apontam que os ácidos graxos poliinsaturados (Omega-3) são importantes para o desenvolvimento e manutenção das funções do sistema nervoso central.

"Pesquisa foi publicada mês passado na Revista Epilepsy and Behavior* revelou que o ômega-3, forma de gordura presente em algumas espécies de peixe, pode ajudar no combate à epilepsia. Em experimentos com animais, os pesquisadores verificaram que o ômega-3 é capaz de minimizar a morte de neurônios (células nervosas) durante as crises epilépticas e ajudar na regeneração do tecido cerebral"

Com relação às epilepsias, tem sido demonstrado que a suplementação dos ácidos graxos poliinsatuados previne e reduz a duração e freqüência de crises epilépticas em ratos e seres humanos, no entanto, os mecanismos para este fenômeno ainda são desconhecidos. Nesse sentido, encontrar alternativas que minimizem as lesões neuronais induzidas por crises epilépticas é importante para elaborar estratégias terapêuticas.

Diante da importância aparente dos ácidos graxos poliinsaturados e da facilidade em se obter um tratamento eficaz, seguro e, sobretudo, com múltiplos benefícios, existe um interesse em se explorar os mecanismos envolvidos com as ações dos ácidos graxos poliinsaturados nas epilepsias. O ômega-3 é encontrado principalmente em peixes (salmão, atum e sardinha), mas também pode ser vendido em cápsulas. No passado, as pessoas tomavam o conhecido “óleo de fígado de bacalhau”, sem saber do efeito de proteção dos neurônios.

Uma pesquisa coordenada por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi publicada no mês passado na Revista Epilepsy and Behavior* revelou que o ômega-3, forma de gordura

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presente em algumas espécies de peixe, pode ajudar no combate à epilepsia. Em experimentos com animais, os pesquisadores verificaram que o ômega-3 é capaz de minimizar a morte de neurônios (células nervosas) durante as crises epilépticas e ajudar na regeneração do tecido cerebral.

A pesquisa coordenada por Fulvio Scorza, Ricardo Arida, Esper Cavalheiro da Unifesp e Roberta Cysneiros da Universidade Mackenzie, mostrou um papel neuroprotetor do ômega-3 em animais com epilepsia. Nesta pesquisa, após dois meses de tratamento com Omega-3, ratos com epilepsia apresentaram uma menor perda de neurônios na região do hipocampo (área central do cérebro que desempenha papel fundamental na memória e aprendizado) em relação aos animais com epilepsia sem tratamento.

A próxima etapa será repetir o experimento com seres humanos. No entanto, é importante salientar que as pessoas com epilepsia não podem abdicar de seus remédios: o ômega-3 é só mais uma forma de minimizar as crises da doença. Este é o primeiro estudo realizado no mundo sobre a ação do ômega-3 no tecido cerebral e pode ser um grande passo para ajudar a minimizar os danos causados pelas crises epilépticas nos neurônios e, com isso, melhorar a qualidade de vida do indivíduo com epilepsia. *Neuroprotective activity of omega-3 fatty acids against epilepsy-induced hippocampal damage: Quantification with immunohistochemical for calcium-binding proteins. Epilepsy Behav. 2008. Ferrari D, Cysneiros RM, Scorza CA, Arida RM, Cavalheiro EA, de Almeida AC, Scorza FA.

Ricardo Arida é graduado em Educação Física (USP) e possui pós-doutorado em Medicina (Neurologia) pela Universidade de Oxford - UK

Fonte:Vya Estelar UOLhttp://www1.uol.com.br/vyaestelar/cerebroecorpo.htm

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AUSÊNCIA DE LNA NA DIETA É FATAL

Dr. Wilson Rondó Jr. é especialista em medicina preventiva, nutrólogo e cirurgião vascular. Mantenha-se informado sobre seu trabalho e sobre os serviços oferecidos pela W.Rondó Medical Center pelo sitewww.drrondo.com

Outro ácido graxo essencial é o ácido alfa linolênico, que é um ômega-3. Encontrado mais em peixes ou sementes de linhaça, é importante na redução do risco de doenças coronarianas. Os estudos mostram que indivíduos que consomem quantidades adequadas desse óleo apresentam menor incidência de doenças cardíacas. Tem ação importante na prevenção da arteriosclerose e dos riscos cardíacos, pois diminui a adesividade plaquetária. O ômega-3 também diminui triglicérides, colesterol e reações inflamatórias. Existem evidências de que a deficiência de Ômega-3 está associada a vários problemas de pele, artrite, rigidez articular, depressão, síndrome pré-menstrual, fobias, problemas prostáticos, enxaquecas. As principais pesquisas em relação à eficiência do Ômega-3 em nível de tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares mostram o seguinte:

1. Gorduras sangüíneas: Ômega-3 reduz com muita eficiência os triglicérides e com menor eficiência o colesterol.

2. Pesquisadores da Universidade de Oregon demonstraram em estudo com dez pacientes que apresentavam triglicérides muito elevados, queda dos valores laboratoriais de 1.353 mg/dl para 281 mg/dl em quatro semanas depois de iniciado o tratamento. Em relação ao colesterol, a queda de valores nesse período foi de 373 para 207.

3. Coagulabilidade do sangue: esse é o maior benefício em nível cardiovascular, a melhora de coagulabilidade e fluxo sangüíneo. Aceita-se que uma coagulação anormal do sangue é condição importante no processo de obstrução arterial, podendo levar a infartos e derrames. Os ômega-3 reduzem a produção de substâncias muito lesivas, conhecidas como

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tromboxano A2, que estimula a coagulação anormal do sangue, aumentando os riscos já mencionados.

Por muitos anos, pacientes cardíacos e a população em geral usam uma aspirina (ou menos) por dia para melhorar a viscosidade sangüínea. A aspirina ave como Ômega-3, reduzindo o tromboxano A2, mas também bloqueia a produção de prostaglandina I3, que é benéfica.

4. Fluxo sangüíneo: o Ômega-3 reduz a viscosidade do sangue, permitindo melhor fluxo de sangue, mais livre e com menor tendência de formar coágulos indutores de obstruções.

DEFICIÊNCIAS DE LNA (ÔMEGA 3)

LNA – SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA (3)

Retardo no crescimento Fraqueza Distúrbio visual e no aprendizado Incoordenação motora Formigamento e tremores nos braços e pernas Mudança comportamental Triglicérides ↑ PA ↓ Agressão plaquetária Inflamação Edema Pele seca Deterioração mental Taxa metabólica ↑ Disfunção imunológica

(fonte: trecho do livro “Prevenção: A Medicina do Século XXI”, págs 170-171).

“Prevenção: A Medicina do Século XXI”, A guerra ao envelhecimento e às doenças; Dr. Wilson Rondó Jr., São Paulo, Editora Gaia, 2000.

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Para adquirir este livro:

Editora Gaia Ltda(uma divisão da Global Editora e Distribuidora Ltda)Rua Pirapitingüi, 111-A – LiberdadeCEP 01508-020 – São Paulo – SPTel: (11) 3277-7999 – Fax (11) 3277-8141e-mail: [email protected]

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Fonte: http://www.drrondo.com/index.htmArtigos – Jornal da Saúde – eLetter – Guia de suplementos – Doenças de A a Z – Problemas Vasculares

Livros recomendados:- wrj

“Fazendo as Pazes com Seu Peso”, Obesidade e Emagrecimento: entendendo um dos grandes problemas deste século, Dr. Wilson Rondó Jr., Editora Gaia, São Paulo, 3ª Edição, 2003.

“Prevenção: A Medicina do Século XXI”, A Guerra ao Envelhecimento e às Doenças, A terapia molecular irá diminuir a incidência de câncer, doenças cardiovasculares, envelhecimento e muito mais; Dr. Wilson Rondó Junior, 240 páginas, Editora Gaia, São Paulo, 2000.

“O Atleta no Século XXI”, Dr Wilson Rondó Junior – O leitor conhecerá a importância da atividade esportiva na vida de qualquer ser humano do ponto de vista médico. Editora Gaia, São Paulo, 2000.

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“Emagreça & Apareça!”, Descubra seu Tipo Metabólico. Vila melhor e com mais saúde! Dr Wilson Rondó Juni8or, Editora Gaia, São Paulo, 2007.

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