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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 115 > Jun/Jul 2012 páginas 6 e 7 páginas 6 e 7 Leitura não é só em sala de aula: conheça o Projeto Ler e Conhecer, que promove a leitura a qualquer hora e em qualquer lugar. página 8 Seminário Internacional: Metodista e UNIMEP recebem pensadores para debater a Rio+20. página 9 Leitura não é só em sala de aula: conheça o Projeto Ler e Conhecer, que promove a leitura a qualquer hora e em qualquer lugar. página 8 Seminário Internacional: Metodista e UNIMEP recebem pensadores para debater a Rio+20. página 9 Mônica Rodrigues

Jornal da Metodista - Junho/Julho

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A edição Junho/Julho do Jornal da Metodista apresenta novos projetos.

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Page 1: Jornal da Metodista - Junho/Julho

Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 115 > Jun/Jul 2012

páginas 6 e 7páginas 6 e 7

Leitura não é só em sala de aula: conheçao Projeto Ler e Conhecer, que promove aleitura a qualquer hora e em qualquer lugar.

página 8

Seminário Internacional: Metodista e UNIMEPrecebem pensadores para debater a Rio+20.

página 9

Leitura não é só em sala de aula: conheçao Projeto Ler e Conhecer, que promove aleitura a qualquer hora e em qualquer lugar.

página 8

Seminário Internacional: Metodista e UNIMEPrecebem pensadores para debater a Rio+20.

página 9

Mônica Rodrigues

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jornal da Metodista JUN.JUL2

editorial

Clipping professores na mídia

Quando falamos em ambiente uni-versitário, muita gente pode pensarem algo austero, sério, sisudo. O quenem todo mundo sabe é que estudo eco nhecimento podem sim ser extre- ma mente estimulantes e agradáveis.Na Metodista, pelo menos, é assim. Nesta edição do Jornal da Me to dis -

ta, você conhece um projeto interdis- ci plinar que envolve professores e alu- nos dos cursos de Educação Física,Fi sioterapia, Nutrição e Psicologia quetem como objeto de estudo algo quemui ta gente vê como um simples hob -by: o skate. Além de patrocinarmos e oferecer-

mos a infraestrutura da nossa Policlí -

ni ca e Academia-Escola para o treina -men to da PSK, equipe que reúne al-guns dos principais skatistas do País,disponibilizamos aos alunos dos cur-sos citados a oportunidade de desen-volverem Tra balhos de Conclusão deCur so e Traba lhos de Extensão, porexem plo, ten do os atletas como obje -to de estu do.Outros focos da Metodista também

es tão nesta edição: a promoção do co-nhe cimento e a preocupação com asus tentabilidade. Nas próximas pági-nas você conhecerá o Projeto Ler eCo nhecer, que estimula a leitura nãosó dentro de sala de aula, mas em to-dos os momentos da vida, e que en-

vol ve não somente nossos alunos, masto da a comunidade interna e externa. Além disso, também ficará por dentro

do que vai ser discutido no SeminárioInter nacional de Ética e Responsabili-da de Global, que acontece em parceriacom a UNIMEP (Universidade Me to- dis ta de Piracicaba), e que vai levar aoscampi das duas universidades deba tessobre os temas levantados na reu niãodo Rio+20, conferência da ONU sobredesenvolvimento sustentável. Aproveite estas e outras matérias e

boa leitura!

Prof. dr. Marcio de MoraesReitor

expediente MetôConselho DiretorPaulo Roberto Lima Bruhn(pre sidente), Nelson CustodioFerr (vice-presidente), AureoLidio Moreira Ribeiro, KátiaSantos, Augusto Campos de Re-zende, Carlos Alberto Ribeiro,Osvaldo Elias De Almeida, Mar-cos Sptizer, Ademir Aires Cla-vel, Oscar Francisco Alves,Re gina Magna Araujo (suplen -te), Valdecir Barreros (suplente)

ReitorMarcio de Moraes

Pró-Reitora de GraduaçãoVera Lúcia G. Stivaletti

Pró-Reitor de Pós-Graduaçãoe PesquisaFábio Botelho Josgrilberg

DiretoresCarlos Eduardo Santi (Facul da - de de Exatas e Tecnologia); JungMo Sung (Fa culdade de Hu ma-nidades e Di reito); Fulvio Cris-tofoli (Fa cul dade de Ges tão eServiços); Luiz Silvério Silva(Faculdade de Adminis tração eEconomia); Paulo Rogério Tar-sitano (Fa culdade de Comuni-cação); Ro gério Gen til Bellot(Faculda de de Saú de) e PauloRober to Gar cia (Faculdade deTeo logia)

Diretor de Marketinge ComunicaçãoPaulo Roberto Salles Garcia

Gerente de ComunicaçãoVictor Kazuo Teramoto

Edição e revisãoIsrael Bumajny (MTb 60.545)e Gabriela Rodrigues (MTb39.324)

RedaçãoGabriela Ro dri gues, MarcelloFerreira e Ana Carolina Cassi-nelli

Projeto e diagramaçãoTimbre Consultoria em Marcase Design

RedaçãoRua do Sacramento, 230 – Ed. RóRudge Ramos – São Bernardo doCampo, SP – Cep 09640-000Tel.: (11) 4366-5599E-mail: [email protected]: www.metodista.brA Universidade Metodista de SãoPaulo é filiada à:

“O índice de participação e deseparação dos resíduos teve aumentosignificativo durante todos os anos.”

Waverli Matarazo Neuberger, coorde-nadora do curso de Gestão Ambientalda Universidade Metodista. Matériapublicada na Band: ABC: metade doreciclado vai para o lixo comum(12/03/2012)

“Uma região rica como o GrandeABC ainda segrega pessoas"

Luci Praun, coordenadora do curso deCiências Sociais. Matéria publicada

no Diário do Grande ABC: Casasestão longe de rampas de acesso(26/05/2012)

"São Paulo é a cidade que maisgasta, pois tem a densidade popula-cional alta e uma diferença de com-portamento muito grande, são cincograndes cidades em uma só"

Roberto Gondo Macedo, professor deComunicação Empresarial. Matériapublicada no Portal Terra: Custo decampanha pode chegar a R$ 40 mi-lhões por candidato (02/06/2012)

“O ABC é um dos maiores mer-cados do Brasil e o que explica essepotencial de consumo é o número depessoas que moram no local, amassa salarial que circula na região,os setores automobilístico de comér-cio e petroquímico”

Sandro Maskio, professor de CiênciasEconômicas. Matéria publicada noMetro ABC: SBC: Potencial econômicoé o 15º maior (21/05/2012)

“Tem muito mais um carátereco nô mi co de divulgação do país doque pro priamente influencia social,aliás a visita nem teve esta intenção”

Oswaldo de Oliveira Santos Junior,professor do curso Ciências Sociais.Matéria publicada no Repórter Diário:”Enquanto se busca um príncipe, arealidade nos consome” (12/03/2012)

Lara Molinari

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ica Rod

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esportes Metô

SMPress

> Invicto, Metodista/São Bernardo/Besni comemora título do Pan-americano de Clubes

O time masculino da Metodista/SãoBernardo/Besni sagrou-se campeão in-victo do 5º Pan-americano de Clubesde Handebol, que aconteceu entreabril e maio, em Londrina, Paraná. Aequipe venceu a final contra seu rivalmais tradicional, o E.C. Pinheiros, por27 a 22 e conquistou pela terceira vezo torneio continental. Com isso o timerepresentará o continente no SuperGlobe, o Mundial de Clubes em Doha,no Catar, em agosto. “Uma sensação inexplicável. É o se-

gundo Pan que ganho por duasequipes diferentes e as duas aqui emLondrina. Estou muito feliz por essetítulo. O resultado é mérito de toda aequipe e fruto dos nossos treinos”, de-clarou o goleiro Rick Miles, eleito omelhor goleiro do Pan.

Jogos Abertos Brasileiros Além do Pan-americano de Clubes,

mais dois títulos entraram para a ga-leria de conquistas do handebol daMetodista: o dos Jogos Abertos

Brasileiros, realizados entre os dias 24e 30 de maio, no Espírito Santo. A equipe feminina consagrou-se

pentacampeã da competição ao vencero Rio de Janeiro por 29 a 12. Já o timemasculino ganhou o título dos JABspela quarta vez. No último jogo,venceu o Maringá (PR) por 28 a 19. Para o técnico Eduardo Carlone,

“essa competição foi muito impor-tante para nós de São Bernardo. Poderrepresentar o Estado de São Paulonesta competição, é um orgulho”.

Esporte Metô nas redes sociais

Fique por dentro das novidades dasequipes de handebol e de basquetepelo twitter @EsporteMeto e peloFacebook, na página UniversidadeMetodista de São Paulo – Oficial.

De São Bernardo para o Mundo

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> Bete (à esq.) durante aula em sua cozinha-escola

talento Metô o que o professor faz fora da sala de aula

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talento Metô o que o professor faz fora da sala de aula

ex-aluno Metô reconhecendo o talento de egressos

“A Metodista mostrou algo novo no conceito de gastronomia etambém no que é ser profissional”, afirma a ex-aluna do curso deGastronomia da Metodista, Bete Carneiro, referindo-se ao queaprendeu durante as aulas. Para ela, a escolha já era certa, só fal-tava achar um curso perto de casa. “Como já era casada e tambémtinha uma empresa como autônoma, estudar em São Paulo ficariainviável. Daí eu descobri que a Metodista tinha acabado de abriro curso, foi a grande chance.” O gosto pela profissão existe antesmesmo de começar a faculdade. Segundo Bete, o intuito de fazerGastronomia tem a ver com poder trabalhar com criação gastro-nômica. “Adorava criar pratos na cozinha; outro ponto é a histó-ria cultural que existe por trás da gastronomia”, afirma.Segundo Bete, os docentes ensinam uma visão sobre a impor-

tância dos alimentos, sain do um pouco do estereótipo de chef decozinha. Atualmente, a aluna, que se formou na segunda turmade Gastronomia da Universidade Metodista, abriu uma cozinha-escola especializada em dar aulas para adultos e crianças. Alémdisso, fez MBA em Gastronomia e dá aula em outras instituições.

Ana Carolina Cassinelli

Gastronomia vai além da cozinha

Se você é de algum curso de Comunicação ou já passoupela Redação Multimídia, no Edifício Delta, do CampusRudge Ramos, certamente reparou no painel que ilustra o es-paço. Talvez o que você não saiba é que ele foi feito pelo pro-fessor Antonio Carlos Pires. Recentemente, seus trabalhos também puderam ser vis-

tos na exposição “Na Ponta do Lápis”, que passou peloscampi Rudge Ramos e Planalto e reu niu 13 ilustrações fei-tas com lápis de cor, baseadas em fotos. Esta foi a sua pri-meira iniciativa neste sentido. Ele conta que, apesar da re-sistência, aca bou cedendo e aceitou o convite.Mas o seu envolvimento com a ilustra ção vem desde a

década de 70, quando deixou a pequena Guaxupé, no sulde Minas Gerais, para vir trabalhar em São Paulo. Depoisde tentar alguns empregos, descobriu que gosta va mesmoera de desenhar. “Fui para uma escola de desenho, em quealém do téc nico, ensinavam o desenho publicitário. Pormeio da escola, soube de um concurso promovido pela In-dústria Têxtil Matarazzo para desenho de es tamparia. De3.500 participantes, fiquei em décimo lugar e ganhei o di-rei to de fazer estágio na empresa. Fiquei durante seis me-ses e foi aí que real mente começou a minha carreira de ilus-trador.”

Após essa experiência, Pires passou pelo Diário do GrandeABC, agências de publicidade, teve a oportunidade de em-preender com negócios próprios e ainda atuou como free-lancer. Veio a con vite para a Metodista e há dez anos le cionapara os cursos de Comunicação.O professor explica que começou a fa zer desenhos

com lápis de cor em 2009 e, a partir de amigos e pa-rentes, viu a necessidade de trabalhar a ilustra ção apartir de fotografias. “O que é le gal na ilustraçãocom lápis de cor é que consigo passar sentimento,energia, coisas que só eram possíveis antes da faseda industrialização, quando tu do era feito manual-mente. Acredito que estou resgatando isso. Tanto queas pes soas comentam que o desenho pas sa muitomais sentimento do que a fo to.”Pires comenta que tem um projeto em vista, em

fase de amadurecimento e de busca de apoio.Se der certo, deverá ser concretizadoem dois ou três anos. Adiantaapenas que terá a Fórmula1 como tema.

Gabriela Rodrigues

“Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo...”

Gabriela Rod

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Arquivo

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espaço Pastoral

Novo Espírito[ DIA 27 DE MAIO A IGREJA CELEBROU O DOMINGO DE PENTECOSTES, QUE COMEMORA A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS OS CRISTÃOS E CRISTÃS. PARA ESSE DIA ESCREVI:

Um espírito novo se apossou de mim

E percebi que só há um poder absoluto.E diante dele, todos os demais são relativos.Mas é um poder que age pela graça.E não recusa, nem mesmo entregar-se à mortepor amor.Porque é impossível à morte retê-lo.E descobri que Jesus, a quem crucificamos,Deus o fez Senhor e Cristo.

Percebi, diante deste poder e desse amor,quão esclerosados estão os meus critériospara avaliar os homens e a vida.

E que enormes perspectivas podem se abrirpela renovação de minha mente embotada...

Um espírito novo se apossou de mim

E percebi que o que se estabelece como muro de

separaçãoentre as pessoasperde totalmente o sentidodiante desse grande amor universal.

E que agora, já não mais separada por língua ouculturaa humanidade pode inaugurar um novo tempo de paz.

Um espírito novo se apossou de mim

E percebi com clareza que não é ele que é meu,mas eu sou dele e assimnada do que chamo meu me pertencemas pertence àquele de quem sou.

E a ganância, a acumulação, o que faz, de um lado, a miséria de uns e, de outro lado, a opulência de outros, não resiste à consciência

de que dele, e por ele e para ele são todas as coisas.

Devemos, pois, repartir,atender às necessidades de todos,e tomar a vida com singeleza de coração,cuidando para que não haja entre nósnecessitados.

Um espírito novo se apossou de mim

E me apercebi que um novo tempo se anuncia.E sou chamado a dele participar.

Que eu não ponha,Com minhas racionalizações e atos,Empecilho a tua novidade,Senhor!

Rev. Luiz Eduardo Prates da Silva

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Rampas, pistas, manobras radicais, alguns tombos,ca pacetes, cotoveleiras e joelheiras e um equipa-men to composto por um shape, eixos e rodas. Essaé a imagem que vem à cabeça quan do se fala queal guém é um skatista. Mas o skate é visto por mui-tos como uma uma aventura, uma brincadeira derua. Na verdade, é um esporte que ganha cada vezmais adeptos no Brasil e no mundo, com diversasmodalidades e torneios profissionais.Segundo uma pesquisa Datafolha de 2009, enco-

mend a da pela Confederação Brasileira de Skate(CBSK), o Brasil possui quase 4 milhões de pratican-tes de skate, entre amadores e pro fissionais. Este crescimento é um dos passos para o esporte

ser levado mais a sério. A começar pelos própriosska tistas, que começam a buscar por melhores con-di ções de competir, inclusive preparação física. Esteé o caso dos atletas da equipe PSK – Precision Ska -te, patrocinada e apoiada pela Universidade Me to- dista de São Paulo desde o começo deste ano. Eles se reúnem três vezes por semana na Me-

todista e recebem um tratamento interdisciplinar,en volvendo treinamento físico, exames, fisio te ra- pia, orientação e acompanhamento nutricional eaten dimento psicológico. Tudo utilizando a estruturada Academia-escola e da Policlínica.“O preparo físico faz diferença para qualquer

es por tista, em qualquer modalidade”, afirma o ska-tis ta pro fissional Edgard Pereira “Vovô”, membro daPSK, que também diz que “os treinos e tratamentosme lho raram a performance nas competições.”Além de Edgard Vovô, a equipe PSK é composta pe-

los profissionais Dan Cezar Pardinho, Ronaldo “Rony”Go mes, Ítalo Penarrúbia, Rodrigo “Digo” Me nezes(pri meiro brasileiro a se tornar campeão mundial),Eu gênio “Geninho” Amaral, Lécio “Ne gui nho” Batistae pelo amador Leonardo Ruiz, que es tá viabilizando aprofissionalização. Os atletas são considerados de elitee estão entre os melhores do mun do.Os sete profissionais estiveram na primeira etapa

do Circuito Mundial WCS (World Cup Skateboar-ding) Vertical Profissional 2012 – Vert Jam, que acon-

te ceu no Rio de Janeiro, no mês de março. Em abril,Edgard Vovô, Rony Gomes, Dan Cezar e Íta lo Penar -rú bia seguiram para a segunda etapa do circuito, queaconteceu no X-Games (as “Olimpíadas dos espor-tes radicais”), em Xangai, China. Rony Gomes ficouem terceiro lugar na Mini Mega Rampa, conquistan -do a medalha de bronze. A próxima etapa acontecede 28 de junho a 1º de julho, em Los Angeles. Vovô diz que “o esporte e os torneios exigem de-

mais do corpo. Sofremos muitas lesões, então o pre- pa ro físico antes das disputas faz a diferença. Masnão só a parte física, o psicológico também precisaser trabalhado, por causa da pressão que temos nosgran des eventos. É importante ter essa estrutura.”Rony Gomes, que treina cinco vezes por semana

na rampa, reforça a fala de Vovô. “Nunca tivemosum preparo físico e hoje tenho visto que os meustrei nos diários com o skate estão rendendo mais. Fi -co mais tempo no treino e menos cansado”, conta.

Atleta comprova eficácia deacompanhamento interdisciplinarO professor do curso de Educação Física da Me to-

dista, Denis Foschini, é preparador físico e agente daPSK. Ele explica que “o acompanhamento inter disci-pli nar e a preparação física têm o objetivo de me lho-rar a condição de saúde dos atletas, para que pos samter um melhor rendimento, além de prevenir lesões.”Prova disso é o skatista Dan Cezar. Em 2011, ele

fi cou impedido de disputar alguns campeonatos emra zão de lesões. “Eu estava totalmente fora de formae sentia muitas dores no corpo e não conseguia pra-ticar o Skate Vertical. Comecei esse trabalho com aPSK e a Metodista no começo do ano”. Em doismeses, o atleta já estava apto a competir novamen -te e foi para o circuito mundial no Rio de Ja nei ro,com os demais companheiros.

Na fase eliminatória do torneio, Dan sofreu umaque da grave e lesionou o tornozelo, costas e chegoua deslocar o quadril. Muitos, inclusive organizadoresdo evento, acharam que ele não teria condições decon tinuar na competição. “Foi o pior tombo da mi -nha vida. Mas graças ao tratamento de fisioterapiaque tive na hora, consegui me recuperar e chegar atéa fi nal”, disse. Dan Cezar terminou o torneio em sé-ti mo lugar, entre os 30 melhores skatistas do mun do.A final foi cancelada devido à chuva que atin giu aram pa das provas e a classificação ficou esta belecidaconforme as posições da semifinal.[Ouça mais do depoimento de Dan Ce-

zar no Portal da Metodista.]O coordenador do curso de Fisiotera-

pia da Me to dis ta e também um dos pre- pa ra dores da PSK, profes sor Ale xan dreCavallieri, foi quem aten deu DanCe zar após o aciden te. Ele contaque o tra tamento ime diato, assimque o atleta saiu da ram pa, e aconti nuidade du ran te o dia pos-sibi li taram a recupe ração. “Fi -zemos aplicação de ge lo no tor- no ze lo e relaxa men to e mas sa-geamento muscular nos lo caisda le são, pa ra evitar o trava- mento. Posteriormen te, no ho- tel, foi feito alonga-mento, acupun- tu ra, ultrassome aplicação debandagens”.

Edgard Vovô espera para entrar

na rampa no Vert Jam 2012

Lucas Landim

Lucas Landim

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jornal da Metodista JUN.JUL 7

Skate como fontede aprendizado e pesquisaAssim como os skatistas, a Me to-

dis ta não olha para a modalidade ape-nas como um esporte radical. “A Ins- ti tuição utiliza o skate como atividadedi dático-pedagógica. Assim, ela estáabrin do um espaço para realização detrabalhos, como TCCs, pesquisas, tra-balhos de extensão e publicações”, dizo professor Denis.Alexandre explica que “a equipe PSK

também serve para os acadêmicos apli-carem o conhecimen to, utilizando atle-tas de elite que apresentam situaçõesreais de con dições físicas. Os resultadosdessa prá tica podem, com o tempo, ge-rar no vos estudos e novas publicações.”As áreas em que a equipe é subme-

ti da a atividades, atendimentos e tra-tamen tos e que são aproveitados emestudos envolvem:Preparo físico: Análise dos níveis dere sistência, força, flexibilidade eagilidade, por meio de exercícios eduran te etapas de preparação, com-pa ran do os níveis em cada etapa.

Fisioterapia: Trabalhada de forma pre-ven tiva e reativa. Não envolve ape-nas o tratamento de lesões, mas éinves tigada a causa delas, se portraumas ou sobrecarga física, e en- globa treinamentos que buscam apre venção.

Exames laboratoriais: Coletas feitaspa ra análises clínicas e avaliação door ganismo. Os exames também cola -boram para a avaliação nutricional.

Nutrição: Trabalhada em ciclos de 20dias, envolve a avaliação para de fi ni- ção da alimentação necessária, ob-ser vando-se o gasto calórico com aprá tica do skate. Os índices dos atle-tas são controlados por meio dosexa mes laboratoriais.

Psicologia: Em ciclos de 15 dias, de-senvolve um trabalho voltado aoemo cional. Como os atletas estãocons tantemente em competições ofi- ciais em níveis nacionais e interna- cionais, recebem auxílio com rela- ção à ansiedade e pressão queso frem antes e duran te as com-pe ti çõ es.Os skatistas também podem

recorrer aos tra ta mentos eexames em outros períodos.

Atualmente, quatro grupos de estu-dantes desenvolvem pesquisas utili-zando os skatistas. Dois grupos de Fi-sioterapia, um estudando lesões e ou-tro impulsão vertical e eletromiografia;um gru po de Nutrição pesquisando so-bre nutri ção esportiva e um grupo deEduca ção Física trabalhando com trei-namen to e desempenho físico.De acordo com a CBSK, no Brasil

“nun ca houve um centro de treina-men to para skate desta magnitude,com a estrutura oferecida pela Me to- dis ta”, afirma o vice-presidente daentidade, Edson Scander.A diretoria da Federação Internacio-

nal de Skate (em inglês, Internatio nalSkateboarding Federation – ISF/ WCS)também afirma que não há regis trode instituições que abrigam centroscomo este, principalmente com a in- tenção de publicar estudos.[Veja mais imagens e vídeos de al-

guns treinos dos atletas da PSK no Por-tal da Metodista.]

Estrutura atrai atençãode ícone mundial de skateOutros grandes nomes, como o íco -

ne mundial do skate, o brasileiro BobBurnquist, os americanos PaulLuc Ronchetti e Andy Mac, primeiro,segun do e terceiro lugar, respectiva-men te, na etapa do mundial do Rio,refor çam a afirmação da ISF.Para terem tratamento semelhante

ao oferecido pela Universidade, elespre cisam se deslocar para locais dife-rentes, até mesmo para outros estadosem seu país, para cada tipo de trata-mento. Bob Burnquist já conhecia oprojeto . “Esse é um meio das pessoasolharem de outra for ma o skate e levá-lo mais a sé rio como esporte. É umainiciativa mui to importante para nós”,disse o ícone mundial.[Ouça o que mais Bob disse sobre este

trabalho no Portal da Metodista.]

Marcello Ferreira

Leonardo Ruiz emtreinamento de impulsão

Agora você já sabe que o skate não é ape-nas uma brincadeira de rua, com prati-cantes se aventurando em ruas e praças.Saiba quais são as modalidades regula-mentadas do esporte e que têm torneiosoficiais nacionais e internacionais.Bowl e Banks: Praticadas em pistas emformato de bacia ou piscina, com pare-des curvas e arredondadas. São ideaispara transições rápidas. Downhill Speed: Praticada em ladeiras dediferentes comprimentos, em que o obje-tivo é descê-las o mais rápido possível.Daí o nome, Downhill Speed, que em tra- du ç ão livre significa: descer uma colinara pidamente. É a modalidade mais an ti -ga do skate.Downhill Slide: Assim como o DownhillSpeed, é praticado em ladeiras, mas a in-ten ção é descer dando slides (derrapadasou “cavalos de pau”) com o skate, de di-ver sas formas diferentes e estendendo asma nobras o máximo possível, sem perdermui to da velocidade.Megarrampa: Praticada em uma rampa“monstruosa” de drop (descida), quepossui, em média, 27 metros de altura,onde o skatista pode atingir 80 km/h e emseguida, usando outra rampa, salta sobreum vão livre de 20 metros de compri-mento, aterrissando em mais uma rampade descida que o impulsiona para umquarter-pipe (metade de um half-pipe)com aproximadamente 9 metros de al-tura, e que faz com que o skatista possaatingir uma altura de até 16 metros do

solo. É a modalidade de maior visibili-dade do skate.Minirrampa: É uma variação dos half-pipes (pista em formato de “U”), mas nãopossuindo parede vertical e com alturageralmente até 2,50 m. É o segundo tipode rampa mais construído no Brasil.Freestyle: Consiste em realizar manobrasconsecutivas, como uma coreografia,acom panhada por música e sem colocar opé no chão, em lugares planos, com cer cade, no mínimo, 300 metros quadrados. É asegunda modalidade mais an ti ga do ska te.Slalom: Modalidade que utiliza um skatemais estreito e menor que os “tradicio -nais”. Consiste em passar por vários conesalinhados fazendo “zigue-zague”, ten-tando ser o mais rápido sem derrubá-los.Street: Consiste em praticar o skate emobstáculos que são encontrados nas ruasdas cidades como: monumentos, praças,bancos, corrimãos, muretas, escadas,palcos, buracos, entre outros. Também épraticado em pistas onde existem ram-pas que simulam a arquitetura urbana deum modo adaptado. É a modalidade como maior número de adeptos.Vertical: Praticada em pistas com, no mí-nimo, 3,50 m de altura, podendo ser deconcreto ou madeira, em formato de half-pipes, havendo entre o coping (cano deferro) e a parede em curva (transição),uma parede vertical (90º com o chão, ouseja, reta).

Fonte: Confederação Brasileira de Skate (CBSK)

Rony Gomes, medalha de bronze naMini Mega Rampa nos X-Games

CONHEÇA AS DIFERENTES MODALIDADES DO SKATE

Marcello Ferreira

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jornal da Metodista JUN.JUL8

A Universidade Metodista de São Paulo traz parao ano de 2012 um novo projeto que envolve a Ins-tituição como um todo. O Projeto Ler e Conhecertem como proposta o incentivo às praticas de lei-tura e o interesse pelo conhecimento.Para saber mais, assista ao vídeo com a professora

Luci Praun e o professor Silvio Pereira da Silvadisponibilizado no Portal da Metodista e fique li-gado nas próximas edições do Jornal da Metodista.

Ana Carolina Cassinelli

Livros“Tropeçavas nos astros desastradaQuase não tínhamos livros em casa E a cidade não tinha livraria Mas os livros que em nossa vida entraramSão como a radiação de um corpo negroApontando pra a expansão do UniversoPorque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem dúvida, sobretudo o verso)É o que pode lançar mundos no mundo.

Tropeçavas nos astros desastradaSem saber que a ventura e a desventuraDessa estrada que vai do nada ao nadaSão livros e o luar contra a cultura.Os livros são objetos transcendentesMas podemos amá-los do amor táctilQue votamos aos maços de cigarroDomá-los, cultivá-los em aquários,Em estantes, gaiolas, em fogueirasOu lançá-los pra fora das janelas(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)Ou o que é muito pior por odiarmo-losPodemos simplesmente escrever um:

Encher de vãs palavras muitas páginasE de mais confusão as prateleiras.Tropeçavas nos astros desastradaMas pra mim foste a estrela entre as estrelas.”

Caetano Veloso

Ler e conhecerLer e conhecerAssista o vídeocom seu celular

Metodista temnovo projeto

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jornal da Metodista JUN.JUL 9

Universidade será palco do SeminárioInternacional de Ética e Responsabilidade Global

Preocupadas com as questões rela-cionadas à ética e à responsabilidadeglobal, a Universidade Metodista deSão Paulo, juntamente com a Univer-sidade Metodista de Piracicaba, as Ins-tituições Metodistas de Ensino e aIAMSCU - Association of MethodistSchools, Colleges & Universities – es-tão organizando o Seminário Interna-cional de Ética e ResponsabilidadeGlobal. O evento vai ocorrer entre osdias 30 de julho e 03 de agosto, tantoem São Bernardo como em Piracicaba. “O seminário tem como objetivo

analisar criticamente a conferência doRio+20 (veja mais informações na pá- gina 13) e propor uma agenda de tra-balho que reflita o papel da ciência e datecnologia em prol da responsabili-dade global”, explica a presidente e re-presentante da Universidade Met o dis -ta de São Paulo na comissão organi za-dora do evento, Dagmar de Castro.

Graças à importância da Conferên-cia, foram propostos para o semináriotrês eixos básicos para permear as ar-ticulações sobre desenvolvimento sus-tentável: meio ambiente, sociedade eeconomia.Segundo Dagmar, é importante a

participação dos estudantes, pois elesterão contato com discussões sobre oRio+20 por meio da visão científica,sobre a responsabilidade da ciênciaem um tema social. “Para o aluno é aampliação da visão sobre a problemá-tica, pois estarão reunidos com estu-dantes de localidades e grau de esco-laridade diferente”, acredita. Além de participar como ouvintes,

os estudantes poderão apresentartrabalhos sobre as temáticas de dis-cussão.

Ana Carolina Cassinelli

Programação

Dia 31 de julho – Edifício Capa• 11h Credenciamento e apresenta-

ção de artigos • 13h30 Mesa-redonda - A dimensão

ética nos negócios e a res-ponsabilidade social para odesenvolvimento sustentáveleixo cadeias produtivas euniversidades.

• 14h30 Debate- Relatos de Práticas:Alianças Estratégicas

• 15h Encadeamento Produtivo Re-gional

• 16h10 Alianças Estratégicas para aPesquisa na Camada Pré-Sal

• 19h Coquetel de lançamento de Li-vros e Revistas

• 19h30 Abertura Oficial deste Semi-nário e Apresentação do MBAExecutivo Internacional

• 20h Conferência: As Interfaces daUniversidade e das Cadeias

Produtivas para o Desenvolvi-mento Sustentável

Dia 01 agosto – Edifício Capa• 13h Apresentação de artigos• 14h O Papel das Universidades e da

Sociedade para o Desenvolvi-mento Sustentável

• 15h30 Oficina de Formação de Lide -ran ça Ética e Responsável

• 16h ONG Rio + Você• 16h30 Cooperselecta- Cooperativa

Sabão Selecta• 17h40 Relato de Práticas de ONGs e

do Governo• 18h Apresentação de Artigos • 19h30 Apresentação da Orquestra

Camargo Guarnieri• 20h Conferência: As Interfaces do

Governo e da Sociedade para oDesenvolvimento Sustentável

Confira a programação completano Portal da Metodista

internacional Metô um mundo de oportunidades para os alunos

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Chico Mendes - Crime e CastigoReúne reportagens escritas por Zuenir Venturaa respeito do maior líder ambientalista que oBrasil já teve. Quando foi assassinado, em 22de dezembro de 1988, Chico Mendes estavacom 44 anos e era mundialmente reconhecidopor sua luta pela preservação da Amazônia.No Estado do Acre, à frente dos seringueirosque organizou, Chico desenvolveu táticas pa-cíficas de resistência para defender a floresta,que a partir da década de 70 sofrera um ace-lerado processo de desmatamento para darlugar a grandes pastagens de gado. Chicolutou contra a devastação e chamou a atençãodo mundo para essa luta.O New York Times já o havia considerado "umsímbolo de todo o planeta" e a ONU já o pre-miara, mas Chico Mendes precisou ser assas-sinado para ser reconhecido no Brasil. O líderseringueiro havia anunciado sua morte imi-nente, depois de ter recebido inúmeras amea-ças. Em cartas, artigos e entrevistas,de nunciou os suspeitos às autoridades brasi-lei ras, que não tomaram nenhuma providên-cia de fato para evitar sua morte.O livro é dividido em três partes. A primeira, "Ocrime", reúne as reportagens feitas para o Jor-nal do Brasil no começo de 1989, logo após oassassinato do seringueiro. Na segunda, "Ocastigo", estão as reportagens produzidasdois anos depois, em 1990, juntamente comMarcelo Auler, durante a segunda e a terceiraviagens do repórter ao Acre, para cobrir o jul-gamento dos assassinos. "15 anos depois" éa terceira parte, com textos de outubro de2003, quando Zuenir revisitou lugares e per-sonagens envolvidos no crime.

Autor: Zuenir VenturaEditora: Companhia das LetrasAno: 2003Páginas: 248Preço: R$ 46,80

Feliz Ano VelhoLivro que marcou toda uma geração de lei to- res e tornou-se obra de referência na litera- tu ra brasileira contemporânea, o romanceau tobiográfico Feliz Ano Velho de MarceloRu bens Paiva ganha uma nova edição pelaObje tiva, que vem relançando toda a obra defic ção do autor. Publicado originalmente em1982, o livro é um relato verdadeiro do aci-dente que deixou Mar celo tetraplégico, a pou-cos dias do Natal de 1979. Jovem pau lis ta declasse média al ta, vida boa, muitas na mo-radas, estudante de Engenharia Agríco la naUnicamp, ele vê sua vida se transfor mar numpesadelo em ques tão de segundos. Du ranteum passeio com um grupo de amigos, Mar-celo, de farra, re solve dar um mergulho nolago. Meio metro de profundidade. Uma vér-tebra quebrada. O cor po não res ponde. Co-meça ali, naquele mer gulho, a his tó riade Feliz Ano Velho. A partir do acidente, Mar- celo vê sua vida mu dar radicalmente. Seusdias no hospital, as vi sitas que recebeu, ashistórias que viveu são relatadas sob umanova perspectiva: a de um jovem que semprefez tudo o que podia e queria, e que, agora,sentado em uma cadeira de rodas, vê-seimpotente dian te dos acontecimentos, de-pendendo da aju da de amigos e familiarespara reaprender a viver.

Autor > Marcelo Rubens PaivaEditora/Ano > Objetiva/2006Páginas > 272Preço> R$ 39,90

Culturadrops de

livros filmes

Estes títulos podem ser encontrados na Livraria Direta, na R. Mário Fongaro, 241,próxima ao Campus Vergueiro. Mais informações: (11) 2355-4743 ouwww.livrariadireta.com.br (*LEVANDO O JORNAL DA METODISTA,GANHE 10% DE DESCONTO NA COMPRA DOS LIVROS SUGERIDOS)

Um método perigoso O fascinante diretor David Cronenberg (Senho-res do Crime) revela um episódio pouco conhe-cido mas muito marcante na vida dos dois maisimportantes psicólogos de todos os tempos. Ojovem psicanalista Carl Jung (Michael Fassben-der) começa um tratamento inovador na histé-rica Sabina Spielrein (Keira Knigthley), sobinfluência de seu mestre e futuro colega, Sig-mund Freud (Viggo Mortensen). Disposto a pe-netrar mais a fundo nos mistérios da mentehumana, Jung verá algumas de suas ideias sechocarem com as teorias de Freud ao mesmotempo em que se entrega a um romance aluci-nante e perigoso com a bela Sabina.Direção > Tate TaylorAno/Origem > 2011/Estados Unidos

A Invenção de Hugo CabretA Invenção de Hugo Cabret conta a história de umórfão vivendo uma vida secreta nas paredes deuma estação de trem em Paris. Com a ajuda deuma garota excêntrica, ele busca a resposta paraum mistério que liga o pai que ele perdeu recen-temente, o mal humorado dono de uma loja debrinquedos que vive abaixo dele e uma fechaduraem forma de coração, aparentemente sem chave.Direção > Martin ScorseseAno/Origem > 2012/Estados Unidos

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Desde que Bart (Bob Hoskins) retirouDanny (Jet Li) das ruas, quando tinha apenas4 anos, sempre o tratou como um cão, tendotreinado-o para sempre atacar. Danny é hojeuma arma mortal, sendo capaz de partir paracima de qualquer pessoa após uma simplesordem, sem qualquer chance de vitória. Iso-lado do mundo, Danny não tem outra escolhasenão aceitar o destino escolhido por Bart. Atéque, por acaso, ele encontra Sam (MorganFreeman), um cego que ganha a vida como afi-nador de pianos. Sam e Victoria (Kerry Con-don), sua nora, fazem com que Dannydes cubra uma humanidade que jamais acred-itou que possuísse.

Culturadrops de

Palestra Teatro

Memória Musical Brasileira – O Ouroda Década de 30O Memorial da América Latina recebe ociclo de palestras “Memória MusicalBra sileira – O Ouro da Década de 30”.Até outubro, todo último sábado do mêsterá uma palestra sobre a vida e obra decinco nomes fundadores da música po-pu lar brasileira, como Lamartine Babo,Bra guinha, Mário Reis e Ary Barroso.As palestras serão conduzidas pela jor-na lista e pesquisadora Mônica Sou telo,que há seis anos realiza apre sentaçõesdesse gênero.

Local: Sala dos Espelhos do AuditórioSimón Bolívar – Memorial da AméricaLatina – Av. Auro Soares de Moura An-drade, 664, Metrô Barra Funda, SãoPaulo – Portão 13 (EstacionamentoPortão 15, pago).Programação:30 de junho - Lamartine Babo;25 de agosto - Braguinha (ou João deBarro); 29 de setembro - Mário Reis;27 de outubro - Ary Barroso (último sá-bado do mês).Duração: uma hora e meia

Taxa de inscrição: No valor de R$ 10,00 (vagas limitadas à capaci-dade da sala – 100 lugares). Será con-cedido desconto de 20% para inscrição

prévia no conjunto das cinco palestrasprogramadas para o Ciclo.Inscrições: de segunda à sexta, das10h às 18h horas; no sábado da pales-tra, das 14 às 15h30 (meia hora antesdo início do evento). Local das inscrições: Anexo dos Con-gressistas– CBEAL / Memorial da Amé-rica Latina / Entrada Portão 13.Mais informações:[email protected];Tel.: 11 3823-4780;www.memorial.org.br

A Família Addams“A Família Addams” apresenta uma história original, que é o pesadelo de todos os pais. Afilha mais nova se transformou em uma jovem mulher e, para piorar, se apaixonou por umdoce e inteligente jovem de uma família tradicional. Sim, Wandinha Addams, a última prin-cesa das trevas, tem um namorado “normal”, e para os pais, Gomez e Mortícia, esse é umacontecimento que irá virar de cabeça para baixo a casa dos Addams, quando eles são força-dos a organizar um jantar para o jovem e seus pais.Onde: Teatro Abril - Av. Brig. Luís Antônio, 411 – Bela Vista.Quando: quintas e sextas, às 21h; sábados às 17h e 21h; domingos, às 16h e 20h.Tel: 11 4003-5588Quanto: de R$ 70 a R$ 250

Um garoto levava uma vida normal atéque, quando tinha seis anos, estranhascoisas aconteceram, pois ele passou a ter di-versos problemas de ordem mental queforam diagnosticados como ALD, uma doen -ça extremamente rara que provoca uma in-cu rável degeneração no cérebro, levando opa ciente à morte em no máximo dois anos.Os pais do menino ficam frustrados com ofra casso dos médicos e a falta de medica-men to para uma doença desta natureza. As -sim, começam a estudar e a pesquisarso zinhos, na esperança de descobrir algo quepossa deter o avanço da doença.

“dicas dos alunos

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“Divulgação

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Aluno > João Vítor BarretoCurso > Ed. Física / 1º semestreFilme > Cão de Briga

Aluno > Aline BilacCurso > Nutrição/6º semestreFilme > O Óleo de Lorenzo

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jornal da Metodista JUN.JUL12jornalismo Científico

Criação e divulgação do saberDesde o surgimento das primeiras

uni versidades, dentro da definiçãomo derna, na Europa medieval, essasinstituições exercem o papel de criar edi vulgar o conhecimento. Elas forampensadas não apenas para formar pro-fissio nais, mas cidadãos que desen-vol ves sem estudos, os convertendoem uti lidades para a sociedade.As universidades carregam esta es-

sên cia até os dias de hoje. A Me to dis -ta, além de oferecer formação aca dê- mi ca, reúne estudantes e profissionais,que realizam pesquisas e desenvolvemtra balhos que, por sua vez, geram pu- bli cações.Um dos meios pelos quais a Institui-

ção divul ga o conhecimento gerado sãoas re vistas científicas. Elas são compos-tas por artigos e trabalhos e disponibi-li za das ao público. Recentemente, al-gu mas das publicações tiveram suasclassi ficações elevadas pela avaliação daCoordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (CAPES), aQualis.

Conheça as revistas científicas daMetodista, que tiveram novas classifi-cações:

Revista da Faculdade de Adminis-tração e Economia (ReFAE). Contacom artigos produzidos por alunos,professores e interessados na área deAdministração, que enviam conteúdopara o veículo. A missão é promover aprodução, difundir o conhecimentovoltado à área de administração eafins, bem como oferecer contribuiçãocientífica ao desenvolvimento da ges- tão competente das organizações. Estafoi a primeira avaliação e obteve clas-sificação B4. www.metodista.br/revistas/revistas-

ims/index.php/ReFAE/index.

Revista Organizações em Contexto(ROC). Do Programa de Pós-gradua-ção em Administração, tem por mis-são servir às comunidades acadêmicae gerencial, na área de Administra-ção, Ciências Contábeis, Turismo eEconomia, como um veículo para ageração e disseminação de conheci-mento e orientação administrativa dasações em organizações. Obteve clas-sificação B4. www.metodista.br/revistas/revistas-

metodista/index.php/OC/index.

Educação & Linguagem Do Pro-grama de Pós-graduação em Educa-ção, consolida-se como periódico se-mestral, comprometido com a pes- quisa acadêmica e contribuindo para adivulgação de trabalhos relacionadosàs políticas e práticas sociais da Edu-cação em suas múltiplas linguagens.Passou da classificação B3 para B2. www.metodista.br/revistas/revistas-

ims/index.php/EL.

Caminhando Da Faculdade de Teo-logia, é um espaço para o encontro eo diálogo entre Igreja, Universidade eSociedade. A revista promove a con-

versa transdisciplinar das diversasáreas da teologia (Bíblia, Teologia eHistória, Pastoral) e das ciências hu-manas e sociais para oferecer aos/àsdiscentes do curso de teologia exem-plos para uma colaboração e um in-tercâmbio construtivo, autocrítico eprofético entre igrejas, universidades ea sociedade. Sobre o foco da fé cristã,ela busca promover a compreensãoadequada de todos os aspectos e fe-nômenos da vida e expressões da hu-manidade, das suas diversas culturas,religiões e etnias, como parte de umsó ecossistema, em busca da sua sus-tentabilidade. Passou da classificaçãoB5 para B2. www.metodista.br/revistas/revistas-

metodista/index.php/CA.

Estudos de Religião. Do Programade Pós-graduação em Ciências da Re-ligião, tem por objetivo divulgar arti-gos científicos, relatos e resenhas so-bre o fenômeno religioso, contem-plando temas ligados a áreas interdis-ciplinares como: Ciências Sociais eReligião; Literatura e Religião noMundo Bíblico; Práxis Religiosa e So-ciedade; e Teologia e História. Passouda classificação B2 para a classificaçãoB1. www.metodista.br/revistas/revis-tas-ims/index.php/ER.Veja também as demais publicações

científicas da Universidade, no PortalMetodista de Periódicos Científicos eAcadêmicos: www.metodista.br/revis-tas/revistas-ims.*A avaliação Qualis é o conjunto de

procedimentos utilizados pela CAPESpara estratificação da qualidade daprodução intelectual dos programasde pós-graduação. Tal processo foiconcebido para atender as necessida-des específicas do sistema de avaliação

e é baseado nas informações forneci-das por meio do aplicativo Coleta deDados. Como resultado, disponibilizauma lista com a classificação dos veí-culos utilizados pelos programas depós-graduação para a divulgação dasua produção. Veja como funciona oprocesso de avaliação em www.ca-pes.gov.br/avaliacao/qualis.

Marcello Ferreira

OCORGANIZAÇÕES EM

CONTEXTO

Primeiras universidadesEm 387 a.C. foi fundada pelo filósofogrego Platão, a Academia, que podeser entendida, em uma definição maisabrangente, como a primeira univer-sidade do mundo. Era ensinado fi lo- so fia, matemática e ginástica. Nãocons tituía, de fato, uma universidade,pois os pensadores repassavam o co- nhe cimento e não debatiam.A universidade, de fato, mais antigado mundo é o mosteiro e Universidadede Karueein, Marrocos, fundada em859 d.C., ainda em funcionamento.Mas a primeira universidade do mun -do, em termos modernos, nos padrõese formatos mais próximos das atuaisé a Universidade de Bolonha, Itália,fun dada em 1088. Pouco tempo depoisfoi fundada a Universidade de Pa ris,França, e a partir das duas ins tituiçõessurgiram outras pela Euro pa e a ex-pansão continuou pelo mun do.No Brasil, a primeira instituição deensino superior foi a Escola de Cirur-gia da Bahia, fundada em 1808. Emseguida, foram criadas as Faculdadesde Direito de São Paulo e de Olinda,ambas em 1827. A instituição maisantiga com o status de universidadeé a Universidade de Manaus, de 1909,hoje, Universidade Federal do Amazo-nas.

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Mais Cidadania o lugar das práticas cidadãs e sustentáveis da Metodista

Sustentabilidade é um assunto quees tá na pauta do dia. Está em cons- tantes debates em empresas e ins titui-ções educacionais, sempre voltados àconscientização e alternativas pa ra odesenvolvimento social e eco nô mico,de modo que o meio ambiente sejarespeitado.Mas não é porque o assunto está

inserido em praticamente todos oscontex tos sociais atuais, que ele éuma novidade. Em 1992 aconteciano Rio de Janeiro a Rio 92, tambémco nhe cida como Eco 92, a Conferên-cia das Na ções Unidas sobre MeioAmbiente e Desenvolvimento. Vinteanos depo is, ao ser constatado que acomuni da de mundial não conseguiucumprir to talmente as promessas fei-tas na década de 90, a conferência

retorna em um evento que acontecede 13 a 22 de junho, a Rio+20.A Rio+20 é um evento oficial da

ONU. Mas, debatendo outros pontosde vista, de uma forma prática e en-vol ven do a população, ocorrerá para-lelamen te à conferência oficial umareunião social denominada “Cúpulados Po vos” e é lá que também estaráo pro fessor do curso de GestãoAmbien tal da Metodista, Carlos Hen-rique Andra de de Oliveira.“A cúpula é a discussão de uma

gran de congregação de pessoas e es-for ços, propondo soluções ambien-tais pa ra o planeta”, explica o profes-sor Car los Henrique. Ele também dizque “as propostas são encaminhadaspara os governos, para mobilizaçãoda socie dade, com relação ao con-

sumo cons ciente e busca do uso demateriais alternativos”.As propostas que serão apresentadas

pelo professor, por parte da Metodista,consistem em gerenciamento de resí-duos sólidos e utilização de energiasrenováveis. “São propostas que têm apreocupação em atender a sociedadeno sentido de melhorias econômicas,sociais e ambientais”, diz.A “Cúpula dos Povos” está promo-

ven do esta ação por considerar que,nas duas décadas desde a Rio 92, fal-ta ram ações para superar a injustiçaso cial ambiental e que a pauta previs -ta para a nova conferência é insatisfa- tó ria. Assim, segundo o comitê orga-ni zador da cúpula, pretendem trans-for mar o momento da Rio+20 emuma oportunidade para tratar dos gra-

ves pro blemas enfrentados pela hu-ma ni dade e demonstrar a força polí-tica dos po vos organizados.

Saiba mais em www.rio20.gov.br eem www.cupuladospovos.org.br.

Campanha da Carta da TerraNa ocasião da Rio+20, a Iniciativa

da Carta da Terra divulgará sua men-sagem para contribuir com a confe-rência com sua visão, no direciona-mento de soluções seguindo os prin-cípios de integridade ecológica, justiçasocial e econômica, democracia, nãoviolência e paz.Ficou a cargo da Agência Integrada

de Comunicação (AGiCOM) da Me- to dista produzir a campanha, queainda será lançada. “Criamos a iden-tidade visual e produzimos três ver-sões de um filme, que fala sobre aatuação da Carta da Terra”, antecipaum pouco da novidade um dos coor-denadores da AGiCOM, professorMárcio Kowaslki.

Saiba mais sobre a Carta da Terraem www.cartadaterrabrasil.org.

Marcello Ferreira

Vinte anos debatendo sustentabilidade

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jornal da Metodista JUN.JUL14

Mercado como se posicionar profissionalmente

A fase de dinâmica de grupo costu -ma ser um momento tenso para oscan didatos durante os processos dese leção. Há quem prefira passar poruma entrevista individual a ser avalia -do com outros concorrentes. Afinal, écomum o recrutador parar ao lado,obs ervar as discussões atentamente efa zer inúmeras anotações. Mas o queele avalia? Como se portar em uma si- tua ção dessas? Como agir em relaçãoaos outros concorrentes? O que o se-le cionador considera?O Jornal da Metodista conversou

com o coordenador do curso de Ges tãode Recursos Humanos, professor Ra faelChiuzi, para esclarecer as princi pais dú-vidas que surgem sobre este as sunto.Jornal da Metodista: Existe alguma

maneira de se preparar para esta eta -pa de um processo de seleção?Rafael Chiuzi: A etapa de dinâmica

de grupo vai depender muito das com-pe tências que vão ser avaliadas. De-penden do do tipo de cargo que a pessoaesti ver se candidatando, algumas com-pe tências serão essenciais, como traba-lho em equipe e boa fluência verbal.Fora isso, não há mui to a fazer. A pes-soa tem que ser mais autêntica paranão ficar parecendo algo muito super-ficial e estranho.JM: Uma vez que o candidato já

está na dinâmica, como ele deve agir?RC:O que vai valer na hora é muito

bom senso. Mas o candidato não podees quecer que está num ambiente emque está sendo avaliado desde a horaem que chega no lugar na dinâmicaaté a hora que vai embora. Provavel-mente nenhum selecionador ou faci li -tador da dinâmica de grupo gosta da- quela pessoa que, por exemplo, sejamal-educada com outros integrantes

ou com ele mesmo. É preciso tomarcui dado com o vocabulário para nãoser muito informal, não cometer errosde português e de concordância, inde -pen dente da vaga para a qual esteja secandidatando.JM: E em relação aos outros candi da-

tos? Como a pessoa deve se portar?RC: Não se pode esquecer de que

são pessoas que estão ali disputando avaga e que não é uma disputa pessoal.Mui tos candidatos forçam um pouco asituação, confundem quantidade comquali dade. A todo o momento queremle vantar a mão para falar alguma coisa,fazer um comentário, uma pergun ta.JM: O que geralmente é levado em

conta durante uma dinâmica?RC: Isso vai depender muito da es-

pecificação do cargo. É comum o se-lecionador parar para observar a di-nâmica acontecendo. Mas isso não sig-

nifica que só na hora que o seleciona-dor estiver olhando é que a pessoaprecisa se destacar. Ao contrário, oconselho que dou é que a pessoa con-tinue fazendo a dinâmica da maneiracomo estava, independentemente deser observada ou não.

JM: Há algum cuidado específicoque o candidato deva tomar?RC: Se o sujeito é extrovertido ele

deve se portar com cautela. Se é muitoreservado, tem que entender que sefor completamente reservado, não vaimostrar algumas competências que oselecionador quer avaliar. Dependemuito do momento. Mas essas dicasbásicas servem para qualquer dinâ-mica de grupo.

Gabriela Rodrigues

Profissão novidades dos cursos

Chegou a hora do trabalho, da aula,ou de uma palestra. Entrando emuma sa la, pessoas olham você e a -guar dam pa ra ouvir o que tem a di zer.E ago ra?Em uma carreira acadêmica ou pro-

fis sional, temos conhecimento de umas sunto, ou área e experiência prá-tica. Por mais tempo que exerçamosuma ati vidade, sempre chega o mo-mento em que temos que falar paraalgum pú blico, que pode variar entreuma tur ma da faculdade, equipe detraba lho, reunião, banca de TCC, atégran des plateias.Nessa hora é que muitas vezes

aconte ce todo um estresse e pânicoem algu mas pessoas, que até chegama procurar uma forma de escapar des-sas situações. Talvez por timidez,

ocorre um “travamento” na gargantae nada funciona para des travar. Masnão dá para fugir de tudo, além disso,a comunicação é ne ces sá ria no exer-cício diário, como nos casos ci tadosacima. Mas e aí, tem algo que faz aoratória funcionar?“Na comunicação oral, a aplicabi-li-

dade é o que realmente funciona”, diza professora Renata de Souza Aranha,responsável pelo curso “Co mo falar empúblico – Técnicas de apresenta ção”,uma das opções disponíveis dos Cur sosde Curta Duração da Me to dis ta.O curso busca au xiliar a realização

de apresentações em público e capa-citar e qualificar por meio de conhe-cimentos teóricos e prá ti cos, paraatuar com a oratória em di versas si-tuações.

“Os alunos aprendem técnicas deapresentação e em seguida partempara a prática, que é a maior parte docur so, incluindo a utilização do im-pro viso”, explica a professora Renata.Mas se engana quem pensa que ape-

nas os tímidos procuram pelas aulas.“O público é variado. Há tanto pro-fissio nais, como acadêmicos, que bus-cam aprimorar a fala para seguir comseus trabalhos, que já consistem emfa lar em público”, conta.Para saber mais sobre o curso

“Co mo falar em público – técnicasde A pre s entação”, bem como outrosque são oferecidos, confira o site:www.metodista.br/curta-duracao.

Marcello Ferreira

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jornal da Metodista JUN.JUL 15

Debate

Vai liberar a cópia?

Todo começo de ano ou semestrele tivo é comum nos primeiros dias deau la ter a apresentação das disciplinas,mó dulos, com as programações e con-teú dos. Como não pode deixar de ser,tam bém é apresentada uma relação debi bliografias indicadas para o períododo curso. Nesse momento, a cenamais comum é a que o estudante olhepa ra os títulos de livros e já programea lista do famoso xerox, e muitas ve-zes fica aquela questão: será que tempro blema?Atualmente, é permitido fazer cópias

de apenas parte das obras. Mas umamudança na lei dos direitos auto rais(Lei nº 9.610/98), em análise na Ca saCivil, pode reverter a situação. O an te-projeto de lei, construído pe lo Minis té-rio da Cultura (MinC), se for apro vadono Congresso, liberará a cópia integralde livros para uso não co mercial. Se-gundo as consultas públicas do minis-tério, a maior queixa das pessoas é opreço alto das obras literá ri as.O que traz facilidade para muitos,

cau sa certa preocupação a outros, co moas editoras, por exemplo. A Associa çãoBrasileira de Direitos Reprográ fi cos(ABDR) alerta, por meio de seu re pre-sentante Dalizio Barros, para a pos sibi-lidade de a situação sair de con trole,com relação aos lucros com có pias de li-vros, já que eles não serão compradospor quem fizer as fotocópias.

A entidade defende que não podeha ver fins lucrativos com tal liberaçãoe que as cópias não devem ser feitasem lojas copiadoras, mas por contapró pria do indivíduo e o uso deve serape nas pessoal. Segundo a ABDR, o fa -to de estabelecimentos lucrarem coma reprodução de obras é onde estaria ain fração da atual lei.Com relação à lei, o advogado, que

atu a na área de Direito Privado e éprofes sor do curso de Direito da Me-todis ta, Eduardo Augusto Pires, lem-bra que “a alteração, se aprovada, viráem lei que substitua a atual, circuns-tância que poderá relativizar eventualquebra do sistema constitucional. Aquestão envolve interpretação, e porisso torna o debate tão acalorado.”No sentido do que defende a ABDR,

ele afirma que “nessa hipótese, seriain justo que alguém que se dedicou àcria ção da obra em nada se beneficiedo ponto de vista econômico, enquan -to um outro qualquer tenha ganhosem razão dela, sem que em nada tenhacontribuído. De todo modo, não pa-re ce-me ser o caso do sujeito que terága nhos com a reprografia, até porque,pa ra desempenhar suas atividades, de-pen derá de investimentos em maqui-ná rio, instalações, mão de obra e ou-tros fatores de produção, cujo paga-men to dependerá essencialmente dasre ceitas de seu negócio.”

O professor também destaca que “oavanço tecnológico mudou radical-mente o modo pelo qual interagimoscom as obras autorais, sejam elas lite-rá rias, musicais, fotográficas. Hoje emdia, as pessoas tendem a primeiro pro-cu rar os conteúdos pela internet.Com prar livros, além de ser um hábitocul tural, decorre da necessidade emter acesso a um conteúdo. E há umaver dade incontestável, existem mi-lhões de páginas com conteúdos bonse ruins, o problema é o discernimentodo estudante para avaliar a qualidadede les. Por tudo isso, não acredito quea liberação de cópias reprográficas teráim pacto significativo na venda de li-vros, principalmente os didáticos.” O comerciante Laerte Cândido da

Silva é proprietário de um estabeleci-mento que reproduz cópias de mate-riais. Para ele, “não terá muita mu-dan ça neste tipo de mercado. Antes dedis cutirem a lei, as pessoas já tiravamcó pia de livros e isso não vai fazercom que elas tirem mais xerox. Então,não vai mudar em nada em relação aonosso ganho”. Ele também ressalta que “as copia-

doras não têm a reprodução de livrosco mo atividade principal e especializa -da, há outros tipos de serviço que fa-ze mos”, disse.A coordenadora da Biblioteca da

Universidade, Tânia Regina Porto, diz

que “o movimento nas bibliotecastam bém não deve mudar, pois a procu -ra por obras independe do aluno po dertirar cópia ou não. A biblioteca é fontede pesquisa”. Ela também acredi t a que“quando um livro é ferramenta deconstante consulta, como pa ra profis-sionais da Saúde ou do Direi to, eles ad-quirem o exemplar. As pessoas recor-rem a cópias quando o título é uma bi-bliografia complementar”.Quem confirma o fato é o estudante

do curso de Sistemas de Informação,Eduardo Soares Costa Junior. Ele con -ta que o motivo principal para fazercó pias é o custo dos exemplares origi -nais. “Não queria pagar caro em um li-vro, principalmente os que eu sabiaque, passado o semestre, não usariamais ou usaria esporadicamente.”Eduardo também diz que, em seu

grupo de amigos na faculdade, “mui-tos compram livros usados em sebosou baixam pela internet, como opçãode economia”.Mas o estudante reforça o que disse

a coordenadora da biblioteca. “Livrossão universos contidos em páginas.Mesmo que se possa fazer cópias éimportante ter exemplares para con-sultas, se qualificar mais, atualizar, en-tre outros.”

Marcello Ferreira

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