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CREMEC: 50 ANOS INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 76 - JULHO/AGOSTO DE 2009 Impresso Especial 2015/2005-DR/CE CREMEC Fórum e Encontro Regional - Juazeiro do Norte Eleição para Conselheiro Federal Artigos Fórum de Ética Médica - Horizonte Pág. 2 Pág. 3 Págs. 4 e 5 Pág. 6 Pág. 7 F oi na sede do Centro Médico Cearen- se, no dia 9 de setembro de 1959, que ocorreu a sessão histórica de instalação do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará. O Dr. Joaquim Eduardo de Alencar, então Presidente do Cen- tro Médico Cearense, comandou a reunião que escolheu a primeira diretoria do Conselho de Medicina, a qual ficou assim constituída: Presi- dente: Dr. José Carlos Ribeiro; Vice-presidente: Dr. Licinio Nunes de Miranda; 1º Secretário: Dr. Washington Carneiro Baratta Monteiro; 2º Secretário: Dr. Roberto Cabral Ferreira; 1º Tesoureiro: Dr. Pedro de Morais Borges; 2º Tesoureiro: Dr. João Luiz de Oliveira Pombo. É preciso lembrar que a Lei 3268, de 30 de setembro de 1957, que dispõe sobre os Conselhos de Medicina, foi sancionada por um médico, o Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Anteriormente, já existiam as as- sociações médicas e os sindicatos médicos. Os Conselhos de Medicina, criados sob a forma de autarquia, nasciam com forte vinculação com o aparelho estatal, tendo por finalidade fiscalizar a atividade médica, apurar as possíveis infrações à ética da profissão e promover por todos os meios ao seu alcance o perfeito desempenho ético, técnico e científico da Medicina. Os primeiros tempos de existência do Con- selho foram de organização e de sensibilização dos médicos, alguns dos quais resistiam ao chamamento para inscrição na nova institui- ção. Ao final do ano de 1959, estava inscrito no Conselho apenas o seu Presidente, Dr. José Carlos Ribeiro, CRM nº 1. Desde então, muitas mudanças ocorreram na realidade do país e da prática médica. Quando o CREMEC foi fundado, existia no Ceará apenas uma Faculdade de Medicina; hoje, dispomos de 7 cursos médicos, 4 dos quais da área pública e 3 de caráter privado. No momento, estamos próximos dos 12.000 médicos inscritos no CREMEC, 8.400 dos quais encontram-se em pleno exercício da profissão. Por outro lado, houve profundas modifica- ções no cenário da atividade médica. De prá- tica eminentemente liberal, em consultórios, ou com visitas dos médicos às residências dos doentes, passou o trabalho médico a ser feito em grandes organizações, quer estatais, quer sob a forma de planos de saúde, cooperativas médicas e seguro-saúde. O que trouxe aspec- tos novos que merecem atenção e análise. Um deles diz respeito à autonomia do médico. De fato, vemos atualmente uma interferência cada vez maior na relação médico-paciente, limitando o direito do médico de, em diálogo com o seu paciente, decidir quais os meios diagnósticos e terapêuticos que devem ser adotados em benefício da saúde do doente. Ademais, observa-se que os médicos muitas vezes são submetidos a um regime de trabalho extenuante, tendo que atender um número de doentes bem superior ao que seria razoável. O que traz, inevitavelmente, maiores riscos de erro profissional, além de poder causar danos à própria saúde dos esculápios. Tal situação, veri- ficada principalmente nos serviços públicos de saúde, faz com que seja indispensável a adoção de medidas para a melhoria do Sistema Único de Saúde, com providências quanto à organi- zação dos serviços e à ampliação dos recursos humanos, o que passa, necessariamente, por modificações no financiamento do setor saúde. Neste sentido, o CREMEC, juntamente com o Sindicato dos Médicos e a Associação Mé- dica Cearense, sempre se empenhou para que houvesse concurso público, com a admissão de novos médicos, e que a remuneração médica fosse compatível com a importância social e científica da Medicina. No que se refere à regulamentação ética da profissão médica, os Conselhos de Medicina adotaram primeiramente o Código de Ética Médica que fora aprovado, em 1953, pela Associação Médica Brasileira. Posteriormente, seguiram-se os códigos de ética de 1965, 1984 e 1988, o último ainda em vigor, embora em processo de revisão, com a possibilidade de que seja editado um novo código no ano em curso. Em todos estes diplomas éticos da profissão médica, destaca-se a afirmação dos valores humanistas e de respeito à dignidade humana que devem ser a base de toda a vida profissional dos discípulos de Hipócrates. O que se pode afirmar é que o Conselho de Medicina do Estado do Ceará, ao completar meio século de funcionamento, tem toda uma história de trabalho e realizações, porém muitos desafios pela frente, suscitando de cada um de nós dedicação, zelo com a saúde dos pacientes e com a boa prática da Medicina, compromisso com a dignidade humana. . Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará Fórum de Ética Médica no Interior - Itapipoca Editorial

Jornal Conselho Nº 76

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Jornal publicado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará

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Page 1: Jornal Conselho Nº 76

CREMEC: 50 ANOS

INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 76 - JULHO/AGOSTO DE 2009

ImpressoEspecial2015/2005-DR/CE

CREMEC

Fórum e Encontro Regional - Juazeiro

do Norte

Eleição para Conselheiro Federal Artigos

Fórum de Ética Médica - Horizonte

Pág. 2 Pág. 3 Págs. 4 e 5 Pág. 6 Pág. 7

Foi na sede do Centro Médico Cearen-

se, no dia 9 de setembro de 1959,

que ocorreu a sessão histórica de

instalação do Conselho Regional de

Medicina do Estado do Ceará. O Dr. Joaquim

Eduardo de Alencar, então Presidente do Cen-

tro Médico Cearense, comandou a reunião que

escolheu a primeira diretoria do Conselho de

Medicina, a qual fi cou assim constituída: Presi-

dente: Dr. José Carlos Ribeiro; Vice-presidente:

Dr. Licinio Nunes de Miranda; 1º Secretário:

Dr. Washington Carneiro Baratta Monteiro;

2º Secretário: Dr. Roberto Cabral Ferreira; 1º

Tesoureiro: Dr. Pedro de Morais Borges; 2º

Tesoureiro: Dr. João Luiz de Oliveira Pombo.

É preciso lembrar que a Lei 3268, de 30

de setembro de 1957, que dispõe sobre os

Conselhos de Medicina, foi sancionada por

um médico, o Presidente Juscelino Kubitschek

de Oliveira. Anteriormente, já existiam as as-

sociações médicas e os sindicatos médicos. Os

Conselhos de Medicina, criados sob a forma de

autarquia, nasciam com forte vinculação com o

aparelho estatal, tendo por fi nalidade fi scalizar

a atividade médica, apurar as possíveis infrações

à ética da profi ssão e promover por todos os

meios ao seu alcance o perfeito desempenho

ético, técnico e científi co da Medicina.

Os primeiros tempos de existência do Con-

selho foram de organização e de sensibilização

dos médicos, alguns dos quais resistiam ao

chamamento para inscrição na nova institui-

ção. Ao fi nal do ano de 1959, estava inscrito

no Conselho apenas o seu Presidente, Dr.

José Carlos Ribeiro, CRM nº 1. Desde então,

muitas mudanças ocorreram na realidade do

país e da prática médica. Quando o CREMEC

foi fundado, existia no Ceará apenas uma

Faculdade de Medicina; hoje, dispomos de 7

cursos médicos, 4 dos quais da área pública e

3 de caráter privado. No momento, estamos

próximos dos 12.000 médicos inscritos no

CREMEC, 8.400 dos quais encontram-se em

pleno exercício da profi ssão.

Por outro lado, houve profundas modifi ca-

ções no cenário da atividade médica. De prá-

tica eminentemente liberal, em consultórios,

ou com visitas dos médicos às residências dos

doentes, passou o trabalho médico a ser feito

em grandes organizações, quer estatais, quer

sob a forma de planos de saúde, cooperativas

médicas e seguro-saúde. O que trouxe aspec-

tos novos que merecem atenção e análise. Um

deles diz respeito à autonomia do médico.

De fato, vemos atualmente uma interferência

cada vez maior na relação médico-paciente,

limitando o direito do médico de, em diálogo

com o seu paciente, decidir quais os meios

diagnósticos e terapêuticos que devem ser

adotados em benefício da saúde do doente.

Ademais, observa-se que os médicos muitas

vezes são submetidos a um regime de trabalho

extenuante, tendo que atender um número de

doentes bem superior ao que seria razoável. O

que traz, inevitavelmente, maiores riscos de

erro profi ssional, além de poder causar danos à

própria saúde dos esculápios. Tal situação, veri-

fi cada principalmente nos serviços públicos de

saúde, faz com que seja indispensável a adoção

de medidas para a melhoria do Sistema Único

de Saúde, com providências quanto à organi-

zação dos serviços e à ampliação dos recursos

humanos, o que passa, necessariamente, por

modifi cações no fi nanciamento do setor saúde.

Neste sentido, o CREMEC, juntamente com

o Sindicato dos Médicos e a Associação Mé-

dica Cearense, sempre se empenhou para que

houvesse concurso público, com a admissão de

novos médicos, e que a remuneração médica

fosse compatível com a importância social e

científi ca da Medicina.

No que se refere à regulamentação ética da

profi ssão médica, os Conselhos de Medicina

adotaram primeiramente o Código de Ética

Médica que fora aprovado, em 1953, pela

Associação Médica Brasileira. Posteriormente,

seguiram-se os códigos de ética de 1965, 1984

e 1988, o último ainda em vigor, embora em

processo de revisão, com a possibilidade de que

seja editado um novo código no ano em curso.

Em todos estes diplomas éticos da profi ssão

médica, destaca-se a afi rmação dos valores

humanistas e de respeito à dignidade humana

que devem ser a base de toda a vida profi ssional

dos discípulos de Hipócrates.

O que se pode afi rmar é que o Conselho de

Medicina do Estado do Ceará, ao completar

meio século de funcionamento, tem toda uma

história de trabalho e realizações, porém muitos

desafi os pela frente, suscitando de cada um de

nós dedicação, zelo com a saúde dos pacientes

e com a boa prática da Medicina, compromisso

com a dignidade humana.

. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do Conselho Regional de Medicina

do Estado do Ceará

Fórum de Ética

Médica no Interior - Itapipoca

Editorial

Page 2: Jornal Conselho Nº 76

[email protected] JORNAL CONSELHO

FÓRUM DE ÉTICA MÉDICA NO INTERIORItapipoca - 02 e 03 de julho de 2009

Conselheiro Ivan de Araújo Moura Fè

Itapipocan Beauty. O vestidinho de Ruth Barroso - Ca-pela de São Sebastião da Rua do Fogo.

João Ananias - Secretário de Saúde do Estado do Ceará

Dr. Pedro Teixeira Barroso - Sec. de Saúde de Itapipoca

Dr. Francisco Deoclésio Pinheiro - Rep. do Cremec em Itapipoca

Assistência ao Fôrum Assistência do Evento

EVENTOS

Aos 02 e 03 de julho de 2009,

realizou-se o C Fórum de Ética Médica

do Interior, na cidade de Itapipoca/CE.

À abertura do evento compareceram os

Secretários de Saúde do Estado Dr. João

Ananias Vasconcelos Neto e o Dr. Pedro

Teixeira Barroso, Secretário de Saúde do

município. Constitui-se este evento um

marco na história do CREMEC, pois

trata-se do Centésimo Fórum de Ética

Médica do Interior, a começar de 1990.

Page 3: Jornal Conselho Nº 76

XV ENCONTRO REGIONAL MÉDICO E CI FORUM DE ÉTICA MÉDICA DO INTERIOR

09, 10 E 11 DE JULHO DE 2009 AUDITÓRIO DO CEREST JUAZEIRO DO NORTE

Mesa de abertura do Congresso, da esq. para a dir.: Dr. José Flávio, Dr. Ivan Moura Fé, Dr. João Ananias - Secretário de Saúde do Ceará, Dr. Manuel Raimundo Santana Neto,

Prefeito de Juazeiro do Norte

Mesa de abertura do Congresso da esq. para a dir.: Dr. Giovanni Sampaio Gondim, Secretário de Saúde de Juazeiro., Dr. José Maria Pontes - Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do

Ceará e Dr. Nilson Moura Fé, diretor do SIMEC

Dra. Fátima Dias, diretora do SIMEC

Assistência do CongressoDr. José Maria Pontes - Presidente do Sindicato dos

Médicos do Estado do Ceará faz sua preleção

O Conselho Regional de Medicina do Estado

do Ceará e o Sindicato dos Médicos do Estado

do Ceará, promoveram em julho próximo pas-

sado, o XV Encontro Regional Médico e CI

Fórum de Ética Médica do Interior, na próspera

cidade caririense de Juazeiro do Norte.

À abertura do evento, além das autoridades

locais, compareceu o Secretário de Saúde do

Ceará, Dr. João Ananias de Vasconcelos Neto,

o qual proferiu conferência sobre o tema: Po-

líticas Regionais de Saúde. Em seguida, foram

desenvolvidos, aos 10 e 11 de julho, os seguintes

temas: Violência - Problema de Saúde Pública,

Alcoolismo e Droga na Atenção Primária, Res-

ponsabilidade Civil e Ética do Médico, Progra-

ma de Saúde da Família, Emergências Médicas,

Trabalho e Remuneração de Médicos.

O Encontro e o Fórum contaram com o

apoio da Secretaria de Saúde do Estado do Ce-

ará, e das Secretarias de Saúde de Juazeiro do

Norte, Crato e de Barbalha.

JORNAL CONSELHO [email protected]

EVENTOS

Page 4: Jornal Conselho Nº 76

Comissão Eleitoral. Da esq. para a dir.: Edilson Lucas de Moraes, Secretário; João Adolfo de Carvalho Nogueira, Presidente; e Delano Gurgel Silveira, Secretário.

Atividades da Eleição

Atividades da Eleição. Em primeiro plano: Fátima Sampaio, Fred Jorge e Brito Júnior.

Dr. Urico Gadelha e Dr. Francisco Monteiro

Dr. José Albertino, Dr. Ajax e Dr. Lúcio Flávio

CHAPAS CONCORRENTES

CHAPA Nº 1

MEMBRO EFETIVO:DR. JOSÉ ALBERTINO SOUZA

MEMBRO SUPLENTE:DR. LUCIO FLÁVIO GONZAGA SILVA

CHAPA Nº 2 MEMBRO EFETIVO:

DR. FRANCISCO DAS CHAGAS DIAS MONTEIRO

MEMBRO SUPLENTE:DR. JOSÉ AUGUSTO ESMERALDO CARNEIRO

PROCESSO ELEITORAL DOS CONSELHEIROS FEDERAIS EFETIV

Lamentamos n

fotos dos seguint

Bezerra de Figu

Silvania Maria C

Igor Correia de F

Adolpho de Sá

César da Silva Ro

Flagrantes das Eleições para Conselheiros Efetivos e Suplentes

4 JORNAL CONSELHO [email protected]

Page 5: Jornal Conselho Nº 76

Os médicos do interior do Estado votaram por correspondência.

Somente pôde votar quem estivesse quite com o CREMEC.

Resultado das eleiçõesCHAPA 1 - 3.113 votos

CHAPA 2 - 1.627 votos

VOTOS EM BRANCO: 149VOTOS NULOS: 144

Nº DE MÉDICOS ATIVOS - 8.334

MÉDICOS APTOS A VOTAR - 6.816

MÉDICOS VOTANTES -5035

MÉDICOS QUE NÃO VOTARAM E NECESSITAM

JUSTIFICAR AUSÊNCIA AO VOTO - 1771

o

O Presidente do CREMEC, Ivan Moura Fé, sufraga seu voto

EIRO

RO

IVO E SUPLENTE NO ESTADO DO CEARÁ - 01 DE JULHO DE 2009

Dr. Jose Augusto Esmeraldo Carneiro recebe apoio de correligionário

Dras. Alexandra Mano e Nadia Gurgel Drs. Carlos José e Paulo de Tarso Drs. Ramiro Pinheiro e Josebson Silva

Drs. Dadson Sales e Antonio LeonelDrs. Marcelo Castro e Ana Cecilia Drs. Gustavo Adolfo e Leyla Silveira

Drs. Carlos Rander e Daniel Silva Drs. Carolina Lino e Heládio Feitosa

Presidentes e Mesários

s não apresentar as

ntes mesários: Inês

gueiredo Correia,

a Cavalcante Sales,

e Farias, Leonardo

á Sales e Ricardo

Rodrigues

es do Estado do Ceará, junto ao Conselho Federal de Medicina.

[email protected] JORNAL CONSELHO 5

Page 6: Jornal Conselho Nº 76

Aldaíza Marcos RibeiroAlessandro Ernani Oliveira Lima

Dagoberto César da SilvaDalgimar Beserra de Menezes

Erika Ferreira GomesEugênio de Moura CamposFernando Queiroz Monte

Francisco Alequy de Vasconcelos FilhoFrancisco das Chagas Dias Monteiro

Francisco de Assis ClementeFrancisco Dias de Paiva

Francisco Flávio Leitão de Carvalho FilhoHelena Serra Azul Monteiro

Helly Pinheiro ElleryHelvécio Neves FeitosaIvan de Araújo Moura Fé

José Ajax Nogueira QueirozJosé Albertino Souza

José Fernandes DantasJosé Gerardo Araújo PaivaJosé Málbio Oliveira Rolim

José Roosevelt Norões LunaLino Antonio Cavalcanti Holanda

Lucio Flávio Gonzaga SilvaLuiz Gonzaga Porto Pinheiro

Maria Neodan Tavares RodriguesOrmando Rodrigues Campos Junior

Rafael Dias Marques NogueiraRegina Lúcia Portela Diniz

Régis Moreira ConradoRenato Evando Moreira FilhoRoberto César Pontes IbiapinaRoberto da Justa Pires Neto

Roberto Wagner Bezerra de AraújoRômulo César Costa Barbosa

Sylvio Ideburque Leal FilhoTales Coelho Sampaio

Urico Gadelha de Oliveira NetoValéria Góes Ferreira Pinheiro

REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO

SECCIONAL DA ZONA NORTEARTHUR GUIMARÃES FILHO

FRANCISCO CARLOS NOGUEIRA ARCANJOFRANCISCO JOSÉ FONTENELE DE AZEVEDO

FRANCISCO JOSÉ MONT´ALVERNE SILVAJOSÉ RICARDO CUNHA NEVES

RAIMUNDO TADEU DIAS XEREZEndereço:

Rua Oriano Mendes - 113 - CentroCEP: 62.010-370 - Sobral - Ceará

SECCIONAL DO CARIRICLÁUDIO GLEIDISTON LIMA DA SILVA

GERALDO WELILVAN LUCENA LANDIMJOÃO ANANIAS MACHADO FILHO

JOÃO BOSCO SOARES SAMPAIOJOSÉ FLÁVIO PINHEIRO VIEIRAJOSÉ MARCOS ALVES NUNES

Endereço: Rua da Conceição - 536, Sala 309Ed. Shopping Alvorada - Centro

Fone: 511.3648 - Cep.: 63010-220Juazeiro do Norte - CearáLIMOEIRO DO NORTE

Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

IGUATUEfetivo: Dr. Antônio Nogueira VieiraSuplente: Dr. Ariosto Bezerra Vale

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes

Urico GadelhaFrancisco Alequy de Vasconcelos Filho

(Suplente)CREMEC

Rua Floriano Peixoto, 2021 - José BonifácioCEP: 60.025-131

Telefone: (85) 3221.6607 Fax: (85) 3221.6929

E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda

Colaborou nesta edição: Fátima Maria Sampaio de Barros

Projeto Gráfi co: WironDiagramação: Carlos Meiga

Impressão: Gráfi ca Iris Fone: (85) 3212.3574

CONSELHEIROS

Admitindo o tempo como uma abstração da vivência do homem na

terra, que o divide em três partes fundamentais, linearmente conhecidas

como passado, presente e futuro, as percepções vivenciais das partes

resultariam numa apreensão modifi cada do todo.

Em assim sendo, o alargamento ou alongamento de qualquer destas

partes ocorreria em detrimento das outras; por exemplo, se ocorrer com

o passado, o presente ou o futuro ou ambos sofreriam as diminuições

correspondentes ao todo da vivência temporal, como soe acontecer

com os idosos, ou então com os deprimidos, nos quais as lembranças

do passado têm maior signifi cação.

Nas crianças ou em pessoas jovens, quando o alongamento ocorre

com o tempo futuro, as preocupações em ouvir histórias, frutos do

passado e de fantasiar planos para quando crescer ou ‘fi car grande’,

como costumam dizer, predominam na temporalidade de suas vivências.

Considerando o encontro como a presentifi cação ampliada da

temporalidade dos indivíduos de um grupo social, às custas do en-

curtamento do passado e do futuro, que cederiam partes de si para

compensarem assim o alongamento do presente circunstancial; desta

forma, o encontro possuiria as condições para desvelar as brumas do

passado e as trevas do porvir, gerando percepções signifi cativamente

pertinentes, não encontradas nos indivíduos de forma separada.

É quando o outro deixa de ser o refl exo de si mesmo e seu referen-

cial, como habitualmente acontece, e se transforma no complemento

de uma peça social, adquirindo potencialidades até então desconhecidas

por ele mesmo e pelos demais.

O comportamento do homem sozinho difere muito de quando

ele se encontra em grupo ou em multidão e isto já foi averiguado por

psicólogos das massas, como Gustave Le Bon, pois é a construção do

nós, própria do encontro, que induz à percepção vivencial da tempo-

ralidade, modifi cada pelo aumento da percepção do presente.

Nilson de Moura Fé

Fortaleza, 30 de junho de 2009

TEORIA DO ENCONTRO

A etapa derradeira da Revisão do Código de Ética

Médica de 1987, efetivou-se no Clube Esportivo

Sírio, São Paulo. Participaram do evento, como dele-

gados cearenses, os médicos Ivan de Araújo Moura Fé,

Lúcio Flávio Gonzaga Silva, Roberto Wagner Bezerra

de Araújo, José Albertino Souza e Dalgimar Menezes.

Desse grupo, dois haviam participado da elabora-

ção do CEM de 1987, Hotel Glória, Rio de Janeiro,

Moura Fé IA e

Menezes DB.

Este evento

final foi pre-

c ed ido po r

etapas de des-

m o n t a g e m ,

de descons-

trução, a par-

tir de contri-

butos oriun-

dos de todas

as regiões do

Brasil, em que

o código foi

submetido à

crítica, como um todo, e cada um de seus tópicos e

itens em particular.

Crítica longamente nutrida em todo o país de que

os capítulos iniciais do CEM — dos princípios, dos

deveres e dos direitos dos médicos — não poderiam

se prestar à capitulação de ilícitos, ao momento de

instalação de processos éticos, foi tomada em con-

sideração. Com a ressalva de que os assuntos desses

tópicos iniciais reaparecessem em outros capítulos

do código, passíveis de ser utilizadas na capitulação.

Ao longo de toda a desconstrução, nos anos 2008

e 2009, fez-se ouvido à crítica, já expressada em 1987,

de que se deveria repensar o caráter de código penal

que constituía a maior parte do CEM, fundamentado

em proibições. Assim: é vedado ao médico...

A tentativa de superar esse problema redundou

em fracasso. A reconstrução da linguagem para evi-

tar as vedações, resultava em verdadeiras aberrações

lingüísticas. Foram mantidas as vedações, vale dizer,

o código se mantém,

em parte, como código

penal.

Todos os grandes

temas que surgiram

nos últimos vinte anos

foram tomados em

conta, a saber, as mu-

danças nas relações

laborais, o surgimento

do SUS e do PSF, a

abertura indiscrimina-

da de escolas médicas,

as aquisições científi -

cas das duas dezenas

de anos — Código

Genético, Células estaminais, etc, a pesquisa científi ca

em seres humanos — bem como as extraordinárias

mudanças nos meios de comunicações (internet,

telemedicina), foram devida e prontamente subme-

tidos a análise, demandando verdadeiro trabalho de

ouriversaria.

Ao fi nal, constata-se como era sólido e consistente

o documento de 1987, pois, na verdade não se alterou

muita coisa.

Estamos no aguardo de que a emenda não seja

pior que o soneto.

São Paulo, agosto de 2009:

Código de Ética Médica, versão 2009Dalgimar B. de Menezes

6 JORNAL CONSELHO [email protected]

ARTIGOS

Page 7: Jornal Conselho Nº 76

CII FÓRUM DE ÉTICA MÉDICA DO INTERIOR30 e 31 de julho de 2009 - Horizonte -Auditório do CEREST

O Conselho Regional de Medicina Regional do Estado do Ceará

promoveu na cidade de Horizonte, o centésimo segundo fórum de ética

médica do interior. Além dos médicos da região, o evento contou com

a presença dos secretários de sáude de Horizonte e do Estado do Ceará.

A programação do fórum fi cou assim distribuída: Situação da Aten-

ção Básica do Município, Perspectivas na Saúde do Município, Respon-

sabilidade Profi ssional, PSF – Visão do CREMEC, Atestados Médicos

de Saúde e de Óbito, Mudança de Piso Salarial, PCCS e Segurança do

Trabalho, Prescrição Médica, Transcrição de Prescrição e Prontuários

Médicos, Regimento Interno do Corpo Clínico, Diretor Técnico e

Clínico, Transferência Inter-hospitalar, Perícia Médica. Como parte do

evento, foi realizada uma visita ao Hospital e Maternidade Raimundo

Venâncio. Saliente-se a presença do Secretário Executivo de Saúde, Dr.

Raimundo José Arruda Bastos.

Dr. Ivan de Araújo Moura Fé, presidente do CREMEC e Jaime Ribeiro do Nascimento, Secretário de Saúde de Horizonte

Francisco José Alves da Costa e Jaime Ribeiro do Nascimento, Secretário de Saúde de Horizonte

Dr. Raimundo Jose Arruda Bastos - Secretário Executivo da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará

Assistência ao Fôrum, em primeiro plano os conselheiros Málbio Rolim e Lino Antonio

Dr. Francisco Monteiro, Assessor da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará Forúm concorridíssimo e seleto: em primeiro plano, Regina Holanda, Fátima Sampaio e Ivan Moura Fé

EVENTOS

[email protected] JORNAL CONSELHO 7

Page 8: Jornal Conselho Nº 76

FISCALIZAÇÃO

CORRESPONDÊNCIA

Já está disponível no Portal Médico a

ficha de recadastramento para que todos

os médicos efetuem a atualização dos seus

dados e fiquem aptos a receber a nova

Carteira de Identidade Médica.

O recadastramento foi baseado na ex-

periência do CREMESP que atualizou os

quase 90 mil médicos do estado. O pro-

cesso atende o estabelecido pela resolução

CFM.

O Conselho prevê a emissão de novas

células de identificação para evitar a ocor-

rência de fraudes, protegendo a sociedade e

a classe médica contra a atuação criminosa

de quem falsifica as carteiras dos médicos

com intuito de praticar o exercício ilegal

da profissão.

Leia as instruções para o recadastra-mento:

- Apenas as inscrições PRIMÁRIAS

deverão sofrer o recadastramento. Seus

dados serão transferidos para os Conselhos

Regionais de Medicina onde e caso possua

inscrições secundárias.

- Após concluir o seu recadastramento,

dirija-se ao seu Conselho Regional para

assinar a ficha de coleta, levando uma fo-

tografia colorida, 3x4cm, fundo branco ou

cinza-claro, sem qualquer tipo de mancha,

alteração, retoque, perfuração, deformação

ou correção.

Não serão aceitas fotografias em que

o portador utilize óculos, bonés, gorros,

chapéus ou qualquer item de vestuário ou

acessório que cubra parte do rosto ou da

cabeça.

O médico receberá um aviso para retirar

a sua nova carteira, assim que estiver dis-

ponível no seu Conselho Regional.

RECADASTRAMENTO

IV Conferência Nacional de Ética Médica

8 JORNAL CONSELHO [email protected]

FECHANDO A EDIÇÃOJULHO/AGOSTO 2009

Os Conselheiros Ivan de Araújo Moura Fé,

Lino Antonio Cavalcanti Holanda e Malbio Rolim

estiveram no Hospital e Maternidade Raimundo

Venâncio, Horizonte, como parte da programação

do CII Fórum de Ética Médica do Interior. Na foto

ao lado, o Dr. Lino Ferreira, Gestor do Hospital,

dá explicações aos Conselheiros.

Desenvolvo sentimento de orgulho

em poder pertencer a este conselho,

pela sua autonomia em atualização dos

meios de comunicação através da inter-

net, gostaria de parabenizar todos que

fortalecem o cremec nesta sua gestão

médica, por poder dispor de tamanha

integração em informações provenientes

de desenvolvimento do trabalho interno

e sistemático de todo colegiado deste

conselho.

Estou certa de que este serviço de

informação para formação, não só irá

fortalecer nossa classe profissional,

como prepará-la para enfrentar obs-

táculos e resolver questões, com mais

segurança e autonomia diante do seu

trajeto profi ssional.

Agradeço em nome de todos os mé-

dicos, técnicos e acadêmicos do Estado

do Ceará, por poder dispor de magnífi ca

competência em inovação da comuni-

cação.

Rita de Cássia Andrade de Neiva -

CRM-CE 4517

Vice-Coordenadora do

Curso de Medicina da UECE

Compareceram à IV Conferência Nacional de Ética Médica, realizada em São Paulo/SP,

evento fi nal da revisão do Código de Ética Médica de 1987, bem como da elaboração do novo

Código de Ética Médica, os seguintes delegados do Ceará: Ivan de Araújo Moura Fé, José Al-

bertino Souza, Lúcio Flávio Gonzaga Silva, Dalgimar Beserra de Menezes e Roberto Wagner

Bezerra de Araújo.