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NCST/Paraná realiza Plenária Estadual em Foz do Iguaçu NCST/Paraná saúda os Servidores Públicos 25/11: Dia de Combate à Violência Contra a Mulher Ed. 5 - novembro de 2011 Nova Central terá 53 delegados na 1.ª Conferência Estadual do Emprego e Trabalho Decente

Jornal da NCST/Paraná - #5

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Ed. 5 do jornal da NCST/Paraná

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Page 1: Jornal da NCST/Paraná - #5

NCST/Paraná realiza Plenária Estadual em Foz do Iguaçu

NCST/Paraná saúda os Servidores Públicos 25/11: Dia de Combate à Violência Contra a Mulher

Ed. 5 - novembro de 2011

Nova Central terá 53 delegados na 1.ª Conferência Estadual do Emprego e Trabalho Decente

Page 2: Jornal da NCST/Paraná - #5

PALAVRA DO PRESIDENTE

EXPEDIENTE

Tem momentos em que a gente para e olha com atenção o trabalho que

vem construindo e vê com alegria e satisfação que as coisas caminham para

o caminho certo. Nossa plenária foi um sinal disso. Mais de 150 dirigentes de

todo o estado reunidos, trocando experiência e debatendo os rumos da nossa

entidade. Essa disposição toda é uma demonstração de que não somos uma

central de uma pessoa ou de um grupo fechado, mas que é construída na base,

cotidianamente, por companheiras e companheiros de todo o estado.

Não é por acaso que hoje temos a necessidade de criar secretarias para o fun-

cionalismo público, metalúrgicos, trabalhadores e setor de alimentação. É mais

uma prova de que nosso trabalho está se ampliando e é para marcar isso que

dedicamos um texto desta edição em especial para os funcionários do serviço

público, falando de sua importância e convidando-os a somarem nessa luta.

Uma importante caminhada que traçamos foi a participação nas Conferên-

cias Macrorregionais do Trabalho Decente. Novamente em todo o estado nos-

sos sindicatos marcaram presença e alcançamos uma delegação imponente:

seremos 30% dos delegados representantes de trabalhadores na Conferência

Estadual. Relatamos aqui também a audiência organizada pelo FST e CFT na

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná para marcar a defesa da CLT.

E como a tarefa de uma central é abranger todas as lutas dos trabalhadores,

lembramos aqui duas datas que não podem passar batidas: o Dia da Consci-

ência Negra e o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.

Apesar de parecerem questões específicas, para nós são temas que devem estar

na agenda de todo trabalhador e sindicalista. Seguimos com desafios, como a

luta para a consolidação do mínimo regional, mas com segurança de saber que

não estamos sozinhos nestas batalhas.

28 e 29/11Denilson Pestana toma posse como representante da NCST

nacional na Comissão Tripartite Paritária e Permanente (CTPP)

Brasília

30/11Seminário Nacional de Organização da NCST

Representante do PR: Alcir Ganassini

Brasília

01/12Reunião da Direção Nacional

da NCSTBrasília

02/12Plenária do Conselho

Deliberativo da NCST nacionalBrasília

05/122ª rodada de negociação do

piso mínimo regional Curitiba

5 a 9/12Encerramento do Curso de

Formaçãode Dirigentes Sindicais

RodoviáriosMonte Sião, BR 277 Km 147

08/12Reunião da diretoria da

FetraconsparCuritiba

12 e 13/12Reunião da Contricom

Brasília

AGENDA

Denilson Pestana da Costa é presidente da NCST/Paraná

Jornal da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Estado do ParanáPraça General Osório, n.º 45, Sala 806/807 Curitiba - Paraná (41) 3022-2410 [email protected] | www.ncstpr.org.brTiragem: 3 mil exemplares

Redação, projeto gráfico e diagramação:Banquinho PublicaçõesRua Fernandes de Barros, n.º 55Curitiba - Paranábanquinho@banquinhopublicacoes.com.brwww.banquinhopublicacoes.com.br

Colaboração Márcio Andrade.

ESTAMOS DE OLHODepois de três meses de enrolação da patronal, finalmente acon-

teceu a primeira reunião de negociação de uma política perma-

nente para o piso mínimo regional do Paraná, no último dia 16/11.

A Nova Central foi indicada pelas outras centrais para representar

os trabalhadores e vai estar alerta para não permitir que o mínimo

regional vá para a geladeira.

Page 3: Jornal da NCST/Paraná - #5

JORNAL DA NCST/PARANÁ 3

NCST/Paraná terá 53 delegados na 1.ª Conferência Estadual do Trabalho Decente

Seis conferências macrorregionais

sobre o Trabalho Decente foram re-

alizadas em outubro e novembro em

Pato Branco, Cascavel, Maringá, Lon-

drina, Matinhos e Ponta Grossa, reu-

nindo mais de 2 mil pessoas em deba-

tes sobre as relações de trabalho e os

pontos que necessitam ser debatidos

para se avançar na consolidação do

Trabalho Decente no estado.

Nas Conferências Macrorregionais

580 delegados representantes de ins-

tituições governamentais, entidades

representantes de trabalhadores e

empregadores, assim como de ou-

tras organizações da sociedade civil,

legalmente constituídas, interessadas

e comprometidas com o tema foram

eleitos para I Conferência Paranaense

do Emprego e Trabalho Decente. Des-

te total, 30% (174) são da bancada dos

trabalhadores, sendo que desta ban-

cada 30% (53) são de representantes

da NCST/Paraná.

De todos estes 580 delegados, 50

representarão o Paraná na Conferên-

cia Nacional do Trabalho Decente,

programada para maio de 2012.

AvaliaçãoA realização das conferências ma-

crorregionais foi um grande avanço

para o Paraná, pois dá sustentação

para a organização da Conferência

Estadual, permitindo a construção de

uma política de proteção, com o ob-

jetivo de garantir que os direitos dos

trabalhadores não sejam violados.

Os debates em nível regional pos-

sibilitaram avanços, de forma abran-

gente, nas questões que envolvem o

combate à informalidade, ao trabalho

escravo, à exploração sexual de crian-

ças e adolescentes e à pobreza extre-

ma, que ainda penaliza a população.

As centrais sindicais se reuniram

na sede da NCST/Paraná após a rea-

lização de todas as conferências re-

gionais para avaliar a participação da

bancada trabalhista e as propostas

eleitas nestes encontros e que serão

debatidas na conferência estadual.

Representantes das centrais se reunem na sede da Nova Central para avaliar conferências regionais

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4 JORNAL DA NCST/PARANÁ

NCST/Paraná realiza Plenária Estadual em Foz do Iguaçu

Ocorreu nos dias 17 e 18 de outubro em Foz do Igua-

çu, a Plenária Estadual da Nova Central Sindical de Traba-

lhadores do Estado do Paraná (NCST/Paraná). O evento

realizado no Hotel Carimã contou com a presença de

mais de 150 dirigentes sindicais em todo o estado.

O cientista político e diretor de documentação do

Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar

(Diap), Antônio Augusto de Queiroz, fez uma análise

do governo Dilma Roussef, do Congresso Nacional e da

Agenda Trabalhista das Centrais Sindicais. Ele traçou um

panorama da conjuntura política e econômica fazendo

um paralelo com a agenda das centrais, que têm como

objetivo principal a redução da jornada de trabalho de

44 para 40 horas semanais; o investimento de 10% do PIB

em educação; a valorização do salário mínimo e a regula-

mentação da terceirização.

O Dr. Sandro Lunard Nicoladeli, advogado trabalhista,

ministrou palestra sobre a Agenda do Emprego e Traba-

lho Decente. Apesar de possuir legislação sobre o tema,

o Paraná ainda possuí problemas no campo trabalhista,

como argumenta o presidente da Nova Central, Denílson

Pestana da Costa: “não podemos permitir que um dos

estados mais ricos da federação tenha trabalho infantil e

trabalhadores em regime análogo à escravidão”.

PAUTA E NOVAS SECRETARIASA pauta da plenária foi a discussão e aprovação do re-

latório de atividades praticadas pelo presidente e direto-

ria da Nova Central e da prestação de contas da entidade,

referentes ao exercício de 2012. Para o debate das contas,

que foram aprovadas por unanimidade, houve apresen-

tação de balancetes e do parecer do Conselho Fiscal.

Outro momento importante foi a instituição, eleição

e posse dos membros das Secretárias Estaduais do Plano

dos Servidores Públicos, da Alimentação, Agricultura e

dos Metalúrgicos. Para a Secretaria Estadual dos Traba-

lhadores Metalúrgicos foi nomeado Carlesso, do Sindi-

movec (Campo Largo). Há 13 anos o sindicalista batalha

na busca de melhores condições aos trabalhadores da

base e pela liberação do registro sindical.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos

Municipais de Campo Largo, Juliano Castagnoli, foi no-

meado secretário adjunto na Secretaria Estadual de Ser-

vidores Públicos. Para ele a NCST/Paraná deu um passo

importante de aproximação com este setor no apoio

dado à greve dos guardas municipais de Campo Largo.

(Leia mais sobre atuação no serviço público na página 4).

Jairo Tavares, integrante do Sindicato dos Trabalha-

dores Rurais de Maringá, passa a ser o responsável pela

Secretaria Estadual dos Trabalhadores Rurais da NCST/

Paraná. Tavares explica que com a modernização da agri-

cultura, também mudaram as relações de trabalho, o que

gera uma necessidade de atualização por parte do sin-

dicalismo “os estatutos dos sindicatos de trabalhadores

rurais foram feitos por trabalhadores de 50 anos atrás,

mas hoje você tem operadores de trator, colheitadeira,

máquinas que custam centenas de milhares de reais. A

responsabilidade é muito maior”.

Foi ainda nomeado como Secretário Estadual dos Tra-

balhadores na Alimentação da NCST/Paraná o represen-

tante do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da

Alimentação de Paranaguá (Stia), Sergio Aparecido Mari-

nho, que agradeceu a confiança depositada e assumiu o

compromisso de mobilizar toda a categoria para a soma

de companheiros nessa luta.

A plenária, que reafirmou a luta pela aprovação dos

projetos de interesse dos trabalhadores constantes da

agenda trabalhista das centrais sindicais, contou ainda

com a ilustre presença do Presidente da Nova Central

Nacional, José Calixto Ramos, que fez um balanço geral

sobre o plano de ação da NCST e falou também sobre a

crise econômica mundial e os impactos desta nas nego-

ciações salariais.

Acima: Denilson apresenta as novas secretarias da Nova Central; na direita: 150 dirigentes participaram da plenária.

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Carta de Foz do Iguaçu, 18 de outubro de 2011

A NCST/PR (Nova Central Sindi-

cal de Trabalhadores do Paraná), em

Plenária Estadual realizada na cidade

de Foz do Iguaçu-PR, nos dias 17 e 18

de outubro de 2011, com o objetivo

de realizar um balanço de suas ações

a nível Estadual e Nacional e reafir-

mar compromissos, traçar um pla-

no de ação com base na conjuntura,

que norteiem as ações das entidades

filiadas e dos dirigentes sindicais vin-

culados a Central, que nasceu pela

vontade dos trabalhadores com inde-

pendência política e comprometida

com a defesa da unicidade sindical,

representação por categoria, inclu-

sive diferenciada e dos direitos e rei-

vindicações da classe trabalhadora

brasileira, como forma de incremen-

tar o desenvolvimento e fazer justiça

social, ratificando os pontos funda-

mentais de seus princípios.

Ano passado a NCST-PR teve um

papel determinante para que o governo

Beto Richa não retrocedesse na institui-

ção no piso mínimo regional, com atu-

ação firme, garantiu aos trabalhadores

do Estado a manutenção do maior piso

regional do Brasil, mantendo a diferen-

ça do salário mínimo nacional em 30%.

Neste ano recebeu a tarefa das demais

Centrais Sindicais do Estado de repre-

sentar os trabalhadores nas negocia-

ções da política de valorização do piso

mínimo regional. Diante disso, a NCST-

-PR, exigirá do Governo e dos Patrões,

que os avanços conquistados até o pre-

sente momento sejam mantidos, e que

seja estabelecida uma política perma-

nente de reajustamento do piso míni-

mo regional, com base na reposição da

inflação de acordo com o INPC e com

aumento real baseado no PIB Estadual.

A plenária reafirmou a luta pela

aprovação de projetos de interes-

ses dos trabalhadores constantes da

agenda trabalhista das centrais sindi-

cais, e realizará campanha junto aos

Deputados Federais e Senadores do

Paraná pela redução da jornada de

trabalho - sem redução de salários -

de 44 para 40 horas semanais; pelo

fim do fator previdenciário; pela valo-

rização do trabalho; pela contribuição

compulsória em favor das entidades

sindicais brasileiras, regulamentação

da terceirização, regulamentação da

Convenção 151 da OIT, não aprova-

ção da PEC 369, mudança da política

econômica com a redução da taxa de

juros, fortalecimento da economia in-

terna, ratificação da convenção 158

da OIT – fim das demissões imotiva-

das, reforma agrária e valorização da

agricultura familiar, revogação de dis-

positivo da emenda 45 que estabelece

o comum acordo para o ajuizamento

de dissídio coletivo. Ratificou a ne-

cessidade de participação ativa dos

líderes sindicais na Conferência do

Emprego e do Trabalho Decente.

A Nova Central, autônoma e in-

dependente em relação a partidos e

governos, terá um papel estratégico

nas eleições de 2012, incentivando

os dirigentes sindicais e militantes a

se engajarem como candidatos nas

eleições para prefeito, vice-prefeito

e vereadores. Realizará no inicio de

2012, Seminário com o tema A Nova

Central Sindical de Trabalhadores do

Paraná e as Eleições 2012, elaborando

uma plataforma a ser defendida pelos

candidatos nas eleições vindouras.

Investirá ainda na formação política

dos seus dirigentes, visando maior in-

teração e participação dos dirigentes

sindicais na política partidária.

No plano interno da Nova Central-

-PR, a perspectiva de crescimento da en-

tidade continua elevada. A criação das

secretarias estaduais dos trabalhadores

metalúrgicos, na alimentação, rurais e

dos serviços públicos e o estabelecimen-

to de políticas para estas categorias, sig-

nificam um novo marco na atuação da

central para os próximos anos.

Por fim, a Plenária resolve indicar

os seguintes pontos de atuação para a

Nova Central Sindical no âmbito esta-

dual e nacional: Investindo na política

de comunicação com a modernização

do site na internet; investindo na con-

tratação de profissionais de imprensa,

assessoria econômica e jurídica (in-

clusive realizando encontro de asses-

soria jurídica das entidades filiadas), a

fim de dar mais visibilidade as bandei-

ras de luta da NCST, realizando reuni-

ões periódicas com os seus dirigentes

nacionais e os presidentes das NCST

Estaduais. Estabelecer uma ação estra-

tégica com planejamento de ativida-

des para consolidação da política de

gênero no âmbito da central. Indicar

como prioridade para a Nova Central

a intervenção no âmbito do Merco-

sul, com a necessária filiação na Co-

ordenadoria das Centrais Sindicais do

Cone Sul, visando qualificar e interna-

cionalizar sua ação sindical. Incorpo-

rar a agenda do trabalho decente para

o enfrentamento das desigualdades

sociais e econômicas, qualificando a

intervenção e a luta sindical dos tra-

balhadores. Retomar a pressão junto

ao Congresso Nacional com o objetivo

de aprovar a PEC 248 que trata da con-

tribuição negocial, impedir a aprovação

pelo Congresso Nacional dos seguin-

tes Projetos de Lei: PL 4.330/2004, que

regulamenta a terceirização, precariza

direitos e desobriga o contratante de

responsabilidade solidária; PL 948/2011

que tem por finalidade impedir que o

empregado demitido possa reclamar

na justiça do trabalho qualquer direi-

to trabalhista que não tenha sido ex-

pressamente da rescisão contratual; PL

951/2011, que cria o simples trabalhis-

ta para as pequenas e micro empresas,

com redução de direitos trabalhistas

dos empregados desses estabeleci-

mentos; PL 1.463/2011, que cria o có-

digo de trabalho com prevalência do

negociado sobre o legislado; PEC 369,

que trata da reforma sindical, por fim,

radicalizar na defesa da estabilidade

dos dirigentes sindicais.

Foz do Iguaçu, 18 de outubro de 2011.

Diretores e delegados presentes à Plenária da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Estado do Paraná

JORNAL DA NCST/PARANÁ 5

A NCST/PR, autônoma e independente em relação a partidos e governos, incentivará os dirigentes sindicais e militantes a serem candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores. Realizará no início de 2012, um seminário com o tema "A Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná e as Eleições 2012".

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6 JORNAL DA NCST/PARANÁ

NCST/Paraná saúda os Servidores Públicos

Denilson Pestana e Juliano Castagnoli participam de audiência em defesa da regulamentação da Convenção 151 da OIT, em Brasília.

No dia 28 de outubro comemorou-se o Dia do Ser-

vidor Público — trabalhador essencial para o funcio-

namento dos serviços mais necessários para o povo

brasileiro. A Nova Central, desde a sua fundação, se

preocupa em lutar pela valorização do funcionalismo

público, seja ele federal, estadual ou municipal. Prova

disso é que entre os principais pilares que compõem

a NCST desde sua fundação, está a Confederação Na-

cional dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), enti-

dade sindical de terceiro grau que tem encabeçado as

principais discussões em defesa destes trabalhadores

no Congresso Nacional.

Muitos sindicatos de servidores públicos não estão

filiados a nenhuma central sindical por não concorda-

rem com a incoerência como algumas tem se porta-

do. A Nova Central tem como uma de suas premissas

principais não ter vínculo partidário, o que garante

idoneidade para apoiar abertamente os trabalhadores,

independente de qual partido esteja no poder.

Secretaria Estadual dos Servidores PúblicosDurante a realização da Plenária Estadual da

NCST/Paraná deste ano foi criada a Secretaria Es-

tadual dos Servidores Públicos, que tem à frente os

companheiros William José da Silva Costa (Secretá-

rio) e Juliano Castagnoli (Secretário Adjunto). Ape-

nas uma semana depois da criação da pasta, o novo

secretário adjunto já esteve em Brasília para acompa-

nhar a audiência pública sobre a regulamentação da

Convenção 151 da OIT.

Dinamismo e luta incondicional pelo avanço dos

trabalhadores tem sido a marca da Nova Central no

Paraná. Com os Servidores Públicos não será diferen-

te. Neste dia tão especial, saudamos todos os servi-

dores e conclamamos todos os sindicatos que os re-

presentam a conhecer o trabalho da NCST/Paraná.

Estamos de portas abertas e prontos a dar toda a as-

sistência necessária para a luta por melhores salários

e condições de trabalho desta categoria.

CRIAÇÃO DA SECRETARIA ESTADUAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA NOVA CENTRAL REITERA COMPROMISSO DA ENTIDADE COM A LUTA DO FUNCIONALISMO PÚBLICO

Page 7: Jornal da NCST/Paraná - #5

JORNAL DA NCST/PARANÁ 7

O dia 20 de novembro foi escolhido para ser o Dia da Consci-

ência Negra por que nesta data, há mais de 300 anos atrás, mor-

reu o líder negro Zumbi dos Palmares. Zumbi foi assassinado

por lutar contra a escravidão com a criação e manutenção do

Quilombo dos Palmares, comunidade em que os negros viviam

livres escondidos no interior da Bahia (hoje Alagoas).

Zumbi nos dá esperança e nos faz lembrar a importância

da luta do povo negro. Não basta que nossa Constituição Fe-

deral garanta direitos iguais para todos se por quatro séculos

existiu escravidão em nosso país. Pelos números do Censo do

IBGE negros e pardos ganham por mês em média metade (R$

834,00) do que ganham os brancos (R$ 1.538,00). Esta diferença

é inadmissível e é preciso acabar com ela para esta igualdade

ser verdadeira.

Para alterar esta estrutura, acreditamos que o acesso à edu-

cação cumpre um papel fundamental. Por isso a NCST/Paraná

na figura do diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indús-

trias da Construção e do Mobiliário de Londrina (Sintracom

Londrina), José Aparecido Martins, faz parte do Conselho Uni-

versitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde

recentemente contribuiu para a ampliação do sistema de cotas

da Universidade. A partir de agora 20% das vagas de todos os

cursos serão destinadas à população negra oriunda de escola

pública.

A escola também deve trabalhar para combater o preconceito

que, infelizmente, ainda existe na nossa sociedade. As iniciativas

que obrigam o ensino da história dos povos africanos são impor-

tantes para o reconhecimento deste grupo na história do Brasil.

Mas outro dado do Censo é motivo para comemorarmos:

pela primeira vez menos da metade da população brasileira se

auto-declarou branca. Não é que o país esteja "enegrecendo",

mas cada vez mais negros e pardos perdem a vergonha e pas-

sam a ter orgulho de sua cor.

A NCST/Paraná se orgulha da luta do negro contra a discri-

minaçãol e está ativamente em busca de igualdade de oportu-

nidades e de salários entre negros, brancos, pardos, amarelos e

qualquer outra etnia, contra qualquer tipo de preconceito.

Uma audiência pública em defesa da Con-

solidação das Leis Trabalhistas (CLT) ocorreu

em 31 de outubro no plenarinho da Assem-

bleia Legislativa do Paraná (Alep) a partir de

proposição do deputado Reni Pereira (PSB), 2º

secretário da casa. A mesa foi presidida pelo

coordenador do Fórum Sindical de Trabalha-

dores (FST) Nacional, Lourenço Prado, e é par-

te da Campanha Nacional em Defesa da CLT

lançada pelo fórum em agosto.

A NCST/PR foi a única central a apoiar e

estar presente no evento. Além do presidente

Denilson Pestana, compareceu o presidente

da Fetraconspar e vice-presidente nacional da

NCST, Geraldo Ranthum, em conjunto com

diversos outros dirigentes sindicais regionais e

nacionais. No encerramento o professor de Di-

reito da UFPR, Dr. Sandro Lunard, citou o histó-

rico da CLT e alertou "ou temos a CLT ou temos

a barbárie".

Passados 68 anos da vigência da CLT -o

diploma legal que garante a cidadania e a

dignidade do trabalhador brasileiro- não fal-

ta quem queira revogá-la. Os patrões usam o

argumento de que flexibilizando a legislação

trabalhista a economia vai gerar mais empre-

gos, o que é uma mentira, pois não é aten-

tando contra os direitos dos trabalhadores e

contra os seus rendimentos que seremos uma

nação forte.

As bandeiras de luta da campanha são:- pela rejeição do atual PL 1.463/2011, que

cria o Código de Trabalho e flexibiliza os di-

reitos trabalhistas;

- pelo fim das práticas antissindicais;

- pela redução da Jornada de Trabalho;

- pela regulamentação da Contribuição As-

sistencial - PL 6.708/2009;

- pela Manutenção da Contribuição Sindical

compulsória;

- pela estabilidade para os Dirigentes Sindicais

e Membros Eleitos da CIPA PL 6.706/2009;

- pelo Fim do Fator Previdenciário;

- pela Reforma Política e Tributária;

- pela Regulamentação da Lei de Greve e,

pela extinção do Interdito Proibitório;

- pela revogação do Inciso IX, § 2º, do Artº 114

da Constituição Federal (Comum Acordo);

- pela Segurança e Saúde do Trabalhador.

Dia da Consciência Negra: a luta pela igualdade e contra o racismo não pode parar

NCST/PR participa de audiência pública em defesa da CLT no Paraná

Page 8: Jornal da NCST/Paraná - #5

8 JORNAL DA NCST/PARANÁ

Em 25 de novembro de 1960 as ir-

mãs dominicanas Patria, Minerva de

Maria Mirabal –conhecidas como Las

Mariposas – foram brutalmente assassi-

nadas por fazerem oposição à ditadura

militar daquele país. Para marcar o sacri-

fício destas e de tantas outras mulheres

guerreiras a data foi instituída pela ONU

em 2009 como Dia Internacional da Eli-

minação da Violência Contra a Mulher.

Não é um momento de comemo-

rarmos, mas de nos perguntar: por que

precisamos falar da violência contra

a mulher em pleno século 21? É uma

pena, mas deve-

mos aproveitar

este momento

para ficarmos vi-

gilantes e atentos

ao que tem sido

feito para minimi-

zar a desigualdade

entre os sexos em

nosso país.

Um importante

avanço em 2006 foi a promulgação da

Lei Maria da Penha, que aumenta o rigor

na punição de agressões domésticas e

familiares. Para que tal lei não seja letra

morta, duas coisas são fundamentais:

ela ser propagandeada entre a popula-

ção e a criação de delegacias especializa-

das, juizados e instrumentos desse tipo.

Avançamos a passos lentos. São

84 novas Delegacias Especializadas de

Atendimento à Mulher (DEAM) desde

o início da Lei até agora, sendo 491 em

todo o Brasil e 13 no Paraná, segundo

dados da Secretaria de Políticas para as

Mulheres do Governo Federal (SPM).

Como este número é pequeno, muitos

casos acabam nas delegacias comuns e

é frequente que as agredidas sejam des-

qualificadas por juízes e policiais quan-

do vão dar queixa.

Além do aumento do número de

Delegacias da Mulher,

a Nova Central Sindical

de Trabalhadores defen-

de que elas funcionem

24 horas por dia, pois o

maior índice de violên-

cia doméstica ocorre de

noite ou de madrugada.

Isso porque o principal

lugar em que a violência

ocorre é dentro de casa,

por parte do próprio namorado, esposo

ou companheiro, como verificou o Se-

gundo Anuário das Mulheres Brasileiras

do Dieese. Por isso é importante que dia

e noite a delegacia ofereça todos os ser-

viços e não apenas registre queixa. Alem

disso é necessário unidades no interior

e nos bairros afastados das pequenas ci-

dades para garantir o acesso das mulhe-

res mesmo de madrugada.

Diante disso, também são neces-

sários outros equipamentos públicos

como as casas abrigo que podem aco-

lher as vítimas e seus filhos, porém só há

cinco no Paraná e 72 em todo o país.

A falta de ampliação destes serviços

nos preocupa, em especial se conside-

rarmos que a SPM teve uma redução de

orçamento de 51,5% considerando o que

foi gasto de janeiro até agora, comparado

com o mesmo período do ano passado.

Não podemos deixar

de citar um fato que,

mesmo que indireta-

mente, gera violência

contra a mulher — a di-

ferença entre os salários

de homens e mulheres. É

um absurdo pensar que

isso ainda exista, mas

está lá no Censo 2010

que o salário médio das

mulheres (R$ 983,00) corresponde a

apenas 70,6% do salário médio dos ho-

mens (R$ 1.392,00).

Além de ser uma violência indireta,

a diferença salarial reforça a dependên-

cia feminina em relação aos homens, o

que torna mais difícil que ela denuncie

um agressor caso necessário. A situação

é ainda mais triste se considerarmos que

as mulheres negras chegam a ganhar 40%

do que ganham os homens brancos.

Também temos que estar unidos na

luta contra o assédio moral, que não é

exclusividade feminina, mas que no caso

das mulheres é muitas vezes pior ainda

por coexistir com o assédio sexual. Esta

luta deve ser coletiva, de mulheres e ho-

mens em conjunto com os sindicatos

para não permitir estas atitudes em am-

biente de trabalho.

Não podemos tolerar um Brasil em

que cinco mulheres

são espancadas a

cada dois minutos

e dez mulheres são

mortas por dia,

como ocorre hoje.

Neste dia 25 todos

devemos reforçar

esta luta que é de

toda a sociedade.

Denilson Pestana da Costa, presi-dente da NCST/Paraná

Nádia Beatriz Graff, diretora para Assuntos da Mulher, do Idoso, da Ju-ventude, de Gênero e da Igualdade Racial da NCST/Paraná

25/11: Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher

‘‘MUITOS CASOS

ACABAM NAS DELEGACIAS

COMUNS E AGREDIDAS SÃO

DESQUALIFICADAS POR JUÍZES E

POLICIAIS ‘‘TEMOS QUE ESTAR

TODOS UNIDOS NA LUTA CONTRA O

ASSÉDIO MORAL, QUE PODE SER

PIOR POR COEXISTIR COM O

ASSÉDIO SEXUAL