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Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais Ano I - Edição 12 Tiragem: 5.700 19 de Julho de 2010 Corte de ponto: STJ entende que descontos ferem o direito de Greve Página 6 Luta pelo PCS: começa agora uma nova etapa Páginas 2 e 3 Mineiros se juntam a todo o Brasil para pressionar governo Página 7 Movimento grevista foi suspenso no Estado e na maioria do país, mas retorna forte em agosto Erinei Lima, Janaina Rochido, Lucas Tavares De olho no calendário Minas faz história 60 DIAS DE GREVE PELO PCS Concentração - Grande Passeata, em Belo Horizonte Ato no TRT, em BH Servidores do TRT em Uberlândia Servidores em ato em Contagem Passeata de servidores da Zona da Mata 28 de julho, quarta-feira: Ato público em Juiz de Fora a partir das 13h em frente à Justiça do Trabalho (Avenida Rio Branco, 1880, Centro). O ato será preparatório para o ato/assembleia em Belo Horizonte e para o “Apagão do Judiciário”. 29 de julho, quinta-feira: Ato Público e assembleia em Belo Horizonte a partir das 13h, em frente ao TRE (Avenida Prudente de Morais, 100, Cidade Jardim). A assembleia elegerá delegados para a Reunião Ampliada da Fenajufe, dia 1º de agosto. 4 de agosto, quarta-feira: Apagão do Judiciário Federal e MPU – atividade nacional, conforme deliberado pela Federação.

Jornal do SITRAEMG Nº12

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Jornal do SITRAEMG Nº12

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Page 1: Jornal do SITRAEMG Nº12

Sindicato dos Trabalhadores do Poder

Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais

Ano I - Edição 12Tiragem: 5.700

19 de Julho de 2010

Corte de ponto: STJ entende que descontos ferem o

direito de GrevePágina 6

Luta pelo PCS: começa agora uma

nova etapaPáginas 2 e 3

Mineiros se juntam a todo o Brasil para pressionar governo

Página 7

Movimento grevista foi suspenso no Estado e na maioria do país, mas retorna forte em agostoEr

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De olho no calendário

Minas faz história60 DIAS DE GREVE PELO PCS

Concentração - Grande Passeata, em Belo Horizonte

Ato no TRT, em BH Servidores do TRT em Uberlândia Servidores em ato em Contagem Passeata de servidores da Zona da Mata

28 de julho, quarta-feira: Ato público em Juiz de Fora a partir das 13h em frente à Justiça do Trabalho (Avenida Rio Branco, 1880, Centro). O ato será preparatório para o ato/assembleia em Belo Horizonte e para o “Apagão do Judiciário”.

29 de julho, quinta-feira: Ato Público e assembleia em Belo Horizonte a partir das 13h, em frente ao TRE (Avenida Prudente de Morais, 100, Cidade Jardim). A assembleia elegerá delegados para a Reunião Ampliada da Fenajufe, dia 1º de agosto.

4 de agosto, quarta-feira: Apagão do Judiciário Federal e MPU – atividade nacional, conforme deliberado pela Federação.

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2ANO I - EDIÇÃO 12

JORNAL DO SITRAEMG JORNAL DO SITRAEMG

OPINIÃO DO SITRAEMGRevisão salarial: uma luta (que será

vitoriosa) em construção Não houve na história dos servi-

dores do Judiciário Federal uma única grande conquista que não tenha sido obtida após movimentos grevistas. Foi assim por três vezes com o PCS – desde a vitória que levou à aprovação, pela primeira vez, do plano de cargos e salários, em 1996, até as duas revi-sões seguintes deste plano, em 2002 e 2006.

Não será diferente com o PCS-4. A resistência e intransigência do governo em fechar um acordo pela aprovação do PL 6613/2009, fortale-cidas pela omissão da cúpula do Judiciário, está longe, muito lon-ge de por ponto final nesta história.

Não tivemos for-ças para superar agora como queríamos esse obstáculo, que, como prevíamos, não é fácil. A política de congelamento salarial – expressa no PL 549/2009 – é real. Não está na imaginação de sin-dicalistas ou assessores econômicos e parlamentares.

É reflexo e parte de um movi-mento conservador do capitalismo mundial – medidas neste sentido já estão sendo aplicadas na Grécia, em Portugal, na Espanha, na Itália e na França, para citar alguns exemplos centrais. O sistema vive uma crise gerada em grande parte pela especula-ção financeira e, agora, quem trabalha está sendo chamado a pagar a conta, enquanto os especuladores seguem ganhando dinheiro.

Manter a mobilização e, se neces-sário, retomar o movimento paredista

ainda este ano é condição inevitável se pensarmos em por fim ao conge-lamento dos salários e aprovar o PL 6613. Sim, porque os salários já estão congelados desde o último PCS-3, aprovado em 2006 e parcelado até 2008.

O impacto do PCS-4 na folha de pagamento do Judiciário, algo em tor-no de 26%, como indica estudo do economista Washington Lima, que assessora o SITRAEMG, mostra que em grande medida ele não passa da atualização monetária dos salários.

Estudos do mes-mo economista nos revelam ainda que, sem as lutas e as gre-ves da categoria, o contracheque do ser-vidor do Judiciário Federal seria bem

mais amargo. Sem os três planos de cargos, o salário médio do técnico administrativo estaria em torno de R$ 850,00.

Não nos faltam motivos, portanto, para dizer que valeu a pena a luta e que ela continuará – apesar das tentativas de cerceamento de nossa liberdade de expressão e do direito de greve. Quem participou, está de parabéns e, desde já, convocado a seguir cons-truindo a vitoriosa história de lutas desta categoria. Quem, seja lá por que razão, esteve ausente, está convidado a ingressar nessa campanha. Plan-tamos a semente. Cuidemos juntos para que ela vingue, sobreviva às pra-gas daninhas e nos dê mais adiante o saboroso fruto da vitória colhida com muito esforço e luta.

A intransigência do governo e a omissão da

cúpula do Judiciário estão longe de por ponto

final nesta história

SITRAEMG - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais •Endereço Rua Euclides da Cunha, 14 - Prado - Belo Horizonte - MG - CEP: 30410-010 •Telefones (31)

4501-1500 ou 0800.283.4302 •Site www.sitraemg.org.br •Diretoria Colegiada Alexandre Brandi, Alexandre Magnus, Célio Izidoro, Etur

Zehuri, Eva do Nascimento, Fernando Neves, Gilda Falconi, Luiz Fernando, Mário Alves, Mauro Sales, Sebastião Edmar •Edição e Reportagens Gil Carlos Dias - Mtb 01759, Janaina Rochido - Mtb 13878 e Hélcio Duarte Filho - Mtb JP16379RJ •Projeto Gráfico/

Editoração Flávio Faustino

EXPEDIENTE

CAMPANHA NACIONAL CONTRA O CONGELAMENTO

Começa uma nova etapa na luta pela revisão salarial

Servidores decidem pressionar Lula e Peluso onde estiverem no país e indicam

“apagão” no Judiciário no dia 4 de agostoA suspensão da greve nacional dos

servidores do Judiciário Federal e do MPU, indicada pela reunião amplia-da ocorrida no dia 10 de julho, longe de significar o fim de um movimento, marca o início de nova etapa na cam-panha contra o congelamento salarial que o governo Lula tenta impor, aju-dado pela omissão da cúpula do STF.

De imediato, dará lugar à greve uma jornada de manifestações que deverá “cercar” o presidente Lula e o ministro Cezar Peluso, presidente do STF, por onde ambos passarem nas próximas semanas.

A primeira “recepção” ao pre-sidente Lula ocorrerá na capital de Mato Grosso, no dia 20 de julho. O que poderá se repetir em Curitiba (PR), caso a visita do presidente da República à cidade se confirme para o final de semana seguinte. Ficará a car-go dos sindicatos nos estados a orga-nização dessas atividades.

Mas a mobilização pela aprovação do PL 6613/2009, que revisa o plano de cargos e salários dos servidores do Judiciário Federal, deverá ser inten-sificada em agosto. Para o dia 4 deste mês, está previsto um “apagão” geral no Judiciário, com objetivo de parali-sar todos os tribunais do país.

Antes disso, no dia 1º de agosto, acontece mais uma reunião nacional ampliada da Fenajufe. O encontro servirá para organizar as atividades que vão ampliar a pressão sobre o governo Lula e o STF pela aprovação do projeto.

O “apagão” foi marcado para o dia 4 do mês que vem por conta do “esfor-

ço” concentrado no Congresso Nacio-nal, que acontecerá provavelmente nos dias 10 e 11 de agosto. Senadores e deputados entraram em recesso na segunda semana de julho, logo após a aprovação da Lei de Diretrizes Orça-mentárias da União. Como esse ano tem eleição, o chamado “recesso” branco continua até outubro.

As exceções são os esforços con-centrados em agosto, já confirmados, e em setembro, este ainda incerto. São as lideranças das bancadas parlamen-tares que decidem o que será votado nesses dias no Congresso.

A decisão de suspender a greve nacional, tomada na reunião em Bra-sília, não foi consensual. Parte dos servidores defendeu a continuidade da paralisação. Mas houve consen-so quanto à necessidade de manter a mobilização em julho, intensifican-do-a em agosto. “É preciso parabeni-zar todos os estados que fizeram gre-ve, mesmo aqueles que paralisaram pelo menos por um dia. Precisamos garantir que os tribunais incluam a previsão do PCS em seus orçamentos até dia 15 de agosto, mas o jogo está ficando cada vez mais duro. Por isso, precisamos continuar mobilizados ainda em julho”, defendeu Pedro Apa-recido, diretor da Fenajufe.

Para o servidor Alexandre Brandi, presidente do SITRAEMG, não há dúvida de que só mantendo a pressão será possível derrubar o congelamen-to salarial. “Em todos os PCS a greve foi a única forma de conquistarmos o nosso reajuste salarial e desta vez não será diferente”, afirma. (HDF)

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Vigília em frente ao STF: servidores enfrentaram o frio para mostrar ao governo que é preciso negociar

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Greve forçou negociações, mas oposição do governo adiou decisão

As negociações pelo PL 6613/2009, que revisa o PCS, esbarraram na oposição do governo Lula à proposta. A reunião entre os presidentes do Executivo e Judiciário não levaram ao esperado acordo que aprovaria o projeto. O encontro entre Lula e Pelu-so não repetiu FHC e Nelson Jobim, em 2002, e nem o pró-prio Lula e Ellen Gracie, em 2006, que resultaram nos acor-dos dos dois últimos PCS’s.

A ‘proposta’ do Planalto, aceita pelo STF, prevê apenas a suposta formação de uma comissão para estudar e nego-ciar o projeto e, após a defini-

ção de seu formato, a submis-são dele ao candidato que for eleito presidente nas eleições de outubro.

Mas, mesmo sem o resul-tado almejado, foi a greve que “pautou” as negociações em Brasília. Sem a paralisa-ção, avaliaram servidores na reunião ampliada, o projeto, “esquecido” em alguma gave-ta, não teria sequer sido apro-vado na Comissão de Trabalho da Câmara.

A greve pôs o PCS em deba-te e criou condições para que os servidores, no segundo semestre, exijam uma solução do STF e do Planalto, como

prometido pelo resultado das negociações.

Não será tarefa fácil, é ver-dade. Mas é possível. As duas últimas semanas de negocia-ções mostraram que há con-tradições nesse processo. O relato do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, para o encontro entre Lula e Peluso não condiz com as reuniões subsequentes entre o ministro do Planejamento, Paulo Ber-nardo, e o Comando Nacional de Greve.

Segundo disse Lewan-dowski aos servidores, Lula incumbiu Bernardo de tratar com os grevistas uma saída negociada para a questão. O ministro do Planejamento, no entanto, limitou-se a comuni-car aos servidores o que fora “acordado” pela cúpula dos dois poderes.

Outro fato não explicado são as declarações do deputa-do Gilmar Machado (PT-MG) às vésperas da conversa entre Lula e o presidente do STF. O parlamentar disse ao “Cor-reio Braziliense” que um acor-do de parcelamento do PCS, com início em 2011, já estava fechado entre governo e Judi-ciário. Pendente, apenas defi-nir o número de parcelas.

No dia da reunião, a repor-tagem deste jornal falou com Gilmar, por telefone. O depu-tado confirmou o acordo. “Estamos fechando os detalhes da forma do parcelamento, de quando, como... agora, que é 2011 não há dúvida”, disse à reportagem. “Cada ministro diz o que quer”, disse para jus-tificar as declarações de inte-grantes contrárias à proposta.

Na tarde desse mesmo dia, o deputado confirmaria o acordo no Plenário da Câma-ra. Tais fatos seriam menos significativos não fosse o fato de que Gilmar Machado era o parlamentar que vinha falan-do em nome da liderança do governo no Congresso Nacio-nal nas negociações relativas à votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Não há informações sobre o que aconteceu. Cogita-se que o governo teria voltado atrás na decisão sobre o projeto. O relevante, porém, é que tal desencontro demonstra que a decisão sobre o futuro do PL 6613/2009 está em disputa. E a manutenção em cena dos servidores, mobilizados, pode-rá definir qual será o desfecho dessa história.

Por Hélcio Duarte Filho

Comando Nacional de Greve reunido com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo e o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams

Comando Nacional de Greve reunido com o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Comando Nacional de Greve reunido na sede da Fenajufe. À direita, Sebastião Edmar, diretor do SITRAEMG, que integra o grupo. À esquerda, Lúcia Bernardes,

ex-diretora da Fenajufe

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JORNAL DO SITRAEMG

Governo enrola categoria e não apresenta proposta para PCS; greve é suspensa e deve retornar em agosto

Mesmo com a mobilização intensa, governo mostrou desrespeito à categoria e servidores optaram por suspender o movimento até agosto, quando haverá nova avaliação

A última Reunião Ampliada da Fenajufe, ocorrida em 10 de julho, deci-diu pela suspensão da greve, mas manu-tenção do “estado de greve”. A ampliada aprovou um calendário de mobiliza-ções que inclui um “Apagão do Judi-ciário Federal e do MPU” no dia 4 de agosto em todo o país, com enfoque na Justiça Eleitoral, em função da impor-tância desse setor devido ao calendário das eleições de outubro. O “Apagão” será precedido de uma reunião da Dire-toria Executiva da Fenajufe, no dia 31 de julho, e de reunião ampliada, em 1º de agosto.

“Recuar um passo para avançar dois”

Em Belo Horizonte, no último ato público, realizado em 9 de julho, em frente ao TRE, os servidores realizaram assembleia na qual decidiram suspen-der a greve até agosto e retomar o deba-te sobre os próximos passos a partir da segunda quinzena do mês. A época escolhida condiz com o final do prazo para que os tribunais superiores apre-sentem ao Executivo seus orçamentos, já que 31 de agosto é o prazo final para incluir verbas na LOA (Lei Orçamentá-ria Anual) de 2011. A decisão também levou em conta o recesso parlamentar, a partir de 15 de julho, quando as ati-vidades no Congresso praticamente param, inviabilizando o contato com os deputados.

O presidente do SITRAEMG, Ale-xandre Brandi, declarou durante o ato

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que esse hiato no movimento não signi-fica derrota ou desistência, pois a greve trouxe avanços inegáveis nas negocia-ções - incluindo a reunião entre os pre-sidentes Cezar Peluso, do STF, e Luiz Inácio Lula da Silva, da República, e a aprovação do PL 6613/09 na CTASP. Mas que, no entanto, “é preciso tomar fôlego para retornar com força total”, argumentou.

Emendas colocam o “subsídio” no debate

Encerrado o prazo regimental em 7 de julho, as duas únicas emendas ao PL 6613/09 na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), apresentadas pelos deputados Reginaldo Lopes (PT/MG) e Félix Mendonça (DEM/BA), introduzem uma novidade na propos-ta de revisão salarial dos servidores do Judiciátrio Federal: o subsídio. A emenda do parlamentar mineiro, que é praticamente idêntica à do colega baiano, prevê alterações nos artigos 11 a 17 da Lei 11.416/2006 (PCS-3). Pro-põe, entre outras coisas, a remuneração para a categoria “exclusivamente” por subsídio, a partir de 1º de setembro de 2010.

Os defensores do subsídio susten-tam que essa forma de remuneração reduz o impacto orçamentário para a implementação da proposta e possibi-lita um aumento efetivo da remunera-ção pago em parcela única; acaba com as disparidades remuneratórias entre os servidores novos e aqueles que pos-suem excessivas incorporações, con-

tribuindo assim para o fim da segmen-tação da categoria; torna previsível a questão orçamentária com a redução de vantagens; contempla a paridade entre ativos e aposentados.

Há também a corrente de servidores que rechaçam veementemente a adoção do subsídio. “Se o subsídio é realmen-te bom, porque a própria Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o TCU, que são algumas das melhores carreiras no serviço público, ainda não aprova-ram essa forma de remuneração para seus servidores?”, questiona o Sinasem-pu, sindicato que representa os servido-res do MPU, em nota técnica.

A remuneração através do subsídio

está prevista no artigo 39 e parágrafos da Constituição Federal, modificada pela Emenda Constitucional nº 19/1998, que alterou o sistema remunerató-rio dos agentes políticos/públicos. O SITRAEMG fará um debate sincero, profundo e honesto com a categoria, de forma a trazer esclarecimentos sobre o assunto, inclusive com a participação de representantes de outras categorias que vêm discutindo-o há mais tempo ou que já que sejam remuneradas por esse mecanismo.

Leia mais sobre subsídio em ampla matéria veiculada no site do SITRAEMG (www.sitraemg.org.br), em 12/07/2010, e no site www.subsidioja.com.br.

Comando Estadual de Greve e suas reuniões periódicas no SITRAEMGOs rumos da greve em Minas Gerais, até

a suspensão do movimento, em 9 de julho, vinham sendo debatidos semanalmente na sede do Sindicato por diretores e servido-res que formavam o Comando Estadual de Greve. As reuniões, que normalmente acon-teciam pela manhã e eram abertas a qual-quer servidor que tivesse ideias e sugestões de atividades para o movimento, definiam as ações de cada semana e discutiam os últi-mos acontecimentos em nível nacional.

Das reuniões do Comando de Greve mineiro saíram iniciativas como a das visitas aos tribunais da capital, quando os grupos de servidores e diretores fizeram um trabalho de corpo a corpo com os colegas, passando informes e sensibilizando-os sobre a impor-tância da união da categoria neste momento crítico. Ao final de todos os atos públicos, o presidente Alexandre Brandi e os diretores do SITRAEMG Fernando Neves e Célio

Izidoro convidavam os presentes para juntarem-se ao Comando para percorrer os tribunais – ação que surtiu efeitos posi-tivos, esclarecendo a categoria e incenti-vando a participação nas decisões sobre o movimento paredista em Minas.

Paralelamente, outro grupo de servi-dores que também compunha o Coman-do de Greve fez visitas à Brasília, onde conversaram com outros servidores, participaram de atos públicos represen-tando o SITRAEMG e fazendo corpo a corpo com parlamentares em defesa do PCS. A última visita, no dia 23 de junho, levou um grupo de cinco servidores que participou de uma sessão da Comissão de Finanças e Tributação - onde o PL 6613/09 encontra-se atualmente – e con-versou com vários deputados componen-tes da Comissão, pedindo apoio ao PCS dos servidores.

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Após os informes, categoria votou e deliberou pela “parada estratégica” para retomar o fôlego e a greve em agosto

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Greve em Minas chegou ao seu segundo “aniversário” com histórico de sucesso

Um grande bolo comemorou o primeiro aniversário da greve, em 11 de junho, em frente ao TRT da Getúlio Vargas

A Passeata foi um dos pontos altos do movimento em Minas Gerais, levando cerca de 800 servidores numa caminhada entre o TRE e a Justiça Federal, em Belo Horizonte

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A greve em Minas completou seu segundo mês, apesar do can-saço visível nos companheiros de luta. Durante estes quase 60 dias, o movimento levou aos atos centenas de servidores em Belo Horizonte e no interior, provan-do, por meio das fotos enviadas ao Sindicato, que os braços foram cruzados para mostrar ao gover-no que respeito é bom e o servi-dor gosta. Dezenas de atos públi-cos em prol da aprovação do PCS foram realizados nos tribunais da capital mineira – no começo, dia-riamente, e depois, após delibera-ção da categoria, limitados a uma vez por semana, sempre com a participação especial dos artistas da categoria. O primeiro mês foi

comemorado com um grande ato em frente ao prédio do Tribunal do Trabalho na Avenida Getúlio Vargas, em Belo Horizonte, com direito a bolo, vela de aniversário e “Parabéns”, cantado em coro por mais de 200 servidores.

Durante este período, além dos atos, várias caravanas e uma grande passeata, que levou 800 servidores às ruas. A diretoria do SITRAEMG organizou junto aos servidores um Comando de Greve e esteve em Brasília e no interior de Minas, a fim de reali-zar corpo a corpo com parlamen-tares e servidores. Nos encontros com os servidores em seus locais de trabalho foi feita uma cons-cientização sobre a importância

da adesão à greve, entregando informativos, camisetas e adesi-vos. Depoimentos dos diretores Fernando Neves e Célio Izidoro, que visitaram cidades do interior e prédios da capital, provaram que mesmo aqueles que não ade-riram ao movimento paredista – seja por medo de represálias ou imposição das chefias – têm interesse na aprovação do PCS e desejam ajudar.

Justamente para viabilizar esta ajuda, foi criado o Fundo de Gre-ve, destinado a recolher doações para os gastos com a mobiliza-ção (bandeiras, faixas, adesivos, deslocamento). A proposta foi lançada pelo diretor Fernando Neves durante um dos atos e foi

acolhida por unanimidade. As duas contas bancárias (nos Ban-cos do Brasil e Caixa Econômica Federal) já receberam depósitos vindos de todo o Estado, de ser-vidores da ativa e aposentados.

O histórico da greve em Minas ganha novo capítulo a partir de agora, que os servidores delibe-raram em assembleia por suspen-der a greve e retomar o debate e a luta em agosto, após a reunião entre Lula e Peluso ter resultado em nada para o caminho do PCS. Apesar de “dar um tempo”, a luta continuará nas reuniões nos sin-dicatos, colhendo novas ideias e estratégias para alcançar a vitó-ria. Participe e ajude a escrever esta história!

Comando Estadual de Greve e suas reuniões periódicas no SITRAEMG

Em uma das visitas do Comando de Greve aos tribunais, o presidente Alexandre Brandi, acompanhado das servidoras Vilma Lourenço (à esquerda)

e Margareth Mascarenhas (camisa amarela), passa informes sobre o PCS

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Planejamento de ações na sede do SITRAEMG. Na foto, os diretores Fernando Neves e Célio Izidoro

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JORNAL DO SITRAEMG

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SITRAEMG traz melhorias para funcionários e filiadosO SITRAEMG fez importantes

melhorias em sua estrutura entre os meses de abril e junho, que contem-plam filiados e funcionários do Sin-dicato. A mais visível delas foi o novo site da entidade, que entrou no ar em 6 de junho deste ano. Além do novo visual, o visitante conta agora com mais facilidade de navegação e maior dinâmica no posicionamento dos links disponíveis na página principal. Todo o conteúdo anterior, ao qual os internautas já estavam acostumados, foi preservado, mas com o adicional de novas páginas e novas funcionali-dades.

O novo site do Sindicato trará mais liberdade e autonomia para atualização e customização das páginas, uma faci-lidade que permite uma maior diversi-dade em matéria de banners, galerias de fotos e integração entre textos, ima-gens e vídeos, colocando em um mes-mo lugar tudo que o leitor quer saber. As novas tecnologias e ferramentas utilizadas também trazem para a equi-pe de Comunicação do SITRAEMG

independência quanto a serviços de terceiros, reduzindo os custos de manutenção do site.

A segunda mudança está na própria sede, que concluiu sua reforma e ampliação colocando em funcionamento o terceiro andar do pré-dio. O amplo espaço abriga agora a Assesso-ria Jurídica, a Assessoria de Comunicação e uma sala de reunião, além de três banheiros – incluindo um adaptado para pessoas com defi-ciência – e uma peque-na copa. O espaço foi mobiliado seguindo as mais rigorosas regras de ergonomia para propor-cionar um ambiente de trabalho agradável, sau-dável e estimulante para os funcionários.

Corte de ponto não!

SITRAEMG busca negociar compensação do serviço dos dias parados

O SITRAEMG, através do presidente Alexandre Brandi e do diretor jurídico Alexandre Mag-nus, protocolou, em 14 de julho, no TRT, requerimento adminis-trativo solicitando a compensação do serviço represado nos dias de adesão aos movimentos de para-lisação, deflagrados a partir de 12 de maio de 2010. O Sindicato conseguiu agendar para o dia 16, sexta-feira, às 19h (esta edição foi fechada às 14h da mesma data) uma reunião com o diretor- geral, Luis Paulo Garcia Faleiro, para

Corte de ponto fere o direito de greve, diz STJNa mesma sessão em que

julgou os agravos relativos às greves no serviço público, em 23 de junho, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Jus-tiça confirmou, por unani-midade, a decisão liminar do relator, Hamilton Carvalhido, determinando que “a União se abstenha de realizar corte de vencimentos dos servidores grevistas do Ministério do Tra-balho e Emprego”, sob as justifi-cativas, entre outras, de que “o vencimento é verba alimentar e cortá-lo significaria suprimir o sustento do servidor e da sua família” e de que “o direito de greve não pode ser negado aos servidores públicos”. A decisão refere-se a uma medida cautelar (processo 16.774), impetrada por entidades que representam os servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, em greve nacional desde abril.

O mesmo ministro Hamil-ton Carvalhido, no exercício da presidência do STJ, determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se abste-nha do corte de ponto e con-sequente desconto na folha de pagamento dos peritos médicos grevistas da Previdência Social. A decisão vale até o julgamento do mérito do mandado de segu-rança interposto pela Associa-ção Nacional dos Médicos Peri-tos da Previdência (ANMP). No processo, a ANMP alegou que a greve foi deflagrada em razão de “contínuos descum-primentos de acordos firmados com a Administração Pública, que não demonstra qualquer interesse para tratar da rees-truturação da categoria Médi-co-pericial”. Sustentou ainda a ANMP que o fato de a catego-ria decidir pela manutenção de 30% das atividades essenciais ao serviço público, bem como o aviso prévio superior a 72 horas ao ministro da Previdência e ao presidente do INSS a respeito da paralisação, denota a utili-zação legítima e legal do direito constitucional de greve assegu-rado aos servidores públicos.

Novo site e novo andar: mais modernidade e mais conforto aos filiados e funcionários

tratar dessa nego-ciação e de outras questões de interes-se dos servidores.

Na Justiça Fede-ral, a direção do foro da Seção Judiciária de Minas Gerais chegou a ameaçar cortar a indeniza-ção de transporte dos oficiais de jus-tiça e descontar os dias parados de todos grevistas, sob a alegação de que a

paralisação das ativi-dades caracterizava

suspensão do con-trato de trabalho.

Porém, depois de sucessivos pedi-dos do SITRAE-MG, a direção do foro decidiu manter o pagamento nor-mal dos vencimen-tos dos servidores e da indenização de transporte dos oficiais de justiça, informando que

a solicitação de abono dos dias paralisados ou, alternativamente, a possibilidade de sua compensa-ção, será submetida à apreciação do Conselho da Justiça Federal.

Em 7 de julho, o Sindicato reuniu-se com o novo diretor do foro, juiz federal Itelmar Raydan, a quem reforçou o apelo pessoal-mente e, através de requerimento administrativo, de garantir aos

servidores o pagamento inte-gral de suas remunerações em razão da possibilidade de com-pensação por serviço represado no período da greve.

No TRE não houve qualquer ameaça de corte de ponto.

Diretoria do SITRAEMG com o novo diretor do foro da Justiça Federal, juiz federal Itelmar Raydan

O diretor jurídico Alexandre Magnus e o presidente Alexandre Brandi protocolizam requerimento pedindo a

compensação dos dias parados no TRT

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7JORNAL DO SITRAEMGANO I - EDIÇÃO 12

Minas ativa

Mineiros participaram ativamente das atividades em BrasíliaAlém da participação de diretor no Comando Nacional, SITRAEMG enviou comitivas semanalmente para participar de atividades na capital federal

Membros do Comando de Greve em Minas em corpo a corpo com o deputado Márcio Reinaldo (PP/MG), na CFT

Servidores mineiros também acompanharam a sessão da CTASP que aprovou o PCS da categoria (ao centro, o presidente Alexandre Brandi)

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A filiada Lúcia Bernardes, o presidente Alexandre Brandi e o diretor Sebastião Edmar, durante Reunião Ampliada da Fenajufe, no último dia 16 de junho, em Brasília

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Comitiva de aposentados do SITRAEMG (ao centro, de casaco claro, a diretora Gilda Falconi) esteve em Brasília para acompanhar a votação da PEC 555/06 e participaram

de ato público na capital federal.

O diretor de Comunica-ção do SITRAEMG Sebastião Edmar integrou o Comando Nacional de Greve e permane-ceu praticamente todos os dias da semana em Brasília (DF) para, juntamente com a dire-ção da Fenajufe, participar das atividades de mobilização e das negociações com governo, tri-bunais superiores e Congres-so Nacional e decidir sobre os rumos da greve pela aprovação do PL 6613/10, da revisão sala-rial da categoria.

Semanalmente, o Sindica-to também enviou comitivas à capital federal para reforçar as mobilizações. A do dia 16 de junho foi constituída pelo pre-sidente Alexandre Brandi, pelos diretores Gilda Bandeira Falco-ni, Luiz Fernando e Célio Izido-ro Rosa, e pelos colegas Wander

Quadra, Helio Cangussu de Souza, Vilma Oliveira Louren-ço, Helio Ferreira Diogo, Gil-vane da Silva, Marcio Magela de Souza, Leonardo Luis San-tos, José Henrique Paixão Lis-boa, Lúcia Bernardes, Artalide Lopes Cunha, Leda da Silva Moraes, Jair Lemos, Alvilene Denise Cunha, José Francisco Rodrigues, Daniel de Olivei-ra, Flávio Ferreita Batista, Ana Christina de Oliveira Borges, Josimar Moreira de Almeida, Mauro Sampaio da Fonseca e Heloisa Alves da Silva Lomo-naco. Juntamente com servi-dores de vários outros estados e do Distrito Federal, o grupo mineiro acompanhou a apro-vação do projeto na CTASP e participou da reunião ampliada da Fenajufe que deliberou pela continuidade da greve nacional

por tempo indeterminado. Dia 25 de junho foi a vez dos

servidores Josimar, Ana Cristi-na, Gilvane, Alvilene e Márcio, que são membros do Comando de Greve em Minas. Juntamen-te com Sebastião Edmar, do Comando Nacional, assistiram à sessão da CFT, fizeram corpo a corpo com alguns com integran-tes da comissão, entre os quais os deputados mineiros Márcio Reinaldo (PP) e Aelton Freiras (PR). Além disso, assistiram à sessão do STJ em que estavam sendo julgados os agravos dos servidores contra decisões que impuseram limites à greve da categoria e participaram do ato público que se realizava durante a sessão do STJ e da vigília dos servidores ao redor do prédio do STF.

Em 30 de junho, comitiva composta pelos filiados Artalide

Lopes Cunha, Cláudio Antônio Coelho, Iclemir Costa Fonseca, João Baptista Sellera Barbaro, Lucrécia Brandão Barros, Luiz Carlos Rodrigues e Lúcia Ber-nardes, que esteve em Brasí-lia para acompanhar reunião da comissão especial da PEC 555/06 (prevê o fim da contri-buição previdenciária dos ser-vidores públicos aposentados), que não aconteceu por falta de quorum, acabaram se juntan-do aos servidores do Distrito Federal em mais um ato público pela aprovação do PCS.

Por último, no dia 10 de julho, o presidente Alexandre Brandi e os delegados Vilma Lourenço, Daniel de Oliveira, João Elias de Abreu, Wander Quadra, Gilvane Moreira, José Henrique da Paixão e Márcio Magela, participaram da Reu-nião Ampliada que decidiu sus-pender a greve.

Page 8: Jornal do SITRAEMG Nº12

8 JORNAL DO SITRAEMGANO I - EDIÇÃO 12

TRT atende SITRAEMG e abre

concurso de remoçãoVenceu em 1º de julho o prazo

para apresentação de requerimento pelos servidores da Justiça do Tra-balho interessados em se transferir de lotação no âmbito da 3ª Região. A realização do concurso interno de remoção dos servidores, antes da nomeação dos aprovados no último concurso interno, foi soli-citada pelo SITRAEMG através de Pedido Administrativo protocola-do em 19 de novembro passado. O pleito foi reforçado em outras encontros posteriores da diretoria do Sindicato com a administra-ção do Tribunal, como o ocorrido em 5 de maio último, quando os representantes da entidade foram comunicar ao presidente do órgão, desembargador Eduardo Lobato, a

Jurídico do SITRAEMG também atende causas cíveis de filiados

SITRAEMG NA INTERNETdecisão da categoria de entrar em greve no dia 12 do mesmo mês, pela aprovação do PL 6613/09 e contra o PLP 549/09. (Todas as informações em matérias veicula-das no site www.sitraemg.org.br, nos dias 17/03, 06/06, 18/06 e 29/06 deste ano).

Juiz “punido” com aposentadoria compulsória

Depois de responder a proces-sos por acusações de nepotismo e falsidade ideológica e, ainda, de envolvimento em esquema de liberação irregular de recursos do Fundo de Participação dos Muni-cípios (FPM) para cidades em débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o juiz Wellington Militão dos Santos, da 12ª Vara Federal de Belo Hori-zonte, recebeu como “punição”,

na semana passada, a aposenta-doria compulsória com proventos proporcionais. Ao tomar conheci-mento da notícia, o presidente do SITRAEMG, Alexandre Brandi, que desde sua posse vem denun-ciando as arbitrariedades come-tidas pelo magistrado, comentou que “a decisão foi ótima, mas é injusto a sociedade pagar pela aposentadoria de um magistrado acusado de corrupção”. (Íntegra da matéria publicada no site www.sitraemg.org.br em 30/06/2010)

Aprovada PEC que proíbe aposentadoria

como punição para juízes

O Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 89/2003, da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que exclui da relação de punições aplicáveis a magistrados, a chamada “aposen-

tadoria por interesse público”. A PEC, que na votação em segundo turno recebeu 52 votos favorá-veis e nenhum contrário, também permite a perda de cargo do juiz ou membro do Ministério Públi-co por decisão de dois terços dos membros do tribunal ou conse-lho ao qual estiver vinculado. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados. Durante a discus-são da matéria, vários senadores parabenizaram a senadora Ideli Salvatti pela iniciativa. Renato Casagrande (PSB-ES) ponderou que o projeto “corrige uma injus-tiça muito grande”. Demóstenes observou que a proposta “aca-ba com um privilégio odioso de magistrados e membros do Minis-tério Público”. Mozarildo Caval-canti (PTB-RR) lembrou que “a aposentadoria compulsória era prêmio para juízes que cometiam delito”. (Íntegra da matéria publi-cada no site www.sitraemg.org.br em 07/07/2010)

O SITRAEMG disponibiliza a seus filiados, dentro da Assessoria Jurídica, uma equipe de advogados apta a tratar somente de questões da área Cível. Esta área do Direito compreende, entre outras, causas de família, execuções e pequenas cau-sas, além daquelas extrajudiciais, ou seja, que não requerem necessaria-mente o ajuizamento de uma ação. São três profissionais para o atendi-mento destas questões.

Para usufruir destes serviços, o servidor deve ser filiado ao Sindicato e marcar hora para atendimento pelo 0800-283-4302. A consulta jurídica é subsidiada pelo SITRAEMG e, no caso de necessidade da ação, o valor cobrado é de até 50% do estabeleci-do na tabela da Ordem dos Advo-gados do Brasil - OAB. No caso de filiados do interior de cidades nas quais não é possível o deslocamen-to para atendimento, é indicado um advogado da localidade (caso haja) com o mesmo custo.

Outras ações ajuizadasParalelamente, continua o tra-

balho da Assessoria Jurídica para defender os interesses do servidor

junto às administrações dos tribu-nais e à União. Veja a seguir as ações que estão sendo ajuizadas pelo Sin-dicato:1 Isenção de Imposto de Renda

sobre abono de permanênciaResumo: ação que pede a suspensão da incidência de IR sobre o abono de permanência e a devolução dos valores descontados.2 Amicus Curiae – Intervenção

na ADIN que discute Resolução 88 do CNJ relativa à jornada de trabalhoResumo: algumas associações impetraram ações diretas de incons-titucionalidade contra a Resolução 88 do Conselho Nacional de Justi-ça, sob o argumento de que tal ato normativo é inconstitucional por violar norma que garante a autono-mia administrativa dos Tribunais. O ingresso como amicus curiae nes-tas ações significa possibilidade de defesa da inconstitucionalidade da Resolução que majorou a jornada de trabalho dos servidores.3 Isenção de Imposto de Renda

sobre terço de fériasResumo: ação que pede a suspensão

da incidência de IR sobre o terço de férias e a devolução dos valores des-contados. 4 Paridade salarial plena dos apo-

sentados com os servidores da ativa Resumo: ação judicial que visa à declaração do direito dos aposen-tados (aposentadoria concedida de forma voluntária, porém que tive-ram seus proventos calculados sobre a média remuneratória e sem parida-de) de receberem os valores advin-dos do PCS-3.5 Incorporação dos 11,98% aos

vencimentos atuaisResumo: a verba relativa aos 11,98%, fruto da conversão da URV em 1994, após longas lutas dos ser-vidores, foi incorporada aos ven-cimentos. No entanto, a partir da edição do PCS-2 (Lei 10.475/02) e PCS-3 (Lei 11.416/06), o valor foi suprimido dos contra cheques, sem qualquer previsão legal a respeito. A ação visa a incorporação do valor aos vencimentos e o pagamento dos retroativos. 6 Pagamento da GAS para servi-

dores inativosResumo: as Administrações, ao

concederem aposentadorias aos servidores públicos, (especialidade Agente de Segurança/Inspetor de Segurança), não respeitam a regra constitucional da paridade, ao não incluírem nos proventos o valor da Gratificação de Atividade de Segu-rança. O pedido contempla a incor-poração ao atual provento, o paga-mento

dos retroativos e a declaração do direito ao recebimento dos demais servidores da ativa, quando da ina-tivação.7 Cobrança de horas extras

Resumo: ação que pede o paga-mento de horas extras, sem restri-ções regulamentares, pois a Cons-tituição da República permitiu a compensação de horas apenas para categorias sujeitas a acordo ou dis-sídio coletivo, o que não abrange os servidores.8 Averbação de Tempo de Servi-

ço em Empresas PúblicasResumo: ação pede reconhecimen-to como serviço público o tempo prestado nas empresas públicas, além do pagamento das verbas cor-relatas.