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JESSYKA LORENA TSUNOUCHI FABBRI USO DO ULTRASSOM PIEZOELÉTRICO NA PERIODONTIA Londrina 2016

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JESSYKA LORENA TSUNOUCHI FABBRI

USO DO ULTRASSOM PIEZOELÉTRICO NA PERIODONTIA

Londrina 2016

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JESSYKA LORENA TSUNOUCHI FABBRI

USO DO ULTRASSOM PIEZOELÉTRICO NA PERIODONTIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Odontologia. Orientadora Profa. Dra. Maria Beatriz Bergonse Pereira Pedriali

Londrina

2016

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JESSYKA LORENA TSUNOUCHI FABBRI

USO DO ULTRASSOM PIEZOELÉTRICO NA PERIODONTIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Odontologia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Orientadora: Prof. Dra. Maria beatriz Bergonse

Pereira Pedriali Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dra Fernanda Akemi Nakanishi Ito. Universidade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, _____de ___________de _____.

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Dedico este trabalho a minha mãe que

sempre fez de um tudo e muito mais

para que eu chegasse aqui.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por todas as bênçãos que recebi e sem Ele jamais chegaria

a lugar nenhum.

Agradeço a minha mãe por todos os sacrifícios feitos em prol de me

encaminhar e me formar. Por todas as broncas e discussões que ajudaram a me

tornar uma pessoa mais forte e centrada. Por todo o amor, mesmo nos momentos de

rebeldia, que me deu coragem para vencer os desafios diários.

A minha irmã e madrinha por todo o companheirismo, conselhos, carinho e

por sempre me afagar quando errei.

A Raquel Volovicz Saldanha e ao Keldrey Vinícius Alício de Paula por sempre

estarem no mesmo barco e jamais deixarem ele virar. A conivência de todos os

meus colegas de turma e curso por me ensinarem diariamente a ser sempre uma

pessoa melhor.

Agradeço ao Regis por sempre dar seu apoio, compartilhar suas experiências

e contagiar a todos com suas gargalhadas.

Gratidão a todos os professores que contribuíram em minha trajetória

acadêmica, em especial a minha orientadora Maria Beatriz Bergonse Pereira

Pedriali, não importando hora, dia ou lugar, sempre disposta a me ensinar,

esclarecer e despertar cada vez mais meu interesse na Periodontia.

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FABBRI, Jessyka Lorena Tsunouchi. Uso do Ultrassom Piezoelétrico na

Periodontia. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) –

Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura da utilização do

ultrassom piezoelétrico, desde seu desenvolvimento em 1988, passando pela

explicação do mecanismo da piezoeletricidade, expondo o aparelho e suas partes

constituintes, exaltando suas vantagens e desvantagens nas cirurgias ósseas e

ressaltando sua aplicação clínica na Periodontia. A piezoeletricidade é gerada por

uma corrente elétrica convertida em ondas ultrassônicas, que desestrutura os

cristais de hidroxiapatita garantindo a seletividade e precisão de corte apenas em

tecidos duros. Por isso o ultrassom piezoelétrico se tornou o sonho de muitos

cirurgiões dentistas, que em seu cotidiano trabalham próximos a estruturas nobres

como membranas, tecidos conjuntivos não mineralizados, nervos, vasos e periósteo.

A literatura aponta que o seu uso promove um corte preciso, refrigeração constante,

ausência de carbonização do tecido ósseo além de reduzir os danos aos tecidos

moles e o desconforto pós-operatório. Entre os inconvenientes do método estão o

elevado preço de mercado e um tempo operatório maior nas osteotomias. Cirurgias

para restabelecimento do espaço biológico, ressecção e tunelização de raiz e

osteotomias e plastias para reposicionamento apical da gengiva estão entre as

cirurgias mais frequentes na Periodontia que fazem o uso do ultrassom piezoelétrico

como uma alternativa ao uso de brocas e cinzéis.

Palavras-chave: Piezocirurgia; Ultrassom; Osteotomia.

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FABBRI, Jessyka Lorena Tsunouchi. Use of Piezoelectric Bone Surgery in

Periodontics. 2016. Work Completion of course (Undergraduate Dentistry) - State

University of Londrina, Londrina, 2016.

ABSTRACT

This paper aims to conduct a review of the use of literature piezoelectric ultrasound

since its 1988 development, through the mechanism of piezoelectricity explanation,

exposing the device and its constituent parts, extolling its advantages and

disadvantages in bone surgery and emphasizing its use in Periodontics. The

piezoelectricity is generated by an electric current converted into ultrasonic waves,

which disrupts the hydroxyapatite crystals ensuring selectivity and precision cutting

only hard tissues. So the piezoelectric ultrasound has become the dream of many

dentists, who in their daily work near structures such membranes, connective tissue

non-mineralized, nerves, vessels and periosteum. The literature suggests that its use

promotes a precise cut, constant refrigeration, no charring of bone tissue and reduce

damage to soft tissue and post-operative discomfort. Among the drawbacks of the

method are the high market price and increased operative time in the osteotomies.

Surgery to restore the biological space, resection and root tunneling and osteotomies

Key words: Piezosurgery; Ultrasonography; Osteotomy.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Sistema Piezosurgery®. ......................................................................... 07

Figura 2 – Kit básico de pontas do Piezosurgery® e exemplos de utilizações. ....... 08

Figura 3 – Kit osteotomia de pontas do Piezosurgery® e exemplos de utilizações. 09

Figura 4 – Kit periodontia de pontas Piezosurgery® e exemplos de utilizações. .... 10

Figura 5 –Aumento de coroa sem abertura de retalho ............................................ 13

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Kit básico de pontas Mectron ®. ............................................................ 05

Tabela 2 – Kit osteotomia de pontas Mectron ®. ..................................................... 06

Tabela 3 – Kit periodontal de pontas Mectron ®. ..................................................... 06

Tabela 4 – Vantagens e desvantagens do UP ......................................................... 12

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

UP ULTRASSOM PIEZOELÉTRICO

Pz PIEZOELETRICIDADE

Cv CAVITAÇÃO

W WATTS

µm MICRÓMETRO

kHz QUILO-WERTZ

ºC GRAUS CELCIUS

mL MILILITRO

min MINUTOS

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Sumário 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 2

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 3

2.1 Mecanismo de Ação da Piezoeletricidade ................................................ 3

2.2 Mecanismo da Cavitação .......................................................................... 3

2.3 Ultrassom Piezoelétrico ............................................................................ 3

2.4 Vantagens x desvantagens do uso do ultrassom piezoelétrico .............. 11

2.5 Aplicações Clínicas ................................................................................. 13

3. DISCUSSÃO ............................................................................................... 15

4. CONCLUSÃO ............................................................................................. 16

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 19

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1. INTRODUÇÃO

O ultrassom piezoelétrico (UP) (Piezosurgery®, Mectron, Carrasco,

Itália) foi desenvolvido e lançado no mercado pelo Dr. Tomaso Vercellotti em

1988, ano em que passou a ser utilizado para cirurgias orais, sendo um

equipamento que utiliza micro vibrações para cortar tecidos mineralizados

(EGGERS et al., 2004; MAURER et al., 2008). Vibrando em uma frequência

entre 20 a 32 kHz, o UP não causa prejuízo às estruturas nobres e tecido mole,

já que estas vibram juntamente com o dispositivo (BLUE et al., 2010).

O UP é considerado uma opção evoluída e motorizada do ultrassom

convencional, já que preserva totalmente a integridade de vasos e nervos,

frequentemente e/ou acidentalmente comprometidos ao usar serras cirúrgicas

convencionais ou brocas. (VERCELLOTTI, PAOLI, NEVINS, 2001; PEIVAND

et al., 2007; GARCIA et al., 2007; CONSOLARO, SANT'ANA, MOURA NETO,

2007; LEE et al., 2007; GARCIA et al., 2008; KFOURI et al., 2009; BLUES et

al., 2010; YAMAN, SUER, 2013;).

O UP tem sido utilizado como uma alternativa aos instrumentos

rotatórios convencionais nas cirurgias orais que envolvem osteotomias

(STÜBINGER et al., 2005). Amplamente utilizado na medicina em cirurgias

ósseas como, na ortopedia, em cirurgias craniofaciais, plástica e reconstrutiva,

cirurgias de cabeça e pescoço, oftalmologia e neurocirurgia. Já na odontologia,

os profissionais o utilizam para extração de 3º molar incluso, aumento de

coroa, obtenção de osso autógeno, implantes, levantamento de seio,

lateralização de nervo e, osteotomias e osteoplastias em geral (YAMAN,

SUER, 2013).

O objetivo desta revisão de literatura é ilustrar as aplicações clínicas do

UP, passando pela explicação do mecanismo da piezoeletricidade, expondo o

aparelho e suas partes constituintes, exaltando as principais vantagens e

desvantagens nas cirurgias ósseas e ressaltando seu uso na Periodontia.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Mecanismo de Ação da Piezoeletricidade

A piezoeletricidade (Pz) foi descoberta em 1881, por Pierre Currie

(KFOURI et al., 2009; MAURER et al., 2008). A Pz é alcançada quando os

cristais de quartzo e de hidroxiapatita são comprimidos através de uma pressão

ou tensão, desencadeando um potencial elétrico e produzindo um campo

eletromagnético. A diferença de polaridade do campo eletromagnético faz com

que o cristal transduza este efeito numa oscilação de sua superfície e este

movimento é transmitido ao material em questão que irá expandir e em seguida

contrair, levando a uma vibração ultrassônica.

O UP utiliza este mecanismo de funcionamento, e sua ponta ativa utiliza

a capacidade de Pz óssea para desagregar os cristais de hidroxiapatita em um

determinado plano, “cortando” o osso por meio de vibrações de ultrassom. A Pz

é também conhecida como "pressão eletrificada“, sendo o termo "piezo"

derivado de “piezein”, ou seja, pressão em língua grega. (CONSOLARO,

SANT'ANA, MOURA NETO, 2007; GARCÍA et al.,2009; YAMAN, SUER,

2013).

2.2 Mecanismo da Cavitação

A Cavitação (Cv) é um dos efeitos da Pz que consiste em uma implosão

imediata de cavidades dentro de um líquido. Formam-se bolhas por causa das

forças que agem sobre um líquido que sofre mudança abrupta de pressão,

deixando em seu interior a pressão menor.

Na cirurgia com UP, o fenômeno cavitação descreve o processo de

vaporização, causado pelas vibrações ultrassônicas aumentando e diminuindo

rapidamente sua pressão. O processo de Cv e a vaporização gerada

juntamente com uma irrigação contínua de soro, permitem um campo

operatório sempre “limpo” e consequentemente uma melhor visualização da

área operatória (WALMSLEY, LAIRD, WILLIAMS, 1988; KOTRIKOWA et al.,

2006; BLUE et al., 2010).

2.3 Ultrassom Piezoelétrico

O UP consiste em uma plataforma que converte a corrente elétrica em

ondas ultrassônicas, por meio de um transdutor especial ligado a uma peça de

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mão anexa a bisturis ou pontas de corte, diamantadas ou de titânio, disponíveis

em variadas formas (Figura 1).

O UP promove um padrão vibratório linear com frequência de 24,7 a

29,5 kHz, com uma opção digital de modo reforçado “boosted” até 30 kHz, com

oscilação de 60 a 210μm e uma potência que pode variar entre 2,8 a 16 W, de

acordo com a densidade do osso que se pretende cortar. A Pz é três vezes

mais potente que um ultrassom convencional e, portanto, pode cortar tecidos

altamente mineralizados, inclusive tecidos dentários duros (BOVI, 2005;

CONSOLARO, SANT'ANA, MOURA NETO, 2007).

Apresenta também uma bomba peristáltica de solução salina (0,9%) ou

soro fisiológico estéril, mantida a 4ºC para o resfriamento. A solução é expelida

por meio de um jato anexo à ponta ativa, em um fluxo que pode ser ajustado

entre 0 a 60ml/min, refrigerando a superfície óssea e eliminando detritos da

área de corte (CONSOLARO, SANT'ANA, MOURA NETO, 2007; GARCÍA et

al., 2007). As configurações de potência e frequência do dispositivo podem ser

selecionados no painel de controle com um display digital e um teclado de

acordo com a tarefa prevista. (EGGERS et al., 2004).

Atualmente, uma série de versões do UP está em desenvolvimento, com

configurações pré-definidas para cada tipo de procedimento executado,

podendo variar de acordo com cada marca hoje existente (YAMAN, SUER,

2013). As pontas do aparelho estão disponíveis em titânio e diamante, com

micro vibrações variando de 60 a 210 µm (KFOURI et al., 2009). De acordo

com a cirurgia planejada, o cirurgião escolhe a ponta ativa mais adequada

seguindo as recomendações do fabricante.

No kit básico estão disponíveis pontas para a realização de

osteotomias, aumento de coroa clínica e expansão da cortical óssea (Tabela 1)

(Figura 2).

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Tabela 1- Kit básico de pontas Mectron ®.

Pontas

Sugestões de uso pelo fabricante

(Mectron®)

OT7

Expansão da crista óssea

Enxerto ósseo Osteotomia Le Fort I

OT2

Osteótomo de grande precisão nas estruturas

anatômicas delicadas (a expansão da crista

óssea e corticotomias interdentais)

EX1

Osteotomia delicada

osteotomia perirradicular

raízes anquilosadas.

OP3

Osteotomia periodontal

alongamento de coroa clínica

desenho de fragmentos de osso

remoção de tecido inflamatório (cisto, etc.)

OP1

Remodelação óssea

remoção de fragmentos de ossos

Fonte: (adaptado do catálogo Mectron Inserti Piezosurgeryr 2015.

O kit para osteotomias é composto por pontas de osteotomias finas,

separação de raiz e para cirurgias ortodônticas (Tabela 2) (Figura 3).

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Tabela 2- Kit osteotomia de pontas Mectron ®.

Pontas

Sugestões de uso pelo fabricante

(Mectron®)

OT7 e OT7S-4

Osteotomia muito fina

corticotomia em microcirurgia ortodôntico

separação de raiz em extrações dentárias

cirurgia periodontal

OTS-3

Osteotomia e corticotomia muito fina

em microcirurgia ortodôntica

fratura de raiz na extração do dente

OT8

Osteotomia apical

retirada monocortical óssea

Fonte: (adaptado do catálogo Mectron Inserti Piezosurgeryr 2015).

Já para a Periodontia, há pontas para remoção de tecido inflamatório,

raspagem em campo aberto e alisamento radicular (Tabela 3) (Figura 4)

(catálogo Mectron®, 2015).

Tabela 3- Kit periodontal de pontas Mectron ®.

Pontas

Sugestões de uso pelo fabricante

(Mectron®)

PS2

Remoção de tecido inflamatório

extração de ápice de raiz fraturada.

OP5

Desbridamento e alisamento radicular durante

cirurgia periodontal ressectiva e regenerativa

PP1

Alisamento radicular

OP3 e OP3A

Fonte: (adaptado do catálogo Mectron Inserti Piezosurgeryr 2015).

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Figura 1 - Sistema Mectron Piezosurgery ® (A) Dispenser de solução

irrigadora, (B) peça de mão, (C) painel digital.

(adaptado do catálogo Mectron Inserti Piezosurgeryr 2015).

A

C

B

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Figura 2 - Kit básico de pontas do Mectron® Piezosurgery com exemplos de

usos.

(retirado de catálogo Mectron Inserti Piezosurgeryr 2015).

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Figura 3 - Kit osteotomia de pontas do Mectron® Piezosurgery com exemplos

de usos.

(retirado de catálogo Mectron Inserti Piezosurgeryr 2015).

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Figura 4 - Kit periodontiade pontas do Mectron® Piezosurgery com exemplos

de usos.

(retirado de catálogo Mectron Inserti Piezosurgeryr 2015).

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2.4 Vantagens x desvantagens do uso do ultrassom piezoelétrico

A principal vantagem do UP consiste em cortar tecido ósseo sem causar

injúrias aos tecidos moles adjacentes uma vez que em contato com estes

tecidos, a ponta ativa de corte cessa sua atividade, preservando totalmente a

integridade de vasos e nervos (VERCELLOTTI, PAOLI, NEVINS, 2001;

CONSOLARO, SANT'ANA, MOURA NETO, 2007; LEE, AHN, SOHN; 2007).

As micro vibrações criadas na peça de mão do UP fazem com que a

ponta ativa se mova entre 60 e 210 µm, sendo três vezes mais potente que o

ultrassom convencional, permitindo desta forma somente o corte de tecido

altamente mineralizado (EGGERS et al., 2004; SCHLEE et al., 2006; WALSH,

2007). Para cortar os tecidos moles, é necessário uma frequência maior que 50

kHz (LEE, PARK, 1999) e o UP vibra em uma frequência entre 20 a 32 kHz,

enquanto os tecidos moles vibram juntamente com o dispositivo (BLUE et al.,

2010). Portanto o UP é incapaz de cortar tecidos moles como tecidos

conjuntivos não mineralizado, nervos, vasos e periósteo (SCHLEE et al., 2006;

PIEZOELETRIC BONE SURGERY-HANDBOOK, 2013; LABANCA et al.,

2008).

Ao utilizar o equipamento, o operador pode controlar a pressão aplicada

e o fluxo de irrigação que varia de 0 a 60 ml/min (EGGERS et al., 2004;

LABANCA et al., 2008) proporcionando um campo operatório limpo, quase livre

de sangramento e sempre refrigerado durante o processo de corte,

consequência do efeito de cavitação criado pelo sistema de irrigação e das

ondas oscilatórias, resultando em uma melhor visibilidade operatória

(WALMSLEY,LAIRD, WILLIAMS, 1988; STÜBINGER et al., 2005; SCHLEE et

al., 2006; KOTRIKOWA et al., 2006; GARCIA et al., 2009; BLUS et al., 2010). A

refrigeração abundante também está relacionada com uma menor injúria

térmica ao tecido ósseo favorecendo a cicatrização pós-cirúrgica (UEKI et al.,

2004; EGGERS, et al., 2004; WALSH, 2007).

A diminuição do ruído pelo fato de ser menos sonoro e vibrátil é citada

como ponto positivo propiciando conforto ao paciente durante as cirurgias com

o UP resultando em diminuição do estresse para o profissional e paciente

(SCHLEE et al., 2006; STÜBINGER et al., 2005; GARCIA et al., 2009;

VERCELLOTTI et al., 2005).

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A necessidade de familiarização com o instrumento (aprendizado) para

se adaptar a sua ação longitudinal que difere dos instrumentos rotatórios

convencionais e um tempo operatório maior para cortes e desgastes de ossos

mais extensos e compactos são constantemente citados como pontos

negativos do ultrassom piezoelétrico (KHAMBAY, WALMSLEY, 2000;

PEIVANDI et al., 2007; LEE, AHN, SOHN 2007; LABANCA et al., 2008;

SIVOLELLA et al., 2011; STEVÃO, 2013) Além disso, o UP necessita de alto

investimento inicial por ser um aparelho de custo elevado (YAMAN SUER,

(2013).

Resumidamente, as vantagens e desvantagens do UP, são

apresentadas na Tabela 4.

Tabela 4- Vantagens e desvantagens do UP

Vantagens Desvantagens

Seletividade do corte em tecido duro Necessidade de familiarização

ao instrumento

Incapacidade de cortar tecidos moles

Segurança de trabalho Tempo operatório maior

Corte preciso e micrométrico Alto custo

Visualização do campo operatório

Ausência de carbonização do tecido ósseo

Histocompatibilidade com osso trabecular

Três vezes mais potente que ultrassom

convencional

Redução do ruído (conforto do paciente)

Fonte: o próprio autor

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2.5 Aplicações Clínicas

Por suas vantagens, o UP é amplamente utilizado em cirurgias que

envolvam osteotomias e osteoplastias, principalmente nas que visam a

restauração do espaço biológico, como aumento de coroa clínica, corrigindo

não só a estética mas também cáries e fraturas radiculares (FEDELLI JR,

2015). Foi preconizado que os valores médios do espaço biológico são: 1,07

mm de inserção conjuntiva, 0,97 mm de epitélio juncional e 0,69 mm adicional

correspondente ao sulco gengival para uma distância ideal entre a crista óssea

e a gengiva marginal livre (GARGIULO, 1961; TRISTÃO, 1992). Em 2015 a

CVDentus lançou um catálogo sobre o UP e suas pontas, ilustrando o uso com

aumento de coroa sem rebatimento de retalho (Figura 5).

Figura 5 – Aumento de coroa sem abertura de retalho

(Adaptado do Catálogo CVDentus 2015- piezo)

O UP é considerado histocompatível como o osso trabecular pois a

microestrutura óssea é preservada, comprovado em um estudo que comparou

seu uso e o de brocas e serras cirúrgicas em osteotomias. Os autores

observaram estruturas de osso esponjoso intacto e livres de espículas ósseas,

que dificultam o suprimento sanguíneo, facilitando a irrigação sanguínea e a

migração celular (MAURER et al., 2008).

Como citato anteriormente, o UP funciona sobre refrigeramento,

consequentemente não há superaquecimento, diminuindo as chances de

necrose óssea superficial (HAPPE, 2007; CONSOLARO, SANT'ANA, MOURA

NETO, 2007; LABANCA, et al. , 2008). Já as brocas e fresas podem gerar um

aumento da temperatura acima de 47ºC, que é a temperatura limite durante 1

minuto para não ter uma osteonecrose irreversível já que o calor gerado é

suficiente para se ter distúrbios de reabsorção e substituição óssea sendo este

aumento de temperatura causado pelo calor de atrito (AUGUSTIN, 2008;

STEVÃO, 2013). Blue e colaboradores (2010) observaram a capacidade do UP

em cortar osso trabecular tipo IV ou ossos recentemente regenerados em

virtude da alta potência do UP que aumenta seu poder de corte e diminui a

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pressão exercida, e também não observaram lesões no tecido ósseo já que

não há superaquecimento.

Recente estudo avaliou histologicamente a regeneração óssea após

osteotomia realizada com o UP e instrumento rotatório convencional. Após um

período de sessenta horas, nos defeitos ósseos realizados com o UP foram

encontrados um infiltrado inflamatório de leve a moderado enquanto nos

defeitos realizados com instrumento rotatório o infiltrado inflamatório presente

era de moderado a severo e a hemorragia intramedular também foi menor no

grupo UP. Após 7 dias, as áreas de infiltrado inflamatório ainda foram menores

no grupo UP. Neste período as áreas de ossificação foram maiores no grupo

instrumento rotatório, entretanto em 30 dias estas áreas foram maiores no

grupo UP e completa remodelação óssea foi encontrada em ambos os grupos

no acompanhamento de 60 dias. Esses resultados sugerem que osteotomia

com UP causa menos agressão tanto nos tecidos mineralizados quanto nos

tecidos moles. Apesar do processo de ossificação iniciar mais cedo no grupo

das brocas o estudo mostrou melhores padrões de ossificação (com maior

volume de matriz óssea) e formação de espículas intramedulares no grupo UP

após 30 dias, enquanto a formação de calos ósseos foi evidente no grupo dos

instrumentos rotatórios, apesar das características morfológicas mais próximas

ao tecido normal serem encontradas nos dois procedimentos cirúrgicos após

60 dias, sugerindo que ambos os procedimentos apresentam os mesmos

efeitos no estágio final da regeneração óssea (PEDRIALI et al., 2016).

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3. DISCUSSÃO

O uso do UP para alguns procedimentos da clinica diária proporciona

grande facilidade, promovendo uma taxa de sucesso bastante alta, evitando

complicações durante e após as intervenções.

É amplamente utilizado por profissionais das mais diversas

especialidades como a Periodontia, cirurgia bucomaxilofacial, endodontia e

implantodontia por ser uma técnica que promove grande segurança e alta

precisão aos profissionais, quando comparada com as técnicas convencionais,

nas osteotomias e osteoplastias, devido a sua alta precisão, os tecidos moles e

regiões nobres podem ser preservados podendo assim cortar tecidos duros de

forma precisa e segura (KFOURI et al., 2009; EGGERS et al., 2004;

SÜBINGER et al., 2005).

Embora a alta precisão e segurança sejam vantagens do UP, ele confere

ao tecido uma rugosidade superficial maior quando comparada a técnica

convensional, após a osteotomia, que pode interferir na remodelação óssea.

Mas embora mais áspera, a superfície produzida pela ponta do ultrassom

mostra-se sem diferenças quanto à regeneração do tecido e produzindo uma

menor camada de necrose superficial (METZGER et al., 2006, MAURER et al.,

2008). A cicatrização inicial da ferida, segundo Metzger (2006), foi mais rápida

com os instrumentos ultrassônicos porém, não houve diferença significante na

cicatrização da ferida após três meses.

Já o tempo operatório, que influencia no conforto do paciente, tanto no

momento transcirúrgico, quanto no pós-operatório também difere das técnicas

convencionais. Nota-se com o UP, um maior tempo transcirúrgico, levando ao

desconforto do paciente, mas apresenta osteoblastos vitais próximos a regiões

onde foram realizadas as osteotomias, auxiliando assim na dinâmica do reparo,

diminuindo a intensidade de dor e do tempo pós-operatório (MAURER et al.,

2008; ESTEVES et al., 2013).

Durante o procedimento cirúrgico, o oxigênio liberado durante o corte

estimula o metabolismo celular, promovendo um efeito antisséptico no local da

cirurgia, com a ausência de necrose tecidual. O aumento de osteoblastos

viáveis na região promove também um aumento de proteínas morfogenéticas,

que controla melhor o processo inflamatório, estimulando a remodelação óssea

(SCHLEE et al., 2006, PRETI et al., 2007).

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A literatura relata complicação que pode ocorrer no pós-operatório que é

o enfisema subcutâneo, que habitualmente, é tratado de forma conservadora, e

na maior parte dos casos, com sintomas mínimos. Uma complicação grave

poderia resultar em obstrução respiratória ou circulatória. O UP também reduz

o risco de enfisema subcutâneo, devido ao efeito de aerossol produzido

(VERCELLOTTI, 2004).

Apesar de UP oferecer grandes vantagens nos mais diversos tipos de

procedimentos, uma das desvantagens é o aumento no tempo operatório,

quando comparado às técnicas convencionais, que pode estar relacionada ao

tipo de tecido ósseo (compacto/esponjoso).

Além disso, as ondas ultrassônicas do UP convertem energia mecânica

em calor e esse calor pode ser transmitido aos tecidos. Uma forma de evitar

essa transferência de calor é a irrigação constante, que evita o

superaquecimento e deixa o campo cirúrgico com uma maior visibilidade para o

operador (SÜBINGER et al., 2005).

Durante o procedimento, deve-se evitar a pressão sobre os tecidos, a

eficiência do corte do osteótomo não é aumentada pelo aumento da pressão

exercida, pelo contrário, superaquece a ponta e prejudica os tecidos

circundantes ao corte, podendo levar a necrose tecidual. Deve-se levar em

consideração o tipo do osso a ser trabalhado e a quantidade de vezes que a

ponta do ultrassom já foi utilizada, evitando assim gerar um calor maior do que

o planejado. Durante o tempo operatório, deve-se ir em direção à cavidade e

não às suas paredes, assim sendo o controle da direção do instrumento torna-

se importante no sucesso do tratamento.

O estresse traumático ao qual o paciente é submetido durante um

procedimento cirúrgico é minimizado com o uso do UP, pois este produz menos

ruídos quando realizadas as micro vibrações, quando comparado com o

instrumento rotatório convencional, aumentando assim o conforto do paciente

(SÜBINGER et al., 2005; PAVLÍKOVÁ e al., 2011).

A precisão que o UP confere aos procedimentos cirúrgicos se deve à

ausência de micro movimentações e micro vibrações que o dispositivo poderia

transferir ao cirurgião, resultando em excelente controle, mesmo em regiões

mais mineralizadas do tecido ósseo (SCHLEE et al., 2006). O campo operatório

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limpo confere ao procedimento muita precisão, pois permite ao profissional boa

visibilidade, com a ausência de sangramentos (SÜBINGER et al., 2005).

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4. CONCLUSÃO

Cada vez mais a busca por resultados que combinem função e estética

tem levado os pesquisadores a buscarem técnicas que otimizem estes

resultados, ato que o UP proporciona ao não lesionar tecidos moles. O UP

apesar de despender um alto custo (investimento inicial e manutenção das

pontas) soma no mercado atual, uma opção válida para as cirurgias ósseas

tendo em vista que suas vantagens superam não somente as desvantagens,

mas também a segurança e conforto no procedimento operatório.

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