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NÃO À TERCEIRIZAÇÃO! Todos ao ato contra o PLC 30 sexta, dia 29, às 17h, na Cinelândia Oi, Vivo e Claro impérios em ascensão O processo de consolidação das três irmãs - Grupo Oi, Grupo Claro (Embratel, Net, Claro) e Grupo Telefônica (Telefônica do Brasil/Vivo e GVT) - avança celere- mente, transformando essas operadoras em verdadeiros impérios. A receita da Vivo, por exemplo, está orçada em cerca de R$ 40 bilhões. Mas o impacto dessa consolidação, até aqui, tem sido negativo para os trabalhadores do setor, alvos de demissões em massa. O Mesmo cenário de demissões se repete na Oi e na Claro S.A. O que nos leva a questionar: qual a con- trapartida social dessas consolidações? Em 1916, o então presidente da AT&T, Theodore Vail, dizia: "nós reconhecemos uma responsabilidade e um dever de nossa parte em relação ao público o que é algo diferente e maior que a obrigação de outras empresas de serviços públicos não tão entrelaçadas à vida cotidiana da comunidade." No entanto, 100 anos depois, parece que as operadoras de telecomunicações não se dão conta das suas enormes res- ponsabilidades sociais. Não são apenas empresas para distribuir lucros aos seus acionistas, mas são a base de uma socieda- de que tem na informação a sua principal mercadoria. Não há como pensar cultura, educação, trabalho, entretenimento sem pensar numa empresa de telecomunica- ções, principalmente na infraestrutura de banda larga. O Governo Federal deu um bom exemplo mantendo o orçamento do Banda Larga para Todos. E esperamos que isso signifique que as promessas de campanha da presidenta Dilma vão se tornar realidade: 1) banda larga como infraestrutura estratégica e essencial para o desenvol- vimento do país. 2) velocidade de 25Mbps por acesso, com 90% de atendimento, basicamente através de fibras ópticas, em parceria com as atuais empresas operadoras num prazo de 4 anos. 3) apoio à Telebrás para ser o braço do governo nas implantações, principalmen- te para os pequenos provedores e com intuito de regular a competição. A presença do engenheiro Jorge Bittar na presidência da Telebrás é uma expec- tativa muito positiva para que a empresa tenha um papel estratégico na universa- lização da banda larga no Brasil. A Campanha Banda Larga é um Direi- to Seu tem insistido com o Governo na necessidade da implantação de um fórum nos moldes do Fórum Brasil Conectado que possa estabelecer entre Governo, em- presas e sociedade civil um debate sobre qual o melhor modelo para responder as demandas da sociedade. O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, tem um papel estratégico, pois ele pode convocar imediatamente o FBC, apresentar a proposta do governo e dialo- gar com a sociedade civil e as operadoras. Dessa negociação poderá surgir um novo modelo para as telecomunicações brasi- leiras, em particular para a banda larga. Lei mais em www.institutotelecom.com.br E ntre os artigos que compõem o PLC 30 e que podem gerar sérias conseqüências para os tra- balhadores, destaca-se o 4°: "É lícito o contrato de terceirização relacionado à parcela de qualquer atividade da contratante, não se configu- rando vínculo de emprego entre a contratante e os empregados da contratada". O que o artigo 4° do PLC 30 deixa claro é que não haverá diferenciação entre atividade fim e atividade meio, ou seja, as empresas poderão terceirizar sem limites todos as funções. Os únicos beneficiários, se o Projeto for aprovado, são as empresas, que poderão diminuir salários e benefícios e aumentar seus lucros. Para o segmento Nós, trabalhadores de telecomunicações, em grande parcela vítimas do regime de precarização imposto pela terceirização, não podemos faltar ao chamado da CUT e dos movimentos sociais para a grande manifestação contra o PLC 30, que tramita no Senado e estende a terceirização à atividade fim. O ato é também contra as MPs 664 e 665, medidas econômicas restritivas, que mudam as regras para a concessão de benefícios, o ajuste fiscal e em defesa dos direitos trabalhistas. Se aprovado, o Projeto significará um grave retrocesso para os trabalhadores. de telecomunicações, isso significa que trabalhado- res efetivos da Oi, Embratel, Claro, Net, Vivo, GVT, entre outras podem ser demitidos e contratados por empresas terceirizadas e quarteirizadas. Com isso, a precarização e a exploração ficam ainda mais evidentes. Dados recentes do Dieese reforçam que os tercei- rizados trabalham mais e ganham menos: são três horas e meia a mais que os efetivos e salários em média 18% mais baixos. O estudo também apresenta dados sobre trabalhadores mortos ou resgatados de condições análogas à escravidão. Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos 3.553 casos eram terceirizados, além de serem os que mais se acidentam no trabalho e mais 80% das vítimas são fatais. É urgente que todos, sem exceção, estejam mobiliza- dos para pressionar os parlamentares a não aprovarem o projeto, que pode levar a enormes prejuízos à classe trabalhadora. O Ato do próximo dia 29 será também a preparação de uma greve geral no País, caso o Con- gresso Nacional e o governo não assinalem nenhuma mudança de rumos. Desde 13 de março, data do pri- meiro ato nacional, as mobilizações se multiplicam em todo o país. Vamos mostrar a força da pressão dos trabalhadores, todos ao Dia Nacional de Luta! Na última reunião da Comissão Tripartite do setor de Teleatendimento, dia 19, em Brasília, no Ministério do Trabalho e Emprego, a Comissão da Fenattel (formada por dirigentes da en- tidade, e representantes do Sinttel Rio, Sintetel e demais sindicatos) colocou na mesa um documento com dados do que representa a terceirização para os trabalhadores do teleatendimento em todo o país. Veja a seguir dois trechos do documento da Fenattel que evidenciam a grave situação do teleatendimento depois da terceirização. “(...) A partir de fatos, denúncias, pesquisas, atuação sindical de Norte a Sul do país, constatamos e podemos afirmar com certeza que a natureza da relação das empresas de teleatendimento (Call Centers) com seus clientes, dada a ingerência dos contratantes sobre o desempenho, metas e scripts para os empregados das contratadas, bem como a in- terferência direta na Gestão dessas empresas (contratadas), é a raiz do adoecimento e dos afastamentos dos teleoperadores do trabalho e que, perversamente, as empresas cortam direitos, PPR (Participação nos Re- sultados) dos que sucumbem, o que os obriga a trabalhar doentes. Os reflexos da terceirização no setor de call center Para fazer valer as metas imprová- veis, a contratante impõe a presença de seus fiscais nos locais de trabalho da contratada. As consequências dessa prática estão nos efeitos da pressão psicológica e física sobre os teleoperadores, controle de tempo de ida ao banheiro, script de texto, metas abusivas, corte de direitos coletivos e benefícios, interferência nos atestados médicos públicos e privados, redução dos períodos de afastamento legal para evitar INSS e a estabilidade pós alta médica, constrangimentos a gestantes, assédio moral (haja visto diversas condenações no TST), atuação de back Office (escutas) e censura da análise entre outras condutas desumanas e que ferem as normas do trabalho decente (...)” Representaram o Sinttel-Rio nessa reunião o coordenador geral da enti- dade, Luís Antônio Sousa, e Ricardo Pereira, também membro da Comissão Nacional da Call Center. A comissão tripartite é constituída de representantes dos trabalhadores (Fenattel e Sindicatos), Associação Brasileira de Teleserviço - ABT (repre- sentante das empresas) e Ministério do Trabalho e Emprego, que contou com vários representantes. Compare os prejuízos dos traba- lhadores terceirizados (call center) em relação aos que continuam com contratos diretos com as operadoras e agora correndo risco de também engrossarem a lista da precarização, caso o PLC 30 venha a ser aprovado no Senado. Esse mesmo benefício nas duas Perdas com a precarização TÍQUETE REFEIÇÃO R$ 30,00 R$ 29,00 R$ 27,00 R$ 27,00 R$ 6,50 VIVO Claro/Embratel TIM OI Contax e Atento gigantes do setor de call center no país, Contax e Atento, é de apenas R$ 6,50. Supondo que os terceirizados na Atento, por exemplo, continuassem como empregados diretos da Vivo e, considerando a sua jornada de 180 horas, o seu tíquete refeição hoje seria de R$ 27,00. Já os terceirizados da Contax se continuassem efetivos da Oi, estariam recebendo R$ 24,30. PPR – Enquanto os trabalhadores diretos das operadoras (OI, TIM, Vivo e Claro S.A) recebem PPR em valores superiores a dois salários, os tercei- rizados da Contax e Atento recebem míseros 30% do salário. SOCORRO ANDRADE CUT NACIONAL O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mandou reprimir violentamente o protesto na frente do Congresso

Jornal do Sinttel-Rio nº 1.464

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Não à terceirização

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NÃO À TERCEIRIZAÇÃO!Todos ao ato contra o PLC 30 sexta, dia 29, às 17h, na Cinelândia

Oi, Vivo e Claro impérios em ascensão

O processo de consolidação das três irmãs - Grupo Oi, Grupo Claro (Embratel, Net, Claro) e Grupo Telefônica (Telefônica do Brasil/Vivo e GVT) - avança celere-mente, transformando essas operadoras em verdadeiros impérios. A receita da Vivo, por exemplo, está orçada em cerca de R$ 40 bilhões. Mas o impacto dessa consolidação, até aqui, tem sido negativo para os trabalhadores do setor, alvos de demissões em massa. O Mesmo cenário de demissões se repete na Oi e na Claro S.A. O que nos leva a questionar: qual a con-trapartida social dessas consolidações?

Em 1916, o então presidente da AT&T, Theodore Vail, dizia: "nós reconhecemos uma responsabilidade e um dever de nossa parte em relação ao público o que é algo diferente e maior que a obrigação de outras empresas de serviços públicos não tão entrelaçadas à vida cotidiana da comunidade."

No entanto, 100 anos depois, parece que as operadoras de telecomunicações não se dão conta das suas enormes res-ponsabilidades sociais. Não são apenas empresas para distribuir lucros aos seus acionistas, mas são a base de uma socieda-de que tem na informação a sua principal mercadoria. Não há como pensar cultura, educação, trabalho, entretenimento sem pensar numa empresa de telecomunica-ções, principalmente na infraestrutura de banda larga.

O Governo Federal deu um bom exemplo mantendo o orçamento do Banda Larga para Todos. E esperamos que isso signifique que as promessas de campanha da presidenta Dilma vão se tornar realidade:

1) banda larga como infraestrutura estratégica e essencial para o desenvol-vimento do país.

2) velocidade de 25Mbps por acesso, com 90% de atendimento, basicamente através de fibras ópticas, em parceria com as atuais empresas operadoras num prazo de 4 anos.

3) apoio à Telebrás para ser o braço do governo nas implantações, principalmen-te para os pequenos provedores e com intuito de regular a competição.

A presença do engenheiro Jorge Bittar na presidência da Telebrás é uma expec-tativa muito positiva para que a empresa tenha um papel estratégico na universa-lização da banda larga no Brasil.

A Campanha Banda Larga é um Direi-to Seu tem insistido com o Governo na necessidade da implantação de um fórum nos moldes do Fórum Brasil Conectado que possa estabelecer entre Governo, em-presas e sociedade civil um debate sobre qual o melhor modelo para responder as demandas da sociedade.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, tem um papel estratégico, pois ele pode convocar imediatamente o FBC, apresentar a proposta do governo e dialo-gar com a sociedade civil e as operadoras. Dessa negociação poderá surgir um novo modelo para as telecomunicações brasi-leiras, em particular para a banda larga.

Lei mais em www.institutotelecom.com.br

Entre os artigos que compõem o PLC 30 e que podem gerar sérias conseqüências para os tra-balhadores, destaca-se o 4°: "É lícito o contrato de terceirização relacionado à parcela de

qualquer atividade da contratante, não se configu-rando vínculo de emprego entre a contratante e os empregados da contratada". O que o artigo 4° do PLC 30 deixa claro é que não haverá diferenciação entre atividade fim e atividade meio, ou seja, as empresas poderão terceirizar sem limites todos as funções.

Os únicos beneficiários, se o Projeto for aprovado, são as empresas, que poderão diminuir salários e benefícios e aumentar seus lucros. Para o segmento

Nós, trabalhadores de telecomunicações, em grande parcela vítimas do regime de precarização imposto pela terceirização, não podemos faltar ao chamado da CUT e dos movimentos sociais para a grande manifestação contra o PLC 30, que tramita no Senado e estende a terceirização à atividade fim. O ato é também contra as MPs 664 e 665, medidas econômicas restritivas, que mudam as regras para a concessão de benefícios, o ajuste fiscal e em defesa dos direitos trabalhistas. Se aprovado, o Projeto significará um grave retrocesso para os trabalhadores.

de telecomunicações, isso significa que trabalhado-res efetivos da Oi, Embratel, Claro, Net, Vivo, GVT, entre outras podem ser demitidos e contratados por empresas terceirizadas e quarteirizadas. Com isso, a precarização e a exploração ficam ainda mais evidentes.

Dados recentes do Dieese reforçam que os tercei-rizados trabalham mais e ganham menos: são três horas e meia a mais que os efetivos e salários em média 18% mais baixos. O estudo também apresenta dados sobre trabalhadores mortos ou resgatados de condições análogas à escravidão. Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos

3.553 casos eram terceirizados, além de serem os que mais se acidentam no trabalho e mais 80% das vítimas são fatais.

É urgente que todos, sem exceção, estejam mobiliza-dos para pressionar os parlamentares a não aprovarem o projeto, que pode levar a enormes prejuízos à classe trabalhadora. O Ato do próximo dia 29 será também a preparação de uma greve geral no País, caso o Con-gresso Nacional e o governo não assinalem nenhuma mudança de rumos. Desde 13 de março, data do pri-meiro ato nacional, as mobilizações se multiplicam em todo o país. Vamos mostrar a força da pressão dos trabalhadores, todos ao Dia Nacional de Luta!

Na última reunião da Comissão Tripartite do setor de Teleatendimento, dia 19, em Brasília, no Ministério do Trabalho e Emprego, a Comissão da Fenattel (formada por dirigentes da en-tidade, e representantes do Sinttel Rio, Sintetel e demais sindicatos) colocou na mesa um documento com dados do que representa a terceirização para os trabalhadores do teleatendimento em todo o país. Veja a seguir dois trechos do documento da Fenattel que evidenciam a grave situação do teleatendimento depois da terceirização.

“(...) A partir de fatos, denúncias, pesquisas, atuação sindical de Norte a Sul do país, constatamos e podemos afirmar com certeza que a natureza da relação das empresas de teleatendimento (Call Centers) com seus clientes, dada a ingerência dos contratantes sobre o desempenho, metas e scripts para os empregados das contratadas, bem como a in-terferência direta na Gestão dessas empresas (contratadas), é a raiz do adoecimento e dos afastamentos dos teleoperadores do trabalho e que, perversamente, as empresas cortam direitos, PPR (Participação nos Re-sultados) dos que sucumbem, o que os obriga a trabalhar doentes.

Os reflexos da terceirização no setor de call center

Para fazer valer as metas imprová-veis, a contratante impõe a presença de seus fiscais nos locais de trabalho da contratada. As consequências dessa prática estão nos efeitos da pressão psicológica e física sobre os teleoperadores, controle de tempo de ida ao banheiro, script de texto, metas abusivas, corte de direitos coletivos e benefícios, interferência nos atestados médicos públicos e privados, redução dos períodos de afastamento legal para evitar INSS e a estabilidade pós alta médica, constrangimentos a gestantes, assédio moral (haja visto diversas condenações no TST), atuação de back Office (escutas) e censura da análise entre outras condutas desumanas e que ferem as normas do trabalho decente (...)”

Representaram o Sinttel-Rio nessa reunião o coordenador geral da enti-dade, Luís Antônio Sousa, e Ricardo Pereira, também membro da Comissão Nacional da Call Center.

A comissão tripartite é constituída de representantes dos trabalhadores (Fenattel e Sindicatos), Associação Brasileira de Teleserviço - ABT (repre-sentante das empresas) e Ministério do Trabalho e Emprego, que contou com vários representantes.

Compare os prejuízos dos traba-lhadores terceirizados (call center) em relação aos que continuam com contratos diretos com as operadoras e agora correndo risco de também engrossarem a lista da precarização, caso o PLC 30 venha a ser aprovado no Senado.

Esse mesmo benefício nas duas

Perdas com a precarização

TÍQUETE REFEIÇÃOR$ 30,00R$ 29,00R$ 27,00R$ 27,00R$ 6,50

VIVO Claro/EmbratelTIMOIContax e Atento

gigantes do setor de call center no país, Contax e Atento, é de apenas R$ 6,50. Supondo que os terceirizados na Atento, por exemplo, continuassem como empregados diretos da Vivo e, considerando a sua jornada de 180 horas, o seu tíquete refeição hoje seria de R$ 27,00. Já os terceirizados da Contax se continuassem efetivos da Oi, estariam recebendo R$ 24,30.

PPR – Enquanto os trabalhadores diretos das operadoras (OI, TIM, Vivo e Claro S.A) recebem PPR em valores superiores a dois salários, os tercei-rizados da Contax e Atento recebem míseros 30% do salário.

SOCORRO ANDRADE

CUT NACIONAL

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mandou reprimir violentamente o protesto na frente do Congresso

Page 2: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.464

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humor 1.464

Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br

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DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda

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EDIÇÃO Socorro Andrade

Reg. 460 DRT/PB - [email protected]

REDAÇÃOSocorro Andrade e

Simone Kabarite - Reg. 0035866/RJ

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot

http://www.behance.net/alexandrebersot

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

IMPRESSÃOGráfica do SINTTEL-Rio:Jorge Motta Reg. 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica)

Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Assembleia dia 28 definirá regras para taxas de êxito e assistencial

A atuação do departamento jurídico do Sinttel-Rio se expandiu significativamen-te nos últimos anos. A atuação na área trabalhista sempre foi, e continua sendo, o carro-chefe do departamento que atua, também, nas áreas previdenciária e cível.

Também nesse período foi firmado um acordo com o Ministério Público do Tra-balho para que os trabalhadores assistidos na Justiça do Trabalho com gratuidade de justiça deferida e com honorário pago pela empresa (honorário de sucumbência) ficassem isentos da cobrança da taxa que incide sempre que se obtém êxito na ação, por isso, inclusive, o nome Taxa de Êxito.

A assistência judiciária gratuita para os trabalhadores que tenham os bene-fícios gratuidade de justiça e, ainda, a condenação da empresa/ré ao pagamento dos honorários em favor do sindicato fica mantida. Essa questão não será objeto de deliberação pela assembleia. Há, en-tretanto, a necessidade de se debater e, se for o caso, alterar os percentuais para os casos que não tenham esses requisitos preenchidos e nos demais sob patrocínio do nosso departamento jurídico.

Já quanto à contribuição assistencial, há necessidade de se definir, e se possível unificar, o percentual a ser cobrado de todos os trabalhadores ao fim das negociações coletivas anuais, cujos benefícios se esten-dem a todos, associados ou não à entidade.

Para contribuir com o debate, o diretor de assuntos jurídicos, Sérgio Gomes, apresen-tará o perfil atual do departamento jurídico e as despesas que envolvem a manutenção do mesmo. Confira nesta página os editais desta e de outras assembleias. Contamos com a participação de todos.

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Sindicato dos trabalhadores em empresas de telecomunicações, transmissão de dados e correio eletrônico, telefonia móvel celular, serviços troncalizados de comunicação, radiochamadas, telemarke-nting, projeto, construção, instalação e operação de equipamento e meios físicos de transmissão de sinal, similares e operadores de mesas telefônicas no Estado do Rio de Janeiro – SINTTEL – RJ, com arrimo no inciso VIII, Artigo 5º de seu Estatuto Social, convoca a todos os integrantes da categoria, sindicalizados ou não, ativos ou inativos, para Assembleia Geral Extraordinária que será realizada dia 28/05/2015, as 16h00min, em primeira convocação, e as 17h00min, em segunda convocação, em sua sede sito a Rua Morais e Silva, nº. 94, Maracanã, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

1- Debater e deliberar sobre os percentuais e formas de pagamento das contribuições e taxas extraordinárias, em especial as relacionadas à defesa judicial (Taxa de Êxito) e as que decorrem das negociações e celebrações de instrumentos coletivos de trabalho (Taxa Negocial/Assistencial).

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2015LUIS ANTÔNIO SOUZA DA SILVACOORDENADOR GERAL – SINTTEL-RIO

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações, Transmissão de Dados e Correio Eletrônico, Telefonia Móvel Celular, Ser-viços Troncalizados de Comunicação, Radiochamadas, Telemarketing, Projeto, Construção, Instalação e Operação de Equipamento e Meios Físicos de Transmissão de Sinal, Similares e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado do Rio De Janeiro – SINTTEL/RJ, na forma de seu Estatuto, convoca os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais a comparecerem a Assembleia Geral Ordinária a realizar-se em sua sede social - Rua Morais e Silva, nº 94, Maracanã, Rio de Janeiro/RJ - dia 28 de maio de 2015, às 18:00 horas em primeira convocação, ou, às 18:30 horas em segunda e última convocação, para deliberar a seguinte ordem do dia: a) Apresentação e discussão do Balanço anual (Prestação de Contas 2014), b) Apresentação do Parecer do Conselho Fiscal, e c) Deliberações sobre a Prestação de Contas 2014.

Rio de Janeiro, 22 de maio de 2015LUIS ANTÔNIO SOUZA DA SILVACOORDENADOR GERAL – SINTTEL/RJ

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações, Transmissão de Dados e Correio Eletrônico, Telefonia Móvel Celular, Serviços Troncalizados de Comunicação, Radiochamadas, Telemarke-ting, Projeto, Construção, Instalação e Operação de Equipamento e Meios Físicos de Transmissão de Sinal, Similares e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado do Rio De Janeiro – SINTTEL/RJ, na forma de seu Estatuto, convoca os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais a comparecerem a Assembleia Geral Ordinária a realizar-se em sua sede social - Rua Morais e Silva, nº 94, Maracanã, Rio de Janeiro/RJ - dia 28 de maio de 2015, às 20:00 horas em primeira convocação, ou, às 20:30 horas em segunda e última convocação, para deliberar a seguinte ordem do dia: a) Apresentação e discussão da Previsão Orçamentária 2015, e b) Deliberação sobre a Previsão Orçamentária 2015.

Rio de Janeiro, 22 de maio de 2015LUIS ANTÔNIO SOUZA DA SILVA-COORDENADOR GERAL – SINTTEL/RJ

As datas do editais estão conforme foram publicados no Jornal Monitor Mercantil

A minuta da convenção com a nossa proposta foi elaborada pelo Sinttel e já foi encami-nhada ao Sinstal (sindicato patronal). É prá já! Slogan da campanha é a palavra

de ordem na categoria.O Sinttel aguarda uma resposta do sindicato

patronal o mais breve possível e, enquanto isso, continua com os atos e mobilizações nos locais de trabalho, preparando a categoria para paralisação, caso as empresas não avancem nas propostas para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho.

Essa campanha é uma das mais importantes do Sinttel, envolve mais de 30 mil trabalhadores de prestadores de serviços de telecomunicações no Rio de Janeiro, com data base em 1º de abril e 1º de junho. Esses trabalhadores estão distribuídos nas diversas empresas prestadores de serviços de telecomunicações às operadoras. Entre as empresas envolvidas estão a Hauwei, BTCC, EmpreZa, Logictel, Tel Telecom, Procisa, Serede e Telecom.

O recado dos dirigentes sindicais para os trabalhadores é de se manterem mobilizados, dispostos, inclusive, a paralisar, caso as empresas não avancem concretamente. Portanto, continue participando dos atos, ligado no Sindicato, lendo o Jornal da entidade, os boletins e acessando o Portal (www.sinttelrio.org.br).

CAMPANHA DA REDE

É pra já! Minuta com proposta foi enviada ao SinstalDepois da rejeição pelo Sindicato e pela Comissão de Negociação da proposta das empresas de reajuste de 4%, menos da metade da inflação do período que é de 8,42%, as empresas propuseram que o Sindicato enviasse uma minuta da Convenção Coletiva.

A proposta da Serede para PPR/2015, a ser paga aos trabalhadores em 2016, é de até um salário nominal por empregado. Esse valor está condicio-nado ao cumprimento de três indicadores, são eles:.Orçamento e despesa.Produtividade líquida com base nas Ordens de Serviço (OS) realizadas no click.Reclamações da Anatel na área de planta interna

De acordo com a empresa, cada um desses indi-

SEREDE PPR/2015

Assembleia dia 28, às 18h, no Sindicato

Ao contrário do que a empre-sa justifica na hora de negociar a PLR, a Atento encerrou o primeiro trimestre deste ano com crescimento de 231% no lucro. Durante o período a empresa lucrou a fortuna de U$ 14,9 milhões e paga migalhas de PLR!Enquanto os patrões arrecadam cada vez mais, os trabalhadores continuam sacrificados com salários e benefícios achatados e vergo-nhosos. A Atento é uma das grandes do setor de call center e cresce a cada dia às custas do suor do trabalhador, que gera lucros gigantescos para a empresa e sofre com sobrecarga

de funções, metas abusivas, entre outros problemas.

Segundo palavras de Alejan-dro Reynal, CEO da Atento: “Os investimentos da empresa caminham conforme previsto, com desempenho consistente, o que resultou em outro trimestre de novos negócios fechados, sejam com clientes novos e com os já existentes, em várias verticais de mercado”. Ou seja, a empresa realiza investimen-tos e novos negócios, com o objetivo de expandir sua fatia no segmento, e visa única e simplesmente o acúmulo de capital, negando-se a negociar salários e PLR decentes.

Novos convêniosO Sinttel Rio estabeleceu novos convênios com descontos

para os sindicalizados. A churrascaria Cabo Grill oferece desconto nos preços das refeições, sendo que 20% para os pagamentos efetuados em dinheiro e 10% para os efetuados com cartões de créditos ou tíquetes refeições. A churrascaria oferece refeições self service com churrasco a quilo e fica na Rua Raul Veiga, 554, Centro, Cabo Frio, telefone (22) 2647-3708. O outro convênio é com GIOE Salão de Beleza, pé & mão, tratamento e estética, localizado na Rua Domingos Ferreira 59, Copacabana, tel: 2547-7436. O desconto é de 15% para pagamento em dinheiro.

Atento: aumento de 231% no lucro e miséria de PLR

cadores possui um peso em pontos. Orçamento e despesa mais produtividade líquida vale 30 pontos cada um, totalizando 60 pontos. Que somados aos 40 pontos do item relativo à reclamação da Anatel totaliza 100 pontos.

Atingindo essa pontuação, o empregado teria direito a receber um salário nominal de PPR, mas ainda há dois fatores de redução que são o absen-teísmo (faltas injustificadas) e a proporcionalidade ao tempo de serviço.

CAMILA PALMARES

Nas diversas assembleias re-alizadas com os trabalhadores da NET, em Vila Isabel, Estra-da dos Bandeirantes e Botafo-go, para discutir e aprovar a Pauta de Reivindicações para o Acordo Coletivo de Traba-lho, o Sinttel constatou que os trabalhadores da NET estavam completamente abandonados, a mercê da própria sorte sem representatividade sindical para lutar por seus direitos e por melhores condições de trabalho. A situação dos trabalhadores é de abandono.

Em todos os locais, os diri-gentes do Sinttel eram cerca-dos pelos trabalhadores, todos com denúncias de violação de direitos trabalhistas básicos. Eles agradeciam a chegada do Sinttel, pois até então não tinham que os defendesse. Conforme as denúncias dos

trabalhadores, as irregulari-dades vão desde o não paga-mento de horas extras até o não pagamento do adicional de 100% nos feriados e domingos trabalhados.

A NET também não paga adicional de periculosidade para aqueles que sobem nos postes de energia elétrica e ficam sujeitos ao risco de choques elétricos, além de não fornecer vale refeição aos empregados que trabalham domingo.

BANCO DE HORAS - A empresa mantém um banco de horas que só é bom pra ela. As horas extras trabalhadas vão para o banco e têm que ser compensadas no semestre, caso contrário o trabalhador perde. Acontece que eles nunca conseguem compensar essas horas no prazo, e acabam

perdendo as mesmas. No decorrer dos próximos

dias, o Sindicato fará mobiliza-ções e assembleias em Campo Grande, Recreio e Niterói, e nas áreas administrativas em Botafogo, para discutir o pro-cesso de unificação do Acordo com a Claro/Embratel.

Sinttel cobra da Claro S.A. uma reunião dia 29, sexta-fei-ra, às 10h, na sede do Sindicato, para dar início às discussões sobre unificação do Acordo e dos benefícios e representação sindical. O Sinttel vai defender que os trabalhadores da Claro, Embratel e NET estejam sob um único Acordo Coletivo de Trabalho. Na condição de representante legal desses trabalhadores, o Sinttel vai cobrar a resolução das pen-dências, assim como dar início imediato à negociação.

Sinttel defenderá trabalhadores da NETAMINA BAWA