View
231
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Jornal publicado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará
Citation preview
CREMEC: 50 ANOS
INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 76 - JULHO/AGOSTO DE 2009
ImpressoEspecial2015/2005-DR/CE
CREMEC
Fórum e Encontro Regional - Juazeiro
do Norte
Eleição para Conselheiro Federal Artigos
Fórum de Ética Médica - Horizonte
Pág. 2 Pág. 3 Págs. 4 e 5 Pág. 6 Pág. 7
Foi na sede do Centro Médico Cearen-
se, no dia 9 de setembro de 1959,
que ocorreu a sessão histórica de
instalação do Conselho Regional de
Medicina do Estado do Ceará. O Dr. Joaquim
Eduardo de Alencar, então Presidente do Cen-
tro Médico Cearense, comandou a reunião que
escolheu a primeira diretoria do Conselho de
Medicina, a qual fi cou assim constituída: Presi-
dente: Dr. José Carlos Ribeiro; Vice-presidente:
Dr. Licinio Nunes de Miranda; 1º Secretário:
Dr. Washington Carneiro Baratta Monteiro;
2º Secretário: Dr. Roberto Cabral Ferreira; 1º
Tesoureiro: Dr. Pedro de Morais Borges; 2º
Tesoureiro: Dr. João Luiz de Oliveira Pombo.
É preciso lembrar que a Lei 3268, de 30
de setembro de 1957, que dispõe sobre os
Conselhos de Medicina, foi sancionada por
um médico, o Presidente Juscelino Kubitschek
de Oliveira. Anteriormente, já existiam as as-
sociações médicas e os sindicatos médicos. Os
Conselhos de Medicina, criados sob a forma de
autarquia, nasciam com forte vinculação com o
aparelho estatal, tendo por fi nalidade fi scalizar
a atividade médica, apurar as possíveis infrações
à ética da profi ssão e promover por todos os
meios ao seu alcance o perfeito desempenho
ético, técnico e científi co da Medicina.
Os primeiros tempos de existência do Con-
selho foram de organização e de sensibilização
dos médicos, alguns dos quais resistiam ao
chamamento para inscrição na nova institui-
ção. Ao fi nal do ano de 1959, estava inscrito
no Conselho apenas o seu Presidente, Dr.
José Carlos Ribeiro, CRM nº 1. Desde então,
muitas mudanças ocorreram na realidade do
país e da prática médica. Quando o CREMEC
foi fundado, existia no Ceará apenas uma
Faculdade de Medicina; hoje, dispomos de 7
cursos médicos, 4 dos quais da área pública e
3 de caráter privado. No momento, estamos
próximos dos 12.000 médicos inscritos no
CREMEC, 8.400 dos quais encontram-se em
pleno exercício da profi ssão.
Por outro lado, houve profundas modifi ca-
ções no cenário da atividade médica. De prá-
tica eminentemente liberal, em consultórios,
ou com visitas dos médicos às residências dos
doentes, passou o trabalho médico a ser feito
em grandes organizações, quer estatais, quer
sob a forma de planos de saúde, cooperativas
médicas e seguro-saúde. O que trouxe aspec-
tos novos que merecem atenção e análise. Um
deles diz respeito à autonomia do médico.
De fato, vemos atualmente uma interferência
cada vez maior na relação médico-paciente,
limitando o direito do médico de, em diálogo
com o seu paciente, decidir quais os meios
diagnósticos e terapêuticos que devem ser
adotados em benefício da saúde do doente.
Ademais, observa-se que os médicos muitas
vezes são submetidos a um regime de trabalho
extenuante, tendo que atender um número de
doentes bem superior ao que seria razoável. O
que traz, inevitavelmente, maiores riscos de
erro profi ssional, além de poder causar danos à
própria saúde dos esculápios. Tal situação, veri-
fi cada principalmente nos serviços públicos de
saúde, faz com que seja indispensável a adoção
de medidas para a melhoria do Sistema Único
de Saúde, com providências quanto à organi-
zação dos serviços e à ampliação dos recursos
humanos, o que passa, necessariamente, por
modifi cações no fi nanciamento do setor saúde.
Neste sentido, o CREMEC, juntamente com
o Sindicato dos Médicos e a Associação Mé-
dica Cearense, sempre se empenhou para que
houvesse concurso público, com a admissão de
novos médicos, e que a remuneração médica
fosse compatível com a importância social e
científi ca da Medicina.
No que se refere à regulamentação ética da
profi ssão médica, os Conselhos de Medicina
adotaram primeiramente o Código de Ética
Médica que fora aprovado, em 1953, pela
Associação Médica Brasileira. Posteriormente,
seguiram-se os códigos de ética de 1965, 1984
e 1988, o último ainda em vigor, embora em
processo de revisão, com a possibilidade de que
seja editado um novo código no ano em curso.
Em todos estes diplomas éticos da profi ssão
médica, destaca-se a afi rmação dos valores
humanistas e de respeito à dignidade humana
que devem ser a base de toda a vida profi ssional
dos discípulos de Hipócrates.
O que se pode afi rmar é que o Conselho de
Medicina do Estado do Ceará, ao completar
meio século de funcionamento, tem toda uma
história de trabalho e realizações, porém muitos
desafi os pela frente, suscitando de cada um de
nós dedicação, zelo com a saúde dos pacientes
e com a boa prática da Medicina, compromisso
com a dignidade humana.
. Ivan de Araújo Moura FéPresidente do Conselho Regional de Medicina
do Estado do Ceará
Fórum de Ética
Médica no Interior - Itapipoca
Editorial
[email protected] JORNAL CONSELHO
FÓRUM DE ÉTICA MÉDICA NO INTERIORItapipoca - 02 e 03 de julho de 2009
Conselheiro Ivan de Araújo Moura Fè
Itapipocan Beauty. O vestidinho de Ruth Barroso - Ca-pela de São Sebastião da Rua do Fogo.
João Ananias - Secretário de Saúde do Estado do Ceará
Dr. Pedro Teixeira Barroso - Sec. de Saúde de Itapipoca
Dr. Francisco Deoclésio Pinheiro - Rep. do Cremec em Itapipoca
Assistência ao Fôrum Assistência do Evento
EVENTOS
Aos 02 e 03 de julho de 2009,
realizou-se o C Fórum de Ética Médica
do Interior, na cidade de Itapipoca/CE.
À abertura do evento compareceram os
Secretários de Saúde do Estado Dr. João
Ananias Vasconcelos Neto e o Dr. Pedro
Teixeira Barroso, Secretário de Saúde do
município. Constitui-se este evento um
marco na história do CREMEC, pois
trata-se do Centésimo Fórum de Ética
Médica do Interior, a começar de 1990.
XV ENCONTRO REGIONAL MÉDICO E CI FORUM DE ÉTICA MÉDICA DO INTERIOR
09, 10 E 11 DE JULHO DE 2009 AUDITÓRIO DO CEREST JUAZEIRO DO NORTE
Mesa de abertura do Congresso, da esq. para a dir.: Dr. José Flávio, Dr. Ivan Moura Fé, Dr. João Ananias - Secretário de Saúde do Ceará, Dr. Manuel Raimundo Santana Neto,
Prefeito de Juazeiro do Norte
Mesa de abertura do Congresso da esq. para a dir.: Dr. Giovanni Sampaio Gondim, Secretário de Saúde de Juazeiro., Dr. José Maria Pontes - Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do
Ceará e Dr. Nilson Moura Fé, diretor do SIMEC
Dra. Fátima Dias, diretora do SIMEC
Assistência do CongressoDr. José Maria Pontes - Presidente do Sindicato dos
Médicos do Estado do Ceará faz sua preleção
O Conselho Regional de Medicina do Estado
do Ceará e o Sindicato dos Médicos do Estado
do Ceará, promoveram em julho próximo pas-
sado, o XV Encontro Regional Médico e CI
Fórum de Ética Médica do Interior, na próspera
cidade caririense de Juazeiro do Norte.
À abertura do evento, além das autoridades
locais, compareceu o Secretário de Saúde do
Ceará, Dr. João Ananias de Vasconcelos Neto,
o qual proferiu conferência sobre o tema: Po-
líticas Regionais de Saúde. Em seguida, foram
desenvolvidos, aos 10 e 11 de julho, os seguintes
temas: Violência - Problema de Saúde Pública,
Alcoolismo e Droga na Atenção Primária, Res-
ponsabilidade Civil e Ética do Médico, Progra-
ma de Saúde da Família, Emergências Médicas,
Trabalho e Remuneração de Médicos.
O Encontro e o Fórum contaram com o
apoio da Secretaria de Saúde do Estado do Ce-
ará, e das Secretarias de Saúde de Juazeiro do
Norte, Crato e de Barbalha.
JORNAL CONSELHO [email protected]
EVENTOS
Comissão Eleitoral. Da esq. para a dir.: Edilson Lucas de Moraes, Secretário; João Adolfo de Carvalho Nogueira, Presidente; e Delano Gurgel Silveira, Secretário.
Atividades da Eleição
Atividades da Eleição. Em primeiro plano: Fátima Sampaio, Fred Jorge e Brito Júnior.
Dr. Urico Gadelha e Dr. Francisco Monteiro
Dr. José Albertino, Dr. Ajax e Dr. Lúcio Flávio
CHAPAS CONCORRENTES
CHAPA Nº 1
MEMBRO EFETIVO:DR. JOSÉ ALBERTINO SOUZA
MEMBRO SUPLENTE:DR. LUCIO FLÁVIO GONZAGA SILVA
CHAPA Nº 2 MEMBRO EFETIVO:
DR. FRANCISCO DAS CHAGAS DIAS MONTEIRO
MEMBRO SUPLENTE:DR. JOSÉ AUGUSTO ESMERALDO CARNEIRO
PROCESSO ELEITORAL DOS CONSELHEIROS FEDERAIS EFETIV
Lamentamos n
fotos dos seguint
Bezerra de Figu
Silvania Maria C
Igor Correia de F
Adolpho de Sá
César da Silva Ro
Flagrantes das Eleições para Conselheiros Efetivos e Suplentes
4 JORNAL CONSELHO [email protected]
Os médicos do interior do Estado votaram por correspondência.
Somente pôde votar quem estivesse quite com o CREMEC.
Resultado das eleiçõesCHAPA 1 - 3.113 votos
CHAPA 2 - 1.627 votos
VOTOS EM BRANCO: 149VOTOS NULOS: 144
Nº DE MÉDICOS ATIVOS - 8.334
MÉDICOS APTOS A VOTAR - 6.816
MÉDICOS VOTANTES -5035
MÉDICOS QUE NÃO VOTARAM E NECESSITAM
JUSTIFICAR AUSÊNCIA AO VOTO - 1771
o
O Presidente do CREMEC, Ivan Moura Fé, sufraga seu voto
EIRO
RO
IVO E SUPLENTE NO ESTADO DO CEARÁ - 01 DE JULHO DE 2009
Dr. Jose Augusto Esmeraldo Carneiro recebe apoio de correligionário
Dras. Alexandra Mano e Nadia Gurgel Drs. Carlos José e Paulo de Tarso Drs. Ramiro Pinheiro e Josebson Silva
Drs. Dadson Sales e Antonio LeonelDrs. Marcelo Castro e Ana Cecilia Drs. Gustavo Adolfo e Leyla Silveira
Drs. Carlos Rander e Daniel Silva Drs. Carolina Lino e Heládio Feitosa
Presidentes e Mesários
s não apresentar as
ntes mesários: Inês
gueiredo Correia,
a Cavalcante Sales,
e Farias, Leonardo
á Sales e Ricardo
Rodrigues
es do Estado do Ceará, junto ao Conselho Federal de Medicina.
[email protected] JORNAL CONSELHO 5
Aldaíza Marcos RibeiroAlessandro Ernani Oliveira Lima
Dagoberto César da SilvaDalgimar Beserra de Menezes
Erika Ferreira GomesEugênio de Moura CamposFernando Queiroz Monte
Francisco Alequy de Vasconcelos FilhoFrancisco das Chagas Dias Monteiro
Francisco de Assis ClementeFrancisco Dias de Paiva
Francisco Flávio Leitão de Carvalho FilhoHelena Serra Azul Monteiro
Helly Pinheiro ElleryHelvécio Neves FeitosaIvan de Araújo Moura Fé
José Ajax Nogueira QueirozJosé Albertino Souza
José Fernandes DantasJosé Gerardo Araújo PaivaJosé Málbio Oliveira Rolim
José Roosevelt Norões LunaLino Antonio Cavalcanti Holanda
Lucio Flávio Gonzaga SilvaLuiz Gonzaga Porto Pinheiro
Maria Neodan Tavares RodriguesOrmando Rodrigues Campos Junior
Rafael Dias Marques NogueiraRegina Lúcia Portela Diniz
Régis Moreira ConradoRenato Evando Moreira FilhoRoberto César Pontes IbiapinaRoberto da Justa Pires Neto
Roberto Wagner Bezerra de AraújoRômulo César Costa Barbosa
Sylvio Ideburque Leal FilhoTales Coelho Sampaio
Urico Gadelha de Oliveira NetoValéria Góes Ferreira Pinheiro
REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO
SECCIONAL DA ZONA NORTEARTHUR GUIMARÃES FILHO
FRANCISCO CARLOS NOGUEIRA ARCANJOFRANCISCO JOSÉ FONTENELE DE AZEVEDO
FRANCISCO JOSÉ MONT´ALVERNE SILVAJOSÉ RICARDO CUNHA NEVES
RAIMUNDO TADEU DIAS XEREZEndereço:
Rua Oriano Mendes - 113 - CentroCEP: 62.010-370 - Sobral - Ceará
SECCIONAL DO CARIRICLÁUDIO GLEIDISTON LIMA DA SILVA
GERALDO WELILVAN LUCENA LANDIMJOÃO ANANIAS MACHADO FILHO
JOÃO BOSCO SOARES SAMPAIOJOSÉ FLÁVIO PINHEIRO VIEIRAJOSÉ MARCOS ALVES NUNES
Endereço: Rua da Conceição - 536, Sala 309Ed. Shopping Alvorada - Centro
Fone: 511.3648 - Cep.: 63010-220Juazeiro do Norte - CearáLIMOEIRO DO NORTE
Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia
CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire
ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto
CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues
Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ
Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira
IGUATUEfetivo: Dr. Antônio Nogueira VieiraSuplente: Dr. Ariosto Bezerra Vale
ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro
Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ
Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima
COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes
Urico GadelhaFrancisco Alequy de Vasconcelos Filho
(Suplente)CREMEC
Rua Floriano Peixoto, 2021 - José BonifácioCEP: 60.025-131
Telefone: (85) 3221.6607 Fax: (85) 3221.6929
E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda
Colaborou nesta edição: Fátima Maria Sampaio de Barros
Projeto Gráfi co: WironDiagramação: Carlos Meiga
Impressão: Gráfi ca Iris Fone: (85) 3212.3574
CONSELHEIROS
Admitindo o tempo como uma abstração da vivência do homem na
terra, que o divide em três partes fundamentais, linearmente conhecidas
como passado, presente e futuro, as percepções vivenciais das partes
resultariam numa apreensão modifi cada do todo.
Em assim sendo, o alargamento ou alongamento de qualquer destas
partes ocorreria em detrimento das outras; por exemplo, se ocorrer com
o passado, o presente ou o futuro ou ambos sofreriam as diminuições
correspondentes ao todo da vivência temporal, como soe acontecer
com os idosos, ou então com os deprimidos, nos quais as lembranças
do passado têm maior signifi cação.
Nas crianças ou em pessoas jovens, quando o alongamento ocorre
com o tempo futuro, as preocupações em ouvir histórias, frutos do
passado e de fantasiar planos para quando crescer ou ‘fi car grande’,
como costumam dizer, predominam na temporalidade de suas vivências.
Considerando o encontro como a presentifi cação ampliada da
temporalidade dos indivíduos de um grupo social, às custas do en-
curtamento do passado e do futuro, que cederiam partes de si para
compensarem assim o alongamento do presente circunstancial; desta
forma, o encontro possuiria as condições para desvelar as brumas do
passado e as trevas do porvir, gerando percepções signifi cativamente
pertinentes, não encontradas nos indivíduos de forma separada.
É quando o outro deixa de ser o refl exo de si mesmo e seu referen-
cial, como habitualmente acontece, e se transforma no complemento
de uma peça social, adquirindo potencialidades até então desconhecidas
por ele mesmo e pelos demais.
O comportamento do homem sozinho difere muito de quando
ele se encontra em grupo ou em multidão e isto já foi averiguado por
psicólogos das massas, como Gustave Le Bon, pois é a construção do
nós, própria do encontro, que induz à percepção vivencial da tempo-
ralidade, modifi cada pelo aumento da percepção do presente.
Nilson de Moura Fé
Fortaleza, 30 de junho de 2009
TEORIA DO ENCONTRO
A etapa derradeira da Revisão do Código de Ética
Médica de 1987, efetivou-se no Clube Esportivo
Sírio, São Paulo. Participaram do evento, como dele-
gados cearenses, os médicos Ivan de Araújo Moura Fé,
Lúcio Flávio Gonzaga Silva, Roberto Wagner Bezerra
de Araújo, José Albertino Souza e Dalgimar Menezes.
Desse grupo, dois haviam participado da elabora-
ção do CEM de 1987, Hotel Glória, Rio de Janeiro,
Moura Fé IA e
Menezes DB.
Este evento
final foi pre-
c ed ido po r
etapas de des-
m o n t a g e m ,
de descons-
trução, a par-
tir de contri-
butos oriun-
dos de todas
as regiões do
Brasil, em que
o código foi
submetido à
crítica, como um todo, e cada um de seus tópicos e
itens em particular.
Crítica longamente nutrida em todo o país de que
os capítulos iniciais do CEM — dos princípios, dos
deveres e dos direitos dos médicos — não poderiam
se prestar à capitulação de ilícitos, ao momento de
instalação de processos éticos, foi tomada em con-
sideração. Com a ressalva de que os assuntos desses
tópicos iniciais reaparecessem em outros capítulos
do código, passíveis de ser utilizadas na capitulação.
Ao longo de toda a desconstrução, nos anos 2008
e 2009, fez-se ouvido à crítica, já expressada em 1987,
de que se deveria repensar o caráter de código penal
que constituía a maior parte do CEM, fundamentado
em proibições. Assim: é vedado ao médico...
A tentativa de superar esse problema redundou
em fracasso. A reconstrução da linguagem para evi-
tar as vedações, resultava em verdadeiras aberrações
lingüísticas. Foram mantidas as vedações, vale dizer,
o código se mantém,
em parte, como código
penal.
Todos os grandes
temas que surgiram
nos últimos vinte anos
foram tomados em
conta, a saber, as mu-
danças nas relações
laborais, o surgimento
do SUS e do PSF, a
abertura indiscrimina-
da de escolas médicas,
as aquisições científi -
cas das duas dezenas
de anos — Código
Genético, Células estaminais, etc, a pesquisa científi ca
em seres humanos — bem como as extraordinárias
mudanças nos meios de comunicações (internet,
telemedicina), foram devida e prontamente subme-
tidos a análise, demandando verdadeiro trabalho de
ouriversaria.
Ao fi nal, constata-se como era sólido e consistente
o documento de 1987, pois, na verdade não se alterou
muita coisa.
Estamos no aguardo de que a emenda não seja
pior que o soneto.
São Paulo, agosto de 2009:
Código de Ética Médica, versão 2009Dalgimar B. de Menezes
6 JORNAL CONSELHO [email protected]
ARTIGOS
CII FÓRUM DE ÉTICA MÉDICA DO INTERIOR30 e 31 de julho de 2009 - Horizonte -Auditório do CEREST
O Conselho Regional de Medicina Regional do Estado do Ceará
promoveu na cidade de Horizonte, o centésimo segundo fórum de ética
médica do interior. Além dos médicos da região, o evento contou com
a presença dos secretários de sáude de Horizonte e do Estado do Ceará.
A programação do fórum fi cou assim distribuída: Situação da Aten-
ção Básica do Município, Perspectivas na Saúde do Município, Respon-
sabilidade Profi ssional, PSF – Visão do CREMEC, Atestados Médicos
de Saúde e de Óbito, Mudança de Piso Salarial, PCCS e Segurança do
Trabalho, Prescrição Médica, Transcrição de Prescrição e Prontuários
Médicos, Regimento Interno do Corpo Clínico, Diretor Técnico e
Clínico, Transferência Inter-hospitalar, Perícia Médica. Como parte do
evento, foi realizada uma visita ao Hospital e Maternidade Raimundo
Venâncio. Saliente-se a presença do Secretário Executivo de Saúde, Dr.
Raimundo José Arruda Bastos.
Dr. Ivan de Araújo Moura Fé, presidente do CREMEC e Jaime Ribeiro do Nascimento, Secretário de Saúde de Horizonte
Francisco José Alves da Costa e Jaime Ribeiro do Nascimento, Secretário de Saúde de Horizonte
Dr. Raimundo Jose Arruda Bastos - Secretário Executivo da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
Assistência ao Fôrum, em primeiro plano os conselheiros Málbio Rolim e Lino Antonio
Dr. Francisco Monteiro, Assessor da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará Forúm concorridíssimo e seleto: em primeiro plano, Regina Holanda, Fátima Sampaio e Ivan Moura Fé
EVENTOS
[email protected] JORNAL CONSELHO 7
FISCALIZAÇÃO
CORRESPONDÊNCIA
Já está disponível no Portal Médico a
ficha de recadastramento para que todos
os médicos efetuem a atualização dos seus
dados e fiquem aptos a receber a nova
Carteira de Identidade Médica.
O recadastramento foi baseado na ex-
periência do CREMESP que atualizou os
quase 90 mil médicos do estado. O pro-
cesso atende o estabelecido pela resolução
CFM.
O Conselho prevê a emissão de novas
células de identificação para evitar a ocor-
rência de fraudes, protegendo a sociedade e
a classe médica contra a atuação criminosa
de quem falsifica as carteiras dos médicos
com intuito de praticar o exercício ilegal
da profissão.
Leia as instruções para o recadastra-mento:
- Apenas as inscrições PRIMÁRIAS
deverão sofrer o recadastramento. Seus
dados serão transferidos para os Conselhos
Regionais de Medicina onde e caso possua
inscrições secundárias.
- Após concluir o seu recadastramento,
dirija-se ao seu Conselho Regional para
assinar a ficha de coleta, levando uma fo-
tografia colorida, 3x4cm, fundo branco ou
cinza-claro, sem qualquer tipo de mancha,
alteração, retoque, perfuração, deformação
ou correção.
Não serão aceitas fotografias em que
o portador utilize óculos, bonés, gorros,
chapéus ou qualquer item de vestuário ou
acessório que cubra parte do rosto ou da
cabeça.
O médico receberá um aviso para retirar
a sua nova carteira, assim que estiver dis-
ponível no seu Conselho Regional.
RECADASTRAMENTO
IV Conferência Nacional de Ética Médica
8 JORNAL CONSELHO [email protected]
FECHANDO A EDIÇÃOJULHO/AGOSTO 2009
Os Conselheiros Ivan de Araújo Moura Fé,
Lino Antonio Cavalcanti Holanda e Malbio Rolim
estiveram no Hospital e Maternidade Raimundo
Venâncio, Horizonte, como parte da programação
do CII Fórum de Ética Médica do Interior. Na foto
ao lado, o Dr. Lino Ferreira, Gestor do Hospital,
dá explicações aos Conselheiros.
Desenvolvo sentimento de orgulho
em poder pertencer a este conselho,
pela sua autonomia em atualização dos
meios de comunicação através da inter-
net, gostaria de parabenizar todos que
fortalecem o cremec nesta sua gestão
médica, por poder dispor de tamanha
integração em informações provenientes
de desenvolvimento do trabalho interno
e sistemático de todo colegiado deste
conselho.
Estou certa de que este serviço de
informação para formação, não só irá
fortalecer nossa classe profissional,
como prepará-la para enfrentar obs-
táculos e resolver questões, com mais
segurança e autonomia diante do seu
trajeto profi ssional.
Agradeço em nome de todos os mé-
dicos, técnicos e acadêmicos do Estado
do Ceará, por poder dispor de magnífi ca
competência em inovação da comuni-
cação.
Rita de Cássia Andrade de Neiva -
CRM-CE 4517
Vice-Coordenadora do
Curso de Medicina da UECE
Compareceram à IV Conferência Nacional de Ética Médica, realizada em São Paulo/SP,
evento fi nal da revisão do Código de Ética Médica de 1987, bem como da elaboração do novo
Código de Ética Médica, os seguintes delegados do Ceará: Ivan de Araújo Moura Fé, José Al-
bertino Souza, Lúcio Flávio Gonzaga Silva, Dalgimar Beserra de Menezes e Roberto Wagner
Bezerra de Araújo.