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DESTAQUE

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COORDENAÇÃO,PRODUÇÃO EEDITORAÇÃO

MIRIAM PASQUINI ZANIMtb nº 36291

1 - O fato dos patrocinadores estarempresentes nesta edição, com seus anún-cios, não exime o leitor de exercer osseus direitos de consumidor e constatara qualidade dos produtos e serviços ofe-recidos.

2 - As matérias assinadas são de respon-sabilidade dos autores.

3- Os anúncios publicitários e artigosproduzidos neste informativo são de res-ponsabilidade de seus autores e edito-res, não tendo, portanto, nenhum vínculoético ou jurídico com o Comando doExército/Comando de Aviação do Exér-cito, inclusive qualquer patrocínio de quesejam decorrentes.

DISTRIBUIÇÃO GRATUITATIRAGEM 1400 EXEMPLARES

Fone/Fax: 0xx 12 2123.7511 Cel.:012 99771.0555

e-mail: [email protected]

O Informativo Águia é mais umapublicação do Studio Águia Editora(Miriam Pasquini Zani Edições- ME)

INFORMATIVO DA AVIAÇÃODO EXÉRCITO

PAUTA (MATÉRIAS MILITARES)COMANDO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO

COLABORADORESTEN CEL LOPES - CAVEXSGT REZENDE - CIAVEX

RP / OM AVEX

DOAÇÃO DE ACERVO PESSOAL DO CORONEL TELLESÀ AVIAÇÃO DO EXÉRCITO

No dia 16 de maio, o CAvEx foi palco de um momentoespecial da história da Aviação do Exército. Naquela data, oCoronel Telles, 1º Comandante do 1º Batalhão de Aviaçãodo Exército, ofertou materiais do seu acervo pessoal, osquais, num futuro próximo, serão parte especial do acervodo Museu da Aviação do Exército.

A atividade contou com a presença do Gen Furlan,Comandante de Aviação do Exército, do Coronel William,Chefe do Estado-Maior do CAvEx, do Coronel AlexandreCarnaval, Gestor do Projeto Museu de Aviação do Exército edos chefes de Seção do Estado-Maior do CAvEx.

A solenidade foi marcada por muita emoção. O Gen Furlanrelembrou, ao fazer uso da palavra, detalhes da época em que foi subordinado ao Coronel Telles. Ressaltou a

importância da valorização dos profissionais que nosantecederam, part icularmente aqueles militares queescreveram as páginas iniciais da rica história da recriaçãoda Aviação do Exército.

Por sua vez, o Coronel Telles manifestou a suasatisfação de poder ofertar objetos que fizeram parte desua pioneira passagem pela Aviação do Exército. Falou,também, de situações marcantes da fase inicial da Aviaçãoe, nesse contexto, destacou o valor dos militares que, juntoa ele, enfrentaram e venceram inúmeros desafios.

Assim, naquele singular momento, passado e presentese irmanaram e, juntos, de olhos postos no futuro, acalentama inquebrantável esperança de uma Aviação do Exércitocada vez mais forte e mais coesa. Aviação!

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EVENTOS

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MILITARES DA AVEX PARTICIPARAM DAPROVA DE NATAÇÃO EQUIPADA DO

CORPO DE BOMBEIROS

EQUIPE TASA EM AÇÃONo dia 8 de maio,

por volta das 17horas, o B Mnt Sup AvEx recebeu a missãode apoiar, com umaequipe TASA, o 1ºBAvEx, que se dirigiaà Academia Militardas Agulhas Negraspara resgatar umapatrulha de cadetesque se perdera naoficina do � �BichoPerdido�. Com a viatura de abastecimento plena e com exacerbadosentimento de cumprimento de missão, nossa equipe partiu para a AMANsem previsão de retorno, pois o cumprimento da missão estava vinculado aoresgate da patrulha perdida. Felizmente, por volta de 21 horas, com a ajudadeterminante da aeronave equipada com o sistema �Olho da Águia�, osdiscípulos de Caxias foram encontrados.

Como aproveitamento do êxito, no dia seguinte em Resende-RJ, a equipeTASA realizou o apoio de combustível da aeronave 365 K2 que executavaseus ensaios em meio aos ventos do Pico das Agulhas Negras.

Nessa missão, foram utilizados cerca de 1.400 litros de QAV e posto àprova, mais uma vez, o adestramento, a versatilidade e a operacionalidadedos equipamentos e integrantes do pelotão TASA da Cia Sup Trnp Av.

B MNT SUP AV EX: INSPEÇÕES EM DIA

BAVT REALIZA SIMPÓSIO DEADMINISTRAÇÃO

A 29ª edição da tradicional Prova de Natação Equipada do Corpo deBombeiros, que já faz parte do calendário oficial de eventos em comemoraçãoao aniversário da cidade de Jacareí, contou com a participação de militaresda Aviação do Exército. A largada da primeira categoria ocorreu no dia 10 deabril, às 10 horas. Mais de 1.000 nadadores participaram da prova que tempercurso de 3.500 metros e é disputada por militares e civis, divididos emcategorias conforme a idade e o sexo.

Um dos objetivos do evento, segundo os organizadores, é promover aintegração das unidades da Polícia Militar com as demais organizaçõesmilitares e civis e divulgar os serviços prestados pelo Corpo de Bombeiros.Destacaram-se na prova, de acordo com cada categoria, o Sub Ten Ademar,o 1º Sgt Adriano e o Cb Farrapo, todos do CIAvEx (SEB).

As inspeções das aeronaves da Aviação do Exército que estão sobresponsabilidade do B Mnt Sup Av Ex, destinadas ao emprego por ocasião daCopa do Mundo 2014, aproximam-se cada vez mais de suas conclusões.

O imenso esforço das equipes de manutenção da Cia L Mnt Av e de todosos integrantes do batalhão tem possibilitado à unidade lograr êxito na missãoassumida, aproximando-se de cumprir a meta de disponibilidade pretendida.Na foto, visualiza-se a equipe da aeronave EB 1035 após a conclusão daInspeção A/T, uma das três aeronaves HA-1 que já foram entregues esteano.

De 22 a 24 de abril, ocorreu o Simpósio de Administração da Base deAviação de Taubaté no auditório do Comando de Aviação de Taubaté. Talsimpósio é fundamental para a realização das atividades administrativas noComplexo Base de Aviação de Taubaté, além de possibilitar a troca deexperiências entre os presentes e o aperfeiçoamento das rotinasadministrativas que envolvem as unidades do Complexo.

A Abertura foi realizada pelo Cel Borges, Comandante da Base de Aviaçãode Taubaté, seguido por palestras do Chefe da Divisão de Orçamento eFinanças sobre as Atribuições dos Agentes da Administração, Orientaçõesda SEF e Diretriz Especial de Gestão Orçamentária e Financeira para 2014.Foram discutidos, ainda, vários assuntos como: licitações e gestão de contratos,aplicação e comprovação de suprimento de fundos, atividades inerentes àfiscalização administrativa e ao controle patrimonial e atividade de pagamentode pessoal.

Tais assuntos são fundamentais para busca de melhoria contínua nosprocessos administrativos, tornando-se referência na administração e noemprego dos recursos públicos com eficiência e prontidão, atendendo aosprincípios constitucionais da eficiência e economicidade e permitindo que oComplexo de Aviação de Taubaté cumpra as diversas missões aéreas tãoimportantes para nossa Nação.

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EVENTOS

FORMATURA DO DIA DA VITÓRIAVISITA DO COTERNo dia 15 de maio, o

Centro de Instrução deAviação do Exérc ito(CIAvEx) recebeu a visitado General-de-BrigadaGláucio, 3º Subchefe doComando de OperaçõesTerrestres (COTER),acompanhado por suacomitiva.

Na oportunidade,conheceram a Sala deMaquetes, o Simuladorde Voo, a Sala dos Óculosde Visão Noturna e oLaboratório deInformática.

O CIAvEx sente-sehonrado pela v isita eagradece a oportunidadede poder apresentar ostrabalhos desenvolvidosno Centro.

Pela Audácia!

GUERREIRAS DO 2º BAvEx REALIZAM ENCONTRONa tarde do dia 3 de maio, as esposas dos militares do 2º Batalhão de

Aviação do Exército � conhecidas carinhosamente como as Guerreiras �realizaram o seu primeiro encontro no ano de 2014.

A atividade aconteceu no Hotel Baobá e foi organizada pela Sra AnaCristina Carvalho Lima, esposa do Comandante do Batalhão Guerreiro. Aparticipação expressiva das mulheres permitiu estreitar os laços de amizadeda Família Guerreiro e estudar o apoio de alguns projetos sociais na cidadede Taubaté.

Em um clima amistoso e descontraído, as Guerreiras apreciaram umdelicioso café colonial preparado pelo hotel e participaram de um sorteio debrindes, ofertados por diversos patrocinadores do evento.

Já no primeiro encontro, as Guerreiras combinaram que envidarãoesforços em uma campanha de arrecadação de fraldas infantis, as quaisserão doadas ao pequenino Andrew, de apenas 4 anos de idade, acometidode hidrocefalia e com necessidades físicas e mentais.

Se você gostou dessa iniciativa, colabore! Entregue um pacote de fraldas,tamanho �M� ou �G�, na caixa de arrecadação que se encontra no Hangardo 2º BAvEx.

GUERREIRAS!

O Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx)realizou uma formatura em comemoração ao Dia da Vitória.Após a leitura da Ordem do Dia, o Coronel Nigri, Comandantedo CIAvEx, destacou a ação corajosa e heroica dos combatentesbrasileiros que atuaram nos campos de batalha da Itália,exaltando, assim, a participação dos integrantes da ForçaExpedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial.

Em suas palavras, o Coronel Nigri fez referência tambémao Dia da Cavalaria, comemorado no dia 10 de Maio.

Pela Audácia!

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EVENTOS

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GERENCIAMENTO DE PROJETOS NA AVEXA Seção de Projetos Especiais do CAvEx tem a missão de realizar a

gestão do portfólio de projetos estratégicos da Aviação do Exército. A culturade gerenciamento de projetos vem ganhando força nas últimas décadas porter se mostrado uma atividade fundamental para o desenvolvimento e, atémesmo, para a sobrevivência, tanto de órgãos governamentais quantoempresas ou ONGs.

A Seção de Projetos Especiais está trabalhando no desenvolvimento dametodologia a ser empregada na Aviação do Exército para que todos osprojetos atinjam os objetivos propostos, conforme o modelo de gerenciamentode projetos adotado pelo Exército, por meio das Normas para Elaboração,Gerenciamento e Acompanhamento de Projetos (NEGAPEB), associado àsmelhores práticas disseminadas pelo Project Management Institute (PMI).

Atua lmente, oComando de Aviação doExército possui 71proje tos em seuportfól io , sendo osp r i o r i t á r i o s :Prosseguimento daImplantação daInfraestru tura daAviação do Exército(PIIAvEx); Acolhimentoda Aeronave EC 725;Aquisição de Aeronaves;Implantação do Sistemade AeronavesRemotamente Pilotadas(SARP); Nova Logística; Segurança das Instalações do Complexo;Implantação da Estrutura de Comando e Controle; Modernização dasAeronaves AS365K; Modernização da Frota Esquilo/Fennec; Modernizaçãodo Simulador de Helicóptero Esquilo e Fennec (SHEFE); Desenvolvimentodo Simulador Pantera AS365K2; Ensino do Futuro e Sistema Fast Rope G1.

Para o gerenciamento e acompanhamento dos projetos em andamento,é utilizado o DotProject, um software livre disponível na intranet da Aviaçãodo Exército (Intravex), que permite a inserção das informações principais doprojeto (dados do gerente, atividades envolvidas no projeto, prazo de conclusãodas atividades e percentagem de conclusão), além da emissão de relatóriossobre a situação do projeto (atividades finalizadas, pendentes ou atrasadas,gráfico de Gantt, etc.).

A implantação da cultura de gerenciamento de projetos é um passoimportante para a Aviação do Exército com a finalidade de assegurar queseus objetivos estratégicos sejam atingidos ou, ao menos, monitorar oprogresso, permitindo a contínua evolução de suas atividades e consolidandosua posição de vanguarda e pioneirismo dentro do Exército Brasileiro.

Figura 1: Gráfico de Gantt - permite uma visão geral do andamento doprojeto.

APRESENTAÇÃO DA BANDA DE MÚSICA DA BAVT

Nos meses de abril e maio, a Banda de Música daBase de Aviação de Taubaté realizou diversasapresentações no Vale do Paraíba, dentre elas as queocorreram na Heineken do Brasil, por ocasião da SIPAT(Semana de Integração e Prevenção ao Acidente noTrabalho); na Câmara Municipal de Taubaté; na Semanade Monteiro Lobato, entre outras.

Como sempre, as apresentações da banda de músicaemocionaram o público presente nos diversos eventos.

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EVENTOS

EXERCÍCIO DE LONGA DURAÇÃO DOCONTINGENTE DE 2014

REESTRUTURAÇÃO DA OFICINA DEMOTORES DO BATALHÃO DE

MANUTENÇÃO E SUPRIMENTO DAAVIAÇÃO DO EXÉRCITO

Em março, a oficina de motoresda Compania de Manutenção deAviação foi reestruturada paramelhor atender a manutenção em1º e 2º nível dos motores Makila I eII, que equipam, respectivamente,as aeronaves Cougar e Jaguar doExército Brasileiro.

Dentre a restruturação, pode-se citar a ampliação do espaçooperacional interno da oficina, aaquisição de um pórtico da talha emdimensões que atendam ao motorMakila, o que veio a colaborar como processo de desmodulação dosmotores Arriel 1, anteriormenterealizada por talha manual. Alémdisso, a oficina conta agora com climatização ideal para melhor controle detemperatura e umidade, ferramental específico, armários de aço paraarmazenagem do ferramental, carrinhos, mesas, armário corta fogo paramaterial químico inflamável, bancadas de manutenção redimensionadas aeste motor, desmineralizador de água, compressor de ar portátil acoplado àtubulação da oficina, garantindo a independência desta com relação a aosistema geral. Por fim, realizou-se a separação entre a área administrativa eoperacional, fato este anteriormente alertado pela auditoria da DMAvEx.

Com toda essa reestruturação, o B Mnt Sup Av Ex possui, hoje, a únicaoficina de motores homologada pela empresa Turbomeca a desempenhar amanutenção nos motores da família Arriel Série 1 na América do Sul, além decontar com um efetivo altamente especializado e já certificado na manutençãodos motores Makila e Arriel.

ATIVAÇÃO DO TANQUE TÁTICO DA AVEXO Tanque Tático da AvEx teve

sua operação iniciada por meio deatividade do Curso BRP 2014. Talfato configura um marco para aestrutura aquática construída amais de 4 anos e desativada porfalta de condições de operação. Ainiciativa partiu de um grupo demilita res responsáveis pelasinstruções de mergulho do BRP,constituída pelos 1º Sgt Vacari, 1ºSgt Almeida, 2º Sgt João Paulo eCb Adonias. Ainda, contou com a participação do 1º Sgt Ferreira, 2º SgtRonald, 3º Sgt Paulo Renan, Cb Nilson, Cb Braian, Sd Mayer e dos alunos doCurso BRP, que manobraram materiais, equipamentos e estruturas paracolocar em operação o referido tanque. É importante salientar que foramvárias as dificuldades da equipe, mas a missão foi cumprida.

Tal situação gerou economia para a AvEx, uma vez que as atividades,que eram desenvolvidas em Jacareí-SP, com uma grande estrutura logística,puderam ser desenvolvidas em sede, com todo apoio da infraestrutura daAvEx não sendo necessários os pagamentos de representação e etapas dealimentação.

CONFRATERNIZAÇÃO DA BAVTNo dia 30, os oficiais da Base

de Aviação de Taubaté realizaramum almoço de confraternizaçãoem comemoração à promoção doCel Borges, Comandante da Basede Av iação de Taubaté. Naocasião, o Comandante recebeuuma lembrança ofertada pelosoficiais.

No dia 10 de maio, o Núcleo de Formação de Reservistas corou o fim1ºExercício de Longa Duração (ELD) dos soldados incorporados realizandouma marcha de 24 quilômetros com o intuito de desenvolver vários atributosda área afetiva como cooperação, autoconfiança, persistência, iniciativa,coragem, responsabilidade, disciplina e equilíbrio emocional.

O 1º ELD durou seis jornadas, as quais foram iniciadas às 05h30 com otreinamento físico militar e encerradas às 23h00 com a ceia. No exercício,480 soldados participaram das seguintes instruções: orientação diurna enoturna, progressão no terreno diurna e noturna, acuidade visual e auditiva,transposição de curso d�água, pista de primeiros socorros, rapel, construçãode abrigos, combate a baioneta e sobrevivência.

Ao término da marcha, ocorreu uma formatura, que contou com expressivaparticipação de familiares que compareceram para recepcionar os soldadosrecrutas.

Ajude a registrar a históriada Aviação do Exército

Anuncie noINFORMATIVO ÁGUIA

(12) 2123-7511/ 3432-7511/ [email protected]

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SEGURANÇA DE VOO

Como foi seu dia? O meu não foi lá essas coisas. Passei o dia lendorelatórios de acidentes com helicópteros no site do NTSB. Eu não sei quantoa vocês, mas meu nível de frustração vai lá em cima nessas horas.

Não houve surpresas. Ninguém ainda inventou uma nova maneira desofrer um acidente com helicópteros. Os relatórios falam sobre as causas desempre � pane seca, voo em condições meteorológicas marginais resultandoem entrada inadvertida em condiçõespor instrumento e, em uma minoriade casos, falhas mecânicas. Aindamerece destaque o caso de um pilotosob efeito de medicação sem receita.

Em muitos acidentes, não hácomo saber previamente de que nemtudo está bem. Mas no caso de paneseca, a maioria dos pilotos estãocientes do baixo nível de combustívele da incerteza de chegar com ocombustível existente. Em incidentesrelacionados com a meteorologia, ospilotos sabem que estão emcondições c limáticas longe dadesejável, com dif iculdade emmanter-se em regras de voo visual.Acidentes causados por falhasmecânicas envolvem indicadores deparâmetros e luzes de alerta, alémde ruídos ou vibrações anormais. Emuma incapacidade médica ou casosob a influência de remédios, o pilotogeralmente é consciente de seu desempenho comprometido e seus reflexosalterados.

Com tudo isso em mente e assumindo que exista um local de pousoaceitável, por que os pilotos não utilizam de uma das capacidades mais únicase valiosas do voo com aeronaves de asa rotativas � ou seja, pouse o malditodo helicóptero! Na maioria dos casos este simples fato iria quebrar a cadeiade eventos e evitaria o acidente.

Uma vez eu conversei com um piloto que tinha sobrevivido a um acidentee perguntei-lhe por que ele não tinha efetuado um pouso de precaução. Elefalou que não havia pensado a respeito e ao invés disso se concentrou emchegar ao destino e em cumprir a missão. Ele admitiu, porém, que no passado

Pouse o maldito do helicóptero!tinha preocupação sobre o que iriam falar caso ele efetuasse um pouso deprecaução. Isso não me surpreende. No meu começo de carreira comopiloto, eu também pensava da mesma maneira, embora, felizmente,atualmente eu não ligo mais.

Os pilotos normalmente associam pousos de precaução com relatórios,despesas extras para a empresa, passageiros assustados e até em uma

recusa futura de voar com elesnovamente, questionamentos pelosórgão de controle aéreo, imprensa,e até mesmo seus paresquestionando suas habilidades.

Sim, tudo isso realmente épossível, mas pensando em relaçãoàs opções disponíveis. Opção um:foco na situação e na segurança,realize um pouso de precaução,evite o acidente e tenha confiançaem explicar sua decisão, ao ver vocêpreocupado com a situação, todosirão apoiar sua decisão. Opção dois:não pouse e, em vez disso, matetodos a bordo da aeronave e talvezalguém no solo. Você pode mechamar de louco, mas isso é umadecisão de um cabeça oca.

Obviamente, em primeiro lugar,o principal objetivo de um piloto deveser o de não chegar a esta situação.No entanto, até onde eu saiba,

nenhum de nós é perfeito. Assim, quando esses pousos acontecem, a indústriae as autoridades devem reconhecer o evento como sendo parte de umacultura de segurança saudável.

Tenha isso como um ponto de partida, quando for o caso, pouse e fiquevivo.

Como sempre, que todos tenham um voo seguro!

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AVIAÇÃO

Claudio Passos Calaza- O autor é coronel da reserva da Aeronáutica, especialistaem História Militar pela UNISUL, mestre em Ciências Aeronáuticas pela UNIFA einstrutor da disciplina de História Militar da Academia da Força Aérea.

RICARDO KIRK - A TRAJETÓRIA DE UM PIONEIRODA GLÓRIA AO DESALENTONo ano de 1894, a Revolta da Armada terminou por comprometer o

funcionamento da Escola Militar. Devido às convulsões do período e aoengajamento dos alunos nos combates, praticamente não foi possível ministraraulas. Em razão disso, o Decreto nº 206 de 26 de setembro daquele anoconferiu direito a aprovação aos alunos que tivessem frequentado parte docurso com aproveitamento. Dentre os beneficiados encontrava-se o praça-aluno Ricardo Kirk. O mesmo decreto atingiu também a Escola Naval queteve suas instalações parcialmente destruídas pelos bombardeios.

O comissionamento provisório de Kirk no posto de alferes para a Arma deCavalaria, concedido no mês de agosto de 1894, acabou sendo efetivado emnovembro daquele ano. O reconhecimento se deu por meio de um decretoextraordinário do Marechal Floriano Peixoto (foto) em 3 de novembro,efetivando Kirk e os demais colegas que haviam combatido na RevoltaArmada no posto de alferes. A nomeação veio com uma especialdistinção: pela bravura e bons serviços prestados à República.No Sul do país, palco da Revolução Federalista (1893-1895),muitos os alunos da Escola Militar de Porto Alegre que ficaramao lado do governo também foram agraciados com igualpromoção.

A promoção ao posto de alferes-aluno significava muitopara um jovem militar naqueles tempos, consistindo emexpressivo aumento do soldo, além de algumas regaliascastrenses, entre elas, o regime de externato. Para amaioria dos jovens que não provinha de famíliasabastadas, ser declarado alferes-aluno representava aconquista da independência financeira. Para outros, maispobres, era a possibilidade de auxiliarem seus familiares queviviam em localidades distantes.

Em parte, esse era o caso de Ricardo Kirk, que passou a responderintegralmente pelo sustento de sua mãe, a senhora Rita Fructuosa Kirk, aqual vivia na cidade do Rio de Janeiro apenas com o único filho. Terminada aRevolta da Armada, o �irlandês� percebeu que, mesmo se mantendo distantedas agitações políticas acadêmicas, passou a ser visto com especial respeitopelos colegas florianistas, fato que o encheu de orgulho.

Apesar das conquistas iniciais na carreira, o ano de 1895 começa nebulosopara Ricardo Kirk e todos os seus companheiros da Escola Militar. Emnovembro de 1894 terminara o mandato do marechal Floriano, ocorrendo aposse do civil Prudente de Morais na presidência da República.

Em janeiro de 1895, para o comando da Escola Militar foi designado oGeneral Joaquim Mendes Ourique Jacques. Este era considerado um antigodesafeto de Floriano Peixoto. Ambos haviam combatido na Guerra do Paraguaie, desde então, cultivavam desavenças que adentraram o período republicano.O novo general, bastante antigo no posto, assume o comando da Escola emfevereiro prometendo fidelidade ao novo governo e, por conseguinte, rigidezna disciplina escolar, a fim de eliminar o gérmen do ativismo político no Corpode Alunos.

Pouco tempo depois de deixar o governo, o Marechal Floriano emitiuuma alarmante mensagem dirigida à Mocidade Militar na qual alertava que aRepública ainda corria riscos, pois o fermento da restauração monárquicaainda era uma ameaça. A recomendação pôs lenha na fogueira emocional,estimulando os alunos a se posic ionar contra o novo governo e,consequentemente, contra o novo comandante da Escola Militar.

Com a morte súbita de Floriano Peixoto, ocorrida no mês de junho, a

ressentida Mocidade Militar, intitulando-se a mais pura guardiã do espíritoflorianista, entrou em estado de orfandade, acentuando a rebeldia e ossentimentos de repulsão pelos oligarcas no poder. Sem prosseguir o curso,mas na privilegiada condição de alferes, Ricardo Kirk acabou sendo alocadopara o serviço do Primeiro Batalhão de Infantaria no início do ano de 1896.Em fevereiro daquele ano, Kirk foi internado no Hospital Militar da Capital emrazão de uma grave infecção gastrointestinal. A doença, agravada por carênciasvitamínicas, atingiu grande parte dos alunos da escola em razão das péssimascondições sanitárias dos alojamentos, conforme é possível constatar emrelatório do Ministério da Guerra daquele ano. Após a alta hospitalar, Kirkrecebe autorização para nova matrícula no Curso Preparatório, todavia, essamatrícula não é confirmada. Não é possível perceber, pelas fontes históricasdisponíveis, se o não retorno ao curso foi uma decisão pessoal de Kirk,

motivada pelo seu estado de saúde, ou se ele ainda temia novasperseguições aos ex-alunos do núcleo florianista.

Em abril, em razão da publicação de um decreto, Ricardo Kirkperdeu sua distinção de oficial de Cavalaria e foi remanejado para

Arma de Infantaria. Isso provocou grande abatimento no moraldo jovem militar. Em pouco tempo, na nova unidade, tornou-se

evidente o aumento das escalas de serviços e o maior rigorda disciplina. A medida não atingia somente Kirk, mas visava

grande parte dos ex-alunos da Escola Militar na condiçãode alferes. Toda a situação revelava a clara intenção deforçá-los a pedir baixa do Exército, uma ardilosa

estratégia aplicada por alguns comandantes parapromover a redução do indesejável excesso de contingente

no posto. Visivelmente perseguido, Kirk passa a sofrerseguidas punições disciplinares, conforme se percebe em suas

folhas de alterações do período.Depois de breve passagem pelo Sétimo Regimento de Cavalaria, Kirk foi

movimentado para o Primeiro Batalhão de Artilharia de Posição para o serviçona Fortaleza de Santa Cruz. Determinado a prosseguir na carreira suportounovas perseguições e punições, sendo injustamente considerado comopertencente ao grupo dos rebeldes florianistas. Na nova unidade, assumefunções na enfermaria e depois no comando interino de baterias da artilhariade costa. Nesses postos, aos poucos retomou a motivação e acabou recebendoelogios pela lealdade e perspicácia no cumprimento de dever.

No fim do ano 1896, Kirk consegue retornar para sua arma de origem noNono Regimento de Cavalaria. Na nova unidade, foi reconduzido a assumirfunções relevantes, sendo especialmente louvado pelo General Francisco dePaula Argolo, que ocupava a importante função de Ajudante Geral do Ministérioda Guerra. O General Argolo, reconhecido por ser um autêntico florianista,sendo considerado um herói por sua participação no dramático Cerco daLapa, durante a Revolução Federalista. O general também havia participadodos momentos decisivos da Revolta da Armada, quando da ocupação deNiterói pelas forças legalistas, presenciando as operações ao lado da valentetripulação do rebocador Audaz. Certa vez, diante de toda a tropa do NonoRegimento de Cavalaria, Argolo distinguiu Ricardo Kirk como um militardedicado, inteligente e leal.

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DESTAQUE

OFICIAL DA AVIAÇÃO DO EXÉRCITODESTAQUE DO MÊS

PRAÇA DA AVIAÇÃO DO EXÉRCITODESTAQUE DO MÊS

O 1º Sargento ValdérioFAMBRE Gonçalves incorporou nasfileiras do Exército em 1º de marçode 1993, no 2º Batalhão deEngenharia de Combate(Pindamonhangaba-SP).

No ano de 1996, o SargentoFambre conclu iu comaprove itamento o Curso deFormação de Sargentos, sendoclassificado no então 2º Esquadrãode Aviação do Exército e ascendeuà atua l graduação, pormerec imento, no dia 1º dedezembro de 2011.

O Sargento Fambre possui no seu berço de formação a aptidão para oexercício das atividades de manutenção de aviação. Após a sua formação,ele se especializou como mecânico de aviônicos em 1999. Realizou o Cursode Aperfeiçoamento em Aviação (Manutenção) no ano de 2006. E foideclarado Inspetor de Aviação (Manutenção) em 2013.

Todavia, foi no desempenho das atividades de Auxiliar de ComunicaçãoSocial do 2º Batalhão de Aviação do Exército que o Sargento Fambredemonstrou sua grande vocação. Militar educado, inteligente e dedicado, eleesteve ao longo dos últimos anos à frente das mais diversas atividades sociaisdo Batalhão Guerreiro. Destacou-se nas comemorações de aniversário dobatalhão, confraternizações de final de ano e em jantares comemorativos,em especial nas noites de pizza, quando todos puderam desfrutar da excelênciade suas habilidades como pizzaiolo.

Mas a atividade de comunicação social vai muito além de festividades. Otrabalho do Sargento Fambre pode ser verificado diariamente no fino tratocom o público interno e externo do 2º BAvEx. A sua grande competência fica,também, evidenciada nas campanhas beneficentes de arrecadação deagasalhos, de alimentos e de outros materiais para instituições de caridade,na produção do Informativo Guerreiro, publicação mensal do 2º BAvEx, daqual foi um dos idealizadores, entre outras atividades.

Por tudo isso, parabenizamos o Sargento Fambre. Esta justa homenagemé extensiva à senhora Gabriela, sua esposa, e ao Ivan e ao Leonardo, seusfilhos. O grande apoio da sua família é condição essencial para tamanhadedicação.

Ao Sargento Fambre, merecedor de toda nossa deferência, desejamosmuitas alegrias e sucessos.

O Tenente-Coronel Ewerton LuísRIBEIRO Mendes, natural de Canoas-RS,incorporou às fileiras do Exército Brasileirono dia 18 de fevereiro de 1989, comoCadete da Academia Militar das AgulhasNegras (Resende-RJ), sendo declaradoAspirante-a-Oficial de Infantaria no dia 28de novembro de 1992.

O Tenente-Coronel Ribeiro serviu nasseguin tes unidades: 3º Batalhão deInfantaria de Selva (Macapá-AP), 12ºBatalhão de Infantaria (Belo Horizonte-MG),4º Batalhão de Aviação do Exército (Manaus-AM) e 2º Batalhão de Aviação do Exército(Taubaté-SP) e Base de Aviação de Taubaté(Taubaté-SP). Ele foi instrutor no Centro deInstrução de Aviação do Exército (Taubaté-SP) no biênio 2011-2012.

O Tenente-Coronel Ribeiro realizou oscursos Básico de Montanhismo e de Operações na Selva Categoria �B�. Eleingressou na Aviação do Exército em 1998, quando realizou o Curso de Pilotode Aeronave. Na busca do constante aperfeiçoamento, concluiu com êxito oCurso de Piloto de Combate e posteriormente o Curso de Segurança de Voo(Módulo Prevenção e Investigação).

Desde o início de 2013, o Tenente-Coronel Ribeiro encontra-se servindona Base de Aviação de Taubaté. Ele foi designado Chefe da Divisão deAeródromo, função que exerce com elevada capacidade de trabalho,comprometimento e espírito de cumprimento de missão. Desempenha, ainda,a função de Instrutor da Aeronave Pantera, nas modalidades visual e porinstrumentos.

Militar que se destaca pela dedicação nas atividades que desenvolve, oTenente-Coronel Ribeiro levou ao aumento da capacidade operacional daDivisão de Aeródromo, por meio da aquisição de uma nova viatura de combatea incêndio, de uma nova viatura para o Chefe da Equipe Contra Incêndio e deuma viatura van para a função de �Siga-me�. Sob a sua liderança, foiexecutada, também, a pintura do Pátio de Aeronaves, bem como odesenvolvimento dos projetos de readequação e modernização da citadadivisão.

Assim sendo, o Tenente-Coronel Ribeiro é merecedor desta homenagempela qualidade na execução de suas funções operacionais e administrativas,bem como por seu senso de justiça e de cumprimento do dever.

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SAÚDE

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COMPORTAMENTO

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Tensão ocular, dores de cabeça, dores de estômago.Minimizar esses elementos durante seu dia de trabalho vaiajudá-lo a cumprir suas tarefas. Quem fala sobre isso é aautora do livro �Projeto Felicidade�, Gretchen Rubin, queclaramente conhece o assunto.

Essa é uma tradução livre do texto: 8 Simple ways toget happier at work (8 maneiras de ficar mais feliz notrabalho) do http://www.fastcompany.com

Texto original: Drake Baer.

1) Faça uma reunião andandoSentar o tempo todo está nos matando (e sugando

nossas energias também). Nada melhor do que trazermais atividade em nossos dias, assim como com as reuniõesandando. Pode ser pelo telefone ou ao vivo mesmo.Reuniões caminhando podem transformar essa tarefa em algo mais agradável.

2) Deixe sua mesa mais incrível�Pense em como o seu espaço poderia ser melhor�, diz Rubin. �Você pode

investir em alguns acessórios de mesa para ajudar a manter-se organizado?Você poderia substituir essa lâmpada horrível? �Ao transformar seu espaço detrabalho em um cantinho ideal, suas atividades podem ficar mais prazerosas.

3) Perceba e tome providências com suas vistas cansadasSe você ler isso no final da tarde, provavelmente você já está com tensão

ocular. Descubra o porque e conserte.

4) Encontre alguém para um caféUma das mais belas compensações da vida é que nenhum ser humano

pode ajudar o outro sem que esteja ajudando a si mesmo. Uma maneira de

Você mais feliz no trabalhocomeçar é tomando um café, conversando e trocandoideias com alguém que pensa em realizar um trabalhocomo o seu. Ao fazer isso, você pode ajudar a carreira dealguém acontecer.

5) Acorde cedoSe você não tem paz suficiente em sua vida, levante-

se uma ou duas horas mais cedo e modele-a em seu dia.

6) Faça pausasNossos corpos e cérebros têm um ciclo natural de

energização, um ritmo que se reinicia a cada 90 minutos.O que sugere que deveríamos ter breaks correspondentesao longo do dia.

7) Evite a fome-raivaSeu cérebro é um hipopótamo com fome. Constituindo apenas 2% do

peso do seu corpo, ele usa até 25% de sua produção total de glicose. Então,se você não o mantêm bem alimentado, você pode rapidamente ficar faminto,mal humorado e, de certa forma, improdutivo.

8) Lide com o telefone�Esta pode ser a mais difícil�, adverte Rubin. �Controlar esse pequeno

objeto que fica no seu bolso, para que você não se sinta distraído não é fácil.Esse quadradinho pode ser chamado de Android ou iPhone, mas seja qual foré perturbador.� Quando os nossos telefones estão constantemente vibrando,piscando ou fazendo barulhos, não vamos nos concentrar em uma única ação.Desde os complexos problemas que temos que lidar no trabalho, ele desfazqualquer linha criativa antes que seja terminada. Então, coloque-o no silenciosoou em modo avião, para que você possa realmente voar.

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ESPAÇO LIVRE

Dizem que o cachorro é o melhor amigo do homem; e, de fato, nenhumapessoa é tão amiga de outra a ponto de ser comparada à amizade que o cãonos presta. Faça-se um teste e confirmar-se-á o que falo: a diferença que háentre (pessoa x cão) e (pessoa x pessoa) está na possibilidade de rupturaentre uma combinação e não na outra; ilustrarei com dois ocorridos de quetenho conhecimento:

Outro dia mesmo, e sem querer � registre-se, pisei em cheio a patadireita do animal que tenho em casa. Cain...cain...cain... Saiu ele afora aresmungar e amaldiçoar a vida canina que tem; minutos depois o chamei eacariciei-lhe a fuça, e o olhar que tive por parte daquele ser honesto e fiel foide compreensão e perdão sincero ao seu desajeitado dono que teve as mãoslambidas em sinal de que tudo vai bem, Obrigado!

De modo oposto, quando outro dia chegava do trabalho e já me ia pelarua onde moro, fui surpreendido com um tumultuado cenário protagonizadopor duas mulheres que tinham uma e outra os cabelos da oponente nasmãos; como fiquei sabendo posteriormente por fontes creditadas no assunto(e há sempre gente perita nestas matérias), tratava-se de amigas de um bomtempo � desde a infância, para ser mais exato � e cujo enlace da amizade sedesfazia naquele momento por conta de um terceiro que roubara o coraçãode ambas.

Ora, fico apenas nestes dois exemplos e deixo por conta do leitor oexercício da imaginação a procura de mais outros que, espero, confirmem oque venho dizendo com relação à lealdade que o animal nos dedica frente àssuscetibilidades humanas das paixões que, vez ou outra, rompem até com�amizades sinceras� e �amores eternos�.

Todavia, para que a coisa fique mais bem explicada e não deixar dúvidasquanto à descrição precisa dos conceitos de �homem� e �dono� � que sãodistintas �, dir-se-ia que o mamífero cachorro é o melhor amigo, sim, do seudono, e não simplesmente de qualquer um homem que não seja o seusenhor. Esta, sim, é uma verdade melhor aplicada para o relacionamentomilenarmente histórico destas duas criaturas divinas; e vejam porque sustentotal tese.

Antes, porém, de irmos ao ocorrido que justificou estas linhas, abrirei unsparênteses quanto ao aprendizado que ocorre fora das instituições escolares,

e o leitor já me entenderá. Assim, creio que nestavida as lições aprendidas se fazendo-

praticando são mais contundentes eva lorosas: do simples ao

complexo, o empírico tem lá

O MELHOR AMIGO DO SEU DONOO MELHOR AMIGO DO SEU DONOO MELHOR AMIGO DO SEU DONOO MELHOR AMIGO DO SEU DONOO MELHOR AMIGO DO SEU DONOsuas vantagens sobre a teoria na mais das vezes prolixa e vagarosa, muitoembora, é bom que se diga, ambas não sejam necessariamente excludentesentre si.

Assim dito, vejamos o caso.Há muito que venho transportando-me por meio de montaria; não animal

nem motorizada, logo, se uma bicicleta é o que resta, acertou quem a disse.De igual maneira, assim como as bicicletas ganham diariamente as ruas dacidade, os cães também a vem ganhando. Motivos para a vadiagem animalescanão os tenho em estatística oficial, resumo-os de grosso em dois grupos: osque são da rua e vivem dela e os que têm seu acesso a ela facilitado pelosseus responsáveis diretos. De todo o modo, não raro (e aqui é aonde querochegar), o encontro destes dois usuários da via pública urbana � na viapública urbana �, resulta num embate cuja iniciativa é sempre canídea,principalmente quando, negligência reprovável por parte de alguns, inexiste afigura da salvadora coleira.

Ora, vinha eu como de sempre pedalando e cantarolando � no dia emquestão, recitava a Geni do Chico � quando, de um portão semi-aberto doisvira-latas sem remorsos saíram numa debandada carreira em minha direção.Um era escuro e grande, o outro era meio malhado e menor, mas, apesar dadiferença de aparência e composição, ambos tinham o mesmo propósitonaquele momento: o de fazer deste ciclista a vítima da vez.

Todavia, como já foi dito em linhas acima, prática e resultados sãopromissores meios de adestramento psicomotor; em outras palavras, querodizer que passagens semelhantes a esta já me haviam ensinado o que fazer;qualquer ciclista ou mesmo motociclista sabe que a situação descrita exige doatacado a imediata suspensão dos seus membros inferiores, e, assim,permanecendo até que se veja livre do perigo iminente.

Simples, leitor? Não mesmo, já que desgraça pouca é bobagem. Levanteias pernas como me ensinou a prática das andanças, porém, como vinha compouca velocidade e na rua já começava um progressivo aclive, fui obrigado abaixá-las novamente por força de gravidade e resistência do ar contra mim;o resto, apesar de notório, conto apenas por consideração ao leitor queprefere ouvir da minha boca e contra mim a piada sem graça que se tornouesta crônica: O malhado, apesar de menor e mais feio, era o mais tenaz ecomprometido com seus instintos mordedores; com um pulo certeiroabocanhou as barras da calça da minha perna direita levando consigo entreos caninos um pedaço de tactel preto com listras brancas na lateral...

Por fim, de todo este apanhado restou-me apenas a tentativa de repararou, ao menos, melhor empregar o adágio que diz que o cachorro é o melhoramigo do homem e ponto final; quando, na verdade e em verdade, ele é, sim,o melhor amigo do seu dono � e tão somente deste � e não de qualquer umque passa pela rua cantando �Joga Pedra na Geni! Joga pedra na Geni!..�