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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 309 | AGOSTO DE 2015 FAMÍLIA: SEMENTEIRA DE VOCAÇÕES

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 309 | AGOSTO DE 2015

FAMÍLIA:SEMENTEIRA DE VOCAÇÕES

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditorPADRE CLAYTON BUENO MENDONÇAJornalista Responsável ALEXANDRE ANTONIO DE OLIVEIRA - MTB: MG 14.265 JPRevisãoJANE MARTINS, MYRTHES BRANDÃO E PRISCILA LOIOLAProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃOTiragem3.950 EXEMPLARES

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 – Centro CEP: 37.800-000 – Guaxupé (MG)Telefone(35) 3551.1013E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Tempo abençoado, tempo favo-rável para que a graça de Deus seja acolhida e vivenciada no coração de nossas famílias. Sem elas, o mundo, a vida, a sociedade, ficam cada vez mais pobres, sem rumo, sem senti-do e, pior ainda, sem a convivência tão desejada e apregoada por todos. A reclamação é geral a respeito de tudo: da falta de respeito, de silên-cio, de acolhida, de segurança e de paz. Em todas as áreas, no tocante à vida, ao planeta, às redes sociais, aos animais, à flora, à sociedade, às nações e aos meios de comunica-

ção, falta algo que faça a diferença. Já estamos cansados, estressados de tantas promessas e inovações que seriam promissoras e que trariam a ordem das coisas.

Papa Francisco sai à frente dian-te desse emaranhado promissor. Ao fazer uma catequese sobre a família nos diz que é necessário fazer a tare-fa de casa a começar pelas palavras e gestos mais simples: por favor, com licença, obrigado. Dom Hélder Câ-mara dizia que só podemos construir grandes coisas a partir das peque-nas. Papa Francisco tem uma visão

extraordinária. Escreveu uma encí-clica sobre a Ecologia. Mais uma vez sai à frente. Como podemos pensar os grandes projetos para a humani-dade se não acreditamos nas peque-nas coisas? Um grande rio depende de seus afluentes, das nascentes, do respeito pela natureza. Como pode-mos pensar nos grandes homens e nas grandes mulheres sem o devido cuidado? Os grandes papas nos en-sinaram que o futuro da humanida-de passa pela família. “A família é o grande leito do rio da sociedade”. Já vi lagoas, nascentes e grandes rios

pedindo socorro. Quantos já não se-caram? O ser humano é o maior res-ponsável por si mesmo e pelo futuro da humanidade. A família é a nossa casa comum, sem ela não respira-mos, ficaremos fadados ao fracasso e à morte. A humanidade precisa se perguntar: que família quer cons-truir?

Esta Semana da Família vem nos proporcionar este momento de Deus. Que ela seja vivida intensamente em nossas comunidades.

Sagrada Família de Nazaré, inter-cedei por nós!

Em 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como o Mês Vocacional. Oportunida-de para conscientizar as comunidades da responsabilidade que comparti-lham no processo vocacional; rezar por todas as categorias de vocações da vida cristã e despertar todos os cristãos para suas responsabilidades na Igreja. O termo “vocação” vem do verbo em latim vocare que significa chamar. Todos são vocacionados, isto é, chamados por Deus à santidade. E a resposta a esse chamado que Deus faz a cada um é dada através de voca-ções específicas. O vocacionado é uma pessoa que discerniu em si a vontade de Deus. É uma inclinação interna, que supõe um seguimento, uma resposta concreta de ação e vida.

Cada domingo deste mês é dedica-do à celebração de uma determinada

vocação: no primeiro, celebra-se o sa-cerdócio e os ministérios ordenados; no segundo, o matrimônio junto à Semana da Família; no terceiro, a Vida Consagrada, no quarto, a vocação dos Leigos, e no quinto, o dia do Catequis-ta.

Um fato importante neste mês de agosto é a vocação e a missão da fa-mília. Esta é querida e criada por Deus. Toda vocação nasce na família e se desenvolve numa comunidade. O de-creto Ad Gentes, do Concílio Vaticano II, afirma que “por uma vida verdadei-ramente cristã as famílias vêm a ser as sementeiras do apostolado leigo como também das vocações sacerdo-tais e religiosas”. Na família deve reinar o exemplo da vida cristã, de amor à Igreja, de dedicação apostólica e gran-de espírito de oração. Nela se molda a personalidade dos futuros homens e mulheres, pelo amor exigente e pela

vivência da caridade cristã, preparan-do não somente os filhos para a ci-dadania, mas também como pessoas cristãs, segundo o plano de Deus. A vocação da família é estar a serviço do amor e da vida.

Segundo o papa Francisco, “todas as famílias têm necessidade de Deus! Necessidade da Sua ajuda, da Sua for-ça, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte. O verdadeiro vín-culo é sempre com o Senhor”.

Neste mês, o jornal COMUNHÃO traz reflexões sobre família, vocação e catequese. No espaço “Opinião”, padre Clovis discorre sobre a carta encíclica do papa Francisco. Em “Nota oficial”, o leitor poderá conferir a segunda carta pastoral do bispo diocesano.

Boa leitura!

Semana da Família

« Se o amor for uma relação, então será uma realidade que cresce, e como exemplo até podemos dizer que se constrói como uma casa. E a casa constrói-se juntos, não sozinhos! E não desejais alicerçá-la sobre a areia dos sentimentos que

vão e voltam, mas sobre a rocha do amor autêntico, do amor que provém de Deus. A família nasce deste desígnio de amor, que quer crescer como se constrói uma casa que se torne um lugar de carinho, de ajuda, de esperança e de apoio. »

Trecho do discurso do papa Francisco aos noivos que se prepavam para o matrimônio, 14 de fevereiro de 2014, em Roma.

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3Agosto/2015

Opinião

Carta Encíclica do Santo Padre Franciscosobre o cuidado da casa comum

“LAUDATO SI’, mi’ Signore – Louvado se-jas, meu Senhor”, can-tava São Francisco de Assis. Esta é a primeira Encíclica (carta circular do papa abordando al-gum tema) totalmente escrita pelo papa Fran-cisco, já que a “Lumen Fidei” foi iniciada por Bento XVI. Laudato Si’ (LS) é um dos docu-mentos mais lúcidos e corajosos dos últimos tempos. Vai fundo no problema e propõe uma nova ecologia: a ecologia integral.

A origem do nome não foi o latim, mas o italiano. O santo de As-sis foi a grande inspi-ração do documento. O cântico das criaturas recorda que a terra, a nossa casa comum, “se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existên-cia, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços” (LS 1). Nós mesmos “somos terra (cf. Gn 2,7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do pla-neta; o seu ar permite-nos respirar e a sua água vivifica-nos e restaura-nos” (LS 2).

Papa Francisco não escolheu seu nome à toa – e ganhou menção espe-cial com uma seção totalmente dedi-cada a ele. São Francisco é o padroeiro de todos que trabalham e estudam no campo da ecologia, amado também por não cristãos. O nome da encíclica foi inspirado na invocação de São Fran-cisco “Louvado sejas, meu Senhor”, que manifestou também o amor pelos mais pobres e abandonados. Outra caracte-rística de fundamental importância da encíclica é que ela não é dedicada so-mente aos católicos, mas a cada pessoa que habita neste planeta.

Laudato Si’ começa com citações de outros papas e, já no início, um dis-curso de Paulo VI tira a esperança dos abraçadores de árvores: “…os progres-sos científicos mais extraordinários, as invenções técnicas mais assombrosas, o desenvolvimento econômico mais prodigioso, se não estiverem unidos a um progresso social e moral, voltam--se necessariamente contra o homem” - Paulo VI, em discurso à Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura, em 1970. Um olhar, de modo amplo, incisivo e inclusivo para a questão ecológica aponta sua centrali-

dade na pergunta crucial: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai su-ceder-nos, às crianças que estão a cres-cer?” (LS 160). Tudo que fere o meio am-biente fere o ser humano e o que fere o ser humano fere o meio ambiente. Não podemos fazer a dicotomia ou olhar a vida de maneira isolada ou analisar a questão de forma fragmentada. Sem as inúmeras interrogações que conduzem a outras indagações sobre o sentido da existência e sobre os valores que estão na base da vida social: “Para que vie-mos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta terra? Se não pulsa nelas esta pergunta de fundo, – diz o Pontífice – não creio que as nossas preocupações ecológicas possam surtir efeitos impor-tantes”.

O ponto chave da encíclica é a nova ecologia proposta por Francisco: a “Eco-logia integral, que inclua claramente as dimensões humanas e sociais”. Esse, na verdade, sempre foi o cerne da luta ecológica da Igreja. O centro deve ser o humano, e o meio-ambiente deve ser entendido como todo o contexto da re-alidade, seja ele natural ou produzido pelas mãos do homem.

O itinerário da Encíclica é traçado em 06 capítulos assim distribuídos e com as seguintes abordagens:

I) O que está acontecendo com a nos-sa casa – dentre várias abordagens se encontra aí a poluição, o direito à água potável, a perda da biodiversidade,

dentre outros, ou seja, a irresponsabili-dade frente à realidade. O que a aquisi-ção científica disponível ao nosso tem-po tem a apresentar.

II) O evangelho da criação – Papa Fran-cisco apresenta as bases bíblicas da vi-são ecológica da Igreja: a nossa inclina-ção para isso: “a existência humana se baseia em três relações fundamentais estreitamente coligadas: a relação com Deus, com o próximo e com a terra.

III) A raiz humana da crise ecológica – o mundo das tecnologias avançadas, da globalização, do relativismo, do imedia-tismo, do excessivo fechamento autor-referencial do ser humano, confronta o homem frente à cultura do descartável, inclusive de pessoas vítimas do aban-dono (idosos, tráfico, aborto...). A res-posta está no investimento nas pesso-as, o que faz parte da Ecologia integral.

IV) Uma ecologia integral – É o centro da novidade que papa Francisco deseja que a Igreja traga à discussão: a “ecolo-gia integral” que compreende o lugar específico que o ser humano ocupa neste mundo e as suas relações com a realidade que o circunda, ou seja, não se trata apenas de natureza, mas do ho-mem, inserido em toda a realidade. De-safio: que a sociedade se organize para garantir que todos tenham condições dignas para viver, que inclua claramen-te as dimensões humanas e sociais.

V) Algumas linhas de orientação e ação – Diagnosticar as causas dos problemas ecoló-gicos e agir – esta é a centralidade do capí-tulo, para sairmos da espiral da autodestrui-ção. O assunto ecoló-gico não é mercadoria e estes assuntos não devem ser deixados à mercê dos interesses de mercado e econô-micos e, sim, dos bens comuns globais. As di-versas políticas devem sair da lógica da efici-ência e do imediatismo e serem chamadas à conversão, sim, à con-versão e transparência em projetos de inte-resses de grupos, pois enquanto a corrupção esconde o verdadeiro impacto ambiental de um projeto em troca de favores, frequente-mente há acordos am-

bíguos que fogem ao dever de infor-mar e de um debate profundo.

VI) Educação e espiritualidade ecoló-gicas – O último capítulo propõe edu-car para outro estilo de vida, reajustar o próprio rumo: a humanidade precisa mudar. Criar consciência da origem co-mum e regenerar, educando nas diver-sas instâncias para a aliança entre hu-manidade e meio ambiente, onde cada qual contribui com sua parte numa ver-dadeira conversão ecológica. Compre-ender que uma ecologia integral é feita também de simples gestos cotidianos, pelos quais quebramos a lógica da vio-lência, da exploração e do egoísmo. Ne-nhum projeto pode ser eficaz se não for animado por uma consciência formada e responsável, sugerindo ideias para crescer nos níveis educativo, espiritual, eclesial, político e teológico.

Coloquemos esse mundo ferido nas mãos de Maria que cuidou de Jesus e que se compadece dos pobres. Peça-mos-lhe que aprendamos a contemplar o mundo com olhos mais sábios para que, além do sol, no fim, nos encontre-mos face a face com a beleza infinita de Deus. Que Deus Criador e Onipotente seja louvado!

Por padre Francisco Clóvis NeryPresbítero da Diocese de Guaxupé

Vigário Judicial Adjunto do Tribunal Ecle-siástico Diocesano de Divinópolis

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

No dia 28 de junho foi realizado, no prédio da Cúria Diocesana de Guaxupé, o Encontro Diocesano de Coordenado-res de Grupos de Jovens. O dia foi de animação, aprendizado, troca de expe-riências e de conhecimento para os 170 jovens de toda a Diocese de Guaxupé que participaram. O encontro começou com a Celebração Eucarística, presidida pelo coordenador diocesano do Setor Juventude, padre Claudemir Lopes, e foi concelebrada pelo cura da Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores, padre Reginaldo da Silva. No decorrer do dia, para falar sobre as reflexões da juventude na diocese, palestraram padre Luciano Campos, administra-

A formação é uma urgência para a Igreja atual, onde o leigo é chamado a assumir seu papel de agente ativo na instauração do Reino de Deus em seu meio. Para alavancar essa forma-ção na diocese, foi realizado no dia 11 de julho um encontro para as equipes de Formação Cristã no prédio da Cúria Diocesana, sob a assessoria da profes-sora da PUC–Rio, Eva Rezende de Mora-es. Doutora em Teologia, Eva Rezende trabalhou o tema sobre os desafios da formação cristã para os leigos. Tendo iniciado o encontro com o levantamen-to das expectativas dos participantes, ela discorreu sobre o projeto diocesano de formação e levantou os desafios atu-ais “ad intra” (de dentro) e “ad extra” (de fora) da Igreja nos dias atuais. Quanto ao primeiro grupo (ad intra), foram le-vantadas questões sobre a responsabi-lidade compartilhada pela Igreja e na Igreja e a questão do poder na Igreja, entre outras; quanto ao outro grupo

Segundo estatísticas, o Brasil possui 5.500 seminaristas e mais de 10 mil paróquias, ou seja, meio seminarista por paróquia. Há re -giões do país que, para cada 300 mil habitantes, há a presença de um padre. Além disso, permane -ce o desafio de contribuir com a missão além-fronteiras em países onde a presença de missionários é mínima ou inexistente. Essa re -alidade reforça o convite do papa Francisco para uma Igreja em sa-ída, que estabeleça seu território além das fronteiras pastorais e em estado permanente de mis-são. Para redescobrir um novo jeito de ser Igreja, seminaristas, padres, leigos, religiosos e bis-pos estiveram reunidos durante quatro dias em Belo Horizonte (MG), compartilhando experiên-cias e buscando soluções, a par-tir das reflexões propostas, para

dor paroquial da Paróquia São José, de Botelhos (MG), que refletiu sobre as belezas apresentadas por Jesus nas bem-aventuranças, e o coordenador diocesano de pastoral, padre Henrique Neveston, que convidou os jovens a se envolverem nas Santas Missões Po-pulares. Encerrando o encontro, padre Glauco Siqueira, pároco da Paróquia Sagrada Família e Santos Reis, em Gua-xupé (MG), falou sobre o amor que se deve ter às pessoas e à Igreja, sobre a dimensão do serviço e a pregação do Evangelho, que deve ser fortalecida pe-las atitudes cristãs.

Por irmão Ricardo Ribeiro Calori, SCJ

Notícias

Setor Diocesano da Juventude promove encontro de Coordenadores de Grupos de Jovens

Encontro para equipes paroquiais de Formação Cristã acontece em Guaxupé

Em Congresso Nacional, seminaristas pedem mais atenção para a formação missionária

170 jovens de toda a diocese participaram do encontro em Guaxupé

Doutora Eva Rezende discorreu sobre os desafios da formação cristã para os leigos

Da esquerda para a direita: o seminarista Jorge Oliveira, padre Ronaldo Passos, dom José Lanza e o seminarista José Eduardo representaram a diocese no congresso

Foto: Arquivo da Diocese

Foto: Arquivo da Diocese

Foto: Arquivo da Diocese

uma formação mais sintonizada com as demandas da missão no Brasil e no mundo. A Diocese de Guaxupé foi representada pelo bispo dom José Lanza, referencial da Ação Missionária no regional Leste 2 da CNBB, pelo padre Ro-naldo Aparecido Passos, reitor do Seminário Santo Antônio de Pouso Alegre, e pelos seminaris-tas Jorge Oliveira e José Eduardo da Silva. Para Jorge, o encontro foi uma experiência única: “Agra-deço a Deus por este congresso missionário, onde nós, seminaris-tas do Brasil, nos misturamos em cultura e Eclesiologia, favorecen-do assim o Rosto da Igreja do Bra-sil. Tudo devo a Deus, pelo meu Bispo e formadores, que sempre incentivam e apostam em uma Igreja Missionária”. .

Com Informações da Assessoria de Imprensa das POM

(ad extra), as questões tratadas foram, entre outras, a religiosidade popular na cultura pós-moderna e a questão da pobreza. Também foram apresen-tadas soluções para os problemas le-vantados, além da realização de uma plenária onde foram abordados outros assuntos, prontamente analisados pela assessora. Para o catequista José Oseas Mota, da Paróquia São José Operário de Guaxupé, “com certeza foi um dia de grande aproveitamento para todos os participantes, o que nos motivou a procurar levar uma formação integral e adaptada às necessidades de nossa diocese a cada vez mais pessoas. Esse é um caminho que realmente pode fazer com que trabalhemos com mais afinco pelo Reino de Deus”, disse.

No site da diocese está disponível o material do Encontro Diocesano para equipes paroquiais de Formação Cristã.

Com informações de José Oseas Mota

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5Agosto/2015

Aconteceu, entre os dias 17 e 19 de julho, em Franca, interior de São Paulo, a peregrinação dos jovens do Caminho Neocatecumenal, em preparação para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em 2016, na Polônia. O evento contou com a presença de mais de 13500 jovens das dioceses das regi-ões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e com

Foi realizado, de 6 a 12 de julho, em Belo Horizonte (MG), o Encontro Nacio-nal de Formadores. O evento acontece uma vez a cada semestre, durante o período de férias de janeiro e de julho. Realizado pela Organização dos Semi-nários e Institutos do Brasil (OSIB), par-ticiparam cerca de 90 pessoas de todo o Brasil, entre bispos, padres formado-res, diretores espirituais, professores e psicólogas. O público é composto pelos envolvidos no processo de for-mação presbiteral nas dioceses. A Dio-cese de Guaxupé foi representada pe-los padres Ronaldo Aparecido Passos (reitor do Seminário Diocesano Santo Antônio, etapa da Teologia, em Pouso Alegre) e Éder Carlos de Oliveira (pro-motor vocacional diocesano e vice-rei-tor do Seminário Diocesano São José, etapas do Propedêutico e Filosofia, em Guaxupé). O encontro desenvolveu-se entre palestras, debates, trabalhos em grupo e momentos de partilha. Dom

No domingo, 19 de julho, a Renova-ção Carismática Católica da Diocese de Guaxupé promoveu a primeira edição do Kairós Diocesano. O encontro reuniu cerca de mil pessoas na Associação Rai-nha da Paz, no distrito de Petúnia, Nova Resende. O evento foi conduzido por Vera Casagrande, pregadora da RCC do estado do Paraná. As atividades foram iniciadas com momentos de animação, conduzidos pelo Ministério de Música Voz do Santíssimo. Após a oração inicial, Vera ministrou a primeira pregação do dia ‘Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa’ (Mt 8,8). A prega-dora contou inúmeros testemunhos vis-tos durante todos os anos de sua missão que é realizada junto a pessoas com do-enças graves e terminais, como o câncer.

Formadores da diocese participam de Encontro Nacional

Diocese de Guaxupé é representada em pré-Jornada 2015

Cerca de mil pessoas participam do Kairós Diocesano da RCC

Os padres Ronaldo Passos e Eder Carlos participaram do encontro em Belo Horizonte

Renovação Carismática Católica promoveu primeira edição do Kairós Diocesano

150 jovens da diocese participam da pré-Jornada 2015 em Franca

Foto: padre Eder Carlos de Oliveira

Foto: RCC Diocese Guaxupé/MGWalmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte, falou do documen-to Optatam Totius do Concílio Vaticano II sobre a formação presbiteral. O me-tropolita destacou a atualidade deste texto conciliar. Dom Joaquim Mol, bis-po auxiliar de Belo Horizonte, refletiu sobre elementos da cultura atual e sua influência na formação dos futuros pa-dres. Um dos destaques foi a presença de psicólogas no encontro. Dez profis-sionais participaram do evento, ofere-cendo sua contribuição nos debates e partilhas, apresentando conteúdos e considerações da psicologia que facili-tam o processo de formação presbite-ral. No encerramento, houve uma pere-grinação ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), que contou com a presença dos participantes do Encontro Nacional de Formadores e do 2º Congresso Missionário de Seminaris-tas.

Por padre Eder Carlos de Oliveira

a participação de bispos e padres de diversas dioceses brasileiras. A Diocese de Guaxupé estava representada pelas paróquias das cidades de Machado e de Ibiraci, que acompanham o Cami-nho Neocatecumenal, com a presença de 150 jovens. O encontro aconteceu no Parque Municipal Fernando Costa.

Por padre Pedro Alcides de Sousa

Em sua fala, Vera motivou os participan-tes do Kairós a se abrirem para o milagre que Deus pode realizar em suas vidas e questionou: “Por que você quer ser cura-do? Para ficar nessa mesmice ou para ser uma nova pessoa? Que esse não seja so-mente mais um encontro. Mas o nosso encontro com o Senhor!”, exortou. Ainda na parte da manhã, padre Márcio Alves, da Paróquia São Benedito, de Petúnia, presidiu a Celebração Eucarística. Após o almoço, Vera conduziu a segunda pre-gação ‘Menina, ordeno-te, levanta-te!’. Novamente, de posse de muitos teste-munhos, a pregadora preparou a todos para o momento de oração, diante de Jesus Sacramentado, que finalizou o evento.

Por Julianne Batista

dia 17 de setembro | das 8h30 às 15h

Local: Mitra Diocesana

Inscrições até o dia 14 de setembropelo site: www.guaxupe.org.br

ENCONTRO DIOCESANOPARA SECRETÁRIOS (AS)

realização

Informações: [email protected]

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Entre os dias 20 e 23 de julho, o bispo diocesano Dom José Lanza Neto, 80 padres e cinco seminaristas em ano pastoral se reuniram na Casa Dom Luís, em Brodowski /SP, para a formação permanente anual. O tema Bioética norteou as reflexões acerca da dignidade da pessoa e seu direi-to à vida. O encontro foi assessorado pelo padre Ricardo Hoepers, doutor em Teologia Moral pela Academia Al-fonsiana, Instituto de Teologia Moral da Universidade Lateranense (Roma, Itália) e professor de Bioética do Stu-dium eologicum, Curitiba/PR. Duran-te todo o percurso formativo, o asses-sor explicitou que a bioética provoca um paradoxo, isto é, dois sentimen-tos contraditórios: fascínio pragmáti-co que defende todo e qualquer meio científico ou tecnológico que traga ‘melhorias’, e repulsa por qualquer tema que envolva os desafios e dile-mas contemporâneos. Assim, o equi-líbrio almejado pela bioética católica visa a iluminar a sociedade a respei-to das implicações ético-teológicas de uma verdadeira humanização, levando em conta a posição da teo-logia moral frente às questões como aborto, procriação assistida, terapia e tratamentos relacionados à sexuali-

Na tarde de terça-feira, 21 de julho, no final dos trabalhos do segundo dia da formação permanente anual do clero da Diocese de Guaxupé, foi reeleito o coordenador da pastoral presbiteral da diocese e representan-te diocesano dos presbíteros junto ao Regional Leste II da CNBB, padre César Acorinte, pároco da Paróquia Santa Teresinha, em Itaú de Minas (MG). Ele atuará neste cargo por mais

Padres e seminaristas participam de formação sobre Bioética

Clero diocesano elege representantediocesano dos presbíteros

Padre Ricardo Hoepers foi o assessor da formação permanente anual do clero

Padres e seminaristas em ano pastoral reelegeram o coordenador da pastoral presbiteral duran-te formação permanente em Brodowski

Foto: Arquivo da Diocese

Foto: Arquivo da Diocese

dade, ao avanço científico tecnológi-co em detrimento da vida humana, às pesquisas em embriões, à eutanásia, à distanásia e ao tratamento paliati-vo. No encontro, foram reafirmados os principais argumentos em favor da vida. Para os cristãos, o principal argumento é pautado na tradição bíblica: o direito da vida e da morte pertence exclusivamente a Deus. Por isso, a vida não pode ser banalizada, comercializada ou desvalorizada des-de a concepção até a morte natural. Nas palavras do representante dos presbíteros, padre César Acorinte, “foi muito proveitoso no sentido de aprofundarmos estes temas sobre a bioética, que muito nos ajudam nos trabalhos pastorais, no atendimento ao povo e nas respostas aos questio-namentos que surgem”.O encontro de formação permanente teve o ob-jetivo de fomentar o zelo pastoral e o cuidado no atendimento aos fiéis em tempos de profundos dilemas exis-tenciais e morais, mas também pro-moveu momentos de oração, confra-ternização e partilha de experiências pastorais, revelando a comunhão e a unidade do clero diocesano.

Por Jeremias Nicanor Alves Moreira

Notícias

quatro anos.Também foram eleitos os padres

Hiansen Vieira Franco e Alexandre José Gonçalves para representar os presbíteros da diocese no 16º Encon-tro Nacional dos Presbíteros (ENP), em Aparecida (SP), no próximo ano. Padre Ailton Goulart Rosa foi eleito como suplente.

Por padre Clayton Bueno Mendonça

A Paróquia Santa Bárbara de Guara-nésia realizou uma tarde de espirituali-dade com os integrantes da catequese paroquial no centro pastoral, no dia 28 de junho, refletindo sobre os desafios para a catequese. Foi um momento para rever e definir a espiritualidade dos catequistas na realidade contem-porânea que desafia os meios eclesiais de propagação da fé cristã. Houve re-flexões de alguns textos bíblicos, além

Espiritualidade do catequista é valorizada em Guaranésia

Participantes da tarde de espiritualidade refletiram sobre os desafios para a catequese

Foto: Pascom Guaranésia

de momentos de espiritualidade com músicas de padre Zezinho. No encer-ramento, os catequistas participaram da celebração eucarística, na qual se celebrava a Solenidade de São Pedro e São Paulo, presidida pelo pároco, padre Gentil Lopes, que destacou em sua ho-milia a missão dos catequistas ao com-pará-los às “duas colunas da Igreja”.

Por Cássia Galante

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7Agosto/2015

Dom José Lanza NetoPor mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica

Bispo de Guaxupé

Segunda

Carta Pastoralaos seus Diocesanos

Julho de 2015

NOTA OFICIAL

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

NOTA OFICIAL

Ao nosso clero e aos fiéis católicos de nossas comunidades paroquiais.

Paz e alegria no Senhor!

“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura”

Mc 16,15Tendo em vista a realidade plural e

complexa que estamos vivendo e sua influência direta em todos os setores e estruturas da vida, da sociedade e da Igreja, sentimos e constatamos uma certa confusão e dispersão em nossos fiéis católicos, mesmo aqueles que, de certa forma, são considerados engaja-dos e participantes em nossas comuni-dades paroquiais.

Através desta breve carta pastoral, quero orientar e esclarecer no que diz respeito a alguns fatos, pregações, atitu-des, celebrações, eventos e até mesmo algumas Celebrações Eucarísticas que fogem por completo do ensinamento, da disciplina e da liturgia da Igreja.

Os documentos da Igreja nos dão segurança, sinalizam nossas práticas e nos garantem os frutos salutares pro-vindos de Deus. Nesse sentido, destaco alguns pontos iluminadores a partir das Diretrizes Gerais da Ação Evangeliza-dora da Igreja no Brasil 2015-2019, do Diretório para o ministério e a vida dos Presbíteros, de alguns documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II e do Ca-tecismo da Igreja Católica (CIC).

No mundo atual, de rápidas trans-formações, faz-se necessário buscar nossa identidade cristã de batizados e crismados e de nossa pertença à Igreja Católica Apostólica Romana.

1. A IgrejaA Igreja continua a ação evangeli-zadora de Jesus. “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!” (Mc 16,15). “A Igreja preser-va com grande cuidado esta prega-ção, esta fé que recebeu, como se habitasse uma só casa; embora dis-seminada por todo o mundo, acre-dita em tudo isto de forma idêntica em toda parte, como se tivesse ‘um só coração e uma só alma’ (At 4,32), prega, ensina e transmite esta men-sagem com voz humana, como se tivesse uma só boca. As línguas fa-ladas no mundo são diversas, mas a força da tradição é uma e a mes-ma”(Santo Irineu de Lyon).A Igreja no Brasil participa do cuida-do pela pregação, pelo testemunho. Ela deseja responder à pergunta do Papa Francisco: “Hoje é cada vez mais urgente nos perguntarmos: o que Deus pede a nós? A resposta a esta pergunta encontramos no ob-jetivo geral da ação evangelizadora: “Evangelizar, a partir de Jesus Cris-to, na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, proféti-ca e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferen-

cial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino defini-tivo”. Jesus Cristo é a fonte de tudo o que a Igreja é e de tudo o que ela crê. Em sua missão evangelizadora, ela não comunica a si mesma, mas o Evangelho, a palavra e a presen-ça transformadora de Jesus Cristo, na realidade em que se encontra. A Igreja, fiel a Jesus Cristo, coloca-se a serviço do Reino de Deus. E, desse modo, ela é, no mundo, sacramento de salvação, como afirmou o Concí-lio Vaticano II: Jesus Cristo, “ao res-suscitar entre os mortos (Rm, 6,9), comunicou seu Espírito vivificante, por meio do qual constituiu seu cor-po, que é a Igreja, como sacramento universal de salvação”. A Igreja “mãe de coração aberto”, “casa aberta do Pai”, conclama a todos para reunir-se na fraternidade, acolher a Palavra, celebrar os sacramentos e sair em missão, no testemunho, na solidarie-dade e no claro anúncio da pessoa e da mensagem de Jesus Cristo. Dire-trizes Gerais da Ação Evangelizado-ra da Igreja no Brasil 2015-2019, cf. apresentação, n.4, 5, 7, 14.

2. Marcas de nosso tempoVivemos uma época de transforma-ções profundas. Não se trata apenas de uma “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época”. Mu-danças de época, de fato, afetam os critérios de compreensão, os va-lores mais profundos, a partir dos quais se afirmam identidades e se estabelecem ações e relações. Além disso, constata-se o aumento pro-gressivo do relativismo, a ausência de referências sólidas, o excesso de informações, a superficialidade, o desejo a qualquer custo de conforto e facilidades, a aceleração do tem-po, trazendo desafios existenciais e produzindo incertezas, precarieda-de, insegurança, inquietação. Sur-gem ou se agravam tendências de-safiadoras como o individualismo, o fundamentalismo, o relativismo e diversas formas de unilateralis-mos. No âmbito religioso, constata--se um forte pluralismo, no qual se encontram, muitas vezes, práticas marcadas por fundamentalismo, emocionalismo e sentimentalismo. No âmbito católico, constata-se, em algumas comunidades, situações que destoam por completo da ação evangelizadora: o mundanismo sob vestes espirituais e pastorais, em vez de uma efetiva conversão; sinais de apegos a “vantagens e privilégios”, mais do que espírito de serviço;

celebrações litúrgicas que tendem mais à exaltação da subjetividade do que a comunhão com o Mistério; a utilização de uma linguagem ina-dequada, em vez de uma linguagem acessível e atual. Os desafios exis-tem para serem superados; eles ofe-recem oportunidade para discernir as urgências da ação evangelizado-ra. Este é um tempo para responder missionariamente à mudança de época com o recomeçar a partir de Jesus Cristo, com “novo ardor, novos métodos e nova expressão”, e com “criatividade pastoral”. Diretrizes Ge-rais da Ação Evangelizadora da Igre-ja no Brasil 2015-2019, cf. n.19, 21, 25, 26, 29.

3. Comunhão com a Igreja Da fundamental união-comunhão com Cristo e com a Trindade deriva, para o presbítero, a sua comunhão--relação com a Igreja nos seus as-pectos de mistério e de comunidade eclesial. Concretamente, a comu-nhão eclesial do presbítero realiza--se de diversos modos. Com efeito, mediante a ordenação sacramental, ele estabelece laços especiais com o Papa, com o Corpo episcopal, com o Bispo próprio, com os outros presbí-teros, com os fiéis leigos. Diretório para o ministério e a vida dos Pres-bíteros, n.30.

4. Comunhão com a Igreja particular e com o Bispo

Diocese é a porção do Povo de Deus confiada a um Bispo para que a pas-toreie em cooperação com o presbi-tério, de tal modo que, unida a seu pastor e por ele congregada no Es-pírito Santo mediante o Evangelho e a Eucaristia, constitua uma Igreja particular, na qual verdadeiramente está e opera a Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja de Cristo. Concílio Vaticano II – Decreto Christus Domi-nus, cf. n.11. Os presbíteros, solícitos coo-peradores da ordem episcopal, seu auxílio e instrumento, chamados para servir o Povo de Deus, formam com seu Bispo um único presbitério, empenhados, porém, em diversos ofícios. Em cada comunidade local de fiéis tornam presente de certo modo o Bispo, ao qual se associam com espírito fiel e magnânimo. To-mam como suas as funções e a so-licitude do Bispo e exercem a cura pastoral diária. Sob a autoridade do Bispo santificam e regem a porção da grei do Senhor que lhes é confia-da. No lugar onde estão tornam visí-

vel a Igreja universal e eficazmente cooperam na edificação de todo o corpo de Cristo (cf. Ef 4,12). Concílio Vaticano II – Constituição Dogmáti-ca Lumen Gentium, cf. n.28.

5. A Comunhão na obediênciaFeito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser “obediente e dócil” aos chefes da Igreja (Hb 13,17) e a considerá-los com respeito e afei-ção. Os presbíteros só podem exer-cer seu ministério na dependência do Bispo e em comunhão com ele. A promessa de obediência que fazem ao Bispo no momento da ordenação e o ósculo da paz do Bispo no fim da liturgia da ordenação significam que o Bispo os considera como seus colaboradores, filhos, irmãos e ami-gos, e em troca eles lhe devem amor e obediência”. Catecismo da Igreja Católica, §1269, 1567. A desobediência conduz ao erro, e ao desvio da fé. Os que são de Cristo fazem a obra de Cristo. Jesus, “em-bora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento” (Hb 5,8); se fez obediente, a Deus seu Pai, a seus pais, Maria e José (cf. Lc 2,51); Apresentando-se como simples ho-mem, humilhou-se feito obediente até a morte numa cruz (cf. Fl 2,6-8). Quem ama obedece, quem obede-ce é livre. É preciso obedecer a Deus, que fala não por meio de uma pes-soa, mas da Igreja constituída nos seus legítimos pastores. Obedecer, muitas vezes, nos custa, porém, uni-dos a Jesus e com a força do Espírito Santo, podemos entregar-lhe nossa vontade e decidir-nos a escolher o que seu Filho sempre escolheu: fa-zer o que agrada ao Pai. O fundamento da obediência deve ser o amor a Cristo e à sua Palavra. Precisa ser buscada numa atitude de profunda humildade, diálogo e abertura de coração. A obediência só é possível pela fé, no abandono total a Deus e na aceitação efetiva da graça redentora. Faremos progres-sos na obediência na medida em que tivermos os mesmos sentimen-tos de Cristo e, assim, a obediência ao Senhor produzirá seus frutos em nossa vida e na Igreja de Deus.

6. Unidade de planos pastoraisÉ necessário que os sacerdotes, no exercício do seu ministério, não só participem responsavelmente na definição aos planos pastorais que o Bispo – com a colaboração do Con-selho Presbiteral – determina, mas também harmonizem com eles as re-alizações práticas na própria comuni-dade. A sábia criatividade e o espírito de iniciativa, próprios da maturidade

A Igreja no Brasil participa do cuidado pela pregação, pelo testemunho. Ela deseja responder à pergunta do Papa Francisco: “Hoje é cada vez mais urgente nos perguntarmos:

o que Deus pede a nós?

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9Agosto/2015

dos presbíteros, não só não serão anulados, como poderão ser adequa-damente valorizados, com grande vantagem para a fecundidade pas-toral. Seguir por caminhos separados neste campo pode significar não só rotura da comunhão necessária, mas também enfraquecimento da pró-pria obra de evangelização. Diretório para o ministério e a vida dos Presbí-teros, cf. n.60.

7. Os desafios das seitas e dos novos cultos

O proliferar das seitas e dos novos cultos, bem como a sua difusão mes-mo entre os fiéis católicos, constitui um particular desafio ao ministério pastoral. Na base dum tal fenômeno existem motivações complexas. Em todo o caso, o ministério dos pres-bíteros deve responder com pronti-dão e dum modo incisivo à procura do sagrado e, de modo particular, da autêntica espiritualidade emer-gente hoje.Para vencer o desafio das seitas e dos novos cultos, é particularmen-te importante – além do desejo pela salvação eterna dos fiéis, que bate no coração de cada sacerdo-te – uma catequese amadurecida e completa, a qual requer, hoje, um esforço especial por parte do mi-nistro de Deus, a fim de que todos os seus fiéis conheçam realmente o significado da vocação cristã e da fé católica. Neste sentido, “a medida mais simples, óbvia e urgente a ser tomada, que também poderia se mostrar como a mais eficaz, consis-te em extrair o melhor das riquezas do patrimônio espiritual cristão”. De modo particular, os fiéis devem ser educados a conhecer bem a relação existente entre a sua vocação espe-cífica em Cristo e a pertença à Igreja, que devem aprender a amar filial e tenazmente. Tudo isto se realizará se o sacerdote, na sua vida e no seu mi-nistério, evitar tudo o que poderia provocar tibieza, frieza ou aceitação parcial da doutrina e das normas da Igreja. Diretório para o ministério e a vida dos Presbíteros, cf. n.47.

8. Respeito às normas litúrgicasEntre os vários aspectos do proble-ma, mormente percebidos hoje, me-rece especial atenção o do convicto amor e respeito às normas litúrgicas. A liturgia é o exercício do sacerdócio de Cristo, “o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte da qual provém toda a sua virtude”. Ela constitui um âmbito em que o sacerdote deve ter particu-lar consciência de ser ministro, isto é, servo, e de dever obedecer fiel-mente à Igreja. “Regular a sagrada liturgia compete unicamente à au-toridade da Igreja, que reside na Sé Apostólica e no Bispo, segundo as

normas do direito”. Portanto, em tal matéria, ele não acrescentará, tirará ou mudará seja o que for por iniciati-va própria. Diretório para o ministé-rio e a vida dos Presbíteros, cf. n. 59.

Nossa realidadeVivemos em tempos agitados, ondas

fortes e ventos hostis vêm de encontro à barca de Cristo. Mas temos confiança: Jesus está dentro desta barca e Ele não vacila. Nosso tempo é marcadamente plural. Em um contexto assim, a Igreja de Cristo, Una, Santa, Católica e Apos-tólica deve se distinguir pela abertura, diálogo, acolhimento e misericórdia. Estas posturas fazem parte de identida-de católica (universal) da Igreja. Mas faz parte também, tanto quanto da identi-dade da Igreja, o conjunto orgânico de seus ensinamentos, bem como sua or-ganização. A Igreja, portanto, possui e firma sua identidade para cumprir fiel-mente sua missão de evangelizar. São muito fortes, em nossos dias, o indivi-dualismo e o relativismo. Muitos cedem à tentação da “carreira solo” e se distan-ciam da Igreja, que possui sua organi-zação para manter a harmonia entre os vários ministérios, carismas e serviços suscitados pelo Espírito Santo.

Nesse cenário plural e fragmentado, o povo, tantas vezes carente de saú-de, educação, segurança, estabilidade familiar e outros, é induzido a buscar soluções fáceis e até mágicas para seus problemas, atraído por uma pregação de linguagem exorcista de todos os demônios, garantindo cura e liberta-ção além de prosperidade material em flagrante contraste com o Evangelho de Jesus Cristo. Estabelece-se, assim, uma forma de viver a fé e a religião de maneira superficial, com cultos onde se sobressaem a gritaria e a busca por mi-lagres em detrimento do compromisso com o Reino de Deus. Assim, tendo em vista os acontecimentos e compor-tamentos que geram consternação e confusão nos fiéis, pensamos ser ur-gente e necessário fazer os seguintes esclarecimentos:

1. Formamos a Igreja Católica Apos-tólica Romana. Nela nutrimos uma comunhão de fé e de amor em torno de Jesus Cristo e dos pastores legitima-mente constituídos desde os Apóstolos até hoje. Formamos juntos a comunida-de (Igreja), Povo do Senhor.

2. Prestamos nosso culto a Deus por meio da sagrada liturgia, ação sagrada com a qual glorificamos a Deus e somos por Ele santificados. A sagrada liturgia não é para o autolouvor da Igreja ou vai-dosa promoção pessoal de quem quer

que seja, mas meio pelo qual “Cristo, nos-so redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção” (CIC §1069). À Litur-gia deve-se todo respeito e, por isso, não se pode inventar ritos que esvaziam seu profundo significado salvífico.

3. O presbitério, ou seja, a comunhão entre os presbíteros, é um dos ele-mentos fundamentais na identidade e espiritualidade do padre diocesano. Em nome da “família” presbiteral, cada presbítero deve nutrir e cultivar o res-peito pelo outro irmão ligado a ele pela graça sacramental da Ordem e de ma-neira alguma pode realizar o que quer que seja sem as devidas autorizações em outros territórios, ou mesmo na pa-róquia onde serve em comunhão com o Bispo e com a Igreja diocesana na qual está incardinado.

4. A Igreja particular (Diocese) tem como pastor próprio, sucessor dos Apóstolos, o Bispo. Na Diocese, o Bispo é o vigá-rio de Cristo em comunhão com o Papa e com todo o Colégio Episcopal, sendo o princípio e o fundamento da unidade. Estreitamen-te ligados estão o Bispo e o presbitério, não se pode pensar um sem o outro. Na dinâmica da unidade, um presbítero isolado não exis-te. Ele só existe e tem razão de existir enquanto ligado ao Bispo e ao presbitério como um todo.

5. Quanto aos ritos de exorcismos, o

A liturgia é o exercício do sacerdócio de Cristo, “o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte

da qual provém toda a sua virtude”.

chamado exorcismo solene, ensina o Catecismo da Igreja Católica (§1673), “só pode ser praticado por um sacer-dote, com a permissão do Bispo. Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras es-tabelecidas pela Igreja”. Há de se ter toda prudência, pois bem diferente da presença de alguma influência ma-ligna, é o “caso de doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica”.

O caminho seguro para eliminarmos o mal é a prática do Evangelho de Jesus Cristo em nossas famílias, comunida-des e em toda sociedade. O Evangelho precisa ser lido, estudado, meditado e vivenciado por todos e cada um de nós. Estamos vivenciando as Santas Missões Populares e convido a todos para que entrem na dinâmica deste sopro do Espírito Santo para nossa Diocese de Guaxupé. A missão cura, salva e liberta de verdade.

Nossa Senhora, Estrela da Nova Evangelização, nos acompanhe e nos ilumine como verdadeiros discípulos missionários, no desejo de anunciar-

mos e testemunharmos a Jesus Cristo, o Evan-

gelho do Pai, na força do Espírito

Santo.

Guaxupé, 16 de julho de 2015

Festa de Nossa Senhora do Carmo,

Mãe do Carmelo

†José Lanza NetoBispo Diocesano

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10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Vocacional

As Vocações na vida da Igreja: importância e diversidade

A Igreja no Brasil celebra to-dos os anos, em agosto, o “mês vocacional”. O motivo disso pode ser entendido se observarmos os dois meses sequentes: em setem-bro, celebramos o mês da Bíblia e, em outubro, o mês das missões. Deste modo, a dinâmica temática desses três meses assim se de-senvolve: o Deus que nos chama (mês vocacional) nos forma com sua Palavra (mês da Bíblia) e nos envia em missão (mês das mis-sões). Nota-se aí a importância da dimensão vocacional da Igreja: na base de toda ação cristã há um chamado divino. Antes de formar e enviar cada cristão em sua mis-são específica na Igreja, Deus o chama. Faz seu convite amoroso à liberdade humana frente à sua capacidade de resposta. Nun-ca podemos perder de vista que aquilo que realizamos enquanto Igreja não é puramente vontade nossa, mas um chamado de Deus, algo sempre relacionado ao pro-jeto Dele. Essa mística vocacional confere sentido profundo a toda atividade pastoral dos membros da Igreja.

A importância da dimensão vo-cacional na Igreja

O trabalho em prol das voca-ções na Igreja não é uma pastoral ou movimento a mais. Trata-se de algo que está dentro do próprio processo de evangelizar. É uma dimensão da evangelização. Juntamente com as di-mensões Liturgia, Catequese e Missão, a questão vocacional está inserida na essência da ação da Igreja. O trabalho da dimensão vocacional é importante, entre outras, pelas seguintes razões:

A – A dimensão vocacional nos mos-tra que servimos a Deus na Igreja não por iniciativa nossa, mas por que Ele nos chama. Somos cristãos não por uma grande ideia que tive-mos, mas por um chamado de Deus. Se assim não fosse, a Igreja seria um clube ou uma associação. Assim, entendemos que não somos “em-pregados oferecidos” de Deus, mas seus vocacionados amados. Deus, em seu amor, sem precisar de nós, nos chama a servi-lo. Faz muita dife-rença assumir o serviço a Deus e aos outros como vocação e não como obrigação. Por obrigação seria algo pesado ao qual somos forçados, por vocação seria algo que fazemos porque nos sentimos chamados por Deus em seu plano de amor. B – A dimensão vocacional favorece a vivência dos ministérios e serviços. A Igreja é toda ministerial, ou seja, formada por serviços e tarefas va-

riadas, para as quais Deus chama e concede dons para que esses servi-ços e tarefas sejam realizados. Quan-to mais os católicos entenderem os serviços na Igreja como tarefas para as quais Deus nos chama e capacita, mais rica de servidores e servidoras ela será. C – A dimensão vocacional nos lem-bra de que as vocações são “pre-sentes” de Deus para a sua Igreja. Sobre isso o papa São João Paulo II nos ensinou, ao afirmar que as vo-cações são dons de Deus dados à Igreja. Para cuidar da Igreja, Deus suscita vocações, chama pessoas para que, em seu nome e agindo em sua pessoa, zelem pelo seu povo, a Igreja. Assim, podemos dizer que as vocações brotam do amor esponsal de Jesus pela Igreja. Ou seja, como esposo da Igreja, que a ama profun-damente, cuida dela suscitando as vocações.

A diversidade das vocaçõesSabemos que a vocação é algo

amplo e variado. Na Igreja, existem as vocações sacerdotais, as vocações matrimoniais, as vocações religiosas e as vocações aos ministérios dos fiéis leigos. Fala-se hoje, também, das vo-cações missionárias, dado o momento

eclesial que estamos vivenciando, no qual somos convocados a viver a mis-sionariedade. Todas estas são contem-pladas e celebradas em agosto. E todas têm a mesma dignidade e valor.

Sobre a vocação à vida sacerdotal, vale descrever a compreensão da pes-soa do sacerdote como “outro Cristo”. Sabemos que toda comunidade cristã é sacramento de Cristo, ou seja, concre-tiza a presença viva do Cristo ao longo da história. Os sacerdotes, por sua vez, por causa da sua união sacramental ao Cristo Cabeça, concretizam de um modo especial a presença de Jesus no mundo. É nesse sentido que se enten-de o sacerdote como outro Cristo. Dias atrás ouvi um fato que elucida o que aqui é afirmado: uma criança de 4 anos, ao participar da Celebração Eucarística na solenidade de Corpus Christi com sua mãe, ouviu-a dizer, ao ver o padre chegar com o ostensório contendo a Hóstia consagrada: “Olhe, ali vem Je-sus”. A criança, em sua simplicidade e pureza, pensou que se tratava da pes-soa do padre, e não do Santíssimo Sa-cramento, como foi o sentido que sua acompanhante empregou. Em outra ocasião, ao ver o mesmo padre, correu--lhe ao encontro e abraçou-o, dizendo: “Oi, Jesus, abençoa meus irmãozinhos que estão doentes”. O entendimento

desse pequenino revela o senti-do profundo da vocação sacer-dotal: o Cristo continua presente no mundo a operar a santificação de forma visível através dos sacer-dotes. Roguemos ao Senhor que continue a enviar vocações sacer-dotais à sua Igreja. Rezemos tam-bém pelos nossos seminaristas, para que tenham perseverança e se abram sempre mais à graça de Deus que os forma para a vida presbiteral.

Estamos no ano da vida consa-grada. A vocação à vida consagra-da é aquela dos Religiosos e Re-ligiosas, homens e mulheres que são chamados a assumir os votos de castidade, obediência e pobre-za em um carisma específico. A caminhada da nossa Igreja, sobre-tudo a partir da Idade Média, se desenvolveu tendo uma enorme contribuição dos religiosos e reli-giosas. Assistência aos enfermos, aos desabrigados, promoção da educação foram e continuam a ser algumas das atividades reali-zadas pelos vocacionados à vida religiosa. Nossas dioceses brasi-leiras também contaram com va-lioso trabalho das congregações religiosas; pode-se destacar, por exemplo, a escassez do clero que marcava a vida das dioceses no passado e que fora suprida com o generoso trabalho de religiosos

padres enviados pelas Ordens e Con-gregações religiosas.

Incentivamos as comunidades cris-tãs a, nesse mês de agosto, rezarem e celebrarem as vocações. Sempre em sintonia com os párocos, podem ser feitas orações, vigílias, palestras com catequizandos, reflexões vocacionais com os grupos de trabalho pastoral. Motivamos igualmente a cada cristão e cristã a assumir sua vocação batismal no serviço à sua comunidade naquilo que ela precisa. Nossas comunidades podem crescer muito à medida em que cada um entender que, pelo batismo, somos chamados a servir a comunida-de e, com isso, manifestar o amor de Je-sus, o Esposo, que cuida e zela pela sua Esposa, a Igreja.

Dirigimos, ainda, a palavra a todos os jovens leitores que estejam abertos à voz do divino Mestre. Se você se sente chamado por Deus à vida sacerdotal ou religiosa converse sobre isso com seu pároco que ele o(a) encaminhará até nós, do Serviço de Animação Vocacio-nal, que estamos à disposição para aju-dá-lo(a) a discernir sua vocação.

Por padre Eder Carlos de OliveiraVice-reitor do Seminário Diocesano

São José, em Guaxupé (MG) e promotor vocacional da Diocese de Guaxupé

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11Agosto/2015

Catequese

Desafios da Catequese: caminho antigo e eficiente

A catequese vive um desafio pe-culiar nos tempos atuais: formar dis-cípulos e missionários de Jesus Cris-to! O processo de iniciação à vida cristã é a via promissora no intuito deste propósito.

“É necessário desenvolver, em nossas comunidades, um processo de iniciação à vida cristã, que con-duza ao encontro pessoal com Je-sus Cristo, no cultivo da amizade com Ele pela oração, no apreço pela celebração litúrgica, na experiên-cia comunitária e no compromisso apostólico, mediante um perma-nente serviço ao próximo” (Diretri-zes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil n.83). Mui-tos documentos da Igreja re-ferem-se ao processo de ini-ciação cristã: Diretório Geral para a Catequese n.59; Dire-tório Nacional de Catequese n.45, 49c. 49e, 50; Documen-to de Aparecida n.288, 289. O processo catequético promo-ve o amadurecimento da fé através da prática dos sacra-mentos, do serviço, da missão e, tendo como fruto principal, a formação de um verdadeiro cristão.

O livro dos Atos dos Após-tolos apresenta-nos o primei-ro retrato dos cristãos: “Eram perseverantes em ouvir os en-sinamentos dos apóstolos, na comunhão fraterna, no par-tir do pão e nas orações. Em todos eles havia temor, por causa dos numerosos prodí-gios e sinais que os apósto-los realizavam. Todos os que abraçaram a fé eram unidos e colocavam em comum to-das as coisas” (At 2,42-44). O texto nos evidencia que o ver-dadeiro cristão é aquele que, sobretudo, vive sua fé em co-munidade e cresce graças à catequese (“ensinamento dos apóstolos”), destacando um aspecto fundamental do pro-cesso de iniciação à vida cris-tã: a catequese é realizada em conjunto pelos catequistas, pais, sacerdotes e toda comu-nidade de fé.

A concepção catecumenal da iniciação altera o mode-lo de ação pastoral porque é uma espiritualidade batismal--eucarística, centrada na Pa-lavra e na celebração do Ano Litúrgico como comemoração de todo mistério de Cristo ao alcance de todo o Povo de Deus.

Assim, os catequistas têm a oportunidade de amadure-

cer sua fé a partir da caminhada ca-tecumenal de seus catequizandos, intensificando a vida de oração, a leitura e a escuta da Palavra e com-prometendo-se com a missão que Deus lhes confiou: formar verdadei-ros discípulos e missionários de Je-sus Cristo!

Com o fito de proceder segundo as orientações da Igreja, a catequese infantil da Paróquia São Sebastião da cidade de Areado justapõe-se ao modelo de inspiração catecumenal, que propõe aos catequizandos o en-contro pessoal e decisivo com Jesus Cristo, uma catequese mais evange-lizadora, celebrativa e orante que

incentiva a vivência em comunida-de e que tem, como finalidade, “o ser cristão”, conscientizando-os que os sacramentos alimentam esse pro-cesso e são sinais visíveis do próprio Jesus.

Para orientar e auxiliar esta cami-nhada, foi adotado o material Inicia-ção à Vida Cristã: Eucaristia - Cole-ção Água e Espírito- Paulinas, que é composto de 3 subsídios: livro do catequista, livro do catequizando e livro da família, que tem o objetivo de envolver catequistas, catequi-zandos e familiares em um processo de iniciação cristã por meio da com-preensão e da vivência da fé na vida

pessoal e na vida comunitária.Os coordenadores e integrantes

da Pastoral do Batismo, Catequese Infantil, Catequese com Adolescen-tes, Catequese Crismal, Catequese com Adultos e Equipe de formação permanente participaram do en-contro de formação conduzido por Erenice Jesus de Souza, pedagoga, integrante do Núcleo de Catequese Paulinas (NUCAP) e colaboradora na redação do material Iniciação à Vida Cristã - Coleção Água e Espírito (Ba-tismo de Crianças, Eucaristia, Per-severança, Catecumenato Crismal e Batismo, Confirmação e Eucaristia de Adultos), realizado no centro ca-

tequético da cidade de Area-do.

A paróquia disponibiliza até 4 anos de catequese em diferentes etapas sequenciais para crianças a partir de 7 anos de idade com o objetivo de possibilitar a vivência dos valores do Evangelho.

A catequese infantil está presente em 06 comunidades rurais com a colaboração de 11 catequistas. No município urbano, os encontros acon-tecem no centro catequético com a colaboração de 22 cate-quistas. Os encontros são se-manais, com duração de uma hora e meia cada.

Mensalmente, é presidida a Celebração Eucarística com as crianças da catequese infantil infundindo a participação e a compreensão do trabalho rea-lizado nos encontros.

Os catequistas aprimoram seus conhecimentos em en-contros mensais de forma-ção permanente com temas direcionados, sendo este o fundamento da caminhada catequética e, por isso, com-promisso de cada um deles.

Não estamos sós. Jesus ca-minha conosco! E, nesta ca-minhada, Jesus nos convida a refazer e a remodelar o ca-minho, à medida que vamos descobrindo novas perguntas, respostas e propostas para a vida. Este espírito otimista, alegre e cheio de fortaleza, é imprescindível para progre-dirmos no amor de Deus e para levarmos a cabo uma fe-cunda atividade apostólica.

Por Wanessa Ferreira Swerts de Brito

Coordenadora da Catequese Infantil da Paróquia São Se-

bastião, em Areado (MG)

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12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Agosto

Comemorações de Agosto

1 Diocese: Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral em Guaxupé2 24º Um dia com Maria no Santuário em Poços5 Diocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em Guaxupé6 Coletiva de Imprensa sobre a Semana da Família em Guaxupé8 Setores: Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs)9-15 Semana Nacional da Família 12 Diocese: Reunião da Pastoral Presbiteral em Guaxupé14-16 Diocese: Encontro Vocacional no Seminário Diocesano São José em Guaxupé15 Diocese: Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em Guaxupé Reunião da Equipe Diocesana de Comunicação em Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana dos MECEs em Guaxupé

Natalício07 - Padre Edson Alves de Oliveira 12 - Padre Clayton Bueno Mendonça15 - Padre João Pedro de Faria 15 - Padre Júlio César Martins 18 - Padre Antônio Donizeti de Oliveira

19 - Padre Marcos Luiz Silva Rezende19 - Padre Sebastião Marcos Ferreira20 - Padre Carlos Virgílio Saggio 29 - Padre João Batista da Silva 30 - Padre Alfredo Máximo da Silva31 - Padre Danilo Silva Bártholo

Ordenação08 - Padre Wellington Cristian Tavares10 - Padre Gladstone Miguel da Fonseca11 - Dom Messias dos Reis Silveira (presbiteral)16 - Padre Claudemir Lopes

13 - Padre Adirson Costa Morais20 - Padre José Ronaldo Neto24 - Padre Riva Rodrigues de Paula30 - Padre Gilmar Antônio Pimenta

16 Diocese: Setor Guaxupé: Ultréia do Cursilho Setor Paraíso: Encontro dos MECEs Setor Alfenas: Encontro dos MECEs19 Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério em Guaxupé22 Diocese: Reunião da Coordenação Diocesana dos Grupos de Reflexão em Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana da equipe do TLC em Guaxupé Reunião dos Coordenadores Setoriais do Cursilho em Guaxupé Reunião do Setor Juventude em Guaxupé Reunião do Conselho Diocesano do ECC em São Tomás de Aquino30 Diocese: Encontro Diocesano de Catequistas em Guaxupé

Cúria

Transferências e nomeações

Bispo diocesano faz novas mudanças no clero da Diocese de Guaxupé

O bispo diocesano de Guaxupé, dom José Lanza Neto, comunica as mudanças realizadas no clero nos me-ses de abril, junho e julho de 2015.

Confira abaixo a lista atualizada:

• Padre Pedro Alcides de Souzaadministrador paroquial da Paróquia Sagrada Família e Santo Antônio, em Machado.

• Padre Márcio Alves Pereira vigário paroquial da Paróquia Sagrada Família e Santo Antônio, em Machado.

• Padre José Carlos Carvalhoadministrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Divino Espírito Santo, em Claraval.

• Padre Aparecido (André) Batista de Oliveira administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, em Poços de Caldas.