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Página Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 15 - III Série - Junho/2011 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Lectivo) Entrevista com Diogo Rosa (ex-aluno da Escola Mestre Martins Correia) ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO - Que modalidade des- portiva praticas? Diogo – A modalidade que pratico actualmente é o Triatlo, modalidade composta por tês disciplinas: Natação, seguida de Ciclismo e Atletismo. Por vezes, participo também em algumas provas de ciclismo. ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO – Quando começaste a praticar esta modalidade? Diogo – Comecei a praticar Triatlo em 2009 e a minha primeira competição foi em Fevereiro desse ano, no complexo olímpico do Jamor, não num Triatlo, mas sim num Duatlo! (Página 3) Entrevista com Ana Cristina Rosa Alcaçarenho (aluna da Escola Mestre Martins Correia - 8º Ano) ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO - Que modalidade des- portiva praticas? Ana – Neste momento pratico triatlo (natação, ciclismo e atletismo), aquatlo (natação e atletismo), duatlo (atletismo e ciclismo) e natação no NSCG, Núcleo Sportinguista do Concelho da Golegã. ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO – Quando começaste a praticar? Ana – Comecei a praticar há cerca de dois anos e meio, num clube de nata- ção de Vila Nova da Barquinha. Actual- mente, como já referi, encontro-me no NSCG. (Página 5) Na página 8 descubram a nossa nova escritora. Mariana de seu nome. É desembaraçada a usar a palavra quer em prosa quer em poesia, Coisas da Nossa Terra ... No âmbito da entrevista feita ao Sr Manuel António, publi- cada na nossa edição de Dezembro de 2010, aquando da visita ao Museu Rural da Golegã, colocámos-lhe o desafio no sentido de nos legendar fotografias tiradas no interior do museu para que possamos, de algum modo, ter uma visão do que era o trabalho na agricul- tura ao nível de instrumentos e poder compará-lo com o que se faz hoje em dia. (Página 15) Nas paginas 25 e 26 pode ler o ADEUS do professor António Braz. Ao longo destas duas páginas o ainda profes- sor faz um balanço do que foi a sua carreira ao longo dos tempos. Nota da Redacção: A Equipa dinamizadora da Oficina de Jorna- lismo não se responsabiliza pelos textos da autoria de professores. Apenas corrige (correcção linguística) os textos elaborados por alunos. Aproveitem as férias que se vão aproxi- mando a passo curto e incerto. Até ao próximo encontro seja ele de que tipo for. Fiquem bem. Um jornal também se faz com o coração.

Jornal de Junho 2011

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Jornal de Junho 2011

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Page 1: Jornal de Junho 2011

Página

Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 15 - III Série - Junho/2011 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Lectivo)

Entrevista com Diogo Rosa

(ex-aluno da Escola Mestre Martins

Correia)

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-

portiva praticas?

Diogo – A modalidade que pratico

actualmente é o Triatlo, modalidade

composta por tês disciplinas: Natação,

seguida de Ciclismo e Atletismo. Por

vezes, participo também em algumas

provas de ciclismo.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a

praticar esta modalidade?

Diogo – Comecei a praticar Triatlo em

2009 e a minha primeira competição foi

em Fevereiro desse ano, no complexo

olímpico do Jamor, não num Triatlo,

mas sim num Duatlo! (Página 3)

Entrevista com Ana Cristina

Rosa Alcaçarenho

(aluna da Escola Mestre Martins

Correia - 8º Ano)

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-

portiva praticas?

Ana – Neste momento pratico triatlo

(natação, ciclismo e atletismo), aquatlo

(natação e atletismo), duatlo (atletismo

e ciclismo) e natação no NSCG, Núcleo

Sportinguista do Concelho da Golegã.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a

praticar?

Ana – Comecei a praticar há cerca de

dois anos e meio, num clube de nata-

ção de Vila Nova da Barquinha. Actual-

mente, como já referi, encontro-me no

NSCG. (Página 5)

Na página 8 descubram

a nossa nova escritora.

Mariana de seu nome.

É desembaraçada a usar

a palavra quer em prosa

quer em poesia,

Coisas da Nossa Terra ... No âmbito da entrevista feita ao Sr

Manuel António, publi-

cada na nossa edição

de Dezembro de 2010,

aquando da visita ao

Museu Rural da Golegã,

colocámos-lhe o desafio

no sentido de nos

legendar fotografias

tiradas no interior do museu para que

possamos, de algum modo, ter uma

visão do que era o trabalho na agricul-

tura ao nível de instrumentos e poder

compará-lo com o que se faz hoje em

dia. (Página 15)

Nas paginas 25 e 26

pode ler o ADEUS do

professor António Braz.

Ao longo destas duas

páginas o ainda profes-

sor faz um balanço do

que foi a sua carreira ao longo dos

tempos.

Nota da Redacção: A Equipa dinamizadora da Oficina de Jorna-

lismo não se responsabiliza pelos textos da

autoria de professores. Apenas corrige

(correcção linguística) os textos elaborados

por alunos.

Aproveitem as férias que se vão aproxi-

mando a passo curto e incerto.

Até ao próximo encontro seja ele de

que tipo for.

Fiquem bem.

Um jornal também se faz com o coração.

Page 2: Jornal de Junho 2011

Página 2

Coordenadores (Deste número)

Professores:

Fernanda Silva

Lurdes Marques

Manuel André

Alunos: (Edição de Abril)

6º Ano -Turma A Cláudio Garcia Rafael Martinho Ruben Mendes

Reprodução Luís Farinha

Propriedade Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia

(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)

Sede: Escola Mestre Martins Correia

Rua Luís de Camões - Apartado 40

2150 GOLEGÂ

Telefone: 249 979 040

Fax: 249 979 045

E-mail: [email protected]

Página Web: www.eps-golega.rcts.pt

Tiragem 50 exemplares

Distribuição gratuita via e-mail

Chegou a hora de mais uma despedidaL Não é um Adeus, mas sim

um Até BreveL

Neste último número do Encontro, os leitores poderão encontrar duas

entrevistas a dois jovens que se têm destacado a nível desportivo,

sabendo conciliar estudos e desporto; uma reportagem fotográfica

sobre o espólio do Museu Rural da Golegã; artigos de opinião de Pro-

fessores e alunos; notícias sobre actividades desenvolvidas no Agru-

pamento; textos e poemas da autoria de alunos do Agrupamento.

Agradecemos a todos os que colaboraram connosco na realização

deste Projecto e na divulgação dos trabalhos que têm sido desenvolvi-

dos no Nosso Agrupamento.

Aproveitem as férias que se vão aproximando a passo curto e incerto.

Até ao próximo Encontro seja ele de que tipo for!

Fernanda Silva

Lurdes Marques

Manuel André

Ficha Técnica Editorial

Visitas de estudo à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa

No passado dia 18 de Março os alu-

nos do sexto ano, turmas C e D des-

locaram-se à Fundação Calouste

Gulbenkian, acompanhados pelos

respectivos professores, para assisti-

rem à actividade “Viagem ao Mundo

do Jazz”. Os mesmos tiveram oportu-

nidade de ver e ouvir um grupo de música Jazz com apresentações musicais indivi-

duais. Foi abordada a origem da música Jazz e foram explorados vários tipos de

música Jazz com apresentações visuais e musicais de músicos célebres. Os alu-

nos participaram activamente respondendo a grande parte das questões que lhes

foram colocadas.

No dia 25 de Março os alunos do sexto ano, turmas A e B deslocaram-se ao mes-

mo local para participarem na actividade “Vem Cantar Jazz com o Coro da Gulben-

kian”. Realizou-se um concerto com o Coro Gulbenkian e uma banda constituída

por reputados músicos de Jazz portugueses. Os alunos tiveram oportunidade de

cantar com os artistas e descobrir uma faceta da actividade criativa do mítico Duke

Ellington, a sua música coral de inspiração sacra. O espectáculo incluiu ainda can-

ções de Aaron Copland, um dos primeiros compositores norte-americanos a fundir

com sucesso as linguagens do Jazz e da Música erudita. Professora Maria do Carmo

Page 3: Jornal de Junho 2011

Página 3

Entrevista com Diogo Rosa (ex-aluno da Escola Mestre Martins Correia)

assistir! Regra geral, estas últimas dis-

putam-se junto dos grandes centros

populacionais do país, o que permite

uma grande afluência de público junto

dos circuitos da provaL

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – E prémios? Conta-nos

como foi.

Diogo – Os prémios são apenas o des-

tino de um longo caminho percorrido

diariamente, em todos os treinos. Con-

tudo, não escondo que dá um enorme

prazer ver todo o nosso esforço recom-

pensado, ao subirmos ao lugar mais

alto do pódio. As vitórias mais impor-

tantes que alcancei foram ao nível da

Taça de Portugal de Triatlo Por-Terra,

no campeonato Ibérico de Triatlo Cross

e no Triatlo de Portimão. É difícil identi-

ficar quais as mais importantes, pois

todas têm significados diferentes,

foram disputadas em sítios diferentes,

em circunstâncias diferentes e com

diferentes níveis de dificuldade. Curio-

samente, provando que nem sempre

as vitórias são o mais importante, a

medalha que mais prazer me deu

“ganhar”, foi no Campeonato do Mundo

de X-Terra, uma prova que não venci

(alcancei o 5º lugar), mas pelo longo

não existia nenhum nas proximidades

de onde vivo! No entanto, surgiu a

oportunidade e o convite de experimen-

tar o Triatlo num clube perto da Gole-

gã. Fui bastante bem recebido pelos

outros atletas e pelo treinador e desde

essa altura nunca mais deixei de prati-

car a modalidade!

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Onde começaste a pra-

ticar?

Diogo – Comecei a praticar Triatlo num

clube de Vila Nova da Barquinha,

embora neste momento esteja no

Núcleo Sportinguista da Golegã.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Para além desta moda-

lidade praticaste ou praticas mais

alguma?

Diogo – Antes de tomar contacto com

o Triatlo, praticava ciclismo por lazer,

embora pertencesse ao Clube de Bas-

ket da Chamusca, onde dei os meus

primeiros passos no mundo competiti-

vo, muito por influência do Professor

Rafael Salvaterra. Actualmente, e ape-

nas quando o calendário competitivo

do Triatlo o permite, disputo algumas

provas de ciclismo, quer de estrada,

quer de BTT.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Em que tipo de provas

participaste?

Diogo – De todas as provas que já

disputei, destaco o Campeonato Ibérico

de Triatlo Cross e o Campeonato do

Mundo de Triatlo X-terra, que se distin-

guem das demais provas de Triatlo,

pela exigência do segmento de ciclis-

mo e de corrida, pois são sempre dis-

putadas em percursos todo o terreno,

com uma maior dificuldade técnica e

física. Para além destas provas, todas

as provas do Campeonato Nacional e

Taça de Portugal são bastante atracti-

vas, quer para participar, quer para

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-

portiva praticas?

Diogo – A modalidade que pratico

actualmente é o Triatlo, modalidade

composta por tês disciplinas: Natação,

seguida de Ciclismo e Atletismo. Por

vezes, participo também em algumas

provas de ciclismo.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a

praticar esta modalidade?

Diogo – Comecei a praticar Triatlo em

2009 e a minha primeira competição foi

em Fevereiro desse ano, no complexo

olímpico do Jamor, não num Triatlo,

mas sim num Duatlo!

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Por que motivo esco-

lheste esta modalidade?

Diogo – Confesso que esta modalida-

de me atraiu pela componente da bici-

cleta! Como sempre fui um apaixonado

pelo ciclismo, sempre procurei praticar

esta modalidade activamente, embora

sem pertencer a nenhum clube, pois

Page 4: Jornal de Junho 2011

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Entrevista com Ana Alcaçarenho (ex-aluno da Escola Mestre Martins Correia)

em Lisboa e, basta ir ao estádio Uni-

versitário de Lisboa, onde por exemplo

se podem ver as diferentes equipas de

Rugby das faculdades, a treinar diaria-

mente, ou as equipas de natação do

Sporting, que já estão dentro da piscina

desde as 6:30 da manhãL Concluindo,

julgo que o problema é apenas falta de

cultura desportiva da nossa sociedade,

embora eu pense que esta realidade

tem vindo a alterar-se cada vez mais

nos últimos anosL

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Queres acrescentar

algum aspecto que consideres rele-

vante?

Diogo – Gostaria apenas de convidar

aqueles que, ao lerem esta entrevista,

ficaram com curiosidade relativamente

ao Triatlo, para aparecerem durante a

semana, na piscina municipal da Gole-

gã, onde a equipa do Núcleo Sportin-

guista da Golegã costuma treinar.

Decerto serão muito bem recebidos e

com certeza irão ficar com o bichinho

do Triatlo!

caminho que tinha percorrido para me

preparar para aquela prova, pelos

sacrifícios que foram feitos e pela dure-

za da prova em si. Tudo isto faz com

que esta medalha (que é apenas um

símbolo para quem acabou a prova),

seja um dos objectos que mais signifi-

cado tem para mimL

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Que requisitos são

necessários para praticar esta

modalidade?

Diogo – Ao contrário do que muitos

pensam, o Triatlo não é uma modalida-

de para Super-Homens. O principal

requisito para praticar esta modalidade,

quer seja por recriação, quer por alta

competição, é sem dúvida nenhuma, o

gosto incondicionalL Cumprido o pri-

meiro requisito, é necessário ser orga-

nizado para conseguir treinar-se as

diferentes modalidades, conjugando o

desporto com a rotina diária. Para além

disto, é necessário saber nadar e andar

de bicicleta. Para resumir, partindo do

pressuposto de que ninguém nasce

ensinado, é necessário ter a vontade

inicial de experimentar, pois existem

pessoas certas para nos indicar o

caminho certo, se quisermos levar a

modalidade mais a sérioL

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Consideras que a prá-

tica desta modalidade interfere com

o teu desempenho escolar? Como

concilias as duas actividades?

Diogo – Sinceramente julgo que não

interfere em nada com o meu desem-

penho escolarL Quando me colocam

essa questão, costumo pensar naquilo

que os meus colegas de faculdade

estão a fazer quando não estão nas

aulas nem a estudarL Na maioria das

vezes, ou estão a praticar uma activi-

dade de lazer ou, simplesmente, não

estão a fazer nada que eu considere

útilL Dando o exemplo do que se

passa comigo, no semestre passado

estabeleci como objectivo concluir

todas as cadeiras na fase de frequên-

cias, sem ter de ir a nenhum exame, o

que me permitia voltar mais cedo para

casa, onde tenho melhores condições

de treino e onde tenho os meus cole-

gas de equipa. Este objectivo foi cum-

prido. Curiosamente, olhando para os

resultados do resto da turma (cerca de

120 alunos), mais de 70% deixou

várias cadeiras em atraso, embora

nenhum dos 119 treine diariamente.

Sendo assim, a única diferença entre

o que eu e os outros atletas fazemos,

relativamente ao que os outros estu-

dantes fazem, é aproveitarmos o tem-

po para praticarmos o nosso passa-

tempo favorito, que é treinar. Logica-

mente, torna-se bastante difícil conci-

liar as duas actividades, pois nem

sempre a nossa energia está em alta e

nem sempre estamos com vontade de

ir para a piscina, ou para cima da bici-

cleta e de seguida consultar a Consti-

tuição Portuguesa para estudar. Mas é

nestes momentos que temos de nos

lembrar do quão bom é alcançar os

nossos objectivos. Gostava ainda de

salientar que aquilo que eu faço neste

momento é feito por muita gente aqui

Page 5: Jornal de Junho 2011

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Entrevista com Ana Cristina Rosa Alcaçarenho (aluna da Escola Mestre Martins Correia—8º Ano)

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – E prémios? Conta-nos

como foi.

Ana – Os prémios, como é óbvio, são

uma coisa de que me orgulho muito.

No meu 1º ano de triatlo era uma coisa

praticamente impossível, nem sequer

se pensava nos prémios, mas na épo-

ca passada tive uma experiência muito

vasta, tive vários prémios, como:

1ºlugar no Duatlo das Lezírias, Duatlo

de Grândola, Duatlo de Almada, Triatlo

de Abrantes, Aquatlo de Portimão; 2º

lugar no Triatlo de Sines e no Triatlo de

Aveiro; 3º lugar no Aquatlo de Pedorido

e ainda 4º lugar no Aquatlo de Monte-

mor-o-Velho, provas estas que são

pontuáveis e que decidem qual o cam-

peão nacional de cada escalão, o que

foi o meu caso que fui Campeã Nacio-

nal de Iniciados Femininos.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Que requisitos são

necessários para praticar esta

modalidade?

Ana – Eu costumo dizer que o triatlo

pode ser praticado por toda a gente

que goste de desporto, e que tenha

muita força de vontade. É necessário

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO - Que modalidade des-

portiva praticas?

Ana – Neste momento pratico triatlo

(natação, ciclismo e atletismo), aquatlo

(natação e atletismo), duatlo (atletismo

e ciclismo) e natação no NSCG, Núcleo

Sportinguista do Concelho da Golegã.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Quando começaste a

praticar?

Ana – Comecei a praticar há cerca de

dois anos e meio, num clube de nata-

ção de Vila Nova da Barquinha. Actual-

mente, como já referi, encontro-me no

NSCG.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Por que motivo esco-

lheste esta modalidade?

Ana – Na verdade nunca tinha ouvido

falar nesta modalidade, como a maior

parte das pessoas, nem sabia sequer

no que consistia. O interesse surgiu

devido ao meu irmão, Diogo Rosa, ter

começado a praticar a modalidade, e

dedicar muito do seu tempo a esta

modalidade, o que fez com que os nos-

sos hábitos familiares mudassem.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Onde começaste a

praticar?

Ana – Comecei a praticar triatlo num

clube de natação e triatlo de Vila Nova

da Barquinha. Neste momento encon-

tro-me a praticar a modalidade num

clube da terra, o NSCG - Núcleo Spor-

tinguista do Concelho da Golegã - que

tem as portas abertas para pessoas

de todas as idades.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Para além desta moda-

lidade praticaste ou praticas mais

alguma?

Ana – Quando era mais pequena pra-

tiquei ténis no Clube de Ténis da Gole-

gã e também andei na natação das

escolinhas, nas Piscinas Municipais da

Golegã. Actualmente e devido ao nível

elevado em que me encontro necessi-

to de me dedicar exclusivamente ao

triatlo, uma vez que nos ocupa bastan-

te tempo.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Em que tipo de provas

participaste?

Ana – Participei em provas do Cam-

peonato Nacional de Iniciados (12/13

anos) Aquatlo, Triatlo e Duatlo, e mais

recentemente, devido à subida de

escalão, em provas do Campeonato

Nacional de Juvenis (14/15 anos)

Aquatlo, Triatlo e Duatlo. Por vezes

participo em provas de natação, ciclis-

mo e atletismo, uma vez que integram

o triatlo.

Page 6: Jornal de Junho 2011

Página 6

No passado dia 15 de Maio de 2011,

realizou-se através da iniciativa do Sr.º

Professor Filipe Pedrosa que lecciona

a disciplina de Educação Moral e Reli-

gião Católica, um passeio de bicicleta

até á Reserva Natural do Paúl do

Boquilobo. Não compareceram um

elevado número de participantes mas

os que apareceram divertiram-se bas-

tante e deram por bem empregue o

tempo gasto neste passeio bastante

educativo e muito animado. Partimos

em direcção á reserva por volta das

dez horas da manhã e regressámos

por volta das treze horas. Na chegada

à Reserva fomos recebidos por um

funcionário da mesma que nos acom-

panhou numa pequena visita ás insta-

lações, e de seguida durante um per-

curso ao longo da Reserva durante o

qual nos explicou o objectivo da exis-

tência da reserva e nos falou sobre a

fauna e flora que íamos encontrando

pelo caminho. Uma experiência a repe-

tir. Luis Farinha

Estes são alguns dos momen-

tos do passeio:

Entrevista com Ana Rosa

saber nadar (o que, se não se verificar,

não tem qualquer problema, pois todos

os clubes têm técnicos com vontade de

ensinar), andar de bicicleta e correr.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Achas que a prática

desta modalidade interfere com o

teu desempenho escolar? Como

concilias as duas actividades?

Ana – Em relação à escola e relativa-

mente ao desempenho escolar, eu

acho que nada é impossível e toda a

gente que queira mesmo praticar a

modalidade acaba por conseguir fazê-

lo sem afectar o seu desempenho

escolar. É óbvio que é necessário ter

muita organização, e não podemos

desperdiçar tempo. Costumo utilizar

um exemplo que é muito simples, a

maior parte das pessoas dispensa qua-

tro horas diárias, se não mais, para ver

televisão ou jogar computador. Em vez

disso, eu e todos os meus colegas tria-

tletas treinamos.

ENCONTROENCONTROENCONTROENCONTRO – Queres acrescentar

algum aspecto que consideres rele-

vante?

Ana – Só queria dizer que quem tiver

alguma curiosidade em experimentar

este desporto magnífico, tem a possibi-

lidade de obter informações ou mesmo

experiências de treino, todos os dias

nas Piscinas Municipais da Golegã

entre as 18 horas até às 21 horas.

Notícias Visitas de estudo ao Museu Rural – Golegã

No dia 4 de Abril de 2011, os alunos do sexto ano, turmas A, B, C, e D des-locaram-se ao Museu Rural da Golegã, acompanhados pelos respectivos pro-fessores, a fim de realizarem visitas guiadas com a apresentação de uma actividade Etno – Folclórica “Raízes de um Povo”, no âmbito dos Dias da Cul-tura. Os alunos mostraram-se interes-sados, participativos. Actuação do Grupo de Música

Tradicional Portuguesa e ani-mação musical pelas Bandas Filarmónicas do Concelho, no decorrer dos Dias da Cultura

No dia 8 de Abril do corrente ano, no Ginásio da Escola Mestre Martins Cor-reia, o Grupo de Música Tradicional Portuguesa da Oficina da Música apre-sentou várias canções tradicionais por-tuguesas à comunidade educativa, no período da manhã. Seguiu-se uma animação musical por alguns elemen-tos da Banda Filarmónica 1º de Janeiro de Golegã, dinamizada pelos respecti-vos representantes e pelo Maestro Filipe Pinheiro. No período da tarde ocorreu um momento musical por alguns elementos da Banda Filarmóni-ca da Sociedade Recreio Musical 1º de Dezembro de Azinhaga, dinamizado pelos respectivos representantes e pelo Maestro Francisco Pinto. É de salientar o salutar envolvimento dos alunos de vários níveis de ensino do Agrupamento e o entusiasmo que os mesmos demonstraram no decorrer das actividades.

Page 7: Jornal de Junho 2011

Página 7

Jardim de Infância de Golegã- Sala Amarela

A nossa Visita de Estudo a Óbidos

foi muito entusiasmante.

Adorámos visitar o castelo e conhecer

algumas rainhas e as suas histórias

vividas naquele castelo.

De tal modo gostámos de visitar este

castelo que a nossa Educadora Lina

nos propôs que fizéssemos uma

maqueta do castelo de Óbidos.

Então não é que ficou mesmo parecida

com o castelo de verdade?

Ora vejam bem 2 torres quadrangula-

res e 3 torres circulares, toda a mura-

lha em volta. Está mesmo bonito e deu-

nos muito gozo fazer este pequeno

castelo, com o qual até brincamos no

dia a dia do nosso Jardim de Infância.

Boas férias amigos leitores deste

jornalinho.

Poesia

Na internet a navegar

E o rato manusear

No teclado escrever

E software instalar

Para o computador partilhar.”

Marta Gonçalves – 10ºA

A Princesa

Ela aquece-me nas noites frias

E arrefece-me nos dias quentes

Com ela faço uma viagem

Para mim ela não é uma miragem

Doce como mel

Eu não ponho no cabelo gel

Ela não amua

E é linda como a lua

Dança como uma borboleta

Leva sempre uma maleta

Linda e carinhosa

Ela nunca fica chorosa

A princesa do povo

Só não sabe chocar um ovo

A menina de papá

Ela nunca fica chorosa

Muito bondosa

E caridosa

Não tem nenhum amado

Procura o seu príncipe encantado.

Ricardo Carvalho – 7ºA

Page 8: Jornal de Junho 2011

Página 8

Mariana

Mariana era uma menina. Uma menina diferente das outras.

Enquanto as meninas da sua idade cantavam e sonhavam ser grandes cantoras,

Mariana queria ser escritora, “Escritora” (pensavam as meninas. -Deve ser uma seca!)

Mas, Mariana continuava a tentar. Não desistia. Não era como as meninas que à única

falha, fartavam – se logo.

O seu caderno enchia-se de histórias fascinantes, dignas de prémio Nobel, textos

grandes e, para ela, famosos e preciosos. No quarto”posters”de autoras e escritoras

famosas de todos os tipos. A mãe dela queria que ela fosse secretária ou agente. Ela

negava. Quando escrevemos exprimimos sentimentos e coisas que já nos acontece-

ram. Era uma arte. A mãe de Mariana achava que arte eram pinturas e esculturas não

letras e contas embora, fascinantes. Por outro lado havia o pai dela que adorava

escrever, podia escrever horas e horas sem se cansar.

Mas um dia escreveu um texto tão grande que, ocupou todo o seu caderno e o título

era “Vida”com doze capítulos. Escondia lá segredos em forma de realidade e sonhos

realizados. O título tinha mesmo a haver.

Ela tornou-se famosa com aquele texto que escreveu para um concurso de escrita e

ele (o texto) ganhou!

Chegou a um novo passo.

Em vez de sonhar vivi-o! Já viram: uma criança de oito anos a ser famosa de um dia

para o outro!

Milagre.

O que estava no texto dela é , o que é ela agoraL

Francisca, 8 anos, 3º ano – EB1 de Azinhaga

O que quero ser

Quando crescer

Escritora quero ser

Viagens fazer

E fãs quero ter.

Quero alguém

Para me acompanhar

Nas viagens que vêm

Aqui e em todo o lado

Para me alegrar.

Sempre quis ser escritora

Por uma razão especial

Ter a melhor escrita

De um mundo fenomenal.

Uma dúzia de linhas

Já não vou fazerL

Páginas a potes

Toda a gente quer ler!

Francisca, 8 anos, 3º ano – EB1 de Azinhaga

Convém ter opinião

O ciclo da água

Estava eu sossegadinha,

no mar,

a baloiçar,

quando de repente, comecei a

evaporar.

Que estranha sensação,

eu não sabia explicar,

eu estava assustada,

pobrezinha sem nadar.

Sem saber,

o que fazer,

até mesmo uma gotinha

tem muito que aprender.

Era boa a sensação.

Era a evaporação!

Não podia acreditarL

Uma nuvem estava a for-

mar!

Estava no estado gasoso,

já com a nuvem formada.

Pouco depois a chover,

que confusãoL

deu-se a condensação,

era água gelada.

- Uau! – disse eu,

sempre a olhar –

que sítio mais frio!

Estava a gelar!

Primeiro fiquei neve,

depois era granizo.

Que coisa tão esquisita!

Deu-se a solidificação,

tinha perdido o juízo.

Era neve e granizo, mas o sol aqueceu.

Deu-se a fusão,

fiz uma infiltração.

Até à rocha cheguei

E um lençol de água formei.

Fui parar ao oceano

De volta à minha vida.

Foi de novo tudo igual

desde a minha partida:

evaporação, condensação,

solidificação, fusãoL

Que bom estar de volta,

neste ciclo da vida!

Lúcia Simões 4º ano Sala das Borboletas e grilos

Poesia

Page 9: Jornal de Junho 2011

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Notícias

Visita de Estudo

Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa

No passado dia 25 de Fevereiro rumaram à capital os alunos do 5º ano, tur-

mas A e B, acompanhados pelas professoras Rosa Godinho, Céu Aragão,

Conceição Pereira e Cristina Matos. A visita ao Centro de Arte Moderna foi o

ponto alto, no entanto o convívio entre os alunos e as professoras também foi

uma constante. Todos puderam apreciar a bela paisagem envolvente e para

ajudar, nada melhor que um dia primaveril.

Prof. Rosa Godinho

Corta-Mato Distrital

O Corta-Mato Distrital realizou-se no passado dia 2

de Fevereiro, em Almeirim. A nossa escola esteve

representada por um grupo de 32 alunos, distribuí-

dos pelos vários escalões/sexo.

Todos deram o seu melhor, mas a “concorrência”

era forte. Há a destacar, no entanto, um honroso 4º

lugar, no escalão Infantis A Femininos, alcançado

pela aluna Cátia Feijão, do 5ºD.

Prof. Rosa Godinho

Museu José Malhoa

O Museu José Malhoa é um museu

muito bonito, que fica num jardim gran-

de e lindo nas Caldas da Rainha.

A primeira sala que vimos foi uma sala

com esculturas de Rafael Bordalo

Pinheiro, sobre a vida de Cristo. As

esculturas eram muito bem feitas, dava

para ver como o calcanhar estava

dobrado, como o cabelo estava magní-

ficoL

Depois vimos uma senhora de idade

com uma menina de cada lado; estas

três pessoas estavam tristes; na

senhora de idade deu para ver as ver-

rugas e dava para ver as veias que ela

tinha.

Também vimos quadros, estudos, qua-

dros a óleo, aguarelasL e vimos qua-

dros que ao longe eram bonitos e, de

perto, pareciam que tinham sido pinta-

dos cinco vezes no mesmo sítio. O

mais engraçado é que encontrámos um

busto preto que se chamava

“Fogueteiro”, em bronze, feito pelo

mestre Martins Correia, que é da minha

terra, a Golegã, a capital do cavalo.

A seguir vimos um quadro de um mari-

nheiro já um bocadinho velhote, tinha

muita barba e nas mãos dele dava para

ver o trabalho que ele tinha, o quadro

chamava-se “O Lobo do Mar”.

Depois vimos uma mulher de pele

escura num quadro que, se olhásse-

mos de um lado, ela estava a olhar

para nós, e se estivéssemos do outro

ela também olhava para nós, parecia

que tinha virado a cabeça.

No fim, observámos umas fotos de um

teatro e o projecto desse teatro feito

em madeira. Havia uma espécie de

carruagem de metro cheia de fotos e

uma sala cheia de fotos para nós ver-

mos. Ainda visionámos um filme sobre

o teatro.

Sebastião Carvalho

Page 10: Jornal de Junho 2011

Página 10

Notícias

Jornadas Económicas, Exposição e Palestra sobre Educa-

ção Fiscal – Actividade conjunta realizada nas Escolas Artur

Gonçalves – Torres Novas e Mestre Martins Correia - Golegã

Palestra na Escola Artur Gonçalves com os oradores:

Dr. Marco Pedrosa

(Transição para o mercado de trabalho)

Dr. Jorge Simões

(Estratégia Empresarial)

Exposição e Palestra sobre Educação Fiscal na Escola Mes-

tre Martins Correia, tendo como oradores o Director de

Finanças de Santarém e a Chefe da Repartição de Finan-

ças da Golegã.

DIAS DA CULTURA

GRUPO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE (430)

Page 11: Jornal de Junho 2011

Página 11

Notícias

Partilha de Boas Práticas—

" Um Olhar Sobre A Diferença”

O Grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas

de Golegã, Azinhaga e Pombalinho participou no Encontro de

Grupos de Educação Especial da Equipa de Apoio às Escolas

da Lezíria do Tejo. O Encontro A “Diferença - Partilha de

Boas Práticas " realizou-se no dia 14 de Abril, no Salão

Nobre do Governo Civil de Santarém.

O Grupo de Educação Especial do GAP, na sua apresenta-

ção, deu ênfase ao trabalho colaborativo, às parcerias exis-

tentes e fez referência aos projetos desenvolvidos “Partilhar

Para Inovar—Dislexia e Hiperatividade” e mostrou um vídeo

de Boas Práticas desenvolvidas com os alunos com Neces-

sidades Educativas Especiais de carácter permanente. O

encontro foi muito gratificante pois permitiu uma partilha de

práticas diversificadas que contribuirão para o crescimento

pessoal e profissional.

Informamos que no site do Agrupamento poderá visualizar a

apresentação e o vídeo de Boas Práticas, clicando na seguin-

te ligação:

http://www.eps-golega.rcts.pt/

O Grupo de Educação Especial

Cristina Matos

Nélia Alcobia

Natalina Rei

Catarina Conchinha

Page 12: Jornal de Junho 2011

Página 12

Notícias

Banca do Dia do Bolinho

Banca S. Martinho

Banca de Natal

Banca do Dia da Mãe

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA TURMA CEF – A, NAS DISCIPLINAS DA COMPONENTE TECNOLÓGICA

Simulações de vendas e montras temáticas

Page 13: Jornal de Junho 2011

Página 13

Turma dos Papagaios de Papel Poemas à Mãe

Mãe querida

Amo-te muito

Rara em beleza

Interessada em mim

A minha mãe é linda.

Já sei que tu és linda

O teu cabelo é perfumado

Serena és tu

És linda!

Carolina Rego

Mónica é a minha mãe,

O pai é o teu melhor amigo

Nunca te esqueças de mim!

Inês sou eu,

Comigo és felizL

A Maria também é tua filha.

Sou a tua filha feliz!

O mundo é nosso amigo

Unicórnios dão-nos magia,

Sousa é o nosso apelido

Adoro-te e vou adorar-te sempreL

Inês Sousa

Nunca me mentes

Às vezes ficas zangada,

Tratas bem de mim

Adoras-me com coração

Levas-me contigo.

Igor é teu marido

Ya! És linda,

Ah ! És fantabulásticaL

Leonídio Dykiy

A mãe é linda

Linda como uma rosa

Rosa do jardim.

Jardim com um cão

Cão que ladra

Ladra com força,

Força tem o leão,

Mais força tem a minha mãe.

Mãe do coração

Coração que bate com força

Força tem a minha mãe,

Mãe carinhosa,

Carinhosa a minha mãeL

André Martins

A minha mãe é a melhor

Melhor de todo o universo,

Universo da minha mãe

Mãe bonita,

Bonita como uma flor

Flor do meu jardim

Jardim bonito,

Bonito como a minha mãe.

Mãe queridaL

Querida do meu coração

Coração bonito é o delaL

Guilherme Parreira

Mãe lindaL

Linda como uma rosa

Rosa do meu jardim,

Jardim bonito

Bonito como a minha mãe.

Mãe lindaL

Linda do coração

Coração que bate no peito

Peito perfumado da minha mãeL

Gabriela Betes

Mãe, és linda

Linda como um Sol.

Sol é beleza

Beleza que tu tensL

Tens um coração

Coração com uma recordação

Recordação de mim em pequenina,

Pequenina que sou

Mas sei que vou sempre adorar-te!

Marta Durão

Page 14: Jornal de Junho 2011

Página 14

Turma dos Papagaios de Papel Poemas ao Pai

Pai querido

Querido como só tu

Tudo como tu,

Tu és forte

Forte como uma casa

Casa do meu pai.

Pai és lindo

Lindo como o planeta,

Planeta cheio de estrelas

Estrelas cadentes

Cadentes como os teus olhos

Olhos para olhar para mimL

Joana Gomes

Pai

Pai és o melhor!

Melhor pai

Pai fixe,

Fixe e forte,

Forte como tudo

Tudo o que eu sei

Sei que és o melhor

Melhor para sempreL

João Afonso Delgado

O pai é lindo

Lindo como uma margarida

Margarida é o meu nome,

Nome bem escolhido

Escolhido pelo meu pai.

Mãe igual a ti em amor, sempre,

Sempre sonharei estar ao teu lado

Lado esquerdo ou direito,

Direito é o chocolate

Chocolate que tu gostas

Gostas muito, muitoL

Muito guloso és tu

Tu és uma túlipa,

Túlipa do meu jardim

Jardim feito por tiL

Ana Margarida Jesus

O meu pai é valente

Valente como o touro.

Touro bravo

Bravo o meu pai

Pai do meu coração

Coração que bate.

Francisco Luz

Pai, és amigo

Amigo comigo

Comigo jogas

Jogas com alegria,

Nós somos uma equipa

Equipa no coração

Coração dentro de nós

Nós em alegria

Alegria quando estás comigo.

Sofia Madeira

Pai querido

Querido como o sol

Sol que brilha na minha vida

Vida que tu me dás

Dás miminhosL

Miminhos do teu coração

Coração que bate muito

Muito eu gosto de tiL

Constança Braz

Page 15: Jornal de Junho 2011

Página 15

COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”

No âmbito da entrevista

feita ao Sr Manuel Antó-

nio, publicada na nossa

edição de Dezembro de

2010, aquando da visita

ao Museu Rural da Gole-

gã, colocámos-lhe o desafio no sentido

de nos legendar fotografias tiradas no

interior do museu para que possamos,

de algum modo, ter uma visão do que

era o trabalho na agricultura ao nível

de instrumentos e poder compará-lo

com o que se faz hoje em dia.

Aqui fica o resultado deste desafio.

Painel de azulejo existente no Museu

Rural que representa laborar o terreno

para ser semeado. Homem e animais

eram importantes nesta tarefa.

Debulhadora para cereais.

Origem inglesa. Princípios do século

XX.

Funcionava através de força motriz de

uma locomóvel e, posteriormente, por

um tractor.

Colecção de pratos em louça. Alguns

muito antigos.

Réplica de barco “Água Acima”.

Servia para transporte de grandes car-

gas e navegava nos nossos rios.

Galera

Veículo de tracção animal.

Podia ser rebocada por dois ou três

animais de raça muar ou cavalar.

Sobre a galera pode ver-se uma alfaia:

Trilho de grade de tornos

Carro de bois com canga e chavelha

tendo como carga:

- Grade de torno

- Trilho com três rolos.

- Trilho pequeno

- Grade vinhateira

- Charruecos

- Cangas em ferro para gado muar

Armário para guardar comidas.

Peças em barro.

Colheres em madeira feitas por arte-

são.

Loiça diversa.

Page 16: Jornal de Junho 2011

Página 16

COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”

Semeador metálico e mecânico para

cereais.

Inicialmente tinha tracção animal, pos-

teriormente foi utilizado o tractor.

Alguns brinquedos para crianças.

Por vezes eram as próprias crianças a

construir os próprios brinquedos.

Carroça - Veículo de tracção animal

Em cima da carroça podemos ver uma

grade, um trilho e um arado ou char-

rueco

Várias peças em verga utilizadas dia-

riamente.

Em primeiro plano podemos ver um

conjunto de peças ligadas à uva e ao

vinho.

Bomba de trasfega de líquidos.

Usada nas adegas.

Funcionava recorrendo à força de um

homem

- Ventoinha ou tarara para limpeza de

cereais

- Balança decimal

- Alfaias de eira

Em primeiro plano podemos observar

uma medida, utilizada na azeitona,

“suta” ou “fanga”, construída em

madeira.

Depois de cheia pesava aproximada-

mente 32 quilogramas.

Duas ventoinhas para limpeza de

cereais.

Também conhecidas porá tarara.

Page 17: Jornal de Junho 2011

Página 17

COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”

- Medidas para sólidos

- Crivos

- Medida em chapa para transporte de

água

Máquina para selecção de cereais

acompanhada por algumas alfaias de

eira.

Enfardadeira, Prensa ou Compressora

mecânica. Servia para fabricar fardos

de palha.

De origem inglesa.

Em primeiro plano:

- Balanças romanas ou de pilão;

- Parte de uma balança usada nas mer-

cearias ou noutros lugares comer-

ciais;

- Balança de pratos usada pelos horte-

lões na pesagem dos seus produtos.

Ceifeira para debulha de cereais. Con-

duzida pelo homem com tracção ani-

mal.

Conjunto de peças de barro:

- Potes;

- Alguidares:

- Infusas;

- Barris.

Peças muito importantes no meio rural.

Peças várias:

- Carro de bois

- Carroça com algumas alfais importan-

tes na laboração do solo.

- Trilho grande e pequeno e arado em

madeira que remonta ao século IXX

Rede saveira para pesca do sável nos

nossos rios.

Page 18: Jornal de Junho 2011

Página 18

COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”

Veículo de tracção animal “Carreta”,

que servia para maiorais e guardas

rurais nela pernoitarem.

São visíveis vários objectos, tais como:

- Sedeiras;

- Crivo;

- Pá de madeira:

- Lanterna

Alfaias de eira:

- Forquilhas em madeira

- Ancinho

- Também se vê parte de um sedeiro.

Peças de cozinha rural:

- Cafeteiras;

- Candeeiro a petróleo;

- Pequeno armário para guardar algu-

ma comida.

Algumas medidas para sólidos

(cereais) e dois crivos. Alfaias de eira.

Roda de madeira que servia para o

fabrico de cordas e baraços ou bence-

lhos.

Peça artesanal que recebia o apoio de

duas pessoas.

Material de lagar de azeite:

- Talhas Grandes;

- Talhas pequenas;

- Medidas.

Page 19: Jornal de Junho 2011

Página 19

COISAS DA NOSSA TERRA - “Outros Tempos”

Charrua com duas aivecas. Era rebo-

cada pela força de gado (bois) tendo

sempre à sua rectaguarda um homem

que a manobrava sempre que chegava

ao fim do rego de lavoura. Era conheci-

da como charrua “barbão” . Talvez

tenha a ver com barbatana.

Bomba para trasfega

Em primeiro plano surge uma enfarda-

deira, prensa ou compressora para

efectuar fardos de palha (camisas de

milho).

Todo o trabalho era efectuado pela

força do homem.

Quatro peças com grande importância

no meio rural.

Duas amaçadeiras, panelão em chapa

e mesa comprida de madeira.

Os nossos jornalistas e o

nosso entrevistado

Temos de conhecer o passado para melhor entender o presente e construir o futuro.

Page 20: Jornal de Junho 2011

Página 20

Notícias

No passado dia 1 de Junho as turmas

do 2º ciclo fizeram uma visita de estudo

à Fábrica da Olá e ao Oceanário.

Na Fábrica da Olá os alunos assistiram

a um PowerPoint a partir do qual foi

explicado como se processa o fabrico

dos gelados.

Os alunos visitaram a fábrica onde

puderam ver como se fazem alguns

dos gelados nomeadamente o Perna

de Pau, o Super Maxi e o Pé.

Após a visita à Fábrica os alunos cons-

tituíram-se em equipas e responderam

a questões efectuadas pelos guias que

acompanharam todo o percurso dos

alunos.

Os alunos receberam bonés e gelados.

Após o almoço os alunos visitaram o

Oceanário onde puderam observar

uma vastíssima diversidade de seres

vivos que habitam os oceanos.

Professora Magda Santos

Concurso de Soletração

No dia 26 de Abril, primeiro dia de

aulas do 3º período, teve lugar na nos-

sa escola (sala 24) a fase final do

" Conc urs o de So le t ra ç ã o" .

Foi uma sessão bastante animada,

dinamizada pelas professoras de Lín-

gua Portuguesa/ Português na

qual alunos dos 5º, 6º e 7º anos, ante-

riormente apurados, participaram com

e n t u s i a s m o e a l e g r i a .

Aqui estão os vencedores!

Dias da Cultura Grupo de Inglês

No âmbito da comemoração dos Dias

da Cultura, o grupo de Inglês dos 2º e

3º Ciclos e Secundário, assinalou o

Dia do Inglês , que decorreu no dia 5

de Abril. Assim, foram promovidas e

dinamizadas as seguintes actividades:

sessões de cinema, o FiveO'clockTea

e o J o g o d e I n g l ê s .

Os alunos foram bastante receptivos às

propostas apresentadas, tendo partici-

pado activamente nas mesmas.

Page 21: Jornal de Junho 2011

Página 21

Notícias

Está patente de 1 a 16 de Junho a Exposição “Novos Talentos da Escola Mestre

Martins Correia”,

no Equuspolis, em

que os trabalhos

expostos foram

concebidos por

alunos da Escola

B. 2,3/S Mestre

Martins Correia, ao

longo do ano lecti-

vo, nas aulas de

Educação Visual e

T é c n i c a s d e

Expressão Plástica,

com a supervisão

da professora Mag-

da Santos. Os tra-

balhos foram ela-

borados na explo-

ração de temas

como Cor, Compo-

sição Formal, Geo-

metria e Modelos Tridimensionais, através da aplicação de técnicas mistas.

Professora Magda Santos

Semana da Leitura e 30 minu-

tos de Leitura no Agrupamento

No nosso Agrupamento foi comemo-

rada a Semana da Leitura, que

decorreu de 14 a 20 de Março. Esta

actividade foi organizada pela BE,

em colaboração com o Departamen-

to de Línguas que promoveu e dina-

mizou a “Partilha de Leituras”. O

Departamento de Línguas colaborou

ainda na actividade 30 minutos de

Leitura no Agrupamento.

Page 22: Jornal de Junho 2011

Página 22

Notícias

Dia da Língua Materna

No nosso Agrupamento foi comemora-

do o Dia da Língua Materna, que

decorreu de 21 a 25 de Fevereiro, uma

vez que nem todas as turmas tinham

aula de Língua Portuguesa no dia 21.

Esta actividade foi promovida e dinami-

zada pelo Departamento de Línguas

com a “Partilha de Leituras” e contou

com a presença de Encarregados de

Educação, familiares dos alunos e pro-

fessores.

Dia Mundial da Criança

O dia 1 de Junho foi um dia especial. Querem saber porquê?

Vamos observar algumas fotografias eL O que vos parece?

Alunos do 5.º e 6.º anos, da nossa Escola, participaram na visita de estudo que se

realizou ao Oceanário de Lisboa e à fábrica da OLÁ. Claro que os nossos alunos

sentiram-se super contentes.

Quisemos saber a opinião de dois alunos do 5.º B.

Gostaste de participar nesta visita?

- Gostei muito desta visita porque vi peixes novos no Oceanário. Pedro Costa - Gostei de ir à visita porque vi muitos peixes no Oceanário. Vítor Lopes

Qual foi o local que gostaste mais de visitar? Porquê?

- Eu gostei mais do Oceanário porque fiquei a saber que existem muitos peixes. Pedro Costa

- Eu gostei mais da fábrica da OLÁ porque vi como se faziam os gelados. Também

comi um perna de pau, oferecido pela OLÁ. Vítor Lopes Já tinhas ido com os teus pais ao Oceanário?

- Eu já tinha ido uma vez com os meus pais ao Oceanário. Pedro Costa

- Nunca fui com os meus pais ao Oceanário. Vítor Lopes

Golegã, 3 de junho de 2011

Entrevista realizada pela Docente de Educação Especial - Cristina Matos

Entrevistados - Pedro Costa e Vítor Lopes

Page 23: Jornal de Junho 2011

Página 23

Numa sociedade que se encontra em constante mudança, onde se fala em

igualdade para todos e educação um direito de todos, foram necessárias mudan-

ças.

A mudança tem-se verificado também ao nível da organização escolar, bem

como da atitude na escola e a postura desta no espaço escolar e perante a socie-

dade.

Numa sociedade de educação para todos, em que a escola se dirige a públi-

cos cada vez mais heterogéneos cultural e socialmente terá de se repensar o currí-

culo como necessariamente diferenciado - o que se quer fazer aprender (Roldão,

1999).

Na opinião de Roldão (1999), para que a escola não contribua para agravar

os níveis da exclusão social e para que ocorra aprendizagem em níveis satisfató-

rios para todos, importa repensar o currículo escolar em torno de alguns vetores de

mudança, destacando-se os seguintes:

“- a necessidade de diferenciação das propostas curriculares articuladas em torno

de metas comuns;

- o enfoque na aquisição de níveis desejáveis de competências nos domínios

abrangidos pela aprendizagem escolar;

- a ancoragem das práticas curriculares em referentes e contextos significativos

para todos os que frequentam a escola;

- a reconstrução do currículo como projeto específico de cada escola, apropriado

pelos seus atores e gestores, substituindo-se o dis-curso da norma pelo discurso

da contextualidade” (Roldão, 1999:51).

Roldão (1999), afirma que o professor como gestor do currículo terá que organizar

toda a sua ação em torno do aluno pois este é o referente central do Processo

Educativo. É ao nível da sala de aula que o professor vai ter que tomar decisões

sobre prioridades de objetivos e conteúdos a desenvolver, bem como a planifica-

ção de estratégias que contemplem a diversidade de ritmos, características e inte-

resses individuais. Também, Zabalza (1992), considera fundamental que o profes-

sor tenha um conhecimento dos alunos, ao nível das suas características, expe-

riências, background cultural de desenvolvimento conseguido até esse momento,

as suas formas básicas de adaptação à escola, das suas expectativas, etc.

Só assim será possível a definição “de práticas diferenciadas positivamente discri-

minatórias, isto é, valorizadoras das diferenças, potencialmente geradoras de igual-

dade nas oportunidades de sucesso educativo e que efetivamente contrariam

mecanismos de exclusão” (Morgado, 1999:17).

COMO DAR RESPOSTA AOS PROBLEMAS

E À DIVERSIDADE DE SITUAÇÕES?

Algumas Propostas Pedagógicas

Aprendizagem Cooperativa

A aprendizagem cooperativa, na opinião de Freitas & Freitas (2003), é um

método de aprendizagem que permite tornar o ensino-aprendizagem muito mais

motivador e ativo mas terá de haver uma alteração progressiva do papel do profes-

sor. Este, ao sentir que os alunos conseguem aprender as matérias trabalhando

cooperativamente, poderá introduzir o referido método, uma vez que os alunos já

desenvolveram competências que lhes permitirão uma maior autonomia.

Segundo os autores acima referidos, são evidentes quatro características

neste método, que não aparecem de

forma separada nem sequencial: a

investigação, a interação, a interpreta-

ção e a motivação intrínseca.

De acordo com Freitas & Freitas (2003),

é no âmbito da aprendizagem cooperati-

va que se desenvolvem atividades e

estruturas que melhor preparam os alu-

nos para bem interagirem em grupo e,

consequentemente, na turma. São

várias as oportunidades que os alunos

têm de se ouvirem uns aos outros, de se

encorajarem a participar e a realizar as

tarefas, a expor as suas opiniões e a

confrontarem-se com diferentes pontos

de vista. “É através da interacção inte-

lectual e social que os alunos reestrutu-

ram o seu conhecimento pessoal prévio

à luz do novo conhecimento construído

pelo grupo no decorrer da investiga-

ção” (Sharan & Sharan, 1994, cit in Frei-

tas & Freitas, 2003:52-53).

Trabalho de grupo/ colaboração entre

iguais

Sprinthall & Sprinthall (1993) referem a

importância de se aplicarem, na sala de

aula, técnicas de trabalho em pequenos

grupos com objetivos de cooperação, a

fim de encorajar a participação dos alu-

nos, o que proporciona um melhor

desempenho académico.

A colaboração entre iguais con-

siste na realização de uma tarefa ou na

resolução de um problema entre dois ou

mais companheiros que trabalham con-

juntamente, obtendo resultados que não

se teriam conseguido se as crianças

tivessem trabalhado sozinhas. A resolu-

ção conjunta de tarefas pode conduzir a

um avanço cognitivo o que dependerá

de:

1) Existência de pontos de vista

moderadamente divergentes;

2) Não se produzir apenas um

aceitamento das ideias, por parte do

grupo, de um dos elementos do grupo;

3) As exigências da tarefa ou con-

ceito em questão não estejam mais além

Por Cristina Matos Docente de Educação Especial

Page 24: Jornal de Junho 2011

Página 24

das capacidades cognitivas potenciais dos

sujeitos (uma ideia comum a Piaget e

Vygotsky) (Enesco,1999).

Youniss (1980) e Damon & Phelps

(1989) referidos por Enesco (1992) dizem-

nos que as próprias características de cola-

boração entre iguais proporcionam um cli-

ma ideal que é suficiente para que se pro-

duzam avanços intelectuais ou sociais nos

participantes, destacando especialmente as

seguintes:

1) A motivação das crianças em resolver a tarefa, é maior na colaboração

entre iguais do que no trabalho individual pois verifica-se um desejo de planificar

conjuntamente a tarefa, compartilhar ideias, etc.

2) As crianças sentem-se mais seguras para expressar as suas ideias e o

desejo de ter que as expressar obriga-os, de alguma forma, a ter consciência

delas e a organizá-las.

De acordo com Perrenoud (1999), os alunos podem formar-se mutuamente,

desde que se envolvam numa tarefa cooperativa que provoque conflitos sociocog-

nitivos e favoreça a evolução das representações, dos conhecimentos, dos méto-

dos de cada um por meio do confronto com outras maneiras de ver e de agir ( os

pontos de vista dos outros). Tal confronto estimula uma atividade metacognitiva da

qual todos extraem um benefício.

Uma aprendizagem por grupos requer, segundo Enesco (1992), mais tempo

que uma aprendizagem por transmissão, mas os benefícios intelectuais são maio-

res, uma vez que existe uma verdadeira compreensão do aprendido fruto do envol-

vimento ativo dos alunos no processo de aprendizagem.

O professor mediador

As sucessivas mudanças pelas quais a escola tem passado ao longo dos

últimos anos têm originado, segundo Vieira (2000), alterações em termos da dinâ-

mica da sala de aula. O professor deixou de ser visto como o detentor do saber,

como aquele que ensina, e passou a ser considerado como alguém que ajuda a

aprender.

O ofício do docente consistirá em fazer aprender, isto é, criar situações

favoráveis, que aumentem a probabilidade do aprendizado em causa, de acordo

com Perrenoud (2000).

Numa perspetiva de ecologia da escola, defendida por Vayer, Duval & Ron-

cin (1994), o adulto torna-se algo mais que o representante da realidade socioesco-

lar, é primeiro que tudo o animador, aquele que dá vida ao conjunto-classe.

A função principal do professor, para Enesco (1999), consiste em supervisio-

nar regularmente a relação tutorial (baseada num modelo de instrução entre alu-

nos), assegurando-se de que a informação proporcionada pelo aluno mais avança-

do está estruturada e correta, e comprovando os progressos do aluno tutorado.

Dado que tutor e tutorado podem obter benefícios a partir dessa interação, seria

conveniente que todos os alunos pudessem desempenhar ambos os papéis, na

medida das suas capacidades e conhecimentos em diferentes áreas e/ou ativida-

des.

Numa situação de colaboração entre iguais, o elemento crucial para que se

produzam progressos na aprendizagem é o desejo de ter que confrontar pontos de

vista e/ou opiniões diferentes entre si, tendo o professor que supervisionar os gru-

pos com o objetivo de observar se os diálogos que se produzem entre os elemen-

tos do grupo são adequados, e se os alunos são flexíveis às ideias manifestadas

por cada um.

REFLETINDO

É imprescindível ter em conta que

a Educação engloba muito mais que

ensino, por tal motivo não se limita às

salas de aula, aos manuais escolares e

à dialética professor-aluno. A Educação

diz respeito a todos os cidadãos, à forma

como nos relacionamos no dia a dia.

Assim, ao nos depararmos com a

grande heterogeneidade das nossas

turmas, professores e escola como gru-

po, em cooperação, deverão melhorar

as suas práticas, de forma a proporcio-

nar um ensino de maior qualidade. Estas

escolas de qualidade deverão ser espa-

ços educativos que primem pela constru-

ção de alunos que aprendem a ser pes-

soas, isto é, com personalidades huma-

nas, autónomas e críticas. Nestes con-

textos educativos ensinam-se os alunos

a valorizar a diferença ao conviver com

os seus pares, pelo exemplo dado pelos

seus professores, pelo ensino ministrado

nas suas aulas, pelo clima sócio-afetivo

que se estabelece nas relações com

toda a comunidade escolar – sem ten-

sões competitivas, com solidariedade e

participação.

Estes ambientes educacionais con-

tribuem para que todos os alunos pos-

sam aprender de uma forma mais eficaz.

Referências Bibliográficas

Enesco, I. (1992). El Trabajo en Equipo en Primaria. Aprendiendo con Iguales. Madrid: Alhambra Long-man. Freitas, L. V. & Freitas, C. V. (2003). Aprendizagem Cooperativa. Porto: Edições Asa.

Morgado, J. C. (1999). A Relação Pedagógica. Lisboa: Editorial Presença.

Perrenoud, P. (2000). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre:Artes Médicas Sul. ( Obra original publicada 1999)

Roldão, M. C. (1999). Currículo e Gestão curricular – O Papel das Escolas e dos Professores. In Mendes, M. L. S. (coord.), Forum “ Escola, Diversidade e Currículo”(45-56). Lisboa: Artes Gráficas.

Sprinthall, N. A. & Sprinthall, R. C. (1993). Psicologia Educacional – Uma Abordagem Desenvolvimentista. Lisboa: McGraw-Hill de Portugal, Lda. ( Obra original publicada 1990)

Zabalza, M. A. (1992). Do Curriculo ao Projecto de Escola. Lisboa: Educa.

Page 25: Jornal de Junho 2011

Página 25

Curiosidades

Sabias que?

Sabias que as alunas do 12º ano, Telma Antunes, Guadalu-

pe Pires, Leonor Nunes e Inês Severino, realizaram um traba-

lho sobre curiosidades?

Ora, se não sabes ficas a saber.

Começaram por fazer uma pesquisa de diversas curiosidades

de todo o mundo correspondentes a diversos temas, entre os

quais, ciência, animais, plantas, ser humano e astronomia, de

seguida seleccionaram as mais interessantes. Uma vez que,

apenas a turma pôde presenciar a apresentação do trabalho é

aqui que os restantes alunos podem matar a sua curiosidade

caso o desejem.

Aqui vai:

A árvore mais alta de Portugal é um eucalip-

to - Eucaliptus diversicolor - situado na Mata

de Vale de Canas, com cerca de 70 m de

altura

Um camelo consegue beber 120 litros de água em dez

minutos, retém água suficiente para oito

dias. Pode andar de 200 a 270 km por dia e

as girafas e os ratos podem viver mais tem-

po sem água que o camelo.

Se ficares a gritar por 8 anos, 7 meses e

cinco dias, terás produzido energia sonora

suficiente para aquecer uma chávena de

café.

As estrelas não piscam. Nós vemos as

estrelas a piscar devido à turbulência da

atmosfera terrestre, que interfere na luz

emitida por estas.

A luz do Sol leva mais de 8 minutos para

chegar à Terra e a sua temperatura chega a

5 500 ºC.

Área de projecto 12º A

Adeus! O PROFESSOR

António D. R. Braz

Introdução:

Espero ansiosamente pela minha aposen-

tação (antecipada) há já alguns meses.

Deve faltar pouco tempo para eu deixar a nossa escola. Por

isso, faz todo o sentido fazer um balanço final da minha car-

reira profissional. Vou, então, aproveitar esta edição do

“Encontro” para o fazer. É certo que esta tarefa poderá inte-

ressar pouco a alguns colegas, funcionários e alunos. Para

mim, significa o resumo de toda uma vida de trabalho (mais

de 36 anos) dedicada ao ensino/educação.

Desenvolvimento:

Após ter cumprido o Serviço Militar, comecei a leccionar na

Escola Preparatória Eng.º Belard da Fonseca (Chamusca) no

ano lectivo de 1975/76. Recordo o dia em que cheguei àquela

escola para tomar posse como professor de Trabalhos

Manuais: sentado na Secretaria, a fumar um cigarro com

boquilha (armado em “intelectual distraído”), mas muito nervo-

so, à espera que o Sr. Coelho (Chefe de Secretaria) me rece-

besse para assinar o “termo de posse”. A escola tinha instala-

ções muito antigas, que foram adaptadas para o efeito, e a

sala de Trabalhos Manuais era um barracão com algumas

bancadas, armários e máquinas. Tinha sido colocado na

escola num lugar/horário anteriormente ocupado pelo meu

colega João Cardador (meu amigo, ainda hoje professor

daquela escola), pelo que a professora Adélia (já falecida),

então Encarregada de Direcção da Escola, sem saber o que

fazer perante o facto, colocou três professores de Trabalhos

Manuais a leccionar as mesmas turmas, até que o João foi

colocado noutra escola.

Nessa altura estávamos em pleno PREC (Processo Revolu-

cionário em Curso) e o ambiente político no país e nas esco-

las estava efervescente. Os militantes da extrema esquerda

eram os mais reivindicativos e radicais e, naquela escola,

destacava-se o colega João Brigola (hoje militante socialista,

professor universitário e Director Geral dos Museus no Gover-

no de José Sócrates). Os debates no Conselho Pedagógico

eram bastante vivos e acalorados e eu, com apenas alguns

meses de profissão (não sei como lá fui parar), defendia sem-

pre ideias e perspectivas mais moderadas. Quando se reali-

zaram eleições para a Direcção da Escola, a “maioria silencio-

sa” dos professores, afecta ao PS e ao PPD, elegeu os cole-

gas José Artur Alvarães (ex-padre e retornado de Angola),

Valério (?) e eu próprio, para a gestão da escola.

Lembro-me de, nas férias lectivas, termos decidido mandar

caiar as paredes exteriores das salas de aula (por estarem

com mau aspecto) e das funcionárias do pessoal auxiliar,

contrariadas, fazerem o trabalho de cravo vermelho ao peito,

a cantarem a “Grândola Vila Morena”, do Zeca Afonso.

No ano lectivo seguinte continuei na mesma escola. Nesse

mesmo ano, o colega Sampaio, que também residia na Gole-

Convém ter opinião

Page 26: Jornal de Junho 2011

Página 26

Convém ter opinião

Rastreio de Saúde

Sê Saudável!

No passado dia 4 de Maio, durante a

manhã, realizou-se na Escola B. 2,3/S.

Mestre Martins Correia, um rastreio

organizado por um grupo de alunos de

12º ano, com o objectivo de dar a conhe-

cer aos alunos participantes - turmas do

secundário e outros alunos interessados

- assim como a funcionários e professo-

res, os seus valores de colesterol, glice-

mia, tensão arterial e índice de massa

corporal.

Esta iniciativa surgiu como um trabalho

para a disciplina de Área de Projecto em

parceria com o PES e a professora Brigi-

te (coordenadora) e na qual estamos a

trabalhar desde o inicio do ano. Para a

realização do rastreio contámos com a

participação do enfermeiro Augusto Neto

da Associação de Dadores de Sangue

do Hospital Distrital de Torres Novas

que, com prazer, aceitou esta nossa

iniciativa e ao qual agradecemos pela

ajuda prestada.

O objectivo é usarmos os dados recolhi-

dos para fazermos estatísticas e desco-

brirmos a percentagem de pessoas que

têm os valores dos aspectos em estudo

fora dos valores considerados normais.

Pretendemos disponibilizar o nosso tra-

balho à Biblioteca da Escola para que o

mesmo possa ser consultado.

Agradecemos também a todas as pes-

soas que participaram e nos permitiram

concretizar o nosso trabalho. Esperamos

que este tipo de iniciativa se volte a

repetir.

Adriana Narciso

Ana Margarida Cardoso

Filipe Silvério - Paulo Alves

gã e dava aulas na Chamusca, foi convidado para “abrir” a Escola Preparatória da

Golegã, que viria a funcionar no edifício da ex- Casa Vaz (hoje pertencente à Santa

Casa da Misericórdia), situado na Rua José Relvas.

Em 1977, quando foram inauguradas as novas e actuais instalações da Escola

Preparatória Eng.º Belard da Fonseca (Chamusca), fui colocado na Escola Prepa-

ratória Manuel de Figueiredo, em Torres Novas.

Em 1978, fui tirar o estágio profissional na Escola Preparatória Rui de Andrade

(Entroncamento), tendo como orientador o professor Fernando Cravo.

Em 1979/80 fui colocado na Escola Preparatória da Golegã (já nas actuais instala-

ções), e desempenhei as funções de vice-presidente do Conselho Directivo.

Em 1980/81 fui colocado como professor efectivo na Escola Preparatória da Póvoa

de Santa Iria, mas não exerci funções nesta escola porque, entretanto, fui destaca-

do como Orientador Pedagógico para a zona da Grande Lisboa, no âmbito da

“profissionalização em exercício” (novo modelo de formação de professores).

Em 1981/82 regressei à minha escola de origem, na Póvoa de Santa Iria, onde

leccionei até final do ano lectivo.

Em 1982/83 abriu uma vaga do meu grupo disciplinar no quadro da Escola Prepa-

ratória da Golegã e, por concurso, vim ocupá-la. Nesse mesmo ano lectivo, fui

nomeado Presidente do Conselho Directivo.

Em 1983/84 e 1984/85 continuei a exercer as funções de Presidente do Conselho

Directivo na mesma escola.

Desde 1985 até à actualidade mantive-me nesta escola como professor do quadro

e/ou titular, tendo desempenhado diversos cargos de administração/ gestão escolar

e de coordenação e supervisão pedagógica: director de instalações, director de

turma, delegado de disciplina, coordenador dos directores de turma, coordenador e

subcoordenador de departamento, presidente do conselho pedagógico, presidente

da Assembleia de Escola e presidente do Conselho Geral.

Entretanto, durante os anos em que decorreu a minha carreira profissional, fre-

quentei e concluí com aproveitamento duas licenciaturas e um mestrado: licencia-

tura em Psicologia Educacional (1998,Instituto Superior de Psicologia Aplicada),

licenciatura em ensino de Educação Tecnológica (2004,Universidade Aberta) e

Mestrado Integrado em Psicologia (2011, Instituto Superior de Psicologia Aplicada).

Conclusão: Entrei para o Ensino/Educação acidentalmente, quando procurava um emprego,

após o cumprimento do Serviço Militar. No entanto, sempre gostei desta profissão

e fui sempre interveniente e participativo em todas as escolas e funções que

desempenhei. Com os anos, fui perdendo o gosto e a motivação profissional, ao

ponto de me encontrar absolutamente frustrado com a actual situação (crise) no

sistema educativo. Apesar dos enormes investimentos públicos no sector do ensi-

no/educação, os alunos em geral são cada vez mais impertinentes, irresponsáveis,

arrogantes e mal educados, não se esforçam minimamente por aprender e, mesmo

sendo uns “analfabetos funcionais”, progridem nos estudos e concluem os cursos

com “aproveitamento escolar”, graças a um sistema de avaliação absolutamente

permissivo, facilitador e socialmente injusto. Ao mesmo tempo, os responsáveis do

Ministério da Educação adoptam medidas para a União Europeia e a OCDE

verem, escondendo ou camuflando a péssima situação do sistema educativo portu-

guês. Por sua vez, os professores sentindo-se coagidos pelo Sistema, acabam por

se adaptar a ele, como sendo a melhor forma de “sobreviverem”.

É por tudo isto que eu resolvi pedir a minha aposentação antecipada: como não

consigo mudar o Sistema por dentro e não concordo com ele, vou-me embora. Isto

não significa que vá parar ou resignar-me: vou tentar é ser útil à Sociedade, noutro

lugar, noutras funções, mas com a mesma determinação.

Golegã, 4 de Junho de 2011

Page 27: Jornal de Junho 2011

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Escola - Duas visões

A Minha EscolaW Por João Costa Lopes

Festa de Fim de Ano No próximo dia 17 de Junho a partir das 19 horas terá lugar, no recinto da E.B.2,3/

S Mestre Martins Correia da Golegã, a Festa de Encerramento das Actividades

Lectivas.

Contamos com as actuações de grupos de dança de Salão e HIP-HOP e Concerto/

Baile com o Grupo Musical Pop Rock Soundárgea. Haverá petiscos e quermesse. A

entrada é gratuita.

Apareça, traga os amigos e divirta-se.

Prof.a Cristina Rodrigues

Page 28: Jornal de Junho 2011

Página 28

Uma das actividades programadas no

âmbito do Projecto Viagem no Tempo

era a visita de estudo a Óbidos, vila

conhecida como "Casa das Rainhas".

Foi uma oportunidade para os nossos

alunos recordarem e aplicarem conhe-

cimentos adquiridos ao longo do ano e

terem contacto com um local diferente

e com a História que nele se desenro-

lou.

E como, pela mão da rainha D. Leo-

nor, Óbidos e Caldas da Rainha fica-

ram eternamente ligadas. Visitámos

também esta cidade, onde demos espe-

cialmente destaque ao Museu José

Malhoa. Foi muito gratificante verifi-

car o interesse que as obras lá expos-

tas suscitaram nos alunos, sobretudo a

escultura "O Fogueteiro", da autoria

de mestre Martins Correia.

Teresa Cruz

Mariana—1º Ano

A vila de Óbidos

No dia 28 de Maio

fomos à vila de Óbi-

dos. Quando lá

chegámos depará-

mo-nos com o

aqueduto. Lá ao

fundo começámos a

avistar uma senho-

ra que veio ao nos-

so encontro. Cha-

mava-se Patrícia e

foi quem nos acom-

panhou e guiou ao

longo da visita.

Primeiro fomos ao Museu Paroquial; lá tivemos de chamar a Rainha Santa Isabel por

“Alteza” até que ela aparecesse. Sua Alteza, a rainha, contou-nos o seu milagre das

rosas, e disse:

- Quando eu me casei, o meu marido ofereceu-me esta vila de Óbidos como

presente de casamento. Cá havia pessoas muito pobres e eu gostava de lhes dar

comida, mas o meu marido não gostava que eu saísse. Eu e as minhas aias saímos

disfarçadas, mas, certo dia, um guarda amigo do meu marido foi contar-lhe. Ele foi ter

comigo e perguntou-me o que eu tinha no avental. Quando eu abri o meu avental

estavam lá rosas; foi mesmo um milagre, porque era Janeiro e em Janeiro não havia

rosas.

A seguir, fomos ver as casas, e reparámos que as casas só podiam ser brancas e

com faixas vermelhas, amarelas, azuis ou cinzentas.

Passámos por baixo de um passadiço; um passadiço é uma espécie uma ponte que

liga as casas umas às outras.

De seguida, fomos sentar-nos nuns degraus que eram em frente à Santa Casa da

Misericórdia e chamámos:

- Alteza, Alteza!

E apareceu D. Leonor. D. Leonor viu muitas crianças abandonadas nas ruas e órfãs,

ao frio, ao calor e sem ninguém. Quem se preocupava com essas crianças era D.

Leonor. Então, ela fundou a Santa Casa para as acolher.

Depois vimos D. Catarina que fez uma fonte porque sem essa fonte Óbidos ficava

sem água e, por consequência, desabitada.

E foi assim a nossa visita.

Francisca Alcobia