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Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

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Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 1

Diretoria 2013/2014

Presidente Denise Steiner

Vice-presidente Gabriel Gontijo

Secretária-geral Leandra D’Orsi Metsavaht

Primeira secretária Flávia Addor

Segundo secretário Paulo R. Cunha

Tesoureira Leninha Valério do Nascimento

Jornal da SBDEsta é uma publicação da Sociedade Brasileira deDermatologia dirigida a seus associados e órgãos deimprensa.

Publicação bimestralAno 17 - n.3 - maio-junho - 2013

Coordenadores médicos do Jornal da SBDOmar LupiAldo Toschi

Conselho editorial Denise SteinerGabriel GontijoLeandra D’Orsi MetsavahtFlávia AddorPaulo R. Cunha Leninha Valério do Nascimento

Jornalista responsável Erika Drumond - Reg. MT n. 31.383

Redação e edição Erika Drumond

Editoração eletrônica Nazareno Nogueira de Souza

Contato publicitário Priscila Rudge Simões

A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagan-das de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e os textos assinados são de inteira responsa-bilidade de seus autores.

Correspondência para a redação do Jornal da SBDAv. Rio Branco, 39/17o andar Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 120,00Número avulso: R$ 20,00Tiragem: 6.000 exemplaresImpressão: Grafi tto

Sociedade Brasileira de DermatologiaAfi liada à Associação Médica Brasileirawww.sbd.org.br

22. Capa: Prioridade ao dermatologista

16 Memória viva da dermato- logia brasileira: os 80 anos da Biblioteca da SBD

28 180 dias de gestão: conheça os projetos em andamento em prol do dermatologista do país

2 Carta do Editor3 Palavra da Presidente4 Preste seu Depoimento5 Ouvidoria6 Grape – SBD10 Pele Solidária14 Dermatologia no Esporte19 Ações do PNCCP 201332 WCD 2019 no horizonte da SBD37 Indexação dos ABD na PubMed Central

Sumário

38 5o Teraderm 40 Jovem Dermatologista42 Tecnologia e Medicina47 Congresso de BSB disposto a inovar51 Analogias em Medicina52 Destinos56 Regionais61 Serviços Credenciados62 Departamentos

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2 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

Palavra da Presidente

Prezados associados,

Ao assumir a presidência da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), já tínha-mos noção das difi culdades que seriam en-contradas e do tamanho de nossa respon-sabilidade.

A defesa profissional na área médica adquiriu proporções nunca vistas até en-tão. O ato médico após praticamente dez anos ainda não conseguiu ser aprovado. Médicos estrangeiros talvez possam ser contratados sem que seus diplomas se-jam revalidados. Programas arquitetados pelo governo, sem consenso das entida-des médicas, permitem que recém-for-mados tenham ganho de percentual de nota nas provas para a residência médica. Conselhos de várias profissões ligados à saúde, como biomedicina, fisioterapia e farmácia publicam novas resoluções, às vezes controversas.

Nesse cenário, a especialidade de der-matologia é uma das mais atingidas, prin-cipalmente por englobar procedimentos cirúrgicos e cosmiátricos.

Há, vale lembrar, aspectos históricos, culturais, políticos e fi nanceiros envolvidos

nessa questão e que tornam as soluções bem mais complexas e polêmicas.

Por todos esses motivos, é nesta hora que precisamos de muita união, refl exão e ponderação para que nossa especialidade seja protegida e valorizada como tanto me-rece.

Estamos trabalhando arduamente, in-terligados com as comissões de Ética e Defesa Profi ssional, Comissão de Título de Especialista, Departamento Jurídico da SBD, além de órgãos institucionais como Conselho Regional de Medicina (CRM), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB). Inte-grando esse esforço está sendo preparada uma ampla campanha publicitária de defe-sa profi ssional.

Esse trabalho talvez não venha ao en-contro da expectativa de todos, mas ele é profundo, completo, planejado e compro-metido com nossas principais causas. Con-vidamos todos a trabalhar junto conosco, pois este tempo de hoje será no futuro um marco para a Sociedade Brasileira de Der-matologia. ■

Denise Steiner

Presidente da Sociedade

Brasileira de

Dermatologia (SBD)

(2013/2014)

Desafi os e responsabilidades

Um exemplar dedicado à defesa incondicional da dermatologia

Aldo Toschi

Editor médico

associado

do Jornal da SBD

Carta do Editor

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 3

É com imensa satisfação que os convido a uma leitura atenta deste número do Jornal da SBD. Uma coletânea de matérias dedicadas aos mais variados aspectos de nossa cara especialidade.

Na página 16, a Dra. Ana Paula Meski cita a obra mais rara, datada de 1740, de nossa biblioteca. Fruto da maturidade e do trabalho incansável de seus editores e autores, trazemos dos Anais Brasileiros de Dermatologiaa boa nova de termos conseguido o reconhecimento in-ternacional e indexação à base Central da PubMed (leia na p. 35).

A experiência e a solidariedade dos colegas derma-tologistas já somam 12 grupos cadastrados no Grupo de Apoio Permanente (Grape) da SBD. A visibilidade de uma Sociedade como a nossa se fará presente tam-bém por meio da iniciativa da Dra. Vania Manso e do Dr. Dilhermando Calil na vinda do papa ao Brasil com o trabalho levado pelo grupo à Jornada Mundial da Ju-ventude (p. 8).

De interesse prático importantíssimo no dia a dia do dermatologista estão as matérias sobre atestados médicos (p. 14), na coluna Dermatologia e Esporte, e sobre o uso de celulares e da internet na prática clínica, na seção Tecnologia e Medicina. Nesta última, é inte-ressante o olhar de um jovem dermatologista que tem

utilizado a tecnologia digital para informar-se e trabalhar.A Dra. Maria Helena Sandoval, ouvidora da SBD,

nos brinda com um texto extremamente lúcido e re-alista (p. 5) sobre as queixas dos sócios, as medidas em execução pela Diretoria e as possibilidades reais de atuação da Sociedade no âmbito da defesa profi ssional, que tem sido priorizada nas últimas gestões.

A entrevista com o Dr. Rogério de Toledo, da AMB, reafi rma nosso bom convívio e sintonia com a entida-de maior que pode nos apoiar em direção à defesa de nossos interesses. Nosso antecessor neste jornal, o Dr. Paulo Cunha, grande embaixador da dermatologia brasileira, nos ajuda, como sempre, com a conquista de importantes apoios à candidatura do Brasil para o Con-gresso Mundial de 2019.

O espaço não permite a análise pormenorizada de tantos assuntos importantes contidos em todas as pá-ginas desta edição. Assim, varrendo um passado que passa por Heinrich Auspitz (leia na p. 49) e chega à modernidade dos aplicativos de Steve Jobs, é que con-seguiremos defender e garantir a representação e a de-fesa da dermatologia. O futuro da dermatologia brasi-leira depende de seu passado e de seu presente.

Boa leitura a todos. ■

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4 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

P r e s t e s e u D e p o i m e n t o

faço uso da tecnologia a laser há 16 anos, e durante esse período houve grande evolução tecnológica,

mas infelizmente, o suporte e apoio da indústria em relação ao dermatologista não evoluiu tanto quanto gostaríamos. Desde o início de minha carreira, quando buscava informações e orientações adequadas sobre qual equipamento seria mais apropriado para minha necessidade (queixa generalizada da maioria dos co-legas), as informações eram escassas e divergentes. Ficávamos, como até hoje, com as argumentações dos representantes e distribuidores das empresas e tínha-mos que tentar aprender e obter mais detalhes nos Meetings da AAD e cursos fora do Brasil.

Desse modo, procurava tirar dúvidas com colegas mais experientes e sérios – como o Prof. Simão Cohen, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein (Hiae) e professor-assistente da Faculdade de Medi-cina do ABC, que pacientemente nos esclarecia. Eram tempos difíceis, mesmo com a existência de uma em-presa que disponibilizava treinamento após a compra do equipamento na matriz, no exterior – hoje, vemos várias empresas no Brasil representando grandes mar-cas internacionais de laser e mostrando a grande de-manda e busca de tecnologia, principalmente pelos dermatologistas. Comprávamos equipamentos extre-mamente caros (esse panorama ainda permanece) e, quando precisávamos adquirir novos equipamentos, os preços oferecidos pelos equipamentos usados eram irrisórios. Um exemplo: em 1998, a compra de um Pho-toDerm e um Derma K saía por 270 mil dólares, e hoje vale 15 mil dólares.

Atualmente, temos difi culdades para vender os equipamentos importados usados, que são a maioria, mesmo porque até as empresas que nos venderam não os querem. Tenho conhecimento das taxas de impor-tação, de licença e dos extorsivos impostos e tributos dentro de nosso país. Não tenho dúvidas de que os di-rigentes e proprietários dessas empresas aqui no Brasil

são nossos parceiros e também sofrem com essas ta-xas abusivas. No entanto, não duvido ainda de que as empresas podem, e devem, reduzir esses valores ele-vados que pagamos. As empresas nacionais também podem reduzir sua margem de lucro.

Na minha visão, conseguimos progredir em alguns aspectos: antes tínhamos que pagar taxa de manuten-ção após o término da garantia de um ano dos equi-pamentos (por que apenas um ano?). Hoje, podemos fazer seguros nos bancos. Outra questão é que, infeliz-mente, até hoje, não temos treinamento adequado com médicos experientes disponibilizados pelas empresas. Continuo sem entender por que as empresas não ofe-recem aparelhos para que os médicos façam treina-mentos antes da compra ou da locação.

Caros colegas, vamos fi car atentos e exigir as notas fi scais, registro na Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) e tudo que temos direito de todas as empresas com as quais fechamos negócio.

Hoje sofremos uma concorrência desleal com a invasão dos biomédicos na área da dermatologia, mé-dicos não dermatologistas apresentando-se como es-pecialistas e fazendo divulgações diversas por meio de anúncios, outdoors, mídia falada, escrita e televisada, recursos que o associado da SBD não pode utilizar sob pena de sofrer punições dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).

O Departamento de Laser da SBD já está contac-tando todos os Serviços Credenciados para estimular o aprendizado do laser pelos residentes. Algumas em-presas de laser já se comprometeram com esse projeto. Temos que fazer uma grande campanha em todo país, mostrando à população que o dermatologista é quem está mais preparado e que melhor domina essas técni-cas (laser, toxina, preenchimentos etc.).

Fazemos parte de uma Sociedade centenária, a se-gunda maior do mundo da especialidade, devemos nos orgulhar e defendê-la sempre. ■

Paulo Barbosa (BA)Secretário do

Departamento de Laser da SBD

Nesta coluna o associado poderá manifestar de forma ética e responsável suas sugestões, insatisfações e experiências com a indústria, na compra de insumos ou equipamentos. Participe!

Prezados colegas associados,O recebimento de contribuições dos associados pela

Ouvidoria tem sido intenso, e a participação na página do Grupo DPD, no Facebook, também muito grande. Trata-se de um processo construtivo que tem promo-vido a participação de numeroso número de derma-tologistas para o debate e a contribuição para as mu-danças em curso na instituição. A presidência da SBD tem procurado aprofundar-se nos casos de exercício irregular da dermatologia e feito um mapeamento dos problemas e das soluções possíveis, direcionando suas ações para a valorização da SBD, do dermatologista e, principalmente, a proteção da sociedade. A maioria dos registros se concentra nos temas cursos promovidos por entidades não credenciadas, com a participação de associados como professores de cursos não ofi ciais da SBD, e o Exame para Obtenção do Título de Especialis-ta em Dermatologia (TED).

Trago para a atenção dos dermatologistas alguns fatos e informações. Como sabemos, o limite das ações de defesa do dermatologista não se pode sobrepor ao direito das pessoas e das instituições como, por exem-plo, suprimir o direito de quem quer que seja de criar cursos e ministrar aulas, dentro das regras estabeleci-das pelo Ministério da Educação (MEC).

Acontece que a SBD, entidade ofi cial para reco-nhecimento da especialidade de dermatologia, por delegação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB), estabelece regras mínimas para defi nir a formação do profi ssional médico que deseja ser reconhecido como dermatolo-gista. Essa é uma das atuações estatutárias da SBD, de-fi nindo níveis de conhecimento específi co para que um médico possa ser reconhecido como dermatologista. A defi nição garante a segurança dos pacientes dos espe-cialistas em dermatologia pela SBD, ou seja, a atuação da Sociedade não pode ser feita banindo os cursos ou defi nindo quem pode dar aulas ou não, mas garantin-do seleção adequada a seus princípios e aos critérios técnico-científi cos.

Seguindo a mesma lógica, a SBD sugere aos seus associados que os mesmos não participem dos referi-dos cursos que não possuem os critérios técnico-cien-tífi cos estabelecidos pela legislação em vigor. Alguns deles apenas preparam os alunos para fazer provas, o que é uma grave inversão de valores.

Os casos denunciados na página DPD são tratados de forma individual, considerando suas particularida-des. Dependendo da situação, o associado da SBD que participa desses cursos poderá ser chamado e ouvido pela Comissão de Ética da SBD, quando da análise das comunicações de atos/fatos que possam ser conside-rados infrações ao Estatuto da SBD. A Sociedade pos-sui a visão de que os cursos preparatórios que se têm multiplicado nos últimos anos não são a forma de pre-paração de profi ssionais cujas habilidades, competên-cias e experiência prática em dermatologia são exigidas pelo CFM e pelo MEC. Essa condição de especialista só

pode ser obtida seguindo o que determina a legislação em vigor e o Estatuto da SBD.

E chegamos à sistemática do TED. Uma vez por ano, a SBD promove o Exame para que os profi ssionais médicos que se prepararam conforme seu estatuto, possam demostrar sua profi ciência na ciência derma-tológica e, caso aprovados, ser reconhecidos como especialistas em dermatologia, com seus direitos e de-veres. O que observamos é que o aumento do interes-se pela dermatologia tem levado à criação de cursos preparatórios para a prova do TED, o que não os torna, necessariamente, um curso de preparação de dermato-logista reconhecido pelos órgãos competentes (CFM, MEC e SBD). Para que a prova do TED refl ita com fi -delidade o padrão elevado defi nido pelo CFM e pela AMB para o exercício da dermatologia, a presidência e vice-presidência da SBD, Dra. Denise Steiner e Dr. Ga-briel Gontijo, estão promovendo junto com a Comissão do TED, estudos e alterações nas regras para que essa demanda aquecida de candidatos não acarrete dimi-nuição do perfi l qualitativo do médico que venha a ser reconhecido como dermatologista.

Na mesa de estudo estão os casos relatados duran-te a realização do TED este ano, a questão da veraci-dade de documentos que se mostraram não confi áveis apresentados por candidatos e melhorias na prova prática. As novas orientações desse estudo irão forta-lecer o processo de seleção de novos dermatologistas, garantindo que o especialista reconhecido pela SBD possua profundo conhecimento científi co para cuidar das doenças e recuperar seus pacientes de intercorrên-cias ou complicações. A valorização do dermatologista pressupõe uma SBD valorizada pelo rigor na concessão do reconhecimento de especialista com a visão pre-cípua de garantir à população que um dermatologista devidamente registrado pelo CFM seja um profi ssional apto a ministrar tratamentos seguros e adequados a seus pacientes. Aguardem em breve a divulgação das novas regras do TED.

Finalizando esta mensagem, quero mais uma vez destacar que o ritmo das postagens na página DPD e as cobranças recorrentes de nossos associados – legí-timas, sem dúvida – têm-se confrontado com o ritmo mais lento da análise, tomada de decisão e encaminha-mento de ações adequadas e consistentes, ampara-das na legalidade e no respeito ao direito das pessoas. Essa diferença de ritmo tem levado a registros mais diretos por parte de alguns colegas, que reclamam ações imediatas, o que se demonstra impossível. Peço a compreensão de todos, pois as manifestações estão sendo absorvidas e repassadas para a presidência da SBD, que faz os encaminhamentos adequados e inclui as preocupações dos associados nos processos de melhoria da gestão. Dessa forma, as contribuições de cada associado estão se transformando em melhorias na gestão da SBD, mesmo que não fi quem aparentes no prazo imediato.

Um grande abraço a todos. ■

Maria Helena Sandoval Ouvidora da SBDCRM 3238/ES RQE 1752Vice-Presidente da SBD-ES

Ouvidoria

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 5

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6 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

Agora já são 12 os grupos cadastrados no Projeto Grupo de Apoio Permanente (Grape) da SBD, com a recente associação dos grupos de cân-

cer da pele e de psoríase. Sob coordenação da derma-tologista Elizabeth Lima Marques de Aguiar Barbosa, da cidade de Linhares, no Espírito Santo, ambos têm como foco o comprometimento com a qualidade de vida e com a autoestima da população capixaba assis-tida, e contam com a colaboração de uma qualifi cada equipe multidisciplinar, composta de dermatologista, psicóloga, odontólogo estomatologista, fonoaudiólo-go e técnicas de enfermagem. A médica afi rma que o atendimento a pacientes com câncer da pele cresceu dez vezes desde o início de seu trabalho, há sete anos.

– Em junho de 2006 iniciei o ambulatório de derma-tologia oncológica, no centro de saúde do bairro Araçá, em Linhares, no Espírito Santo, após trabalhar quatro meses no ambulatório de dermatologia geral e obser-var o grande número de atendimentos de pacientes com lesões pré-cancerosas e lesões positivas para o câncer da pele, em município com base econômica na

Educação em Saúde

Grape–SBD: novos grupos formados

agricultura, pecuária, petróleo e gás. Na ocasião, eram atendidos 40 pacientes por mês. Hoje o atendimento saltou para 448! – informa, orgulhosa.

Elisabeth disse que, atendimento de novos pacien-tes no serviço é realizado por uma equipe multidisci-plinar, sendo as atividades desenvolvidas em todas as esferas de atuação no tratamento do câncer da pele e da boca, em complexidade pequena, média e alta. “Fa-zemos desde consultas a protocolo de guias de refe-rência e contrarreferência, cirurgias, tratamentos não cirúrgicos, incluindo terapia fotodinâmica em parceria com o Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) campus São Carlos. Os pacientes que necessi-tam de radioterapia e quimioterapia são encaminhados para Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon)”, salienta.

Além do atendimento psicológico individual, são realizadas reuniões mensais com grupos de vivência para apoio psicoemocional e orientações em saúde para o câncer da pele, palestras em escolas, empre-sas e educação continuada das equipes da estratégia

Na primeira foto (no topo), a dermatologista Elisabeth Lima presta atendimento a uma paciente idosa. Abaixo, está a equipe de atendimento multidisciplinar, do Grape de Linhares, no Espírito Santo

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 7

Em 25 de maio, o Grape de Psoríase da SBD, de Maringá (PR) realizou seu primeiro encontro na sede da Sociedade Médica do município. O even-

to, gratuito e voltado para a comunidade, reuniu cerca de 150 pacientes e seus familiares, que assistiram a palestras e participaram de atividades visando ao es-clarecimento da doença. “Elucidamos o que é a psorí-ase, seus mitos e verdades, e orientamos as pessoas sobre opções de tratamento”, informou Sineida Ferrei-ra, coordenadora do grupo e responsável pela coorde-nação do evento.

As palestras foram ministradas pela psicóloga Flá-via Consalter, que abordou os aspectos psicológicos e o modo de lidar com a psoríase, e pela nutricionista Denise Carnevalli, que falou sobre aspectos nutricio-nais e os cuidados que podem prevenir crises. O mes-tre em genética e responsável por pesquisa em psorí-ase Alessandro Afornali coletou dados dos pacientes para o desenvolvimento de seu trabalho.

Houve ainda a realização de sorteio de brindes, dis-tribuição de camisetas, bonés, follhetos explicativos e lanches, além de exames de glicemia, realizados por 20 alunos da Liga Acadêmica de Dermatologia da Uni-versidade Estadual de Maringá. “Com muito esforço, conseguimos dar o pontapé inicial na formação da as-sociação de pacientes de psoríase de Maringá e região. Agora, organizados, podemos lutar por melhor acesso aos tratamentos via Sistema Único de Saúde (SUS)”, afi rmou Sineida, que também ministrou breve palestra sobre a psoríase.

Projetos recentes e antigos unidos num único ideal: a solidariedade

de saúde da família (médicos, dentistas, enfermeiros e agentes comunitários de saúde).

O ambulatório de psoríase é mais recente. Criado em outubro de 2012 no Hospital Rio Doce, registra 20 atendimentos por mês. “Realizamos atendimen-tos em parceria com a estratégia de saúde da família e educação continuada das equipes em atendimento psicológico individual, reuniões mensais com grupos de vivência para apoio psicoemocional e orientações em saúde sobre psoríase: palestras em escolas, em-

Uma década Em 17 de agosto, o Grupo de Apoio aos Pacientes com Alopecia Areata (Aagap) da SBD em São Paulo, comemora 10 anos de existência. Sob a coordenação de Enilde Borges, o grupo já prestou esclarecimento e acolhimento a 300 pessoas que hoje têm nova visão dessa doença. ■

O primeiro de muitos: Sineida (à direita) comemora o primeiro en-contro de psoríase, em Maringá

presas e educação continuada das equipes da estra-tégia de saúde da família. Tentamos levar conheci-mento sobre a doença para a comunidade, esclarecer e minimizar o impacto psicoemocional e incentivar a adesão ao tratamento”, frisa a dermatologista Eli-sabeth Lima. “Saudamos e desejamos muito suces-so a esses dois novos grupos. Os nossos parabéns e boas-vindas à Dra. Elizabeth e equipe”, congratula Oswaldo Delfini Filho, da coordenação de Ações Ins-titucionais da SBD. ■

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A participação no evento também será destacada em estande próprio

Coordenado pelos dermatologistas Dilherman-do Calil e Vânia Lúcia Siervi Manso, o Grape de Hanseníase da SBD em São Paulo apresentará o

trabalho “Hanseníase em jovens, uma doença de pele de fácil diagnóstico e tratamento”, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em julho, no Rio de Ja-neiro. O convite foi feito por Fr. Miguel da Cruz, coor-denador do Projeto Franciscanos pela Eliminação da Hanseníase do Brasil, que, de partida para uma missão em Angola, convidou Vânia Lúcia para temporariamen-te assumir algumas diretrizes do projeto, entre elas, a JMJ Rio 2013.

Além da palestra, o Grape também marcará pre-sença em estande próprio para esclarecimento e orien-tação da doença, que fi cará situado na Igreja de São Francisco da Penitência (Convento São Francisco), no Largo da Carioca (Centro do Rio), de 23 a 26 de julho, das 10h às 19h. No local, serão distribuídos folhetos explicativos bilíngues. “Essa participação é um mar-co para a SBD! Queremos conscientizar os jovens e a população em geral de que a hanseníase é de fácil diagnóstico e tratamento, e não se justifi ca tanto pre-conceito com as pessoas atingidas pela doença e seus familiares. Infelizmente, nossos jovens são vítimas do

preconceito que persiste, mesmo com o tratamento e cura da doença. Ainda há muita discriminação nas es-colas, no ambiente de trabalho e no meio social. Nossa responsabilidade social, principalmente sendo derma-tologistas, é poder fornecer informações corretas para que todo o mito criado sobre essa doença tenha fi m. A participação na JMJ Rio 2013, evento de abrangência internacional e que reúne jovens de todas as idades, amplia a visibilidade do projeto e do conteúdo apresen-tado pela SBD”, afi rma Vânia. A cada ano, cerca de 7% dos casos novos de hanseníase são diagnosticados em menores de 15 anos

Organizado pela Igreja católica, a JMJ é evento in-ternacional realizado a cada dois ou três anos, em di-ferentes países do mundo. Em todas as suas edições, a jornada congrega milhares de jovens católicos e de outros credos para a discussão de temas religiosos e de assuntos de interesse público. A última edição, realiza-da em 2011, em Madri, na Espanha, reuniu dois milhões de jovens de 190 países.

Quem quiser acessar mais informações sobre o Grape de Hanseníase da SBD pode visitar no Facebook a página GrapeSBDHanseníase, que contém atualiza-ções diárias sobre a organização do evento. ■

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Grape de Hanseníase estará na Jornada mundial da Juventude

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ao canal fomentador de práticas de extensão universi-tária da UniRio e também à iniciativa de Omar Lupi, o que despertou em alunos de medicina o interesse pelo envolvimento no projeto. “Acreditamos que esse traba-lho tem um grande valor científi co por instigar os alunos a pesquisar com afi nco a doença. Mas o principal valor que atribuímos a ele ainda está por se mostrar. Estamos trabalhando com o objetivo de produzir material infor-mativo de fácil leitura para a parcela mais necessitada da população; livros com o formato da série Doutor, eu tenho... do IPP, de grande sucesso junto a leitores médi-cos e não médicos. Ao popularizar o conhecimento, con-tribuímos para informar a população e para a redução da incidência de tais moléstias”, fi naliza Esther, que está reunindo material de campo para o Doutor, eu tenho..., sobre escabiose.

APOIO DA UNIRIO O sucesso do IPP foi o estímulo que Omar Lupi en-

controu para a criação de uma série de livros voltada para o público leigo e que recebeu em maio deste ano o apoio da UniRio, como projeto ofi cial de extensão universitária vinculada à (Pro-ExC). Cada obra trata de uma doença e apresenta 50 perguntas sobre o assunto, visando au-xiliar na difusão da informação, melhorar a qualidade de vida da população e aproximar o ambiente acadêmico das demandas da sociedade. O mais novo fruto dessa parceria surgiu na última semana do mês de maio com o lançamento do livro Doutor, eu tenho... vitiligo. “Todos sabemos que o vitiligo é doença órfã e que causa enorme impacto psicológico nos pacientes. Essa foi a razão de a termos escolhido para essa parceria e apoiado a criação do Dia Mundial de Combate ao Vitiligo, em 25 de junho. Tenho procurado ajudar a população da forma que me é mais natural: ensinando,” frisa Lupi. Para conhecer o instituto e saber mais sobre a série Doutor, eu tenho...acesse www.protetoresdapele.org.br. ■

para o público em geral, e que fosse ético e atualiza-do. Os médicos, às vezes, têm essa tendência de olhar somente para dentro de si mesmos”, considera Lupi, diretor científi co do IPP.

Para Omar Lupi, também professor adjunto de der-matologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), o médico dermatologista não pode fechar os olhos para a realidade de uma parte consi-derável da população, que padece de doenças órfãs e negligenciadas, como a escabiose, a pediculose e o vitiligo. Prova disso é que o trabalho desenvolvido no passado foi ampliado em dezembro de 2012, com o en-volvimento de alunos de graduação e pós-graduação da UniRio em comunidades carentes da Grande Tiju-ca. Sob sua coordenação, os alunos têm levantado, por meio de pesquisas, o que a população pensa e quais são as principais dúvidas acerca das doenças derma-tológicas mais comuns entre eles, sobretudo as negli-genciadas ou que não recebem atenção especial do sis-tema público de saúde (vitiligo, escabiose, pediculose, leishmaniose, entre outras).

A aluna de extensão universitária pela Pró-Reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Pro-ExC/UniRio), Es-ther Giolo, revela como tem sido o trabalho feito junto à população menos assistida: “Sendo a população ca-rente a mais afetada por essas dermatoses, seja pela condição socioeconômica ou pela difi culdade em obter atendimento médico, elegemos os Centros Municipais de Saúde (CMS) das comunidades carentes para reali-zar as pesquisas práticas. Iniciamos a fase operacional aplicando um questionário com perguntas previamen-te selecionadas, buscando avaliar o nível de conheci-mento dos entrevistados a respeito de temas comuns às dermatoses, tais como etiologia, sintomatologia e tratamento. Após a aplicação do questionário, solici-tamos ao entrevistado fazer perguntas espontâneas ao entrevistador a respeito das doenças em questão”, conta Esther.

A pesquisa teórica toma corpo no Hospital Univer-sitário Gaffrée e Guinle (Hugg), da UniRio, na Tijuca. “Considerando a experiência dos professores pesqui-sadores do projeto, os quais realizam atendimento à população carente da região da Tijuca no ambulatório de Dermatologia do Hugg, desenvolvemos um plano de ação o mais próximo possível da realidade desses pa-cientes e da população que representam. E desde o iní-cio dos trabalhos temos obtido uma ótima participação dos entrevistados”, revela Esther Giolo, que também é diretora científi ca da Liga Acadêmica de Pediatria da UniRio.

INICIATIVA POSITIVA Para a acadêmica, a preocupação do IPP em levantar

a temática das doenças de pele negligenciadas uniu-se

Omar Lupi com a acadêmica Esther Giolo

Educação em saúde faz toda a diferençaProjeto dermatológico nascido no Rio orienta e educa a população

E m 2005, surgia no Rio de Janeiro a campanha “Dermatologista Solidário”, um projeto da SBD--RJ com o “Médico sem Fronteiras”, que consistia

na realização de várias ações educativas e assisten-ciais voltadas para a comunidade carente, incluindo idas de médicos até as favelas cariocas com o objetivo de conhecer a realidade da população e as principais doenças dermatológicas que a acometiam. Após esse contato inicial, os pacientes eram levados até consul-tórios médicos particulares para iniciar seus tratamen-tos. Dois anos depois, o trabalho voluntário rendeu a Omar Lupi, um dos mentores da ação ao lado do mé-dico Marcelo Molinaro, o prêmio “Members Making a Difference”, da Academia Americana de Dermatologia (AAD). Nas ações de campo, relata o especialista, que

na época presidia a SBD-RJ, a equipe se defrontou com realidade muito diferente da que imaginava: “Quando nos preparávamos para tratar as piodermites, micoses e outros agravos à saúde, tão prevalentes na especiali-dade, nos deparamos com um triste quadro: a maioria dos pacientes de comunidades carentes do Rio de Ja-neiro apresentava escabiose e pediculose”.

A experiência de cunho assistencial fortaleceu a ideia de expandir esse trabalho de esclarecimento da sociedade, o que impulsionou a criação do Instituto Protetores da Pele (IPP), em 2011, que tem como foco a disseminação de informações de qualidade sobre os cuidados com a pele, baseada no conceito de que o co-nhecimento pode salvar vidas. “Me incomodava o fato de que quase nada havia sobre dermatologia voltado

DR. OMAR LUPI

piolho

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12 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

TED 2013

329 dermatologistas receberão o Título de Especialista da SBD

A lista dos candidatos aprovados na prova de Tí-tulo de Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está disponível no site des-

de o dia 29 de abril. Ao todo, 329 candidatos foram aprovados, dos 593 dermatologistas que fi zeram a pro-va em São Paulo. O presidente da Comissão de Título de Especialista da SBD, José Sanches, se diz satisfeito com o desempenho dos candidatos e exaltou a boa or-ganização do local de realização das provas, bem como a elevada participação dos futuros dermatologistas.

De acordo com as normas da Associação Médica Brasileira (AMB), para a obtenção do TED o novo espe-cialista teve que preencher uma fi cha de requerimento do Certifi cado do TED no site da SBD e aguardar o re-cebimento de e-mail com a senha para o acesso ao sis-tema da AMB que permitiu a emissão de um boleto re-ferente ao pagamento da taxa de confecção do título e cadastramento do endereço para o envio do certifi cado pela própria instituição médica. O prazo para a entrega do título varia entre três e quatro meses.

Vai mudar A Diretoria da SBD em conjunto com a Comis-

são do TED tem estudado ideias para a reformulação nas regras do TED a fi m de fortalecer o processo de seleção de novos especialistas e manter a qualida-de do médico reconhecido como dermatologista. “É fato que a Comissão do TED e a SBD conquistaram avanços arrojados na apresentação à AMB da nossa proposta de diretrizes para análise de candidatos ao exame do TED, contemplando maior avaliação cur-ricular, além de provas teórica e prática que analisem melhor as habilidades do candidato, e sua capacidade de raciocínio e de formulação de diagnóstico diferen-cial. Como Sociedade que representa a dermatologia no país, precisamos seguir na luta para que somente médicos bem formados cheguem ao mercado de tra-balho como especialistas”, opina a coordenadora de Mídias Sociais da SBD, Carolina Marçon. ■

Biologia do melanócito, leucodermia e desordens da hiperpigmentação se-rão temas o III Master Class on Vitili-

go and Pigmentary Diseases, que ocorrerá nos dias 25 e 26 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Sob coordenação do dermatologista Paulo R. Cunha, o evento internacional, inédito no Brasil, tem o objetivo de divulgar os avanços nas pesquisas dessa dermatose

quanto a sua etiologia, bem como quanto às técnicas de tratamento, objetivando a atualização de todos os profi ssionais interessados nessa área e, sobretudo, en-fatizando aqueles casos que não respondem aos pro-tocolos clássicos. Grandes expoentes no assunto são aguardados para participar do simpósio.

O III Master Class on Vitiligo and Pigmentary Disea-ses terá apoio da SBD Nacional e da SBD-Resp, além do suporte de presidentes de outras importantes sociedades

SBD realiza Simpósio internacional de Vitiligo em outubro, em São Paulo

internacionais, como World Healty Academy (WHA), Vi-tiligo Research Foundation (VRF), European Academy of Dermatology and Venereology (EADV) e o Colegio Ibero--latino-americano de Dermatology (Cilad). “Teremos a oportunidade de reunir renomados dermatologistas bra-sileiros e estrangeiros que irão compartilhar seus conhe-cimentos com todos os participantes. Estou orgulhoso de ter a oportunidade de presidir esse relevante evento, que deverá enriquecer a dermatologia nacional e internacio-nal”, disse Paulo Cunha ao jornal, que junto à Vitiligo Rese-arch Foundation tem pleiteado a criação em 25 de junho do Dia Mundial de Combate ao Vitiligo.

As vagas são limitadas, e os associados quites da SBD que fi zerem suas inscrições até o dia 30 de julho pagarão R$140,00 (aspirantes), R$180,00 (residentes e especiali-zandos de Serviços Credenciados) e R$240,00 (demais categorias de associados). Após essa data haverá acrés-cimo nos valores. Para inscrições e informações mais de-talhadas visite o site da SBD (www.sbd.org.br). ■

Bastidores da dermatologia

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14 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 15

a fi nalidade da prática esportiva. Não existe consenso, porém sua renovação tende a ser semestral. Entretan-to, na vigência de febre, ferimentos, reações exantemá-ticas ou infecções cutâneas causadas por vírus, fungos e bactérias, independente da validade do atestado, deve-se evitar atividades físicas pela exposição a riscos pessoais e coletivos.

QUAIS OS PRINCIPAIS TIPOS DE ATESTADOS MÉDICOS PARA ATIVIDA-DES FÍSICAS EXISTENTES NA PRÁTICA?

Basicamente existem duas modalidades frequentes nos consultórios: atestado para frequentar piscinas e atestado de aptidão física.

QUAL A DIFERENÇA DE ATESTADO PARA FREQUENTAR PISCINAS E ATESTADO DE APTIDÃO FÍSICA?

Para frequentar piscinas é realizada avaliação clíni-ca dermatológica com objetivo de descartar a presença de dermatoses infectocontagiosas, ensinar o autoexa-me de pele e medidas comportamentais de prevenção de doenças cutâneas. O exame de aptidão física rece-be, em geral, abordagem mais ampla com ênfase nos aparelhos cardiovascular e musculoesquelético, se ne-cessário, complementada com investigação específi ca para melhor estratifi cação de riscos. Baterias de testes personalizados quando devidamente indicados e inter-pretados podem aumentar a segurança do exame mé-dico, porém não substituem a avaliação clínica. Atletas de alto rendimento estão sujeitos aos regulamentos das entidades federativas e confederativas, bem como às regras e exigências de cada competição. Para os pro-fi ssionais que atuam na área esportiva também exis-tem normas peculiares visando à preservação da saúde ocupacional.

Neste texto, a dermatologista e professora titular de dermatologia do curso de medicina da Uni-versidade Positivo, em Curitiba (PR), Kátia Pu-

rim, levantou uma série de questionamentos na forma de perguntas e respostas a respeito do atestado médi-co, documento exigido pelas entidades de iniciação e prática de atividades físicas e esportivas, no momento em que o aluno é inscrito em uma academia de ginásti-ca, por exemplo. O atestado médico é importante tanto para o paciente que o recebe, quanto para o médico que o emite, sendo um ato médico. É fundamental salientar que o médico informa e orienta o paciente e o treinador de forma correta, do ponto de vista técnico e ético, so-bre a capacidade e as limitações para atividade física.

O QUE É O ATESTADO MÉDICO PARA A PRÁTICA ESPORTIVA?É uma declaração ou certifi cado individual emitido

por um médico sobre as condições de saúde ou doença de uma pessoa por ele consultada e examinada e que pretende desenvolver atividades físicas, exercícios ou esportes.

PARA QUE SERVE ESSE TIPO DE ATESTADO MÉDICO? Serve de base para verifi car eventuais contraindi-

cações ou comorbidades, analisar e estratifi car riscos

Dermatologia no esporte

Aspectos legais do atestado médico para a prática desportiva

QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS NA EMISSÃO E NO USO DO ATES-TADO?

O médico precisa ter bom senso e aproveitar o mo-mento do exame e emissão do atestado para instruir medidas educativas de saúde e segurança no espor-te. O usuário, por sua vez, deve fazer uso consciente desse atestado para o fi m a que se destina e respeitar as normas sanitárias e legais vigentes.Por se tratar de documento com repercussões éticas e jurídicas pres-supõe responsabilidades compartilhadas por médico, benefi ciário do atestado, centros esportivos, profi ssio-nais e técnicos envolvidos nas práticas de atividades físicas.

QUAL A VANTAGEM DO ATESTADO MÉDICO? O atestado médico apoiado na avaliação técnica

especifi camente realizada possui potencial profi lático, diagnóstico, terapêutico e prognóstico. É, portanto, um investimento na promoção da saúde e melhor qualida-de de vida. ■

Por Kátia Sheylla Malta Purim

REFERÊNCIAS: 1. D’Acri AM, Bakos RM, Purim KSM.Dermatoses no esporte. In: Lupi O, Cunha PR. Rotinas de 1. D’Acri AM, Bakos RM, Purim KSM.Dermatoses no esporte. In: Lupi O, Cunha PR. Rotinas de

diagnóstico e tratamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2 ed. Itapevi (SP): AC Far diagnóstico e tratamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2 ed. Itapevi (SP): AC Far

macêutica, 2012;165-9. macêutica, 2012;165-9.

2. Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica. Disponível em: www.portalmedico.org.2. Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica. Disponível em: www.portalmedico.org.

br/novocodigo/integra.asp br/novocodigo/integra.asp

3. Conselho Regional de Medicina do Paraná. Disponível em: www.portalmedico.org.br/pareceres/ 3. Conselho Regional de Medicina do Paraná. Disponível em: www.portalmedico.org.br/pareceres/

crmpr/pareceres/2011/2310_2011.htm crmpr/pareceres/2011/2310_2011.htm

4. França GV. Atestado Médico: conceito, fi nalidade e seus limites. Disponível em: www.derechoy4. França GV. Atestado Médico: conceito, fi nalidade e seus limites. Disponível em: www.derechoy

cambiosocial.com/revista002/atestado.htm cambiosocial.com/revista002/atestado.htm

Kátia Purim (PR)Professora

titular de dermatologia

da Universidade Positivo

à prática esportiva, guiar a prescrição de exercícios e monitoramento das diversas práticas esportivas re-gulares utilizadas como lazer, esporte, reabilitação ou profi ssão.

COMO É CONSTRUÍDO? O atestado é elaborado a partir de história clínica e

pregressa minuciosa, exame físico detalhado e eventuais observações relativas às especifi cidades de cada caso.

QUEM PODE EMITIR ATESTADO MÉDICO PARA PRÁTICA DESPORTIVA?Apenas médicos legalmente habilitados e que te-

nham de fato examinado o desportista em ambiente apropriado, preservando sigilo e ética.

QUAIS OS REQUISITOS PARA EMISSÃO DESTE ATESTADO? Ser elaborado em linguagem simples, clara e de

conteúdo verídico, dele constando nome completo da pessoa examinada e do médico, seu número no Con-selho Regional de Medicina (CRM), data, assinatura e carimbo.

POR QUANTO TEMPO É VÁLIDO? A periodicidade pode variar de acordo com a idade

do usuário, presença de doença ou disparidade física e

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16 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 17

do. Algumas outras poucas e importantes instituições fazem parte do Planor, entre elas a Biblioteca da Acade-mia Nacional de Medicina, a Biblioteca do Itamaraty, o Arquivo Nacional, a Academia Brasileira de Letras etc. – explica Ana Paula.

Outra ação desenvolvida pela atual gestão é a re-formulação total do portal da SBD, incluindo a página da biblioteca. A grande surpresa na análise feita pela empresa que está à frente do trabalho foi a constatação de que essa página é uma das mais acessadas do site:

– Isso reforça mais ainda a ideia de que se faz ne-cessária uma reformulação em nossa homepage com conteúdo mais organizado e de agradável interação com nossos usuários – frisa Ana Paula Meski.

HIGIENIZAÇÃO DO ACERVO RARO

Formado por doações e contribuições de ilustres dermatologistas, como os professores Fernando Terra, Francisco Eduardo Rabello, João Ramos-e-Silva e famí-lia, Victor Cabral de Teive, Rubem David Azulay, entre outros, o arquivo raro está sendo higienizado por em-presa especializada na área, visando a sua preservação. “Destacamos dentre essas raridades o livro mais anti-go desse acervo: De Morbis Venereis Libri Novem, de 1740. O acesso a essa coleção é restrito, e a consulta deve ser agendada”, comunica a coordenadora, ressal-tando o excelente trabalho de pesquisa com os asso-ciados desenvolvido por Rosalynn Leite.

O horário de funcionamento da Biblioteca da SBD é de segunda a sexta-feira das 9h30 às 18h, e o conta-to pode ser feito pelo telefone (21) 2253-6747 ou pelo e-mail [email protected]. Ao longo deste ano co-memorativo serão divulgadas outras novidades. ■

Serviços

ALÉM DE O ASSOCIADO PODER FAZER A SOLICITAÇÃO DE CÓPIAS DE MATERIAIS DO ACERVO DA BIBLIOTECA, COM EXCEÇÃO DOS LIVROS RAROS, ATUALMENTE SÃO OFERECIDOS OS SEGUINTES SERVIÇOS: - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: SOLICITAÇÕES E ORIENTAÇÕES DE PESQUISAS NAS BASES OFERECIDAS PELA BIBLIOTECA;- NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: ORIENTAÇÕES DE NORMALIZAÇÃO DE REFERÊNCIAS DE ACORDO COM A ABNT E VANCOUVER;- COMUTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: CÓPIAS DE ARTIGOS DE PERIÓDICOS, CAPÍTULOS DE LIVROS E TESES NÃO EXISTENTES NO ACERVO, MAS QUE PODERÃO SER OBTIDOS POR MEIO DESSE SERVIÇO;- TREINAMENTO DE USUÁRIO EM EVENTOS: OS ASSOCIADOS PODERÃO SOLICITAR TREINAMENTO DE DUAS FORMAS: EM BASES DE DA-DOS OU POR MEIO DE PALESTRAS SOBRE NORMALIZAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ESSAS CAPACITAÇÕES SERÃO REALIZADAS EM EVENTOS E NUNCA INDIVIDUALMENTE.

Biblioteca

O teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet cos-tumava dizer que no Egito as bibliotecas eram conhecidas como “tesouro dos remédios da

alma”, pois nelas se curam as ignorâncias, a mais peri-gosa enfermidade e origem de todas as outras. É literal-mente o coração de uma instituição, um ambiente onde informações, conhecimento e descobertas se fundem que também podemos descrever a Biblioteca da Socie-dade Brasileira de Dermatologia (SBD), fundamental espaço da dedicação ao estudo e ao saber da especiali-dade. Planejada pela Associação dos Amigos da Biblio-teca em 1931 e inaugurada no Pavilhão São Miguel da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (foto acima), em 20 de outubro de 1933, é a maior e mais completa da especialidade na América Latina, com acervo com-posto de aproximadamente três mil publicações, só de obras raras, únicas e preservadas, datadas do século 18, além da vasta coleção de periódicos.

– É um organismo vivo em constante crescimento, um espaço dinâmico e cultural. A biblioteca comple-tará 80 anos de trajetória e memórias, fazendo jus à

imagem de uma tradicional antiga biblioteca, com seu charme e encanto. Desejamos que ela possa manter essa tradição e aumentar ainda mais seus serviços e acervo, tornando-se, assim, um símbolo bem visível da dedicação da SBD à cultura e ao saber dermatológico – diz Ana Paula Meski, sua diretora.

Alguns projetos estão sendo colocados em prática para celebração dos 80 anos, como a divulgação do ca-tálogo de obras raras da SBD no catálogo especial da Biblioteca Nacional (BN) por meio do Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (Planor). Os arquivos foram migrados para a BN no começo de junho – são exportadas 100 obras por semana – e a previsão é que até o fi m de dezembro a inclusão seja concretizada.

– A biblioteca foi convidada a integrar seu acervo raro ao catálogo do Planor, que é um projeto da BN para elaboração de um guia para identifi car e localizar as instituições detentoras de acervo raro em todo o país, além de dar a conhecer as obras raras através do catá-logo. Trata-se de afi rmação e reconhecimento da pre-ciosidade desse nosso belo acervo raro e especializa-

Biblioteca

Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca – Jorge Luis Borges

Memória viva da dermatologia brasileira: os 80 anos da Biblioteca da SBD

Biblioteca

Espaço preserva a históriada especialidade sendo referência para pesquisadores de todo o país

Bases

A BIBLIOTECA CONTA COM A ASSINATURA DE DUAS BASES IMPORTANTES PARA AUXILIAR SEUS USUÁRIOS NAS PESQUISAS, A EBSCO E A RIMARIMA, ALÉM DO CATÁLOGO ONLINECATÁLOGO ONLINE E DOS RECURSOS BIREME E BIREME E SCIELO. VEJA EM DETALHES:

EBSCOEBSCO: POR MEIO DESSA BASE SÃO DISPONIBILIZADOS O “PORTAL DE PERIÓDICOS” (ACESSO DIRETO ÀS PUBLICAÇÕES MAIS IMPORTANTES) E O DYNAMED (BASE DE EVIDÊNCIA). AS BASES ESTÃO DISPOSTAS EM LINKS SEPARADOS NO SITE DA SBD, MAS O USUÁRIO QUE UTILIZÁ-LAS NO ATO DE PESQUISA, SERÁ DIRECIONADO PARA UMA PLATAFORMA ÚNICA COM AS DUAS BASES IN-TEGRADAS. SERÁ OFERECIDO AINDA UM BÔNUS A UM NÚMERO RESTRITO DE 100 USUÁRIOS QUE DESEJAREM USAR A BASE DYNAMED NO MODO OFFLINE NOS CELULARES. ELES PODERÃO ENTRAR EM CONTATO COM A BIBLIOTECA SOLICITANDO UM SERIAL NUMBER PARA ACESSO.

RIMARIMA: GARANTE AO ASSOCIADO A LEITURA DE 2.400 REVISTAS INTERNACIONAIS DE DIVERSAS ÁREAS, E OS ARTIGOS MAIS IMPORTANTES VÊM ACOMPANHADOS DE SINOPSES ANA-LÍTICAS EM PORTUGUÊS. A COORDENADORA DA BIBLIOTECA DA SBD, VANESSA ZAMPIER, LEMBRA QUE CADA USUÁRIO TEM DIREITO A CINCO CRÉDITOS POR MÊS. “NO ENTANTO, OS QUE PRECISAREM DE MAIS CRÉDITOS DEVERÃO ENTRAR EM CONTATO COM A BIBLIOTECA POR E-MAIL E SOLICITAR O AUMENTO. APROVEITAMOS PARA DIVULGAR O PRÊMIO RIMA EM EX-CELÊNCIA NA ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA INTERNACIONAL, UM RECONHECIMENTO ANUAL PELO ESFORÇO PESSOAL DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOS ASSOCIADOS ATIVOS NO CAMPUS RIMA. OS USUÁRIOS MAIS ASSÍDUOS DA BASE GANHA-RÃO MEDALHA OURO E PRATA, E DEZ PONTOS NA COMISSÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO (CNA). O ASSOCIADO QUE AINDA NÃO ACESSOU ESSA BASE PODE FAZER SEU LOGIN E SENHA E CONHECÊ-LA MELHOR”, INFORMA VANESSA. A DIVULGAÇÃO DOS VENCEDORES SERÁ FEITA NO FIM DO ANO.

CATÁLOGO ONLINECATÁLOGO ONLINE: REÚNE O ACERVO RARO, ALÉM DE ALGUNS LIVROS, TESES E DISSERTAÇÕES, ESTAS PODENDO SER DISPONIBILIZADAS NA ÍNTEGRA, DESDE QUE SEJAM ENVIADAS EM DOCUMENTO DE WORD OU PDF. “PEDIMOS TAMBÉM AOS ASSOCIADOS-AUTORES QUE NOS DOEM SEUS LIVROS PUBLICADOS, PARA QUE NOSSO ACERVO FIQUE AINDA MAIS COMPLETO, ALÉM DE FAZER PARTE DA HISTÓRIA DESSA PRECIOSA BIBLIOTECA!”, REFORÇA VANESSA.

BIREMEBIREME E SCIELOSCIELO: O RECURSO DE PESQUISA DA BIREME É VOLTADO PARA ATENDIMENTO DE USUÁRIOS INTERNOS E EXTERNOS, E A BIBLIOTECA ELETRÔNICA SCIELO, É DE ACESSO ABERTO A TODOS OS PESQUISADORES

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Além do público leigo, PNCCP 2013 tem ações que envolvem segmento médicoIniciativas servem para reforçar a importância do diagnóstico precoce

ASociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) já começou a desenvolver as ações do Programa Nacional de Controle ao Câncer da Pele (PNC-

CP) de 2013. Uma parceria com a indústria farmacêutica Adcos vai alavancar em redes de farmácias brasileiras a distribuição de folhetos que estimula a necessidade do exame preventivo para câncer da pele e orienta a pro-cura de dermatologista pelo paciente. Além do público leigo, médicos de atenção primária (geriatras, pediatras, clínicos e ginecologistas) receberão, por intermédio da Associação Médica Brasileira (AMB), carta e folder cha-mando a atenção para o paciente de risco (há uma lista das características genéticas, adquiridas do paciente de risco e as manifestações clínica da doença inicial), e da importância do exame como forma de prevenção.

A estratégia da SBD nesse envolvimento com par-te da comunidade médica do país é reforçar o combate ao câncer da pele, que em 2012 registrou 140 mil novos casos e contabiliza 1.600 mortes. “Essa ação da SBD di-rigida aos médicos nos aproxima ainda mais dessa ca-mada. Também vamos divulgar na mídia que a SBD está convocando os médicos em geral na luta contra o câncer da pele”, explica Marcus Maia, coordenador do PNCCP.

Resultados 2012O Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, um

marco no calendário de saúde nacional, cuja edição do ano passado ocorreu em 24 de novembro em 23 estados brasileiros, registrou o atendimento de 33.114 pessoas em todo o Brasil, sendo 60,59% dos pacientes do sexo masculino, e 39,41%, do feminino. O número de pacien-tes com o diagnóstico suspeito de câncer da pele foi de 4.502 casos (13,6%). As informações são da empresa GN1. Em 2011, a campanha contabilizou 31.482 atendi-mentos e 3.927 casos de câncer da pele (12,4 %). ■

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 19

Case vencedor da Approach: Prêmio obtido pela estratégia dessa ação em particular

pnccp 2013

Prêmio Sabre Awards para o Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele 2012

Realizada há 13 anos pela SBD, o Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele 2012 da SBD alcança visi-bilidade internacional com o Prêmio Sabre Awards do The Holmes Report, instituição de referência mundial na área de relações públicas e comunicação corporativa. A Approach Comunicação Integrada, agência responsá-vel pela assessoria de imprensa da SBD, concorreu na categoria Non-Corporate Associations com o trabalho “Skin cancer prevention: an annual battle for acess to information” (Prevenção do câncer da pele: uma bata-lha anual pelo acesso à informação), ação desenvolvida anualmente pela SBD e divulgada em 2012 pela agência. Mais de 1.800 cases de agências de todo o mundo se inscreveram em diversas categorias do Sabre. O resul-tado foi divulgado em cerimônia realizada no dia 7 de maio, em Nova York (EUA).

O case superou quatro agências fi nalistas: Ketchum (Canned Foods: Nutrition for Less, da The Canned Food); Consumer Healthcare Products Association Educational Foundation, em parceria com a CDC e a Edelman (Pres-cription for Child Safety: Put Medicines UP and Away and Out of Sight); The Private Equity Growth Capital Council com The Glover Park Group (Private Equity at Work); e Minneapolis Downtown Council com a agência Padilla Speer Beardsley (Unveiling the Downtown Minneapo-lis of 2025). Segundo Marcus Maia, o Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, foi fundamentado em uma estratégia de divulgação baseada no exame preventivo para o paciente de risco e a premiação internacional evi-dencia a excelência de uma ação de utilidade pública da máxima importância e alavanca o sucesso do Programa de Controle do Câncer da Pele”, e justifi ca os “Parabéns a todos os envolvidos!”.

Aumenta a produção de colágeno e fibronectina

Uma linha completa para atuar no envelhecimento intrínseco

Ativos hidratantes

ProteçãoUVA e UVBProteçãoProteção

Recupera a firmeza da pele

Restaura o contorno facial1

Corrige rugas1

Clareia as olheiras1

Melhora a aparência geral1

Reduz bolsas e rugas1

Ação redutora de bolsas

Ação clareadora de olheiras

Ação reativadora dos fibroblastos com proteção multifatorial

Múltipla ação rejuvenescedora para a área dos olhos1

Ação firmadora e Anti-Aging com tecnologia comprovada na reparação mitocondrial

Melhora a capacidade respiratória e multiplicação celular

Melhora rugas e aparência geral da pele1

Aumenta a firmeza e a elasticidade1

Deixa a pele mais lisa e macia1

Aumenta a longevidade celular

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Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 21

Foi um sucesso o 25o Congresso Brasileiro de Cirur-gia Dermatológica promovido pela Sociedade Bra-sileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) entre 1o

e 5 de maio, em Campos do Jordão (SP). O encontro recebeu o apoio institucional da Sociedade Brasilei-ra de Dermatologia (SBD) e celebrou 25 anos com o tema “Aprender com o passado para planejar o futuro”. Cerca de 2.200 pessoas se inscreveram no congresso, que teve em sua programação científi ca centenas de cursos, fóruns, conferências e simpósios abrangendo técnicas modernas de tratamento, além da presença de grandes expoentes internacionais.

Os temas cosmecêuticos, nutracêuticos e foto-protetores como coadjuvantes no procedimento cos-miátrico, microscopia confocal e tecnologias para o diagnóstico do câncer da pele, técnicas combinadas para o tratamento do envelhecimento facial e para o tratamento corporal ganharam destaque, em um pro-grama que contou com assuntos cirúrgicos e cosmia-tria em proporções iguais. “Além disso, o Painel Tera-pêutico-cirúrgico foi muito bem comentado! Trata-se de um painel com blocos de temas bem-estruturados em que em cada bloco quatro convidados apresen-taram em vídeo gravado em alta defi nição pela em-presa contratada pelo congresso suas técnicas para

abordagem de diferentes dermatoses ou condições estéticas. Após as apresentações, os convidados de-bateram sobre suas opções e potenciais diferenças. Várias atividades foram realizadas com o objetivo de relembrar os primórdios da cirurgia dermatológica e da SBCD no Brasil. Uma das sessões mais festejadas foi o SBCD Urgente com entradas não anunciadas de vídeos mostrando importantes orientações ao derma-tologista sobre temas relacionados à cirurgia derma-tológica”, detalha o dermatologista Sérgio Schalka, presidente do Congresso de 2013.

De acordo com o presidente da SBCD e também coordenador do Departamento de Cirurgia Dermato-lógica da SBD, Francisco Paschoal, o congresso aten-deu a todas as expectativas, cumprindo os objetivos de ensino e reciclagem dos conhecimentos em cirur-gia dermatológica e marcando de forma brilhante o jubileu de prata da SBCD: 25 anos de história atuan-do em prol da dermatologia brasileira. “Houve muito espaço para debates e respostas para a plateia, ativi-dades interativas, conferências de convidados inter-nacionais. Tudo bem equilibrado. A SBCD continua a cumprir sua missão de ensinar a cirurgia dermatológi-ca e a cosmiatria aos dermatologistas associados da SBD”, completa Schalka. ■

Evento

Congresso da SBCD comemorajubileu de prata

Concurso

Bolsa da AAD para o 72o MeetingSBD resumo em inglês de poster a ser avaliado pela Co-missão Científi ca da SBD. Os melhores trabalhos serão indicados pela SBD à AAD para concorrer ao prêmio, que inclui um jantar com lideranças da AAD. Os traba-lhos serão exibidos eletronicamente durante o encon-tro como parte da exposição técnica.

A bolsa é restrita a alunos do primeiro ou do segun-do ano de dermatologia com previsão de término em dezembro de 2014. ■

Co compromisso contínuo de proporcionar expe-riências profi ssionais e oportunidades de desen-volvimento pessoal a jovens dermatologistas, a

SBD ofereceu a residentes e especializandos dos Serviços Credenciados duas bolsas para participação no próximo Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD), a ser realizado em Denver, Colorado, de 21 a 25 de março.

Os associados que ainda não foram contemplados com a bolsa, tiveram até o dia 10 de junho para enviar à

RÁPIDO INÍCIODE AÇÃO1

LOCERYL® ESMALTE É UMA OPÇÃO TÓPICA EFICAZ PARA O TRATAMENTO DA ONICOMICOSE2

Referência: 1.Polak A. Kinetics of amorolfine in human nails. Mycoses. 1993:36:101-3. 2.Bula do Loceryl® esmalte (cloridrato de amorolfina) – Rev05.

LOCERYL® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. LOCERYL® (cloridrato de amorolfina) Contraindicações: hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Indicações terapêuticas: Loceryl® esmalte é indicado para micose de unha (onicomicoses) causadas por dermatófitos, leveduras e fungos filamentosos não dermatófitos. Se persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado. M.S.1.2916.0036.

Março/2013

Concentração de amorolfina na unha supera a concentração inibitória mínima (MIC);*

Atinge o leito ungueal em menos de 24 horas.

*Para a maioria dos fungos causadores de onicomicoses.

Page 13: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 23

Capa

Prioridade ao dermatologistaCom atuante Comissão de Defesa Profi ssional, a SBD está forte e objetivamente engajada na valorização do trabalho do especialista

A defesa profi ssional é um assunto de suma im-portância e que vem sendo cada vez mais deba-tido pelas sociedades médicas brasileiras. Aten-

ta ao tema, que requer ações estratégicas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em parceria com sua Comissão de Ética e Defesa Profi ssional (CEDP) tem--se engajado fortemente na busca da valorização e defesa de seu associado, e a materialização desse tra-balho vem com a elaboração de um plano de medidas que visam procurar soluções viáveis para que o derma-tologista possa exercer sua função com dignidade – e também para que a população saiba identifi car os mé-dicos que possuem o título de especialista registrado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). É notório que o exercício da dermatologia vive hoje um momen-to delicado, com muitos profi ssionais não médicos e/ou médicos sem o título de especialista registrado pelo CFM realizando procedimentos ligados à especialida-de, pondo em xeque a saúde do paciente e prejudican-do o exercício correto da profi ssão. O problema é sério, pois qualquer médico portador de registro no CRM, independentemente da especialidade, complexidade e repercussões clínicas e cirúrgicas, pode realizar proce-dimentos médicos. É preciso, mais do que nunca, dis-cutir um novo modelo que reordene com fundamentos éticos e jurídicos os direitos dos dermatologistas.

Nesse sentido, em dezembro do ano pas-sado, a SBD contratou o escritório de advoca-cia Brandão Couto, Wigderowitz & Pessoa Ad-vogados para auxiliá-la nessas questões da defesa profi ssional. Médicos que se intitulam dermato-logistas, sem possuir o título da especialidade, ou que o possuindo não o registram junto ao CRM competente constituem um dos alvos do trabalho desenvolvido pela SBD com respaldo de sua assessoria jurídica.

22 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

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24 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 25

– A SBD não está parada. Nessa nova fase da defe-sa profi ssional estamos realizando um grande trabalho interno e que também inclui o necessário questiona-mento aos órgãos competentes em defesa dos nossos interesses e, principalmente, da sociedade como um todo. A trajetória é árdua, os obstáculos são inúmeros, mas, aos poucos, estamos avançando a caminho de um futuro ainda melhor para todos nós, dermatologistas – informa Emerson V. Andrade Lima, presidente da Co-missão de Ética e Defesa Profi ssional da SBD.

Para exemplifi car as ações realizadas, Emerson destacou os principais pontos de luta durante essa nova etapa de trabalho. Uma das iniciativas imple-mentadas foi o envio aos presidentes das Regionais de uma carta que aponta a importância de que cada seccional da SBD crie sua própria Comissão de Éti-ca e estimula o estreitamento da relação dessas co-missões com os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) – convidando-os à participação em even-tos científi cos promovidos pela Regional, por exem-plo –, sindicatos de médicos e associações médi-

Ao tomar conhecimento das Resoluções originadas pelos Conselhos Federais de Biomedicina e Fisio-

terapia que autorizam biomédicos e fi sioterapeutas a praticar procedimentos dermatológicos, a SBD atuou junto ao CFM para o ajuizamento de ações contra os respectivos Conselhos para a anulação dessas Resolu-ções (tal fato consta no site do Tribunal de Justiça do Estado Federal). A SBD também preparou um dossiê

Capa

cas de cada estado, além do estímulo à candidatura de dermatologistas a cargos nos CRMs, Conselho Fe-deral de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasi-leira (AMB), tudo isso visando ao aumento da repre-sentatividade da dermatologia nessas instituições, bem como ao fortalecimento dessas reivindicações.

– Buscamos, incansavelmente, a melhoria das con-dições de trabalho do dermatologista e, consequente-mente, do atendimento à população. Abrir esse espaço de discussão com a inclusão de temas relacionados à ética, publicidade médica e defesa profi ssional nos eventos científi cos promovidos pelas Regionais, com a participação de representantes desses órgãos (AMB, CFM, CRM) como palestrantes é passo importantíssi-mo para essa aproximação – frisa Emerson Lima.

Uma das mais signifi cantes ações da SBD é a am-pliação da discussão em torno da ética médica com as entidades representativas de profi ssão disse o pre-sidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc) e um dos membros da Câmara Técnica de Dermatologia, Vicente Oliveira Pacheco. –

Somente com o diálogo entre os dermatologistas e os demais especialistas que compõem a representativida-de da medicina em nosso país poderemos obter maior reconhecimento e apoio para todas as ações que visam ao desenvolvimento da defesa profi ssional não apenas no tocante à invasão de profi ssionais não habilitados ou não médicos em procedimentos dermatológicos, mas também à defesa de melhores condições para o ensino médico, de suas condições de trabalho e remu-neração. A dermatologia, uma das mais reconhecidas e procuradas especialidades da medicina, precisa es-tar presente e ter vez e voz nas decisões da profi ssão médica em nosso país – declara, lembrando que é fun-damental que as Regionais procurem inserir temas de interesse da ética médica nos programas de seus even-tos e que também busquem maior interação com as entidades médicas.

A entidade também orienta o associado a respeito das atitudes a tomar para o encaminhamento das co-municações das irregularidades cometidas no exercício da profi ssão (confi ra a arte na p. 25) e, sobretudo, frisa

as limitações e os desafi os do Comitê de Ética – que não pode ser responsável por resolver toda e qualquer demanda. – Essas ações da SBD visam possibilitar que seus associados e a população possam identifi car quais médicos possuem formação acadêmico-científi ca ade-quada para exercer a dermatologia com alto padrão técnico e de qualidade – reforça o advogado Rodrigo Verdini, do escritório Brandão Couto, Wigderowitz & Pessoa Advogados.

A presidente da SBD, Denise Steiner, apon-ta que o caminho para a mudança está sendo tri-lhado com conhecimento, ética e equilíbrio e que a união dos esforços de todos os envolvidos – Dire-toria, Comissão de Ética, assessoria jurídica e asso-ciados – nessa importante etapa abrirá ainda mais espaços para o fortalecimento da especialidade e a melhora da saúde da população brasileira. – Vamos continuar nessa luta para que o dermatologista seja va-lorizado e a profi ssão cada vez mais fortalecida – assi-nala, lembrando do apoio recebido do vice-presidente, Gabriel Gontijo.

AÇÕES FRENTE AOS CONSELHOS DE BIOMEDICINA, FISIOTERAPIA E FARMÁCIA

técnico sobre cada procedimento para a utilização pelo CFM nas ações.

Já com relação ao Conselho Federal de Farmácia (CFF), a Resolução CFF 573/13 estabelece que o far-macêutico poderá realizar laserterapia, peelings, acom-panhamento e evolução estética, luz intensa pulsada, entre outros procedimentos não previstos nos artigos 1º e 2º do Decreto 85.878/81 – que estabelece o exer-

cício da profi ssão de farmacêutico – e que são relacio-nados ao exercício da dermatologia.

– Analisando a Resolução CFF 573/13 à luz das leis 3.820/60 (da criação do CFF) e 9.120/95 (que alte-rou a Lei 3.820/60), do Decreto 85.878/81 (sobre o exercício da profi ssão de farmacêutico) e da Resolução CFF 417/04 (Código de Ética do Farmacêutico), quer parecer que o CFF extrapolou os limites das atribuições e competências que lhe são impostas por lei. Isso por-que, tal resolução permite que os farmacêuticos, profi s-sionais não médicos, realizem procedimentos inerentes ao médico, mais especifi camente àqueles devidamente capacitados e habilitados para realizar procedimentos e atos na área de especialidade da medicina dermato-lógica. O artigo 13º, II, do Código de Ética do Farma-cêutico veda o exercício simultâneo das profi ssões far-macêutica e médica. Todos os normativos legais que regem a profi ssão de farmacêutico denotam, portanto, que a Resolução 573/13 é ilegal e, principalmente, co-loca em risco o profi ssional especialista e a sociedade em geral – pondera Verdini.

O médico, cujo exercício profi ssional tem histó-ria de 2.500 anos de evolução, e não só do ponto de vista técnico, como também do ético, é amparado por

normas legais específi cas, que defi nem os limites para o exercício da medicina, coibindo seu exercício ilegal, bem como de suas diversas áreas de especialização.

– O objetivo das referidas normas é a proteção dos profi ssionais da medicina e, o mais importante, da população. Assim, quando determinado profi ssional ou órgão de classe extrapola seus limites de atuação/competência o CFM é o responsável para apuração/coibição de tais atos e para a adoção de medidas admi-nistrativas e/ou legais cabíveis. A referida competência do CFM foi estabelecida pelo artigo 2o da Lei 3.268/57. Cabe ao CFM, portanto, fi scalizar e adotar as medidas administrativas e/ou legais para evitar/coibir que a me-dicina (ou uma de suas áreas de especialidade) seja exercida de forma irregular e sem respaldo legal por profi ssionais órfãos de formação técnica necessária e adequada – conclui o advogado.

Engajada na defesa do médico especialista, a Dire-toria da SBD já entrou em contato com o CFM para re-portar a existência da Resolução 573/13 e de sua ilega-lidade. Além disso, auxiliará o CFM em todo e qualquer procedimento que tal órgão venha a adotar e também estuda a possibilidade de desenvolver medidas em conjunto com o CFM.

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REGISTRO DO TÍTULO E RQE

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta ao especialista que possua o título pela SBD ou diploma de resi-dência médica em dermatologia por instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), que o registre, necessa-riamente, no Conselho de Medicina de seu estado. Apenas dessa forma, o médico pode anunciar-se como dermatolo-gista, uma vez que obteve o número do RQE (Registro de Qualifi cação de Especialista obtido ao registrar seu título de especialista em um CRM). Sem o diploma de especialização registrado nos CRMs, o associado estará cometendo infração ética ao se anunciar na especialidade por meio de placas, ca-rimbos, receituário ou material publicitário, e impossibilitado de declarar qualquer vínculo com a especialidade.

RECADASTRAMENTO A entidade está em processo de alteração do critério de

busca em seu site, para que, na pesquisa, o público leigo te-nha acesso à especialidade registrada e ao número do RQE dos dermatologistas que o possuam. Uma das metas da Di-retoria nas campanhas de defesa profi ssional é dar ênfase ao médico especialista com o devido RQE. O médico registrado e atuante terá seu nome no site juntamente com seu número de registro e o estado no qual está inscrito.

Em e-news encaminhado aos associados no dia 11 de ju-nho, a Diretoria comunicou que a SBD obteve em abril deste ano junto ao CFM o banco de dados dos médicos especialistas que já possuem o Registro de Especialista em Dermatologia, com seus respectivos RQEs. Os médicos associados titulares e afi liados (adiante detalhes sobre essa nova categoria) que já possuem o registro de acordo com esse banco de dados te-rão, em breve, o cadastro automaticamente atualizado na SBD. Aqueles que ainda não o possuem e/ou são de outras cate-gorias de associados deverão encaminhar o documento com-probatório do registro à SBD Nacional, aos cuidados de Márcia Rodrigues, para a inclusão do RQE em seu cadastro.

Ao procurar profi ssionais que estão devidamente regis-trados o paciente será atendido por quem atingiu a rigorosa

SAIBA COMO PROCEDER PARA A COMUNICAÇÃO

DO EXERCÍCIO IRREGULAR E/OU ILEGAL DA DERMATOLOGIA

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 26 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 27

Qual é a importância do registro do título de espe-cialista nos respectivos CRMs para a valorização e defesa profi ssional do médico especialista?

O médico especialista titulado por sua Sociedade é reconhecido e apto a exercer sua especialidade, pois as sociedades são muito rígidas em suas avaliações curri-culares, que são constituídas por provas escritas, orais e, muitas vezes, até práticas.

Quais as medidas que estão sendo adotadas para punição de médicos que divulgam especialidade não reconhecida ou que divulgam especialidade sem o de-vido registro?

Não somos um órgão punidor, mas sim formador de opinião. Os Conselhos Regionais de Medicina é que devem punir, se houver denúncia.

Qual a visão da AMB sobre o exercício do médico não especialista em procedimentos dermatológicos?

Sempre seremos contrários aos profi ssionais não capacitados e não habilitados; no entanto, a Constitui-ção Federal versa que qualquer profi ssional pode fazer qualquer ato médico e ser por ele responsabilizado. Portanto, a divulgação é imperativa, e os pacientes têm de ser informados.

Estão sendo oferecidos no mercado alguns cursos de pós-graduação lato sensu em medicina estética, apesar de o CFM, a AMB e o CNRM não reconhece-rem a medicina estética como especialidade. A So-ciedade Brasileira de Medicina Estética participa de alguns deles, mas, infelizmente, o MEC não coíbe sua existência. O que a AMB pensa que pode ser feito com relação a esse assunto?

Como de costume, são levados essas e outras dis-cussões aos conselhos científi co, deliberativo e à Co-missão Mista de Especialidades. Reitero que os pro-blemas existem e precisam ser divulgados de forma esclarecedora. Não podemos permitir a judicialização da medicina como um todo, mas sim mostrar aos pa-

cientes quem são, o que fazem e se podem fazê-lo. A insegurança fará com que essas pessoas procurem os verdadeiros médicos com título de especialista confe-rido pela AMB.

Além de cursos de pós-graduação em medicina es-tética, temos tido conhecimento da proliferação de cursos de pós-graduação lato sensu em derma-tologia reconhecidos pelo MEC, mas que não pos-suem carga horária, programas compatíveis e corpo docente qualifi cado. Os alunos desses cursos, que muitas vezes são apenas teóricos e de fi m de sema-na, ajuízam ações em face da SBD para participar do concurso para obtenção do Título de Especialista em Dermatologia. A Comissão de Valorização do Título de Especialista da AMB vê como possibilidade a mudança das regras pelo MEC para os cursos de pós-graduação em medicina?

Sempre veremos de forma dinâmica e precisamos ser informados dessas distorções. Nós, da AMB, somos muito atuantes em coibir atos indevidos e, como classe profi ssional, temos de ser coerentes e dignos. Sempre que nos procurarem, daremos continuidade aos fatos.

A AMB e o CFM, órgãos encarregados de regula-mentar as especialidades médicas e áreas de atuação médica no país, não reconhecem a medicina estética nem como especialidade nem como área de atuação. Algumas vezes, no entanto, foi levantada a ideia de tornar a medicina estética, ou outro nome seme-lhante, área de atuação compartilhada da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com o intuito de evitar que a medicina estética se torne uma especialidade. Qual a posição da AMB acerca desse assunto?

O Conselho Científi co, o Deliberativo e a Comissão Mista constituem os passos a trilhar. Esse parecer está transcorrendo, e foi tema da reunião do Deliberativo, em junho, em Porto Alegre. Temos urgência em coibir más condutas e interpretações.

formação exigida pela legislação brasileira para se intitular como tal. O profi ssional que se encontra na lista passou por seis anos de uma faculdade de medicina reconhecida pelo MEC, três a quatro anos de residência médica, além de ter sido aprovado em complexo exame que engloba conheci-mentos práticos e teóricos na área dermatológica: a prova do TED.

ASSOCIADO AFILIADO Categoria criada na última alteração estatutária da SBD,

o associado afi liado é o “médico dermatologista, residente ou não no Brasil, inscrito para esse fi m, que tem registro da especialidade Dermatologia no Conselho Regional de Medi-cina competente e não possui o TED obtido após aprovação no concurso promovido pela SBD” (Artigo 8o do Estatuto da SBD). De acordo com a Diretoria, o associado contribuinte que se enquadrar nesse artigo deverá requerer junto à SBD Nacional a transferência para a categoria de associado afi lia-do. Basta enviar o documento comprobatório da especialida-de dermatologia aos cuidados da SBD. “Certos de estarmos empenhados na valorização do associado da SBD e da der-matologia, contamos com o seu apoio e a união de todos os associados na defesa de nossa especialidade e fortalecimen-to de nossa instituição”, enfatiza a Diretoria. ■

O PRIMEIRO PASSO É FAZER UMA CONSULTA O SITE DO CFM (WWW.PORTAL.CFM.ORG.BR) QUE POSSUI UM BANCO DE DADOS COM TO-DOS OS REGISTROS DOS MÉDICOS ESPECIALIS-TAS EM DERMATOLOGIA PARA SE CERTIFICAR DE QUE O ATO OU FATO POR ELE OBSERVADO/PRESENCIADO FOI OU NÃO REALIZADO POR UM ESPECIALISTA EM DERMATOLOGIA.

PARA FAZER AS COMUNICAÇÕES É PRECISO ENTRAR EM CONTATO COM A COMISSÃO DE ÉTICA DA REGIONAL DA SBD DO LOCAL EM QUE FOREM CONSTATADOS OS ATOS OU FATOS QUE PODEM CONFIGURAR IRREGULARIDADES. SE NÃO HOUVER CO-MISSÃO DE ÉTICA NA REGIONAL, A COMU-NICAÇÃO DEVERÁ SER FEITA DIRETAMENTE AO PRESIDENTE DA REGIONAL.

RECEBIDA A COMUNICAÇÃO, O PRESIDENTE DA REGIONAL DA SBD DEVERÁ ENCAMINHÁ-LA, POR ESCRITO, AO PRESIDENTE DO CRM DO LOCAL EM QUE OCORRERAM OS FATOS SUPOS-TAMENTE IRREGULARES PARA A ADOÇÃO DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS E LEGAIS CABÍVEIS; E CONCOMITANTEMENTE AO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL PARA QUE ESTE APURE OS FATOS E, SE NECESSÁRIO, INSTAURE OS PROCEDIMENTOS CÍVEIS OU CRIMINAIS CABÍVEIS.

EM ALGUNS ESTADOS, O MINISTÉRIO PÚBLICO ADMITE QUE AS COMUNICAÇÕES SEJAM EFETUADAS VIA TELEFONE. PARA ISSO, O PRESIDENTE DA REGIONAL OU DA COMISSÃO DE ÉTICA LOCAL DEVERÁ VERI-FICAR NO SITE ELETRÔNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SEU ESTADO A EXISTÊNCIA DESSA INFORMAÇÃO.

O MODELO DE COMUNICAÇÃO POR ESCRITO PODE SER ENCONTRADO NO SITE DA SBD (WWW.SBD.ORG.BR). SE O ASSOCIADO PREFERIR, É POSSÍVEL OBTER UMA CÓPIA DO MODELO DIRETAMENTE NA REGIONAL DA SBD DE SEU ESTADO.

cientes quem são, o que fazem e se podem fazê-lo. Ainsegurança fará com que essas pessoas procurem os

d d i édi tít l d i li t f

ROGÉRIO DE TOLEDO, IDEALIZADOR DA COMISSÃO DE VALORIZAÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA DA AMB, CRIADA EM 2009, E DIRETOR DE PROTEÇÃO AO PACIENTE DA AMB, MOSTRA APOIO ÀS AÇÕES IMPLEMENTADAS PELA SBD E RESSALTA NESTA ENTREVISTA A ATUAÇÃO DA AMB PARA TENTAR CONTER A MÁ CONDUTA E O EXERCÍCIO IRREGULAR DA DERMATOLOGIA. “NÓS, DA AMB, SOMOS MUITO ATUANTES EM COIBIR ATOS INDEVIDOS E, COMO CLASSE PROFISSIO-NAL, TEMOS DE SER COERENTES E DIGNOS.”

O poder de agregar

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Mis uma vez estão em voga as palavras “avanço” e “compromisso”, que compõem o slogan da atual Diretoria e têm sido a gran-

de marca desses seis meses de gestão. Com projetos engatilhados e conquistas alavancadas no primeiro se-mestre, a SBD mostra aos associados que o trabalho de defesa da dermatologia e valorização do dermatologis-ta tem sido a principal prioridade dos atuais dirigentes da entidade. Uma das ações destacadas é a recente Pesquisa Perfi l do Dermatologista, que teve a adesão imediata e expressiva de 781 especialistas, o corres-pondente a 12% do universo dos dermatologistas as-sociados, e que ajudará na elaboração de políticas e projetos de interesse de todas as camadas existentes nos quadros da SBD, além de contribuir para a compre-ensão do cotidiano social e profi ssional do especialista no país. Atualmente, a SBD é a segunda mais antiga sociedade de especialidade do país, com quase 7 mil associados, sendo 75% deles sócios efetivos com título de especialista.

“A proposta de manter esse tipo de pesquisa é fun-damental, pois dessa forma conseguimos traçar metas realistas e conhecemos de fato o perfi l de nosso asso-ciado e suas necessidades”, ressalta a presidente da SBD, Denise Steiner.

Foram enviados 6.549 e-mails aos associados – com perguntas importantes sobre a especialidade e a relação com a SBD – com o total de 781 questionários fi nalizados e 1.001 acessos. Em apenas três horas, já havia 669 retornos, dando mostra de que o associado da SBD aprovou o projeto e quer ser ouvido.

“Entendemos que um relacionamento forte e dura-douro se controi a partir de um conhecimento mútuo e do reconhecimento de que o associado da SBD tem suas opiniões e visões próprias, e que estas poderiam facilitar nossa gestão. Se não o conhecermos, estamos fazendo uma gestão baseada em percepções pessoais, que podem até estar corretas. Mas quando damos ao associado a oportunidade de falar livremente, estamos demonstrando interesse real nas suas expectativas e

necessidades”, considera o vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo.

No fi m de maio, a Diretoria da SBD e dermatolo-gistas convidados se reuniram em um workshop para a apresentação dos resultados do estudo realizado por uma especialista de mercado no início daquele mês. A pesquisa, que conservou em sigilo os dados pessoais dos médicos, permitiu ter acesso a importantes infor-mações a respeito dos dermatologistas, bem como di-mensionar sua situação no Brasil, seja na esfera pública ou privada. Cerca de 200 deles não se importaram em expor seus nomes nos questionários nem de abrir suas opiniões para a entidade.

Foram avaliados diversos itens, como áreas de atuação, desafi os, satisfação com a profi ssão, tipos de pacientes atendidos, necessidades do mercado, princi-pais difi culdades encontradas na gestão do consultório, a questão da concorrência e dos novos profi ssionais, capitais de maior concentração de profi ssionais, pro-fi ssão por sexo, número de horas trabalhadas etc. O banco de dados produzido pela pesquisa vai nortear as principais ações da diretoria no que diz respeito à defe-sa profi ssional e à valorização do especialista.

“Sabemos quem é o dermatologista brasileiro, seu perfi l, suas difi culdades e suas aspirações. Sabemos também qual é sua relação, imagem e percepção da SBD. Esses resultados nos darão a chance de fazer uma gestão orientada para os dermatologistas, a partir da construção de uma identidade institucional e das estra-tégias de relacionamento”, frisa Gontijo.

DADOS APURADOS

A pesquisa detectou que a maioria dos especialistas (55%) vive nas capitais, que as mulheres têm pre-

ferência pela especialidade (75% do universo entrevis-tado é feminino) e é alto o grau de satisfação com o trabalho, sendo a nota média 8,05. Dos participantes, 67% são associados titulares da SBD.

A maior parte dos entrevistados (58%) apontou a concorrência como a principal difi culdade enfrentada. Em seguida foram citadas a disponibilidade de agenda (47%) e a qualifi cação da mão de obra em dermato-

logia (43%). Dos entrevistados, 75% atendem mais pacientes de convênio do que particulares, e 15% de-les, exclusivamente particulares. Quanto às áreas de atuação, 98% se dedicam à dermatologia clínica, 74% à dermatologia estética e cosmiatria, 66% à dermato-logia cirúrgica, 51% ao laser, 50% à pediatria, e 43% à geriatria. A média estimada de consultas realizadas em 2012 por dermatologista foi de duas mil por ano.

Indagados sobre o que vem à mente quando se fala na SBD, 41% deles disseram que é uma instituição que

Ações da diretoria

Seis meses de um novo tempo e de novas conquistas

Com pouco mais de 180 dias de trabalho, nova gestão já começa a colher frutos

39% completado

28 Jornal da SBD ● Ano 17 n.2

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30 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 31

Ações da diretoria

cumpre seu papel, e 19% que a Sociedade tem atuação expressiva e moderna. A ima-gem da SBD desde sua criação está sendo avaliada positivamente com 23% dos en-trevistados dando nota oito. A nota média

da atual gestão também foi oito. Há dez anos, na gestão de Márcio

Rutowitsch, a SBD realizou uma pesquisa do mes-mo gênero em parceria com a Fiocruz, que mostrou na época informações e análises relevantes, referentes a

dados geográfi cos, de formação profi ssional, origem so-cioeconômica e mercado de trabalho do especialista. Essa pesquisa teve início na gestão de Bernardo Gontijo, em 2000.

Mais modernaA fi m de defi nir os rumos da Sociedade em relação

a sua imagem e identidade, está em desenvolvimento pela Diretoria um estudo para a possível modernização da marca. Mais detalhes serão divulgados em breve. ■

Com o intuito de oferecer aos especialistas e ao pú-blico leigo informações de qualidade sobre a der-

matologia, de ser fonte de consulta e, especialmente, de defesa dos interesses da especialidade, a SBD rea-lizou estudo de usabilidade de seu site para promover ampla reformulação de conteúdo e do design, o que deverá ocorrer até o fi m deste ano. Para democratizar o acesso e incentivar a participação de todos foram en-viados questionários eletrônicos aos associados com perguntas abertas e fechadas. Os formulários levanta-ram os hábitos e as formas de acesso ao portal da SBD, as estruturas mais adequadas às necessidades de cada usuário, entre outros aspectos. Havia perguntas como a que horas o usuário entra no site, que preferência tem por conteúdos e links, além da avaliação geral da es-trutura do site (layout e conteúdo). Na página ofi cial da SBD no Facebook, o público leigo também pôde res-ponder às perguntas e contribuir com o projeto.

NOVA CARA

“Desde o início de nossa gestão, sentimos a ne-cessidade de atualizar o site da SBD, tornando-o mais dinâmico para assim facilitar o acesso dos associados aos temas e tópicos de maior interesse. Inicialmente, a intenção era apenas modifi car o website, mas fomos percebendo que precisávamos ir além disso. Precisáva-mos ouvir o associado nas suas aspirações, sugestões, expectativas, opiniões e reclamações. Contratamos, então, uma empresa que, antes de reformular o site, fez uma pesquisa eletrônica entre os associados”, explica o vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo.

A pesquisa reuniu 590 respostas, sendo que a maior adesão foi dos especialistas da SBD. O novo projeto prevê também busca mais efi caz nos mecanismos pró-prios – Search Engine Optimization (SEO) –, o que me-lhorará o processo de busca pelo Google. “Esse estudo de usabilidade foi feito para entender o que eles acham mais importante e assim orientar a criação de um website mais funcional e ‘palatável’. A ideia é termos algo mais simples, com conteúdo dinâmico tanto para o público leigo quanto para os dermatologistas, e prio-rizar a efi ciência dos mecanismos de busca no Google”, afi rma Calebe Bezerra, responsável pelo projeto.

O novo site vai conter algumas seções fi xas e já conhecidas do associado, como agenda atualizada de eventos e notícias importantes da área e institucionais. Já para o público leigo, além da divulgação ampla das campanhas e notícias da área, haverá um sistema mais moderno de busca, pelo qual os internautas podem lo-calizar os membros associados da SBD, em todo o país, entre outras coisas.

O Jornal da SBD conversou com a coordenadora de Mídias Eletrônicas da SBD, Eliandre Palermo, para saber que impacto terá esse aprimoramento do portal da SBD para o associado e para a população em geral.

Com design moderno, navegação reestruturada e maior funcionalidade, o site da SBD quer ser principal canal de divulgação para a área médica e o público em geral

Abaixo, a médica aponta como está o atual cenário de informação da dermatologia e como o site pode intera-gir melhor com seus públicos.

Com a ascensão da dermatologia à categoria de especialidade, as informações da área são colocadas cada vez mais em evidência, seja na mídia, com o apelo incansável dos jornalistas sobre os cuidados com a pele, tratamentos e novidades em procedi-mentos dermatológicos e cosmiátricos, muitos sem respaldo ético ou cientifico, seja nas discussões de defesa profissional, com o avanço irrefreável de pro-fissionais não qualificados e até mesmo não médi-cos, atuando livremente como se fossem verdadeiros dermatologistas.

Na era da informática, a informação é, sem dúvida, o grande poder. Por falar em verdades, a internet tem sido apontada como o expoente das novas tecnologias de informação e comunicação, tendo-se, de fato, tor-nado uma espécie de réplica do mundo real. Porém, nem tudo que está na rede é verdade, mas tudo que é divulgado torna-se real e, para tal, pode ser validado ou deturpado – tudo depende de como a informação é posicionada, recebida e repassada.

E é exatamente nesse contexto que virá o novo website da SBD. Assumindo o compromisso de fazer dele um novo portal de informações e atualizações, e principalmente nosso grande canal de comunicação com a população, aceitei o convite e desafi o de coorde-nar o site da sociedade. Esse espaço é muito importan-te, pois a internet se tornou a maior ferramenta de di-vulgação dos tempos de hoje, e nosso novo portal está sendo desenvolvido para projetar a imagem institucio-nal da SBD, atuando como principal canal de divulga-ção e de defesa dos interesses de nossa especialidade.

O primeiro passo de nosso projeto foi uma análise do site atual e a realização de um estudo de usabilidade do mesmo, no formato de questionário eletrônico. Ele

foi enviado a usuários e associados, e disponibilizado também no site da Sociedade. O estudo pretende es-clarecer hábitos e formas de uso dos sites da SBD, nos perfi s público e médico, para que possamos assim de-fi nir estatisticamente quais funcionalidades têm prio-ridade e que tratamento devemos dar à arquitetura da informação. O espaço do público leigo também será repaginado e simplifi cado. O novo projeto de web terá visibilidade bem superior em mecanismos de busca, o Search Engine Optimization (SEO), e isso permitirá que o site em todo o seu conteúdo seja otimizado para buscas no Google, por exemplo. Vamos mudar o layout e simplifi car a página principal a fi m de redirecionar a atenção para os temas mais importantes ou de desta-que.

O design do site como um todo será reformulado e renovado, pois sabemos que o visual também é mui-to importante num acesso à web. A navegabilidade e facilidade de uso também estão sendo revistos; temos um site com grande conteúdo de informação, tendo muitos textos e páginas sido agregados ao longo dos anos, sem que se refi zessem ferramentas de proces-samento adequado para esse conteúdo. Dessa forma, apesar de nosso enorme volume de informação, nem sempre somos os primeiros ranqueados nos sites de busca de temas importantes da especialidade. E mui-tas vezes temos a informação escondida em pastas de difícil acesso.

Estamos aceitando todas as sugestões e críticas objetivas nesta fase do projeto para poder atender me-lhor ao nosso associado e, assim, convidamos todos a participar. Quem quiser enviar textos, matérias ou no-tas para publicação no site deve encaminhar o material para o endereço [email protected]. Sua con-tribuição é muito importante para nós.

Eliandre PalermoCoordenadora de Mídias Eletrônicas da SBD

Eliandre Palermo (SP)Coordenadora de Mídias Eletrônicas da SBD

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32 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 33

WCD 2019 no horizonte da SBD

Em demonstração de força institucional e de prag-matismo, a atual gestão da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) iniciou 2013 com uma meta

ousada: ter o Brasil, mais especifi cadamente a cidade do Rio de Janeiro, como sede do 24o Congresso Mun-dial de Dermatologia em 2019 (WCD). Uma série de reuniões entre membros da Diretoria e dermatologis-tas com projeção no exterior defi niu a criação de um amplo planejamento internacional para a divulgação da candidatura do país em importantes encontros der-matológicos na América do Sul, na Europa, na África e na Ásia. O projeto, em pleno andamento, tem como meta construir alianças estratégicas com sociedades

médicas e estreitar parcerias com nomes infl uentes da dermatologia mundial para alavancar o WCD no Rio.

A primeira ação efetiva da candidatura teve início em fevereiro deste ano, quando a SBD apresentou ofi cial-mente sua candidatura durante o 71o Meeting da Aca-demia Brasileira de Dermatologia (AAD), contando com o apoio do presidente da AAD, Dirk Elston. Desde então, o Comitê de Candidatura, liderado por Omar Lupi (pre-sidente) e Paulo Cunha (secretário-geral), tem viajado pelo mundo, em longa jornada pelos quatro continentes (veja a agenda na p.33) para a divulgação do projeto. O resultado prático desses esforços tem sido comprovado na ótima receptividade dos colegas estrangeiros, que

mostram reconhecer a experiência da SBD em grandes eventos, bem como no dinamismo e na capacidade téc-nica e acadêmica dos membros que a compõem. “Pude perceber já no Derma Dubai (ocorrido em abril) que a candidatura brasileira tem sido vista com bons olhos pe-los mais diversos povos. Essa boa avaliação que temos dos nossos colegas do exterior tem colaborado para fi r-marmos parcerias interessantes”, ponderou Omar Lupi.

Em maio, os membros do Comitê foram convida-dos a participar do 10th EADV Spring Symposium, na Cracóvia (Polônia), e aproveitaram para buscar apoio ao projeto de 2019. O convite a Paulo Cunha partiu de Jacek Szepitowski (no centro, na foto acima), pre-sidente do evento, além de presidente da Sociedade Polonesa de Dermatologia e chefe do Departamento de Dermatologia da Universidade de Wroclaw (Bres-lau), centro de ensino fundado em 1877. Na ocasião, Paulo Cunha ministrou uma palestra no Serviço so-bre doenças tropicais e dentro do simpósio da EADV coordenou um workshop que enfocou a pele negra. “Foi emocionante dar aula sobre doenças tropicais nesse Serviço que já teve como chairmen grandes mestres da dermatologia mundial, tais como: Heinrich Koebner, criador do fenômeno Koebner; Albert Neisser, desco-bridor da Neisseria gonorrhoeae e coinventor do teste de Wassermann; e Joseph Jadassohn, Max Jessner e Heinrich Gottron, que descreveram o sinal de Gottron da dermatomiosite”, disse o dermatologista que viajou acompanhado do ex-presidente da SBD Maurício Al-chorne (1999/2000).

No mesmo mês, a presidente Denise Steiner, Pau-lo Cunha e Humberto Ponzio prosseguiram a jornada e estiveram presentes na XIII Reunião Internacional de Terapêutica Dermatológica (GITD). “Recebemos extra-ordinária demonstração de apoio por parte dos profes-sores da América Latina”, informou Paulo Cunha, que na ocasião recebeu o título de Membro Honorário da Sociedade Argentina de Dermatologia junto com De-nise Steiner.

Dando continuidade às viagens para promover o encontro de 2019, em junho, Omar Lupi embarcou para a Espanha, onde participou do Congresso Espanhol de Dermatologia e Venereologia, em Valência, e investiu no apoio da Academia Espanhola de Dermatologia para o projeto da SBD.

“Há a confi ança do Comitê de que o bom desem-penho e os laços criados nessa fase de candidatura serão fundamentais para que a candidatura do Brasil seja consolidada. Em todos os lugares por que passa-mos, fomos muito bem recebidos e tratados com todo o respeito. Estamos prontos para receber o WCD Rio 2019, e os dermatologistas do país anseiam por isso”, afi rma Lupi.

A sede do WCD Rio 2019 será conhecida daqui a dois anos, no Congresso Mundial de 2015, em Vancou-ver, no Canadá. Se vencer, o Rio de Janeiro será a se-gunda cidade da América do Sul a receber uma edição do congresso mundial. A Argentina foi sede do encon-tro em 2007.

Com experiência internacional no cur-rículo, Brasil busca apoio para sediar

Congresso Mundial de Dermatologia, um dos maiores

encontros da especialidade

Mundial de 2019

Na primeira foto à esquerda, os represen-tantes da SBD Maurício Alchorne e Paulo Cunha ladeiam Jacek Szepito-wski, presidente do 10th EADV Spring Symposium. Na seguinte, o Prof. Ibrahim Galadari, membros da Liga Pan-Árabe de Derma-tologia e Omar Lupi no encontro em Dubai

Foco em 2019: Omar Lupi troca experiências com Harvey Lui, secretário--geral do WCD 2015 (Vancouver, Canadá), e membro do board da ILDS

A presidente da SBD, Denise Steiner, com membros da junta diretiva do Cilad, entre eles, Fernando Gatti (ex-presidente), Jorge Ocampo (atual presidente) e Roberto Arenas (ex-presiden-te) no Congresso de Dermatologia da República Dominicana

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34 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 35

APOSTA NO BRASILEIRO E NO BRASIL A SBD mostra que, em um século de existência, tem

feito bem a lição de casa, com seus 73 Serviços Cre-denciados cumprindo com excelência o papel de prin-cipais formadores do dermatologista no Brasil. Além da expertise da dermatologia brasileira e da vontade de nossos especialistas em estreitar mais os laços de in-tercâmbio com colegas do mundo todo, o país tem boa estrutura para sediar um evento desse porte. “Temos todo o aparato (rede hoteleira, centro de convenções, estrutura aeroviária) para receber um evento interna-cional dessa magnitude e com qualidade, sem contar, obviamente com o potencial de nossos dermatologis-tas”, frisa Denise Steiner. A presidente da SBD ressalta também que a qualidade e a competência dos especia-listas formados no Brasil, onde há escolas tradicionais e gabaritadas, tornam o país uma vitrine na área.

Endossa a declaração de Denise o dermatologista de São Paulo e presidente do último Congresso da So-ciedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Sérgio Schalka: “O Brasil sempre foi tratado no exterior como o ‘país do futuro’, como um exótico país, com um povo simpático, mas com certo ceticismo sobre nos-sa capacidade administrativa e de organização. Fato é que o futuro chegou! O mundo já reconheceu isso ao escolher o Brasil como sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Com todas as difi culdades por que passa-mos na organização desses eventos, tenho convicção de que, ao fi nal, serão bem-sucedidos. Participar dos eventos internacionais e mostrar nosso projeto são ações essenciais. Acredito que também será importan-te o aumento da participação da SBD no Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD)”.

SIMPÓSIO DA SBD NO MEETING DE 2014 Segundo o coordenador de Relações Internacionais

da SBD, Reinaldo Tovo, a interação com as sociedades dermatológicas internacionais ganhou importante auxílio das dermatologistas Tatiane Curi e Luciana Cattini, am-bas de São Paulo. E completa: “Temos feito contatos com sociedades de dermatologia de todo o mundo para a im-plementação de programas de intercâmbio e a participa-ção de palestrantes brasileiros em eventos fora de nosso país. Em 2014, teremos um simpósio da SBD, durante o Meeting da AAD, com a participação de palestrantes bra-sileiros. Em todos os eventos internacionais, procuramos promover encontros entre as lideranças das dermatolo-gias nacional e internacional a fi m de fi rmar parcerias e estimular a visão da grandeza da dermatologia brasileira e do sucesso que o evento coordenado pelos doutores Omar Lupi e Paulo Cunha, ambos com muita projeção in-ternacional, terá dentro em breve”, salienta.

A ideia pioneira em parceria com Jayme de Olivei-ra Filho, em 2006, para a criação de um estande no Meeting da AAD para divulgar o Congresso Brasileiro que se realizaria no mesmo ano apareceu na fala de Tovo, que informou estar a SBD, desde então, marcan-do presença em eventos internacionais ao participar todos os anos com estandes no pavilhão de exibições nos congressos da Academia Americana de Dermato-logia, divulgando a Sociedade e abrindo espaço para contatos científi cos entre os países.

DO BRASIL PARA O MUNDO

Um aumento da projeção internacional da derma-tologia brasileira é o que pensa a ex-presidente da SBD Alice Alchorne (2007/2008) ao prever a repercussão da realização desse evento no Brasil. “Acredito que se-ria enorme a visibilidade da dermatologia brasileira e do próprio país. O WCD 2019 seria um marco e mos-traria a pujança da dermatologia de nosso país e nossa tradição em organizar ótimos eventos”, opina.

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ESTANDE

ALÉM DO CONGRESSO BRASILEIRO DE DER-

MATOLOGIA, EM BRASÍLIA, EM SETEMBRO, SERÁ

MONTADO UM ESTANDE DA WCD 2019 NOS

CONGRESSOS DA EADV, EM ISTAMBUL (TUR-

QUIA), EM OUTUBRO, EM NOVA DÉLHI (ÍNDIA),

EM DEZEMBRO, PARA DIVULGAÇÃO MAIS INTEN-

SA DA CANDIDATURA. EM FEVEREIRO, NA AAD,

EM MIAMI, O COMITÊ DE CANDIDATURA RIO

2019 TAMBÉM CONTOU COM ESTANDE PRÓPRIO

NO LOCAL

Apoio recebido por dermatologistas espanhois. Lupi: “Estamos prontos para receber o WCD Rio 2019, e os dermatologistas do país anseiam por isso”

Mundial de 2019

COLORIDO E ALEGRE, O LOGOTIPO DA CIDADE ASPI-RANTE É INSPIRADO NA FES-TA POPULAR MAIS FAMOSA DO BRASIL, O CARNAVAL. AS ONDAS QUE O ADOR-NAM TÊM DOIS SIGNIFICA-DOS: SÃO O SÍMBOLO DO LITORAL DO PAÍS E TAMBÉM LEMBRAM OS PELOS, ESTRU-TURAS PRESENTES NA PELE E ESTUDADAS PELOS DERMA-TOLOGISTAS

FEVEREIRO – CANDIDATURA OFICIAL NA AAD, MIAMI

ABRIL – DUBAI DERMA, EMIRADOS ÁRABES

MAIO – 10TH EADV SPRING SYMPOSIM, CRACÓVIA E XVIII REUNIÃO INTERNACIONAL DE TERAPÊUTICA DERMATOLÓGICA (GITD), BUENOS AIRES

JUNHO – CONGRESSO ESPANHOL DE DERMATOLOGIA E VENEREOLOGIA (AEDV), VALÊNCIA

JULHO – 3RD MUNICH INTERNATIONAL SUMMER ACADEMY OF PRACTICAL DERMATOLOGY, MUNIQUE

AGOSTO - SUMMER MEETING - AMERICAN ACADEMY

OF DERMATOLOGY (AAD), NOVA YORK

SETEMBRO – CONGRESSO BRASILEIRO DE DERMATOLOGIA, BRASÍLIA

OUTUBRO – CONGRESSO DA ACADEMIA EUROPEIA DE DERMATOLOGIA E VENEREOLOGIA (EADV), ISTAMBUL

NOVEMBRO – CONGRESSO DE DERMATOLOGIA PEDIÁTRICA DE DERMATOLOGIA, BOGOTÁ E CONGRESSO CENTROAMERICANO

E DO CARIBE, PANAMÁ

DEZEMBRO – CONGRESSO INTERCONTINENTAL DE DERMATOLOGIA (ISD), NOVA DÉLHI

DO BRASIL PARA O MUNDO

Para Schalka, os eventos dermatológicos brasileiros são reconhecidos pelos estrangeiros devido à progra-mação rica e bem-organizada, constituindo pontos for-tes para alavancar a escolha do Brasil como sede do Congresso Mundial de 2019. “Mas um congresso não se faz apenas com boa programação científi ca. Precisa-mos ter um excelente relacionamento com patrocina-dores e expositores, além de contar com profi ssionais da área de organização, técnicos da área audiovisual, de montagem, logística, entre outros. Nossa indústria farmacêutica, cosmética e de equipamentos é muito ativa e participativa em eventos. Somos reconhecidos como potencial mundial na área. Temos excelentes profi ssionais técnicos habituados a eventos de grande porte e antenados com o que há de mais moderno em organização de congressos. Hoje posso afi rmar com muita tranquilidade que o Brasil, como poucos países no mundo, tem tudo com qualidade para organizar um congresso do porte do WCD. E nós, liderados por nos-so Comitê da Candidatura, temos certeza de que con-seguiremos atingir o objetivo de trazer o WCD para o Brasil”, declarou ao JSBD.

CONFIRA A AGENDA DE DIVULGAÇÃO DO PROJETO EM EVENTOS INTERNACIONAIS 2013

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Anais Brasileiros de Dermatologia

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 37

ABD alcançam indexação na base PubMed Central

Quatro anos após ingressar no PubMed/Medli-ne, uma das maiores bases de dados primária e de gerenciamento de periódicos científi cos do

mundo no campo das ciências médicas e biológicas, desenvolvida e mantida pela National Library of Medi-cine (NLM), a revista Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) acaba de conquistar a indexação no PubMed Central (PMC) – base de dados digital de acesso público aos artigos científi cos disponíveis no PubMed/Medline, reproduzidos em sua totalidade e com acesso irrestrito e custo zero. Tais facilidades são consideradas pontos importantes para o aumento da visibilidade dos artigos publicados e crescimento do fator de impacto da revista, meta permanentemente perseguida por seus editores.

O processo de submissão ao PMC teve início em fe-vereiro e ocorreu em duas etapas: na primeira foram ava-liadas a qualidade científi ca e a qualidade técnica do pe-riódico. Por já estarem indexados no PubMed/Medline, os ABD foram automaticamente aprovados na primeira fase, com o resultado divulgado no fi nal de fevereiro. A segunda etapa compreendeu a avaliação das imagens, PDFs e arquivos em formato XML, todos requisitos téc-nicos mínimos do PubMed Central. A aprovação veio no dia 10 de maio, e, neste momento, estão sendo ajustados o banner dos ABD e o contrato de participação da revista na base. “Além de disponibilizar no formato HTML, eles tornam acessíveis os artigos nos formatos PDF, PubRe-ader e ePub para leitura em Ipads e outros tablets. Os vídeos também serão divulgados, ou seja, os artigos que publicarmos com vídeos serão adicionados aos textos no PubMed Central. Estamos muito satisfeitos com essa indexação e continuamos trabalhando para que a revista

alcance outra conquista fundamental, como o aumento do fator de impacto (FI), nosso principal objetivo”, expli-ca Izelda Costa, editora científi ca dos ABD desde 2009.

META: AVANÇO EM TERMOS QUANTITATIVOS

Além da atualidade do tema abordado e da língua empregada na publicação do artigo, o número de cita-ções é tido como fator considerável de sua qualidade para alavancar o fator de impacto (FI). “Conseguiremos aumentar o fator de impacto com citações em outros periódicos; logo, quanto mais visibilidade tivermos nas bases de importância como a MedLine, e nessa agora, a PubMed Central, que faz parte da primeira, será ainda melhor para nossa revista.”

Os ABD fecharam 2012 com o fator de impacto de 0,554, tendo aumento de 60% em relação a 2010. A editora ressalta que estamos vivendo um importante momento para a produção científi ca nacional, em que se faz fundamental a colaboração dos pares na elaboração de artigos para enriquecer ainda mais a literatura médica brasileira em dermatologia.

A partir da edição 88(3) maio/junho, será divulgada na revista impressa o número DOI (Digital Object Inden-tifi er) de cada artigo, “a fi m de contribuir ainda mais para a visibilidade desses artigos e facilitar sua busca pela internet. Será um adianto também para os pesquisado-res que precisam atualizar as informações no currículo Lattes”.

Os ABD também estão indexados nas bases de dados da Web of Science, Scopus, Periódica, Latindex, TDB, Embase, Lilacs e Web of Knowledge e no formato online do SciELO. ■

Em curva ascendente, revista ganha ainda mais visibilidade, o que proporciona a máxima exposição de trabalhos de investigação desenvolvidos por brasileiros no cenário internacional

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Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 3938 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

Algumas das miniapresentações foram conduzidas com esmero pelos seguintes dermatologistas da SBD que abordaram temas como: “Melasma: como os la-sers realmente podem atuar” (Roberto de Mattos), “Preenchedores: momento atual e perspectivas” (Jay-me de Oliveira Filho) e “Novas drogas para o tratamen-to tópico de lesões malignas de pele” (Reinaldo Tovo Filho). “Sentimos que havia uma expectativa muito boa de todos os colegas que aguardaram, ansiosos, esse encontro para assistir a aulas de reciclagem honestas e atualizadas dos temas abordados, alguns, inovado-res! Acredito que conseguimos proporcionar revisões rápidas e objetivas de terapêuticas atuais dos temas dos diversos blocos. Sem dúvida alguma, o Teraderm é evento de sucesso porque seu objetivo vai ao encontro das necessidades de reciclagem dos dermatologistas participantes”, afi rmou o coordenador Jayme de Olivei-ra Filho (SP).

Com uma vasta experiência na área de laser e já tendo participado de outras edições do Teraderm – como palestrante ou coordenador – o vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, acredita que o tema terapêuti-ca atrai muito a atenção do dermatologista. “O fato de ser realizado em uma única sala é muito interessante e prático. O formato das apresentações com um coor-denador moderando as discussões com os experts no assunto é muito objetivo e didático. A atualização em tratamentos dermatológicos e o aproveitamento são

Mais um ano de sucesso: Ricardo Shiratzu, Clarisse Zaitz, Humberto Ponzio e Jayme de Oliveira Filho, coordenadores do Teraderm, evento que reúne anualmente mais de mil pessoas em SP

Encontro mostra tudo que o dermatologista pode realizar no campo da terapêutica clínica, cirúrgica e estética de maneira objetiva e equilibrada

Um público maciço – cerca de 1.200 inscritos – trocou experiências e solidifi cou conhecimen-tos de diversas formas no 5o Teraderm da SBD,

encontro promovido anualmente pela SBD Nacional e que tem como marca apresentar atualizações conden-sadas das principais novidades no campo terapêutico da dermatologia. O Teraderm ocorreu nos dias 5 e 6 de julho, no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista.

O programa científi co de alta qualidade estruturado em 28 blocos – cada um com 30 minutos subdividi-dos em temas práticos e de conhecimentos facilmente

aplicados no dia a dia do consultório – foi apresentado por cerca de 100 expoentes da dermatologia do país. No fi nal de cada sessão, dez minutos de debate sobre os temas destacados confi guraram boa oportunidade para o esclarecimento de dúvidas. O formato que pri-vilegia a ênfase às discussões tem sido explorado com sucesso desde 2011. “É um evento que sempre lota e nos dá muita satisfação de trabalhar. Os temas esco-lhidos são habituais, mas sua abordagem é sempre atualizada e debatida por renomados especialistas da área de maneira bastante didática e dinâmica”, disse a coordenadora Clarisse Zaitz (SP).

Teraderm ganha fôlego em sua quinta edição

excelentes, com grande aplicabilidade na prática diária do dermatologista”, opina o médico, que palestrou no bloco “Melasma: como os lasers realmente podem atu-ar”. “A abordagem do tema, que é controverso e ainda desafi ante para o dermatologista, foi baseada em uma em uma análise criteriosa dos artigos científi cos e tam-bém em uma extensa pesquisa entre 113 dermatologis-tas no país com experiência no assunto”, completa.

Além de Jayme e Clarisse, o 5o Teraderm da SBD também teve a coordenação de Humberto Ponzio (RS) e Ricardo Shiratsu (SP).

CABELOS E UNHAS Especialista em cirurgia dermatológica, Lauro L.

Lopes Filho (PI) falou sobre o tratamento cirúrgico do câncer cutâneo sem cirurgia micrográfi ca e no debate fi nal realçou as várias técnicas cirúrgicas na oncologia. “Foi uma discussão bem interessante porque vimos as experiências de vários cirurgiões dermatológicos que trabalham nessa área”, afi rma o médico, que partici-pa do encontro pela segunda vez desde sua criação, em 2009. “Tanto em 2012 quanto neste ano participei como expert. O Teraderm já se consolidou como um dos mais importantes eventos da dermatologia brasi-leira por seu foco prático e direto no tratamento das doenças dermatológicas. A programação de 2013 foi muito abrangente e contemplou todos os interesses dos dermatologistas.” ■

Teraderm 2013

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Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 4140 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

N ão são apenas os torneios em incríveis campos de golfe, as tradicionais corridas de cavalo, de camelo e de jipe 4x4 nas dunas do deserto, os

principais entretenimentos dos turistas ou dos entu-siastas de esportes ao ar livre que vivem em Dubai. O emirado mais conhecido no Oriente Médio tem uma relação muito estreita com um esporte em específi co: o beach soccer, que desde 2006 vem ganhando espa-ço nas praias com a realização de torneios que reúnem seleções de todo o mundo. O crescimento das equipes de futebol de areia e o interesse de jovens pelo espor-

te, levou o Conselho de Esportes de Dubai a convidar a dermatologista carioca Paula Perequito Cosenza, há 15 anos jogadora da Escola Carioca de Beach Soccer, na Praia do Leblon, para ministrar palestra sobre fo-toproteção para a comissão técnica, fi sioterapeutas e jogadores das equipes de beach soccer dos Emirados Árabes. A indicação veio de Marcelo Mendes, atual técnico da seleção de Dubai e primeiro treinador de Paula na Escola Carioca, na qual são treinadas turmas de futebol feminino adulto, entre outras. Realizada no dia 8 de abril na sede do Conselho Esportivo de Dubai,

a aula contou com a presença de profi ssionais da área de esportes de várias partes do mundo, como Portugal, Hungria, além, é claro, dos árabes.

Por apresentar temperaturas extremamente altas, que chegam a ultrapassar os 45ºC durante o dia, e cuja sensação térmica fi ca acima de 50ºC, Dubai é considerada uma verdadeira sauna no verão – o que acarreta grande desconforto aos praticantes do es-porte, que na maioria das vezes treinam em locais descobertos. Em sua palestra, Paula deu ênfase, so-bretudo, aos horários de treinamento, considerados inviáveis para a saúde da pele.

– Fiz um alerta sobre os melhores horários de trei-nos, sobretudo os da equipe infantil, já que as crianças treinavam ao meio-dia! Também houve a orientação quanto à escolha dos melhores fi ltros solares para a prática de esportes, esclarecimentos sobre a diferen-ça entre a proteção UVA e UVB, e a necessidade de reaplicação do protetor e da identifi cação precoce de possíveis sinais de alerta do câncer da pele. Achei bem interessante a ideia que eles tinham de que, sendo mais morenos, não precisariam preocupar-se com câncer da pele. Isso é mito – comentou Paula Cosenza.

A obrigação do uso da burca em mulheres até mes-mo na prática de esportes, como forma de respeito a sua cultura foi ponto polêmico discutido na palestra.

Imposto pelo Alcorão, o traje feminino cobre o corpo todo, incluindo o rosto e os olhos.

– Conversamos um pouco a respeito dos possíveis problemas que isso pode acarretar, da necessidade de hidratação vigorosa e dos riscos de carências vitamíni-cas que essas mulheres podem apresentar. A presença de profi ssionais de outros países na palestra colaborou muito para abordagem mais aprofundada desse tema considerado tabu – disse Paula, que só interrompeu a prática do beach soccer na época em que cursava a pós-graduação em dermatologia pela Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ), por não conseguir conciliar os horários de estudos e treinos.

Para a dermatologista, que foi a primeira mulher convidada pelo Conselho de Esportes de Dubai a dar palestras para a equipe local do esporte, a educação a longo prazo é fundamental para os esportistas que se exercitam ou participam de competições em áreas abertas.

– Infelizmente nenhuma competição mudará seu horário em função da exposição solar, pois normal-mente existem outros interesses, como o melhor ho-rário para ser televisionada a fi m de atrair espectado-res e melhor retorno para patrocinadores. Acredito, no entanto, que as mudanças nos treinamentos diários passam a ser até mais importantes. Não é razoável que crianças treinem ao meio-dia sem nenhuma proteção. O técnico da equipe infantil mostrou-se bastante inte-ressado nas roupas com fi ltro solar, por exemplo. Foi importante mostrar que mesmo as pessoas de pele morena são suscetíveis ao câncer, com a exposição continuada, e que o uso de fi ltro solar não deixa os ho-mens com o risco de osteoporose, como temiam. En-tão, a educação a longo prazo tem muita importância não só para esportistas como para todas as pessoas – frisa a dermatologista de 31 anos. ■

Futebol de areia é um dos esportes mais procurados pelos “praianos” árabes

Dermatologista brasileira dá palestra sobre fotoproteção a equipes de beach soccer dos Emirados Árabes

Jovem Dermatologista

Paula Cosenza, mestranda em HIV/Hepatites Vitais na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e professora do curso de pós-graduação em dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ), pratica futebol de areia desde os 16 anos

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42 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

O fi m do século passado assistiu à introdução da internet, que foi rapidamente difundida pelos indivíduos de tal forma, que, mesmo sem pos-

suir computador em casa, mais de 90% dos brasileiros têm acesso à rede. A chegada da rede de comunicação foi seguida por outra invenção tecnológica hoje aderi-da por muitos: o smartphone, aparelho que combina as funções convencionais de telefonia celular com a capa-cidade de computação avançada e que permite a seus usuários fazer download de uma infi nidade de apli-cativos (os apps). Atualmente, existem cerca de dez mil aplicativos médicos dentro da Apple Store, sendo muitos deles projetados especifi camente para os pro-fi ssionais de saúde. Completamente conectado, o der-matologista Emmanuel Pereira Benevides Magalhães, graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e com residência em dermatologia na Es-cola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), é a favor do uso smartphone na prática diária, sendo mais um aliado do médico, e com potencial enorme. Ele baixa aplicativos e recursos disponíveis no aparelho para diversos fi ns: “No atendimento aos pacientes, utilizo aplicativos

Apesar da grande variedade de aplicativos disponí-veis para tarefas diferentes, todos eles têm um objetivo comum, que é auxiliar na prática clínica para melhorar os resultados dos pacientes. No entanto, ao mesmo tempo que facilitam a vida dos médicos eles também devem ser rigorosamente avaliados antes de sua im-plementação na prática clínica ou como ferramenta de primeiros socorros para pessoas em geral. A utilização pelo público leigo também merece atenção especial.

“O mau uso, principalmente por escolha equivoca-da da melhor ferramenta ou por desconhecimento do modo de uso, pode gerar frustrações nos profi ssionais decorrentes da não obtenção da informação ou facilida-de desejada, da obtenção de informações inadequadas ou da sensação de inefi ciência em alunos e professores que não atinjam os desfechos educacionais desejados. O maior risco, porém, está nas ferramentas voltadas para o público em geral. Muitos pacientes tentam es-tabelecer o próprio diagnóstico e tratamento baseados no que leem em diversas fontes na internet, causando muitas vezes atrasos no diagnóstico correto e, pior, tra-tamentos errados que podem levar a danos adicionais e desnecessários. Considero que tais ferramentas se de-veriam limitar a dar informações gerais, mais voltadas para cuidados preventivos e necessariamente acom-panhadas da orientação de buscar um médico sempre que necessário”, afi rma Emmanuel Magalhães.

Um estudo publicado na edição de abril no Journal of Mobile Technologie sobre o uso das novas tecnologias

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 43

graduado em Medici-na pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e com residên-cia em dermatologia na Escola Paulista de Medicina da Univer-sidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), Emmanuel Magalhães é totalmente a favor do uso do smartphone na prática diária, mas com responsabilidade

e da internet na prática médica verifi cou que 43 alunos da Universidade de Monash preferem usar a internet e os apps, pela rapidez e facilidade da busca eletrônica, em detrimento dos meios tradicionais de estudo, como livros e materiais impressos. Na visão de Emmanuel, porém, nada substitui a presença de um bom professor. “A busca eletrônica facilitou muito a resolução de pro-blemas específi cos, como levantamentos bibliográfi cos extensos e exaustivos, necessários quando se deseja conhecer toda a literatura existente sobre um deter-minado assunto, ou a necessidade de resposta rápida a uma situação clínica real. Para tais situações, supera ferramentas convencionais de modo defi nitivo, por sua rapidez, atualização constante e disponibilidade sem restrições de tempo ou espaço. As ferramentas eletrô-nicas permitem ainda novas metodologias de aprendiza-do, interativas e com uso de imagens, ensino a distância e atualização profi ssional contínua, e, se bem utilizadas por professores e autodidatas, aceleram e diversifi cam o aprendizado. Entretanto, atingir bons resultados nem sempre é fácil, exige conhecimento da ferramenta em si e, principalmente, de técnicas de ensino/aprendizagem. Em outras palavras, ainda não há substituto eletrônico do bom professor. Considero que, acima do alicerce do conhecimento teórico, o que faz o bom médico é a ex-periência e o bom-senso, que só são adquiridos no con-tato real com pacientes e na discussão olhos nos olhos com experts. Nenhuma ferramenta eletrônica é capaz de igualar o valor dessas interações”, reforça. ■

e da internet na prática clínica

Tecnologia e Medicina

Apesar do uso frequente,

nenhuma dessas ferramentas é capaz

de substituir a presença do médico

nem de estabelecer a

melhor decisão diante da enorme

complexidade do adoecimento humano

como o Bulário Digital, Interação Medicamentosa e Genéricos BR para conferência de detalhes de medica-ções, CID-10 Pro para consulta rápida à CID, e o Atlas de Dematologia da SBD, que permite ilustrar as ex-plicações dadas aos pacientes que desejam entender detalhes de seus diagnósticos e tratamentos. Utilizo também a câmera para obtenção de fotos e para re-passar imediatamente ao paciente quando necessário. Para atualização, leio livros e artigos no iBooks e Adobe Reader e utilizo aplicativos de casos-desafi o como o DermInReview e o NEJM Image Challenge. Outra suges-tão de aplicativo de leitura é o GoodReader, que vários colegas utilizam e elogiam. Sempre procuro novos livros interessantes no aplicativo Amazon, alguns dos quais obtenho na forma de e-book e leio no próprio smartpho-ne ou no tablet. Diversos utilitários também facilitam o dia a dia do consultório, como o aplicativo Calendário para agenda pessoal, aplicativo Notas, bom para anota-ções rápidas que precisam fi car à mão, CamScanner free para escanear, corrigir, armazenar e compartilhar do-cumentos e imagens, além dos óbvios aplicativos Mail e Mensagens para diminuir o tempo de resposta de e--mails e mensagens de pacientes e fornecedores.”

Uso de telefones celulares

Page 24: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

44 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

Tecnologia e Medicina

O aplicativo médico desenvolvido por Maurício Conti, coordenador de Comunicação da Regional Santa Catarina da SBD, especialmente para o 66o Congresso Brasileiro de Florianópolis, em 2011, foi um marco para a Socieda-de Brasileira de Dermatologia (SBD). A ferramenta cria-da com pioneirismo no continente americano colocou à disposição dos congressistas a programação científi ca, social, entretenimento, clima tempo, entre outros itens relevantes referentes ao encontro dermatológico. Esti-mulado pela iniciativa bem-sucedida da SBD, o derma-tologista Sérgio Shalka, presidente do 25o Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), fez um convite à Conti para que ele o assessorasse na criação de um aplicativo similar para o CBCD de Cam-pos do Jordão. O app manteve as mesmas funções, so-frendo apenas uma pequena modifi cação nas suas ca-racterísticas técnicas. “Melhoramos a sincronização da programação científi ca, fazendo que cada dispositivo consultasse a internet silenciosamente uma vez por dia, buscando alterações, mas mantendo o app funcionan-do mesmo offl ine, em ambientes sem internet”, disse Maurício Conti, coordenador de mídias do Congresso da SBCD Campos 2013.

A aceitação dos médicos foi muito boa. “Em Floripa 2011 foram 976 instalações, num Congresso de aproxima-damente 4.500 participantes. Já em Campos do Jordão, tivemos 767 instalações, num universo de aproximada-mente 2.200 congressistas. O salto foi bem grande, pro-vando o sucesso da ferramenta”, complementa.

Para o médico, no contexto da prática clínica, os apps já são ferramentas universais. “Recomendo a todos os dermatologistas, independentemente do gosto por tecno-logia, que prefi ram telefones ditos smartphones. As van-tagens virão de aplicativos gratuitos que permitem cruzar dados de interações medicamentosas, como é o caso do app Medscape, como virão também dos aplicativos futu-ros, destinados ao público da SBD. Os pré-requisitos de qualidade científi ca e de segurança, citados no número anterior do JSBD pelo coordenador do Departamento de Teledermatologia da SBD, Dr. Maurício Paixão, são con-templados por muitos aplicativos. O próximo passo é o dermatologista brasileiro como protagonista na criação desses apps”, conclui Conti que está trabalhando no apli-cativo para o Congresso Brasileiro em Recife (2014).

Tecnologia a favor da dermatologia Voltado unicamente para especialistas em dermatologia, o software online Memed foi desenvolvido para facilitar a rotina médica nos consultórios. Por meio da ferramenta, o médico pode acessar toda a linha dermatológica de pro-dutos de renomados laboratórios do mercado – são mais de 1.252 produtos cadastrados no site e disponíveis para consulta – realizar buscas rápidas, verifi car posologias e preços médios dos medicamentos sugeridos pelos labo-ratórios participantes, além de criar e salvar as próprias prescrições. Recém-lançada e com todas essas facilida-des, o Memed ainda gera dúvidas quanto ao impacto que pode causar no cotidiano do dermatologia e no sigilo mé-dico: “Precisamos avaliar que efeitos esse tipo de software pode gerar em termos de confi abilidade na prescrição e na qualidade do atendimento do dermatologista, pois há que ter embasamento científi co e conhecimento clínico para defi nir o tratamento apropriado a cada paciente. O sigilo médico também é algo bastante importante, sendo necessária minuciosa avaliação sobre os benefícios reais da ferramenta”, ponderou a presidente da SBD, Deni-se Steiner, que pretende avaliar possível parceria com o Memed. ■

Aplicativo para tablets e celulares são tendência na dermatologia

O COORDENADOR DE COMUNICAÇÕES DA REGIONAL SANTA CATARINA, MAURÍCIO CONTI, RESSALTA QUE O DERMATOLOGISTA BRASILEIRO ESTÁ PRONTO PARA NO FUTURO SER PROTAGONISTA NA CRIAÇÃO DE IMPORTANTES APPS VOLTADOS PARA A ESPECIALIDADE

Page 25: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

Os preparativos para o 68o Congresso Brasileiro de Brasília estão evoluindo bem, com 2.463 pré-inscritos até meados do mês de junho. O

número mostra o tamanho da vontade dos congres-sistas em se aperfeiçoar no mais completo evento da área da SBD, que será realizado de 7 a 10 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A grade científi ca atinge variada gama de interesses e é dividida em 31 fóruns, nove fóruns especiais, 41 simpósios, oito sessões Tire suas dúvidas, 69 cursos, sendo 35 deles específi cos, além de palestras, desafi o clínico e ofi cinas (Mente e Corpo). O encontro será iniciado com pales-tras magistrais no sábado (7), e os cursos de cosmia-tria ocorrerão no último dia (10).

A cada dia do evento, temas diferentes serão abor-dados nas áreas de laser, cosmiatria e cirurgia. “Tere-mos várias sessões simultâneas, proporcionando ao dermatologista liberdade para suas opções”, informa Lia Castro, presidente da Comissão Científi ca. “Haverá espaço para debatermos o que está por vir nas áreas da dermatologia geral, clínica, cirúrgica e cosmética, com todas as ferramentas de mídia e suas implicações e cuidados éticos”, completa Gilvan Alves, presidente do Congresso.

Brasília também está preparada e bem-estruturada para receber os participantes do Congresso, com con-fortável rede hoteleira e muitas opções de lazer e gas-tronomia: “O centro hoteleiro fi ca próximo ao local do evento; portanto, todos fi carão bem-acomodados. Ao mesmo tempo, para os acompanhantes vamos ofere-cer inúmeras opções de lazer e entretenimento”, com-plementa o presidente.

QUALIDADE

Todos os palestrantes internacionais que participa-rão do evento estão em evidência na produção cientí-fi ca mundial, trazendo assuntos de grande interesse da categoria e novas técnicas desenvolvidas no exterior. Eles abordarão desde manifestações sistêmicas nas dermatoses até avanços genéticos relevantes em der-matologia, incluindo, por exemplo, vitiligo em crianças, novas drogas oncológicas, vitamina D, revisão sobre lasers, entre outros.

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 47

Congresso em Brasília disposto a inovar

LOGOMARCA

Foi desenvolvida a partir dos desenhos de azule-jaria que caracterizam a arquitetura da cidade, criados originalmente pelo artista Athos Bulcão para os proje-tos de Oscar Niemeyer. “Retomam o partido modernis-ta que, por sua vez, reforçou o vínculo com a história da azulejaria portuguesa, originalmente empregada nos projetos das edifi cações coloniais. O selo básico da logomarca apresenta nove peças reunidas como um pequeno conjunto em que se sobressaem os sig-nos gerados pelas letras da palavra “Dermatologia, de imediata leitura, mas bastante esquemáticos: círculo e semicírculo, triângulos e faixas. O gride de cor clara contorna as letras criando sua amarração, referindo-se aos intervalos entre as peças de azulejos. As cores uti-lizadas reforçam a dinâmica do olhar ao longo da marca e reportam-se diretamente aos diversos tons de pele que denominam genericamente as raças”, conta o ar-tista plástico e criador da logomarca, Ralph Gehre.

Congresso Brasileiro

Festival de balonismo em

Brasília integrou as comemorações do 53º aniversário da cidade, no último

dia 21 de abril

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Page 26: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

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APRENDIZADO E DIVERSÃO Uma agenda repleta de atividades e inovações para

os associados e acompanhantes foi organizada pela jovem Comissão Social. A coordenadora Grace Caldas informa que foram liberados dois dias para passeios, festas e jantares. “Os congressistas só terão de esco-lher de qual desejam participar.” A programação do primeiro dia de Congresso, 7 de setembro, terá como marca o resgate do período áureo dos rock 1980 com apresentação da Orquestra Filarmônica de Brasília tocando Legião Urbana, revivendo um dos maiores poetas do rock brasileiro, Renato Russo (foto ao lado). No dia 10 de setembro, a festa de encerramento será embalada pelo show da banda brasiliense Capital Ini-cial (foto abaixo) e DJs convidados. “Para acompanhar, serviremos bebidas exóticas e gastronomia impecável. Antes e depois do show do Capital, haverá apresenta-ção de DJ, que promete levar todos à pista de dança. Para quem preferir música suave, preparamos um loun-ge. A alegria será a tônica da noite de encerramento, programada em cada detalhe para celebrarmos juntos os bons momentos de nosso Congresso”, acrescenta Grace, lembrando que é necessário inscrever-se ante-cipadamente para a festa.

Para realizar as inscrições, os dermatologistas de-vem acessar o site www.dermatobrasilia2013.com.br. A inscrição para acompanhante dará direito à partici-pação na cerimônia de abertura e na festa de encerra-mento do 68o Congresso da SBD. ■

48 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

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Maio/2013

Page 27: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

A coluna “Analogias em Medicina” tem signifi cativa utilidade prática, particularmente por seu papel didáti-co-pedagógico e por facilitar a com-preensão de diversos processos pato-lógicos que acometem o ser humano. Muitas vezes coloquial e/ou restrita ao diálogo entre médicos e outros profi ssionais envolvidos, mantém-se dentro das normas éticas.

Heinrich Auspitz (1835-1886)

Patologista HFR/BHProfessor de patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Geraise membro da Academia Mineira de [email protected]

Analogias em Medicina

Orvalho sangrante

Segundo os historiadores da medicina, a psoríase é uma das doenças mais antigas da humanidade, já conhecida de Hipócrates. Entretanto, sua ca-

racterização/classifi cação foi feita na segunda metade do século 19, quando várias formas foram reconheci-das pelo grande dermatologista vienense von Hebra. Acredita-se que as referências bíblicas aos supostos portadores de hanseníase (“os tais leprosos”) eram di-rigidas a pessoas com psoríase. Tudo leva a crer, com o devido respeito às crenças religiosas, que o diagnóstico diferencial entre essas e outras doenças cutâneas ca-recia de intervenção divina. Portanto, certos milagres, quanto a sua etiologia, seriam questionáveis.

A psoríase, como se sabe, apresenta distribuição mundial e acomete de um a 2% da população cauca-siana em certos países. Estudos clínicos mostram que não ocorre ou é rara em índios norte-americanos e sul-americanos e em negros, tendo baixa incidência em asiáticos.

A meteorologia nos ensina que orvalho é conden-sação do vapor da água da atmosfera que se deposita em gotículas sobre superfícies horizontais e resfriadas, como folhagens, terra, telhados etc., pela manhã e à noite. O mesmo que “relento”, “rociada”, “rocio”. Por extensão, assim se denomina também qualquer líquido propagado em gotículas, como se fosse orvalho ou bor-rifo (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).

Como é do conhecimento dos dermatologistas, quando as escamas de uma placa de psoríase são re-movidas, ocorrem, após alguns segundos, focos pun-tiformes de sangramento, com origem nos capilares venulizados e dilatados das papilas dérmicas. O san-gramento resulta da amputação dos capilares no topo das papilas dérmicas elevadas. Tal aspecto foi compa-

rado às gotículas de água em uma folha ou superfície, como se observa nas gotas de orvalho, porém aver-melhadas pelo sangramento. Esse quadro clinicopa-tológico foi observado e descrito pelo dermatologista austríaco Heinrich Auspitz (1835-1886) – a Áustria, no século 19, especialmente a capital, Viena, era resi-dência de muitos dermatologistas notáveis –, sendo denominado sinal de Auspitz ou do orvalho sangrante, sanguíneo ou sangrento (em alemão, blutingen Taus; em inglês, bloody dew; em francês, rosée sanglante). Auspitz descreveu também a acantose e a paracerato-se próprias da doença, e Munro, em 1898, descreveu os microabscessos com neutrófi los na camada córnea, que lhe herdaram o nome.

Premonição sentida e relatada por um orquidófi lo de Barbacena (Cidade das Rosas): “Era madrugada. Acordei assustado. Corri ao jardim. Procurei, ofegante, o canteiro das orquídeas. Percebi borrifos vermelhos sobre suas delicadas pétalas. Fiquei chocado. A contra-gosto, fi z o diagnóstico: sofriam de psoríase.” ■

José de Souza Andrade Filho

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 51

Page 28: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

Dermatologistas de diversas culturas terão um objetivo comum na terceira edição da Academia Internacional de Verão (ISA) 2013, de 21 a 26 de

julho, em Munique, na Alemanha: a experiência de par-ticipar de um grande evento de educação médica em um dos países mais incríveis do mundo. Organizado por Thomas Ruzicka, chefe do Departamento de Dermato-logia da Universidade Ludwig Maximilian, o encontro ocorre a cada dois anos e reúne renomados especialistas da área. A edição de 2011 contou com a presença de 930 dermatologistas de 71 países. Além de adquirir e renovar conhecimentos, discutir os últimos desenvolvimentos de tratamento e farmacêuticos e fazer novas amizades pessoais e profi ssionais, os dermatologistas terão a chance de conhecer uma agradável e receptiva cidade. Uma cidade que exala arte, cultura e ares boêmios.

Nas ruas de Munique, o que mais se vê são mú-sicos, cineastas, artistas plásticos e, claro, amantes de cerveja. O berço da Oktoberfest oferece centenas de opções de bierkellers (pubs fechados) e biergartens (bares ao ar livre) para todos os gostos. Para se ter uma dimensão do envolvimento de Munique com a bebida, durante os 16 dias de Oktoberfest, sempre em setem-bro, a cidade de 1,3 milhão de habitantes recebe mais de 6,5 milhões de pessoas (o equivalente à população da cidade do Rio de Janeiro!) que consomem nada me-nos do que sete milhões de litros de cerveja. Munique, porém, não tem como atração principal a cerveja. O patrimônio cultural, o comércio fervilhante e a anima-ção de seu povo são outras características notórias na capital da Baviera.

Aconchegante, calma e segura, a cidade se localiza às margens do rio Isar, ao norte dos Alpes da Baviera, e é o terceiro maior centro urbano da Alemanha, atrás de Ber-lim e Hamburgo. Por falar no rio Isar, é impossível não lhe derramar elogios. Uma caminhada acompanhando seu curso é o bastante para entender um pouco o que signifi -ca a tão desejada qualidade de vida nessa grande cidade.

Munique também é rica em museus, praças, ruas históricas e parques, como o Perlacher Forst, uma grande fl oresta no sudeste da cidade com trilhas para caminhada e ciclismo. O local é perfeito para quem quer tranquilidade e introspecção.

O Deutsches Museu, um dos mais antigos e maiores do mundo, tem oito andares de muita história da tecnolo-gia e ciência. A ala Zentrum Neue Technologien é dedica-

da às novidades da biotecnologia. A história do Kunsta-real, ou Distrito das Artes, remonta ao século 16 quando o duque Wilhelm IV encomendou uma série de pinturas históricas para o palácio real.

O típico estilo de vida da cidade está presente tam-bém no Kunstareal München, onde não se encontra ape-nas a grande arte, mas também bares simpáticos, cafés e lojas agradáveis. Já o Museu da BMW dedica-se à cultura automobilística, enquanto no estádio Allianz Arena assis-tir a uma partida dos craques do Bayern de Munique é a grande sensação! Já o shopping center de linda arquite-tura, o Fünf Höfe, oferece algumas opções descoladas de cafés e restaurantes, além de uma galeria de arte.

Uma das praças mais bonitas da Alemanha é a Ma-rienplatz, o coração de Munique. Situada no bairro de Altstadt, leva o nome da Virgem Maria. O toque dos seus sinos é a cara de a cidade tanto quanto a gótica catedral Frauenkirche, ou da Hofbräuhaus, a cervejaria mais famo-sa do mundo. Alguns quarteirões ao sul da Marienplatz fi ca o Residenz (antiga residência dos reis da Bavária) e o Deutsches Museum, locais imperdíveis para visitação. Le-vantado sobre um antigo aeroporto para receber os Jogos Olímpicos de 1972, o enorme estádio Olympiapark inclui pista de esqui coberta, trilha para bicicleta, quadras de tê-nis e até parque de diversões.

Repleta de belezas e riquezas numerosas, Munique chama a atenção por ser um lugar em que história e tradi-ção convivem com a modernidade de uma cidade poten-cialmente industrial e desenvolvida. E superacolhedora. ■

Destinos

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 53

Mercado de especiarias (souks)

A cidade se destaca por seu acervo arquitetônico e é uma das grandes referências no mundo da moda, design e artes

Munique: vocação para as artes

Deutsches Museum

Frauenkirche

Estádio do Bayern de Munique muda de cor de acordo com o mandante do jogo

Destinos

52 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3

Page 29: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

54 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 55

Idioma: alemão e inglêsMoeda: euroVisto: não é necessárioDDD: 89Fuso horário: + 4h (horário de Brasília)

Informações e serviços

Curiosidade – Sede de multinacionais, como Microsoft, BMW e Siemens e principal centro cinematográfi co do país (foi lá que Wim Wenders começou a estudar cinema) Munique é a cidade-desejo dos alemães e fi -gura entre as primeiras no ranking que in-dica os centros urbanos com menor taxa de desemprego no país, sendo também dona da maior economia alemã depois de Berlim

3rd Munich International Summer Academy of Practical Dermatology

Opresidente do 3rd Munich International Summer Academy of Practical Dermatology (Academia In-ternacional de Verão (ISA), Thomas Ruzicka, fala

na entrevista concedida para o editor médico do Jornal da SBD, Omar Lupi, das peculiaridades da dermatologia ale-mã, do futuro da dermatologia e divulga o encontro que ocorrerá no fi m de julho (22-26), em Munique, cidade que para ele “oferece grandes atrações turísticas devido a sua cultura, beleza arquitetônica e maravilhosas paisa-gens alpinas”. Durante o ISA 2013, Omar Lupi apresentará palestras sobre dermatologia tropical e dermatite atópica, e fi rmará parcerias para a candidatura do Rio de Janeiro à sede do WCD 2019. Acompanhe a seguir:

Jornal da SBD: Onde e quando começou a praticar der-matologia?Thomas Ruzicka: Comecei meu treinamento de resi-dência na cidade de Düsseldorf, Alemanha, supervisio-nado pelos falecidos professores Greither e Goerz, em 1978. Antes mesmo de minha residência, tive contato com dermatologia durante a pesquisa para minha tese de doutorado sobre a síndrome de Lyell. O Prof. Goerz foi um dos pioneiros da dermatologia molecular na Alemanha e infl uenciou fortemente meu interesse em fi siopatologia molecular de doenças de pele, bem como no tratamento orientado das doenças genéticas.

JSBD: Qual é sua principal área de interesse?TR: Tenho uma vasta área de interesse. Minha investiga-ção original e trabalho clínico foram dedicados a dermato-ses infl amatórias crônicas, particularmente eczema ató-pico, psoríase e lúpus eritematoso. Trabalhei também, no entanto, com alergologia e efeitos da radiação ultravioleta em doenças de pele, oncologia clínica e molecular, tera-

pia fotodinâmica, dermatofarmacologia e muitos outros. A razão para esse amplo espectro é, provavelmente, mi-nha curiosidade natural. Encontrar a cada dia os pacientes com doenças incomuns ou complicadas constitui forte estímulo para investigar a fi siopatologia dessas doenças, para testar possíveis tratamentos e fazer a pergunta “por que certos tratamentos funcionam em determinadas situações ou doenças?”.

JSBD: Há algum tema especial para o ISA 2013?TR: Estamos muito orgulhosos de realizar a terceira edi-ção da Academia Internacional de Verão de Prática de Dermatologia, de 22 a 26 de julho, em Munique. A par-tir deste terceiro encontro pode-se falar em tradição! Os primeiros dois encontros foram um tremendo sucesso: a segunda reunião trouxe 930 dermatologistas de 71 países de todo o mundo para Munique. Uma vez que esses cole-gas passaram cinco dias juntos, muitas amizades e redes internacionais surgiram e há algo como um sentimento de família para os participantes deste próximo congresso. Muitos colegas vão voltar e trazer seus amigos. O encon-tro é dedicado a todo o espectro de dermatologia, de A a Z. Oferecemos apenas as sessões plenárias, sem sessões paralelas, de modo que os participantes fi quem juntos e compartilhem a experiência de palestras dadas pelos lí-deres mundiais em dermatologia. Enfatizamos não só a experiência dos palestrantes, mas também sua retórica e capacidades didáticas. Ao lado desse valor educativo úni-co, Munique oferece grande atração turística devido a sua cultura, beleza arquitetônica e maravilhosas paisagens alpinas muito próximas. Assim, os participantes poderão desfrutar de um grande evento educacional, com muitos contatos internacionais, em combinação com atraente experiência turística.

JSBD: É possível fazer um paralelo entre o exercício da medicina na Alemanha e no Brasil?TR: Há uma grande diferença no exercício da dermato-logia na Alemanha e em muitos outros países. A derma-tologia é uma especialidade bastante ampla, com várias subespecialidades, como as doenças venéreas, incluindo o HIV, assim como alergologia. Na verdade, os derma-tologistas alemães são, simultaneamente, alergologistas que cobrem toda a área de alergologia – não só derma-toalergologia, mas também alergias respiratórias, alergias a medicamentos etc. Os dermatologistas na Alemanha tratam crianças e adultos. Além disso, cobrimos toda a dermato-oncologia, incluindo quimioterapia de melano-ma, fl ebologia incluindo fl ebocirurgia, proctologia, andro-logia e outros campos.

JSBD: Quais são as principais doenças dermatológicas enfrentadas pelos dermatologistas na Alemanha?TR: Atualmente são as doenças oncológicas. Além disso, as doenças geriátricas estão-se tornando cada vez mais comuns devido ao desenvolvimento demográfi co de nos-sa sociedade. Isso inclui, por exemplo, úlceras de perna ou medicina estética, o antienvelhecimento. A cirurgia dermatológica vai junto com dermato-oncologia, e mui-tos dos nossos pacientes apresentam casos cirúrgicos. As doenças alérgicas constituem aproximadamente 30% de nossa gama, e outros 30% dizem respeito às dermatoses clássicas, como psoríase, eczema, acne, rosácea, onico-micose, perda de cabelo etc.

JSBD: Qual é sua opinião sobre o futuro da dermato-logia?TR: Devido ao desenvolvimento demográfi co, a derma-tologia será orientada para doenças geriátricas. Isso inclui dermato-oncologia, que também vai exigir forte especiali-zação cirúrgica. Devemos lutar para manter todas as áreas da dermatologia unidas, incluindo histopatologia, oncolo-gia, venereologia e outras. O futuro brilhante da derma-tologia dependerá de excelentes médicos treinados e do aspecto científi co, como base racional de nossa prática.

JSBD: Como vê a candidatura do Rio de Janeiro para sediar a WCD em 2019?TR: Tenho muitos amigos trabalhando em hospitais uni-versitários no Brasil e muitos colegas visitaram no passa-do nosso departamento. Eles são altamente capacitados, motivados e pessoas bem organizadas. O Rio de Janeiro certamente irá proporcionar um ambiente estimulante, pois é uma cidade fascinante para atrair um grande nú-mero de colegas de todo o mundo. Eu acredito que o Rio seja ideal para sediar um evento internacional – além da Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos! ■

Entrevista

Metrô de Munique tem ares futuristas

Pensar na gastronomia alemã é logo imaginar defumados e... cervejas

Page 30: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

56 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 57

Distrito FederalA SBD-DF em parceria com o Rotary Club de Brasí-

lia promoveu mais um evento “Dermatologia Solidária” no Distrito Federal: crianças carentes do bairro Estrutu-ral ganharam exemplares da revista A pele e o sol sobre fotoproteção doadas pela SBD-Resp, junto com orien-tações sobre cuidados com a pele.

Regionais

9 - ParanáQuatorze médicos do Paraná foram aprovados

no último Exame de Título de Especialista em Der-matologia (TED): Brunno Zeni de Lima, Fernando da Cunha Zillo, Monique Carolina Meira do Rosário de Souza e Elisa Beatriz Dalledone Siqueira, do Serviço de Dermatologia da Faculdade Evangélica do Para-ná/Hospital Universitário Evangélico de Curitiba; Mariana Ribas Zahdi, Camila Fernanda Novak Pi-nheiro de Freitas, Gabriela Bestani Seidel e Vanes-sa Cristina Soares, do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR); Carlos Al-berto Bruno Mendes de Oliveira, Gerson Dellatorre, Talitha Possagno Chaves e Renata Von Linsingen, do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Curitiba/Pontifícia Universidade Católica do Paraná; e Alla-manda Moura Pereira e Rodrigo Antônio Bittar, do Serviço de Dermatologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Parabéns a todos!

Rio Grande do SulEvento de sucesso

de críticas e de públi-co, a 21a Jornada Sul--Brasileira de Dermato-logia ocorrida no início de abril, em Gramado, no Rio Grande do Sul, contou com a presença de pales-trantes renomados de todo o Bra-sil, além do dermatologista Horácio Cabo, da Argentina, que brindou os participantes com conferências de altíssimo nível científico. “Porto Alegre prepara-se agora para a XXXVIII Jornada Gaúcha, em setembro, com convidados renomados de nossa especialidade e com a presença ilustre do Dr. Roberto D’Avila, presidente do Conselho Federal de Medi-cina (CFM), que proferirá a conferência magistral do evento intitulada ‘Ética na Prática Médica’, revelou o presidente Gustavo Gonçalves Costa Pinto Corrêa. As inscrições podem ser feitas pelo site www.jornadagau-chasbdrs.com.br.

Senador Cássio Cunha Lima ao centro, ladeado à direita pela pre-sidente da SBD-PB, Luciana Trindade, e a conselheira Débora Ca-valcanti, e à esquerda pelo o vice-presidente da CRM-PE, Otávio Lopes e esposa

ParaíbaA presidente da Regional Paraíba, Luciana Trinda-

de, esteve presente em evento promovido pelo Con-selho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) que homenageou o senador Cássio Cunha Lima, em reco-nhecimento a seu esforço pela aprovação do Ato Mé-dico no Senado. Ocorrido no dia 17 de maio, na sede do Conselho, teve a participação de vários médicos e estudantes de medicina, além de representantes de entidades e conselheiros federais, como o presidente e o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz D’Avila e Carlos Vital Corrêa Lima, respectivamente.

Santa Catarina No dia 9 de maio, o Centro de Estudos Dr. Jorge

José de Souza Filho, na sede da SBD-SC, recebeu asso-ciados e convidados para o simpósio “Manejo de Imu-nobiológicos”, ministrado pelo dermatologista André de Carvalho, do Ambulatório de Psoríase da Santa Casa de Porto Alegre. Na ocasião, a Regional disponibilizou gratuitamente aos associados a transmissão simultâ-nea do encontro pela internet. “Repetimos esse modelo com sucesso. A plateia se dividiu entre os que assis-tiram e puderam fazer perguntas pelo computador ou iPhone, e os presentes, que lotaram o espaço físico da sede. A audiência alcançou 16 conexões simultâneas, enquanto na sede 17 médicos estiveram presentes”, ex-plica o coordenador de Comunicação, Maurício Conti.

De acordo com o médico, as transmissões de reu-niões mensais pela internet foram iniciadas na gestão da ex-presidente Silvia Maria Schmidt, e na gestão atu-al, o presidente da SBD-SC, André Rossetto, optou por investir ainda mais e realizar melhorias para atrair os associados. “O Dr. André considera que a solução en-contrada para transmissão online, a plataforma ameri-cana Livestream, tem qualidades que podem interessar a outras Regionais da SBD, como o controle de aces-so mediante senha e custo acessível de manutenção. Destaca ainda que a ferramenta agrega as atividades da Regional, com o cumprimento da meta de facilitar a educação médica continuada dos associados que resi-dem fora da capital”, completa Conti.

O presidente da SBD-SC, André Rosseto (o terceiro da esq. para

a dir.) entre sua diretoria, com o palestrante André Carvalho (o

quarto da esq. para a dir.)

PiauíA SBD-PI realizou nos dias 26 e 27 de abril o curso de

atualização em peeling químico e laser. Ministrado pelo reconhecido Prof. Romulo Mene, o curso foi composto de parte teórica, com duração de quatro horas, e parte prática hands on de cinco horas. “Tivemos a satisfação de ter uma plateia bem atenta e satisfeita com o grande aprendizado adquirido”, conta o presidente da Regional Piauí, Lauro Rodolpho Soares Lopes.

ParáNo mês de março a programação da Regional Pará

abordou o tema “Afecções científi cas da mucosa oral”, com a convidada palestrante Márcia Ramos-e-Silva. Em abril, informa a presidente da SBD-PA, Clivia Oli-veira Carneiro, o programa do mês abordou a oncolo-gia cutânea, com simpósio que teve como palestrantes convidados os doutores Hamilton Stolf (SP) e Luis Gui-lherme Castro (SP).

Luiz Guilherme Castro, Arival de Brito, Clivia Carneiro, Alzira Rodrigues e Hamilton Stolf

Page 31: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

58 Jornal da SBD ● Ano 17 n.3 Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 59

PernambucoO dermatologista Emmanuel França será o profes-

sor homenageado da XXII Jornada Pernambucana de Dermatologia não apenas pela contribuição ao ensino, mas especialmente pelo compromisso com a medici-na e com a formação de dermatologistas no Estado de Pernambuco, informou o presidente da jornada, Sérgio Palma. Organizado pela Regional e com a participação da diretoria, da comissão científi ca e da comissão so-cial da SBD-PE, o encontro ocorrerá nos dias 23 e 24 de agosto, em Recife.

De acordo com Sérgio Palma, o programa cientí-fi co traz aulas objetivas apresentadas por experts nas diversas áreas da especialidade, “o que permite vis-lumbrar uma jornada de amplo conteúdo científi co, bem organizada e bastante produtiva para todos os participantes”.

Os dermatologistas que forem inscrever seus tra-balhos, devem fazê-lo eletronicamente. Os trabalhos selecionados e aprovados serão exibidos na forma de poster impresso e também apresentados na forma de poster eletrônico nos terminais elerônicos durante a jornada. “Ofertaremos a você, dermatologista, um evento marcante e de alto nível científi co. Para que a jornada tenha o sucesso que tanto almejamos, vamos precisar de sua presença e ativa participação”, convi-dou Palma.

PARCERIA COM A FUNDAÇÃO TERRA Durante a jornada, um espaço será cedido à Fun-

dação Terra – entidade sem fi ns lucrativos que tem como objetivo buscar a promoção social de pessoas em situação de pobreza por meio da oferta de saúde, educação e profi ssionalização, com projetos de autos-sustentabilidade – para montagem da lojinha de arti-gos religiosos, venda de produtos como CDs, DVDs e livros organizados pelo padre Aírton, seu fundador. Toda a renda será destinada à Fundação Terra. Duran-te a jornada, também será feita divulgação e captação de voluntários para a adoção de algum dos projetos e para o atendimento dermatológico das crianças abra-çadas pela instituição. Para inscrições e mais detalhes acesse o site www.sbd-pe.org.br/pernambucana2013.

Mato Grosso do SulOcorrida nos dias 16 e 17 de maio, a Jornada Oncológica

de Dermatologia reuniu médicos dermatologistas de outros estados, como Selma Cernea e Sérgio Hirata, de São Paulo, e Guilherme Fonseca, de Goiás, além de oncologistas e patolo-gistas. Estiveram presentes ainda cirurgiões de cabeça e pes-coço, outros cirurgiões e acadêmicos. “Foram discutidos os principais cânceres da pele e a dermatoscopia. A maior parte dos dermatologistas de nosso estado prestigiou o evento, o que nos deixa muito felizes”, informou a presidente da Regio-nal Mato Grosso do Sul, Elza Garcia. No encontro também foram realizados workshops de preenchimentos ministrado por Bhertha Tamura (SP) e Marcus Alvarenga (MG).

Regionais

BahiaA Regional realizou em abril o tradicional Curso de

Terapêutica Dermatológica, com duração de dois dias. No primeiro destacou-se a parte prática com transmis-são ao vivo, por vídeo, de procedimentos de cosmiatria feitos pela dermatologista Christine Guarnieri. No dia seguinte, a programação explorou a parte teórica com participação de colegas de outros estados, como Thais Proença (SP), Reinaldo Tovo (SP), Celso Madeira (SP) e Lincoln Zambaldi (PR) e de outras especialidades para intercâmbio científi co entre as áreas. “Nesse primeiro curso do ano, contamos com 113 participantes, entre associados, residentes e estudantes de dermatologia. Agradecemos a todos e ressaltamos a importância dessa marcante presença nos eventos da SBD-BA”, ob-servou a presidente Ariene Paixão.

SergipeCerca de 60 inscritos, entre sócios da SBD, residentes e

estudantes de medicina, participaram da Jornada Sergipa-na de Dermatologia, nos dias 16 a 18 de maio, em Aracaju. “Tivemos a honra de contar com a colaboração dos seguin-tes palestrantes vindos de diversos estados brasileiros: Emmanuel França (PE), Enio Maynart (BA), Joaquim Mes-quita Jr. (RJ), Dulce Monteiro (RJ), Ricardo Romitti (SP), Marisa Gonzaga (SP), Ival Peres Rosa (SP) e Lincol Fabrício (PR)”, comunica o presidente da SBD-SE, Bruno Santana.

GoiásA Diretoria da SBD-GO assumiu seu mandato com

a proposta da realização de ações que promovam a va-lorização do dermatologista. Ao longo dos seis meses de gestão, já foram realizados vários eventos de su-cesso com elevada participação de dermatologistas. A presidente da Regional Goiás, Karina Pesquero, informa que “além da 64a Jornada Goiana de Dermatologia, o Dia do Dermatologista foi comemorado com uma festa que reuniu mais de 70 profi ssionais e seus familiares. Também já foi realizado curso de smartphone, iPhone e tablets para dermatologistas, ministrado pela Dra. Ta-tiana Gabbi. Ainda neste semestre, em junho, a Regio-nal realizou sua 65a Jornada Goiana de Dermatologia”.

Assim que assumiu o cargo, a dermatologista providenciou campanha publicitária de busdoor em mais de 20 linhas de ônibus de Goiânia, com o in-tuito de conscientizar a população da importância de procurar um profissional da área. Karina Pesque-ro também iniciou um novo jornal da SBD-GO para melhor informar os médicos. Além disso, o site da Sociedade passou por reformulação, ficando mais moderno e dinâmico.

Espírito SantoSob a coordenação do presidente da Regional,

Leonardo Mello Ferreira, foi realizada a XXVI Jor-nada Capixaba de Dermatologia, na capital, Vitória, nos dias 17 e 18 de maio, evento exclusivo para o as-sociado da SBD. Na ocasião, houve a apresentação e a discussão de temas do cotidiano do consultório dermatológico.

Page 32: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2013

Jornal da SBD Ano 17 n.3 ● 61

Serrrviços CCCredencciadooos

Santtta Caasa de Misericóórrdia ddee Porrtto Alegggre - RS

O Serviço de Dermatologia da Santa Casa está parti-cipando de um projeto de telemedicina em parceria com o Senai que tem como objetivo desenvolver e implemen-tar uma solução para a telemedicina utilizando o modelo de computação em nuvem por meio da modalidade de software como serviço. “O sistema poderá ser acessado por meio de um navegador de internet sem a necessi-dade de instalação de software específi co. Esse diferen-cial amplia a diversidade de dispositivos que podem ser utilizados para acessar o sistema. Informações sobre os pacientes podem ser enviadas e/ou acessadas desde um simples dispositivo móvel com conexão à internet até uma workstation específi ca para diagnósticos radio-lógicos. O sistema será desenvolvido a fi m de atender aos requisitos de segunda opinião de radiologia e derma-tologia, inicialmente com exames de ultrassom e fotos de alta resolução de lesões dermatológicas. Os médicos que atendem nas áreas rurais poderão com toda segu-rança solicitar segunda opinião a outros colegas na capi-tal por meio de uma página na internet, evitando, assim, o deslocamento desnecessário dos pacientes”, explica o chefe do ambulatório de dermatologia oral do Serviço, Paulo Ricardo Martins Souza. Além dele, fazem parte da equipe Alex Tronchoni, João Carlos Cavalcanti da Silvei-ra, Carlos Pretto, Raul Vallandro e Bruno Hochhegger.

Hospppital do Servidor PPúbliccoo Muunicipaal de São Paullo - SP

Uma nova sala de cirurgia micrográfi ca de Mohs foi inaugurada na Clínica de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo no dia 13 de maio. Durante a cerimônia de inauguração, o che-fe da clínica, Nilton Di Chiacchio, ressaltou a intenção em estimular a cirurgia micrográfi ca e elogiou Selma Cernea por seu alto nível científi co, moral e ético, bem como sua participação ativa na SBD na normatização da formação do cirurgião de Mohs. A técnica vem sen-do realizada no hospital durante os últimos 20 anos, sob a orientação da Selma Cernea, e soma mais de mil procedimentos, além de contribuir na formação de vá-rios colegas como cirurgião de Mohs.

Hospital Cennttral do EExérccitto - RRRJNa foto estão os professores civis, militares e os

concludentes da segunda turma de pós-gradução lato sensu em Dermatologia, formados em fevereiro, pelo Serviço de Dermatologia Tropical do Hospital Central do Exército (HCE), sob coordenação de Leninha Valé-rio do Nascimento

Hospppitall Navvaal Marcíllio Diaass - RJA 15a Jornada de Dermatologia no Hospital Naval

Marcílio Dias promovida no dia 18 de maio manteve a estrutura de aulas tradicionais com a interatividade de algumas palestras. “Iniciado no ano passado, o formato que possui uma variedade de assuntos que vão desde a cosmiatria, passando pela experiência clínica aos exames complementares, se mostrou muito mais interessante e dinâmico”, argumentou o chefe do Serviço, Claudio Lerer. “Com a presença dos excelentes palestrantes de nosso Serviço e dos já reconhecidos dermatologistas cariocas, além das aulas que ampliaram nosso conhecimento em áreas como alergia e ultrassonografi a, acreditamos que o resultado foi muito positivo e saímos com a certeza de que aprendemos um pouco mais. Agradecemos o apoio da SBD-RJ e a presença de nossa presidente, Dra. Ana Mósca. Até o próximo ano!”, completou Lerer.

Policcclínicca Geerral do Rioo dde Janneiro (PGRRRJ) - RRJ

A XV Jornada Dermatológica Cosmiátrica da PGRJ, tradicional evento dermatológico carioca, será de 15 a 17 de agosto e terá a coordenação de Andréia Mateus, con-tando muitos nomes nacionais de destaque no cenário da cosmiatria e laser.

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Universidaadde de Mooggi dass CCruzzes (UUUMCC) - SPP

Com o objetivo de atender a população, gratuitamente, por meio de exames clínicos e prestar orientações sobre os cuidados com a pele e os tratamentos mais indicados para cada caso, a equipe de dermatologia do curso de medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), coordenada por Denise Steiner, reali-zou campanha no ambulatório de dermatolo-gia da Policlínica, no dia 9 de abril. No mutirão, foram orientadas cerca de 100 pessoas que apresentavam lesões suspeitas, como manchas vermelhas na pele, manchas nas unhas e cica-trizes profundas causadas pela acne. Os casos diagnosticados que necessitaram de acompa-nhamento estão sendo tratados pela equipe, na própria Policlínica.

residentes, estagiários, doutorandos e os chefes dos dois servi-ços, Enio Barreto e Vitória Regina Almeida, além da coordenado-ra Ariene Paixão, da ex-presidente da SBD-BA Ivonise Follador e a convidada Izelda Costa (DF), editora dos ABD

Escooola Baahiannaa de Meddiccina/FBDC e Commplexo Hupes - BA

Na última quarta-feira do mês de março (27), sob coordenação de Ivonise Follador, foi realizada a sessão integrada dos Serviços Credenciados da Bahia, a Escola Bahiana de Medicina/FBDC e o Complexo Hupes com a participação da editora dos Anais, Izelda Costa.

Institutoo Lauro de Souzaza Limaa (ILSLLL) - SPPO Serviço de Residência Médica em Dermatologia

do Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL) parabeniza seus residentes e especializandos pelos prêmios re-cebidos em importantes eventos científi cos nacionais e internacionais. As dermatologistas Gabriela Franco Marques e Renata Figueira apresentaram trabalhos que foram premiados, o da primeira no 25o CBCD, em Cam-

Hospppital Univveersitário JJulio MMülleeer (HUJJJM) -- MT

O Serviço de Dermatologia do Hospital Universi-tário Júlio Müller iniciou em junho a realização de ci-rurgia micrográfi ca de Mohs sob o comando de Paulo Pacola (foto à dir.), formado na área pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e fellowship no DermSurgery Associates, PA Houston. “O Serviço é o único local a disponibilizar esse procedimento e deverá ser a referência para todo o Estado de Mato Grosso e arredores. É uma grande conquista para o nosso Serviço, um dos mais recentes da SBD e, prin-cipalmente, para os pacientes que agora se podem benefi ciar da mais avançada técnica na avaliação das margens cirúrgicas, o que resulta em diminuição de recidivas do câncer da pele”, afi rma a chefe do Ser-viço, Elizabeth Moreno. Em maio, o HUJM recebeu a visita da dermatologista Leonne Lima, que falou sobre atualização em rosácea.

Hooospitaal Unniversitárrio Geettúlio Varggas da Universiddade Fedederal ddo Ammmazonnas (HUUUGVV-Ufaamm) - AM

O trabalho “Terapia fotodinâmica com áci-do 5-aminolevulínico e luz azul no tratamento de múltiplas ceratoses actínicas”, das autoras Patrícia Akel, Danielle Westphal, Raquel Chicre Cavalcan-te, Cláudia Puga e Jullyene Campos, da Ufam, foi premiado em terceiro lugar na categoria de Investi-gação Científi ca do 25o Congresso da SBCD, reali-zado em Campos do Jordão. Na foto estão Jullyene Campos, Danielle Westphal e Cláudia Puga.

Univerrrsidadde Fedeeral de Ciênciias da Saaúúde de PPorto AAAlegre (UFCSSSPA) - RS

O Serviço de Dermatologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) inaugurou no dia 25 de abril o setor de Fototerapia do Centro de Saúde Santa Marta, no Centro da capital. O equipamento tem capacidade para fazer 480 aplicações por mês, o que representa 60 pacientes atendidos. “O Centro de Saúde é a casa de dermatologia da universidade. Esta-mos oferecendo um serviço diferenciado a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que antes não tinham acesso a esse tipo de tratamento fora do ambiente hospitalar”, afi rmou o chefe do Serviço e professor da UFCSPA, Renan Bonamigo. Em Porto Alegre, o tratamento é oferecido apenas na Santa Casa e no Hospital das Clínicas.

Univerrrsidadde de Taauubaté (Unitaauu) - SPNo último fi m de semana de maio, a Unitau deu início às comemorações

por seus 15 anos com a apresentação de workshop sobre atualização em toxi-na botulínica e preenchedores ministrado por Sérgio Talarico e a discussão de casos clínicos ao vivo, com a participação dos professores Nélson Proença e Paulo Ricardo Criado, presidente da SBD-Resp. A dermatologista Helena Mul-ler encarregou-se de comentar os exames dermatopatológicos. As atividades reuniram cerca de 60 pessoas. “Ao fi nal das discussões, os professores convi-dados e todo o staff do Serviço de Taubaté comemoraram juntos a classifi cação de nossos dois residentes de terceiro ano, que fi zeram parte da equipe de 20 residentes de R3 do Brasil no Latinaderm Excellence, em Buenos Aires, ocorrido no fi nal de junho,” ressalta o chefe do Serviço da Unitau, Samuel Mandelbaum, lembrando que no dia 27 de abril ocorreu o segundo encontro Dermacamp 2013 na sede da Resp. “O seu paciente entre oito e 12 anos também pode parti-cipar. É só fazer a inscrição pelo site www.dermacamp.org.br. O Acampamento 2013 para as crianças acontecerá no próximo feriado de 15 de novembro”.

Fundddaçãoo Alffrredo da MaM tta (Fuammm) - AMMMNa foto está o residente do terceiro ano do curso

de residência médica em dermatologia da Fundação Alfredo da Matta (Fuam), Manaus (AM), Gustavo Ávila Maquiné, recebendo prêmio no último con-gresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Derma-tológica (CBCD). O jovem ficou em segundo lugar na categoria de minicasos com o trabalho “Acome-timento auricular na lobomicose: abordagem cirúr-gica”. O preceptor do caso foi o atual presidente da Fuam, Carlos Chirano.

Inssstituto Prroof. R. Azulay ddaa Sannta Caaasa de Miseericóórrdia do RRioo de JJaaneiroo - RJ

O Centro de Convenções do Colégio Brasilei-ro de Cirurgiões foi sede do 27o Congresso da Associação dos Ex-Alunos do Prof. Azulay (Aea-pa), evento tradicional e de sucesso e que já faz parte do calendário anual da dermatologia cario-ca. O encontro reuniu centenas de pessoas nos dias 28 e 29 de junho. A programação científica contemplou as diversas áreas da dermatologia (clínica, cirurgia, cosmiatria e laser), com cursos práticos no primeiro dia e aulas teóricas, no se-gundo. Fizeram parte da comissão organizadora os médicos dermatologistas Alexandre Filippo (presidente), Ana Maria Mósca (vice-presiden-te) e Ângela Gasparini (coordenadora dos cur-sos pré-congresso).

Unniverssidaddee Federal ddo Ceaaará (UUUFC) - CCEA dermatologista Juliana Maria C. R. Ramos

obteve aprovação no concurso para Residência Médica em Dermatologia na UFC.

pos do Jordão, e o da segunda na 31a Reunião Anual dos Dermatologistas Latino Americanos (Radla/Uru-guai). “Esses prêmios também refl etem o trabalho dos professores orientadores, Dr. Jaison Antonio Barreto, Sadamitsu Nakandakari (dermatologistas) e Cleverson Teixeira Soares (patologista)”, frisa o chefe do Serviço, Ivander Bastazini Junior.

Serrrviços CCCredencciadooos

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Departamentos

Quatro em um

Foram realizados, de 30 de maio a 1o de junho, em Maceió (AL), o VI Simpósio Nacional de Hanseníase, o V Simpósio de DST/Aids, o IV Simpósio de Doenças In-fecciosas e Parasitárias e o XXI Curso de Dermatologia Tropical. Sob coordenação nacional de Joel Lastória e Sinésio Talhari e coordenação local de Alberto Cardoso, o encontro destacou temas pertinentes nas áreas e teve a presença de experts de diversas partes do Brasil, como Vidal Haddad Júnior (SP), Sílvio Marques (SP), Alberto Cardoso (AL), Arival Cardoso de Brito (PA), Iphis Campbell (DF), Hei-tor de Sá Gonçalves (CE), Aldejane Gurgel (PE), entre outros grandes mestres da dermatologia brasileira.

O médico dermatologista Nélson Proença esteve lá como partici-pante e ressaltou a qualidade das apresentações. “Considero que essas quatro áreas apresentadas são muito importantes para a dermatologia pelo seu compromisso com a saúde pública. Assisti a apresentações de altíssimo nível, feitas por conhecedores que trabalham com aquilo que mostraram nas aulas, transmitindo suas experiências e trazendo informações recentes e relevantes e que já passaram pela prática,”disse ele, completando: “Meu objetivo na medicina foi sempre atender o do-ente, então me indentifi quei muito com o que foi discutido. Esse tipo de

reunião precisa ser incentiva-da para que as novas gerações adentrem es-sas importan-tes áreas da dermatologia.” Pa r t i c i p a ra m do encontro 120 pessoas.

A 1a Ofi cina de Teledermatologia do Departamento ocorreu em 7 de julho, em São Paulo. Coordenado por Maurício Paixão, o treinamento ofertado a 40 Chefes de Serviços Credenciados da SBD, e de residentes por eles indicados, teve em sua programação palestras de pro-fessores doutores que demonstraram suas experiências em vivências práticas em Teledermatologia. “Na opor-tunidade foi apresentado o Ambiente Interativo Edu-cacional (AIE) que permitirá a oferta de aprendizagem dermatológica não presencial para os residentes e sócios da SBD, com o uso de ferramentas interativas dinâmi-

Cirurgia Micrográfi ca

A fi m de estimular e padronizar a prática e o ensino da cirurgia micrográfi ca de Mohs no Brasil, o Depar-tamento criou suas Diretrizes de Capacitação, recém--aprovadas no Conselho Deliberativo da SBD. Segundo as normas, reformuladas recentemente, uma equipe de cirurgiões indicados pelo Departamento fará visi-tas aos Serviços de Cirurgia Micrográfi ca que tenham interesse em ensinar a técnica e multiplicar profi ssio-nais bem capacitados para executá-la. “Com vistas à adequada formação, foram defi nidos critérios mínimos para a boa prática e o ensino da técnica. Já estamos em contato com Serviços Credenciados da SBD, com capacidade para formação, e outros que já se prepa-ram para incluir a técnica em seus programas, com cirurgiões devidamente formados”, informa o coorde-nador do Departamento, Roberto Gomes Tarlé.

Os critérios visam formar profi ssionais com conheci-mento em todas as etapas da técnica: a cirúrgica, a der-matopatógica e a histotécnica. “Dada a complexidade do procedimento, que possui curva de aprendizado mais lenta, foi defi nida a participação, sob orientação de um formador, em no mínimo 75 casos do procedimento para completar a formação “, explica Tarlé. Exige-se ainda experiência míni-ma de 150 casos operados para qualifi car o formador.

A formação em Serviços fora do país também obe-dece a determinadas normas: “Os estágios no exterior devem ter duração mínima de três meses para ser acei-tos pelo Departamento de Cirurgia Micrográfi ca”, sa-lienta a secretária Selma Cernea.

O estágio, no entanto, não exclui a necessidade da participação e comprovação como cirurgião principal em no mínimo 75 cirurgias, sendo que ao menos 10% delas devem ser de neoplasias não carcinomas baso-celulares.

Para ler na íntegra as normas, de autoria da derma-tologista Selma Cernea auxiliada pelos colegas Roberto Tarlé, Eugênio Pimentel e Gabriel Gontijo, acesse o site da SBD www.sbd.org.br.

cas como chats, listas de discussão, vídeos e avaliação de verifi cação de conteúdo. A proposta educacional de cada um dos Serviços e Departamentos poderá seguir um cronograma de atividades, que, aliás, já está dispo-nível para uso no Moodle (plataforma de código aberto e gratuita). Dessa forma, o aluno/usuário poderá otimi-zar a sua participação nas diversas atividades. O sócio dermatologista da SBD para utilizar o ambiente basta fazer o acesso controlado por login e senha”, explica. O encontro teve o apoio da Pantene. Mais detalhes serão divulgados na próxima edição do JSBD.

Teledermatologia