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John Wesley - Romanos Notas Explicativas

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I ROM ANOSl1) NOTAS EXPLICATIVAS)

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Traduçâo de

DUNCAN ALEXANDER REILY

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Page 4: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

Todos os direitos reservadosCopyright (() da IM PRENSA M ETODISTA

Wesley, JohnRomanos: notas explicativas/lohn Wesleyitraduçio Duncan Alexander

Reily - Sâo Paulo: Cedro 2000112 p.Tftulo original: RomansISBN 85-87680-06-41. Biblia .-N.T. - Romanos - Crftica e interpretaçâo 1. Tftulo

CDD 227.106!

Consultoria Editoriallsrael Belo de AzevedoRevisâo IUtahy Caetano dos Santos Filho

/P duzido pela ' v' P'.A,P f'rob licença da lmprensa Metodista ''

Coordenaçâo EditorialAdipe Miguel JfmiorAssistente EditorialJtîlia TorresDiagramaçâoW ildevelasques KernSonia M aria Alencar

RevisâoJoyce PlaçaHidefde Brito Torres

Capa (manuscrito de Wesley)Arthur Esteves Balestero

Pedidos para ' 'wt. PVXRua França Pinto, 221 - Vila Mariana - 04016-031 - Sâo Paulo - SPTelefax: (11) 539-6951/ 539-5208 - Site: www.editoracedro.com.br

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t a a- oP resen ç

L impossfvel descrever a alegria que é ter nas mâos a tra-' duçâo das Notas Explicativas do Novo Testamento (Romanos)1

de Joâo Wesley. Em primeiro lugar, pela importância que estaobra tem para o M etodism o no Brasil. As Notas se constituemem parte das fontes que definem os alicerces doutrinârios dometodism o e, som ente agora, pelo esforço do prof. Reily, é queaparecem em português. Em segundo lugar, por ver o desejo deinftmeros metodistas - inclusive eu - de ter em m âos esta peçaim portante de nossa histöria e doutrina. Eu me recordo de que,jâ na década de 80, quando ingressei na Faculdade de Teologiazuma pergunta que eu constantem ente fazia ao meu professorde Histöria do M etodism o - o querido prof. Reily - era a respei-to da traduçào dessas notas para o português, e essa n;o eraum a pergunta solitâria. Em todos os cantos do pafs se ouvia esseclam or. Em terceiro lugar, é um a alegria apresentar um livro dealguém que desde 1948 dâ um a contribuiçâo efetiva aoM etodism o no Brasil, como missionârio e professor. Por essesmotivos, apresentar esta traduçâo é um a alegria e uma honra.

Ao ler as Notas Explicativas do Novo Testamento encon-tram os, m ais que um texto bâsico de nossa doutrina, um princf-pio wesleyano: o de colocar a Bfblia nas mâos do povo e ajudâ-lo a com preendê-la. Nessa possibilidade de com preender o tex-to bfblico pôde repousar o sucesso do M etodismo nascente dalnglaterra no perfodo de W esley. Os pfegadores leigos, além davasta bibliografia preparada por W esley, contavam com a possi-bilidade de com preensâo do texto bfblico para usâ-lo nas m aisdiversas atividades m issionârias.

W esley nào pretendeu fazer uma nova traduçâo do texto bf-blico. Sua intençâo era, basicamente, oferecer pistas para a inter-pretaçâo. Porém, para os esttldiosos, a interferência de Wesley nastraduçöes de sua época mostra que ele nâo se ateve a uma tradu-çâo corrente do texto, m as confrontou-a com os recursos exegéticosde que dispunha e retrabalhou o texto à luz dos resultados.Esse retrabalhar o texto bfblico se constihzfa em um dos grandes

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r

obstâculos da traduçâo desta obra para o português. O trabalhonâo poderia resumir-se somente à traduçâo das notas. Seria neces-sârio revisar a traduçào do texto biblico apresentada por W esley edestacar os mom entos em que ele, fugindo da versâo corrente, apre-sentava uma traduçâo m ais coerente com o trabalho exegético. Porisso, o prof. Reily seria o ùnico habilitado, no Brasil, a fazer essetrabalho.

Diante disso, este livro se constitui em uma mina de ouropara os pesquisadores da Bfblia e do Metodismo. Ainda que, paraos pesquisadores da Bfblia - diante do nùmero muito grande dedescobertas de textos e de inform açöes sobre o mundo bfblico nosflltim os anos - as notas possam ser consideradas ''ultrapassadas''#o texto de W esley representa um perfodo da histöria da interpre-taçâo e do desenvolvim ento do métodohistörico-crftico. Um exem-p1o disso poderâ ser visto nas notas ao evangelho de M arcos (queespero possa sair em breve) nas quais Wesley diante da dificulda-de literâria de M c 1.2-3 - o evangelho atribui a lsafas um a citaçâode M alaquias - resolve esse problema optando por um a varianteque o corrige.

Para os pesquisadores do Metodism o, ao iniciar a traduçàodas Notas por Rom anos, o prof. Reily escolheu um livro que m arcaprofundamente as rafzes do Metodismo e da vida do pröprio JoâoWesley. Nâo podem os esquecer que a experiência do ''coraçâo aque-cido'' de W esley se deu ao ouvir a leihzra do comentârio de Luteroaos Rom anos.

Por tudo isso, creio que nào hâ nada m ais oportuno do queagradecer ao prof. Reily pelo esforço na traduçâo deste texto. Ele,

que jâ marcou o metodismo brasileiro através da formaçào de lei-k gos e leigas, pastores e pastoras, por m ais de meio século, e por

meio de suas publicaçöes, m arca este m omento histörico colocan-do em nossas mâos este texto tâo precioso.

7

Paulo Roberto GarciaProfessor de Novo Testam ento da Faculdade

de Teologia da lgreja Metodista/Março de 2000

1

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IN TROD UCAO

M uitos dos livros do Novo Testam ento foram escritos naform a de epfstolas. Sào epfstolas nâo apenas as de Paulo, Tiago,Pedro e Judas, m as também os dois tratados de Lucas e todos osescritos de Joâo. Além disso, temos sete epfstolas no Novo Tes-

E tamento que o pröprio Senhor Jesus enviou pela mâo de Joâo às' sete igrejas (da ésial; na verdade, o Apocalipse inteiro nâo pas-

sa de um a de suas epfstolas.!, Autoria, data e local

No que concerne às epfstolas de Paulo, devemos ter pre-

sente que ele escreve de uma maneira àquelas igrejas que elepröprio plantou, e de outra àquelas que nâo haviam visto, nacarne, o seu rosto. Nas cartas às primeiras, hâ um a familiarida-de, quer amorosa, quer severa, à m edida que o com portam entodelas se adaptasse ou nào às exigências do evangelho. As tilti-m as com unidades, e1e propöe o evangelho puro, sem qualquerm istura, de m aneira m ais geral e abstrata.

Quanto ao ano em que ele escreveu as epfstolas, é provâ-ve1 que as tenha escrito por volta do ano de Cristol, de acordocom o câlculo com um :

48 - De Corinto, a Epfstola aos Tessalonicenses.49 - Da Frfgia, aos Gâlatas.52 - De éfeso, a Primeira aos Corfntios.

De Trôade, a Prim eira a Tim öteo.

1 Isto é, d.C.

Nota do tradutorA palavra ''Sëo'', que antecede o nome dos apöstolos, foi eliminada. Seu usoera muito comum no tempo de Wesley, mas atualmente é raro.

RoM Apcos 7

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52 - Da M acedônia, a Segunda aos Corfntios e a Epfstolaa Tito.De Corinto, aos Rom anos.

57 - De Rom a, aos Filipenses, a Filem om, aos Efésios eaos Colossenses.

58 - Da ltâlia, aos Hebreus.66 - De Rom a, a Segunda a Timöteo.

Quanto às epfstolas gerais, parece que Tiago escreveu umpouco antes da sua morte, que ocorreu em 63 d.C.; Pedro, quesofreu o m artfrio no ano de 67, tam bém escreveu sua segundaepfstola um pouco antes da sua m orte e nào muito depois daprimeira. Judas escreveu depois dele, quando o mistério da ini-qùidadez avançava rapidamente. Comumente se crê que Joâotelaha escrito todas as suas epfstolas um pouco antes da sua par-tida. O Apocalipse, e1e o escreveu em 96 d.C.

Podemos deduzir (pela apresentaçào de Febe, uma sen,a daigreja de Cencréia, porto de Corinto, aos Romanos3 e pela mençàodas saudaçöes de Gaio e de Erasto4 ) que Paulo escreveu esta epfs-tola de Corinto. As pessoas para quem ele endereçou a carta pare-cem ter sido na maioria estrmngeiras, tanto judeus quanto gentios,cujo meio de vida os havia atrafdo de outras provfncias, o que setorna evidente pelo fato de que e1e escreveu a epfstola em grego epelas suas saudaçöes a diversos dos seus antigos conhecidos.

Seu principal propösito aqui é mostrar que:1. Nem gentios, pela lei da natureza, e nem judeus, pela 1ei deMoisés, podiam obter a justificaçâo frente a Deus e que, por-tanto, era-lhes necessârio buscâ-la por meio da livre m iseri-cördia de Deus, pela fé;

! 2. Deus tem um direito absoluto de m ostrar m isericördia, sobquaisquer term os que lhe agradem, e de recusâ-la àqueles quenào querem aceitâ-la sob as condiçöes que ele estabelece.

I

2 2Ts 2.7

3 Rm 1 6. 14 Rm 16.23

8 N cn-rzls Expt-lcA-rlvz:s

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Esboço

Esta epfstola se com pöe de cinco partes:1. A introduçào - 1.1-15

ll. A proposiçào resum idam ente com provada

1. Da fé e da justificaçâo2. Da salvaçlo

3. Da igualdade de crentes, quer judeus, quer gentios- 1.16,17

Nâo apenas o pröprio tratado m as também a exortaçâocorrespondem, na mesm a ordem , aos pontos mencionados aci-m a, a saber:

O primeiro - 1.18 - 4.25O segundo - cap. 5 a 8O terceiro - cap. 9 a 11

111. O tratado

1. Concernente 24 justificaçào, que nào é(1) Pelas obras, porque - 1.18os gentios - 2.1-10

os judeus - 2.11-29estào conjuntamente debaixo do pecado - 3.1-20(2) mas pela fé - 3.21-31com o fica provado pelo exem plo de Abraâo e pelotestem unho de Davi - 4.1-25

2. Da salvaçâo - Capftulos 5-8

3. Dos privilégios iguais de crentes, quer judeus, quergentios - Capftulos 9-11

1V. A Exortaçlo - 12.1-2

1. Da fé e de seus frutos, na form a de amor e de santi-dade prâtica - 12.3 - 13.10

2. Da salvaçlo - 13.11-14

3. Da conjunçâo de judeus e gentios - 14.1 - 15.13V. A Conclusào - 15.14 - 16.25

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Propösito

Para expressar o propösito e o contefldo desta epfstola umpouco m ais com pletam ente, o apöstolo procura, através de todoo texto, fixar na m ente daqueles a quem e1e escreve um a profun-da percepçâo da excelência do evangelho, e levâ-los a agir deform a adequada frente a ele. Para tal propösito, depois de um a

saudaçâo geral (1.1-7) e de uma demonstraçâo de seu afeto poreles (1.8-15), e1e declara nâo se envergonhar de defender o evan-gelho em Roma, por ser o poderoso instrum ento da salvaçâo,

tanto para judeus como para gregos, por meio da fé (1.16-17). E,para provar isto, e1e mostra que:

1. O m undo carecia grandemente de uma ta1 dispensaçâo,estando os gentios num estado de completo abandono

(1.18-32), e os judeus, embora condenando os outros, nâogozavam de situaçâo melhor (2.1-29), do que, apesar dealgumas objeçöes inconseqùentes que ele superou (3.1-8),suas pröprias Escrihlras testificam (3.9-19). Assim, todosse achavam na necessidade de buscar a salvaçâo pelo mé-

todo mencionado acima (3.20-31).2. Os pröprios Abraâo e Davi buscaram a salvaçào pela fé, e

nâo pelas obras (4.1-25).3. Todos que crêem sâo trazidos a um a condiçâo tào feliz que

suas maiores afliçöes sâo transformadas em alegria (5.1-11).4. Osm ales queAdâolegou àhumanidade sâo recom perusadosabtmdantemente a todos os que crêem em Cristo (5.12-21).

5. Longe de desfazer a obrigaçào da prâtica da santidade, oevangelho a aumenta por obrigaçôes seculares (6.1-23).Visando convencê-los m ais profundam ente destas coisas

e desfazer o seu apego à lei mosaica (sendo eles agora casadoscom Cristo pela fé nele - 7.1-6), Paulo mostra a incapacidadedos m otivos da lei em produzir aquela santidade que os crentes

obtêm por uma viva fé no evangelho (7.7 - 8.2). Depois, e1e fazum a apresentaçào m ais particular das coisas que tornavam oevangelho eficaz para este grande fim (8.3-39).

1 0 N onws Exlol-lcA-rlvAs

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Um ponto de extrem a im portância é o fato de que m esm o

os gentios, se cressem, participariam destas bênçâos, e os judeus,se nâb cressem , seriam exclufdos delas, razâo por que o apöstolodedica os capftulos nove, dez e onze à sua soluçâo. E1e inicia onono capftulo expressando seu terno am or e alta estim a à naçào

judaica (vv. 1-5) e entâo mostra que:1. A rejeiçâo de uma grande parte da semente de Abraâo etambém de lsaque era fato inegâvel (9.6-13).

2. Deus nào havia escolhido os judeus para tais particularesprivilégios por qualquer espécie de bondade neles ou nosseus pais (9.14-24).

3. Sua aceitaçâo dos gentios e rejekâo de muitos dos judeushaviam sido profetizadas tanto por Oséias quanto por Isafas

(9.25-33).4. Deus havia oferecido a salvaçâo aos judeus e gentios nosmesmos termos, mas osjudeus haviam rejeitado (10.1-21).

5. Embora a rejeiçâo de lsrael por causa da sua obstinaçâofosse geral, ela nâo era total; havendo entre eles um rem a-

nescente que abraçava o evangelho (11.1-10).6. A rejeiçâo dos outros judeus também nâo era final, masfinalmente todo lsrael seria salvo (11.11-31).

7. No fnterim, mesmo sua obstinaçâo e rejeiçâo serviampara exibir a insondâvel sabedoria e am or de Deus

(11.32-36).O resto da epfstola contém instruçöes e anotaçôes prâti-

cas. Em particular, e1e recomenda:1. Consagraçâo total deles pröprios a Deus e preocupaçâoem glorificé-lo pelo emprego fiel dos seus respectivos ta-

lentos (12.1-11/2. Devoçâo, paciência, hospitalidade, simpatia m titua, humil-dade, paz e mansidâo (12.12-21),.

3. Obediência aos magistrados, a justiça em todas as suasfacetas, o am or, o cum prim ento da lei, e a inteira santida-de (13.1-14);

RoxxyvNos 1 1

Page 14: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

4. Tolerância mtitua entre os que pensavam diferentem entequanto à obediência à lei mosaica (14.1 - 15.17).

Ao reforçar seus argumentos, e1e é conduzido a m encio-nar o montante dos seus labores, bem como sua intençâo de vi-sitar os rom anos, rogando-lhes, ent:o, as oraçöes a seu favor(15.18-33). E depois de muitas saudaçöes (16.1-16) e uma adver-tência contra aqueles que causavam divisöes, e1e conclui comuma apropriada bênçâo e doxologia (16.17-27).

1 2 N onws Expt-lcA-rlvxs

Page 15: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

S 1

1. Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apöstolo, se-parado para o evangelho de Deus,

2. o qual foi por Deus outrora prometido por intermédio dosseus profetas nas Sagradas Escrituras (Dt 18.18, ls 9.6,7, 53.1,61.1, Jr 23.5),

3. com respeito a seu Filho, Jesus Cristo nosso Serthor, o qualera da descendência de Davi segundo a carne,

4. (E1e foil declarado, porém, Filho de Deus com poder, segun-do o espfrito de santidade, pela ressurreiçâo dos m ortos,

# Notas

1. Paulo, servo de Jesus Cristo - Esta introduçâo encontra correspondência naconclusâo (Rom 15.15ss). Cllatvado pr/rfl scr apébtolo - e feito apöstolo poraquele chamamento. Quando Deus chama, ele faz o que e1e chama. Vistoque os mestres judaizantes disputavam o offcio apostölico, é com grandepropriedade que o apöstolo o assevera na pröpria abertura de uma epfsto-la na qual seus princfpios sâo inteiramente derrubados. Vârios outros pen-samentos, corretos e importantes, sào sugeridos nessa curta introduçâo,notadamente as profecias concernentes ao evangelho, à descendência deJesus da linha de Davi, as grandes doutrinas da sua divindade e ressurrei-çào, o envio do evangelho aos gentios, os privilégios dos cristios e a obri-gaçào à obediência e santidade por força da sua profissào (de fé em Cristol.Separado - Por Deus nào apenas do grosso dos outros homens, de outrosjudeus, de outros discfpulos, mas até de outros mestres cristâos, para serum instrtlmento peculiar de Deus na expansâo do evangelho.

2, O qttaljoi /?(??' Deils tlfffrprrf prometido - Na antigiiidade, freqiiente e solene-m ente.

3. O qual, scpfnr/p a carne, crc da scp7cnlc de Dfkpi'.Asaber, segundo a sua naturezahumana. Ambas as naturezas do nosso Salvador sâo mencionadas aqui; anatureza humana, porém, t3 mencionada primeiro, porque a natureza divinanào se havia manifestado na sua plena evidênda antes da sua ressurreiçào.

4. MJs poderosamente declarado ser p Filbo de Dells scjzly/7fïp o Espl-rïlp (iesalltidacle.lsto é, segundoa suanaturezadivina.f-k/p ressurreiLâodos ppprjps. Porqtle isto tjao mesmo tempo a fonte e o objeto da nossa fé; e a pregaçào dos apöstolos eraa conseqttência da ressurreiçào de Cristo.

RoxfyvNos 13

Page 16: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

5. por intermédio de quem viemos receber graça e apostolado, paraa obediênda à fé em todas as naçöes, por causa do seu nom e,

6. de cujo nflmero sois também vös, chamados para serdes deJesus Cristo.

7. A todos os am ados de Deus, que estais em Rom a, chamadose santos. Graça a vös e paz da parte de Deus nosso pai e doSenhor Jesus Cristo.

5. Por l'nlcr/'nlly't) de quem viemos a receber. Eu e os outros apéstolos. GrJ(J capostolado - O privilégio de ser apöstolo e a capacitaçâo para desempenhl-lo. Para J obediência ) jé en1 Iprks as rlf7ltqcs - Ou seja, para que todas asnaçöes possam abraçar a fé de Cristo. Ppr caasa rb seu nome. Por amor dele;por causa da estima a ele.

6. Dc cujo rllërr/erp - As naçöes trazidas à obediência por meio da fé. Sois 'ntjstatnbém - mas Paulo nâo lhes atribui nenhuma proeminência acima dosoutross.

7. ./4 todos queestais em Roml-Amaioria desteserapag:de nascimento (v. 13),embora houvesse algunsjudeus misturados comeles. Encontravam-seespa-lhadosaqui e alinaquela grande cidade, eainda nâo tinhamseorganizadoemforma deuma igreja.Apenas algunshaviamcomeçadoasereunirnacasadeéquila e Priscila. Amados Iïc Detls - E do seu livre amor, nâo de qualquermérito de vocês, chamados pela sua palavra e porseu Espfrito, e agora pela fé,santos como ele L santo ILv 11.44-45, etc). Craça - o peculiar favor de Deus.Epcz- -lbdaespécie debênçàotemporalzespirioaleetema. Estaé tantoumasaudaçâo cristâ quantoumabênçâo apostölica. Da partede Deus nosso PaiedoSenborlesus Cristo. Esta é a maneira que os apöstolos costumam falar, ''Deuso Pai'' ''Deus nosso Pai'' Nem usam freqiientemente o termo ''Senhor'' aofalarem dele, porque talsugere onome pröprio deDeusz/etmJ. lverdade que,noAntigolkstamento, oshomenssantos geralmente diziam: ''osenhornossoDeus'', porque entâo eles eram, por assim dizer, servos; agora, porém, sàofilhos, e filhos conhecem seu pai tâobem que nào precisam mencionar, comfreqïiência, seunome. l a mesmapazea mesmagraça, queprovêm deDeuse delesus Cristo.Anossa confiança e a nossa oraçâo têm seu foco em Deus,sendo ele o Pai de Cristo; e em Cristo, porque ele nos apresenta ao Pai.

5 Aqui Wesley, protestante, adverte contra a tendência do catolicismo ro-mano em atribuir a Roma uma autoridade acima daquela justificada peloNovo Testamento.

1 4 N o-ryks Expt-lcyk-rlvAs

Page 17: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

8. Primeiramente dou graças a m eu Deus mediante Jesus Cris-to, no tocante a todos vös, porque em todo o m undo édivulgada a vossa fé.

9. Porque Deus, a quem sirvo em meu espfrito, no evangem ode seu Filho, é ' a testem tmha de com o incessantem entefaço m ençào de vös,

10. sem pre suplicando em todas as m inhas oraçöes que etl pos-sa vos visitar, se de algtlm m odo, finalm ente, tertha eu um apröspera viagem .

Y

8. Dclf grcfcs - Bem no começo desta t'tnica epistola encontram-se os traçosde todos os sentimentos espirituais, principalmente o da gratidâo; com taisexpressöes qtlase todas as epfstolas de Paulo se iniciam. Particularmente,ele agradece a Deus, pelo que jj fora feito em Roma. MPlf Deus - Estaexpressào expressa fé, esperança e amor e, conseqiientemente, a totalidadeda verdadeira salvaçào.

Mediatlte Jesas Crïsfn - Todas as djdivas de Deus passaram a nös, porJesus Cristo, e todas as nossas petiçöes e açöes de graça passam porCristo a Deus. Porq:le ? divalgada a npssrk jé - Nesta espécie de para-béns, Paulo descreve o cristianismo como um todo, como em Cl 1.3,etc, ou de alguma parte especffica dele, como 1Co 1.5. Desta forma,aqui, de acordo com o seu propésito, e1e menciona a fé dos romanos(v. 12,17). Em fpltl p mundo - Esta alegre notfcia se espalhara por todaa parte e havia cristàos também na cidade imperial. A bondade e sabe-doria de Deus estabeleceram fé nas principais cidades, especialmenteem Jerusalém e em Roma; destas cidades, e1a poderia ser difundida atodas as naçöes.

9, Deus, a qliem sïrrp - Como apöstolo. Em meu t's/frïfp - Nào apenascom meu corpo, mas com o mais fntimo da minha alma. No evangelbo -Por pregé-lo.

10. Setnçre - Em todas as minhas solenes conversas com Deus. Se de algum??7t?lo, jinalmente - Esta aglomeraçâo de partfculas declara a força doseu desejo6.

6 A dificuldade de traduzir a frase se torna evidente pelas diferenças encon-tradas nas diversas traduçöes deaulç.

RoM ANos 15

Page 18: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

11. Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco a1-gum dom espiritual, para que sejais confirmados, j

12. isto é, para que, entre vös, reciprocam ente nos confortem os,por intermédio da fé m fltua, vossa e m inha.

13. Porque nâo quero, irm âos, que ignoreis que muitas vezes m epropus ir ter convosco, no que tenho sido até agora im pedi-do, para conseguir igualm ente entre vös algum frtlto, comotam bém entre os outros gentios.

11. Ajim de 77ps repartir. Face a face pela imposiçào de mâos, pela oraçâo, pelapregaçlo do evangelho, por conversas em particular. Algum Joprl espiritual- tais dons, os corfntios, que tirtham gozado da presença de Paulo, os ti-nham em abundância (1Co 1.7; 12.1; 11.1). Tinham-no também os Gélatas(Gl 3.5)) na verdade, todas as igrejas que contaram com a presença de qual-quer um dos apöstolos tinham vantagens peculiares desse gênero, da im-posiçào das màos destes (Atos 19.6,. 8.17, etc; 2Tm 1.6). Até entâo, no entan-to, os romanos lhes estavam grandemente inferiores a esse respeito; poressa razâo, o apöstolo, também no capftulo 12, diz pouco ou nada acercados seus dons espirituais. Por isso, ele deseja transmitir alguns dons ïaraque eles pudesseln ser cp/t-jrrrlrlrbs; pois é por eles que o testemunho de Cris-to seria confirmado entre eles. O fato de que Pedro nâo estivera em Romaantes que Paulo, na época da escrita da epfstola, fica comprovado tantopelo seu teor geral quanto neste lugar em particular, porque, de outra for-ma, o que Paulo quer transmitir aos romanos jé teria sido transmitido porPedro,

- '

12. Isto ?, eu almejo ser conjortado pelajé ?/ylir7zr?, vfmsa e 7zl7'71/1rI - E1e nâo sö asso-cia os romanos consigo, mas os prefere mais do que a si pröprio. Quào dife-rente é o estilo do apöstolo do modo de ser da corte de Roma.

13. Jrptâbs - Um tratamento freqiiente, simples, doce, porém grande. Os apösto-lossörara enteia ampessoaspelosseusnomes, como ''öcorfntios'', ''éTi-möteo'' Paulo geralmente usaonome ''irmsos''; àsvezes, em exortaçâo, como''Meus amados'' ou ''Meus amados irmâos'' Tiago (usa): ''lrmàos'' ''Meus ir-mâos'' ''Meus amados irmâos''' Pedro e Judas (preferem) sempre ''amados'';/

'

/'

Joâo Iempregal freqiientemente ''amados'' uma vez ''innàos'' e mais de uma/vez ''Filhinhos meusz'. Np que fcn/'lt'l sido crtfrltçprf7 inlpedido- oueç pelo serviçotRm 15.22), ou por conta da perseguiçâo (1Ts 2.2) ou pelo Espfrito (Atos 16.7).Para cpnstyfkfrl7z.ît/ef/njrrfàp- dos meus labores ministeriais. Coh/pjâ obtive dasmuitas igrejas que plantei e reguei entre t?s outrosgentios.

1 6 lvo-r-'q.s Expt-lcyv-rlvAs

Page 19: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

14. Pois sou devedor tanto a gregos com o a bârbaros, tanto asâbios com o a ignorantes;

15. por Lsso, quanto estâ em m im , estou pmnto a antm ciar o evan-gelho tam bém a vös outros, em Roma.

16. Pois nào m e envergonho do evangelho, porque é o poder deDeus para a salvaçào de todo aquele que crê, tanto do jtldeucom o do grego,

17. visto que a justka de Deus se revela no evangelhoz de fé parafé, como estâ escrito (1'1b 2.4): O justo viverâ por fé.

14. -4 gregos cp/'np a bjrbaros - Ele inclui os romanos na categoria ''gregos/';portanto, esta divisào compreende todas as naçöes. Tnnfp J sébios cprtlp aignorantes - Porqtle havia ignoratltes mesmo entre os gregos e sjbios entreos bérbaros. Sou devedor a todos - Eu tenho a obrigaçào, pela minha mis-sào divina, de lhes pregar o evangelho.

16. Pois /l#t? me envergonbo Jp evangelbo - Para o mundo é louctlra e fraqtleza(1 Co 1.18); portanto, no conceito do mundo, e1e devia se envergonhar dele,especialmente em Roma, cabeça e palco do mundo. Mas Paulo nào se en-vergortha, sabendo que ? 0 gtdf'r de Deus prf? a sfllplffy de todo aquele que c'r?- Este é o meio gloriosamente poderoso de se salvar todos que aceitam opröprio meio de Deus. Da mesma forma qtte Paulo comprime a substânciado evangelho nesta epistola, ele compacta a essência da epfstola nesteversfculo e nos seguintes, TJAIàP do jlfffcn como do j't?nfin - Hj nestas pala-vras uma enorme franqkleza e um amplo sentido; pOr elas, ele, de um lado,mostra aos judeus sua necessidade absoluta do evangelho, e, do outro,conta, para a naçào maior e mais culta do mundo, que sua salvaçào depen-dia de como este evangelho era recebido, razào por que em todos os luga-res era primeiramente oferecida aos desprezados judeus7.

17. Ajastiça de Dtrl/s - Esta expressào significa geralmente a eterna e essencialjustka de Deus, a qual inclui tanto justka como misericördia e é mostradacom destaque na condenaçào do pecado, mas também na justificaçâo dopecador. Por vezes, significa aquela justka pela qual um homem, por in-termédio do dom de Deus, se torna e passa mesmo a ser justo; isto porreceber a Cristo pela fé; e pela conformidade com a justka essencial de

$. 1% i ferta'' da salvaçào,Wesley parece7 Nesta tiltima parte sobre pr me ro a oter esquecido que eIe eliminou a expressâo ''primeiro ao gudeul' como naKJV e também emAlmeida, etc, na base deaptllq'op

RoMxNos 17

Page 20: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

18. A ira de Deus se revela do céu contra toda im piedade e per-versào dos homens que detêm a verdade pela injustiça,

19. porquanto o que de Deus se pode conhecer é m anifesto entreeles, porque Deus lhes m anifestou.

Deus. Paulo, ao tratar da justificaçâo, tem em mente a justka da fé; portan-to é chamada ajustiça de Detls porque Deus descobriu e preparou, revela edâ, aprova e coroa. Neste verso, a expressào significa todo o beneffcio deDeus por intermédio de Cristo para a salvaçâo de um pecador. Sc revela -Faz-se mençào aqui e no v. 18 a uma dupla revelaçào - da ira e da justiça:aquela, pouco conhecida da natureza, é revelada pela lei, enquanto esta,totalmente desconhecida da natureza, o é pelo evangelho. Cada uma, diz oapöstolo, se revela no tempo presente, em oposiçso aos tempos da ignorân-cia. Dejé para jé - Por meio de uma série de promessas, cada uma maisclara que a anterior. Como csfff escrito - Paulo acabava de estabelecer trêsproposiçöes: (1) a justiça é pela fé (v. 17/ a salvaçâo L pela justiça (v. 16),. (3)Eisto valel tanto para os judeus como para os gentios (v. 16). Agora todasessas proposiçöes sâo confirmadas por aquela tinica frase: O justo viveriipor # - O que foi primeiro falado a respeito daqueles que preservaramsuas vidas, quando os caldeus sitiaram Jerusalém, por crerem nas declara-çöes de Deus e agir de acordo com elas IHc 2.11. Aqui (em Romanos) signi-fica: E1e obterl o favor de Deus e continuars nele, por crer.

18. Porque nâo existe outra maneira de obter a vida e a salvaçâo. Tendo coloca-do sua proposiçâo, o apöstolo agora passa a provâ-la. Seu primeiro argu-mento é que a Lei condena a todos por estarem debaixo do pecado. Portan-to, ninguém é justificado pelas obras da lei. Esse tratamento vai até 3.20. Edeste primeiro argumento ele conclui: portanto, a justificaçâo é pela fé. .4ira de Deus se revela - N5o apenas por freqitentes e notâveis interposiçöesda providência divina, como também nos orâculos sagrados e por nös, seusmensageiros. Do clff - Esta expressâo fala da majestade daquele cuja ira érevelada, do seu olho que tudo vê e da extensâo da sua ira: tudo que estâdebaixo do céu estâ sob os efeitos da sua ira, menos os crentes em Cristo.Contra toda impiedade e pcrpcrsflp - Estas duas coisas sâo tratadas a partirdo v. 23. Dos bomens - Ele fala aqui dos gentios e, especialmente, dos maissâbios entre eles. Que dclJ'/rl a verdade - Pois e1a luta contra a perversidade.Pela injustiça - Palavra que neste lugar significa também impiedade.

19. Porquanto o que de Deus se pode conhecer - Aqueles grandes princfpios quesâo indispensavelmente necessérios para se conhecer. L tnanifesto entre eles,porque Deus lbes manifestou. Pela 1uz que ilumina a todo homem que vem aomundo. (Jo 1.61

1 8 N OTAS EXPLICATIVAS

Page 21: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

20. Porque os atributos invisfveis de Deus claram ente se vêem,assim o seu eterno poder com o tam bém a sua pröpria divin-dade, claram ente se recolnhecem, desde o princfpio do m un-do, sendo percebidos por m eio das coisas que foram criadas.Tais hom ens sào por isto indesculpéveis,

21. porquanto, tendo conhecim ento de Deus nâo o glorificaramcom o Deus, nem lhe deram graças, antes se tornaram nulosem seus pröprios raciocfnios, obscurecendo-se-lhes o cora-çào insensato.

22. lnculcando-se por sâbios, tornaram-se loucos,23. e m udaram a glöria de Deus incorruptfvel em semelhança

da im agem de hom em corruptfvel, bem com o de aves,quadrùpedes e répteis.

24. Por isso Deus entregou tais homens à imundfcia, pelas con-cupiscências de seus pröprios coraçöes, para desonrarem osseus corpos entre si.

20. Porque os atributos invist-veis de Deus claramente se t'écrn - Pelo olho da men-te. Sendo entendidos - Sâo vistos por aqueles, e somente por aqueles, queusam do seu entendimento.

21. Porquanto, lcnff(? conhecimento de Deus - Porque os pagâos mais sâbios re-almente sabiam que havia um Deus supremo; no entanto, por motivos vise escusos, eles se conformavam com a idolatria da ralé. NJp o glorihkaramcomo Deus, nem lhe deram graças - Nâo lhe agradeceram os beneffcios enem o glorificaram por causa das suas perfeiçôes divinas. aptnlcs se perderamem 'nlt?s arrazoados, vâos como os fdolos inliteis que adoravam, em meio atais pomposas pretensôes à sabedoria.

22. Perderam-se em te s arrazoados - Vâos como os inliteis deuses que adoravam,seus arrazoados sendo vârios, incedos e tolos. Que exemplo terrfvel temos dis-so nos escritos de Lucrédo! Que vébs arrtlzoados e que coraçtïo obscurecido, etc.

23. E mudaram - Com a mâxima tolice. Eis aqui três nfveis de impiedade e depuniçâo: o primeiro é descrito nos vv. 21-4,. o segundo, nos vv. 25-7; o ter-ceiro no v. 28 e seguinte. A puniçâo em cada um dos casos é expressa pelaspalavras Deus entregoa tais àp/'rlats. Se alguém se recusa a adorar a Deuscomo Deus, esta pessoa é de tal forma abandonada que ela acaba lançandofora sua pröpria humanidade. lképteis - Ou coisas que rastejam, como osbesouros e vârias espécies de serpentes.

24. Por isso - Uma puniçâo do pecado decorre da sua pröpria nattlreza, comono v. 27; outra puniçâo, como neste verso (241, vem da justiça vingadora.

RoM xpqos 19

Page 22: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

25. pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adoran-do e servindo a criatura, em lugal' do Criador, o qual é ben-dito eternamente. Am ém .

26. Por causa disso os entregou Deus a paixöes infam es, porqueaté suas m ulheres mudaram o m odo natural de suas rela-çöes fntim as, por outro contrârio à natureza;

27. semelhantem ente, os homens tam bém , deixando o contatonatural da m ulher, se inflamaram mutuam ente em sua sen-sualidade, cometendo torpeza, hom ens com homens, e rece-bendo a justa recompensa do seu erro.

28. E, por haverem desprezado o conhecim ento de Deus, o prö-prio Deus os entregou a um a disposiçlo m ental reprovâvel,para praticarem coisas inconvenientes,

29. repletos de toda injustiça, malfcia, avareza e maldade; pos-sufdos de inveja, lnomicfdio, contenda, dolo e malignidade,sendo detratores,

Imundt-cie - lmpiedade e imundfcie sâo freqiientemente associadas (1Ts4.5), como também o sâo o conhecimento de Deus e a pureza. Deus entregoutais àt)??kc?7s - Ao retirar sua graça restringidora.

25. Pois eles l/ll.flifrc/?l a 'LTrJI/J: - A verdadeira adoraçâo de Deus. Em pitnyffrfl -ldolatrias falsas e abominéveis. Atiorando no fntimo. E servindo - Msivelmen-te.

26. Ppr causa disso ps elltregotl Deas a pflïzft?s injatves - is quais os romanospagàos estavam, nesse tempo, entregues ao mlximo grau, com destaquepara os préprios imperadores.

27, Recebendo a jllsta rcctlptpénlsfl do sc/f erro. Sua idolatria; eles foram punidoscom aquela cobiça antinatural, que era uma desonra tào horrfvel ao seucorpo como o era a idolatria a Deus.

28. Deus t?s eutrego'l a lkl/lf? mente ï/kcupflz de r/l'sccn:l'r - Iesta questàol é tratadano v. 32. Para l/rrff7'cl7/'c/?l coisas i/7cpr/rpcrlkrlàcs - Até as coisas mais infames,das quais os vv. 29-31 tratam.

29. Bepletos Jc toda ïnjlïslïlu - Esta se encontra em primeiro lugar, e, no t'llti-mo, setv Cnl'st'ric/rr/k. Fornicaçtïo - lnclui aqui toda espécie de imundfcie.M all-cia - O voclbulo grego propriamente implica uma disposiçào que sedeleita em machucar uma outra pessoa, mesmo que isto nào traga qual-

2 0 N o'ryts Expl-lcv lwws

Page 23: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

30. caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, pre-sunçosos, inventores de m ales, desobedientes aos pais,

31. violadores da aliança, pérfidos, sem afeiçào natural e semmisericördia.

32. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que sào passf-veis de m orte os que tais coisas praticam, nâo som ente osfazem, m as também aprovam os que assim procedem .

quer vantagem pessoal. Detratores - Aqueles que difamam, secretamente,os outros.

30. Calllniadores - Aqueles que falam contra outros pelas costas. Inimigos deDells - lsto é, rebeldes contra elez os que negam sua providência, ou acu-sadores da sua justiça nas suas adversidades; sào os que têm uma internainimizade de coraçào contra suajustiça e santidade. Inventores de ('pisrls tntis- De novos prazeres, novos meios de obter lucros, novas maneiras de ma-chucar os outros, particularmente na guerra.

31. Violadores da f?/il?;:(J8 - f) bem conhecido que os romanos, como naçâo,desde o começo de sua histéria, nunca tiveram escrflpulos de abando-nar totalmente o mais solene acordo, se dele nào gostassem, mesmo sefeito pelo seu supremo magistrado, em nome de todo povo. Eles depu-nham o general que o promulgara e entâo pensavam que estavam total-mente livres dele. Senl njeiffïp natural - O costume de expor seus prö-prios filhos recém-nascidos para morrerem de frio, de fome ou devora-dos pelas feras, prética tâo comum no mundo pagào, especialmente entreos gregos e os romanos, L um estarrecedor exemplo disso; como tam-bém o é a prâtica de matar seus velhos e indefesos pais. Agora isto écomum entre os pagâos americanosg.

32. NJp sotnente osjazem, lrycs tambêv Jprppr/m ps que assim prpccrk/u - Este é omais alto grau de maldade. Alguém pode ser incentivado pelas suas pai-xöes para fazer alguma coisa que odeia; mas aquele que tem prazer na-queles que praticam o mal ama a maldade, sö por causa da maldade.Desta forma, ele os incentiva ao pecado e amontoa o pecado dos outrossobre sua pröpria cabeça.

8 O original, em inglês, é covenantbreakers, palavra que aparece sö aqui naKJV; o conceito se encontra em outros Iugares, notadamente em Ez 16.59e 17.18., cf . também Jr 33.20 etc.

9 W esley se referia provavelmente ao canibalismo dos indfgenas.

ItoM AN os 2 1

Page 24: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

R 5 2

1. Portanto és indesculpâvel quando julgas, (5 homem, quemuer que sejas; porque no que julgas a outro, a ti mesmo teQcondenas; pois praticas as pröprias cousas que condenas.

2. Bem sabemos que o jufzo de Deus é segundo a verdade, con-tra os que praticam tais cousas.

3. Tu, (5 hom em , que condenas aos que praticam tais cousas efazes as mesmas, pensas que te livrarâs do jufzo de Deus?

4. Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, elonganim idade, ignorando que a bondade de Deus é que teconduz ao arrependim ento?

5. M as, segtm do a tua dtlreza e coraçào impenitente acumulas con-tra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelaçâo dojllfzo de Deus,

# Notas

1. Portanto - O apöstolo agora faz uma transiçào, dos gentios para os ju-deus, até o v. 6, onde ele inclui a ambos. L indesculgvel - Pelo fato queconhecimento sem prâtica sö aumenta a culpa. O lwmem - Tendo faladoantes ao gentio na terceira pessoa, ele fala agora ao judeu na segunda. Masele o chama por um termo comum ghomeml, como se nâo o reconhecessecomo judeu. Quem quer que sejas, tu que julgas - Censuras, condenas. Por-que no que julgas a outro - O pagào. -4 ti ?'rlcsmp te condenas; pis çraticas asprôprias coisas que condenas - Com efeito; muitas vezes.

2. Bem scàtvnt?s - Sem teu ensino. Que pjlfl'ip de Deus - nâo o teujufzo que telivra da sentença divina. L segundo a verdade - fs justo, nâo faz exceçào (vv.5, 6, 11) e atinge tanto o coraçâo como a vida.

3. Que J)N1 te livraràt - Em vez de gentio.4. O?z desprezas - Vais mais longe ainda, passando da espermxa de escapar àira de Deus ao abuso do seu amor? -4 riqueza - a abundânda. Da sua bonda-d% e tolerância, e longanimidade - Diante do fato que t'u jâ pecaste, pecas epecarâs. Todas essas qualidades sâo depois inclufdas na fmica palavra !7prl-dade. Condzz-te - lsto é, Deus pretende que tal bondade te conduza ou teincentive ao arrependimento.

5. Acumulas ira - Embora penses estar acumulando todas as coisas boas, quetesouro pode uma pessoa ajuntar, de qualquer dessas formas, nesta curtavida?

2 2 N oRws Expl-lcv lm s

Page 25: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

6. que retribuirâ a cada um segundo as suas obras (Pv 24.12)..7. darâ a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem,procuram glöria, honra e imortalidade;

8. m as ira e indignaçâo aos facciosos que desobedecem à ver-dade, e obedecem à injustiça.

9. Tribulaçâo e anpdstia virâo sobre a alm a de qualquer hom emque faz o mal, do judeu primeiro, e também do grego;

10. glöria, porém , e honra e paz a todo aquele que pratica o bem;ao judeu primeiro, e também ao grego.

11. Porque para com Deus nâo hâ acepçâo de pessoas.

6. Para f?' - Nâo para aquele a quem ttl julgas. Para p dia (/J ira e da rfzdllffk dojusto jui'io de Deus - Exatamente o oposto da bondade, tolerância elonganimidade de Deus: Quando Deus for revelado, entâo também serâo ''w-velados'' os segredos dos coraçöes dos homens (v. 16). Tolerância e revelaçébdizem respeito a Deus e sào opostas entre si; longanitniâadeejustojulko dizemrespeito ao pecador; bondade e ira sào palavras de significado mais genérico.

7. z4os que procuram #/HJ - Pois o amor puro nâo exclui a fé, a esperança e odesejo (1Co 15.58).

8. Mas aosfacciosos - Como t41, ö judeu, que lutas contra Deus. O carâter deum falso judeu é desobediência, teimosia, impaciência. Indignaçâb e ira, tri-àulrlllt? e angûstia - Aqui hé uma alusâo ao Salmo 78.49. ''Ele lanwu contraeles Iisto é, contral os egfpcios, o furor da sua ira, cölera, indignaçâo e cala-midade/'; (o apöstolol sugere também que os judeus seriam, no dia da vin-gança, punidos ainda mais severamente do que foram os egfpcios, quandoDeus fez suas pragas tào maravilhosas.

9. Do judeu pritneiro - Aqui temos a primeira mençào explfcita dos judeusneste capfmlo, introduzido com grande propriedade. lnstrufdos na verda-deira religiâo e tendo sido Cristo e seus apöstolos enviados primeiro a eles,colocam-se na primeira fileira dos criminosos que nâo obedecem a verda-de.

10. Glôria, porém - Diametralmente oposto a ''ira'' que viria da divina apro-/

'

vaçâo. Honra - O oposto de ''indignaçâo'', pela divina atribuiçào; e pazagora e para sempre, o contrârio da tribulaçâo e angûstia.

11. Porque para com Deus rll't) JI# acepçâb de pessoas. E1e retribuirâ a cada umconforme as suas obras (Mt 16.27). Mas isto estâ bem coerente com suadistribuiçâo de beneffcios e oportunidades de melhoramento segundo obeneplâcito da sua vontade.

RoxfANos 23

Page 26: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

12. Assim , pois, todos os que pecaram sem lei, também sem leiperecerào, e todos os que com 1ei pecaram, m ediante a 1eiserâo julgados.

13. Porque os simples ouvidores da 1ei nào sào justos diante deDeus, m as os que praticam a 1ei hào de ser J'ustificados.

14. Quando, pois, os gentios que nâo têm lei, procedem por natu-reza de conform idade com a lei, nâo tendo lei, sen'em eles delei para si m esmos.

15. Estes m ostram a obra da lei, gravada nos seus coraçöes, tes-tem unhando-lhes tam bém a consciência, e os seus pensam en-tos mutuam ente acusando-se ou defendendo-se;

12. Assilz, pois, fpJt?s ps çnc pecarattl - Ele fala como se fosse do passado, por-que todo o tempo serii passado no dia do jufzo final, $etll 1ei - Sem terqualquer lei escrita. Tanlbélzl scp? lei J7crcccrli'p - Sem referência a qualquer1ei externa, sendo condenados pela lei escrita nos seus coraçöes. A palavratambém mostra a concordância da maneira do pecar com a do sofrimento,Perecerlk'o - E1e nJo podia dizer propriamente: serâb julgados sem lei.

13. Porqlle ps sivlples plfrfkprcs da kl' 77f1 slp, mesmo hoje,jnsàt?s diante rk Dcns, ?nflsps qlle J?rllkf7l?7 a Iei F?JII je serjustljicados - Finalmente inocentados e retribu-fdos; esta é uma verdade certfssima e importante, que diz respeito tambémaos gentios, embora principalmente aos judeus. Paulo fala daqueles (vv. 14e 5) e destes (vv. 17 e seguinte). Aqui nâo hti parêntese, porque o v. 16 tam-bém depende do v. 15, nâo no v. 12.

14. Quando, l?t?z's, t?s gentios - lsto L, qualquer um deles, Paulo, tendo refutadoo jufzo perverso dos judeus concernente aos pagàos, passa a mostrar o jus-to jufzo de Deus contra eles. Agora ele fala diretamente dos pagâos, visan-

y do convencer os pröprios pagios. No entanto, a concessâo que ele faz ser-' ve mais fortemente para convencer os judeus. Procedetv ppr ncltttreza - lsto

L, sem uma regra externa; embora, isto também, estritamente falando, acon-teça pela graça preventiva. De ctyvtlr/nïrïf?rftr covl a Iei - Os dez mandamen-tos sâo apenas a lei da natureza. NJ(? tetldo a /a' escrita, servem rk Iei para s;'nlesnlos - Ou seja, o que a lei é para os judeus, eles sào, pela graça e Deus,para si mesmos, a saber, uma lei de vida.

15. Eles ?npslrf?l?l - A si mesmos, a outras pessoas e, em certo sentido, ao pré-prio Deus. A pàrf7 da lei - A substância, mas nào a letra, dela, Gravada upsseus ct/rrfltlcs - Pela mesma mâo que gravou os dez mandamentos sobre astâbuas de pedra. 6ua cpnscflkc/'rf - Sobre ela, a alma tem menos domfnio

2 4 N om s Expl-lcv lm s

Page 27: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

16. no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, J'ulgar os segre-dos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.

17. Mas se tu és chamado de judeu, repousas na lei e te gloriasem Deus;

18. que cortheces a sua vontade e discirnas as coisas que diferementre si, sendo instrufdo na lei;

19. que estâs persuadido de que és guia dos cegos, 1uz dos quese encontram em trevas,

do que sobre qualquer outra das suas faculdades. Testelïlutlbando - Numjulgamentoz existem o promoto: o acusado e as testemunhas. A consciên-cia e o pecado sâo testemunhas contra os pagâos. Seas ptrrlscl/ltrnlps - Xsvezes os inocentam, às vezes os acusam. M tlttlattlente - Alternadamente,como promotor e acusado. Acusando-se p/I clejelldendo-be - A pröpria ma-neira de falar mostra que eles têm muito mais possibilidade de acusar doque de defender.

16. No dia - lsto é, os que mostram isto no dia. Tudo serl mostrado como oque realmente o é. Naquele dia aparecerâ a lei escrita no seu coraçào, comofreqiientemente acontece na vida presente. E)ïl ç/tc Dells julgar ps segredosdos /?p??Ic?:s - A verdadeira qualidade de açôes depende de circunstânciassecretas, freqiientemente desconhecidas pelos préprios atores (v. 29). Oshomens costumam formar seus julgamentos, de si mesmos e geralmentedo que L aparente. Dc confornliâade com o pnc;f evangellw - Conforme o teordaquele evangelho confiado aos meus cuidados. Disto torna-se evidenteque o evangelho também é lei,

17. Mcs sc tu Js cbamado dejudeu - Este ponto mais elevado do gloriar-se dosjudeus (depois de intercalar uma descriçào mais plena disto, vv. 17-20, ede refut/-lo, vv. 21-4) é refutado (vv. 25 e seguinte). A descriçâo consistede dois conjuntos, cada um de cinco pontos; o primeiro conjunto (vv. 17-18) nnostra aquilo em que eles se gloriam, em relaçào a si mesmos, e ooutro, aquilo em que eles se gloriam, com respeito aos outros. O pontoinicial (vv. 19-20) do primeiro conjunto corresponde ao primeiro pontodo segundo conjunto, o segundo ponto ao segundo, etc. Repousar na lei -Confias nela, embora ela sö possa te condenar. E te glorias cTn Deus -Como o teu Deus, à incluslo de todos os outros.

19. Cegos, c)?, trevas, I'grlprflnàcs, crianças - Eis os apelidos que os judeus costu-mavam dar aos gentioslc'

10 'dlgnorantes, crianças'' se encontram no v. 2O.

R oM ykNos 25

Page 28: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

20. injtrutor de ignorantes, m estre de crianças, tendo na lei aform a da sabedoria e da verdade;

21. tu, pois, que ensinas a outrem, nâo te ensinas a ti m esm o; t-u,que dizes que nâo se deve furtar, furtas;

22. tu, que dizes que nâo se deve cometer adultério, o com etes.Tu, que abominas os fdolos, com etes sacrilégio.

23. Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressàoda lei.

24. Pois, com o estâ escrito, o nome de Deus é blasfem ado entreos gentios por vossa causa.

25. Porque a circuncisâo tem valor se praticares a lei. Se és, po-rém, transgressor da lei, a tua circuncisâo jâ se tornouincircuncisào.

20. Tendo ahrma da sabedoria e da verdade - A saber, o mais exato conhecimen-to da verdade.

21-24. FN ntïo te ensinas J ti /'rlcsrr/t? - Aquele que nâo pratica o que prega nàoensina a si mesmo. Tuhrtas, cometes adultério, ffcs//as t? tempk - lsto é, pecasgravemente contra o pröximo, contra ti mesmo, contra Deus? Paulo havia mos-trado aos gentios que estavam primeiro contra Deus, depois contra eles mes-mos e entâo contra o pröximo. Aqui ele inverte a ordem: porque os pecadoscontra Deus sâo os mais evidentes em umpagào, mas nJo numjudeu. Tem queabominar os î'iïo/t?s - lsto faziam todos os judeus, desde o cativeiro babilônico.TN despojas sats templos'l - lsto é, tu fazes pior que os gentios, roubando da-quele ''que é Deus sobre todos'' gllm 9.5) a glöria que lhe é devida. Nenhumadessas acusaçöes foi feita temerariamente contra os judeus daquele tempo,porque, como seu pröprio historiador conta, alguns, até dos seus sacerdotes,viviam da rapina e outros viviam em grossa impureza. E, quanto ao roubo deDeus e doseu altar, isto vinha sendo reclamado desde otempo de Malaquiaslz.Assim, os exemplos sâo dados com grande propriedade e justiça.

25. ..4 circuncisâb tem rJDr- E1e nâo diz Ique a circuncisâol ''justifica/'.Até queponto tem ela valor é mostrado nos capftulos 3 e 4. -4 tua circuncisno jff sctornou incircuncisâb. Com efeito, jâ estâ assim. Tu nâo vais te beneficiar delacomo se nunca a tiveste recebido. A mesm a observaçâo vale também comrespeito ao batismo.

11 Veja Bl-blia de Jerusalém1 2 Malaquias 1 .6-1 4', 3.6-1 2.

2 6 N OTAS Expl-lcv lvAs

Page 29: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

26. Se, pois, a incircuncisâo observa a justiça da leiz nâo serâ suaincircuncisâo considerada com o circuncisâo?

27. E se aquele que é incircunciso por natureza, cum pre a lei,certamente e1e te julgarâ a ti qual pela letra e pela circunci-sâo, transgride a lei.

28. Porque nâo é judeu quem o é apenas exteriormente, nem écircuncisâo a que estâ visfvel na carne.

29. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisâo aque é do coraçâo, no espfrito, nâo segundo a letra, e cujo lou-vor nào procede dos homens, m as de Deus.

26. $e a incircuncisâb - lsto é, uma pessoa nâo circuncidada. Observa os precei-tos da lei - Caminhar conforme ela. Nâ'o serl sua incircuncisâb consideradacomo circuncisdo aos olhos de Deus?

27. E se aquele que ? incircunciso /70r natureza - Os que sâo, literalmente falan-do, incircuncisos. Cumpre a lei - Quanto à sua substância. Julgar-te-éa ti -Condenar-te-â naquele dia. O qual, pela Ietra e a circuncisâb - O qual, tendoa mera, literal e extema circuncisâo, transgride a lei.

28. Porque Nlt? éjudeu - No sentido mais importante, a saber, um membro dopovo amado de Deus. Quem t? é Jrcrll?s exteriormente - Na aparência. Nem ?aquela a verdadeira, aceitâvel circuncisâo, que é visl-vel na carne.

29. Porém judeu é aquele - Isto Q pertencente ao povo de Deus. Que ? interior-mente - Nos recônditos mais fntimos da sua alma. A aceitâvel circuncisck'o ?a J10 coraçâb - Referindo-se a Deuteronôm io 30.6, o desfazer-se de toda aimundfcie interior tem sua sede ntl cspfrffp, na alma mais fntima, renovadapelo Espfrito de Deus. NJp segundo a Ietra - Nâo na cerimônia interna.Cujo louvor rlJ() proceda dos homens de Deus - O tinico que sonda os coraçöesgSl 139.23; ltm 9.271.

RoM Apqos 27

Page 30: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

5 3

1. Qual é, pois, a vantagem do judeu'? Ou qual a utilidade dacircuncislo?

2. M uita, sob todos os aspectos. Principalm ente porque aosjudeus foram confiados os orâculos de Deus.

3. E se alguns nâo creram '? A sua incredulidade virâ desfazera fidelidade de Deus?

4. De maneira nelahuma! Seja Deus verdadeiro, e mentirosotodo homem, segundo estâ escrito: (Sl 51.4) Para seres jus-tificado nas tuas palavrasz e verthas a vencer quando fores'

ulgado.J

5. Mas, se a nossa injustiça realça a justiça de Deus, que dire-mos? Nào serâ Deus, ao aplicar a sua ira, injusto? (Fa1o comohomem .)

# Notas

1. Qual ?, pois alguns podem perguntar, a vantagem jo jrf/cff ? prf da cfrclfrl-ci'slp? - lsto é, qual a vantagem dos judeus, circuncidados, sobre osgentios?

2. Princiïalmente porque aos jrffklfsjprrfm conhados os Orkulos ik Deus - lstoé, as Escrituras, nas quais hl tâo grandes e preciosas promessasl3 . Ou-tros privilégios se seguiram gRm 9. 4-51. Aqui, porém, Paulo ensina uni-camente esta vantagem; por meio dela, apös retirar a objeçào, e1e os con-denarâ ainda mais.

3. z1. l'ncredulidade deles virlidesjazer ahdelidade de Deusî Deus nâo hl de cumprirsuas promessas àqueles que crêem?

5. Mas, pode-se objetar, se a /lpss;f itljllstiça contribuir para a glöria de Deuszele nào serl injusto ao nos punir por causa dela? Falo (Ttl//lp bolllem - Comoa fraqueza humana seria capaz de falar.

13 Cf. 2Pe 1 .4., verso favorito de Wesley, que o Ieu na manhà de sua expe-riência religiosa, a 24 de maio de 1938.

2 8 N om s Expl-lcv tm s

Page 31: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

6. Que Deus o profba! Do contrârio, como julgarâ Deus om undo?

7. E, se por causa da m inha m entira fica em relevo a verdadede Deus para a sua glöria, por que sou eu ainda condenadocomo pecador?

8. E por que nâo dizem os, com o alguns caluniosam ente afir-m am que o fazem os: Pratiquem os m ales para que venhambens? A condenaçào destes é justa.

9. Que se conclui'? Temos nös qualquer vantagem? Nào, de for-ma nerthuma; pois jâ temos demonstrado que todos, tantojudeus como gregos, estào debaixo do pecado;

6. Qrfc Detis p prp711fl./11 De modo algum. Se Deus for injusto em servir aquelainjustiça que contribui para sua pröpria glöria, cottlojttlgarti Detls t? ?nn/yJo?- No julgamento, toda a injustiça no mtlndo rcalçarti fl justiça de Deus.

7. M cs, poderé responder o questionador, se a Llcrffrfrk de Deus abundou - Foimais abundantemente demonstrada. Por meio da ,?77*u/:f? mentira - Se nli-)7/:rI 'tlentira, a saber, mil-tha priitica, contraria a verdade, conduz à glöria deDeus, fazendo sua verdade resplandecer com maior vantagem. P0r qtte solfeti JJnJJ condenado cppltl pecador? - Pode isto ser de alguma forma conside-rado pecado ? Nào devo eu fazer o que, de outra forma seria um mal, paraque venha ''tanto bem''? ICf. v. 8115 . A esta objeçâo, o apöstolo nào se dignadar uma resposta direta, mas encurta o argumento do questionador comuma severa repreensào.

8. -4 condenaçtïo destas ? jlista - A condenaçâo de todos que falam ou agemdesta maneira. Assim o apöstolo nega totalmente a justiça de ''praticar omal'' seja ele qual for, ''para que venha o bem''

9. Qlle se ct?nc/ui'? - Aqui ele resume o que disse no v. 1. Ido presentecapftulol. Debaixo (ïtp pecaâo - Sob a culpa e o poder do pecado: os ju-deus, por transgredirem a lei escrita; os gentios, por transgredirem a 1eida natureza.

14 As tiltimas palavras citadas sào do v. 5. Na sua traduçào, Wesley segue aKJV: ldGod Forbid'' = Que Deus o proiba. Esta expressâo se encontra 14vezes na KJV nas Cartas Paulinas, na KJV repetido por W esley, mas suanota aqui mostra que eIe conhecia o verdadeiro sentido do grupo original.

15 Wesley nem sempre se restringe ao verso que eIe comenta. Doravanteapenas indicaremos o verso citado, entre colchetes.

RoM yvNcns 29

Page 32: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

10. Como estâ escrito: (Sl 14.1ss) Nào hé justo, nem sequer um,11. nào hâ quem entenda, nào hâ quem busque a Deus;

12. todos se extraviaram , à um a se jizeram inflteis; nâo hâ quemfaça o bem, nâo hâ nem um sequer.

13. (Sl 140.3) A garganta deles é sepulcro aberto; com a lfnguaurdem engano, veneno de vfbora estâ abaixo de seus lâbios,

14. (Sl 10.7) a boca eles a têm cheia de maldiçâo e de amargura;15. (1s 59.7-8) sâo os seus pés velozes para derramar sangue,16. nos seus cam inhos hâ destruiçâo e miséria;17. desconheceram o caminho da paz.

18. (Sl 36.1) Nào hâ temor de Deus diante de seus olhos.

10. Como estd escrito - Que todas as pessoas estâo debaixo do pecado setorna evidente dos vfcios que têm abundado em todos os tempos. Por-tanto, Paulo corretamente cita Davi e Isafas, embora tenham falado prin-cipalmente da sua pröpria era, falando de que tipo de homem Deus vêquando ''do céu olha o Senhor'' jSl 14.21; n;o o que ele faz deles pelasua graça. Nâ'o Jl# jasto - Esta é a proposiçâo geral. Os particularesseguem: suas disposiçöes e intençöes (vv. 11-12); seu discurso (vv. 13-14); suas açôes (vv. 16-18).

11. Ntïo J2# quem evtenda - As coisas de Deus.

12. Todos se extraviaram - Do bom caminho. -4 uma se jizeram irlorcl's -Sem amparo, impotentes, incapazes de fazer bem a si pröprios ou aosoutros.

13. ,/4 garganta - é tâo nocivo e perigoso como um sepulcro aberto. Obser-vam o progresso do mau falar, procedendo do coraçào, pela garganta,lfngua, lâbios, até encher toda a boca dele. O veneno de T//-llt?rcs, infeccio-so, caluniador mortffero, difamador, bisbilhotador, falando mal dos ou-tros, estti fï/f7fxo (porque o mal estâ neles) dos seus lâbios. A vfbora éuma cobra venenosa.

14. Maldiçâb - Contra Deus. Amargura - Contra o pröximo.

17. Da paz - Que sö pode nascer da justiça.18. NJp hti temor de Deus diante de setis olhos - E muito menos ests o amor de

Deus no seu coraçâo.

30 N o-rzls Exrat-lcA-rlvAs

Page 33: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

19. Ora, sabemos que tudo o que a 1ei diz aos que vivem na 1ei odiz, para que se cale toda a boca, e todo o mundo seja culpâ-vel perante Deus,

20. portanto nenhuma canAe serâjustificada diante dele por obrasda lei, em razâo de que pela lei vem o pleno conhecimentodo pecado.

21. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemu-nhada pela 1ei e pelos profetas;

22. justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos esobre todos os que crêem ; porque nâo hâ distinçâo,

19. Tudo que a !67' - o Antigo Testamento - dk aos que L'ipcp; debaixo da lei o diz- A saber, aos que reconhecem a sua autoridade; aos judeus e nâo aosgentios. Paulo nào citou nenhuma Escritura contra eles, mas argumentoucom eles unicamente à 1uz da natureza. Totia boca - cheia de amargura (v.14) e, no entanto, de jactância (v. 27) - seja cuipdvel - seja plenamentecondenada e evidentemente passfvel da mais justa condenaçâo. Estas coi-sas foram escritas hâ muito tempo e foram citadas por Paulo, nào paratornar pessoas criminosas, mas para ïrovar que o sâo.

20. Nenbuma carne scrff justtjcada - Ninguém serâ perdoado e aceito porDeus. Por t/lprcs da lei - Fundamentado no fato de ter guardado a lei.Paulo quer dizer principalmente a parte moral da 1ei (vv. 9,19; 2.21-22,26). Esta é a ûnica parte que nâo é abolida (v. 31). E nâo é sem razào quee1e tào freqùentemente m enciona as obras da lei, quer cerim oniais, quermorais: porque foi sö com elas que os judeus contavam, estando total-mente ignorantes das obras que surgem da fé. Em rczfz de que pela lei 'nc/?lapenas o pleno conbecitnento do pecado, mas nenhuma libertaçào, seja daculpa, seja do poder deste pecado.

21. Mas, Jprfl a j7ïsàilc âe Dclfs - lsto L, a maneira de se tornar justo que Deusestabeleceu. 6em lei - Sem aquela obediência prévia que a lei requer, semreferência à lei ou dependência dela. .$: vlanfestou - No evangelho. Tesàc-munllada pela pröpria lei c pelos profetas - Por todas as promessas do Anti-go Testamento.

22. Para todos - Os judeus. E sobre todos - Os gentios. Os qae crécvl; porque ?llpJI# distinçâb - Quer quanto à necessidade da justificaçâo, quer quanto àmaneira de obtê-la.

RoxdykNos 31

Page 34: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

23. pois todos pecaram e nâo alcançaram a glöria de Deus,

24. sendo J'ustificados gratuitam ente, por sua graça, m ediante aredençào que lnâ em Cristo Jesus;

25. a quem Deus propôs com o propiciaçio, pela fé no seu san-gue, para se manifestar a sua justiça, pelo fato de no tempoda sua paciência, ter Deus remido os pecados anteriorm entecom etidos.

26. tendo em vista a manifestaçào da sua justiça no tempo pre-sente, para ele mesmo ser justo e, ao mesmo tempo, ser ojustificador daquele que tem fé em Jesus.

23. Pois todos pccrfrrf/rl - Em Adào, e na sua prépria pessoa; por uma naturezapecaminosa, personalidade, sentimentos e açôes pecaminosos. !; lttïo alcatl-lrfrrf//; a gléria de Deus - O supremo fim do ser humano, carente da suaimagem na terra e do seu gozo no céu.

24. Sendo justqficados - Perdoados e aceitos. Cratuitamente - Sem qualquermérito pröprio. Por slla (çrrffff - NJo sua pröpria justiça em obras. Medi-r/nàc a rcrkuff'fp - O preço que Cristo pagou. Crattlitamente por snflgrrflfl -Um desses termos (gratuitamente/graça! poderia ter servido para trans-mitir o sentido do apöstolo, mas e1e repete a declaraçâo, a fim de nos dara mais plena convicçào da verdade e a nos impressionar com a dimensàoda sua peculiar importância, Nào é possfvel achar palavras que excluamde modo absoluto todo o mérito de nossas pröprias obras e obediênciaou que mais enfaticamente atribuam a nossa justificaçâo à bondade gra-tuita e imerecida.

25. /! quem Dcns propôs - Perante anjos e homens. Cp/?7n propiciaçtïo - Paraaplacar um Deus ofendido. Mas se, como alguns ensinam, Deus nuncafosse ofendido, nâo haveria necessidade desta propiciaçào. E, nesse caso,Cristo morreu inutilmente. Para cnrfn@sàlr a slf;l jllstiça - Para demons-trar nâo sö a sua clemência, como também a sua justiça e mesmo suajustiça vingativa, cujo caràter essencial e offcio principal é punir o peca-do. Pela rcvifssfip de pecados f?/ilcr7'pn/lta?:lc cotkletidos. Todos os pecados queantecedem à sua crença.

26. Fc77Jp em vista a ,/7;/7:1.f' estaçiïo da suf? y'nsl7'lI? - Tanto da sua justiça e da suamisericördia. Para e1e 7?lcs/h;tp ser j7fslp - Mostrando sua justiça sobre seupröprio filho. E ainda o misericordioso justificador de todo aqllele qlle fc?lz-ft#

32 N OTAS ExpLlcv lvyvs

Page 35: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

27. Onde, pois, a jactância? Foi de todo exclufda. Por que lei?Das obras? Nâo, pelo contrârio, pela lei da fé.

28. Conclufmos, pois, que o homem é justificado pela fé, inde-pendentemente das obras da lei.

29. é, porventura, o Deus somente dos judeus? Nâo o é tambémdos gentios? Sim , também dos gentios,

30. visto que Deus é um s(% o qualjustificarâ, por fé, o circuncisoe, m ediante a mesma fé, o incircunciso,

31. anulam os, pois, a lei, pela fé? Nâo, de m aneira nenhum a,antes confirm am os a lei.

Y

c??; Jesus. Pflr;l ele ???cs??7(? serjusto - Para que e1e tornasse evidente sua estri-ta e inviolâvel justiça na administraçâo de seu governo, lnesmo quando eleé o misericordioso jllstljicador de pecados qlle àc7?;.f? etv Jcsl/s. O atributo dejustiça deve ser preservado inviolado; e ele o serl se houver uma real im-posiçâo de puniçào sobre nosso Senhor. Nesse plano, todos os atributos seharmonizam; todo atributo é glorificado e nerthum deles é invalidado enem sequer diminufdo.

27. Oude pp/'s a y'I?cfllyt7k de judeu ou de gentio? Foi de todo excltll-da. Por çnc lei?Das obras? NJO. - lsto teria deixado espaço para jactância. Pelo cpnrrffrlb,pela kl' dajé, uma vez que esta 1ei exige de todos, sem distinçâo, que pleitei-em como pecadores culpados e impotentes a livre misericördia de Deusem Cristo. A lei da .// é aquela constituiçâo divina que faz a fé, e nâo asobras, a condiçâo da aceitaçâo.

28, Conclut-ttlos, ppfs, que 0 hovlett' Jjn5à7.J' icado pelajé - E mesmo a fé, nâo comouma obra, mas enquanto algo recebido de Cristo; conseqùentemente, e1atem algo essencialmente diferente de todas nossas obras, quaisquer quesejam.

29. Certamente, lf7??:à?/?k d0s tçtD/lft?s - Como mostram tanto a natureza como asEscrituras.

30. Wslp que fklfs ? um sJ, p qaal - Exibe a misericördia a ambos lo circuncisoe o incircuncisol e pelo mesmfssimo meio.

31. Conhnnanlos Jf Iei - Sua autoridade, pureza e seu fim, que t3 mostrar comoela pode ser cumprida na sua pureza.

ItoMzxNos 33

Page 36: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

5 4

1. Que diremos, pois? Direm os que nosso pai Abraâo achou(algol segundo a carne?

2. Porque se Abraâo foi J'ustificado por obras, tem de que segloriar, porém nâo diante de Deus.

3. Pois, que diz a Escritura? Abraâo creu em Deus, e isso 1he foiimputado para justiça. (Gn 15.6)

4. Ora, ao que trabalha, o salârio nâo é considerado com o gra-ça, e, sim, com o dfvida.

# Notas

Tendo provado por argumento (1) que a justificaçâo é pela fé, e (2)que ela est/ livre para os gentios, ele passa a provâ-la pelo exemplo, e talexemplo devia ter mais peso com os judeus do que com qualquer outraraça.

1. Que rlpssn pai z4l/rllt? achousb . A aceitaç:o Por Deus. 'egundo a carne - lstoé: pelas obras.

2. O sentido é, se Abraâo tivesse sido justificado pelas obras, ele teria tidoespaço para se gloriar. Mas e1e nâo teve nenhum espaço para se gloriar.Portanto, ele nâo foi justificado pelas obrasl'.

3. Abrano creu em Deus - Naquela promessa de Deus concernente ànumerosidade da sua semente (Gn 15.5,7), mas especialmente na promes-sa concernente a Cristo (Gn 12.3/ por meio de quem todas as naçöes seri-am abençoadas. f isso lbefoi imputado parajustiça - Deus o aceitou como see1e tivesse sido inteiramente justo.

4. Ora, ctl que trabalba - Tudo que a lei exige, o galardâo nâo é favor, masuma verdadeira dfvida. Estes dois exemplos s:o escolhidos e aplicados coma mâxima justka e propriedade. Abraâo foi o mais ilustre modelo de pie-dade entre os patriarcas judeus. Davi foi o mais eminente dos seus reis. Senenhum destes foijustificado pela sua pröpria obediência, se os dois alcan-çaram aceitaçâo por Deus, nâo como seres justos que poderiam reclam/-la,mas como criaturas pecaminosas, que tinham que implorar por ela, a con-seqiência é mais que evidente. f: uma conseqûência ta1 que deve impres-sionar cada mente aberta e falar à sensibilidade de cada pessoa individual.

16 algo17 Aqui W esley detecta um silogismo, uma das formas mais simples da l6gica.

34 N o-rAs Expt-lcxnqvAs

Page 37: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

5. Mas ao que nâo trabalha, porém crê naquele que justifica aofmpio, a sua fé 1he é imputada como justka. (Sl 32.1-2)

6. Assim também Davi declara ser feliz o hom em a quem Deusimputa justiça, independente de obras:

7. Felizes sâo aqueles cujas iniqiiidades sâo perdoadas e cujospecados sâo cobertos;

5. MJs ao que nJO trabalha - O que 1he seria impossfvel sem fé. Porém crê, saaJJ lbe J atribul-da como justiça. Portanto, a afirmaçâo de Deus sobre Abraâo,que a fé lhe fora imputada para justka, claramente mostra que ele nào tra-balhou; ou, em outras palavras, que ele nâo foijustificado pelas obras, massomente pela fé. Disto vemos com clareza quâo infundada é a opiniào deque santidade ou santificaçâo precede à nossa justificaçâold. Porque o pe-cador, sendo primeiro convencido do seu pecado e conseqiiente perigo peloEspfrito de Deus, se encontra tremendo perante o terrfvel tribunal da justi-ça divina e nâo tem nada a reivindicar, senâo sua pröpria culpa e os méri-tos de um mediador. Cristo aqui se interpöe; a justiça se satisfaz: o pecadoé remido, e o perdâo se aplica à alma, por intermédio de uma fé divinaoperada pelo Espfrito Santo, o qual entâo começa a grande obra dasantificaçâo interior. Assim Deus justifica o fmpio. Ele, porém, permanecejusto e fiel a todos os seus atributos! Mas que ninguém presuma, por causadisto, que possa ''permanecer no pecado'' !6.11 porque, para o impeniten-#te, ''Deus é fogo consumidor'' 1Hb 12.29, etcl. Naquele que justihka flp t'mpk- Se fosse possfvel ao homem fazer-se santo antes de ser justificado, istoporia inteiramente de lado a sua justificaçâo, visto que e1e nâo poderia,pela pröpria natureza da coisa, serjustificado, se nâo fosse, na mesma hora,fmpio, Ipois Deus justifica o fmpiol.

6. Assim também Dcri- Davi é, propriamente, apresentado apösAbraâo, por-que ele também recebeu a promessa e a transmitiu. Declara - O homem éjustificado sö pela fé e nào pelas obras. Independentemente de obras - lsto é,sem levar em conta quaisquer boas obras supostamente praticadas por ele.

7. Felizes sJ(? aqueles cujos pecaâos sJo cobertos pelo véu da divina misericördia.Se de fato existir a felicidade na terra, e1a L a porçâo daquela pessoa cujasiniqtiidades sJp perdoadas e que goza a manifestaçào daquele perdâo. Bempode ele suportar alegremente todas as aflköes da vida e encarar a mortecom conforto. Ou que nâo lutemos contra ela, mas honestamente orar paraque tal felicidade venha a ser nossa!

18 Assim Wesley encapsula grande parte da sua compreensào da justifica-çâo pela fé.

RoMANos 35

Page 38: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

8. Feliz o homem a quem o Senhor jamais imputarâ pecado.9. Vem, pois, esta felicidade exclusivam ente sobre a circunci-sâo, ou tam bém sobre a incircuncisâo? Visto que dizemos:A fé foi imputada a Abraâo para justiça.

10. Como, pois, lhe foi imputada? estando ele jâ circuncidadoou ainda incircunciso'? Nâo no regime da circuncisâo, e, sim ,quando incircunciso.

11. E recebeu o sinal da circuncisào, como selo da justiça da féque teve ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos osque crêem na incircuncisâo, a fim de que também a eles fosseimputada a justiça.

12. e pai da circuncisào, isto é, daqueles que nâo sào apenas cir-cuncisos, m as também andam nas pisadas da fé que tevenosso pai Abraâo antes de ser circuncidado.

13. Porque a prom essa de ser herdeiro do mundo, nâo foi paraAbraâo, ou sua descendência, por intermédio da lei, e, sim ,mediante a justiça da fé.

9. Estajeliciâacle -Mencionada porAbraâo e Davi. .$a!7rc a circuncisàb- Somen-te os circuncisos. Ajéjoi i'pkpnàflfïfl a zAlprf7lib ïara j/fslkl - lsto é plenamentecoerente com o nosso ser justificado, isto L, perdoado e aceito por Deus aocrermos, por causa daquilo que Cristo fez e sofreu. Porque, embora isto, etào-somente isto, seja a causa meritöria da nossa aceitaçào por Deus, mesmoassim, pode-se dizer que a fé ''nos é imputada para justiça'' pois e1a é a/tinica condiçâo da nossa aceitaçâo. Devemos observar aqui que o perdâo, onào imputar do pecado e o imputar da justiça significam a mesma coisa.

10. Ntk'o np regime da a'rcTfncïslo - Nâo depois de se circuncidar, porque ele foijustificado antes de nascer Ismael (Gn 15), mas sö foi circuncidado quandolsmael tinha 13 anos (Gn 17.25).

11. E - Depois de ser justificado. Ele recebetl p sinal da circffncïsflp - Circunci-slo, que foi um sinal ou marca de que participava de um pacto com Deus.Como sek - Uma prova, da parte de Deus, de que e1e o tirtha como justo,por ter crido, antes de ser circuncidado, Os que crtkttl, urf incirctlncisàb. lstoé, embora nào circuncidados.

12. E )7rfi' da cl'rcrf/icisflp - Dos que sào circuncisos e crêem, como o fez Abraio.Aos que nJo crêem, Abraâo nào t pai, nem sào eles semente dele.

13. -4 promessa de ser àcrt-kz'rp #t? ???1ç?1J(? - f: a mesma coisa que ser ''o pai detodas as naçöes'', rRm. 4.17,181 a saber, pai daqueles em todas as naçöes

36 N om s Expl-lcv lm s

Page 39: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

14. Porque, se os herdeiros fossem os da lei, a fé ficaria nula e apromessa sem efeito.

15. porque a 1ei suscita a ira; m as onde nâo hâ lei, também nàohé transgressio.

16. Essa é a razâo por que provém da fé, para que seja segundo agraçaz a fim de que seja firme a promessa, para toda a des-cendência, nào som ente ao que estâ no regime da lei, mastam bém ao que é da fé que teve Abraâo, o qual é o pai detodos nös,

17. com o estâ escrito: Por pai de muitas naçöes te constituf, pe-rante Deus em quem creu, o qual vivifica os m ortos e cham aà existência as coisas que existem . (Gn 17.5)

que recebem a bênçào. O mundo todo é prometido a e1e e a eles, conjunta-mente. Cristo é o herdeiro do mundo e de todas as coisas; e também o sàotoda a semente de Abraâo, todos que crêem nele com a fé de Abraào.

14. Porque sc ps berjei'vs fpssa/; apenas ps tia kl' - Aqueles que guardaram toda alei. Ajtfhca ?ln/fl, obtendo-se dela nenhuma bênçlo e assim a prtl/ucss;î Ificalsem ejeito.

15. Porque a lei - Considerada à parte daquela graça, a qual, embora na reali-dade estivesse misturada com a lei, nào faz parte da dispensaçào legal, Ialeil é tâo diffcil, e nös tào fracos e pecaminosos, que, em vez de nos trazerbênçào, ela sö suscita a frfl; torna-se para nös uma ocasiâo de ira e nos expöeà puniçào como transgressores. Mfls onâe nJp ll# lei em vigor, nlp pode ha-ver transgresstlo dela.

16. Essa ? a ?'lzlt? p0r qtle a bênçâo provénl #f7.#, para que seja sctçnnrfp a grf7fl -

Que ficou evidente que flui do livre amor de Deus e f?/'/l; âe que se//-frvlc aprotllessa. Certa e eficaz, para toda a jescendêtlcia espiritual de z4!?r;fJ(?19; nâosö aos judeus, mas também aos gentios, se seguem a sua fé.

17. Perante Dclks - Embora diante dos homens nada disso era evidente, estan-do tais naçôes ainda por nascer. O qaal T/l':?l

.'#cfl t?s mortos - Os mortos nàosâo mortos diante dele; e mesmo as coisas que nâo existem estào peranteDeus. E c/yfllrzf7 ti cxïsàJkck as coisas f/lkc nàb cxïsrc??/ - Convocando-os a selevantarem à existência e a comparecerem perante ele.Asemente de Abraào

19 ''De Abraào'' nào consta do texto, nem da KJV e nem da versào do pröprioWesley - mas é evidente que a descendência é de Abraào.

ItoM ykNcns 37

Page 40: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

18. Ele, contra toda a esperança, creu na esperança, a fim de vira ser pai de muitas naçöes, segundo 1he fora dito: assim serâa tua descendência. (Gn 15.5)

19. E nâo estando fraco na fé, e1e nâo levou em conta o seu prö-prio corpo amortecido, tendo e1e jâ cem anos, nem o ventresem vida de Sara,

20. nâo duvidou da prom essa de Deus, por incredulidade; m as,pela fé, se fortaleceu, dando glöria a Deus,

21. estando plenam ente convicto de que e1e era poderoso paracum prir o que prom etera.

22. Pelo que isso 1he foi imputado para justka.23. Ora, nâo foi escrito somente por causa dele (a frasel ''isso 1he

foi imputado''f

24. m as tam bém por nossa causa, posto que a nös igualm entenos serâ im putado, a saber, a nös se crermos naquele queressuscitou dentre os mortos a Jesus nosso Senhor,

ainda inexistia; no entanto, Deus disse: ''assim seré a ttla descendência'' Iv.181. O ser humano pode dizer ao seu servo realmente existente. ''Faça isto''e ele o faz: mas Deus diz à luz, enquanto nâo existe: ''Vem para fora'' Iapa-reçal e e1a vem r2Co 4.61.

18-21. O apöstolo mostra o poder e a excelência daquela fé à qual e1e atribui ajustificaçâo. O qual contra a esperança - Contra toda a probabilidade, creu eesperou na promessa. A mesma coisa é apreendida tanto pela fé como pelaesperança. Pela ft, como algo que Deus falou; pela esperança, como umaboa coisa que Deus nos prometeu. Assim serd a lrff7 descendência - Tantonattlral quanto espiritual, uma multidâo como as estrelas dos céus. (At 1.10,etc.l

20. Dando a Deus a glöria da sua verdade e poder.

23. NJp sotnente por causa rkk - Para prestar homenagem pessoal a ele.

24. MJ5 tanlbém por upssc caasa - Para nos orientar na busca da justificaçâopela fé, e nJo pelas obras; e também para proporcionar uma resposta ca-bal aos que dizem: ''Ser justificado pelas obras implica apenas aceitar ojudafsmo, ou serjustificad yo e1a fé significa abraçar o cristianismo, isto é,

E certo que Abraâo nào poderia, nessa acepçâoseu o sistema de doutrinas.do termo, ser justificado nem pela fé e nem pelas obras; e L igualmente

3 8 N OTAS Expt-lcA-rlvAs

Page 41: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

25. o qual foi entregue por causa das nossas transgressöes, eressuscitou para nossa justificaçào.

certo que Davi (interpretando as palavras desta maneira) foi justificadopelas obras e nâo pela fé. (Naquelel que resstiscitoti dos mortos a Jestis -Como o fizeram, de certo sentido, tanto Abraâo como Sara. Se crcp/ps va-quele çnc ressuscitou a Jesus - Deus pai, entso, é o verdadeiro objeto da féjustificadora. Deve ser observado que Paulo aqui toma a parte pelo todo.E ele menciona aquela parte, com respeito a Abraâo, que naturalmenteafetaria mais os judeus.

25. O qual joi entregtie à morte. Por causa das nossas transgressôes - Comopropiciaçâo por eles. E ressuscitou para ?lossfljuslifjccftib - Para nos capaci-tar a receber a propiciaçâo pela fé.

RoMANos 39

Page 42: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

5 5

1. Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, pormeio de nosso Senhor Jesus Cristo;

2. por interm édio de quem obtivemos igualmente acesso, pelafé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos regozijamos naesperalx a da glöria de Deus.

3. E nâo som ente isto, mas também nos gloriam os nas pröpriastribulaçöes sabendo que a tribulaçâo produz a paciência;

4. e a paciência, experiência; e a experiência, esperança,5. E a esperança nâo decepciona, porque o amor de Deus é der-ram ado em nossos coraçôes pelo Espfrito Santo, que nos foioutorgado.

Y N otas

1. Jtlstkhctuios, pois, F?ltrfïz'Jlll(? a f? -- Esta tb a st-lmula dos capftulos anteriores.Ft'???ps Jlaz cp//? Delis - Nâo mais sendo inimigos de Deus Iv. 10J e nem maistemendo a sua ira (v. 91. Temos paz, esperança, amor e podt?r sobre o peca-doz o que constitui a substância dos capftulos 5, 6, 7 e 8. Eis os frtltos da féjtlstificadora; onde eles nJo se encontram, essa fé n;o existe.

2. IAcessol ;? esta grllI? - Este estado de favor.3. FrI???l???l7 llos àr/prlkp/zps llas prlqprias frfllifkftltas - As quais, longe de as enca-rar como sinal da desaprovaçâo de Deus, nös as recebemos como evidênci-as do seu amor paterno, pelas quais somos preparados para uma felicida-de mais elevada. Osjudeus arrazoavam que o fato da perseguiçào dos cris-tàos era incoerente com Ia situaçàol do povo do Messias. f), portanto, alta-mente apropriado que o apöstolo mencione mui freqiientemente as bên-çàos que surgem da perseguiçào.

4. E pf?fil'?llty2 opera mais experihlcitl da atltenticidade da nossa graça, e dopoder e da fidelidade de Deus.

5. Ora, J esperavça l1Jp conhndc - Pelo contrlrio, e1a nos proporciona o maissublime motivo de nos glorificar. Pois nos gloriamos nesta esperança, por-qlle p f7??;t)r de Dells ? (lerralltado c/p! ntassps coraqôes - A divina convicçâo doamor de Detls para conosco, bem como aquele amor a Deus que é tanto openhor como o começo do céu. Pcl() E's)?l-rl'l(? Sallto - A causa eficiente detodas essas bênçàos do presente e o penhor das do futttro.

40 N OTAS Exrl-lcyw fvzxs

Page 43: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

6. Porque Cristo, quando nös ainda éram os fracos, m orreu nahora certa pelos fmpios.

7. Dificilmente alguém morreria por um justo; ora, por um ho-m em bom talvez alguém ouse m orrer.

8. M as Deus recomendazo o seu pröprio amor para conosco, Pelofato de ter Cristo morrido por nös, sendo nös ainda pecadores.

9. Logo, muito mais agora, sendo J'ustificados pelo seu sangue,serem os por ele salvos da ira.

6. Como podemos duvidar do amor de Deus? Pllrqlle J/J/J//JO ?IJ5 fïl'/lJ/l ?rl??!l05

jracos - (Fracos demais) para pensar, querer ou praticar o bem. Na Flprrlaprr;k - Nem cedo, nem tarde; mas exatamente no ponto do tempo que asabedoria de Deus sabia ser mais adequado do que qualquer outro. Cristoll7prrcik pc/ps lbllpios - Nâo apenas para estabelecer para eles um modelo enem somente para lhes proporcionar a capacidade de imitl-lo. N ào L evi-dente que a expressào ''morrer por alguém'' tenha outra significaçào doque a de salvar a vida de uma outra pessoa por dar a nossa pröpria.

7. Llmjusto --Alguém que db a todos a sua porçâo devida. O bom - Alguémeminentemente santo; cheio de amor, de compaixào, bondade, mansidào ede toda a disposiçâo celestial e ambvel. Talvez - algllêll - ouse - hntarrt?r.Cada palavra aumenta a singularidade do fato e declara ser mesmo isto Ioentregar-se por um ser humano em) algo grande e incomum.

8. MJs Detls rt?tipll/clllfI - Uma expresszo elegantfssima: costuma-se recomen-dar alguém a nös, antes desconhecidos pornös ou afastado de nös. Selllk ?,(jsatblcla pccflffprcs - Estlvamos tJo longe de sermos l/plls que nem jllstos éra-m OS.

9. Pclo stalf savglle - Pelo seu derramamento de sangue. .$t'rt'??70s /70/, talt, sJ/:?n;da ira, a saber, de todos os efeitos da ira de Deus. Haverl entâo ira emDetls? Nào é a ira uma emoçâo humana? E como pode este sentimentohumano estar em Deus? Podemos responder a isto por uma outra pergunta:NJo é o amor um sentimento humano? E como pode este sentimento huma-no estar em Deus? Mas, para responder diretamente: a ira no homem e, as-sim, o amor no homem, é uma paixâo humana. Mas a ira em Deus nào é umapaixào htlmana; e nem o amor, como este estâ em Deus. Portanto os escrito-res inspirados atribuem os dois a Deus apenas em um sentido analögico.

20 W esley, talvez influenciado pelo KJV, usa ''recomenda'' aqui. Comumentenas versöes se encontra ''prova'' ''mostra'' ''demonstra'' etc.1 l 1

ROMANOS 41

Page 44: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

10. Porque se nös, quando inim igos, fom os reconciliados comDeus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando jâreconciliados, serem os salvos pela sua vida;

11. e nâo isto apenas, m as também nos gloriam os em Deus pornosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem acaba-m os agora de receber a reconciliaçâo.

12. Portanto, assim como por um homem entrou o pecado nom undo, e pelo pecado a morte, assim também a m orte pas-sou a todos os homens, porque todos pecaram .

10. Se - Tâo certo como; é isto que a palavra geralmente significa, espe-cialmente aqui e no capftulo oito. Seremos salvos - Santificados e glori-ficados. Pela sua vida - Aquele que vive para sempre para intercederpor nös jHb 7.251.

11. E nJ0 isto apenas, mas também nos gloriamos - O trecho todo, do v. 3 ao13, pode ser entendido assim: Nös nâo apenas ''nos regozijamos na es-perança da glöria de Deus'', (v. 2) mas também em meio a tribulaçöes nosgloriamos nn prôprio Deus por nosso Senhpr, Jesus Cristo, por intermédio deuem acabamos agora de receber a rf'ctlric/'/illl(?.q

12. Portanto - lsto se refere a todo o discurso anterior, do qual o apöstolodeduz o que segue. Portanto, ele nâo faz, propriamente, uma digressào,mas volta a falar sobre o pecado e a justiça. Assim como rpr um homem.Adâo, que é mencionado como sendo o representante da humanidade,e nâo Eva. Entrou o pecado no mundo - O pecado propriamente dito esua conseqiiência, uma natureza pecaminosa. E morto - Com tudo quea acompanha. Ela entrou no mundo quando veio à existência; porque elenâo existira antes. Pelo pecado - Conclui-se que e1a nào poderia ter exis-tido antes. Assim também - A saber, por um homem. Porque assim a pa-lavra é usada também em 2 Corfntios 5.421. Ttdps pecaram - Em Adào.Estas palavras indicam a razâo por que a morte veio sobre todos os àp-mens; os pröprios infantes nâo estâo excetuados, porque todos pecaram.

21 A expressâo em inglês é in that. Esta expressâo nâo aparece nem na KJVnem nas Nolas, em zcorfntios 5.4. Wesley esté se referindo, sem dtivida,ao grego, onde encontramos L't?' (,1) nos dois versos. Wesley raramenteapela para o grego nas Nolas.

4 2 N o-rAs Exrat-lcA-rlvAs

Page 45: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

13. Porque até ao regime da 1ei havia pecado no m undo, m aso pecado nâo é im putado quando nâo hâ lei.

14. Entretanto reinou a m orte desde Adâo até M oisés, m es-m o sobre aqueles que nâo pecaram à sem elhança da trans-gressâo de Adâo, o qual é a figura daquele que havia devir.

13. Porque Jà? ao regime de lei havia pecado no mundo - Todos, digo eu, haviampecado, ïorque o pecado estava no mundo muito tempo antes de existir a leiescrita; mas, admito, 0 pecado ?1JP J tanto levado em conta, nem punido tâoseveramente quanâo rl& JIJ Iei escrita, para convencer os homens dele. Noentanto, que todos haviam pecado, mesmo nessa era, fica evidente nofato de que todos morrem.

11. lleinou a morte - E como é vasto o seu reino. Dificilmente podemosolhar um rei com tantos stiditos quantos sâo os reis a quem e1a ven-ceu. Mesmo sobre aqueles que nlo pecaram ft semelbança da transgressnode zAfïfTtl. Mesmo sobre infantes que nunca pecaram, como o fez Adâo,na sua pröpria pessoa; e sobre outros os quais nâo haviam, como ele,pecado contra qualquer lei expressa. O qual prejigura aquele que haviade vir. Cada um é uma pessoa ptiblica e cabeça federativa da humani-dade. O primeiro foi a fonte do pecado e da morte à humanidadepela sua ofensa; o segundo (foi a fontel da justiça e da vida pelo seudom gratuito. Até aqui o apöstolo mostra a semelhança entre o pri-meiro e o segundo Adâo; depois, mostra as diferenças entre eles. Asemelhança pode ser assim resumida: assim como por um sö homemo pecado entrou no mundo e pelo pecado a morte, assim por um ho-mem a justiça entrou no mundo, e pela justiça, a vida. Como a mortepassou sobre toda a humanidade porque todos pecaram, assim a vidapassou sobre todos (os quais estâo no segundo Adâo pela fé) porquetodos estâo justificados. E como a morte reinou pelo pecado do pri-meiro Adâo mesmo sobre aqueles que nJO pecaram âl semelbança da frcrls-gressâb de -4ilJ(?, assim, pela justiça de Cristo, mesmo os que nâo obe-deceram, à semelhança da obediência dele, reinarâo na vida. Deve-mos acrescentar: como o pecado de Adâo, sem os pecados que come-temos depois, trouxe a morte, assim a justiça de Cristo, sem as boasobras que depois praticamos, nos traz a vida, embora toda a boa obra,como toda a mâ obra, mereceré sua devida recompensa.

RoMANos 43

Page 46: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

15. Todavia, nào é assim o dom gratuito com o a ofensa; porquese pela ofensa de um sö, morreram muitos, muito m ais a graçade Deus, e o dom pela graça de um sö homem, Jesus Cristo,foi abundante sobre muitos.

16. E nâo como a perda por um (sö) que pecou, assim é o dom:porque o julgamento foi por causa de uma ofensa, para acondenaçào, m as a graça transcorre de muitas ofensas, paraa justificaçâo.

17. Se pela ofensa de um, e por m eio de um sö, reinou a m orte,muito m ais os que recebem a abundância da graça e o domda justiça, reinarâo em vida por meio de um sö, a saber,Jesus Cristo.

18. Pois assim com o por um a sö ofensa veio a sentença de m ortesobre todos os hom ens para a condenaçâo, assim tam bémpor um sö ato de justiça veio o dom gratuito sobre todos oslnomens para a justificaçlo que dâ vida.

15. Todavia, ?7J() - Paulo agora passa a descrever a diferença entre Adào eCristo, de um modo mais direto e eypresso do que descreve a semelhançaentre eles. Ora, a queda e o dom gratuito diferem: (1) Na amplitude (v.15). (2) Aquele do qual proveio o pecado e do qtlal o dom gratuito veio(chamado também ''do dom da justiça'' :5.171 difere em poder (v. 16). (3)A razâo dos dois é conexa (v. 17). (4) Estabelecida essa premissa, a ofensae o dom gratuito sâo comparados, no que tange ao seu efeito (v. 18) equanto à sua causa (v. 19).

16. O jtllgametltojoi por causa de lf/nrk sl ojensa para a ct?nlc/krfll() de Adâo, provo-cando a sentença de morte a ser cumprida sobre ele, a qual, conseqiiente-mente, apoderou-se de sua posteridade. Mas a grI7ll transcorre Jt? 'vuitas p#n-srls, para fljrfsflj'' caçtïo - A saber, para a consectlçâo dela para toda a humani-dade, apesar das muitas ofensas.

17. Existe uma diferença entre graça e o dom. A graça é o oposto da ojcllsa; o;ft?,,7 é o oposto da morte, sendo o dom da vida.

18. -4 jlkstqhcaq-tkb tylfc (ï# vLla - f! aquela sentença de Deus pela qual o pecador,condenado 2, morte, th julgado (dignol de vida.

4 4 N o-r'als Exlat-lcA-rlvAs

Page 47: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

19. Porque, como pela desobediência de um sö hom em muitos secortstitufram em pecadores, assim também por meio da obe-diência de um sö muitos constituir-se-lo em justos.

20. lnterveio a 1ei para que avultasse a ofensa; mas onde abun-dou o pecado, superabundou a graça;

21. A fim de que, como o pecado reinou pela m orte, assim tam -bém reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, median-te Jesus Cristo nosso Senhor.

19. Porque, ('tllu(? pela lt?spllt'lz'&lab de N/AI s/ botnem, hnr/ïlps (isto L, todos) sc lpr-narat't pecadores - Estando entâo nos rins22 do seu primeiro Pai, O cabeçacomum e representante de todos eles, assim também por ??;ck tia ()lv;'/,'??1ck(le If/rl s/, pela sua obediência até à morte, pelo seu morrer por nös, ??71f,'lt?s(todos os que crêem) sc rtlr?lf7rrib jJfsrps - Justificados, perdoados.

20, Interveio a lei - lsto L, pôs-se entre a ofensa e o dom gratuito. Para r/nt? scavtiltasse a p/('/ys;7 - A saber, a conseqtiência (embora nâo a intençào) davinda da lei foi, nâo a remoçzo do pecado, senâo o seu aumento. M fls pnffcJl?lf/llpn p pecado srkpézrf7lllf nlplf a qyrfTf/l - Nâo sö na remissào do pecadoque Adào trouxe sobre nös, mas também de todo o nosso préprio pecado;nào sö na remissào dos pecados, m as também a infusâo da santidade;nâo sö na libertaçâo da morte, como também na admissâo à vida eterna,um a vida muito mais nobre e excelente do que aquela que perdemos pelaqueda de Adào.

21. Como t? pecado rcl'npn - Assim também reinou a graça, a qual nào podiareinar antes da queda, antes que os homens tivessem pecado. Pela y'Nt;ll'(f?para a vitia clcrnfl vlclliante Jeslls Crl'sàp, nosso .%/p/l(?r - Aqui a fonte de todasas nossas bênçâos é indicada: a rica e livre graça de Deus. z4 causa mtrr7'à/ri'r?e nfi't) qtlaisquer obras de justiça do ser humano mas somente os méritos denosso Senhor Jesus Cristo, o efeito ou fim de tudo isso; nâo apenas perdâo,mas vida; vida divina, que conduz à glôria.

22 ''Loins'' em inglês, ou seja, örgàos reprodutores'. cf. Hb. 7. 1O, Blblia deJerusalém

R oMyklxlcos 45

Page 48: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

R 5 6

1. Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para queseja a graça mais abundante?

2. De m odo nenhum z3. Com o viveremos ainda no Pecado, nösos que estamos m ortos para o pecado?

3. Ou, porventura, ignorais que todos os que fom os batizadosem Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?

4. Fom os, pois, sepultados com ele na m orte pelo batism o;para que, com o Cristo foi ressuscitado dentre os m ortospela glöria do Pai, assim também andem os nös em novi-dade de vida.

# Notas

1. O apöstolo aqui se firma, para mais amplamente das conseqiiênciassugeridas acima, (ltm 3.7-8) derivar mais amplamente sua doutrina (dajustificaçlo pela fé). Naquele lugar ele apenas o havia negado e renuncia-do, mas agora e1e remove o pröprio fundamento dessas sugestöes.

2. Mortos para o pecado. Livres tanto da sua culpa como de seu poder.

3. Todcs (?s quefomos batizadcs em Crfslo Jesus,fomos sclfzflffos 'rlc slfc morle- No batismo somos, pela fé, imputados em Cristo e recebemos novavida espiritual desta nova raiz, pelo seu Espfrito, o qual nos dâ formasemelhante à dele e particularmente no que concerne à sua morte eressurreiçâo.

4. Fomos s/if/lflkt?s com ele - Uma alusâo à forma antiga do batismo, pelaimersâo. Para que, como Cristojoi ressuscitado pela gléria - O poder glo-rioso. Ao Pai, cssfm ffllnlk?'ll ntjs (pelo mesmo poder) possamos ressusci-tar; e, como ele, viver uma nova vida no céu. Assim também andamos >l/sem novidade de 7J;'#c. Tudo isso, estâ dizendo o apöstolo, o nosso pröpriobatismo significa para nös.

23WesIey traduz Iiteralmente ('Que Deus o profba''). O significado é: $<Demodo alguml'' ou r e modo nenhuml''

4 6 N o-rxs ExratlcA-lqvAs

Page 49: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

5. Porque se fomos plantados juntos com ele na semelhança dasua m orte, certamente o serem os tam bém na semelhança dasua ressurreiçâo;

6. sabendo isto, que foi crucificado com e1e o nosso velho ho-mem, para que o corpo do pecado seja destrufdo, e nâo maissirvam os o pecado com o escravos;

7. porque aquele que estâ m orto estâ livre do pecado.

8. Ora, se jé morremos com Cristo, cremos que também comele viverem os;

9. sabedores que havendo Cristo ressuscitado dentre os m or-tos, jâ nâo morre: a morte jâ nâo tem domfnio sobre ele.

10. Pois, pelo fato de ter m orrido, de um a vez para sem pre m or-reu para o pecado; m as pelo fato que e1e vive, e1e vive paraDeus.

5. Porque - Sem dflvida, estas duas coisas devem ir juntas, de modo que, senös nos tornarmos como ele na sua morte, conheceremos o poder da suaressurreiçâoz4

6. Nosso velho homem - Tào antigo como o nosso ser e tâo velho como a que-da; nossa natureza mâ; uma forte e linda expressâo da depravaçâo dacorrupçâo total, a qual, por natureza, se alastra pela pessoa inteira, semdeixar qualquerparte isenta de infecçâo. Esta (nattlrezal, no crente, foi cru-cthcado ctl?'rl Cristo, mortificada, gradativamente morta, por causa da nossauniâo com ele. Que t? cot'po ;It? pecado (todas as inclinaçöes, palavras e açöes,as quais sâo os ''membros'' do ''velho homem'' - Cl. 3.5) seja destrul-do.

7. Porque aquele que cstff morto com Cristo estd livre da culpa do pecado passado edo poder do pecado presente, assim como o estâo os mortos das ordens dosseus antigos senhores.

8. Morremos cprrl Cristo - Tornados semelhantes à sua morte, por termosmorrido para o pecado.

10. (Elel rrlt?n'c?z para 0 pecado - Para fazer expiaçâo pelo pecado e aboli-lo. EIevive para Deus - Uma vida gloriosa e eterna, tal qual nös também vivere-m OS.

24 (Cf. Fp 3.101 A valorizaçâo do martirio na Igreja antiga esté muito Iigada aesse conceito de que a plena imitaçâo de Cristo inclui também morrer pelafé como Cristo morreu.

R oM ANos 47

Page 50: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

11. Assim também vös considerai-vos mortos para o pecado, m asvivos para Deus em Jesus Cristo.

12. Nâo reine, portanto, o pecado em vosso corpo m ortal, de m a-neira que obedeçais às suas paixôes;

13. nem ofereçais cada um os m em bros do seu corpo ao pecadocom o instrumentos de irtiqûidade; m as oferecei-vos a Deuscom o ressurretos dentre os m ortos, e os vossos m embros aDeus como instrumentos de justiça.

14. Porque o pecado nào terâ dom fnio sobre vös; pois nâo estaisdebaixo da lei, e, sim , da graça.

15. E daf? H avem os de pecar porque nào estam os debaixo dalei, e, sim, da graça? De modo nenhum .

16. N âo sabeis que daquele a quem vos ofereceis com o servospara obediência desse m esmo a quem obedeceis sois servos,seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justka?

17. M as graças a Deus porque, outrora escravos do pecado, con-tudo viestes a obedecer de coraçâo à form a de doutrina aque fostes entregues;

12. Ntïo reine t? pecado nem mesmo em nosso ctlr/?p mortal - O qual tem que sersujeito à morte, mas nâo precisa ser sttjeito ao pecado.

13. Nem pjcrclrf/'s cada if??/ os pncptàrps ao pccflr/p - Isto é, à natureza corrompida,- ' um mero tirano. M as p

-fcrcccf-tlt?s tl Dells - O vosso legftimo Rei.14. O pecado nti't? fcr;f ltl/nlki'p sobre T//s - Ele nâo tem nem o direito e nem opoder para tanto. Pois ?7Jp estais debaixo rk 1ci - Uma dispensaçâo de terrore escravidào, que apenas revela o pecado, sem dar poder para vencê-lo. E,sï/u, da grflfrl - Sob a dispensaçlo misericordiosa do evangelho, o qual trazplena vitéria sobre o pecado a todos que estào sob a poderosa influência doEspfrito de Cristo.

17. ljortna de dotltrina f7 quejostes entregtles - Literalmente, seria (? 'nolde c7n quefostes derratvados. lsto nâo sö contém uma linda alusâo como tambtm umaadm oestaçào muito instrutiva; sugere que nossa mente, toda malebvel edétil, deve conformar-se com os preceitos do evangelho, como os metaisfundidos tomam a forma do molde em que sâo derramados.

4 8 N o-ryvs Exlat-lcA-rlvA s

Page 51: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

18. e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.19. Falo com o hom em, por causa da fraqueza da vossa carne.

Assim com o oferecestes os vossos m em bros para a escravi-dào da im pureza, e da m aldade para a m aldade, assimoferecei agora os vossos membros como servos dejustiça paraa santificaçào.

18. E, ff/rl;l vez libertados Jp pecado - Podemos apreciar o método do apöstoloaté aqui num relance:

Capftulo Verso

1. Escravidào ao pecado 3 9

2. O conhecimento do pecado pela lei; umasensaçào da ira de Deus; morte intensa 3 20

3. A revelaçào da justiça de Deus em Cristopelo Evangelho 3 21

4. O centro de toda a fé, abraçando essa justiça 3 225. Ajustificaçào, na qual Deus perdoa todo

o pecado passado e livremente aceita o pecador 3 24

6. O dom do Espfrito Santo; a consciência do amorda parte de Deus; nessa vida inteira 5 5

7. O livre serviw da justiça 6 12

19. Falo t-pp/p homeln - Assim é necessârio que a Escritura desça à linguagemde homens. Ppr caltsa dafraqtleza JJ npssfl carile - A lentidâo de entendi-mento provém da fraqueza da carne; a saber, da natureza humana. Assimca/no ojerecestes (?S 'ppssps membros rurr/ a cscrrfpïfïlp da i/rlpTfrczfl, e da maldadepara a maldade, Jssfpl ojerecei agora ps ppssps menlbros para servirem Jl justiçapara a sf7?kàz/clllp, -4 maljade (da qual a impureza é uma parte eminente) éaqui vista como o oposto da justiça, e para a phll/rsflfv é o oposto de para asf7nlp/'' icaçlkb. Ajrfsfif;/ aqui L a conformidade com a vontade divina; santi-dade e conformidade com a natureza divina inteira. Observai, os que sàoservos da jlfsfkfy prosseguem à satltidade, mas os que sâo servos da ??7Jf;fJ#cnào vào mais além. Ajustiça é serviço, porque vivemos segundo a vonta-de de uma outra pessoa; mas é liberdade, por causa da nossa inclinaçlopara isto e da nossa alegria em fazê-lo.

R ox4zxNos 49

Page 52: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

20. Porque quando éreis escravos do pecado, estâveis livres emrelaçâo à justiça.

21. Que frtlto tfnheis entâo, daquelas coisas das quais agora estaisenvergonhados?

22. Agora, porém , libertos do pecado, transform ados em servosde Deus, tendes o vosso fruto para a santificaçâo, e por fim avida eterna.

23. Porque a m orte é o salârio do pecado; m as a vida eterna é odom de Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor.

20. Quando éreis escravos ftp pecado, esttiveis Iivres dajustiça - Conforme a razâo,entâo, deveis estar agora livre da injustiça; (deveisl estar tâo constantes ezelosos em servir a Deus como éreis em servir ao diabo.

21. Aquelas coisas - Ele fala delas como estando longe.

23. z! morte- Temporal espiritual e eterno. / o justo saliirio do pecado; mas a vidacfcruf7 é (? dom de Detls. A diferença é notâvel. As mâs obras merecem ogalardJo que recebem; as boas obras nâo merecem. Aquelas exigem salâ-rio; estas aceitam um dom gratuito,

50 N o-rAs Exrat-lcA-rlvAs

Page 53: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

S 7

1. Porventura ignorais, irmâos (pois falo aos que conhecem alei) que a 1ei tem domfrtio sobre um homem enquanto esta (aleil vive?

2. Ora, a m ulher casada estâ ligada pela 1ei ao marido, enquan-to e1e vive; m as se o seu marido estiver m orto, ela fica livreda lei de seu m arido.

3. De sorte que serâ considerada adtiltera se, vivendo ainda om arido, urtir-se com outro hom em ; porém, se m orrer o m ari-do, estarâ livre da lei, e nâo serâ adflltera m esmo se se casarcom outro hom em .

4. Assim , m eus irm âos, tam bém vös m orrestes relativam ente àlei, por meio do corpo de Cristo, para poderes se casar comum outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os m ortos, edeste m odo frutifiquem os para Deus.

# Notas

1. O apöstolo continua a comparaçâo entre o antigo e o presente estado docrente e, ao mesmo tempo, se esforça por desatrelar os crentes judeus dasua afekâo para com a lei mosaica. Falo aos que conbecem a lei - Principal-mente aos judeus. Enquanto - Durante tal perfodo, e nào por mais tempo.Este viverls - A 1ei é aqui tratada por meio de uma figura de linguagem,como uma pessoa, à qual, como a um marido, a vida e a morte sâo atribu-fdas. Mas ele fala sem distilxâo de a lei estar morta para nös, ou nös paraela, embora o sentido seja o mesmo.

2. Desobrigadahca da lei do seu marido - Da lei que lhe dera uma propriedadeparticular nela.

4. Assim, também :?/s - Sois agora tâo livres da lei mosaica como o é um ma-rido cuja esposa estâ morta. Por mek do ctlr,o de Cristo - Oferecido emsacriffcio; isto L (sâo livres), pelos méritos da sua morte, pois a lei expiroujuntamente com ele.

25 A frase traduzida por ''enquanto esta viver'' é, no original, as Iong as itIiveth, uir' sendo palavra neutra. Almeida, com a maioria dos tradutoreshodiernos traz ù'ele''.

RoMxNos 51

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5. Quando estâvamos na carnez nossas propensöes ao pecado,que eram pela lei, de tal form a atuaram em vossos m em brosque elas produziram fruto para a morte.

6. Agora, porém , libertados da lei, estam os m ortos para aquiloa que estâvamos sujeitos, de modo que servimos em novida-de de espfrito e nâo na caducidade da letra.

7. Que diremos pois? Diremos que a 1ei é pecado? De modonenhum . M as eu nâo teria conhecido o pecado, senào porintermédio da lei; pois nâo teria eu conhecido a cobiça, se alei nJo dissera'. N ào cobiçarâs.

5. Quando csfltbf??//t?s ua cflr/:c - Tendo a mente carnal, sendo pessoas natu-rais; antes de crermos em Cristo. Nbssos pecados, que crJh?l pela lei - Aci-dentalm ente provocados ou aguçados por ela. Attlaram cln npssps tJtettl-bros - Espalharam-se por todo o nosso ser 26.

6. Estatttos C/tprlt?s para f'f/uz'l(? a çl/c esttivamos slfjcïlps - Ao nosso antigo mari-do, a lei. De ??:plt? que sc?'t?;'?nps em ?lprlïJf7fV de cspfrilp - Em uma nova eespiritual maneira. E /ZJII va cadtjcidade da Ietra - Nâo duma maneira po-bre, literal e externa, como fazfamos antes.

7. Que Jïrc/lt?s pois? Esta L uma espécie de digressào, que vai até o começo dopröximo capftulo. Aqui o apéstolo, visando mostrar, da forma mais vivazpossfvel, a ineficlcia da lei, muda a pessoa e fala como se fosse a si mesmo,concernente 2t miséria de alguém debaixo da lei. Patllo f az istofreqiientemente, quando nâo estâ realmente falando da sua pröpria pes-soa, mas apenas assumindo um outro carâter (Rm 3.5,. 1Co. 10.30; 4.6). Ocardter que e1e assume aqui é o de um homem, primeiro ignorante da lei,depois debaixo dela, e sincera, mas ineficazmente, se esforçando por servira Deus. Falar dessas coisas de si mesmo, ou de qualquer verdadeiro crente,poderia parecer impröprio ao teor do seu discurso e, na realidade, total-mente contrsrio a ele, bem como ao que estl expressamente declarado (Rm8.2). L a Ici ptat-rllt?? - Pecaminosa em si mesmaz e promotora de pecado. Etl?IJp teria cp/l/lccl'fït? a cpl?I'(J - A saber, o mau desejo. Eu nào o teria conheci-do como pecado; e mais: talvez eu nâo teria col-thecido que tal desejo exis-tisse dentro em mim. Ele nâo ficou aparevte até ser avivado pela proibiçâo.

26 W esley tomou uma certa Iiberdade com o texto para tornar mais clarasua interpretaçào.

52 N om s Expulcv lvAs

Page 55: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

8. M as o pecado, tomando ocasiâo pelo m andam ento, desper-tou em mim toda sorte de desejo; porque sem lei estava mor-to o pecado.

9. Outrora, sem a lei, eu vivia; m as sobrevindo o preceito,reviveu o pecado, e eu morri.

10. E o m andamento que m e fora para a vida, verifiquei que estemesm o se me tornou para a m orte.

11. Porque o pecado, prevalecendo-se do m andam ento, pelomesm o m andam ento me enganou e me m atou.

12. Por conseguinte, a lei é santa; e o m andam ento, santo e'

usto e bom .J

8. M;?s p pecado - Minha corrupçào inata. Ttlprfrfr/ffp ocasigo pelo ?nr??kJ;fr?/cnlp,o qual proibia, mas nào dominava ta1 corrtlpçào, a qual foi sö irritada, edespertava c??T ,,1:n cada vez mais totla a sorte de (iesejo. Porqtle, enquanto euestava sem o conhecimento da lei, p pecado é'slf?nrf morto - Nâo tâo aparen-te, nem tào ativo; e nem tinha eu qualquer percepçâo de qualquer perigodele proveniente.

9. Outrora, sc/Fl a lei, t?// 'pïèk - Sem a rigorosa aplicaçlo dela. Tinha (ou assimpensava eu) muita vida, sabedoria, virtude e força. Mcs quando (? preceito -A saber, a lei, uma parte colocada para o todo; esta expressâo, porém, par-ticularmente sugere sua força compulsiva, a qual restringe, incita, profbe,ameaça. Sobreveio - Na sua acepçâo espiritual, ao meu coraçlo, com o po-der de Deus. Ièevizva t? pecado c f'n morri - Meu pecado congênito pegoufogo e toda a minha virtude e força esmoreceram; entâo eu vi que estavamorto no pecado e passfvel de morte eterna.

10. F p mandanlento qtle ?ncjprfk para t'T'J;? - Sem dlivida, e1e fora originariamen-te proposto por Deus como um grande meio de preservar e aumentar avida espiritual, levando à vida etem a.

11. Mc enganou - Enquanto eu esperava vida da lei, o pecado veio sobre mim,inesperadamente, c matou todas as minhas esperanças.

12, O mandameuto - lsto é, todas as partes da lei. L sflnlp ejasto e 47t?//7 - Surgee participa da natureza santa de Deus; ele L, em todo o sentido, justo e certoem si mesmo; foi planejado unicamente para o bem da humanidade.

IQIAMANOS 53

Page 56: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

13. Acaso o bom se m e tornou em m orte? De m odo nenhum ;pelo contrârio, o pecado, para revelar-se com o pecado, porm eio de um a cousa boa, causou-me a m orte; a fim de quepelo m andam ento se m ostrasse sobrem aneira m aligno.

14. Porque bem sabem os que a lei é espiritual; eu, todavia, soucarnal, vendido à escravidào do pecado.

15. Porque aquilo que faço, eu nâo aprovo: porque nâo praticoo que quero praticar; pelo contrârio, o que detesto é o quepratico.

16. Ora se faço o que nâo quero, consinto com a lei, que é boa.

17. Neste caso, quem faz isto jâ nâo sou eu, mas o pecado quehabita em m im .

18. Porque eu sei que em m im , isto é, na minha carne, nào habitabem nenhum '. pois o querer o bem estâ em m im ; nâo, porém,o efetué-lo.

13. zftcflsp 0 bem se me àornt?lf a causa do mal; até de morte, a qual é o ma1 maior?De modo nenhum. Pelo corlfrffnb, foi o pecado que se tornou morte paramim, pelo fato que causou-tne a tnorte, mesmo ïor ??:e7'p de uma coisa boa - lasaberl pela boa lei. Ahm de que pelo mandamento o pecado se mostrasse sobre-maneira mflll'àrrlp - A conseqiiência é que o pecaâo congênito, assim agindof'uriosamente a despeito do mandamento, sc tnostrou sobretnaneira maligno,sendo sua culpa grandemente agravada.

14. 6// sou carnal - Paulo, tendo comparado a sittlaçào do crente passada à.resente, ou seja ''na carne'' e ''no espfrito'' (v. 6) ao responder a duas ob-P ,jeçöes (t a 1ei pecado? - v. 7; e é a lei morta? - v. 13), passa a demonstrartodo o processo de alguém arrazoando, gel,tendo, se esforçando e esca-pando da condiçào legal para a evangélica. Vendido ft escravidgo do pecado -Completamente escravizado; os escravos, comprados por dinheiro, esta-vam ao inteiro dispor de seu amo.

16, Boa - Este t'lnico adjetivo significa todos os três empregados antes, no v.12 ''santo e justo e bom''

17. Quem jaz i'sàtl jti rlfi'a sou, propriamente falando, eu, mas, pelo contrério, opecado qae babita cpl tnim - Que faz, por assim dizer, uma outra pessoa, queme tiraniza.

18. Na tninlv cf7rnc - A carne aqui significa o ser humano inteiro, como é pornatureza.

54 N om s Expl-lcv lm s

Page 57: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

19. Porque nâo faço o bem que prefiro, m as o m a1 que nâo que-ro, esse faço.

20. Mas, se eu faço o que nâo quero, jâ nâo sou eu quem o faz, e,sim , o pecado que habita em m im .

21. Encontro entâo um a lei, que, quando quero praticar o bem , om al estâ presente comigo.

22. Porque eu m e com prazo na lei de Deus segundo o hom eminterior.

23. Mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando con-tra a 1ei da m inha m ente, m e faz prisioneiro da 1ei do pecadoque estâ nos meus membros.

24. Desventurado homem que sou! Quem me livrarâ do corpodesta m orte?

21. Encontro N??1J Iei - Uma força constrangedora no meu fntimo que emanado preceito da natureza corrupta.

22. Porque eu me comprazo na lei de Deus - lsto é mais do que consinto com (aleil. O dia da libertaçao se aproxima. O Imtnem interior- Chamado de ''men-te'' nos vv. 23 e 25.

23. Mcs vejo nos meus tnembros outra lei - Uma outra força constrangedora nofntimo, a de inclinaçöes mâs e de apetites corporais. Guerreando contra a lcida minha nlente, a qual se deleita na 1ei de Deus (cf. v. 22; S1 1.21 Mc jazprisioneiro - A despeito de toda a minha resistência.

24. Desventurado hotnem que sou - A luta jâ chegou ao auge; e o homem,descobrindo que nâo hâ nele nenhuma ajuda, começa quase desperce-bidamente a orar: Quem tne lirrflrff? Entâo ele procura e busca a liberta-çâo, até quando Deus em Cristo aparece para responder à pergunta. A

palavra que traduzimos por Iivrard implica em força, e, na verdade,sem esta, nâo pode haver libertaçâo. D0 corïo desta morte - Isto é, estecorpo de morte; esta massa de pecado, que conduz à morte eterna eque se apega tâo internamente a mim, como ao meu corpo - o meucorpo, a minha alma.

RoMykNos 55

Page 58: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

25. Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneiraque eu, de m im m esm o, com m inham ente, sou escravo dalei de Deus; m as, com a m inha carne, sirvo a lei do peca-do.

25. Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senbor. A Saber, Deus me libertarl porintermédio de Cristo. Mas o aptstolo, como costuma freqflentemente fa-zer, entretece sua declaraçào com açâo de graças; o hino de louvorcorresponde, de certa forma, à voz da tristeza: ''Desventurado homem quesou''. De ??7lrla'r;? que - Aqui ele resume o tode e conclui o que comewu nov. 7. Eu, de y?kirrl mestno - Ou melhor, aquele tlr?l cujo carâter estou encenan-do, até ser efetivada a libertaçâo. Cotn a mcrllc $ou escravo da lei de Deus - Aminha razâo e a minha consciência apöiam a Deus. Mas, sctçlfnlp a carne, alei do pecado - Mas minhas corrompidas paixöes e apetites ainda se rebe-lam. O homem (que Paulo aqui retratal està agora totalmente exausto dasua servidâo e à beira da libertaçâo.

56 N om s Expl-lcv lm s

Page 59: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

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1. Agora, pois, jâ nenhuma condenaçâo hâ para os que nâo an-dam segundo a carne, m as segundo o Espfrito.

2. Porque a lei do Espfrito da vida em Cristo Jesus me livrou dalei do pecado e da m orte.

3. Porquanto o que fora impossfvel à lei, no que estava fracapela carne, isso fez Deus enviando o seu pröprio Filho emsem elhmxa de carne pecaminosa e com o sacriffcio pelo pe-cado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado.

4. A fim de que a justiça da 1ei se cumprisse em nös que nâoandamos segundo a carne, mas segundo o Espfrito.

5. Os que vivem segundo a carne se preocupam com as coisasda carne; mas os que vivem segundo o Espfrito, com as coi-sas do Espfrito.

# Notas

1. Agora, pois, j# nenbama c()rl#crlJ(Jp à#- Quer por questöes do presente, querdo passado. Agora ele alcança o resgate e a liberdade. O apöstolo aquiretorna ao fio do seu discurso, que fora interrompido no capftulo 7, v, 7.

2. -4 lei do Esplkito - Asaber, o evangelho. A'1: livrou J;I lei rb pecado e JJ morte -lsto é, da dispensaçâo mosaica.

3. Porquanto t) quejora impossl-vel ) lei - De Moisés. No que estavafraca pela cf/nlc- lncapaz de vencer a nossa natureza mâ. Se pudesse vencê-la, nâo teriasido necessério que Deus enviasse beu pr/prib Filbo em semelhança de carnepcclrrlfnpsfp - Nös, com nossa carne, estévamos condenados à morte. M asDeus, enviando seu pröprio Filho, em semelhança daquela came, emborasem pecado, condenou o pecado que estava em nossa carne; decretou que opecado fosse destrufdo, e o crente completamente libertado dele.

1. Ahm de que cjnsfk;l da lei -A santidade que ela exigia, descrita nos vv. 5-11.Se cumprisse a?t nôs que nl'() andamos segundo a carne, ?zlfls segundo t? Esplkito -kNtlsl que somos guiados em todos os nossos pensamentos, palavras e açöes,nào pela natureza corrompida, mas pelo Espfrito de Deus. Daqui em dian-te Paulo descreve primeiramente a condiçâo de crentes e a dos incrédulossomente para ilustrar aquela.

5. Porque os que vivem segundo f? carne - Os que permanecem sob a direçào danatureza corrupta. Preocupam-se com as coisas da carne - Têm seus pen-

R oM ANos 57

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6. Ora, fixar a m ente na carne é m orte, mas fixâ-la no Espfrito évida e paz.

7. Por isso a m ente carnal é inim izade contra Deus, pois nâo estâsujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar.

8. Portanto os que estâo na carne nâo podem agradar a Deus.9. Vös, porém, nâo estais na carne, mas no Espfrito, se de fato o

Espfrito de Deus habita em vös. E se alguém nâo tem o Espf-rito de Cristo, esse ta1 nào é dele.

10. Se, porém , Cristo estâ em vös, o corpo, na verdade, estâ m or-to por causa do pecado, m as o espfrito é vida por causa da'

ustiça.J

samentos e afeiçöes fixas nas coisas que agradam à natureza cornlpta; asaber, em coisas visfveis e temporais; nas coisas terrenas, no prazer (dossentidos e da imaginaçâo), na fama ou na riqueza. MJs (?s que 771'77:7'rl segundo(? Esplkito - Que sâo guiados por ele. Preocupam-se ctnpk as coisas do Esplkito- Pensando e se deleitam em amar as coisas eternas, as coisas que o Espf-rito revela, opera em nös, move-nos e promete nos dar,

6. Porquehxar a p'tléntfc na carne - lsto é, cuidar das coisas da carne. L morte -A marca certa da morte espiritual e o caminho para a morte eterna. MJshxti-la :10 Esplkito - A saber, cuidar das coisas do Espfrito. fr vida - Umamarca certa de vida espiritual e o caminho para a vida eterna. f acompa-nhada da paz - A paz da parte de Deus, a qual é o antegosto da vida eter-na; e paz com Deus, oposta à inimizade mencionada no verso seguinte.

7. Da l'rll'hnlkf?t'k contra Deus - Contra sua inexistência, seu poder, sua pro-vidência.

8. Os que cslf'fp na carne - Debaixo do domfnio dela.

9. No Esplkito - Debaixo do seu domfnio. Se alguém rlti'p tem t? Esplkito de Cristo -Habitando-o e governando-o. Esse tal HJO é tiele - Ele nâo tj membro de Cris-to, nJo L cristào; nào estâ no estado de salvaçâo. f) uma clara e expressa de-claraçâo, que nào admite exceçào. Quem tem ouvidos, ouça! (Mt 11.15, etc.l

10. .$c, porém, Cristo cslfft'?rf você- Onde estl o Espfrito de Cristo, lJ estâ Cristo.O corpo, na verdade, cslff morto - Jurado à morte. Ppr causa do pecado - Co-metido até o presente momento. MJs o fzs/7l-r/'àt? ? viâa - J5 verdadeiramentevivo. Por causa da jr/slfff7 - Agora alcançada. Desde o v. 13, Paulo, tendoterminado o que começara em Rm 6.1, descreve exclusivamente a condi-çâo dos crentes.

58 N o-r'As Expt-lcyt-rlvAs

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11. Se habita em vös o Espfrito daquele que ressuscitou a Jesusdentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesusdentre os m ortos vivificarâ tam bém os vossos corpos m or-tais, por m eio do seu Espfrito que em vös habita.

12. Portanto, irm âos, nâo som os devedores à carne, obrigados aviver segundo a carne.

13. Porque, se viverdes segundo a carne, m orrereis; m as, se peloEspfrito m ortificardes os feitos da carne, certam ente vivereis.

14. Pois todos os que sâo guiados pelo Espfrito de Deus sào fi-lhos de Deus.

15. Porque nâo recebestes o espfrito de escravidâo para viverdesoutra vez atem orizados, mas recebestes o espfrito de ado-çâo, baseados no qual clam am os: Aba, Pai.

12. N#p somos devedores ) carne - Nâo devemos segui-la.

13. Osjeifos da carne - Nào apenas açöes mâs, mas desejos, inclinaçöes, pensa-mentos. Se mortihcardes - Destnlirdes tais coisas. Vivereis - A vida de fémais abundantemente aqui e a vida de glöria no porvir.

14. Pois todos que sl(? guiados pelo Esp,kito jc Detls - Em todos os caminhos daretidào. Sàb h'Ibos de Deus - Aqui Paulo inicia a descriçào daquelas bên-çâos que ele inclui no escopo da palavra ''glorificou'' (v. 30), embora, naverdade, ele nâo descreva a glöria em estado puro, mas aquela que aindase mistura com a cruz. A carne é a glöria por meio do sofrimento.

15. Porque gvösl - Que sois verdadeiros cristâos. NJn recebestes t? esplkito deescrf7rffïlp - O Espfrito Santo n;o fala propriamente de um espfrito de es-cravidâo, mesmo nos tempos do Antigo Testamento. Havia, porém, algode escravidào que restava mesmo naqueles que haviam recebido o Espfri-to. Outra vez - Como os judeus fizeram antesr.!N/s1 - Todos e cada crente. Clamamos - O termo denota um falar vee-mente, com desejo, confiança, constância lpersistência). -4àIl, Pai - A se-gunda palavra explica a primeira. Ao usar o vocébulo tanto no sirfacocomo no grego, Paulo parece indicar o clamor conjunto de crentes judeuse gregos. O esplkito r/c escravidàb parece neste lugar significar, diretamen-te, aquelas operaçöes do Espfrito Santo, pelas quais a alma, nas suas pri-

27 Em relaçâo ao texto de Rm 8.15 em inglês, este pequeno comentério ficamais compreensfvel', o sentido é: ''nâo recebestes o Espfrito da escravidâopara viverdes outra vez no mundo - como viviam os judeus.''

RoMyvpqos 59

Page 62: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

16. O mesm o Espfrito testifica com o nosso espfrito que som osfilhos de Deus.

17. Ora, se som os filhos, som os também herdeiros, herdeiros deDeus e co-herdeiros com Cristo'. se com e1e sofrerm os, paraque também com ele sejamos glorificados.

18. Porque para mim tertho por certo que os sofrimentos do tem -po presente n;o sâo para com parar com a glöria por vir a serrevelada em nös.

19. A ardente expectativa da criaçâo aguarda a revelaçâo dosfilhos de Deus.

meiras convicçôes, se sente escravizada ao pecado, ao mundo e a Sata-nls, e merecedora da ira de Deus.

10 Espfrito da escravidâo), portanto, e o Esïlkito de JJCSJP sào um e o mes-mo Espfrito, apenas manifestando-se em vlrias operaçôes, segundo as di-ferentes circunstâncias das pessoas.

16. O tvesmo Esptkito testlh kfl com p cpsst? Esptkito - Com o espfrito de cadaverdadeiro crente, por um testemurtho distinto daquele do seu préprio es-pfrito, ou de testemus'tho de uma boa consciência. ICf. 2Co 1.121 Felizes sâoaqueles que fruem deste testemunho, clara e constantemente!

17. Co-herdeiros - para que saibamos que a herança que Deus nos darà é gran-de, pois ele deu uma ta1 herança para o seu Filho. Sc cotn ele sp

-frcrvlt?s -Pronta e alegremente, por causa da justiça. kCf. Mt 5.10) Esta é uma novaproposiçso que se refere àquilo que se segue.

18. Porqtle para /,22*/,1 tenbo por certo - Este verso fornece a razào porque söagora ele menciona sofrimentos e gléria. Quando a glöria for ''revelada emnös'', entào os filhos de Deus também serâo revelados.

19. z't ardente expectativa - A expressào significa uma esperança viva de algoque se aproxima e um veemente anelo por ele. Dc crfrfltib - De todas ascriaturas visfveis, menos os crentes, que sJo mendonados à parte; cada espé-cie gde criatural conforme sua capacidade. Todas elas foram sofredoras porcausa do pecado; e para todas elas (a nâo ser os que sâo impenitentes até ofiml redundarl refrigério da glöria dos filhos de Deus. Pagâos justos nâodevem, de forma alplma, ser exclufdos dessa crrkrlàc cxpcctclftpc; pelo con-trsrio, possivelmente algo dela possa encontrar-se até nos mais intiteis entreos homens; os quais (embora, na pressa da vida, eles tomem a vaidade porliberdade e parcialmente abafem e dissimulem seus gemidos) no entanto,nas suas horas söbrias, quietas, insones e sofridas, derramam muitos suspi-ros nos ouvidos de Deus.

6 0 N o-r/vs Exrat-lcA-rlvAs

Page 63: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

20. Porque a criaçâo foi sujeita à vaidade, nâo voluntariamente,mas por vontade daquele que a sujeitou.

21. Na esperança de que a pröpria criaçâo serâ redim ida do ca-tiveiro da corrupçào, para a gloriosa liberdade dos filhos deDeus.

22. Porque sabem os que toda a criaçâo a um sö tem po geme esuporta angu'stias até agora.

23. E nào som ente ela, m as também nös que temos as prim fciasdo Espfrito, igualm ente gem em os em nosso fntim o, aguar-dando a adoçâo de filhos, a redençâo do nosso corpo.

24. Porque som os salvos pela esperança. Ora, esperança que sevê nâo é esperança; pois o que alguém vê, com o o espera?

20. Porque a criflflp/àl' sujeita fk vaidaâe - Abuso, miséria e corrtlpçào. Ppr rprl-tade daquele que a su#z'lprl - A saber, Deus (Gn 3.17,. 5.29). Adâo apenastornou a criaçào passfvel da sentença que Deus pronunciou; nào, porém,sem esperança (da sua restauraçâo).

21. .4 prôpria crillltl scrfi redimida - A destruiçào nào é redençâo; portanto, oque tj destrufdo, ou que deixa de existir, simplesmente nào L redimido.Serâ, entâo, qualquer parte da criaçâo destnlfda? Para a gloriosa liberdaje -O estado excelente no qual foram criados.

22. Porque toda a crkffy tl ffpl s/ tempo gc/rlc - Com gemidos conjuntos, comose fosse a uma sö voz. E suporta rlngrisrirfs - Literalmente, estii c/r/ dores departo, para ser libertada do peso da maldiçâo. -4à? agora - Até esta pröpriahora e, doravante, até o tempo da libertaçâo.

23. E l;?/nl1???l ??Js que lc//los as lprïmi-cl'cs do Esp/?'2'l(? - A saber gtemosl, o Espfrito,que sào as primfcias da nossa herança. -4 adoçclo - Pessoas, anteriormenteadotadas secretamente entre os romanos eram, com freqiiência, apresenta-das no Förum, e lJ publicamente reconhecidas como filhos por aqueles queashaviam adotado. Assimz na ressurreiçào geral, quando o pröprio corpo forredimido da morte, os filhos de Deus serâo publicamente reconhecidos porele na grande assembléia de homens e anjos. zt redençno de ntlssp cot'po - Dacorrupçâo para a glöria e a mortalidade.

24. Porque sp/nt?s salvos pela csperrfllffy - Nossa salvaçâo agora estâ sö na espe-rança. Nào possufmos ainda esta plena salvaçào.

RoM ykNos 61

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25. M as, se esperarmos o que nào vemos, com paciência o aguar-dam os.

26. Tam bém o Espfrito, sem elhantemente, nos assiste em nossasfraquezas; porque nâo sabem os as coisas pelas quais orarcomo convém, m as o m esm o Espfrito intercede por nös so-brem aneira com gem idos inexprim fveis.

27. E aquele que sonda os coraçôes sabe qual é a m ente do Espf-rito, porque segundo Deus é que e1e intercede pelos santos.

28. Sabem os que todas as coisas cooperam para o bem daquelesque am am a Deus, daqueles que sào cham ados segundo oseu propösito.

26. Tamtém o â'sp-rflp - Nâo, nâo é sö o universo, nem sö os filhos de Deus, m aso pröprio Espfrito de Deus, por assim dizer, geme, enquanto nos assiste c/'nnossasjraquezas. Nosso entendimento é fraco, particularmente no que tangeàs coisas de Deus; nossos desejos sâo fracos; nossas oraçöes sào fracas. Ntïosabetnos muitas vezes cs coisas pdtls qtiais tteocrrlos orar e, muito menos, a orarpor ele como ctmplv'rl, tnas p Esplkito j'nfcrccik por n6s - Em nosso coraçâo,como Cristo o faz no céu. Com getnidos - Cuja matéria vem de nös, mas oEspfrito os forma; e sào, com freqikência, inexprimfveis, mesmo pelos prö-prios fiéis.

27. Mas aquele çfkc sonda os ccrfllics - Onde o Espfrito habita e intercede. Sabe- Embora o ser humano nâo o possa exprimir. Q'Ial J a mente do Espfrifp,porque ele intercede pelos santos - Os quais estso pröximos de Deus. SegandoDcifs - Segundo a sua vontade, como é digno dele e aceitével a ele.

28. Sabemos - De modo geral, embora nem sempre exatamente, pelo que deve-mos orar. Qtle IPJJS I?-S coist;s - Conforto ou dor, pobreza ou riqueza, ou asmilhares de mudalxas de vida. Coaperam para p bem - Forte e suavementepelo bem espiritual e eterno. Daqueles que s#p chamados styunlp o seu prpp/siltl- Seu gracioso desfgnio de salvar um mundo perdido pela morte do seuFilho. Esta é uma nova proposiçào. Paulo, prestes a recapitular toda a bên-çào contida najustificaçâo (chamada de glorificaçào, v. 30), volta primeiro aoproptjsffa ou decisào de Deus, mencionado freqttentemente nos Escritos Sa-grados.Para explicar isto um pouco mais plenamente (quase nas palavras de umeminente escritor): Quando alguém tem perante si uma obra de tempo eimportância, ele péra, consulta, planejaz e tendo estabelecido um plano,resolve ou decide proceder em conformidade com este plano. Tendo obser-vado esse procedimento em nös mesmos, nâo hesitamos em aplicJ-lo tam-bém a Deus, e ele, em deferência a nös, o tem aplicado a si pröprio.As obras de providência e de redençâo sào vastas e maravilhosas; por

6 2 N o-rA.s Exrat-lcykTlvAs

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29. Porquanto aos que de antem ào conheceu, também ospredestinou conforme a im agem de seu Filhoz a fim de queele seja o primogênito entre muitos irmâos.

#

isso, somos capazes de pensar de Deus com o pensando profundamenteou consultando sobre elas e, depois, decidindo agir de acordo com ''oconselho da sua pröpria vontade'', lEf 1.111 como se, hl muito antes daexistência do mundo, ele estivesse planejando a criaçào e seu governo,depois escrevendo seus decretos, tâo irrevogéveis como a lei dos medos edos persas jDn 6.8, 12, 15). Ao passo que tomar tal ''consultar'' e ''decre-tar'' num sentido literal seria tào absurdo com o atribuir um verdadeirocorpo humano e paixöes humanas ao Deus sempre abençoado.Tudo isso nâo passa de uma representaçào popular do seu conhecimentoinfalfvel e sabedoria imutâvel; a saber, e1e faz todas as coisas tào sabiamen-te como um ser humano possa fazê-las, depois da mais profunda consulta,e firmemente segue o método mais adequado como possa fazer alguémque adrede estabeleceu um plano para tanto. Embora, porém, sejam os efei-tos tais que pareçam indicar anterior consulta e decisöes da parte do ho-mem, qual seria a necessidade de consulta, mesmo por um instante, poraquele que enxerga tudo em um tinico relance?Semelhantemente, Deus nâo tem mais necessidade de parar e estabelecerregras para a sua pröpria conduta, desde a eternidade até agora. Ora! Haviaalgum medo de que e1e errasse depois, se e1e nào tivesse antes preparadodecretos, para ordenar o que ele devesse fazer? ()u dirl alguém que Deusera mais sébio antes da criaçào do que depois? Ou teria e1e entào mais tempopara que aproveitasse a oportunidade para pôr seus afazeres em ordem eestabelecer para si regras, das quais e1e nunca variasse? lndubitavelmenteele tem a mesma sabedoria e todas as outras perfeköes hoje que teve emtoda a eternidade e é agora capaz de fazer decretos, ou melhor, e1e nào temmais necessidade delas agora de que antes; seu entendimento é igualmenteclaro e brilhante, e sua sabedoria igualmente infalfvel.

29. x4as que de rfnàemr7tl conbeceu, fJ??1!7JN7 ps ïredestinoa con/àrrrle a i/hlf7gern âe setlFilbo - Neste lugar, o apöstolo declara quem sâo aqueles aos quais e1econheceu de antemâo e predestinou para a glöria; a saber, os que estloconjorme 2, imageïn rb Filbo. Esta (semelhançal é a marca dos que sâo conhe-cidos de antemào e serào glorificados (2Tm 2.19,. Fp 3,10,21) 78.

28 Aversâo de Wesley cedamente valoriza demais a ausência do verbo ''se-rem''; eIe nâo inclui o vocébulo, mas sua versâo, em inglês, parece incom-pleta. EIe cita 2Tm 2.19 e Fp 3,10,21 , em abono, aplicando sua regra deinterpretaçào de passagens diffceis, a saber, ''conferindo coisas espiri-tuais com espirituais'' (1Co 2.13), tentando, a todo custo, eliminar da pas-sagem a predestinaçâo, uma tarefa altamente dificil.

RoMzxNos 63

Page 66: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

30. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos quecham ou, a esses tam bém glorificou.

31. Que diremos, pois, à vista destas cousas? Se Deus é por nös,quem seré contra nös?

32. Aquele que nâo poupou a seu pröprio Filho, antes, por todosnös o entregou, porventura nâo nos darâ graciosam ente come1e todas a coisas?

30. -4 esses - No tempo certo. lEle1 cbamou - Pelo Evangelho e pelo seu Espf-rito. E' aos qtle càn/at?;f - Quando obedientes ao chamado celestial (At 26.19).-4 csscs taJtlbémjustqjicou - Perdoou e aceitou. E aos rjffcjnsl7/' 'cpTf - Se ''con-tinuaram na sua bondade'' (Rm 11.22). -4 esse' fJ/erllpl/r/ ele finalmente glonh 2cpn - Paulo nào afirma aqui, e nem em qualquer outra parte dos seusescritos, que precisamente o mesmo nlimero de pessoas é chamado, justifi-cado e glorificado. Ele nâo nega que um crente possa cair e ser cortadoentre seu chamado especial e sua glorificaçâo (Rm 11.22). Nem nega quemuitos sJo chamados e nunca sâo justificados. Ele sö afirma que este é ométodo pelo qual Deus conduz, passo a passo, para o céu. (EIc1 glorlh' ct/n -Ele fala como quem olha da perspectiva do alvo da corrida da fL, pois, naverdade, a graça, como o princfpio da gléria, é tanto um penhor como umantegozo da glöria eterna.

31. Que Zrarpos, pois, f) vista destas coisas? youe estlol relacionadas aos capftulos3, 5 e 8? é como se ele tivesse dito: ''Nào podemos ir, pensar ou desejar alémdisso''. ,$: Deus ? por rl/s - Aqui seguem quatro perfodos, um geral e tzêsparticulares. Cada um começa com a gléria na graça de Deus, seguido por

. . uma pergunta apropriada, desafiando todos os adversârios. Estotl bem certoetc, (v, 381 é a resposta geral. O perfodo geral é: Sc Deus ? por ntjs, quem serdct//tàrfl ?t/s? O primeiro perfodo pallicular, relacionado ao passado, é aquelcque nlp poltpoll t? seu prtjprb F7'/J7p, porventura HII': nps dardgraciosamente todas ascoisas? O segundo, que se refere ao presente, é: / Detls f/rfan osjustljica. Qltt>?nps trp/ifïcrznrff? O terceiro relacionado ao f'uturo é: L C'rfsrtl quet't ?nprra? - Que'llHps separarii t-/0 amor rk Cristo?

32. Aqltele que - Este perfodo gramatical contém quatro clâusulas: Ele nclo ptln-poll a seu prôprio Fl'!/;p; portanto e1e n0s fïfkrJjrrr7citBclucufc todas as coisas. Elepor todos n/s (? entregou; conseqtientemente, ninguém pode ivtentar r/cifsrffr/pcontra rlds. Craciosa,llente - Porque tudo que vem depois da justificaçào Ltambém um dom gracioso. Todas as coisas - As que sào necesslrias ou ûteispara nös.

64 N om s Expl-lcv lvAs

Page 67: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

33. Quem intentarâ acusaçâo contra os eleitos de Deus? é Deusuem os justifica.Q

34. Quem os condenarâ? é Cristo Jesus quem morreu, ou antes,quem ressuscitou, o qual estâ à direita de Deus, e tam bémintercede por nös.

33. Os eleitos de Deus - O escritor mencionado acima nota que muito antes davinda de Cristo, o mundo pagâo revoltou-se contra o verdadeiro Deus e(seus habitantesl foram, por isso, reprovados ou rejeitados. No entanto, anaçâo dos judeus foi escolhida para ser o povo de Deus e, em vista disso,era chamada ''a prole'' ou ''os filhos de Deus'' (Dt 14.1) '' ovo santo'' (Dt, P7.6; 14.2), ''descendência escolhida'' (Dt 4.37), ''eleitos'' (1s 41.8, 9,' 43.10),'''chamados de Deus'' (Is 48.12). E estes tftulos eram dados a toda a naçàode Israel, incluindo bons e maus. Ora, tendo o evangelho uma ligaçâo muitoestreita com os livros do Antigo Testamento, onde essas frases ocorremcom freqùência, e nosso Senhor e seus apöstolos sendo judeus naturais, ecomeçando a pregar na terra de lsrael, a linguagem em que pregavam na-t'uralmente conteria abundância de frases da naçâo judaica. Destes fatostorna-se flcil entender por que aqueles dentre os judeus que nào queriamreceber a Jesus eram chamados de rtprovaâos (Cf. 2Co 13.5, 6, 71. Pois elesnào mais continuavam a ser o povo jc Deus. Contudo, este e os outros tft'u-loshonrosos continuavam a ser aplicados aosjudeus que abraçavam o cris-tianismo. E as mesmas designaçöes que outrora pertenciam lsöl à naçàojudaica eram agora atribufdas também aos cristâos gentios. Junto com ostftulos, foram investidos de todos os privilégios de ''povo escolhido deDeus'',' e nada poderia separl-los desses privilégios, a nâo ser sua apostasiadeliberada. Nào é evidente que mesmo os bons homens fossemjamais cha-mados de ''eleitos de Deus'' antes de mais de 2.000 anos apös a criaçlo. Foia eleiçtïo ou escolba da naçào de Israel por Deus, e a sua separaçào de todasas outras naçôes, as que estavam afundadas na idolatria e iniqiiidade, queprimeiro deu ocasiào a essa espécie de linguagem . E sendo a separaçào doscristâos dos judeus um evento semelhante, nzo é de se estranhar que ela foidescrita por semelhantes palavras ou frases. A tinica diferença (j que o ter-mo eleito fora antigamente aplicado a todos os membros da lgreja visfvel,mas no Novo Testamento ele p aplicado apenas aos membros da lgmja in-visfvel.

34. On antes, fpifa?l ressuscitou - Nossa fé nàO deve parar com sua morte, masdevia ser exercida também na sua ressurreiçào, reino e segunda vinda. lnter-cede por nts - apresentando lJ gà direita de Deusl sua obediência, setls

ItcnMANos (: 5

Page 68: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

35. Quem nos separarâ do amor de Cristo? Serâ tribulaçâo, ouangtistia, ou perseguiçâo, ou fom e, ou nudez, ou perigo, ouespada?

36. Como estâ escrito'. (S1 44.22) Por amor de ti, somos entreguesà m orte o dia todo, som os considerados com o ovelhas para o

dm ata ouro.

37. Em todas estas cousas, porém, somos m ais que vencedores,por m eio daquele que nos am ou.

38. Porque eu estou bem certo de que nem m orte, nem vida, nemanjos, nem principados, nem cousas do presente, nem doporvir, nem poderes,

39. nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criaturapoderâ separar-nos do amor de Deus, que estâ em Cristo Je-sus, nosso Senhor.

sofrimentos, suas oraçöes, e as nossas oraçöes santificadas por intermédiodele.

35. Qlfepl n0S segflrcrff do fTp?lpr (ie Crfslo para conosco? Serff lriàlflflltj'p, (?lf flnjlrii-tia - Ele procede em ordem, do problema menor ao maior: Pode qualquerum (destes problemasl nos separar da proteçâo do seu amor? E, se e1e acharpor bem, da pröpria salvaçào?

36. O dia IOJII - A saber, diariamente, continuamente. Somos considerados -Pelos nossos inimigos, por nös mesmos.

37. Spl?lps mais çnc vencedores - Nào somente nâo somos perdedores, comolucramos muito com todas essas provaçöes, Este perfodo parece descrevera plena segurança da esperança,

38-39. Estou lzhrl certo - Isto é deduzido do v. 34, numa ordem admirâvel:Iversos 38-391''Nem morte'' (nos separarâ do amorl;''Nem vida'';

''Nem anjos, nem principados, nem poderes, nem coisas do presente e nemdo porvir'' .#''Nem alturas, nem profundidade, nem qualquer outra criatura/'.

gverso 341Porque ''Cristo esté morto'' 'Iporque Cristol ''ressuscitou'''#

6 6 N o-rAs Expf-lcv lm s

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lporque Cristoq ''estl a direita de Deus'';Lporque Cristo) ''faz intercessio por nés''.

Nt',?I tnorte - Por terrfvel que seja para os homens naturais; umamorte violenta em particular (v. 36). Netn L'ifff7 - Com todas as afliçöes eangtistia que a vida possa eventualmente trazer (v. 35),. nem uma vidalonga e confortâvel; nem todos os seres humanos vivos. N:?n a:îjos - Se-jam eles bons (se fosse possfvel que eles tentassem Ital separaçàol), sejammaus com toda sua astlicia e poder. Nc??l principados, 7lc??l poderes - Nemmesmo os da mais alta patente ou o poder mais eminente. Nem coiscs flopresente - Que podem eventualmente nos acontecer durante nossa pere-grinaçào; ou o mundo todo, antes de deixar de existir. Nem coisas do porvir- Que podem ocorrer quando nosso tempo na terra tiver acabado ouquando tiver chegado o fim do pröprio tempo. Nc??: altara, ?T6')n prfundi-daâe - A sentença anterior tratava de diferenças de tempo, esta, de dife-renças de lugares. Quantas grandes e variadas coisas sào contidas nestaspalavras, nào sabemos, nem podemos e nem precisamos saber ainda. -4altara - No sublime estilo de Paulo, isto significa o céu. -4 proju'tdidade -Significa o abismo. lsto é, nem a altura, nào digo dos muros, das monta-nhas, dos mares, mas do pröprio céu, pode nos abalar; nem o pröprioabismo, sendo que o pröprio pensamento dele pode pasmar a mais cora-josa criatura. Nc/n qualquer criatura - Xada abaixo do Todo-poderoso; osinimigos visfveis e1e nem se digna mencionar. Poderd - Quer pela força(v. 35), quer por reclamaçâo legal (vv. 33-34). Separar-nos r/tl anlor de Detlsque cslff em Crïsfn - Este amor seguramente salvar/, protegeré e livrard anös que cremos, em, por e de todas as circunstâncias?g.

29 Wesley, em comum com escritores ingleses do seu tempo, junta diversosversos ou diversas preposiçöes com um objeto comum, um estilo poucousado em português e que, podanto, nos soa estranho.

ROMANOS t: '/'

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5 9

1. Digo a verdade em Cristo, nâo minto, testem unhando com i-go, no Espfrito Santo, a m inha consciência:

2. que tenho grande tristeza e incessante dor no coraçâo;

3. porque eu mesmo desejaria ser anâtema, separado de Cristo,por am or de meus irm los, m eus com patriotas, segundo aCafne.

# Notas

No presente capftulo, Paulo, depois de declarar fortemente seu amore estima pelos seus patrfcios, propöe-se a responder à grande objeçloque faziam; a saber, que a rejeiçâo dos judeus e a recepçâo dos gentioscontrariavam a palavra de Deus. Que aqui nào tinha o menor pensa-mento da eleiçào ou reprovaçâo pessoais é manifesto, (1) porque istoestava totalmente fora da sua intençào, que era mostrar serem a rejeiçàodos judeus e a recepçzo dos gentios coerentes com sua palavra; (2) por-que tal doutrina nJo tenderia a convencer os judeus; antes, tenderiaobviamente, a endurecê-los; (3) porque quando, ao final do capftulo eleresume seu argumento, ele nào diz palavra alguma sobre isto otl sugeresemelhante coisa.

1. En, Crisjp - lsto parece sugerir um apelo a Cristo. No Espfrifa Snnfp - Pelasua graça.

2. Tc??/:t? grande tristeza - Um alto gratl de tristeza e de alegria espirituaispode existir um ao lado do outro (Rm 8,39), Por declarar sua tristeza pe-los judeus incrédulos, os quais se exclufam de todas as bênçios que acabade enumerar, ele mostra que o que agora ia falar nào provinha de qual-quer preconceito contra eles.

3. L'1/ 'nestvo Iïcsc/fkrfr?. Meras palavras humanas sâo incapazes de descreveras emoçöes de almas plenas de Deus. f5 como se tivesse falado: eu pode-ria desejar sofrer em seu lugar; sim, ser o separado de Cristo em seulugar. Nâo se pode dizer em que grau ele desejou isto, a menos quealguém tivesse perguntado ao préprio Paulo e que e1e tivesse dado aresposta. Mas por certo ele nào estava, de forma algumag pensando emsi, mas sö nos outros e na glöria de Deus. Tal coisa n;o podia acontecer;mesmo assim, o desejo era piedoso e sölido; embora sob uma condiçzotiicita, isto se fosse certo e possfvel.

6 8 N o-ryts Exral-lcyk-rlvyvs

Page 71: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

4. Sâo israelitas. Pertence-lhes a adoçào, e também a glöria, asalianças, a legislaçào, o culto a Deus e as prom essas;

5. deles sào os pais e tam bém deles descendem o Cristo, segun-do a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo oSom pre.

6. E nào como se a palavra de Deus tenha falhado, porque nemtodos sào lsrael, os que sào de lsrael.

4. Pertence-llke a rff/pffib, etc. - E1e enumera seis prerrogativas, das quais o pri-meiro par concerne ao Pai, o segundo a Cristo, o terceiro ao Espfrito Santo.-4 adoçtïo, e àfll?ll????2 i; tçltin'fl - lsto L. lsrael e o filho primogênito de Deus e oDeus da glöria e seu Deus (Dt 4,7, Sl 106.20). Estes sào relativos, um aooutro, a uma vez, Deus é o Pai de lsrael, e lsrael o povo de Deus. Paulo nàofala aqui da arca da aliança ou de qtlalquer coisa material. O pröprio Deusé ''a glöria do seu povo lsrael'' gCf. Lc 2.321. a'ts alianças, a lct/s/r/flp - Aaliança foi dada muito antes da lei. f) chamada de alianças, no plural, por-que foi repetida tào freqitentemente e de tantas maneiras, e porque havianela duas disposiçöes (G1 4.24), uma prometendo e a outra exibindo a pro-messa. O culto e as prp//'icssrls - A verdadeira maneira de adorar a Deus etodas as promessas feitas aos antepassados.

5. Xs prerrogativas jl mencionadas, Paulo agora acrescenta mais duas. Delebslt? os l?Jfs - Os patriarcas e homens santos da antiguidade, sim, e o prö-prio Messias. O qual ? sobre lcdps, Detls bendito para todo t? sempre - As pala-vras originais sugerem o ser auto-existente, independente, o qual era, é eserl. Sobre todos - O supremo, como sendo Deus, e conseqiientemente àc?1-âito para àtlkt? n selnpre. Palavra alguma pode expressar mais claramente suadivina, suprema majestade e sua graciosa soberania sobre judeus e genti-OS .

6. J: ur'ft? c()??7p se - Os judeus imaginaram que a Palavra de Deus deveria fa-lhar, se toda a sua naçào nào fosse salva, Paulo refuta este pensamento eprova que a pröpria palavra havia previsto sua apostasia. z4 palavra Je Dcfks- As promessas de Deus a lsrael. Tenba jalbado - Isto nâo poderia ser.Mesmo agora, diz o apöstolo, alpms desfrutam das promessas; e, posteri-ormente ''todo o lsrael serâ salvo'' 114114 11.261. lsto é a essência dos capftu-los 9, 10 e 11. Porqtle - Aqui ele ent'ra nas provas da sua declaraçào. Netntodos ss'ft? Israel, ps qae slp (ie Israel - Os judeus sustentavam o contrârio; asaber, que todos os que nasceram como israelitas, e sö eles, eram povo deDeus. A primeira parte dessa tese é refutada aqui; a kiltima, nos vv, 24 e 25.

I4t)MA.NOs 6 9

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7. Nem por serem sementes de Abraâo sào todos filhos; m as:(Gn 21.12) Em Isaque serâ serâ chamada a tua semente.

8. lsto é, nâo sào os filhos da carne que sào filhos de Deus: masos filhos da prom essa sâo considerados a semente

.

9. Porque esta é a palavra da promessa'. (Gn 18.10) Por esta épocaeu virei e Sara terâ um filho.

10. E nâo é sö isto: m as também Rebeca, ao conceber de um sö,nosso pai lsaque;

A conclusào é que Deus aceita todos os crentes, e sö eles, e que este deforma alguma contraria a sua palavra. Pelo contrlrio, ele tem declarado nasua palavra, tanto por tipos como por testemunhos expressos, que crentessâo aceitos como filhos da promessa/', enquanto incrédulos sâo rejeitados,embora sendo ''filhos da carne'' IRm 9.81. NJa éolos slb fsrflcl - lsto é, nemtodos estâo no favor de Deus que sJp descendentes genealögicos de Israel3o .

7. Nem /)pr serem setnentes fïc Abraàb resultarl que lorbs sâohlbos r!c DcusM -lsto nâo foi o caso nem com toda a famflia de Abraio, e muito menos oseria na casa dos seus descendentes remotos. M ls, disse Deus entào: EmIsaque scrff cbamada a tua fksca:iféna'f7 - A saber, lsaque, nâo lsmael, serbchamado tua semente; a semente para a qual se faz a promessa

.

8. Isto ?, Esteshlbos nJp, etc. f; como se tivesse dito: aqui temos um claro tipodas coisas do porvir; mostrando para nös que em todas as geraçöes f'utu-ras, nâb sl(? oshlhos da carne, os descendentes genealögicos de Abraâo, tnasoshlbos (CJ promessa, aqueles aos quais a promessa tj feita, ou seja, os crentessâb osh'lhos de Deus.

9. Porque esta é a palavra da promessa - Pelo poder pelo qual lsaque foi conce-bido, e nâo pelo poder da nattlreza. gA palavral nào é: Todo aquele quenasce de ti serl abençoado, mas (ele dizl: Poresse fcp7p --oue agora deter-mino. l4'rcz', c Sara fcrff tlnzhlbo, o qual herdarl a bênçâo.

10. E que a bênçio de Deus nâo pertence a todos os descendentes de Abralofica evidente, /7Jp stj por este exemplo, como também quando pelo caso de

30 O comentério de W esley exige a sua pröpria versâo.

31 W esley nâo inclui as palavras s'de Deus'' na sua traduçào. No comentérioeIe as acrescenta, grifadas, como se fosse parte do texto biblico, provavel-mente para deixar evidente a sua interpretaçâo da passagem.

7 0 N OTAS EXPLICATIVAS

Page 73: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

11. e ainda nâo eram os filhos nascidos, nem tinham praticado obem ou o ma1 (para que o propösito de Deus segundo a elei-çâo perm anecesse firm e, nào por obras m as por aquele quechamou),

12. foi-lhe dito, (Gn 25.23) o mais velho serâ servo do mais moço.13. Como estâ escrito'. Amei a Jacö e me aborreci de Esafl.14. Que diremos, pois? Hâ injustiça da parte de Deus? De modo

nerthum .

Esaû e Jacö, sendo que Jacö jb fora escolhido para herdar a bênçâo, antesque qualquer dos dois tivesse praticado o àc/?: alk 0 ,,7/1132 . O apöstolo men-ciona isto para mostrar que nem os antepassados kdos judeusl foram acei-tos por causa de qualquer mérito pröprio. Que o grtTtjsiltl de Deus quanto ?feleiçàb Jvr/rfffrftrctrsse/'r//lc - Sendo esse propösito o de eleger ou escolher asemente prometida. NJp por obras - Nâo por causa de qualquer méritoantecedente da parte daquele a quem Deus escolheu. Mrfs por aqaele ijnct7àrl/zlt?:f - De acordo com a pröpria vontade daquele que chamou para talprivilégio aquele que ele pröprio quis chamar.

12. O mais velbo - Esaû. Seré servo (ïp mais ??îp(t? - Nào na sua pröpria pessoa,pois isto nunca aconteceu, mas na sua posteridade. Assim, os edomitasfreqfientemente foram sujeitos aos israelitas.

13. Como cslff escrito - Com a palavra falada hé tanto tempo em Gênesis, a deMalaquias concorda. Amei a #cJ - Com um amor peculiar; isto é, aosisraelitas, à posteridade. Porém, comparativamente, me aborreci Jc Eslli -lsto é, dos edomitas, a posteridade de Esaû. Mas prestem atençào para: (1)lsto nâo diz respeito à pessoa de Jacö ou Esaft; (2) nem diz respeito ao esta-do eterno, deles pröprios ou da sua descendência. Até aqui o apöstolo vemprovando sua tese; a saber, que a exclusâo de uma grande parte da descen-dência de Abraâo, e mesmo de Isaque das promessas especiais de Deus,longe de ser impossfvel, j/ tinha realmente acontecido, conforme as Escri-turas. Ele agora passa a refutar uma objeçâo.

14. H# injustiça rk parte de Deus ? Deus serâ injusto pelo fato de dar a bênçào aJacö em vez de Esaû? Ou por aceitar crentes e estes tâo-somente? De modonenhum. lsto é bem coerente com a sua justiça, porque ele tem o direito defixar as condiçôes sob as quais ele mostrarâ misericördia, consoante a suadeclaraçâo a Moisés, intercedendo por todo o povo depois de ter praticadoa idolatria com o bezerro de ouro.

32 ''O bem ou o mal'' é citado do v. 11 .

R oM ANos 71

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15. Pois ele diz a M oisés: (Ex 23.19)Terei misericördia de quemm e aprouver ter m isericördia, e com padecer-me-ei de quemm e aprouver ter com paixào.

16. Assim , pois, nJo depende de quem quer, ou de quem corre,m as de Deus que faz misericördia.

17. Além disso, a Escritura diz a Faraö: (Ex 9.18) Para isto mes-m o te levantei, para m ostrar em ti o m eu poder, e para que o

meu nome seja anunciado por toda a terra.

15. Terei ?hll'stm'trtjrllk de f/lftvn me aprouver àcr tzùericôrdia -- Conforme os termosque eu pröprio estabeleci. E colvpatlecer-tnt-ei iïtr quenl ??lc aproltver fer covl-pflfxlp - Asaber, aos que se submetem às minhas condiçöes, que aceitam acompaixâo da maneira que eu determinei.

16. A bênçâo, portanto, ?7Jp depevde rfc qttetv çnén; oti de f/rlan corre - E1a nJoresulta nem da vontade e nem das obras humanas, mas da graça e do po-der de Deus. A vontade do ser humano aqui se opöe à graça de Deus, e oseu correr à operaçâo divina. Também esta declaraçào geral nJo se aplicaapenas a Isaque, a Jacö e aos israelitas no tempo de Moisés, mas também atodos os setls descendentes, até ao fim do mundo,

17. Alb1: disso - Deus tem o direito incontestâvel de rejeitar aqueles que serecusam a aceitar as bênçâos sob as condiçöes dele. E1e exercitou tal direitono caso de Faraö; apös muitos atos de teimosia e rebeliào, Deus disse, comose encontra registrado na Escrittlra: Pcrc f5t0 nlcs?no fc lctlrfrltcf - A saber, anâo ser que tu te arrependas: isto certamente serâ a conseqiiência do fatode ter eu te levantado, fazendo de ti um grande e glorioso monarca, para?npsfrf?r em l7' p meu poder (como realmente aconteceu, por submergir a e1e eao seu exército no mar) e que ?ncu ?ltnnc seja rfnTfncirljp p0r tOJJ fl tcrr;l -Como o é no dia de hoje. Isto pode ter ainda um outro sentido. Parece queDeus estava disposto a mostrar seu poder sobre o rio, os insetos, outrosanimais (bem como as causas de sua saûde, doenças, vida e morte), sobreos n-teteoros, o ar, o sol (os egfpcios adoravam todas estas coisas e outrasnaçöes aprenderam destes as suas idolatrias), e, ao mesmo tempo, sobreseus deuses, por aquele terrfvel golpe, matando todos os seus sacerdotes esuas vftimas prediletas, os primogênitos dos seres humanos e das bestas-feras. Tudo isto se fez com o propösito nào apenas de libertar seu povolsrael (para que uma sö açâo de onipotência teria sido suficiente), mas tam-bém de convencer os egfpcios de que os objetos da sua adoraçào nào pas-savam de criaturas de Jeovl, inteiramente sob seu controle, e a atraf-los e

72 N omrAs Exptalcv lvzxs

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18. Logo, tem e1e misericördia de quem quer, e tam bém endure-ce a quem 1he apraz.

19. Tu, porém, m e dirâs: De que se queixa e1e ainda? Pois quemjamais resistiu à sua vontade?

20. Quem és t'u, (5 homem, para discutires com Deus?! Ponrenturapode o artefato perguntar a quem o fez: Por que me fizesteassim '?

21. Ou nâo tem o oleiro direito sobre a m assa, para do m esmobarro fazer um vaso para honra e outro para desonra?

às naçöes vizinhasz as quais ouviriam de todas essas maravilhasz da suaidolatria e para a adoraçào do tinico gverdadeiro) Deus. Para a execuçàodeste desfgnio (visando à demonstraçào do poder divino sobre os v/riosobjetos do seu culto, através de uma variedade de atos maravilhosos, que,ao mesmo tempo se constimfram em justas puniçöes pela sua cruel pres-sào dos israelitas), Deus se agradou em elevar ao trono de uma monarquiaabsoluta, um homem, nâo um homem que e1e havia tornado infquo depropösito, mas um que e1e descobriu assim, o mais orgulhoso, o mais ou-sado e obstinado de todos os prfncipes egfpcios; e que, sendo incorrigfvel,bem mereceu ser colocado naquela situaçâo na qual o jufzo divino caiupesadfssimo.

18. Jogo - lsto é, e1e de fato mostra a misericördia sob suas pröprias condi-çôes; a saber, aos que crêem. IElel entiurece - lsto é, e1e os abandona à du-reza de seu coraçào. z4 quem lbe apraz - A saber, os que nâo crêem,

19. Dc que se çilcïx;l ele ailtda? O vocJbulo aivcla é fortemente expressivo da mur-muraçào mal-humorada e rabugenta daquele que faz a objeçéo. Pois fjutn/?jamais rtsfsfl'lk à sua vontade? - A palavra ''sua'' também expressa sua inso-lência e aversâo a Deus, de quem eIe nem se digna mencionar o nome.

20. A4cs quenl tjs tu, J bomem. Homem pequeno, impotente e ignorante. ParaIïisclfàl'rcs cotv Deus? Ter que acusar Deus de injustka, por ele pröprio esta-belecer os termos sob as quais ele mostrarâ a misericérdia? Porventura poâeo artejato perguntar a f/nc/'r/ t? fez: Por que ,?:: h'zeste assitn? - Por que mefizeste capaz de honra e imortalidade sö pela fé?

21. Orf HJI? tenl (? oleiro direito sobre a massa? - E quanto mais nào tem Deusdireito sobre suas criaturas, para designar p/hn vaso, a saber, o crente, paraàpn?'fl e 7/,7, outro, a saber, o incrédulo, para ffcspnrf?? Se examinar o direito queDeus tem sobre nös de um modo mais geral, no que tange às suas criattlrasinteligentes, Deus pode ser considerado de dois ângulos diferentes: como

RoMykNos 73

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22. Ora, se Deus querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer oseu poder, suportou com m uita longanim idade os vasos deira, preparados para a destruiçâo.

23. E para que desse a conhecer as riquezas da sua glöria so-bre vasos de m isericördia, que para a glöria preparou deantem âo,

criador, proprietàrio e Senhor de tudo, ou como seu govemador e juiz.Deus, na qualidade de Senhor soberano e Proprietério de t'udo, dispensa seusdons ou favores com perfeita sabedoria, perém, n4o de acordo com quaisquerregras ou métodos que nos sào familiams. A época em que nös existiremos, opafs em que viveremos, nossos pais, a constituiçào do nosso corpo ou o feitomental: estas e inumersveis outras drcunstâncias sâo, sem dûvida, ordenadascom perfeita sabedoria; mas por regras que nos sâo invisfveis.Os métodos de Deus em tratar conosco como Governador e Juiz, porém,sâo claramente revelados e perfeitamente coahecidos; a saber, que ele, nofim, retribuirâ a cada um conforme as suas obras !Mt 16.271. ''Quem crerserâ salvo: quem nâo crer serl condenado'' IMc 16.161.Portanto, embora ''ele tem misericördia de quem quer e também endurecea quem lhe apraz'' gv. 181, isto é, ele permite que se endureçam como conse-qiiência da sua maldade obstinada; mesmo assim, sua vontade nào é a deum ser arbitrârio, caprichoso e tirânico. Ele sö deseja aquilo que L infinita-mente slbio e bom; por isso, sua vontade é uma regra justfssima de julga-mento. Mostrarâ misericördia, como jâ nos assegurou, sö aos verdadeiroscrentes e nem endurecerâ a ninguém, exceto os que obstinadamente recu-sam sua misericördia.

22. Se Detts, qllerendo - lsto se refere aos vv. 18-19. A saber, embora seja agorasua vontade, por causa da sua obstinada descrença. M ostrar a sua l'rf? - Aqual necessariamente pressupöe o pecado. 17 dar a corf/ycccr p seu poder -lsto é repetido no v. 17. Suportou - Como fez com Faraö. Com plnflrfIonganitnidade - A qual os deveria ter levado ao arrependimento. Os vasosda z'r;l - Os que haviam movido sua ira por continuar a rejeitar a sua mise-ricördia. Prqmrados para c âestrlliçtïo - Por causa de sua pröpria impenitêndavoluntariosa. Haverl injustiça nisso?

23. Para que desse a conbecer - E se, por mostrar tal longanimidade mesmo aos''vasos da ira'' ele mostrou mais abundantemente a grandeza da sua glorio-sa bondade, sabedoria e poder, aos pf?st?s de misericôrdia; aos que e1e pröprio,pela sua graça preparou para a gl6ria. Existe nisso alguma injustiça?

7 4 N o-r-'q.s Exlat-lcA-fqvAs

Page 77: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

24. os quais som os nös, a quem também cham ou, nâo sö dentreos judeus, mas também dentre os gentios?

25. Assim como também diz em Oséias: (Os 2.23) Chamarei povomeu ao que nâo era m eu povo; e, am ada à que nào era m inhaam ada;

26. e no lugar em que se lhes disse: (Os 1.10) Vös nâo sois meupovo; a1i m esm o serâo cham ados filhos do Deus vivo.

27. M as lsafas testifica, concernente a lsrael: (Is 10.22-23) Aindaque o nflmero dos filhos de lsrael seja como a areia do mar,sö o rem anescente é que serâ salvo.

28. Porque o Senhor cum prirâ a sua palavra sobre a terra, cabal-mente e em breve; porque o Senhor, em breve, executarâ suasentença sobre a terra.

29. Como lsafasjâ disse: Se o Serthor dos Exércitos nâo nos tives-se deixado um a sem ente, ter-nos-fam os tornado com oSodom a e sem elhantes a Gomorra.

24. Os quais sn/nos rids - Aqui o apöstolo chega à outra proposiçào, a da graçalivre para todos, quer judeu, quer gentio. Dentre os judeus - De que eletrata no v, 20. Dentre ps gentios - Tratado no mesmo verso.

25. Amada - Como esposa. / que antes nâb era amada - Conseqitentemente,nâo eleita incondicionalmente.

26. AIi tnestno scrlp chatnadoshlbos de Deus - Assim, eles nâo precisam deixarseu pröprio pafs e vir à Judéia.

27. Mcs Isalhs testifica que (assim como muitos gentios serào aceitos) muitosjtldeus serâo rejeitados e que de todos os milhams de Israel, s/ O rcrnflncsccn-te é que scrrf salvo. Isto foi falado originalmente dos poucos que foram pou-pados da destnliçâo pelo exército de Senaqueribe.

28. Porqaeo Senhorcumprirdasaapalavrabb -Agindocomrigorosajushça,eledei-xarâ apenas um pequeno remanescente. Havers uma destruiçâo tâo genera-lizada que apenas poucos escaparâo.

29. Como Isalhs j# disse - A saber, em lsafas 1.9 re 7.11, que se refere aos queforam sitiados em Jerusalém por Rezim e Peca, 'e p Senbor rllp nos tivesse

33 O sentido do texto na KJV e também no de W esley é um tanto diffcil deinterpretar. Por ser bem mais claro, aqui seguimos Almeida.

RoMyvpqos 75

Page 78: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

30. Que diremos pois? Que os gentios, que nâo buscavam a jus-tiça, vieram a alcançé-la, todavia a que decorre da fé;

31. ao passo que lsrael, procurando uma 1ei de justiça, nâo che-gou a atingir essa lei.

32. E por quê? Porque nâo a procuraram pela fé, e sim, com oque pelas obras. Tropeçaram na pedra de tropeço.

33. Como estâ escrito'. (Is 8.14) Eis que ponho em Siâo uma pe-dra de tropeço e rocha de escândalo, (1s 28.11) mas quem nelacrer, nào serâ confundido.

deixado JtrsccurfJkcl';f - O que significa (1) a carência presente e (2) a abun-dância f'utura. Tcr-//os-iknyt?s tornado cplnp 'odoma - Portanto, o revoltar-secontra Deus pela maioria da naçào judaica e a conseqiiente morte nos seuspecados nào sJo coisas sem precedente.

30. Que jirchups pois? O que devemos concluir de tudo isso, a nJo ser que psgentios, que ?:Jt? buscavam a y'nsrfll - Os quais antigamente nJo tinham co-nhecimento da justiça e nem se preocupavam com ela. l4'crJ??7 a J/cl/lfl-k- ou seja, a justificaçâo. Todavia a jlfsrkrp que ikcprrt? dajé - Eis a primeiraconclusào que devemos tirar das observaçôes anteriores.

31. A segunda é que Jsrflcl (os judeus), prpclfrflnkp u/rl;f lcf rfrl justiça, a lei que,devidamente empregada, teria levado esse povo à fé e, daf, à justiça. N#pcbegou a atingir essa k,' - A saber, nâo alcançaram aquela justiça ou justifi-caçào que L o tlnico grande fim da lei.

32. Por quê? - Sers porque Deus decretou eternamente que nâo a atingissem?Nâo encontramos aqui coisa semelhante; mas, coerente com o seu argu-mento, o apöstolo nos dâ uma boa explicaçâo: Porquc rlr/p a prpcrfrrfrfl/l? pelaJti- Atinica maneira de atingi-la, E, s2'?,?, como quepelas obras - Com efeito,se nào declaradamente, rfrl; olprfls. Parfznc fropcfrfrcln nrf pcrlr;f âe frppclp -lsto é, Cristo crucificado (Cf. 1Pe 1.81.

33. Como estéescrito - Prenunciado pelo vosso pröprio profeta llsafasl. Eis f/ncponbo em .$2'J(? - Exibo na minha Igreja aquilo que embora realmente sendoo linico seguro fundamento da felicidade, mesmo assim serâ uma pedra delrppcltl e mtllc de CSCJC7JJD - Isto é, a ocasiào de rufna para muitos, porcausa da sua incredulidade obstinada.

7 6 N o-rz:s Exlot-lcA-rlvAs

Page 79: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

S 10

1. lrm âos, a boa vontade do meu coraçâo e a m inha sûplica aDeus a favor deles é para que sejam salvos.

2. Fbrque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus,porém nào com entendim ento.

3. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, e procurandoestabelecer a sua pröpria, nâo se sujeitaram à justiça de Deus.

4. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.5. Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, (Lv 18.5) aqueleque pratica estas coisas viverâ por elas.

6. Mas a justiça que é pela fé assim diz: (Dt 30.14) NJo pergun-tes em teu coraçâo: Quem subirâ ao céu? (isto é, para trazerdo alto a Cristo);

# Notas

1. Minha sgplk;f a Deus ? para que scjflnl salvos. Ele nJo teria orado assim, seeles fossem totalmente reprovados.

2, Eles àJ?n zelo, pprtgn nàb co/n entevdbvento - Eles tirtham zelo sem entendi-mento; nös temos entendimento sem zelo.

3. Porquanto, descollàecendo flllïsrffrf de Dcfds - lsto Q do modo que Deus esta-belecera para a justificaçào do pecador. E procurando estabelecer a sua pr/prkIjustiçal - Seu pröprio modo de aceitaçào por Deus. N& sc sujeitaranl f) qlleT7c)n de Deus - O caminho da justificaçâo que ele estabeleceu.

4. Porque 0.f1',n da 1ei ? Cristo - A saber, seu escopo e sua finalidade. f: o prö-

prio desfgnio da 1ei de levar pessoas a crerem em Cristo para a justificaçioe a salvaçâo. E sö ele concede o perdâo e a vida que a 1ei revela estaremfaltando, mas que ela nào pode dar. De fpifn aquele - Quer judeu, quergentio (assunto tratado nos vv. 11-12) que crf - Tratado nos vv. 5-6.

5. Ora, Mpistbs tiescreve a tinica justiça que ? pela lei, quando diz: O bomem fyrfcpraticar essas coisas 'nipcrff por elas - lsto é, aquele que guarda todos essespreceitos em todos os pontos, ele, e sö ele, pode reclamar vida e salvaçàopor preceitos. Mas este método de justificaçào é impossfvel a qualquer umque js transgrediu qualquer lei em qualquer ponto.

6-7. M;?s ajustka que ? pelajl - O método de se tornar justo pelo ato de crer.Fala um idioma muito diferente, e (tal justiça) pode ser entendida como

ROMANOS 77

Page 80: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

7. ou: Quem descerâ ao abismo'? (isto é, para levantar pela se-gunda vez a Cristo dentre os mortos).

8. M as o que é que e1e diz? A palavra estâ perto de ti, na tuaboca e no teu coraçâo; isto é, a palavra da fé que pregam os.

9. Se com a t'ua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teucoraçâo creres que Deus o ressuscitou dentre os m ortos, se-râs salvo.

10. Porque com o coraçâo se crê para justiça, e com a boca seconfessa para salvaçâo.

11. Porquanto a Escritura diz: (1s 28.16) Todo aquele que nele crênâo serâ confundido.

12. Pois n;o hâ distinçâo entre judeu e grego, uma vez que om esmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que oinvocam .

expressando-se desta maneira para adaptar ao nosso presente assunto aspalavras que Moisés falar, no tocante à clareza da sua lei: NJp perguntesc??7 teu cprflffik; quem subird fltp céu? Como que para trazer #0 alto a Cristo: ou,jucArl jcscerff co flàfsmt)? Como que pcrg lcrcntflr fl Crfsfa jcnfrz 05 nlortps -NJo penses que estas coisas devem ser feitas agora, a fim de conseguirteu perdâo e salvaçâo.

8. Porém, f/nc J qze ele jfz îlsto é) Moisés? Ele diz estas palavras, tâo maravi-lhosamente aplicâveis ao assunto perante nös. Tudo estâ pronto e à tuamâo. :4 palavra cslff perto de I;' - Ao teu alcance, flcil de se entender, lem-brar e praticar. lsto L iminentemente verdadeiro no caso âa palavra #;1j?, oevangelho, que pregamos - O cerne é: Se o teu coraçào crer em Cristo etua vida o confessar, t'u serâs salvo3l.

9. Se cotn a tua àpc;l conjessares -Mesmo em meio à perseguiçào, quando se-melhante confissâo pode te levar aos leöes.

10. Porque ctlrn o corrlffi'p - Nâo sö com o entendimento. .$c crê para jffslkfl -Para obter a justificaçâo. E com fl boca se conjessa - Visando obter a salvaçtibfinal. Neste lugar, ''confissâo'' significa toda a religiâo exterior; e a fé signi-fica a raiz de toda a religiâo fntima.

12. O mestno Settbor de Itlrfps é rico - De forma que suas bênçâos nunca se esgo-tam, nem é e1e jamais obrigado a deter sua mâo Ipor falta de bênçàos a

34 A citaçào é realmente At 30.12-14.

7 8 N o-rals Exrat-lcA-rlvAs

Page 81: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

13. Porque'. Uoel 2.32) Todo aquele que invocar o nome do Se-nhor, serâ salvo.

14. Como, porém, invocarào aquele em que nâo creram ? E com ocrerào naquele de quem nada ouviram ? E como ouviràoz se n;ohâ quem pregue?

15. E como pregarâo se nâo forem enviados? Como estâ escrito:(1s 52.7) Quâo formosos sào os pés dos que anunciam boasnovas de paz, que trazem alegres notfcias de coisas boas.

16. M as nem todos obedeceram ao evangelho; pois lsaïas diz:(Is 53.1) Senhor, quem acreditou na nossa pregaçâo?

17. E assim , a fé vem pela pregaçâo, e a pregaçâo pela palavrade Cristo.

18. Mas pergunto'. Porventura nâo ouviram? Sim, por certo: (Sl19.4) Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas pala-vras até aos confins do m undo.

distribuirj. A grande verdade colocada no v. 11 é de tal forma repetida aqui,bem como no décimo-terceiro e confirmado (vv. 14-15), a nào sö encerrar Iaverdadel que ''todo aquele que invocar o seu nome serl salvo'', (v. 13J comotambém sugere que a vontade Deus é que todos lhe invoquem o nomeara sua salvaçào3s.P

15. MJs ct/rrlp pregarâb se nflpjtlrcrrl enviatlosî Por uma corrente de raciocfnio, aartir da vontade de que também os gentios deveriam ''invocar-lhe o nome'',PPaulo deduz que os apöstolos foram enviados por Deus para pregar tam-bém aos gentios. Os pés - Suas préprias pegadas: sua vinda.

17. Ajé, na verdade, geralmente, vetn pelo oupl'r Ida pregaçào do Evangelhol,isto é, pelo ouvir da palavra de DcIïs36.

18. M;?s sua descrença nâo se devia à falta de ter ouvido. Porque pullirfl/rl. .$l'h?'l,por certo - Tantas naçöes jâ ouviram os pregadores do evangelho, que pos-so em certo sentido dizer deles como Davi falou das luzes do &u37.

35 O termo de Wesley é ''savingl/'.36 Wesley segue a KJV aqui. O vocébulo ('ïKol') significa tanto o ouvir/ouvidocomo a coisa ouvida (a mensagem, a pregaçào). Muitas versöes moder-nas, como Almeida, seguem a segunda traduçâo.

37 Wesley alude ao SI 136.7: Rendei graças... aquele que fez os grandesIuminares, porque a sua misericördia dura para sempre.

RoM ANos 79

Page 82: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

19. Pergunto m ais: Porventura nâo terâ chegado isso ao corkhe-cimento de Israel? Primeiro Moisés diz: (Dt 32.21) Eu vos pro-vocarei a ciflm es por meio daqueles que nào sâo uma naçâo;por um a naçâo insensata vos provocarei à ira.

20. M as Isafas é mais ousado e diz: (1s 55.1-2) Fui achado pelosque nâo m e procuravam , revelei-m e aos que nâo pergunta-vam por m im .

21. Quanto a lsrael, porém, diz: Todo o dia estendi as minhasm âos a um povo descrente e contradizente.

19. Porventura rIJ(? scrff cbegado isso ao cpnkcfrntrrllp de Israel? Eles deveriam tersabido, da parte de Moisés e lsafas, que muitos dos gentios seriam recebi-dos e muitos dos judeus sujeitados. Eu rps provocarei a c/lin'zs Lor aqueles querlf/(? slp ama rIJIJP - Como os judeus seguiam deuses que nâo eram deuses,assim e1e aceitou em seu lugar uma naçlo que nâo era naçâo; a saber, umanaçào que n;o tinha aliança com Deus. LJ??1J naçâb 7'Hstrnsf?l;l - Como sàotodos que nâo conhecem a Deus.

20. Mas Isal'as é mais ousado e #ïz: E fala abertamente o que Moisés apenassugeriu.

21. 1..1/71 povo descrente e contradizente. Diametralmente contrârio àqueles quecriam com o coraçâo e confessavam com a boca.

8 0 N onws Expl-lcv lvAs

Page 83: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

S 11

1. Pergunto, pois: Terâ Deus, porventura, rejeitado o seu povo?De m odo nenhum ; porque eu também sou israelita da des-

j cendência de Abraâo, da tribo de Benjamim.2 Deus nâo rejeitou o seu povo a quem de antemio conheceu.Ou nâo sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias,com o insta perante Deus contra lsrael, dizendo:

3. (1Rs 19.10) Senhor, mataram os teus profetas, arrasaram osteus altares, e sö fiquei, e procuram tirar-m e a vida.

4. Que 1he disse, porém, a resposta divina? Reservei para mimsete mi1 homens, que nâo dobraram joelhos diante de Baal.

5. Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive umrem anescente segundo a eleiçâo da graça.

6. E se é pela graça, jâ nào é pelas obras; do contrârio, a graça jânào é graça. E se for pelas obras, jâ nâo serâ pela graça; pelocontrârio, obras jâ nâo sào obras.

# Notas

1. Fcrff Deus, porventura, sujeitado todo o seu p770 - Todo o lsrael? De formaalguma! Poisjéhoje existe ''um remanescente'' (v. 5) e posteriormente ''todoo Israel seré salvo'' (v. 26).

2. Deus n#o rejeitou aquela parte do seu ppt?p a quem ele de Jrlfc/rlflp conbeceu -Falando segundo o modo dos homens. Porque, na realidade, conhecer epré-conhecer sâo o mesmo para Deus, o qual conhece ou vê todas as coisasde uma sö vez, da eternidade à eternidade. Oa 11lt? sabeis - Que, num casoparalelo, em meio a uma apostasia geral, quando Elias pensava que toda anaçâo houvesse cafdo em idolatria, Deus ''sabia'' existir ''um remanescen-te'' de verdadeiros adoradores?

4. (... Nâo dobraram joelhos diantel De Baal - Nem Ia Baal) e nem aos bezer-ros de ouro.

5. begundo a ckkltl da graça - Segundo aquele gracioso proptsito de Deus,''aquele que c'rê sers salvo'' kCf. Mc 16.16, jâ citado acima, referente a llm9.211.

6. f; se ? pela graça, j# nâb ? pelas obras - Quer cerimoniais, quer morais. Dpcontrérioy rl& égraça - A pröpria natureza da graça seria perdida. f2 sehr

i R OM ANOS 8 1

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7. Que diremos, pois? O que Israel busca, isso nào conseguiu;m as os eleitos alcançaram ; e o resto foi tornado cego.

8. Como estâ escrito'. (ls 29.16) Deus lhes deu espfrito de entor-pecimento, olhos para nâo ver e ouvidos para nào ouvir, atéao dia de hoje.

9. E diz Davi: (S1 69.22-23) Torne-se-lhes a mesa em laço e ar-m adilha, em tropeço e puniçâo;

10. Escureçam-se-lhes os olhos para que nào vejam, e fiquem parasem pre encurvadas as suas costas.

11. Pergunto, pois: Porventura tropeçaram para que cafssem '?De m odo nenhum ; m as pela sua queda veio a salvaçâo aosgentios, para pô-los em ciùmes.

pelas obras, jJ nâb scrff pela graça: pelo contrtirio, tll/rfls 7'l nâb sl(? obras. Pois asua pröpria natureza serâ destnlfda3s. Hâ algo t;o completamente contrâ-rio entre ser justificado pela graça e ser justificado pelas obras que, se al-g'tlém defende um desses pronunciamentos, necessariamente exclui o ou-tro. Porque o que se dâ pelas obras t3 o pagamento de uma dfvida, enquan-to a graça pressupôe um favor imerecido. Portanto, o mesmo beneffcio nàopode, pela pröpria natureza das coisas, resultar de ambos ggraça e obrasl.

7. Que fïire?rlt?s pois? - Qual a conclusâo de tudo isso? fs a seguinte: que Israelna sua totalidade nlp conseguiu a justificaçâo; mas somente os israelitas quecrêem. E t? resto joi tornado cego - Por causa do seu pröprio preconceitovoluntarioso.

8. Deus finalmente retirou o seu Espfrito e os entregou a um esplkito de entor-pecimento; esta profecia Ide lsafasl é cumprida até ao #if7 de hoje.

9. E diz Davi - Naquela maldiçâo profética que é aplicével a eles bem como aJudas. Puniçâb - Pela sua maldade anterior.Assim o pecado é punido pelopecado; portanto, o evangelho, o qual deveria ter alimentado e fortalecidosuas almas, se tornou um meio de destruf-las.

11. Porventura lr(Tclcrrf?/l para que ca,%sem - Total e finalmente. De modo ne-rthum. Mcs pel;l suc f/tfeff;l - ou deslize - é uma palavra muito branda nooriginal. k'ab a sf7/T?c(J0 aos gentios - Atos 13.46 é um exemplo disso. Pararl-los em cilitnes - Isto é, os pröprios judeus.

38 Esta parte que nâo se encontra em Almeida consta da KJV e das Notas.

8 2 N o-lws Expt-lcA-l-lvA s

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12. Ora, se a queda deles for a riqueza do mundo e a sua perda ariqueza dos gentios, quanto m ais a sua plenitude'?

13. Dirijo-me a vös outros, que sois gentios! Visto, pois, que eusou apöstolo dos gentios, honro o m eu ministério,

14. para ver se de algum m odo posso incitar à em ulaçào os daminha carne, e salvar alguns deles.

15. Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconci-liaçâo ao mundo, que serâ o seu restabelecim ento, senâo vidados m ortos?

16. E, se forem santas as prim fcias da massa, igualm ente o serâ asua totalidade; se for santa a raiz, também os ram os o serâo.

12. A primeira parte deste verso é tratada em 13-14; a ûltima parte, Quantomais a sua plenitude? (lsto é, a plena conversâo dos judeus nos vv. 23-24).Tantas profecias apontam para esse grande evento que é surpreendenteque qualquer cristâo possa dele duvidar. E as profecias sâo abundante-mente confirmadas pela maravilhosa preservaçâo dos judeus como umpovo distinto até hoje. Quando for completada, serâ tâo forte demonstra-çâo Ida verdade tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamen-to1 que, sem dflvida, convencerâ milhares de defstas em pafses nominal-mente cristàos, dos quais haverl, L claro, crescentes multidöes entre cris-tâos meramente nominais. E isto serl um meio de propagar o evangelhorapidamente entre os maometanos e pagàos. Eles provavelmente teriamrecebido o evangelho hâ muito tempo, se tivessem tido contato sö comcristàos genufnos.

13. Eu llonro p meu plin7'sflr/'o - Longe de me envergonhar de ministrar aosgentios, eu me alegro nisso; e tanto mais prontamente porque ta1 ministé-rio pode ser um meio de provocar citimes em meus irmâos.

14. Da tninba crfrnc - Meus parentes.

15. WJJ dos mortos - Vida superabundante para o mundo, que estava morto.

16. E isto certamente acontecerâ. Sejorem santas Js pritnlkias, igualmente t? scr;fa sl/fl totalidade - a consagraçào daquelas era considerada a consagraçàoda totalidade; assim, a conversâo de alguns poucos judeus L um penhorda conversâo de todo o resto. 'ehi sfpulrk a raiz - Os patriarcas de onde seoriginam; por certo Deus finalmente tornaré os descendentes santos tam-bém .

I4k7MANOs 8 3

I

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17. Se, porém , alguns dos ram os foram quebrados, e t'u, sendooliveira brava, foste ertxertado em meio deles, e te tornasteparticipante da raiz e da seiva da oliveira,

18. nâo te glories contra os ramos; porém se te gloriares, (sabeque139 nâo és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.

19. Dirâs, pois: Algtzns ram os foram quebrados, para que eu fosseenxertado.

20. Bem ! Pela sua incredulidade foram quebrados; tu, porém,m ediante a fé estis firm e. Nâo te ensoberbeças, m as tem e.

21. Porque se Deus nâo poupou os ram os naturais, tenha cuida-do que tam bém ele nâo te poupe.

22. Considera, pois, abondade e a severidade de Deus; para comos que cafram , severidade; m as para contigo, a bondade deDeus, se nela permaneceres; doutra sorte tam bém tu serâscortado.

Y

17. TN - () gentio. Senlk oliveira brava - Se o enxerto fosse mais nobre que otronco, mesmo assim a sua dependência para a vida e o sustento o deixa-ria sem espaço para se jactar contra o tronco. Quanto menos, quando,contrariamente à prâtica comum das pessoas, a oliveira brava é enxerta-da em tronco bom!

18. Néb te glories contra os ramos - Nâo fazem isto os que desprezam os ju-deus? Ou negam a futtlra conversâo deles?

20. Beml Pela sua incredulidadejoram quebrados; tu, porém, mediante f?# esttisfirme- Ambos de modo condicional e nâo absoluto; se fosse absolutamente,poderia ter havido espaço a se vangloriar. Mediante J

.# - Pelo livre domde Deus, o que, portanto, te deveria tornar humilde.

21. NJp te ensoberbeças, A/fls temes' - Devemos notar que o temor aqui nâo é ooposto da confiança, mas do orgulho e da rfalsal esperança (Cf. v. 201.

22. Doatra sorte tu rc??7!7??rf serds - Também, t'u que agora ''mediante a fé estâsfirme'' tanto total como finalmente cortado.#

39 Acrescentamos, com Almeida, as palavras 'dsabe que'', para mais clare-za de sentido.

40 Isto é, do v. 2O, mesmo na KJV.

84 N OTAS Expl-lcv lm s

Page 87: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

23. Eles também, se nào perm anecerem na incredulidade, serâoenxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de novo.

24. Pois se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava,e contra a natureza enxertado em boa oliveira, quanto m aisnâo serâo enxertados na sua pröpria oliveira aqueles que sâoram os naturais!

25. Porque nâo quero, irm âos, que ignoreis este ministério, paraque nâo vos tenhais na conta de sâbios 41, que veio endureci-mento em parte a lsrael, até que haja entrado a plenitude dosgentios.

26. E assim todo o Israel serâ salvo, como estâ escrito: (1s 59.20)Virâ de Siào o Libertador, ele apartarâ de Jacö as impiedades.

27. Esta é a m irtha aliança com eles, quando eu tirar os seus pe-cados.

28. Quanto ao evangelho, sâo eles inimigos por vossa causa;quanto, porém, à elekâo, amados por causa dos patriarcas;

24. Contra f? natureza - Pois segundo a natureza, nös enxertamos o ramofrutffero no tronco bravo; mas aqui o ramo bravo é enxertado no troncofrutffero.

25. Paulo chama toda a verdade, corthecida sö a poucos, um mistério. Ta1 foraoutrora o chamado dos gentios; ta1 era agora a conversào dos judeus. Paraque rlJ(? vOs tenhais na conta de sllsft?s (Cf. Pv 26.121, orgulhosos das presentesvantagens, sonhando que vös sejais a tinica igreja ou que a lgreja de Romanâo pode falhar. Wio endurecimento em parte a Israel, ilfé que - lsrael, portan-to, nem é total nem finalmente rejeitado. Haja entrado a plenitude dos gentios- Até que haja uma vasta colheita entre os pagâos.

26. E assim todo 0 Israel scrlf salvo - Sendo convencido pela vinda dos gentios.Mas haverâ uma colheita ainda maior entre os gentios, quando todo o Is-rael entrar. Virti (? Libertador - Na realidade, o Libertador jâ chegou: masnâo o pleno fruto da sua vinda.

28. SJp eles agora inimigos - Do evangelho de Deus e deles pröprios, tudo istosendo permitido por Deus. Por vossa causa; quanto, porém, ) eleiçâo - Aque-la porçâo deles que crê e é amada.

41 A mesma expressâo ocorre em Rm 12.16.

ltoMANos 8 5

Page 88: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

29. porque os dons e a vocaçâo de Deus sào sem arrependim ento.30. Porque assim com o vös também outrora fostes desobedien-

tes a Deus, m as agora alcançastes misericördia à vista da de-sobediência deles,

31. assim tam bém estes agora foram desobedientes, para queigualmente eles alcancem misericördia, à vista da que vosfoi concedida.

32. Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim deusar de m isericördia para com todos.

33. O profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do co-nhecimento de Deus! Quâo insondâveis sâo os seus jufzos equâo inescrutâveis os seus cam inhos!

29. Porqlie t?s dons e a rpcrlffib de Deus slt? irreTogtiveis - Deus nào se arrepende4?dos seus dons para os judeus ou sua vocaçâo dos gentios.

32. Porque Deus a àtdt?s encerrou na JcsnàcJïérlci;l - Permitindo cada um, porsua vez, a se revoltar contra ele. Primeiro, na antiguidade, Deus permitiuaos gentios revoltarem-se e tomou a famflia de Abraâo como uma sementepeculiar para si. Depois, ele os deixou a cair, através da sua descrença, erecebeu os gentios, incrédulos. E ele chegou a fazer isto para provocar cit'l-mes aos judeus e assim finalmente trazê-los também à fL. Este foi deverasum mistério na conduta divina, a qual o apöstolo adora com tâo santa ad-miraçâo.

33. () proyndidade da riqaeza, da sabedoria e Jt? conbecimento de Deus. No capftulonono, Paulo navegara apenas num mar estreito; agora ele se encontra no

oceano. A proyndidade das riqaezas ele descreve no v. 33,. a profundidade dasabedoria, no v. 34; a proyndidade do conbecimento, na tiltima parte do pre-sente verso. A sabedoria governa todas as coisas para o melhor fim; o conbe-cihncrlfp vê esse fim. QIkJP insonddïleis sJp ()5 seus jul-zos - No tocante a des-crentes. Sé'ns caminbos - No tocante a crentes. beus caminhos estzo numnfvel elevadol3; seus jftkos sào ''um abismo profundo'' (Sl 36.6). Mas mes-mo seus caminhos nos sâo inescruttiveis.

42 No sentido Iiteral do termo, eIe nâo mudaré sua mente sobre a questào dedons e vocaçâo.

43 Isto é, nào acidentados

8 6 N on'yvs Expl-lcv lvAs

Page 89: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

34. (1s 40.13) Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ouquem foi o seu conselheiro?

35. Ou quem primeiro deu a e1e para que 1he venha a ser res-titufdo?

36. Porque dele e por m eio dele e para ele sâo todas as coisas.A ele, pois, a glöria eternam ente. Am ém .

34. Quem, pois, conbeceu a mente fï0 Senbor? - Antes ou além da sua pröpriarevelaçào.

35. Olk quem prfrrlcirp deu a ele - Quer sabedoria, quer poder?36. Dele - Como criador. Por ansiedade - Como preservador. Para ele - Comoo fim flltimo, sno todas as coisas. /! ele, pois, a gl/rifp das suas riquezas, sabe-doria e conhecimento. Amém - Uma palavra de conclusâo, na qual a emo-ç;o do apöstolo, tendo alcançado seu auge, encerra t'udo.

RoMxNos 87

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S 12

1. Exorto-vos, pois, irm âos, pelas misericördias de Deus, queapresenteis os vossos corpos por sacriffcio vivo, santo e agra-dâvel a Deus, que é o vosso culto racional.

2. E nào vos conform eis com este mundo, m ais transform ai-vos pela renovaçâo da vossa m ente, para que experim enteisqual seja a boa, agradâvel e perfeita vontade de Deus.

# Notas

1. Exorto-vos - Paulo costuma adaptar suas exortaçöes às doutrinas que elevem expondo. Assim neste lugar o uso geral do todo é contido nos vv. 1 e 2.Os usos particulares vêm depois, desde o v. 3 até o fim da epïstola. Pclgsteuras ?/kiscrkdrrir?s de Dcffs - Todo o sentimento aqui é derivado dos capf-t'ulos de 1 a 4 de Romanos.Apröpria expressào é precisamente oposta à irade Deus (Rm 1.18). Abarca aqui o evangelho todo, toda a economia (opera-çào) da graça e da misericördia, livrando-nos da ''ira de Deus'' e nos im-pulsionando a todo o dever. Que aprebenteis - lsto (Rm 6.13 e 16.19/4 sig-nifica de fato mostrar go corpol diante de Deus. Os T?ossos ctlrpps - lsto é, anös mesmos; uma parte é colocada pelo todo; e isto com mais propriedade,porque no antigo sacriffcio de animais o corpo realmente era tudo. Tam-bém os corpos sâo especificados em oposiçâo àquele desprezfvel abuso docorpo mencionado em Rm 1.24. Seguem-se diversas expressöes quey deigual modo, sâo uma referência direta a outras expressöes no mesmo capf-tulo. Por srfcrT/i' 'cfo - Morto para o pecado; e rf'f?o - Por aquela vida que émencionada (Rm 1.17, 6.4 etc.) Santo - Tal qual a lei exige (Rm 7.12). Agra-#J'pc/ - Rm 8.8. Qae ? o vosso culto racional - A adoraçâo dos pagâos eratotalmente irracional (Rm 1.8-9/ o mesmo se deu com a jactância dos ju-deus (Rm 2.3-4). Os cristâos, pelo contrério, agem em todas as coisas apartir da razlo mais elevada, inferindo o seu dever da misericördia deDeus.

2. E NJP 77tls conjornleis - Quer em jufzo, espfrito ou comportamento. Com estepn/krlfïp - Pois ele negligencia a vontade de Deus e busca a sua pröpria. Paraçlfc experilvetlteis - Para conhecerdes por experiência pröpria; isto se tornaflcil para aquele que desta forma se apresenta a Deus. Qllal seja a boa, fWrlr/l-

44 A idéia da entrega do corpo e do ser a Deus e nào ao maligno esté presen-te nos versos mencionados, nào, porém, o vocébulo ''apresentar''.

8 8 N o-lws Expt-lcA-rlvAs

Page 91: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

3. Porque pela graça que m e foi dada, digo a cada um den-tre vös que nâo pense em si m esm o além do que convém,antes, pense com m oderaçâo segundo a m edida da fé queDeus repartiu a cada um .

4. Porque assim como num sö corpo tem os m uitos m em bros,m as nem todos os membros têm a m esm a funçâo;

5. assim tam bém nös, conquanto muitos, som os um corpo emCristo, e m embros uns dos outros,

6. tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos édada: se profecia, seja segundo a analogia da fé;

vel e perjeita vontatie kc Deus - z4 vontade de Deus deve ser entendida aquicomo toda a parte preceptiva do cristianismo que é, em si mesma, tào exce-lentemente boa, tâo agradtivel a Deus e t:o aperfeiçoaâa da nossa natureza.

3. Digo - Ele agora procede a mostrar o que é aquela vontade de Deus. Pelagraça que ?rlcjol' dada - Ele acrescenta isto, por modéstia, para nào parecerque se esquecia da sua pröpria exortaçào. z4 cada Jfvl âentre t't;s - Crentesem Roma. Felizes, se tivessem sempre mantido esse presente: a rtlckikrp dajé- (assuntol tratado no primeiro e nos capftulos seguintes, Io dom) do qualos outros dons e graças procedem.

5. Assim ll7/'rlà/pl rl/s - Todos os crentes. 'omos Tfr?l s/ corpo - lntimamenteinterligados em Cristo, e, conseqiientemente, devemos ajudar um ao outro.

6. Tendo, p0r???7, dljerentes dons segundo a PUC'J que nos Jpl' dada - Os dons sâovlrios; a graça é uma s(5. Se prfecia - Ela, considerada um dom extraordi-nério, é o dom pelo qual os mistérios celestiais sâo declarados aos homensou coisas do porvir sâo preditas. Mas aqui parece significar o dom comumde expor as Escrituras. Projetizamos segundo a analogianb da #. Pedro o ex-pressa assim: ''de acordo com os oréculos de Deus''; I1Pe 4.11) segundo oteor geral deles; de acordo com o grande sistema de doutrina que é apre-sentado neles, no tocante ao pecado original, justificaçâo pela fé e presente,fntima salvaçào. Hâ uma maravilhosa analogia entre todos eles; e uma vezpor todas foi entregue aos Santos.'' (Judas 31 Cada artigo (de doutrinal,portanto, no tocante a qualquer questào, deve ser decidido segundo estaregra; toda a escrimra em dûvida (deve serl interpretada de acordo com asgrandes verdades que perpassem o todo.

45W esIey usa analogia aqui, uma traduçâo sem dtivida influenciada pelo gregooriginal txvctkozlct, cuja traduçào comum é proporçâo.

RoMyklqos 89

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7. Se ministério, dedique-se ao ministério, se ensino, ensinan-do;

8. se exortaçâo, exortando; o que contribui, com sim plicidade;o que preside, com diligência; quem exerce misericördia, coma1egria46

9. O amor seja sem dissimulaçâo. Detestai o mal, apegando-vos ao bem .

10. Amai-vos cordialm ente uns aos outros com amor fraternal,preferindo-vos em hortra uns aos outros.

11. (Sedel diligentes em vossos afazeres (e1 fervorosos deespfrito, servindo ao Senhor;

7. Se l'rlfrlïsllrïp - Como disconos. Se ensino - Catectimenos; para os quaisinstrutores particulares eram nomeados. Sc exortaçnolï - Cuja responsabili-dade particular era incentivar os c'ristâos ao serviw e a confortJ-los nas suastribulaçöes.

8. O qae preside - Aquele que cuida do rebanho. Quem exerce tnisericérdia -De todas as maneiras. Cotn alegria - Regozijando-se quem tem ta1 oportu-nidade.

9. Tendo falado da fé e seu fruto (v. 3 e seguintes), ele chega agora ao amor. Osvv. 9, 10 e 11 se referem ao capftulo 7; o v. 12, ao capftulo 8, e o v. 13, quetrata da partilha com os santos, quer judeus, quer gentios, ao capfmlo 9 e oseguinte. Uma parte do v. 16 é a repetiçào de 11.25. Detestai () mal, apegando-vos ao bem - Tanto interior como exteriormente, apesar da ml vontade ouperigo que possa resultar.

10. Prejerindo-vos em honra uns aos pfklrt?s - O que fareis se habitualmenteconsiderais o que é bom nos outros e o que é mau em vös mesmos?

11. Tudo quanto fazeis, fazei-o conforme as vossas forças (cf. Ec 9.10). Etn to-dos os ajazeres, Iestejail diligente e fervorosamente servindo Jp Senhor -Fazendo tudo para Deus, nào para o ser humano.

46 Pressupöe-se aqui (vv. 7 e 8) que cada crente em Cristo Jesus deveexercer ao méximo o dom que Deus Ihe dé. Wesley insere, com a KJV, aexpressào wait upon, ou seja, ''dediquemo-nos a'' que, em certo sentido,se aplica a cada serviço mencionado.

47 é do v. 8.

9 0 N o-rAs Expt-lcA-rlvAs

Page 93: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

12. regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulaçâo, naoraçâo, perseverantes;

13. compartilhai as necessidades dos santos; praticai diligente-mente a hospitalidadez'

14. abençoai os que vos perseguem, abençoai, e nâo amaldkoeis.15. Alegrai-vos com os que se alegram, e dnorai com os que choram.16. Tende a m esm a estima ut'ts pelos outros. N âo vos preocupeis

com as coisas tidas por grandes, mas condescendei com o queé hum ilde; nâo vos tenhais na conta de sâbios.

17. N âo torneis a ninguém m a1 por m al; pensai antes, para que ovosso comportamento ptiblico esteja acima da crftica.

18. Se possfvel, quanto depender de vös, tende paz com todos oshom ens;

19. nào vos vingueis a vös m esmos, carfssim os, m as dai lugar àira; porque estâ escrito: (At 32.35) A mim me pertence a vin-gança; eu retribuirei, diz o Senhor.

12. Regozijai-vos FIJ esperança - Da perfeita santidade e da felicidade eterna.Até aqui gpaulo vem tratandol da fé e do amor; agora também da esperançaIvide os capftulos 5 e 81; depois gtratarl) dos deveres para com os outros:para os santos (v. 13),. perseguidores (v. 14),. amigos, estrangeiros, inimigos(vv. 15 em diante).

13. Compartilhai as necessidades dos santos - Aliviai as necessidades de todosue estâo na penûria. f; digno de nota que o apöstolo, tratando expressa-Clmente dos deveres que provêm da comunhâo dos santos, nâo diz sequeruma palavra sobre os mortos. Diligentemente pratica a hospitalidade - Nâoapenas aproveitando-vos das oportunidades ofemcidas, masbuscando opor-t'unidades para praticâ-la.

14. Nâ'o amaldiçoeis - Nem mesmo no coraçâo.

15. Alegrai-vos - O oposto direto do choro L o riso, mas isto nâo convém exata-mente ao cristâo.

16. NJ() vos preocupeis ctlny Js coisas grandes - Nâo deveis desejar riqueza, honraou a companhia dos grandes.

17. Pensai antes - Fazei todo o possfvel para nâo ofender os outros.19. Cart-ssimos - Assim e1e abranda o espfrito rude, NJp 'Dps vingueis f? 7J/smesmos, mas deixai isto com Deus. Possivelmente a frase poderia ser com

RoMANos 9 1

Page 94: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

20. Pelo contrârio, (Pv 25.21) se o teu inimigo tiver fome, dâ-lhede com er; se tiver sede, dâ-lhe debeber; porque

, fazendo isto,am ontoarâs brasas vivas sobre a sua cabeça.

21. Nào te deixes vencer do m al, m as vence o m al com o bem .

#

maior propriedade traduzida por: ''dai lugar à ira/'; isto é, à ira de Deus,ao qual a vingança realmente pertence.

20. Dfi-lbe de comer - Com a tua pröpria mâo2 sendo necessârio, pondo o pâo

na sua boca. Amontoartis brasas vivas sobre sua cf7ôclc - A sua parte maissensfvel.

Assim os artesnos fïcrrt'fcp? o inc/ressf'pn minério (ïfl cbumbo,cmtl?:àtl(7/ll() àrflscs viva' sclllrc fl spa ccàcçfl;no bondoso calor, p metal aprende f7 brilbarc c prcffl, ptln/fcfldc CI;I csc/rffl,/luf flùflïxo.

21. E se nâo vés fruto no presente, persevera. N#p te ikixcs vencer #p mal -Como sJo todos que vingam a si mesmos, M ls vence p tnal cp/'?7 o bem -Vence teus inimigos pela bondade e paciência.

9 2 N om s ExpLlcv lvAs

Page 95: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

S 13

1. Que todos estejam sujeitos às autoridades superiores; por-que nâo hâ autoridade que nào proceda de Deus; e as autori-dades que existem foram por ele institufdas.

2. De m odo que aquele que se opöe à autoridade, resiste à or-denaçâo de Deus; e os que resistem receberào para si m es-mos condenaçâo.

3. Porque os governantes sào um terror, nào para boas obras,mas para as mâs obras. Queres t'u nâo temer a autoridade'?Faze o bem , e terâs louvor dela;

# Notas

1. Paulo, escrevendo aos romanos, cuja cidade era a sede do império, falamuito de obediência aos magistrados, e isto era também, com efeito, umaptiblica apologia da religiào cristà. Ttdp botnem esteja sujeito fts autoridadessuperiores - Uma advertência particularmente necesséria para os judeus.Autoridade, no singlllar, é a autoridade suprema; avtorijaâes Ino plural)sâo as pessoas investidas de autoridade. Aquela é mais prontamente re-conhecida como sendo de Deus do que esta. O apöstolo afirma com res-peito às duas: todas Iautoridadesl sào de Deus, o qual constituiu toda(autoridadel em providência geral, e permite cada uma em particularpelasua providência. z'l.s atltoridades que existem foram pr ele institul-das. Estafrase poderia ser traduzida: sc suborâinam a IDeusl ou estâb ordenadamenteJisposàcs abaixo de Deas; isto indica que sâo despertados ou vicergente deDeus; visto que o poder deles L com efeito de Deus, tal poder exige nossaobediência consciente.

2. De modo que aquele que se opöe à autoridaje - De qualquer maneira diferentedaquela que as leis da comunidade ordenam. Receberâb para si ?'nes?rlps ct/rl-denaçâb - Nâo apenas do magistrado, como também de Deus.

3. Porque ps governantes sJo - De modo geral, apesar de algumas exceçöesparticulares. Urrl terror para as plffs obras - Tâo-somente. Queres flf entâb rrf/ptemer? Hâ um temor que antecede a açöes mâs, e faz desviar delas: estedeve sempre permanecer. HJ, porém, um outro temor, que vem depois dfamâs açöes: aqueles que/àzc/u o bem estâo livres dele.

RoMANos t? .' 5

Page 96: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

4. visto que a autoridade é m inistro de Deus para teu bem . En-tretanto, se fizeres o m al, tem e; porque nâo é sem m otivoque ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, paracastigar o que pratica o mal.

5. 2 necessério que 1he estejais sujeitos, nâo somente (por cau-sa1 da ira, mas também por dever de consciência.

6. Por esse m otivo tam bém pagais tributos'. porque sâo m i-nistros de Deus, atendendo constantem ente a este pröprioassunto.

7. Pagai a todos o que lhes é devido'. a quem tributo, tributo; aquem direitos alfandegârios, direitos alfandegârios; a quemtem or, tem or; a quem honra, hortra.

8. A ninguém fiqueis devendo cousa algum a, exceto o am orcom que vos ameis uns aos outros: pois quem am a ao pröxi-m o, tem cum prido a lei.

4. .4 espada- o instrumento da pena de morte que Deus autoriza o magistra-do a infligir.

5, Ntïo somente pelo temor âa ira - Isto é, da puniçâo intligida pelo homem.MJs tatnbém por dever de consciência - Que emana da obediência a Deus.

6. Por esse hrlcri'pt/ - porque sJo ministros (oficiais) ie Dcns para o bem-estarpûblico. :4 este serviço - O bem-estar ptiblico.

7. ,4 todos - Os magistrados. Tributos - lmpostos sobre nossa pessoa ou bens.Direitos IT/jc/lfïtryylrips48 - sobre bens importados ou exportados. Temor -Obediência. Honra - Reverência. Todas estas coisas sào devidas ao podersupremo.

8. De nosso dever para com os magistrados, ele passa a deveres gerais. Amar;kln ao prflro - Uma dfvida eterna que nunca pode ser suficientemente sal-dada; se, porém, o amor for convenientemente praticado, e1e salda todasas outras dfvidas. Pois quetv r/rn;ë ao rr/xfhnp - Como deve amâ-lo. Jti temclf//lpri'rb toda a lei, para com c) pröximo.

48 é interessante notar que Wesley sempre insistiu nesse ponto, chegandoaté a incluf-lo nas Regras Gera/s.Atentaçào do contrabando era especial-mente forte em portos como o de Bristol.

9 4 N o-rzxs Expt-lcA-rlvAs

Page 97: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

9. Pois isto: Nào adulterarâs, nào m atarâs, nào furtarés, nâo di-râs falso testem unho, nâo cobiçarâs, e se hâ qualquer outrom andam ento, tudo nesta palavra se resume: Am arâs ao teupröxim o como a ti mesm o.

10. O am or nâo pratica o m a1 contra o pröxim o; de sorte que ocumprimento da 1ei é o am or.

11. E digo isto a vös outros que cortheceis o tempo, que jâ é horade vos despertardes do sono; porque a nossa salvaçâo estâagora m ais perto do que quando no princfpio crem os.

12. Vai alta noite e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obrasdas trevas, e revistam o-nos da arm adura da luz.

9. Se h# qualquer pfklrp - M ais particular. Mandamento - Referente ao pröxi-mo; como hâ muitos mandamentos na lei em geral. Tudo nesta palavra seresutne - De forma que, se nJo tivesse tal mandamento presente, mas se oteu coraçâo estivesse cheio de amor, tu o cumpririas.

10. De sorte çl?c p cuhrlprfhuézrc da lei ? n amor - Porque o mesmo amor que noscofbe de praticar o mal nos incita a praticar toda sorte de bem.

11. Efazes' isfp. Cumpre lei do amor em todas as dimensöes acima menciona-das. V'/s piflrt?s que conheceis c temïo - Cheio de graça, mas passageiro. Que# é àprc de lvs despertardes do sorfp - Qulo belamente a metâfora se desen-volve. Esta vida, uma noite; a ressurreklo, o dia; o evangelho brilhandosobre o coraçâo, a aurora de um novo dia; estamos despertos do sono; paralevantar e lançar fora a roupagem da noite, apropriada sö para a escuridâo,e colocar vestes novas; e, como soldados, cercados por tantos inimigos, de-vemos pegar em armas e preparar-nos para a batalha.

O dia amanhece quando recebemos a fé, e entào o sono se vai. Entào éhora de levantar, pegar em armas, andar e trabalhar, para que o sono nâonos domine de novo, paulatinamente. A salvaçiïo final, a glöria, estâ maisperto de nös do qae çrfflrlrfo no prirlc//lb cremos - E1a avança continuamen-tea voando em frente sobre as mais râpidas asas do tempo. E o espaçoentre a hora presente e a eternidade é, comparativamente, apenas umm om ento.

49 O verbo nâo aparece no grego. W esley segue a KJV, mas as versöesmodernas geralmente nâo o fazem.

IQOMANOS 9 5

Page 98: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

13. Andem os dignam ente, com o em pleno dia, nâo em orgias ebebedices, nâo em im pudicfcias e dissoluçôes, nâo em con-tendas e citim es;

14. mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhaispara a carne, no tocante às suas concupiscências.

13, Orgias - Festas luxuriosas e elegantes.

14. Mas revesti-vos do Senbor Jesas C'rislo - Nisto é contida a totalidade (ï;p nossasfllrrfltib. / uma jorte e l;kJJ expressllo da mais fntegra uniào com ele, e deestarmos revestidos de todas as graças que nele havia, O apöstolo nào dizIliteralmentel: ''Revesti-vos de pureza e de sobriedade, mansidào e bene-volência/'; mas e1e diz tudo isto e mi1 vezes mais de uma vez ao dizer:Revesti-vos de Cristo. iï nada disponbais para - Levantar desejos tolos ou,sendo esses levantados, satisfazé-los.

9 6 N om s Expl-lcv lm s

Page 99: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

R S 14

1. Acolhei ao que é débil na fé, nào, porém, para disctztir opiniöes.2. Um crê que de tudo pode com er, m as o débil com e legum es,3. quem com e nào despreze ao que nào com e; e o que nâo comenào julgue o que come, porque Deus o acolheu.

4. Quem és t'u que julgas o servo alheio? Para o seu pröprioserthor estâ em pé ou cai; m as estarâ em pé, porque o Senhoré poderoso para o suster.

5. Um estima um dia acima do outro; outro julga iguais todosos dias. Cada um esteja plenamente persuadido em sua prö-pria m ente.

6. Quem distingue entre dia e dia, para o Senhor o distingue; eele que nào distingue, para o Senhor ele nào o distingue.Quem come, para o Selahor come, porque dâ graças a Deus; equem nâo com e, para o Senhor nâo com e, e dâ graças a Deus.

# Notas

1. z'îo que ? débil - Por causa de escrupulosidade exagerada. Acolbei - Comtodo o amor e cortesia na comunhâo cristà. Nâ'o, porém, para discutir 0pl'-nièes - Sobre pontos questionsveis.

2. Tffffp --lbda a espécie de comida, mesmo aquela proibida pela lei kjudaical.3. rNâo1 despreze f?tl que HJP come - Como escrupuloso demais ou supersticioso.(Nà.o1 jalgue f) que come - Como profano, ou como tomando muitas liberda-des. Porque Deus p acolbeu - Entre o nûmero dos seus filhos, apesar disso.

5. EUm estimal um fïif? acima de lf/r/ otltro - Como luas novas e outras festasjudaicas. Cada ff/?t esteja plenatnenfe persuadido - Que a coisa em questàoseja correta, antes de praticé-la.

6. Para t? Senlwr p distinglle - A saber, de um princfpio de consciência paraDeus. Para p qenllor ele ptflt? p (listivgueso. Ele também age com um princfpiode consciência. Qncln Hlp c()?nc carne. D# graças fl Deus pelos legumes queDeus providenciou.

50 Esta parte do verbo nâo aparece em Almeida, mas Wesley, segundoKJV, a mantém.

R OM ANOS 97

Page 100: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

7. Porque nenhum de nös vive para si mesmo, nem morrepara si.

8. Porquez se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos,para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos,som os do Senhor.

9. Foi precisam ente para esse fim que Cristo morreu e ressur-giu; para ser Senhor, tanto de mortos com o de vivos.

10. Tu, porém, por quejulgas a teu irmâo? E, tu, por que despre-zas o teu? Pois todos perm anecemos perante o tribunal deDeus.

11. Como estâ escrito: (1s 45.23) Por minha vida, diz o Senhor,diante de mim se dobraré todo joelho, e toda lfngua confes-sarâ a Deus.

12. Assim, pois, cada um de nös darâ contas de si m esm o a Deus.

13. Nâo nos julguemos mais uns aos outros; peto contrârio, tomaio propösito de nâo pordes tropeço ou escândalo ao vossoirm âo.

7. Porque nenbutn de n/s - Cristâos, nas coisas que fazemos. libc para si tnes-mo - Esté a seu pröprio dispor; faz a sua pröpria vontade.

1C). Ou porque desprezar p teu Jïrmll7? Até aqui, o aptstolo tem falado para oirmâo fraco gna fél; agora e1e fala para o mais forte.

11. (Juro) ,0r mfnhc thffk - Um juramento pr6prio ao Senhor, porque s6 elepossui a vida infinita e independente. Aqui Cristo L chamado tanto Senhore Deus, porque é para ele que vivemos e mormmos. Toda Ilhgua conjessarti aDeus 51 - Hâo de reconhecê-lo como seu verdadeiro Senhor; o que sö en-tào seré realizado plenamente. O Senhor permita que achemos misericör-dia naquele dia; e que e1a seja concedida àqueles que têm pensado diferen-temente de nös! Sim, mesmo os que nos censuraram e condenaram porcoisas que fizeram no afâ de agradl-lo, ou que nos recusamos a fazer, pormedo de ofendê-lo.

13. Pek contrério, l()??kJlp' o propôsito - Concernente a nös mesmos. De nJp pordestropeço - Por incentivares o irmào a agir como 0, contrariando a cons-ciência dele, ou escéukclo, fazendo-o odiar ou julgar a ti.

51 Wesley segue a KJV na traduçâo do grego.

9 8 N OTAS Expt-lcA-l-lvAs

Page 101: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

14. Eu sei, e disso estou persuadido pelo Selnhor Jesus, que ne-nhum a coisa é de si m esmo im pura, salvo para aquele queassim o considera; para esse é impura.

15. Se por causa de t'ua comida o teu irmâo se entristece, jâ nâoandas segundo o amor fraternal. Por causa da tua com idanâo faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu.

16. Nâo seja, pois, vituperado o vosso bem.17. Porque o reino de Deus nâo é comida nem bebida, masjusti-

ça, e paz, e alegria no Espfrito Santo.18. Aquele que deste m odo serve a Cristo, é agradâvel a Deus e

aprovado pelos hom ens.19. Assim , pois, seguim os as coisas da paz e tam bém as da

edificaçâo de uns para com os outros.

14. Esto;f persuadilk ,:/0 'enhor y'esyks - Talvez por uma revelaçâo particular.Que nenbuma coisa - Quer carne, quer legumes. L de si mesmo impura -Proibida ao cristâosz.

15. Se o teu irmào se entristece - Isto é, (se) é prejudicado, conduzido aopecado. Nà-o #(Js ïerecer aqaele a favor de jucpl C'rfsfp morres - Portantoaqui vemos que aquele por quem Cristo morreu pode ser destnlfdo. Porcausa da tua comida - Nâo valorizeis mais a tua comida do que Cristo valo-rizou a prépria vida.

16. Nöo seja, pois, vituperado, o vosso bem - A saber, vossa liberdade lfcita, pordar ofensa aos outros.

17. Porque o ra'np de Deus - A saber, a verdadeira religiào, nâo consiste decerimônia interna. Mas justka - A imagem de Deus estampada no cora-çâo; o amor para com Deus, para com o ser humano, acompanhado da pazque excede todo o entendimento (Fp 4.7) e alegria np Espkkito 517:,)053.

18. Deste ?'rlpib - Pelajustiça, paz e alegria. Honlens - lsto é, os homens sébiose bons.

19. hpaz e a edjcaçâo sâo intimamente ligadas.Ateologia prâtica conduz igual-mente à paz e à edificaçâo. A teologia apologética tende menos diretamen-te à. edificaçâo, embora, às vezes, nös, como aqueles da antiguidade, nâopodemos edificar sem ela (Ne 4,17).

52 No original, unlawtul under the gospel.53 Este texto era um dos textos prediletos de W esley para a pregaçâo.

l4(.nMANos 9 9

Page 102: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

20. Nâo destruas a obra de Deus por causa da com ida. Todas ascoisas, na verdade, sâo lim pas, mas é m au para o homem ocomer com escândalo.

21 E' bom nâo comer carne, nem beber vinho, nem fazer qual-

uer outra coisa com que teu irm âo venha a se ofender.Q22. Tens fé? Tem -na para ti mesm o perante Deus. Feliz é aquele

que nâo se condena naquilo que aprova.23. M as aquele que tem dtividas, é condenado, se com er, porque

o que faz nâo provém de %. e tudo o que nào provém de fé épecado.

20. z4 obra de Deus - A qual Deus edifica na alma pela fé e na Igreja pela con-cördia. Mls é mau para p lmmem p comer com esrlrlfk/o - De acordo a ofen-der uma outra pessoa pelo seu comer.

21, Seja causa de frppcft? a teu i'rrrlâb - Por imitar-te a ti, contra a consciênciadele e contrârio à justiça. Ou enfraquecido -Assim hesitando entre imita-çâo e rejeiçào, resultando na perda daquela alegria no Senhor que forasua força.

22, Tensfé que todas as coisas sâo puras? Tem-na para ti mesmo ?erante Deus -Em circunstâncias como estas, faze segredo disso para que nâo ofendas osoutros por causa da tua convicçâo. Feliz J aquele que nJo se condena - Porum uso inconveniente de coisas em si inocentes e feliz aquele que esté livrede uma consciência vacilante! O que tem uma consciência vacilante podeaprovar a coisa em questâo e se cpnrknf?r por causa dela.

23. Porçtfc rlJo prozël'll jajé - Ele nào crê que seja lïcito; e, em todos os casosdesta natureza, tudo que nln provém #c

.# ? pecado - Tudo quanto alguémfaz sem uma plena convicçâo de que seja lfcito é, para ele, ïecado.

100 N om s Expl-lcv lvAs

Page 103: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

S 15

1. Ora, nös que som os fortes, devem os suportar as debilidadesdos fracos, e nào agradar-nos a nös mesm os.

2. Que cada um de nös agrade ao pröximo para o bem dele,visando a edificaçâo.

3. Porque Cristo nâo se agradou a si m esm o, antes, como estâescrito: (Sl 59.9) As injflrias dos que te ultrajavam, caframsobre m im .

4. Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foiescrito, a fim de que, pela paciênda, e pela consolaçào das Es-crituras, tenhamos esperalxa.

5. Ora, o Deus de paciência e consolaçâo vos conceda o mesm osentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus,

6. para que vös, concordem ente e a um a voz, glorifiqueis aoDeus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

7. Portanto acolhei-vos uns aos outros, com o também Cristo nosacolheu para a glöria de Deus.

# Notas

1. Portanto rlds que somosfortes - De raciocfnio mais esmerado e livres dessesescnipulos. E nlp agradar-nos a n/s tnesmos - Sem levar em conta os senti-mentos dos outros.

2. Para t? bem dele - Esta é uma palavra geral: edlicaçà'o e uma espécie debem Igerall.

3. Antes ele tomou sobre si nâo sö as enfermidades Icf. ls 53.41 dos seus ir-mâos - mas também as injtirias que lhes pertenciam; e assim ele cumpriua escritura citada.

1. Outrora - No Antigo Testamento, ahm de que, pela paciência e pela cpnspklflbdas Escrituras, tenhamos esperança - Que através da consolaçâo que Deusnos dâ pelas Escrituras, tenhamos mais paciência e uma alegre espermxa.

5. Segundo o poder de Jesus Cristo.6. Para qae rlds - Tanto judeus quanto gentios, crendo concordemente e con-

fessando a uma 'ppc.7. zlctpl/lcï-ros unb aos Outros - Fracos e fortes, com amor mlituo.

lk( 'MANos 10 1

Page 104: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

8. Digo, pois, que Cristo Jesus foi servo da circuncisào, em prolda verdade de Deus, para confirmar as prom essas feitas aosnossos pais;

9. e para que os gendos glorifiquem a Deus por causa da suamisericördia, como estâ escrito: (Sl 18.49) Por isso eu te con-fessarei entre os gentios;

10. E também diz: (At 32.43) Alegrai-vos, (5 gentios, com o seupovo.

11. E ainda: (Sl 117.1) Louvai ao Senhor, vös todos os gentios, etodos os povos o louvem .

12. Também Isafas diz: (1s 11.10) Haveré a raiz de Jessé, aque-le que se levanta para governar os gentios; nele os gentiosesperarâo.

13. E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz novosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder doEspfrito Santo.

8. Digo, pois - O apéstolo mostra aqui como Cristo nos recebeu. Cristolesus- Jesus é o nome, Cristo o sobrenome. Este nome foi conhecido primeiropelosjudeus; aquele pelos gentios. Assim ele é chamadolesus Cristo quan-do as palavras aparecem na sua natural e comum ordem. Quando se in-verte a ordem como aqui, o offcio de Cristo é mais solenemente conside-rado. h i servo - Do Pai. Da circffncïsflp - Visando a salvaçâo dos circun-cidados, os judeus. E3v prol da verdaâe de Deus - Para manifestar a verda-de e a fidelidade de Deus.

9. Como esll escrito - No Salmo 18, onde se fala de gentios e judeus juntosadorando o Deus de lsrael.

12. Havertia raiz delessé- oue reis e oMessias viriam da sua casa fora prome-tida a Jessé antes do que o foi a Davi. Tkle (?s gcrlàfa; cspcrcrlo. - Os quaisoutrora estavam sem esperança (Ef 2.12).

13. E o Deus da esperança - Um glorioso tftulo de Deus, mas antes desconhe-cido dos pagâos, porque sua deusa Esperança nâo era nada; seu prépriotemplo em Roma foi queimado por um raio. Foi, na verdade, se construin-do nào muito depois, mas mais uma vez queimado ao chho.

102 N oa-As Expt-lcA-rlvAs

Page 105: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

14. E certo estou, meus irmâos, sim , eu mesm o, a vosso respeito,de que estais plenos de bondade, cheios de todo o conheci-m ento, aptos para vos adm oestardes uns aos Outros.

15. Entretanto vos escrevi em parte m ais ousadam ente, com oara vos trazer isto de novo à m em öria, Por causa da graçaPue m e foi outorgada por Deus,q

16. para que eu seja servo de Jesus Cristo aos gentios, minis-trando-lhes o evangelho de Deus, para que a oferta dos gen-tios seja aceitâvel, uma vez santificada pelo Espfrito Santo.

17. Tenho, pois, motivo de gloriar-me em Cristo Jesus nas coisasconcernentes a Deus.

18. Porque nào ousarei falar sobre coisa algum a que Cristo nâooperou por mim, para tornar obedientes os gentios, por (mi-lahal palavra e obra,

19. por poderosos sinais e prodfgios, pelo Espfrito de Deus; demodo que de Jerusalém e circunvizinhanças, até ao llfrico,tenho pregado em toda a parte o evangelho de Cristo,

20. esforçando-m e deste m odo por pregar o evangelho, nâoonde Cristo jâ fora anunciado, para nâo edificar sobrefundam ento alheio;

#

14. Hâ diversas conclusöes desta epfstola; a primeira começa com o presenteversfculo. A segunda, Rm 16.1; a terceira, v. 17; a quarta, v. 21; e a quinta, v.25. Estais plenos Iïc bondade - Por terdes sido criados de novo. !; cbeios detodo o conhecimento - Por longa experiência das coisas de Deus. Paraaâmoestardes - Para instnlirdes e confirmardes.

15. Por causa da graça - lsto é, porque sou apöstolo aos gentios.

16. :4 ferta dos gentios - Como sacriffcios vivos.17. Tenho, pois, ?'/ltlll':?p fle gloriar-me por y'csns Cristo - Todo o meu gloriar estâem Jesus e por ele.

18. Ppr imlavra - Pelo poder do Espfrito. Por (Trfl - A saber, ''por poderosossinais e prodfgios'' Iv. 191.

20. NJp onde Cristo jdfora anunciado - Estes lugares ele geralmente evitavavisitar, embora nào sempre, pois possufa uma santa a'nbiçtio (assim é k'

I4( JS,I Alxlos l ()3

Page 106: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

21. antes, como estâ escrito: (ls 52.15) Aqueles que nâo tiveramnotfcia dele verâo, e os que nada ouviram com preenderâo.

22. Essa também foi a razâo que, por tanto tem po, fui im pedi-do de ir ter convosco.

23. Agora, porém , nào tendo mais cam po para meu trabalhonestas regiöes e desejando hâ muito chegar até vös,

24. quando for para a Espanha, espero ver-vos de passagem epara 1é ser por vös encam inhado, depois de desfrutar umpouco da vossa com panhia.

25. Mas agora estou de partida para Jerusalém a serviço dossantos.

sentido correto do vocâbulo gregolsl para fazer a primeira proclamaçàodo evangelho em lugar onde ele era totalmente desconhecido, a despeitode todas as dificuldades e perigos que isto encerrava. Para r!J(? apenasedljicar stll7rc/lf?klr/pncl7r(? albeio - A providência de Deus parecia de ma-neira especial (geral mas nào inteiramente), para que os inimigos do apts-tolo, os quais buscavam toda ocasiâo para menosprezâ-lo, nâo pudessemalegar que ele estava atrls dos outros apöstolos nâo podendo, e1e prö-prio, plantar igrejas, senâo apenas capaz de pregar onde outros j# estiveratnantes; ou que e1e esquivava-se da parte mais diffcil do ministério.

22. Esta àl/zlà?huj(?ï a rfTzlp porqueyi rltlr tanto fph?/p(? imçedido de ir convosco. Poisentre nös Cristo jl se havia dado a conhecer.

23. Agora, pr/rn, nàb tendo p/l;7fs camïo para meu trabalbo rlcsàf?.s regiks - Onde Cris-to jâ fora pregado em todas as cidades.

24. Para a fsprfn/lrf - Onde o evangelho nâo fora pregado ainda. Depois dedeshutar rf?r/ pouco da 'pnss;p companbia - Quào digno de nota é a modéstiacom que fala! Os romanos poderiam antes desejar desfrutar a comparthiade Paulo. U/17 pouco - Sugerindo a brevidade de sua estadia; ou, talvez,que sö Cristo pode totalmente satisfazer a alma.

54 Como vemos, W esley acompanha a KJV na sua versâo; mas aqui eledé o sentido literal do grego, no que é seguido por muitos tradutoresmodernos.

1.04 N o-rAs Expl-lcA-rlvyks

Page 107: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

26. Porque aprouve à M acedônia e à Acaia levantar um a coletaem beneffcio dos pobres dentre os santos que vivem em Je-rusalém .

27. lsto lhes pareceu bem, e mesm o lhes sâo devedores; porquese os gentios têm sido participantes dos valores espirituaisdos judeus, devem também servi-los com bens materiais.

28. Tendo, pois, conclufdo isto, e havendo-lhes consignado este jfruto, passando por vös, irei à Espanha.

29. E bem sei que, ao visitar-vos irei na plenitude da bênçâo doevangelho de Cristo.

30. Rogo-vos, pois, irmâos, por nosso Senhor Jesus Cristo e tam-bém pelo am or do Espfrito, que luteis J'untam ente comigonas oraçöes a Deus a m eu favor,

26. Os pobres dentre ps santos que 'piplp/n em lcrnsl////; - Nâo se pode inferir dessaexpresslo que a comurthâo de bens entre os cristàos jl nJo existia. Tudoque se pode concluir destas palavras é que nesse tempo de grande escassez(Atos 11.28-29), alguns dentro da lgreja passavam necessidade; o resto po-dendo apenas subsistir, eles pröprios, impossibilitados de suprir as neces-sidades dos seus irmâos.

27. Isto lhes pareceu bem; e mestno lhes s& devedores. lsto é, eles sâo constrangidosa assim agir, tanto por justiça quanto por misericördia. Wlprcs espirituais -Pela pregaçâo do evangelho. Bens ?nfftcricfs - Coisas necessârias ao corpo.

28. Havendo-lbes ctl/:s7'gnfll() estejruto - Quando tiver seguramente entregue aeles, como sob selo, o fruto do amor dos seus irmàos. Passanâo pr pls, irei )Espanba - Assim foi o seu proptsito, mas nâo parece que ele realmente foià Espanha. Hâ muitas vezes propösitos santos nas mentes de homens bonsque sâo anulados pela providência de Deus, de modo a nunca se realiza-rem. Mesmo assim, sào preciosos aos olhos de Deus.

30. lkogo pelo amor rb Esplrito - A saber, pelo amor que é o genufno fruto doEspfrito. Que luteis y'lznàflrrzcrfz cotzigo nas prfkltqcs - Quem deseja que osoutros lutem juntamente com e1e em oraçâo deve orar, ele pröprio. De to-dos os apöstolos, sö se registra de Paulo a solicitaçâo das oraçöes dos fiéisem prol de si. E ele geralmente faz isto nas conclusôes das suas epfstolas:Nào, porém, sempre da mesma maneira. Porque ele fala de uma maneiraàqueles que ele trata como seus filhos, com a gravidade ou até com a seve-ridade de um pai, como Timöteo, Tito, os Corfntios, os Gélatas; de outra

IQCIMANOS 105

Page 108: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

31. para que eu possa escapar das mâos dos incrédulos que vi-vem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bemaceito pelos santos;

32. A fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue àvossa presença com alegria, e possa recrear-me convosco.

33. E o Deus de paz seja com todos vös.

maneira àqueles que ele trata mais como iguais, tais como os Romanos, osEfésios, os Tessalonicenses, Colossenses e Hebreus.

31. Para que eu possa escapar das mlps - Ele age com ta1 urgência por perceber aimportância da sua vida para a lgreja. De outw modo, e1e se regozijaria de''partir e estar com Cristo'' @Fp 1.231. E que este meu scrpïw sejl krn aceito -A despeito de todos os preconceitos deles; para que os crentes judeus egentios sejam entrelaçados num terno amor.

32. Afim de jffc cicgltc ) rcssc prescrllfl - Esta parte se refere aos incrédulos.Com Jkgr/'f7 - Refere-se aos ''santos'', Iambosl do verso anterior.

106 N om s Exptalcv lvxs

Page 109: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

S 16

1. Recom endo-vos a nossa irm â Febe, que é um a serva daigreja de Cencréia,

2. para que a recebais no Selahor com o convém aos santos, e aajudeis em t'udo que de vös vier a precisar; porque tem aju-dado a muitos, e a mim inclusive.

3. Saudai a Priscila e a Aquila, meus cooperadores em Cris-to Jesus,

4. os quais pela minha vida ofereceram o seu pröprio pescoço;e isto lhes agradeço, nâo som ente eu m as também todas asigrejas dos gentios;

5. saudai igualmente a igreja que se refme na casa deles. Saudaia meu querido Epêneto, primfcias da Asia, para Cristo.

# Notas

1. Recomendo-os Febe - A portadora da carta. U/'rlc serva - O vocébulo gregosignifica uma diaconisa. Da Igreja rk Cencréia - Na era apostölica, algumasprudentes e piedosas mulheres eram nomeadas diaconisas em cada igreja.Seu offcio nâo era ensinar publicamente, mas visitar os enfermos, especial-mente mulheres, e ministrar-lhes nas suas necessidades tanto temporaisquanto espirituais.

2. No Senhor - Isto é, pelo amor do Senhor e de maneira cristâ. Paulo parecegostar muito dessa expressâo.

JëjjI'

4. Os qaais pela minha vida, por assim dizer, entregaram seu prjpnb pescoço - lsto jé, expuseram-se ao mâximo perigo. Mas àflrrll??'?'rl todas f?.s lgrejas dos gentios - jInclusive de Roma, por Iesse casal) ter preseNado uma vida tâo preciosa. '

5. Saudai a igreja que se reûne na casa deles - iquila fora expulso de Roma,durante o reinado de Cléudio, mas jâ estava de volta e desempenhava o 1

l que Gaio fazia em Corinto (Rm 16.23). Onde qualquer cris- 1.jmesmo papetâo possufsse uma casa grande, lâ todos eles se reuniam; a essa altura, 'porém, nâo havia em Roma nem bispos e nem diâconos, tào longe esta-vam de qualquer sombra de poder papal. Pelo contrârio, parece nâo terexistido em toda a cidade mais do que uma destas igrejas domésticasss.

ssAfirmaçào duvidosa, à vista dos vv. 14 e 15.

IQC'MANOS 107

1.

Page 110: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

6. Saudai a M aria que muito trabalhou por nös.

7. Saudai a Andrôrtico e a Jflniass6, meus parentes e companhei-ros de prisâo, os quais sào notâveis entre os apöstolos, e esta-vam em Cristo antes de m im .

8. Saudai a Am plfato, m eu dileto am igo no Senlnor.9. Saudai a Urbano, que é nosso cooperador em Cristo, e a m euam ado Estâquis.

10. Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai os da fam fliade Aristöbulo.

11. Saudai a m eu parente Herodiâo. Saudai os da fam flia de Nar-ciso, que estâo no Serthor.

12. Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor.Saudai a estim ada Pérside que tam bém m uito trabalhou noSenhor.

De outra forma, nào pode haver dlivida de que Paulo lhes teria sondadotambém. Embora o apöstolo nunca tivesse estado em Roma, m esm o as-sim ele tinha muitos conhecidos lâ. Mas nâo hâ mençâo a Lino ou Cle-menter: O que prova que eles nào vieram a Roma até depois disto. Prfn-atks da Xsk - O primeiro converso da isia Proconsular.

7. Os quais sJp nottiveis entre ps apôstolos - Parecem ter sido entre os maisantigos conversos.

9. Nosso colaborador - De mim mesmo e de Timéteo (v. 21).11. Os dafamtlia de Aristôbulo e de Narciso qve csll'p no .%rl/7p?'5'. Parece que ape-nas parte das famflias deles estava convertida. Provavelmente alpms nâoeram corthecidos pessoalmente por Paulo, senâo apenas por informaçâo.A fé nào gera a rabujice, mas cortesia, a qual nem a circunspecçâo de umapôstolo impedia.

12. baudai a Trlj ena e a Fnj' osa - Provavelmente eram irmâs59,

56 Muitas versöes modernas, inclusive a Biblia de Jerusalém , traduzem Jljnias,nome feminino, significando que na era apostölica existiam apöstolas.

57 Conforme Eusébio, Lino foi o primeiro bispo de Roma, apés Pedro e Paulo.Depois teriam vindo Anacleto e Clemente. (HlYt6ria Eclesiâstica, Livro 111,capitulos 2, 12, 15).

58 Wesley junta os vv. 10 e 11 .59 Possivelmente até gêmeas.

108 N OTA.S Exrat-lcA-rlvAs

Page 111: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

13. Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e igualm ente a sua m âe e aminha.

14. Saudai a Asfncrito, Flegonte, Herm es, Pâtrobas, Herm as eaos irmâos que se refmem com eles.

15. Saudai a Filölogo e a Jtilia, a Nereu e sua irmâ, a Olimpas e atodos os santos que se reùnem com eles.

16. Saudai-vos uns aos outros com ösculo santo. Todas as igre-'

as de Cristo vos satidam .J

17. Rogo-vos, irm âos, que noteis bem aqueles que provo-cam divisöes e escândalos, em desacordo com a doutrinaue aprendestes; afastai-vos deles,Q

13. Saudai rl Rujo - Talvez o mesmo mencionado em Mc 15.21. E igualmetlte Jsua CFIJC e a ??ll'r!JlJ- Esta expressào pode denotar apenas o carinhoso cuida-do que a màe de Rufo 1he havia proporcionado.

14. Saudai a Aslkcrito, Flegonte, etc. - Parece que ele agrupa aqueles relacio-nados por parentesco, proximidade de habitaçso ou qualquer circuns-tância semelhante. Ser saudado pelo nome nâo poderia deixar de animarespecialmente os pobres, pois possivelmente eles nâo sabiam que o apös-tolo sequer havia ouvido falar deles. Pode-se observar que, embora oapöstolo nào se esqueça de ninguém que mereça ser lembrado, ele ajustaa natureza da saudaçào à proporçâo do merecimento daqueles a quemele salida.

15. Saudai a todos t?s santos - Se Pedro tivesse estado em Roma na época,Paulo o teria indubitavelmente saudado pelo nome, desde que ninguémneste catâlogo numeroso era tâo eminente como ele. M as se e1e nâo esta-va em Roma, toda a tradiçâo rcatölico-) romana, no que tange à sucessâode bispos, desmorona no seu artigo mais fundamental.

16. Saudai-vos uns aos piflrps com Jsc7klp santo - Chamado por Pedro de ''ösculode amor'' (1Pe 5.14). Assim terminavam todos os seus offcios, os homenssaudando os homens, e as mulheres as mulheres, E parece que tal costu-me apostölico tenha continuado por um bom tempo em todas as lgrejascristâs.

I 7. Qlfc noteis l?::n aqueles çrfe provocam J/bistks - Portanto havia tais tambémem Roma. Ajastai-vos cleles.

I4k)MANos 109

Page 112: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

18. porque tais pessoas nâo servem ao Senhorlesus Cristo e, sim,a seu pröprio ventre; e, por boas palavras e belos discursos,eles enganam os coraçôes dos inofeasivos.

19. Pois a vossa obediência é conhecida poz todos; por isso mealegro a vosso respeito; e quero que sejais sâbios para o beme sfm plices para o mal.

20. E o Deus da paz em breve esm agarà debaixo dos vossos pésa Satanés. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco.

21. Satida-vos Timöteo, meu cooperador, e Lflcio, Jasom eSosfpatro, meus parentes.

22. Eu, Tércio, que escrevi esta epfstola, vos satido no Senhor.

23. Saûda-vos Gaio, meu hospedeiro e de toda a igreja. Saflda-vos Erasto, tesoureiro da cidade, e o irmio Quarto.

18. Por boas palavras - Concernentes a eles pröprios, prometendo grandes coi-sas. E belos discursos - Concernentes a vös, louvores e lisonjas. DOs inojen-sizm - Os quais, nâo praticando o hnfll eles pr6prios, NJI? se prcîakt'?'rf contraaqueles que ojazem.

19. Quero que sejais - Nâo sö obedientes como também prudentes. ba-bios parap bem - O mais instrufdo possfvel, no bem. 12 Sl-mplices para (? mal - Quantomais ignorante do mal, melhor.

20. E (? Deus dapaz - 0 autor é amante da paz, que abenwa a nossa prudência.Esmagarti debaixo dos vossos rës a Drf/nl's Icf. Tm 3.151 - Derrotarâ todos osartïfices daquele semeador de joio e unir-vos-s à cada vez mais estreita-m ente em am or.

21. Timôteo, meu cooperador - Aqui Timöteo é mencionado pelo nome, m esm oantes dos parentes de Paulo. Mas, por nunca ter estado antes em Roma, e1enâo é mencionado no começo da epfstola.

22. Eu, T?rcb, qae escrevi esta ep2?)&;1, slgrfp-rt?s - Tércio, o qual escrevia o queo apöstolo ditava, inseriu essa saudaçâo, por ordem ou pleno consenti-mento de Paulo. Cak - O corfntio (1Co 1.14), Meu hospeieiro e ;1: toda igreja- Que provavelmente se reuniu por algum tempo na sua casa6o.

23. O tesoureiro da cidade - De Corinto.

60 A mençâo a Gaio esté no v. 23.

1 10 N o-rAs Expt-lcA-lqvA s

Page 113: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

24. A graça de nosso Serthor Jesus Cristo seja com todos vös.Am ém .

25. Ora, àquele que é poderoso para vos confirm ar segundo omeu evangelho e a pregaçâo de Jesus Cristo, (conforme a re-velaçâo do mistério, guardado em silêncio desde o com eçodo m undo,

26. e que agora se tornou manifesto, e foi dado a conhecer porm eio das Escrituras proféticas, segundo o m andam ento doDeus eterno, para a obediência por fé, entre todas as naçöes.)

27. Ao tinico Deus sébio seja dada a glöria, por meio de JesusCristo, por todo o sem pre. Am ém .

25. OrJ, àquele que tjppikrpsa - As tiltimas palavras da epfstola correspondemexatamente à primeira parte (1.1-5): em particular, concernente ao poderde Deus, o evangelho, Jesus Cristo, as Escrituras, a obediência da fL, to-das as naçôes. Para 'nos conhrmar - Ambos, judeus e gentios. Segundo ()meu evangelbo c a prcplfïc de Jcsus Cristo - A saber, segundo o teor doevangelho delesus Cristo çue eu prego. Conjorme a revelaçâo Jo mistério -Ao chamado dos gentios, que por claramente tivesse sido prenunciadonos profetas, ainda estava escondido mesmo de muitos judeus crentes.

26. begundo o tnandamento - O fundamento do offcio apostölico. Do Deus eter-no - Nâo poderia haver um (tftulol mais apropriado. Uma novadispensaçâo nâo implica qualquer mudança em Deus. Corthecidas dele sâotodas as suas Obras fAt 15,18, KJVJ e toda a rcrïf/ftip delas, desde a eternidade.Foi Iff7fb a conbecer entre ltdffs ab ?kf?ltk5 - Nâo meramente que elas pudes-sem conhecer, mas também desfrutl-la, por obedecer a fé.

27. a4t? Iirlico Deus slfàftl - Cuja multiforme sabedoria é conhecida na lgreja pormeio do evangelho (Ef 3.10). ''Aquele que L poderoso'' Iv. 251 e ''ao Deussâbio'' se juntam (aqui) como em 1Co 1.24, onde Cristo é cognominado ''asabedoria de Deus'' e ''o poder de Deus''. ,4 ele seja dada glôria por ?rlcftl deJcs/fs Cristo gfkrfk toâo p sempre - E que todo o crente diga: Atném!

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Page 114: John Wesley - Romanos Notas Explicativas

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