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Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro (nº 13)
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Ministra da Educação visita a Escola Ferreira de Castro
Microoft
Data do boletim
Nesta edição:
Balanço ao ano lectivo 2-4
Visita da Ministra da
Educação
5
Dia da Escola e Festa
da Escola
7-8
Novas Oportunidades 9
Ser Português 11-13
Opinião 15
Desporto 16-17
Novo logótipo 18
A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 13 Junho 2011
No passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel
Alçada, visitou as novas instalações da escola. A recebê-la, além
de representantes da escola estavam também diversas outras
entidades, entre as quais dos órgãos autárquicos concelhios.
“A Selva” acompanhou a
visita e dá conta dos
registos do acontecimento
na página 5.
O Dia da Escola,
comemorado no dia
24 de Maio, foi
preenchido por
múltiplas iniciativas
culturais e
desportivas, nas
quais se destacaram
as mostras dos
trabalhos
desenvolvidos em
Área de Projecto.
Ver mais na página 7
Dia da Escola
No jantar de Natal de 2008 a professora Ivone, como era conhecida, foi
homenageada por toda a comunidade educativa da Ferreira de Castro,
como “A Selva” nº 8 na altura noticiou. Aposentou-se nesse ano lecti-
vo, depois de acompanhar várias gerações de alunos desta escola,
embora considerasse que não era possível deixar de ser professora
quando lhe estava na alma a paixão de ensinar. Nesta sua nova partida,
dizemos-lhe: até sempre, professora Ivone!
Ivone Ferreira
2010-2011
Um balanço
ao ano lectivo (Pág. 2)
(P. 8)
Escola em obras
O ano lectivo de
2010/2011 da Escola Básica
e Secundária de Ferreira de
Castro foi marcado, como o
anterior, pelas obras de
remodelação e moderniza-
ção do edifício escolar. Em
quase todo o primeiro perío-
do, a escola ainda estava
muito limitada em número
de salas disponíveis, preci-
sou de recorrer a monoblo-
cos e teve de conviver com
obras nem sempre compatí-
veis com a prática lectiva:
barulho e pó ou lama quan-
do chovia. E não choveu
pouco! No dia 4 de Outubro
foi mesmo necessário fechar
a escola devido ao temporal
do fim de semana anterior
que derrubou tapumes de
obras, levantou coberturas
provisórias e inundou os
actuais gabinetes de directo-
res de turma, parte da secre-
taria e corredores adjacentes.
Apesar dos contratempos,
as obras foram correndo
bem e despedimo-nos do
último bloco das antigas
instalações com a saída da
biblioteca do Bloco A para o
espaço do actual auditório/
polivalente, em Outubro de
2010.
Houve anúncios (não ofi-
ciais) da conclusão das obras
até ao fim do ano de 2010,
mas isso não aconteceu. Só
no dia 2 de Dezembro é que
foi aberto o novo espaço do
bufete e da cantina (embora
as refeições continuassem a
ser servidas em regime de
catering). Conheceu-se nes-
sa altura o corredor cor-de-
rosa, onde passaram a fun-
cionar 4 salas de aula para
além das cerca de 50 salas
novas que já nos tinham sido
disponibilizadas pela empre-
sa que realizou a obras, a
Mota-Engil, mas ainda ficou
por concluir grande parte da
obra. Foi, portanto, pouco
antes do Natal que os mono-
blocos, também conhecidos
por “contentores”, deixaram
de ser utilizados, finalmente.
A sala de professores (que
desde o início do ano lectivo
funcionou, provisoriamente,
na sala de expressões), a
biblioteca, a papelaria/
reprografia, o átrio principal
e o patamar para estudo
informal por cima do átrio,
as salas do que será o átrio
de exposições e do corredor
vermelho sangue de boi
(ainda, por certo, desconhe-
cido de alguns alunos e pro-
fessores) só foram entregues
pela Páscoa. Mobiliário,
computadores, vídeo-
projectores e outros equipa-
mentos foram sendo instala-
dos, sobretudo durante o
segundo período. O fim pre-
visto da empreitada estava
marcado para o dia 14 de
Março de 2011, mas as
obras continuaram e, neste
momento, ainda decorrem
alguns pequenos trabalhos.
Contamos todos, que esteja
tudo terminado até ao fim do
próximo mês de Agosto e
tudo o que se tenha de fazer
depois sejam apenas traba-
lhos de manutenção.
Escola viva
A escola é o espaço onde
estamos, mas é sobretudo a
vida que esse espaço propor-
2010-2011 - um balanço ao ano lectivo
Página 2
Propriedade: Escola Básica e Secundária Fer-
reira de Castro - Rua Dr. Silva
Lima
3720-298 Oliveira de Azeméis
Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314
Directora: Ilda Ferreira
http://www.esfcastro.net
Responsabilidade pela edição,
redacção e composição
Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gas-
par, Mónica Pereira, Sílvia Chou-
peiro, Vanessa Lima (edição);
Diana Conceição, Diogo Silva,
Miguel Teixeira, Rosa Silva
(redacção); Ana Carvalho, Sara
Agostinho, Tânia Paiva, Yhony
Alves (composição).
Professores: Artur Ramísio
(Área de Projecto) e Maria João
Moreira (Português).
Impressão: Escola B. e Secundá-
ria Ferreira de Castro
Tiragem da versão impressa: 200 ex.
Ficha Técnica
ciona e a sua projecção para
a comunidade educativa.
Mesmo condicionados pelas
obras, tanto alunos como
professores, pais e assisten-
tes operacionais se empe-
nharam na dinamização de
múltiplas iniciativas inscri-
tas no Plano Anual e Pluria-
nual de Actividades que
fazem desta escola um cen-
tro de estudos e de encami-
nhamento quer para a uni-
versidade, quer para cursos
técnico-profissionais e de
preparação da integração no
mundo do trabalho.
O Plano Anual de Activi-
dades (PAA) é o meio privi-
legiado que a escola tem ao
seu dispor para a concretiza-
ção do seu Projecto Educati-
vo. Pretende-se enriquecer e
ampliar conhecimentos, esti-
mular a curiosidade e desen-
volver valores, nomeada-
mente o respeito mútuo, a
honestidade, a criatividade,
a democracia e a ética. E o
PAA deste ano foi rico na
diversidade e na qualidade
das propostas e das concreti-
zações, algumas delas bas-
tante originais.
O ano lectivo começou
praticamente com a entrega
de Diplomas aos alunos que
concluíram o ensino secun-
dário no ano anterior, a que
se associou a entrega tam-
bém do Prémio de Mérito
aos melhores alunos do ano
passado. Foi ainda neste dia
que se procedeu à apresenta-
ção e distribuição aos alunos
finalistas do Anuário da
escola, referente ao ano lec-
tivo de 2009/2010 – uma
publicação realizada pela
primeira vez nesta escola,
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Balanço ao ano lectivo
que só será verdadeiramente
apreciada quando quisermos
recordar o momento passado.
Tendo como objectivo a
promoção e motivação dos
alunos para a aprendizagem
das Línguas Portuguesa e
Estrangeiras, o desenvolvi-
mento das suas competências
culturais, gerais e específicas
e estimular o gosto pelo
saber, foram previstas e reali-
zadas várias actividades,
nomeadamente o Hallowe‟en,
Sarau de Inglês, Semana das
Línguas, o Spelling Bee…
Não faltou a feira do livro,
o corta-mato escolar, que se
realizou fora da escola pelo
segundo ano consecutivo por
motivo de obras, o desporto
escolar – fomos, por exem-
plo, campeões de voleibol
juvenil feminino entre as
escolas do Entre Douro e
Vouga.
As diversas visitas de estu-
do calendarizadas, abrangen-
do todos os anos de escolari-
dade, reflectiram interdisci-
plinaridade, demonstraram
trabalho cooperativo e visa-
ram o sucesso dos alunos.
Todas as Áreas Disciplina-
res se envolveram activamen-
te na execução de mostras dos
trabalhos realizados ao longo
do ano, dando um colorido à
escola e demonstrando que
temos uma escola viva e dinâ-
mica.
O S. Martinho, o Jantar de
Natal, o Almoço da Páscoa,
entre outras celebrações, con-
gregaram, em momentos de
alegre convívio, professores e
demais comunidade educati-
va.
A saúde, o bem-estar e uma
alimentação correcta foram
uma preocupação constante e
não faltaram actividades que
mobilizaram um elevado
número de pessoas, entre as
quais a Dádiva de Sangue e a
Semana da Fruta.
O Centro Novas Oportuni-
dades realizou a já habitual
sessão de Entrega de Diplo-
mas aos adultos que concluí-
ram o seu processo de reco-
nhecimento de competências
e certificação de nível básico
ou secundário. Houve tam-
bém iniciativas doutro género,
nomeadamente uma muito
Página 3
2010-2011 - um balanço ao ano lectivo
participada acção de esclare-
cimento sobre a “A Nova
Ortografia” da Língua Portu-
guesa.
A Associação de Pais e
Encarregados de Encarrega-
dos de Educação, bastante
dinâmica e sempre presente
na vida da escola, dinamizou
acções de formação/
esclarecimento, um encontro/
debate sobre o rumo do ensi-
no em 12 anos de escolarida-
de obrigatória e, em colabora-
ção com alunos da nossa
escola, teve uma participação
activa na iniciativa “Mercado
à Moda Antiga”.
No passado dia 24 de Maio
realizou-se, mais uma vez, o
Dia da Escola, dia aberto da
escola à comunidade. A
divulgação da oferta educati-
va e formativa para o próxi-
mo ano lectivo e a aproxima-
ção dos pais e da comunidade
à escola foram os objectivos
primordiais, num dia que
contou com inúmeras activi-
dades, elevada participação
de todos e grande qualidade
dos trabalhos expostos.
A culminar um ano de
intensa actividade, a Festa da
Escola aqueceu a noite fria
do dia 9 de Junho. Nem o frio
foi capaz de impedir que as
estrelas da nossa escola bri-
lhassem em todo o seu
esplendor.
E tantas outras acções se
realizaram, não foram aqui
nomeadas, mas foram igual-
mente importantes para a
demonstração do empenho de
todos num trabalho continua-
do de ensino/formação tanto
formal como não formal.
Uma aposta estratégica O novo edifício escolar
veio trazer novas e melhores
condições de trabalho e estu-
do. A biblioteca e centro de
recursos, bem como o auditó-
rio/polivalente com lugar
para mais de duzentas pes-
soas sentadas, o espaço de
estudo informal por cima do
átrio central, o espaço do
refeitório que também pode
servir para o estudo, todos os
equipamentos informáticos e
multimédia, a rádio escolar
que está prestes a reentrar em
funcionamento com a conclu-
Entrega de
diplomas Magusto
Semana
das Línguas
Recolha de
sangue
Sessão do
CNO Dia da
Escola
Dia da Ali-
mentação
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Balanço ao ano lectivo
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2010-2011 - um balanço ao ano lectivo
são da instalação sonora, a
informação e comunicação
por vídeo no bufete e no átrio
principal da escola, prestes a
acontecer também, entre tan-
tas outras coisas.
No dia 18 de Maio, a
Senhora Ministra da Educa-
ção, Isabel Alçada, visitou as
novas instalações da escola e
procedeu, em cerimónia sim-
ples, à entrega de um papiro,
que assinala essa visita. Em
breves palavras que dirigiu
aos convidados presentes,
mostrou a sua surpresa com
as instalações que considerou
corresponderem «aos desafios
para o século XXI com salas
de aula equipadas com as
novas tecnologias e laborató-
rios também devidamente
equipados».
Há, contudo, um esforço
que se pede a toda a comuni-
dade escolar: é que colaborem
na organização e na manuten-
ção do espaço e dos equipa-
mentos, que dêem o seu con-
tributo real para uma escola
limpa e asseada. Um edifício
agradável, bem equipado e
funcional, onde exista confor-
to e harmonia física certa-
mente contribuirá para
melhores resultados escola-
res. Esperemos que todos
quantos estão ligados à Fer-
reira de Castro venham, de
facto, a tirar o melhor provei-
to deste investimento. Tal
como lembrou Hermínio
Loureiro, aquando da visita
de Isabel Alçada, a educação
é uma «aposta estratégica do
município porque só com
pessoas mais qualificadas é
que o concelho poderá ser
mais competitivo». Que esta
escola possa ser uma peça
importante na estratégia do
município oliveirense.
Junho de 2011
A Direcção
Sarau de Inglês Festa da Escola
Visita da
Senhora Ministra
da Educação
Projecto Escola com Saúde
A o longo deste ano lectivo, e de acordo
com a planificação inicial, o Projecto
Escola com Saúde organizou e dinamizou um
conjunto de actividades, sempre com o objecti-
vo de promover o bem-estar físico, mental e
social da comunidade escolar. Destacam-se as
seguintes actividades: Semana da Fruta, Dia do
Pão, Palestra “Nutrição e Saúde”, Comemora-
ção do Dia do Não Fumador, Palestra “Falar de
Amor com…”, Palestra “A importância do
sono na aprendizagem”, recolha de sangue,
Palestra “A importância da Dança na Saúde do
indivíduo” e “Feira da Saúde”.
Para além da realização destas actividades em
dias específicos, o Projecto, em parceria com o
Centro de Saúde, através do Enfermeiro Sera-
fim Andrade e da psicóloga Mónica Leal, reali-
zou sessões de Educação Sexual, de acordo
com o artigo 10 da Lei n.º 60/2009, tendo a
funcionar um espaço que pretende dar continui-
dade a estas temáticas desenvolvidas e que
constituí o Gabinete de Informação e Apoio
ao Aluno.
As Professoras dinamizadoras do Projecto
Escola com Saúde
Teresa Valente e Tânia Gonçalves
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Balanço ao ano lectivo
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N o passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel
Alçada, visitou as novas instalações da escola! Contraria-
mente ao que se falava, o objectivo da sua visita não era inaugurar a
nova escola, tratou-se apenas de uma simples visita. A chegada foi
preparada minuciosamente e à espera da escritora estavam entidades
responsáveis do concelho: Hermínio Loureiro, Presidente da Câma-
ra; Presidentes da Junta de várias freguesias e outras autoridades
competentes. Com a duração de uma hora, o percurso de Isabel
Alçada fez-se na companhia do seu Comité e contou com a presença
constante do arquitecto responsável pelo projecto da Parque Escolar.
Antes do início da visita propriamente dita, a orquestra da escola
presenteou os convidados com uma actuação bastante aplaudida por
todos. De seguida, a Sra. Ministra visitou toda a escola acompanhada
pela Directora, Ilda Ferreira, que a ia contextualizando acerca dos
espaços visitados: biblioteca, bar, papelaria, serviços administrativos
(onde assinou o Livro de Honra), sala de professores e respectiva
sala de convívio, todos os espaços exteriores e ainda uma sala de
oficina de artes.
Depois de ter percorrido as novas instalações, Isabel Alçada fez
um breve discurso antecedido pelas palavras do Presidente da Câma-
ra da cidade. Este agradeceu a vinda da Sra. Ministra ao concelho e
aproveitou para salientar a importância do ensino em Oliveira de
Azeméis, referindo vários desenvolvimentos que têm sido feitos
neste âmbito. Finalmente, a responsável pelo sistema de ensino
nacional elogiou, exaustivamente, todo o investimento da Parque
Escolar neste estabelecimento e realçou que este programa de
modernização das escolas reflecte a nova visão que o Governo pre-
tende dar ao ensino: um novo dinamismo que permita aos alunos
estudar em “escolas do século XXI”. Foi assim que caracterizou o
produto final desta modernização.
A visita de Isabel Alçada à nossa escola terminou com uma troca
de lembranças entre a Sra. Ministra, o Presidente da Câmara e a
Directora da Escola, mas não antes de o grupo responsável pela edi-
ção do jornal escolar ter entregue pessoalmente um exemplar da
última edição de “A Selva” a Isabel Alçada!
A visita da Ministra da Educação à Ferreira de Castro
Os repórteres d“A Selva” com a Ministra
da Educação, Isabel Alçada.
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 A nova Escola
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Apontamentos da mudança
Da antiga para a nova Escola...
...o que mudou e como agora se faz
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 A nova Escola
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fui jogar à sala das bolinhas
pequenas e perdi contra o
Carlos da minha turma.
Não gostei da parte da
professora Sofia porque não
esteve cá de manhã. Mas
esteve à tarde e ela foi ver os
cães.
À tarde fui ajudar no peddy
-paper. Havia muitos alunos
trapalhões.
Ajudei a carimbar uns
papéis brancos e assinava a
O dia da escola
O dia da escola foi
pouco divertido porque não
houve karaoke e pinturas da
cara e gatos. Na parte da
manhã, no piso 1, vi as
actividades de Área de Pro-
jecto da minha turma que
era chamar pessoas para
jogar com a gente: jogo do
pensamento.
Ninguém quis jogar. Fui
ver as professoras a dançar,
professora Susana Rainho.
Lanchei aqui na escola,
deram sumo, rebuçados,
pão com fiambre e queijo.
Às quatro horas já estava
em casa e voltei a lanchar.
Bebi dois iogurtes e comi
dois pães com fiambre e
manteiga.
~
Vanessa Marques, 8º B
Dia da Escola
Um ponto de vista sobre o Dia da Escola
Decorreu no passado dia 24 de Maio o Dia Escola, o qual foi preenchido com diversas
actividades culturais e desportivas, com particular destaque para a exposição de
trabalhos dos alunos das disciplinas de Área de Projecto.
Como uma imagem vale por 1000 palavras, aqui ficam alguns dos registos fotográficos
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Dia da Escola
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Página 8
A Festa da Escola
Teve lugar no dia 9 de Junho a tradicional Festa da Escola, na qual
participou de forma entusiástica a comunidade educativa, com
especial destaque para os alunos. As imagens registadas dão conta do
sucesso da iniciativa.
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Festa da Escola
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N o Cineteatro Caracas,
os adultos foram recebi-
dos pela equipa técnico pedagó-
gico do Centro Novas Opor-
tunidades, pela sua Coorde-
nadora, Dra. Paula Catela, e
pela Diretora da Escola e do
Centro, Dra. Ilda Ferreira.
Ambas, no seu discurso de
boas-vindas, elogiaram a
iniciativa e o empenho dos
formandos que, com muito
esforço e dedicação, concre-
tizaram esta nova etapa de
revalorização escolar e pes-
soal, incentivando-os a dar
continuidade ao seu percur-
so formativo através da via
mais adequada ao seu caso
porque “aprender compensa”.
A cerimónia foi abrilhantada
pela Orquestra de Sopros da
Escola Ferreira de Castro, pelo
artista Luís Oliveira, também
certificado pelo Centro, e por
um coro constituído pela equi-
pa técnica e alguns formandos,
acompanhados ao acordeão
pelo professor Abílio Santos,
que entoaram um hino, espe-
cialmente composto para a
ocasião pela profissional de
RVCC Ana Sofia Oliveira e por
Amadeu Neves, Celeste Gon-
çalves, Teresa Teixeira, Goreti
Santos e Lucília Vieira, adultos
certificados com o nível Básico.
Após o discurso de incentivo
do Dr. Isidro Figueiredo, repre-
sentante da Câmara Municipal
neste evento, os adultos foram
presenteados com um objecto
artesanal acompanhado pelo
poema vencedor do 1º Concur-
so Literário do CNO Ferreira de
Castro: “Juventude”.
Em tempos de crise, eventos
de homenagem àqueles que
procuram novos caminhos para
o seu futuro são extrema-
mente importantes porque
demonstram que, com
esforço e perseverança,
podemos chegar mais
longe.
Um futuro com mais opor-
tunidades passa pela quali-
ficação de cada um e,
aproveitando a diversidade
de percursos de qualifica-
ção disponíveis, todos
podem contribuir para um
país mais competitivo,
mais desenvolvido e mais
qualificado.
Entrega de diplomas das Novas Oportunidades
Actuação da Orquestra da Escola
Ferreira de Castro
Cumprindo a tradição, no
passado dia 29 de Abril, no
Cineteatro Caracas, o Centro
Novas Oportunidades
Ferreira de Castro organizou
a 3ª Cerimónia de Entrega de
Diplomas para homenagear
230 adultos que, no ano de
2010, concluíram o processo
de certificação e validação de
competências de nível Básico
e Secundário.
1, 2, 3, Castro na escola outra vez!, 2010-2011
O «1, 2, 3, Castro na
escola outra vez!», é
um programa destinado a
estimular a leitura da obra e o
conhecimento da vida de
Ferreira de Castro nas crian-
ças do 4º ano do 1º Ciclo da
Escola de Ossela.
Este projecto foi autorizado
pelo Agrupamento Vertical de
Escolas Bento Carqueja; da
responsabilidade do Centro de
Estudos Ferreira de Castro, é
aplicado pela terceira vez
consecutiva.
Durante o ano lectivo os
alunos leram a obra “Não há
borracha que apague o
sonho”, escrita para a infância
por Luísa Ducla Soares e que
descreve a vida do romancista
de modo cativante, e o dossier
do Roteiro Literário “Caminhos de Ferreira
de Castro”; também visitaram a Casa –
Museu onde nasceu o escritor, a Biblioteca
de Ossela e o Museu e
túmulo do romancista em
Sintra. Nesta última visita
tiveram a companhia de
Gracinda Leal, Vereadora
da Cultura do Município de
Oliveira de Azeméis.
Com a imprescindível cola-
boração do seu professor,
Miguel Silva, executaram
trabalhos individuais e
colectivos alusivos à temá-
tica e que culminou com a
sua exposição, inaugurada
às 10h da passada segunda-
feira, 20 de Junho, na
Biblioteca de Ossela. Entre
outros, estiveram presentes os
alunos protagonistas, a citada
Vereadora da Cultura e José
Alves da Silva, Presidente da
Junta de Freguesia de Ossela.
A todos os alunos foi entregue, com a
pompa e circunstância que a sua dedicação
mereceu, um certificado de participação no
projecto.
A exposição poderá ser visitada de terça-feira
a sábado, das 9h/12h30 e das 14h/18h, e até
sábado, 9 de Julho.
NOTA: para esclarecimento de qualquer
dúvida, sugerimos o contacto para: 912 216 448
Um dos trabalhos expostos
Professores e alguns alunos
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Novas Oportunidades
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N o novo auditório
polivalente da
Escola Secundária com 3º
ciclo de Ferreira de Castro,
no dia 15 de Junho, decor-
reu a Sessão de Esclareci-
mento sobre a Nova Orto-
grafia resultante da
implementação do Acordo
Ortográfico de 1990 que
contou com presença de
cerca de 120 formandos do
Centro Novas Oportunida-
des Ferreira de Castro, os
quais revelaram grande
interesse pela temática em
questão.
A sessão foi dinamizada
pelas formadoras de Lin-
guagem e Comunicação e
Cultura Língua e Comuni-
cação, Alice Matos, Bárba-
ra Guerra, Eduarda Cardoso
e Elisabete Tavares e teve
como principal objetivo dar
a conhecer, de forma
sucinta, o essencial das
modificações trazidas pelo
Acordo Ortográfico de
1990 que entrará em vigor
no Sistema educativo a
partir do próximo ano leti-
vo.
A sessão contou com a
presença da Diretora do
Escola e do Centro Novas
Oportunidades, Dra. Ilda
Ferreira, da Coordenadora
do Centro, Dra. Paula
Catela, de alguns membros
da direção, de alguns pro-
fessores e da equipa técni-
ca do Centro, ultrapassan-
do largamente as expetati-
vas, o que revela que este é
um assunto atual que preo-
cupa a nossa comunidade
educativa, justificando,
provavelmente, o desen-
volvimento de outras ini-
Este tradutor fez uma excelente disser-
tação sobre a importância da Escola na
aprendizagem e no domínio de diver-
sas línguas, materna e estrangeira,
trazendo este Saber vantagens acresci-
das para os jovens cidadãos integrantes
da União Europeia, pertencentes a um
mundo cada vez mais globalizado e
onde as competências comunicacionais
assumem um papel cada vez mais
importante na interacção cultural e
sócio-económica.
P erante uma
vasta plateia de
alunos e docentes da
nossa Escola, o
tradutor da Repre-
sentação da Comis-
são Europeia em
Portugal, Luís
Moreira, apresentou
os novos projectos
didáctico-pedagógicos de aquisição e
domínio das competências linguísticas.
Sessão de esclarecimento sobre a nova ortografia teve grande adesão
Sessão sobre multilinguismo dinamizada pelo Grupo de Francês
Página 10
Uma plateia bastante participada na sessão sobre a
Nova Ortografia
ciativas de formação e
esclarecimento.
Como preparação e com-
plemento para esta sessão
as formadoras têm vindo a
dinamizar o blogue Para
Saberes http://
cnoesfcastro.blogspot.com/
onde exploram a nova
grafia das palavras confor-
me o Acordo Ortográfico
de 1990, apresentando
sempre a base teórica que
justifica as alterações.
A todos os participantes
foi oferecido um paginador
com as principais altera-
ções que irão marcar a
nova ortografia formal dos
portugueses a partir de
2015, prazo limite para a
implementação do Acordo
de 1990.
N o passado dia 5 de
Maio, durante a
manhã, os alunos da turma
B do 9º ano tiveram a opor-
tunidade de visitar as
empresas MDA-Simoldes e
Saludães, ambas do conce-
lho de Oliveira de Azeméis.
Esta visita foi promovida
pela Câmara Municipal de
Oliveira de Azeméis, no
âmbito do Projecto Novas
Oportunidades OAZ, com o
objectivo de proporcionar
aos jovens contactos com o
mundo do trabalho e a reali-
dade empresarial, numa altu-
ra de tomada de decisões em
relação ao percurso formati-
vo e/ou profissional de alu-
nos que estão prestes a con-
cluir o 3º ciclo.
Na MDA-Simoldes, os
alunos contactaram com as
várias fases de construção de
um molde, desde o projecto
até à sua execução. Na Salu-
dães, após o visionamento de
um pequeno documentário
sobre o cultivo do arroz, os
alunos puderam conhecer as
várias transformações que o
arroz sofre até ser embalado e
vendido.
Alunos do 9º B visitam empresas do concelho
L ê e d i v u l g a
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Iniciativas
Página 10
Hoje vivo e sinto devido a ti
És o forte pilar da minha vida
Contudo de uma forma sempre unida
Sempre me amparaste quando sofri.
Porquê pensar o pior, se tu estás aqui
Realidade? Isso ninguém duvida
Breve ausência, mas nunca despedida
Juntos, recordando aquilo que vivi.
Olho p‟ra ti, buscas o interminável
Com a força de que não vais desistir
Não te assumes, mas és reconhecido…
Transmites uma emoção inexplicável
Num caminho constante por adquirir
Em qualquer espaço, nunca esquecido!
Sónia Barcelos, 12º A
Herói
No ADN do “Português”...
No ADN do “Português”
está gravada a palavra crise.
Crise é a palavra que todos
devemos ouvir com mais fre-
quência após o nosso nasci-
mento. Actualmente, estamos
mergulhados numa supra-
crise: crise já reconhecida
pelos bancos e agências de
“rating” internacionais, mas
ainda mais importante, crise
reconhecida pelas nossas enti-
dades governamentais.
Ser Português é ter um pas-
sado glorioso recheado de
conquistas e triunfos sobre os
demais povos mundiais.
Outrora, havemos sido uma
potência mundial… O que nos
resta hoje em dia? Crise, a
“nossa” crise... E o nosso belo
lugar na cauda da Europa.
Ser Português é também ver
o vizinho comprar um belo
carro e, se não tivermos possi-
bilidades económicas, empe-
nharmo-nos até ao pescoço
para comprar um melhor… É
ver alguém “bem” na vida e
pensarmos que ele apenas o
conseguiu com esquemas e
fraudes; e esses mesmos que
criticam e acusam os mais
afortunados usam esquemas e
mais esquemas para infringir a
lei e poupar mais uns cênti-
mos.
Contudo, o Português não
apresenta apenas característi-
C om o objectivo de participar e angariar verbas para
dinamizar e apoiar a realização de actividades da
Escola, a Associação de Pais da Ferreira de Castro estever
presente no Mercado à Moda Antiga realizado nos dias 10,
11 e 12 de Junho.
A participação nas equipas da Tasquinha e da Tendinha,
foi uma das iniciativas que a Associação procurou dinami-
zar, na perspectiva de que também desta forma se apoia a
Escola.
Ser Português,
É falar Inglês com sotaque
Francês,
Chegar ao banco, pedir emprés-
timos por três,
Não pagar, dizer que foi ele que
os fez.
Ser de Portugal,
É ter um trabalho entre o mau e
o banal,
É aproveitar-se da reforma esta-
tal
E dizer que em Portugal tudo
está mal.
Mas isto não era assim,
Eu antes queria era viver aqui…
Ser Português,
É trabalhar menos de um terço
do Chinês,
É andar à larga até ao último dia
do mês,
E depois andar a correr como
um Ganês.
Ser Português,
É falar Inglês...
cas negativas.
Orgulhamo-nos do nosso belo
passado e das nossas importan-
tes conquistas e vitórias nos
Descobrimentos que impulsiona-
ram a Europa para o caminho do
desenvolvimento. Somos conhe-
cidos pelo mundo fora como
sendo um povo simples, simpáti-
co e acolhedor. Somos referen-
ciados como um dos destinos
predilectos dos europeus. Temos
fantásticas universidades que
formam alguns dos profissionais
mais competentes do mundo;
relacionado directamente com
este facto, temos feito bastantes
descobertas nos campos da físi-
ca, medicina, e biologia nas
nossas universidades e seus
laboratórios. Por exemplo,
recentemente na Universidade
de Aveiro um grupo de cientis-
tas conseguiu desvendar um dos
maiores mistérios da Física e
Astronomia do Séc. XX: a ano-
malia da Sonda Pioneer 10.
Podemos orgulhar-nos de
sermos o 1º país europeu com
fronteiras definidas, que ainda
perduram na actualidade.
Em suma, Ser Português tem
muita história e, na minha opi-
nião, todos devíamos orgulhar-
nos da nossa nacionalidade, da
nossa história, dos nossos traços
culturais e das nossas diferenças
enquanto povo.
Rui Gomes, 12ºA
Portugal não era assim,
Tenho de encontrar algo bom
para mim.
Senão não vou viver aqui,
Vou fazer as malas, tenho mais
para onde ir.
Ser de Portugal,
É ser parte de um grande expor-
tador de sal.
É estar fora da ameaça mundial
É ter muito ser vegetal e animal.
Sejam bem-vindos à selva!
Onde só ganha quem andar na
Relva,
Rebolar na Relva, Comer a
Relva, Fumar Relva!
Rebolar na Relva, Comer a
Relva, Fumar Relva!
Vasco Martins, 12ºC
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português
Lê e d i v u l g a
Página 11
Ser português é um nada que
é quase nada,
É ter sempre marisco em
preços de saldo,
É cuspir no Messi e idolatrar
o Ronaldo.
É guiar como um maníaco e
ninguém se importar com isso,
É poupar na comida mas não
largar o vício.
É não ser espanhol.
É não ser espanhol, livra!
É gritar "viva a democracia" e
pedir outro Salazar.
É chorar pelas finanças e
comprar um descapotável para
brincar.
É guardar cuecas velhas para
limpar o carro,
Que ao fim de semana tem de
estar sempre lavado.
Ser português é ser explora-
dor,
É navegar até ao café e embe-
bedar-se por amor...
...(À cevada).
É procurar esperar por D.
Sebastião,
"Quer ele venha ou não".
Ser português é ser livre,
É largar a norma e inovar sem
sentido,
Ser português é um nada que é quase nada
O meu herói
têm medo de nada, e são os que
estão lá sempre para ajudar os
outros…
Os meus heróis não são de
banda desenhada, não são do
tipo dos que temos em criança.
Os meus heróis são os bombei-
ros.
Os bombeiros sujeitam-se a
todos os riscos para nos ajudar
nas situações mais difíceis,
(como nos incêndios, acidentes
ou por doenças que tenhamos, e
que precisemos de ir ao hospital
de urgência) pondo em causa a
sua própria vida, como compro-
vamos através da notícia da
morte de vários bombeiros que
morreram a apagar fogos. Bom-
beiros que muitos deles são
voluntários, dão o seu tempo
para estar ao serviço da comu-
nidade, ao serviço dos outros
sem receberem algo em troca,
algo material.
Estes têm as mesmas caracte-
rísticas dos heróis que todos
nós conhecemos dos desenhos
animados e das bandas dese-
nhadas. Ajudam sempre os que
Heróis, reais ou fictícios,
todos devemos ter um, nem que
seja no tempo de infância.
Heróis são aqueles que nos
inspiram, são aqueles que nos
fazem sentir seguros, são aque-
les que em histórias lutam pelo
bem dos mais fracos, acabando
mesmo por vencer o mal.
Em crianças, os nossos
heróis, geralmente são os de
banda desenhada ou dos dese-
nhos animados que vemos na
televisão (ex. Super-homem,
Batman…) pois são fortes, não
Página 12
mais necessitam sem quererem
algo em troca, são corajosos e
fortes, apenas só não voam nem
têm poderes especiais como os
heróis fictícios têm, mas são
reais e são os que nos inspiram
e ajudam de verdade.
Bombeiros: estes são sem
dúvida os meus heróis.
Miguel Teixeira 12ºE
Ser Português é saber ser
político,
É saber inventar num momen-
to crítico.
E agora que dei esta desculpa,
já posso terminar este texto
como me apetecer,
Posso justificar toda esta
informalidade e sair-me com
mais alguma,
Mas isso dá muito trabalho,
eu quero é acabar com o poe-
ma de vez.
No fim de contas (eheh), eu
sou português!
Rafael Garcia, 12ºC
Ser Português é nascer para
morrer,
É conviver a lutar,
É ganhar para glorificar,
É viver a sofrer.
Ser Português é ser pobre e
amado,
É ser aventureiro no mar
salgado,
É ter estofo para os que ama
deixar
E ir à procura do que há por
desvendar.
Ser Português é ter corpo e
alma,
É ter raiva e calma,
É ser destemido e corajoso,
Ser português é nascer para morrer
Ou então ser louvado e vaido-
so.
Ser Português é ter orgulho
na pátria,
É fazer de tudo por „abençoá-
la‟,
É ter compaixão por amá-la
E viver a respeitá-la.
Ser Português é ser glorifica-
do
Pelos feitos dos outros,
Sem preocupação de ser dis-
criminado;
É só querer ficar com os
„louros‟.
Ser Português é ser invejoso.
É ter cobiça e preguiça,
Não ter vontade de fazer nem
„chouriça‟,
Mas mesmo assim, ser-se
poderoso.
Mas todo este Ser Português
Era antes de a Monarquia
„apodrecer‟.
Agora, com a República
implantada,
Este Ser tem, sobretudo, a
alma „virada‟.
Ser Português, agora,
É ser o que não era outrora.
É ser ladrão por roubar pão,
Ou ser rico por ser „ladrão‟.
Agora, este ser Português
Só quer dinheiro sem traba-
lhar,
Só quer luxos sem os pagar,
Só quer viver, sem se preocu-
par.
Este Ser Português,
Vive para desprezar,
Para gastar e roubar
E para nada governar.
Andreia Oliveira 12ºC
Numa sociedade em rápida
transformação, uma das dificul-
dades é a de acompanhar as
mudanças que se vão fazendo na
educação, nomeadamente na
utilização das TIC.
Para acompanhar este desafio,
realiza-se na Batalha, há 12
anos, um Encontro sobre as TIC
na Educação e o tema deste ano
é sobre a pertinência da utiliza-
ção das TIC no ensino e o debate
sobre as mais-valias que trouxe-
ram.
Para mais informações consulte
o site: http://eventos.ccems.pt/default.aspx
XII Encontro das
TIC na Educação
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português
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Eu que me aguente
Com os comigos de mim
Será que todos o sentem?
Absolutamente que sim
Com os comigos de mim
O quanto que eu os sinto
Com certeza, com um fim
Sobre isto eu não minto
Serei eu tão diversificado
Com os comigos de mim
Que terei de ser tão sacrificado?
Creio eu que terá que ser assim
E os outros como serão
Com os comigos de mim
Tão depressa se fartarão
Que julgarão que nunca terá fim
Comigos de mim, tantos são
Como poderei eu saber?
Dar ordem a este batalhão
Terei eu de melhor o conhecer
Mas será que tenho que aguentar
Todos esses comigos?
Não será melhor partilhar
E de adversários fazer amigos?
Não, ainda não é hora
De estes comigos difundir
Antes que me vá embora
Tenho que os definir.
Ana Catarina Marques 12ºC
Álvaro de Campos
desabafou assim...
Com tantos séculos de existência, ser português...
“ Eu que me aguente comigo
e com os comigos de mim” e
em verso esta frase, eu
comento assim:
Com tantos séculos de exis-
tência, ser português nunca
poderia ter significado sempre
o mesmo. Assim como as men-
talidades mudaram, mudou
também a definição de “Ser
Português”, e isto é perfeita-
mente compreensível. Porém, o
que não é compreensível é que
o povo português esteja a per-
der o seu significado quando,
séculos depois de se ter forma-
do, deveria acumular cada vez
mais sentido.
No princípio da existência de
Portugal, ser português não
tinha grande valor, uma vez
que a nação acabara de surgir.
Contudo, muitos foram os que
deram, com a sua vida, sentido
à sua nova pátria, lutando pela
sua independência (como D.
Afonso Henriques). E Portugal
começou a significar coragem e
luta e “português” começou a
significar algo concreto!
Com os Descobrimentos, ser
português adquiriu um signifi-
cado ainda maior: já não se
valorizava Portugal enquanto
nação, mas Portugal enquanto
Império. O português era o
homem visionário, destemido e
astuto que não se intimidava
com o desconhecido e ia onde
nenhuma outra nação ia! O
português fazia a diferença! O
Português escrevia-se com
maiúscula e era tão respeitado
pelo aliado como temido pelo
inimigo!
Muito mais tarde, Salazar
tentou trazer de novo essas gló-
rias passadas para dar sentido ao
ser-se português. Não obstante,
já Portugal se encontrava de tal
forma que ser-se português sig-
nificava muito pouco. Essas
valorosas figuras do passado
foram ficando cada vez mais
longe, mais esbatidas, e começá-
mos a notar as diferenças entre
um passado brilhante e um pre-
sente cada vez mais cinzento. E
começámos a questionar-nos
sobre onde é que andam esses
Afonsos Henriques que vêm
enaltecer o nosso país. E triste-
mente nos apercebemos de que
realmente não há ninguém que
venha dar sentido à nossa pátria.
Nada nos distingue de outras
nações, nada nos faz sentir orgu-
lhosos a não ser acontecimentos
que já se passaram noutros tem-
pos que não os nossos. E ouvi-
mos os avós contarem as suas
histórias e pensamos que não
teremos nenhuma nossa que
possamos contar aos nossos
netos. E pensamos, tristes, que o
Afonso Henriques e os seus
companheiros devem estar a
pensar por que raio é que deram
as suas vidas por uma causa tão
inglória!
Nos dias de hoje há uma espé-
cie de escárnio interior geral
quando se fala em ser-se portu-
guês. É ser-se pobre, pensa uma
boa parte das pessoas, é ser-se
corrupto, pensa outra, é ser-se
uma coisa indefinida, penso eu.
O português de hoje não sabe
bem o que quer e o que não quer
(parece andar à espera que outros
lho digam). Não pensa por si, não
segue um rumo definido, é como
uma folha ao vento. Pior do que
isso, deixa-se estar à sombra de
glórias passadas para as quais em
nada contribuiu, e pensa que isso
é suficiente para se sentir mini-
mamente orgulhoso de si mesmo.
É no geral egoísta, é burro e mui-
to malandro, ficando-se sempre
pela mediocridade em vez de
procurar a excelência. E continua
assim, nesta inacção pestilenta e
inútil, à espera não sabe do quê,
mas teimosa e estupidamente à
espera…
Chega! Basta de comodismo!
Basta de contemplar os livros de
história! Somos nós hoje, eu e tu,
que fazemos a história! É hoje
que temos a oportunidade de
fazer a diferença e de nos sentir-
mos orgulhosos de ser portugue-
ses. De que mais iremos orgulhar-
nos se nem em nós próprios senti-
mos orgulho? Ninguém nos vai
dar razões para acreditarmos em
nós. É tempo de nos erguermos e
proclamarmos o nosso valor
enquanto nação! É tempo de sair-
mos do nosso conforto e lutarmos
pelo que somos, por nós e pelos
nossos filhos que um dia gover-
narão! É tempo de demonstrar-
mos que o sacrifício de tantos não
foi em vão e que “Ser Português”
é ser algo mais!
É tempo!
Ana Pinho, Portuguesa, 12ºE
H oje é um dia, amanhã
haverá um outro dia,
hoje sou um “eu” e amanhã?
Haverá um outro “eu”? Os dias
são diferentes, as pessoas são
diferentes, os animais são dife-
rentes, tudo é diferente.
Eu sou eu, mas dentro do meu
“eu” existem vários “eu‟s”, por-
que a maneira como hoje vejo o
mundo pode não ser a maneira
como amanhã o irei ver, a forma
como hoje amo uma pessoa não
...e amanhã? Haverá um outro “eu”? “Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim:”
Álvaro de campos
é a mesma de amanhã, porque o
amor cresce e cada dia que passa
ama-se mais. Hoje, ainda de
manhã, posso estar aborrecida,
mas à tarde quem sabe se não
estarei feliz e sorridente?!
Do mesmo modo que a vida é
inconstante, a personalidade de
um indivíduo também o é, porque
cada um de nós é capaz de reflec-
tir sobre um assunto de várias
maneiras diferentes, tem a capa-
cidade de viver de formas dife-
rentes, com condições distintas e
até mesmo opostas e, porque
reagimos de formas diferentes a
situações semelhantes, basta
variar o momento, o sitio, as
pessoas que nos rodeiam, tudo o
que essa situação pode envolver
porque o mundo influencia o
“eu” e todos os “eu‟s” que cons-
tituem o mesmo indivíduo.
A variedade de “eu‟s” que
pode constituir um “eu” leva-
nos a pensar que cada um de nós
pode ser várias pessoas diferen-
tes e, é verdade… Afinal Álvaro
de Campos tinha razão: “Eu que
me aguente comigo e com os
comigos de mim.”
Inês Nogueira 12ºA
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português
Página 13
flora” foi, de todos, o mais direc-
tamente relacionado com a sua
área de estudos. Eles, juntamente
com as professoras de Biologia e
Geologia e Física e Química,
procederam, no final do mês de
Julho nos laboratórios da Escola,
à extracção de pigmentos de cor
vermelha em plantas. Na Norue-
ga apresentaram o vídeo sobre o
trabalho desenvolvido. Foi um
prazer acompanhar as apresenta-
ções dos diversos países, mas da
EBSFC em particular. Neste
encontro também se apresenta-
ram ilustrações de provérbios
portugueses onde entra a cor
vermelha, por exª “ Vermelho
que nem um tomate”.
Em Zonguldak, na Turquia, no
mês de Março, decorreu o quinto
encontro subordinado ao tema
“O vermelho, no amor e na
sociedade”. Para este encontro
prepararam-se dois trabalhos: um
powerpoint sobre a influência de
uma família nobre da região de
cada Escola, e a sua influência
na nossa sociedade (no caso da
EBSFC escolheu-se Dom
Manuel Correia de Bastos Pina –
Bispo Conde de Arganil, e tio-
avô dos actuais proprietários da
Quinta da Costeira); o outro
trabalho apresentado foi sobre
uma história de amor – os alunos
desta Escola apresentaram um
filme por eles produzido e ence-
nado sobre a História de Pedro e
Inês de Castro. Este filme fez
enorme sucesso pois a história
apesar de triste, tornou-se bas-
tante cómica com a actuação do
bobo da corte.
O tema desenvolvido na
mobilidade em Portugal foi a
“Arte”. O encontro decorreu na
EBSFC entre os dias 3 e 7 de
Maio, e incluiu visitas a Aveiro,
considerada a capital da Arte
Nova, e outra ao Porto, onde
predomina o Barroco.
De manhã, a recepção na
Escola decorreu com a presença
da Directora da Escola, o Presi-
dente da Associação de Pais e
um representante da Câmara
Municipal. Aí decorreu uma
troca de lembranças!
Seguiu-se uma visita guiada à
Escola, onde os alunos do 12º
ano de Artes tinham uma expo-
sição dos seus trabalhos.
À tarde os professores reuni-
ram-se para a elaboração do
relatório final e os alunos tive-
ram uma actividade surpresa.
No final da tarde apresentaram
aos professores o trabalho
desenvolvido – diversas coreo-
grafias de músicas, em cuja
letra entra a palavra “red”.
Seguiu-se o sorteio de peças
de arte elaboradas pelas diver-
sas Escolas. A EBSFC ficou
com uma peça de arte elaborada
pela Escola da Bélgica e o qua-
dro da EBSF, com o Galo de
Barcelos, típico do Norte de
Portugal, foi para a Turquia.
Passou-se a uma actuação da
Orquestra de Sopros Ferreira de
Castro que muito encantou os
visitantes.
Antes do jantar houve ainda
um momento para outra activi-
dade surpresa, uma dança, à luz
de velas vermelhas!
No final do jantar, a actuação
do Grupo Foclórico de Cidacos,
ao qual fica aqui um agradeci-
mento especial, constituiu um
ponto alto! Alunos, professores,
bem como funcionários da
EBSFC, divertiram-se imenso a
dançar folclore - uma outra
forma de Arte tipicamente por-
tuguesa!
Professores e alunos dos
diversos países agradeceram
imenso todos os momentos que
lhes foram proporcionados, e
partiram com saudade, para o
Sul, rumo a Cuba!...
Projecto Comenius
Página 14
P ela última vez, no âmbito
de uma parceria multilate-
ral do Projecto Comenius intitula-
da “The colour red”, alunos do
11º A e respectivos professores
da Escola Básica e Secundária de
Ferreira de Castro participaram
num encontro desta vez na nossa
cidade. Este Projecto visou essen-
cialmente o intercâmbio de cultu-
ras e o aperfeiçoamento da comu-
nicação em Língua Inglesa.
Em cada encontro, cada um dos
seis países participantes (Portugal
– EBSFC e Agrupamento de
Escolas de Cuba; Alemanha;
Bélgica; Itália; Noruega e Tur-
quia) apresentou os trabalhos
desenvolvidos por alunos e pro-
fessores, subordinados a um tema
específico. Puderam assim ser
comparados os resultados de cada
país com os dos países parceiros.
O primeiro encontro decorreu
em Novembro de 2009, em Itália,
onde os parceiros apresentaram
as suas escolas, regiões, bem
como o Sistema Educativo do seu
país.
Na segunda sessão, em Geel, na
Bélgica, em Março de 2010,
foram apresentados powerpoints
sobre o significado da cor verme-
lha na bandeira de cada país par-
ticipante, e sobre a violência nas
Escolas envolvidas no Projecto.
Foi também em Geel que se criou
a bandeira deste Projecto.
A terceira mobilidade decorreu
em Rüdersdorf, na Alemanha, e
cada Escola dramatizou a
“História do Capuchinho Verme-
lho” segundo a versão do seu
país.
Em Setembro/Outubro de 2010,
o encontro decorreu em Skogn,
na Noruega, e, para os alunos da
EBSFC, a elaboração e apresenta-
ção deste trabalho foi muito espe-
cial pois sendo alunos de Ciên-
cias e Tecnologias, o tema
“Extracção de pigmentos de cor
vermelha a partir da fauna ou da
Mais informações sobre o Projecto
“The colour red” em:
http://www.comeniusonline.info/new/
A escola secundária Ferrei-
ra de Castro foi a vencedora
do concurso ambiental «A
escola», destinado a sensibili-
zar e a premiar o trabalho das
escolas na conservação e
limpeza do espaço escolar, na
utilização eficiente da energia
e da água e no reencaminha-
mento dos resíduos.
O concurso, promovido no
âmbito do plano de activida-
des da divisão de ambiente da
autarquia, distinguiu a
«secundária» Ferreira de Cas-
tro como o estabelecimento
que apresentou «melhor
desempenho ambiental».
A autarquia considera que a
escola premiada reúne «todas
as sinergias necessárias para
melhorar ainda mais, quer a
nível de infra-estruturas, quer
a nível de motivação».
O concurso foi lançado
junto das escolas-sede dos
agrupamentos e secundárias
do concelho que apresenta-
ram um relatório ambiental
que serviu de base à decisão. In: http://www.esfcastro.net/
Escola Ferreira de
Castro vence
concurso
“A escola”
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Comenius
Página 14
Levantam-se por vezes vozes
ainda mais radicais que, de for-
ma demagógica, aludem à neces-
sidade imperiosa da vinda de um
salvador, leia-se, ditador, como
forma de garantir a ordem e a
esperança no futuro.
A democracia e a forma como
funciona é antes de mais reflexo
dos cidadãos que serve e da sua
vontade e capacidade de inter-
venção política.
O termo política deriva do
grego “polis”, associação de
homens livres que devia garantir
o governo da cidade de forma
rotativa, para que nenhum cida-
dão se pudesse furtar à responsa-
bilidade da tomada de decisões
necessária à sua governação.
Não se deve, pois, confundir o
regime democrático, que neces-
sariamente apresenta algumas
imperfeições, mas ainda é de
longe o melhor sistema político
conhecido, com a recente prática
partidária.
E seguramente só a ingenuida-
de ou a falta de vivência política
num regime ditatorial poderá
justificar a hipótese de substi-
tuição da democracia por qual-
quer outro regime supostamente
mais benéfico para os seus
cidadãos.
Pela simples razão de que
todos aqueles que eventualmen-
te se lamentam têm neste regi-
me a possibilidade única de o
fazer livremente, podendo ainda
promover todas as formas de
reunião e contestação que pre-
tendam.
A democracia é um sistema
político que, apesar das imper-
feições que possa apresentar,
não tem ainda qualquer outro
sistema que a possa substituir,
garantindo, de forma compro-
vada, a liberdade dos cidadãos.
Mas a democracia é em si
mesmo um sistema político
exigente que desde a sua funda-
ção tem apenas nos cidadãos o
garante do seu funcionamento:
não é por si mesma garante de
nada ou abstracção que se assu-
ma como panaceia para todos
os males – é um sistema que
vive da intervenção dos cida-
dãos e da sua capacidade de
entrega e exigência perante a
causa pública.
A democracia pode estar
desvirtuada, mas essa situação
não resulta do sistema em si
mesmo: a responsabilidade da
sua adulteração resulta da falta
de intervenção responsável do
cidadão. E quando alguém se
lamenta do estado que a demo-
cracia poderá ter atingido lasti-
ma-se em primeiro lugar da sua
própria demissão da responsa-
bilidade que lhe cabe no seu
funcionamento.
Tarefa fácil é desfrutar de
todos os enormes direitos que a
democracia nos permite, mais
difícil é assumir as responsabi-
lidades que diariamente um
sistema tão exigente como este
espera dos cidadãos.
Mário Luís Melo Ferreira
(professor de Artes Visuais)
força e fizeram valer os seus
princípios.
Contudo, já lá vão 37 anos...
já lideramos, já fomos submis-
sos, já protestamos! E agora?
Como é ser português?
Agora somos mais um povo
no meio de muitos: vivemos
numa democracia aparente,
temos uma sociedade estratifi-
cada em classes, somos forma-
tados pela religião, educados
com determinados padrões.
Sabemos que o país vive
situações desagradáveis, sabe-
mos sussurrar críticas a quem
consideramos culpados e, ironi-
camente, sabemos tapar as feri-
das discreta e silenciosamente.
Ser português deveria signifi-
car ser Portugal! Assim, não
actuaríamos enquanto indiví-
duos, mas sim enquanto nação,
nação essa que em tempos sou-
be reagir…
Ser português deveria ser
afirmar, tanto quanto fosse
Numa sociedade em constan-
te mudança todo o conceito de
nação, país, cidadão e, conse-
quentemente, português se tor-
na relativo e dependente dos
factores tempo e espaço.
Se, há uns séculos atrás, ser
português significava ter a lide-
rança da Europa e até do mundo
- conquistada através dos feitos
resultantes dos descobrimentos
- actualmente esta visão não
prevalece.
Decorridas centenas de anos o
povo português foi perdendo a
confiança na nação que havia
sido líder na navegação, nas
conquistas e nas trocas comer-
ciais. Ainda bem presente estão
os anos em que mergulhámos
na ditadura implantada por
Salazar e à qual se deve um
profundo atraso.
Também lembrados estão,
certamente, os dias da Revolu-
ção de Abril... aí sim os portu-
gueses voltaram a afirmar a sua
necessário, os
valores pelos quais
nos regemos!
Assim, lutaríamos
pela igualdade e
não pelas desigual-
dades sociais que
se acentuam de
forma galopante…
Ser português
deveria ser ter
orgulho em tudo o que construí-
mos! Assim, não diríamos leve-
mente que o futuro está no
estrangeiro…
Acima de tudo, ser português
deveria ser o espelho das nossas
crenças, dos nossos valores, das
coisas que nos tornam descon-
tentes, daquilo que temos ver-
gonha de assumir que somos:
resumindo, deveria ser activo!
Ao povo português falta acção,
vive escondido por trás de um
sorriso pouco convicto de que
tudo vai bem, “engole” aquilo
que desperta revolta e continua
A Democracia somos nós
A importância de ser português
A ausência de participação
política de parte significativa dos
cidadãos tem frequentemente sido
atribuída à forma como os parti-
dos actuam, acusados de se apro-
ximarem apenas dos eleitores em
períodos de escrutínio, procuran-
do desta forma conquistar os
votos necessários para atingir ou
garantir a permanência no poder.
Esta situação tem conduzido ao
alargamento abusivo de críticas
que passam da forma como os
partidos políticos de forma mais
ou menos generalizada actuam à
incapacidade da própria democra-
cia se regenerar.
a viver numa passividade inútil.
Porque não mostrar que
somos capazes? Porque não
fazermo-nos ouvir e dizermos
“Não!” às coisas com que não
concordamos? Porque não afir-
marmos que ainda somos uma
nação, que ainda somos capazes
de vencer e de honrar o que
ficou para trás?
“Deus quer, o Homem sonha,
a obra nasce”... Portugal ainda
há-de renascer!
Sim, sou portuguesa!
Ana Filipa, 12E
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Opinião/Reflexão
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O ex-jogador Carlos Secretá-
rio realçou durante a pales-
tra que por vezes é difícil conciliar a
actividade desportiva com os estu-
dos, mas que com vontade e esforço
isso é possível. No entanto, partilha
da opinião de que quando a falta de
tempo inviabiliza essa concilia-
ção, a prioridade deve ir para os
estudos. A este propósito Car-
los Secretário deu como teste-
munho a sua própria experiên-
cia: “queria estudar para médi-
co mas desisti no 8ºano. Agora,
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Palestra com Carlos Secretário:
“O segredo de um jogador para chegar ao sucesso”
estou, com orgulho, num Cen-
tro Novas Oportunidades para
fazer o 9º e o 12º ano, mas teria
sido bem melhor se o tivesse
feito noutra altura.”
O professor Luís Pedro, que
assistiu à sessão de Carlos
Secretário, afirmou que é
essencial a conciliação das
actividades desportivas com o
estudo para se assegurar um
melhor futuro.
Diogo Ferreira, Joel Costa e Jorge Barbosa com Carlos Secretário
No dia 18 de Maio, no Ginásio da nossa Escola, foi realizada uma
importante palestra sobre “O segredo de um desportista para chegar ao
sucesso”, com a participação do ex-jogador da selecção nacional de futebol,
Carlos Secretário. A iniciativa partiu do grupo de Área de Projecto do 12º E
que tinha o Desporto como tema de trabalho.
Márcio Barra, autor do logótipo do anterior jornal “A Selva”, desde cedo evidenciou
grandes aptidões artísticas, tendo chegado a autopropor-se para o exame nacional de
Desenho A, no qual obteve a classificação de 17,5 valores.
Apesar disso, considerou sempre que queria seguir ciências e que o desenho apenas
seria para si um passatempo.
Seguiu Ciências e Tecnologias e actualmente frequenta o 2º ano de Ciências Biomédi-
cas na Universidade de Aveiro, mas continua a fazer belos desenhos, como nesta pági-
na alguns dos seus trabalhos evidenciam.
Márcio enviou ao jornal “A Selva” a seguinte mensagem: “foi com grande orgulho que vi o meu trabalho ter sido aceite para o jornal "A
Selva". Se ainda estou a dar os primeiros passos no mundo da arte (à medida que vou trabalhando num curso que nada tem a ver), esse foi
dos primeiros passos. Hoje em dia o trabalho em si (ainda este sábado vi um exemplar guardado) já me faz pensar que é deveras amador,
mas há toda uma inocência que me agrada. E saudosismo, claro. Ainda não sei se é esse o usado no jornal, se continuar a ser fico conten-
te, mas eventualmente deixem alguém que quer provar o seu valor fazer algo para o jornal: ). Beijos para as minhas professoras e professo-
res todos, saudades: ) continuo a desenhar e a tentar que saia alguma coisa disto, nunca desisti.”
Márcio Barra está na Internet em:
http://www.facebook.com/pages/M%C3%
A1rcio-Barra/115208438562857
http://marciopk.deviantart.com/
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Desporto e Arte
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“A Selva” : Que modalidades
praticam?
Ambas: Atletismo, as duas.
“A Selva”: E há quanto tem-
po é que praticam esse despor-
to?
Diana: Há 5 anos, as duas.
“A Selva” : Quais são os vos-
sos hobbies?
Diana: Ver televisão…
Isa : Computador, internet…
os normais.
“A Selva” : Antes de partici-
parem no corta mato quais eram
as vossas expectativas? Eram
boas?
Diana : Estávamos conscien-
tes de que, se calhar, ganháva-
mos, digo eu.
Isa : Nesse momento andava
a treinar menos, mas tinha a
expectativa de ficar nos 3 pri-
meiros porque sabia que muitos
dos participantes só faziam
parte da escola e não pratica-
vam atletismo.
“A Selva”: Então as vossas
expectativas foram mais que
cumpridas?
Ambas: Sim …
“A Selva” : E porque é que
participaram? Foi só para
melhorar o empenho da disci-
plina, ou foi porque realmente
gostam de desporto?
Diana : Participar no corta
mato nacional de escolas.
Isa: Concordo.
“A Selva”: Era esse o objec-
tivo principal?
Isa : Era …
“A Selva” : Então o desporto
é bastante importante na vossa
vida?
Isa : Bastante mesmo.
“A Selva” : Põem a hipótese
de seguir a vida profissional
como atletas?
Isa : Sim, com algumas difi-
culdades, mas sim.
Diana : É preciso muitos
sacrifícios para chegar lá.
“A Selva” : Mas achas que és
capaz de seguir por esse cami-
nho?
Diana: Se me esforçar,
talvez.
“A Selva” : A participação
no corta mato mudou alguma
coisa na vossa vida? Ficaram
conhecidas? ou alguém foi ter
convosco ? Fizeram comentá-
rios?
Isa : Não, em relação a mim
ganhei mais motivação, ajudan-
do-me em algumas provas.
Diana: Concordo.
“A Selva” : Conseguem com-
patibilizar os estudos com os
treinos?
Isa: Às vezes é complicado
porque os treinos demoram
imenso tempo e acaba por ser
um bocado difícil.
“A Selva” : Acham que no
futuro vão conseguir conciliar?
Quando chegarem ao 12º e à
universidade?
Diana: Sim, é provável.
“A Selva” : Querem seguir o
atletismo como carreira?
Ambas: Sim.
“A Selva” : Porque é que
acham que estas iniciativas
escolares são importantes: con-
tribuem para a visibilidade da
escola? São importantes para os
alunos?
Isa: Quando começam a reali-
zar estes corta-matos é que
alguns começam a ganhar o
gosto de correr.
Diana : Eu, por exemplo,
iniciei este desporto quando
participei num corta-mato
escolar .
“A Selva” : Então inscreveste
-te em que ano?
Diana : No 5º ano. E foi aí
que comecei a gostar do atletis-
mo , mas foi no 6º que decidi
mesmo ir competir.
“A Selva” : Já agora, onde é
que competem?
Ambas : NAC.
“A Selva” : Querem deixar
alguma mensagem àqueles
alunos que hesitam sempre em
participar no corta mato ou em
algum tipo de desporto ?
Isa : Acho que devem partici-
par, pois é necessário não desis-
tirem como eu, por exemplo,
que sou federada.
Diana: É bastante importante
para a saúde e não é só para
serem atletas, mas quem pratica
desporto é muito saudável.
“A Selva” : Obrigado pela
colaboração.
Entrevista às atletas do Corta-Mato
Como prometemos na anterior edição, fomos à
conversa com as alunas da Ferreira de Castro
apuradas para a prova de Corta-Mato nacional, a
Diana Aguiar, de 16 anos, e a Isa Maria, de 14 anos.
A equipa de reportagem d”A Selva” com as atletas Diana e Isa.
Isa Maria, do 9º ano.
Diana Costa, do 11º ano.
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O rganizei e dei relevo a quatro elementos figurativos que
representam as principais áreas do saber: as ciências
humanas, as artes e as letras.
Tal como os seres vivos, que coexistem nos seus habitats e lutam
pela sobrevivência, as cores que escolhi para esta solução gráfica
pretendem homenagear os homens e as mulheres que nas selvas
das suas vidas, lutaram sem tréguas pelo conhecimento e pela
verdade no mundo. Manuel José
O jornal “A Selva” tem a partir deste
número um novo logótipo, da autoria de
Manuel José Ferreira da Silva,
professor de Artes Visuais na nossa
Escola.
O novo logótipo sucede ao que foi criado
por Márcio Correia Barra, ex-aluno da
Ferreira de Castro, quando no 9º ano
venceu o concurso
para o logótipo do
jornal.
Nesta mudança de visual, “A Selva” dá
conta aos seus leitores do significado
atribuído pelo professor Manuel Silva ao
novo logótipo do jornal e homenageia
Márcio Barra mostrando na página 16
algumas das suas criações artísticas.
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Memória descritiva do novo logótipo d”A Selva”
Manuel José Ferreira da Silva
Professor de Artes Visuais
consideravam ser importante,
apelativo, dinâmico e jovem!
Foi pensando sempre em
dinamismo que quiseram
divulgar este projecto, apelar
à participação da comunida-
de escolar e aceitar as suges-
tões que fossem chegando!
Muito foi o trabalho neces-
sário para que o jornal vos
chegasse da melhor forma
possível, muito foi o tempo
ocupado com “A Selva”, mas
muitas foram também as aju-
das para que nada falhasse e,
sobretudo, muitas foram as
palavras de apoio e de incen-
tivo. Sim, este foi, de facto, o
projecto de 13 alunos, projec-
to ao qual será atribuída uma
classificação! No entanto,
não foi esse o único motivo
que obrigou estes jornalistas
a esforçarem-se... a oportu-
nidade que teriam de deixar
uma marca na escola, neste
último ano, e de mostrar o
seu trabalho a todos, preva-
leceu acima de tudo!
Por último, conseguimos
também cumprir com a nos-
sa vontade de renovação do
visual do jornal, mudando o
formato do seu cabeçalho.
Todos estes factores per-
mitem aos “selváticos”
fazer um balanço bastante
positivo desta experiência!
É verdade que o trabalho e
o tempo desgasta e ocupa
cada um destes
“jornalistas”, mas verdade
é também que ver-vos ler o
resultado deste trabalho
compensa!
Antes de abandonar o jor-
nal, os alunos que até agora
foram responsáveis pelo
mesmo gostariam de deixar
uma mensagem: por muito
que vos pareça rebuscada a
ideia de estarem à frente de
uma iniciativa como esta,
embarquem nesta aventura e
façam com que este jornal
tenha um pouco de todos os
que fazem desta infra-
estrutura gigante uma ver-
dadeira escola!
Se, no início, parecia uma
autêntica loucura, no fim há
a recompensa de todo o
esforço!
C omo sabem, A Selva
foi “atirada” para as
mãos de alguns alunos do
12ºE que aceitaram o desafio
de se tornarem jornalistas
durante um ano lectivo!
Este desafio foi motivo de
muitas discussões, receios,
hesitações... Afinal, não era
brincadeira fazer um jornal
que fosse visto por todos
vocês! Contudo, ainda que
não estivessem bem certos do
que os esperava, havia que
começar a organizar ideias e,
claro, pô-las em prática.
Assim, e cada vez com mais
entusiasmo, os
”selváticos” (como o grupo
se auto-denomina) procura-
ram fazer passar, através do
jornal escolar, aquilo que
Editorial
A aventura de ser jornalista
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