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ANO XX Nº 438 01 A 15 DE OUTUBRO DE 2012 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR Os bancários e os bancos assinaram no último dia 2 de outubro a nova Convenção Coletiva de Trabalho, que incorpora todas as conquistas da greve. Com a renovação do acordo, os bancários encerraram mais uma campanha vitoriosa, graças à força da mobilização e à estratégia de uni- dade da categoria, consolidada em 2004. Desde a união dos bancários de bancos públicos e privados, os traba- lhadores conquistaram aumento real de salários em todas as campanhas e ampliaram consideravelmente suas conquistas. “Completamos nove anos de reajustes acima da inflação e garantimos grandes acordos com os ban- cos de 2004 para cá. Acumulamos 16,22% de aumento real e valorizamos o nosso piso em 35,57% acima da inflação. A unidade dos bancários só trouxe ganhos”, destaca a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Além dos avanços econômicos e sociais incorporados na nova Con- venção Coletiva, uma conquista terá sabor especial para os bancários pernambucanos. A Fenaban aceitou implantar todas as reivindicações dos sindicatos para melhorar a segurança nas agências através de um projeto-piloto, que funcionará no Recife, Olinda e Jaboatão. “Fizemos uma grande campanha e conseguimos um bom acordo para comemorarmos os vinte anos da nossa Convenção Coletiva, completados em setembro. Depois de duas décadas, os bancários continuam sendo a única categoria com um acordo de trabalho nacional, que garante os mes- mos direitos para todos, do Oiapoque ao Chuí. O resultado da campanha deste ano faz jus à nossa história de lutas e conquistas”, comenta Jaque- line, lembrando que o BNB, pela primeira vez, assina a CCT este ano. Confira nas próximas páginas o histórico da campanha e as principais conquistas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos com os bancos públicos. CAMPANHA NACIONAL GREVE FORTE ARRANCA MAIS CONQUISTAS Bancários aprovam a proposta de acordo e decretam o fim da greve, em assembleia no dia 26 de setembro

Jornal dos Bancários - ed. 438

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de 01 a 15 de outubro de 2012

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ANO XX • Nº 438 • 01 A 15 DE OUTUBRO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

Os bancários e os bancos assinaram no último dia 2 de outubro a nova Convenção Coletiva de Trabalho, que incorpora todas as conquistas da greve. Com a renovação do acordo, os bancários encerraram mais uma campanha vitoriosa, graças à força da mobilização e à estratégia de uni-dade da categoria, consolidada em 2004.

Desde a união dos bancários de bancos públicos e privados, os traba-lhadores conquistaram aumento real de salários em todas as campanhas e ampliaram consideravelmente suas conquistas. “Completamos nove anos de reajustes acima da inflação e garantimos grandes acordos com os ban-cos de 2004 para cá. Acumulamos 16,22% de aumento real e valorizamos o nosso piso em 35,57% acima da inflação. A unidade dos bancários só trouxe ganhos”, destaca a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Além dos avanços econômicos e sociais incorporados na nova Con-venção Coletiva, uma conquista terá sabor especial para os bancários

pernambucanos. A Fenaban aceitou implantar todas as reivindicações dos sindicatos para melhorar a segurança nas agências através de um projeto-piloto, que funcionará no Recife, Olinda e Jaboatão.

“Fizemos uma grande campanha e conseguimos um bom acordo para comemorarmos os vinte anos da nossa Convenção Coletiva, completados em setembro. Depois de duas décadas, os bancários continuam sendo a única categoria com um acordo de trabalho nacional, que garante os mes-mos direitos para todos, do Oiapoque ao Chuí. O resultado da campanha deste ano faz jus à nossa história de lutas e conquistas”, comenta Jaque-line, lembrando que o BNB, pela primeira vez, assina a CCT este ano.

Confira nas próximas páginas o histórico da campanha e as principais conquistas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos com os bancos públicos.

Campanha naCional

greve forte arrancamais conquistas

Bancários aprovam a proposta de

acordo e decretam o fim da greve, em assembleia no dia

26 de setembro

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01 a 15 de outubro de 2012

Depois de dois meses de negociações e uma forte greve que agitou o país in-

teiro, os bancários encerraram mais uma Campanha Nacional vitoriosa. No último dia 2 de outubro foi assi-nada a nova Convenção Coletiva de Trabalho, com mais direitos e con-quistas para os trabalhadores. Entre elas, o reajuste de 7,5% para os sa-lários (aumento real de 2,02%) e de 8,5% para piso e vales alimentação e refeição (2,95% de aumento real).

Para a presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello, o resultado positivo da Campanha Nacional deste ano foi garantido graças à mobilização e pressão dos bancários, mas tam-bém por conta da estratégia adotada desde 2004 pela categoria, que uniu em torno de uma mesma pauta de reivindicações os funcionários dos bancos públicos e privados.

“Até 2003, quando as negociações

eram divididas, os bancários enfren-tavam muitas dificuldades, especial-mente nos anos 90, durante o gover-no FHC. Os funcionários dos bancos públicos, por exemplo, ficaram a década toda praticamente sem reajus-te, enquanto os colegas dos bancos

privados conseguiam aumentos que muitas vezes não repunham nem a in-flação. O BB, Caixa e BNB retiraram muitos direitos. Graças à unidade dos bancários, consolidada em 2004, garantimos o mesmo reajuste para todos, sempre acima da inflação, am-

pliamos nossos direitos, como a cesta alimentação para os bancos públicos, e melhoramos significativamente a nossa PLR”, conta Jaqueline.

Com a estratégia da unidade, os bancários conquistaram aumento real de salários em todas as campa-nhas nos últimos nove anos. Os ga-nhos acumulados acima da inflação somam 16,22% entre 2004 e 2012. No piso, o aumento real no período já soma 35,57%, valorizando o salá-rio inicial da carreira.

“Quem fala mal da unidade entre os bancários dos bancos públicos e privados ou desconhece a história da categoria ou é mal intencionado. O resultado das campanhas antes e de-pois da unidade são incomparáveis, com ganhos importantes tanto para os funcionários da rede pública quan-to da privada. Juntos, somos mais de 500 mil trabalhadores lutando pelos mesmos objetivos. Conseguimos,

reajustes 2004 - 2012ano reajuste inPc aumento real

2004 8,5% 6,64% 1,74%

2005 6% 5,01% 0,94%

2006 3,5% 2,85% 0,63%

2007 6% 4,82% 1,13%

20081 10% 7,15% 2,66%

2009 6% 4,44% 1,5%

20102 7,5% 4,29% 3,08%

2011 9% 7,39% 1,5%

2012 7,5% 5,39% 2%

1. Foi concedido reajuste de 10% para salários até R$ 2.500 e8,15% para salários acima desse valor

2. Foi concedido reajuste de 7,5% para salários até 5.250 evalor fixo de R$ 393,75 para salários acima desse valor

Elaboração: DIEESE Subseção SESE - SEEB/SP

Campanha naCional

com moBiLiZaÇÃo, estratÉgia e Luta,BancÁrios garantem mais conquistas

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01 a 15 de outubro de 2012

assim, exercer uma pressão muito maior sobre os bancos e garantimos, ao longo dos últimos nove anos, os melhores acordos da história dos bancários”, destaca Jaqueline.

Embora nem to-das as reivindicações dos bancários tenham sido atendidas nesta campanha, Jaqueli-ne ressalta que a luta continua e que os sin-dicatos vão retomar as discussões nas mesas de negociação perma-nente. “Conseguimos avançar em vários pontos da nossa pauta. Faltou a questão do emprego. A Fenaban disse que essas reivindicações deveriam ser negociadas em separado com cada ban-co. E é isso que nós vamos fazer nos pró-ximos dias. Já entramos em contato com a diretoria de todos os bancos solicitando a abertura das discussões sobre emprego”, diz Jaqueline.

mais dinheiro na economiaA campanha dos bancários contribui mui-

to com a distribuição de renda no Brasil. O que a mobilização dos trabalhadores con-seguiu arrancar dos bancos significa incre-mento anual de cerca de R$ 7,6 bilhões na economia nacional – levando-se em conta o reajuste de 7,5% nos salários, 8,5% nos vales refeição e alimentação, além da PLR.

O valor é 6% superior ao da campanha de 2011, de acordo com projeção feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Des-

se montante, R$ 4,9 bilhões são referen-tes ao pagamento da PLR. Assim, R$ 2,3 bilhões já devem ser distribuídos na ante-cipação, nos próximos dias. As diferenças salariais anuais dos bancários vão levar à economia R$ 2,4 bi-lhões, sem contar os reflexos em FGTS e aposentadorias.

Outro montante que deve injetar dinheiro em restaurantes, lanchonetes e supermercados são as dife-renças nos auxílios refeição e alimentação, que devem ter impacto anual de R$ 407 mi-lhões na economia.

“Os bancários estão de parabéns por mais esta campanha vitoriosa. Só quem participou da greve sabe das dificuldades que enfrentamos. Foram nove dias de pa-ralisação nos bancos privados e na Caixa e dez no Banco do Brasil e no Banco do Nordeste. Mas, no final, conseguimos quebrar a intransigência da Fenaban gra-ças à mobilização e grande parte das nos-sas reivindicações foram atendidas, além da manutenção de todas as cláusulas do acordo anterior”, diz Jaqueline.

Campanha naCional

com moBiLiZaÇÃo, estratÉgia e Luta,BancÁrios garantem mais conquistas

Com a estratégia da unidade, os bancários conquistaram aumento

real de salários em todas as campanhas

nos últimos nos últimos nove anos. Os ganhos acumulados acima da

inflação somam 16,22% entre 2004 e 2012. No

piso, o aumento real no período já soma 35,57%

Projeto piloto de segurança seráimplantado emPernambuco

Uma das principais conquistas da Campanha Nacio-nal 2012 diz respeito à segurança bancária. Os bancos aceitaram implantar um projeto-piloto para experimen-tar as medidas defendidas pelos sindicatos.

A conquista é ainda mais especial para os bancários pernambucanos, já que a Fenaban indicou as cidades do Recife, Olinda e Jaboatão para a realização do projeto--piloto, com participação e acompanhamento dos bancá-rios em todas as etapas.

De acordo com a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a escolha das três cidades pernambucanas não foi aleatória. “Isso é resultado direto da nossa luta. Em 2010, conseguimos aprovar uma lei de segurança bancária no Recife, que depois foi seguida por Olinda e Jaboatão. Como os bancos se recusavam a cumprir a legislação, o Sindicato acionou o Ministério Público de Pernambuco, cujo trabalho resultou, nos últimos meses, na interdição de treze agências no Recife e em multas que já somam R$ 15 milhões. Essas punições são inéditas no Brasil e os bancos se viram obrigados a tomar uma atitude”, explica Jaqueline.

Além das interdições, o Ministério Público de Pernam-buco também recomendou, em junho passado, que a Po-lícia Civil responsabilize criminalmente os diretores e su-perintendente dos bancos que forem assaltados no Recife. A orientação foi acatada pela Secretaria de Defesa Social.

“Foram dois anos de muita luta desde a aprovação da lei, mas valeu a pena. Agora, vamos acompanhar todo o processo de implantação do projeto-piloto de segurança aqui na região metropolitana da capital para garantir o sucesso da proposta que, depois, será levada para todo o país”, destaca Jaqueline.

ANO XIX • Nº 414 • 16 A 30 DE NOVEMBRO DE 2011 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

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Caravana do Sindicatovisita bancários do interiorPágina 3

Leia as últimas notíciassobre o seu bancoPáginas 6 e 7

Sindicato comemora 80 anoscom festa no fi nal do mêsPágina 8

LEIA TAMBÉM

INSEGURANÇA BANCÁRIA ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS?A Justiça mandou que os bancos cum-pram a lei de segurança bancária do Re-cife até janeiro. Caso contrário, as insti-tuições financeiras terão de pagar multa diária de R$ 2 mil por cada agência que estiver fora da lei. A sentença foi con-cedida no dia 8 de novembro, pelo juiz Luiz Mário de Goes Moutinho, da 9ª Vara Cível da capital. Ele acatou um pedido de antecipação de tutela na ação movida pelo Ministério Público de Pernambuco. Para o procurador Ricardo Van Der Lin-den, autor da ação, se os bancos cumpri-rem a lei, o problema da insegurança ban-cária será resolvido no Recife.Páginas 4 e 5

ANO XX • Nº 424 • 01 A 15 DE MAIO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

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LEIA TAMBÉM

Falta de condições de trabalho

nos bancos adoece os bancários

Página 3

Sindicato exige da Caixa

respeito à jornada Página 6

BNB rasga compromisso

e suspende PLR adicionalPágina 7

Acabou a paciência. Passado um ano e meio da apro-

vação da lei de segurança bancária do Recife, o Mi-

nistério Público se irritou com a enrolação dos bancos

e prometeu fechar todas as agências inseguras da ca-

pital pernambucana. Depois de muitas idas e vindas

nas negociações, o prazo final dado pelo MP para que

os bancos fechassem um acordo para o cumprimen-

to da legislação se esgotou. Diante da inércia da Fe-

braban, o promotor Ricardo Coelho foi enfático: “Já

somamos R$ 12 milhões em multas e as interdições e

notificações começarão a ser entregues agora”.

Páginas 4 e 5

IRRESPONSABILIDADE

TAMBÉM TEM LIMITE!ANO XX • Nº 426 • 01 A 15 DE JUNHO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

ANO XX Nº 426 01 A 15 DE JUNHO DE 2012 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

AGÊNCIAS INSEGURAS NÃO PODEM FUNCIONARApesar da pressão do Sindicato e do Ministério Público, o mês de maio acabou sem que os bancos assinassem o acordo que garante o cumprimento da Lei de Segurança Bancária do Recife, em vigor há mais de um ano e meio. Sem acordo, agora é a vez da Prefeitura agir. A ordem é interditar todas as agências fora da lei. Mas as tentativas de saída dialogada não estão encerra-das. Mais um capítulo desta novela foi anunciado no último dia 30, quando a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) garantiu ao Ministério Público que apresentaria, no próximo dia 4 de junho, uma proposta concreta sobre o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que estabelece prazos para o cumpri-mento da legislação de segurança bancária. O promotor Ricardo Van der Lin-den Coelho acredita na possibilidade de se chegar a um acordo. “Esta é a oita-

va reunião com a Febraban. Nas outras sete, eles não apresentaram proposta. No entanto, muitos bancos me procuraram, de forma isolada. E, agora, pela primeira vez, a Federação garantiu que apresentaria uma proposta concreta”, diz. No entanto, a nova promessa dos bancos não descarta a recomendação de interditar agências inseguras. No final de maio, o Sindicato começou a realizar paralisações de protesto. O objetivo é pressionar os bancos para que a lei seja cumprida e cobrar da Prefeitura a iniciativa pelas interdições. “Não temos o poder de interditar oficialmente uma agência. Mas, com os protestos, estamos mostrando simbolicamente para a Prefeitura o que ela deve fazer”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.Páginas 2 e 3

jaqueline mello

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01 a 15 de outubro de 2012

veja as PrinciPais conquistas da greve

acordo da fenaBanReajuste salarial 7,5% (aumento real de 2,02%).

Reajuste no piso (8,5%, aumento real de 2,95%).

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.540 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição não atinja 5% do lucro líquido, os valores serão aumentados para 2,2 salá-rios, com teto de R$ 18.511,54.

PLR adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080 (reajuste de 10%).

Antecipação da PLR: 54% do salário mais valor fixo de R$ 924,00, com teto de R$ 5.048,60 e parcela adicional de 2% do lucro líquido do primeiro semestre distribuído linearmente, com teto de R$ 1.540,00. A antecipação da PLR será paga até dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva, que ocorreu no dia 2 de outubro, e a segunda parte até 1º de março de 2013.

Auxílios

Reajuste de 8,5%

Vale-refeição: R$ 472,15 por mês (R$ 21,46 por dia)

Cesta-alimentação: R$ 367,90 por mês (reajuste de 8,5%)

13ª cesta-alimentação: R$ 367,90 (reajuste de 8,5%).

Saúde e condições de trabalho

Combate ao Assédio Moral: O instrumento de combate ao assédio moral será aprimorado. O procedimento é o mesmo: o bancário faz a denúncia pelo site do Sindicato, tendo sua identida-de em sigilo, e o banco tem prazo de até 60 dias corridos para retorno e solução do problema. A novidade é que, em caso de reincidência, o prazo para resolver a questão será menor.

Afastados: Os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica serão mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação no INSS.

LER: Ficou definido que as estatísticas de adoecimento serão analisadas para averiguar quais funções são mais afetadas pelas LER.

Segurança

Os bancários conquistaram a implementação de projeto piloto de segurança bancária para ex-perimentar as medidas defendidas pelos sindicatos, como portas de segurança, biombos entre a fila e os caixas, e divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos. A conquista é mais es-pecial ainda para os bancários pernambucanos, já que a Fenaban indicou as cidades de Recife, Olinda e Jaboatão para a realização do projeto-piloto, com participação e acompanhamento dos bancários em todas as etapas.

Igualdade de Oportunidades

Nessa campanha os trabalhadores também arrancaram da Fenaban o compromisso de realizar um novo censo da categoria (Mapa da Diversidade), com o objetivo de averiguar as condições de mulheres, negros e pessoas com deficiência nas empresas. O planejamento, preparação e sensibilização dos trabalhadores para a aplicação da pesquisa iniciará em 2013 e o resultado será apresentado em 2014. As mesas temáticas debaterão o assunto e as possíveis ações para garantir que todos tenham as mesmas oportunidades nos bancos.

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01 a 15 de outubro de 2012

veja as PrinciPais conquistas da greveacordo esPecífico do BB

PLR

Manutenção do modelo do acordo cole-tivo 2011/2012, garantindo que nenhum escriturário receberá menos que o va-lor do módulo básico da Fenaban e que nenhum comissionado receberá menos que o valor pago aos caixas executi-vos. O valor da PLR semestral será de R$ 3.303,60 (escriturários), R$ 3.674,97 (caixas executivos) e 45% do VR mais módulo bônus (comissionados).

PCR

Incluir o caixa executivo na pontuação da carreira de mérito (M) do PCR, à ra-zão de 0,5 ponto por dia de exercício na função, retroativo a 2006. Caixas comis-sionados anteriormente a 2006 terão um adicional de mérito de R$ 104,40.

Promoção de nívelinicial de carreira A

Novo piso (A2) para a carreira após 90 dias no salário inicial (A1), garantindo--se a ascensão para A2 aos funcionários A1 com mais de 90 dias na carreira.

Ascensão profissionale comissionamento

Criar mesa temática para discussão de cri-térios sobre o tema, com prazo de 120 dias, com pelo menos uma reunião mensal.

Combate aoAssédio moral

Adesão ao protocolo para prevenção de conflitos da Convenção Coletiva assina-da com a Fenaban, definindo como ca-nal específico a Diref.

Transferência SACR

O comissionado pode concorrer a re-moção sem necessidade de dispensa da comissão. O preenchimento de va-gas de escriturários em todas as de-pendências do banco será por remoção automática (SACR) ou por nomeação de concursados.

Incorporação da verba de gratificação semestral

GS será incorporada em todas as ver-bas em que há incidência, para simplifi-car a folha de pagamento, sem nenhum prejuízo salarial ao funcionário.

Manutenção decláusulas do acordocoletivo 2011/2012

Foram mantidas todas as cláusulas do acordo passado, inclusive a trava contra o descomissionamento arbitrário, que exige do banco três avaliações insatis-fatórias e consecutivas de desempenho.

Jornada de 6h paracomissionados

O banco vai implantar até janeiro o novo plano de comissões com jornada de 6 horas para determinados cargos comissionados.

acordo esPecífico da caiXa

PLR Social 4% do lucro líquido distribuído igualmente para todos os empregados, além da regra da Fenaban.

Piso salarial

Os novos empregados serão contratados nas referências 202, 602 ou 802 da Estrutura Salarial Unificada (SEU) ou da Nova Estrutura Salarial (NES) e enquadrados nas referências 203, 603 ou 803, respectivamente, após a conclusão do período de experiência

Maisbancários

A Caixa se compromete a ter em seu quadro de pesso-al 92.000 empregados até dezembro de 2012 e 99.000 empregados até dezembro de 2013.

Medicamentosde uso contínuo

Custeio de despesas de 50 medicamentos de uso contí-nuo não pagos pelo SUS, cujos percentuais de reembol-so serão de 50%, 80% e 100%, de acordo com a patolo-gia indicada no relatório médico.

Auxílioeducação

A Caixa vai ampliar em 3.230 bolsas de estudo, sendo 800 para idiomas, 1.380 para graduação, 950 para pós--graduação e 100 para mestrado.

Licenças

Alterar de um para dois dias por ano a licença para in-ternação hospitalar por motivo de doença de cônjuge ou companheiro, filho, pai ou mãe. No caso de adoção ou guarda judicial a Caixa concederá licença remunerada à empregada adotante, pelo período de 180 dias, com exclusão do limite de idade de 12 anos do adotado.

Promoçãopor mérito

Redução das horas de treinamento para promoção por mérito de 100 para 70 horas. Os empregados deverão dispor de 6 horas por mês para estudos da Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho, em local apropria-do na unidade.

Tesoureiroexecutivo

A Caixa apresentará, até 31 março 2013, um plano de ação para solução dos problemas de saúde, seguran-ça e condições de trabalho do Tesoureiro Executivo. O pagamento de substituição com remuneração apurada por minuto nas ausências parciais ou pausa para almoço será implementada a partir de janeiro. A Função Gratifi-cada de Tesoureiro Executivo na linha de sucessão pri-mária para a Função Gratificada de Supervisor de Canais, Supervisor de Atendimento, Gerente de Atendimento e Negócios III e Gerente de Canais e Negócios, mantendo na linha primária de Supervisor de Centralizadora/Filial.

Login únicoImplantar o acesso à rede de computadores em estação única num projeto piloto no 4º trimestre de 2012 e con-cluir a implantação em 31 de agosto de 2013.

Horas extras

O banco deverá pagar pelo menos a metade das horas extras. O restante poderá ser compensado, desde que combinado entre o gestor e o empregado com no míni-mo 5 dias úteis de antecedência.

acordo esPecífico do Banco do nordesteCCT Pela primeira vez, o BNB vai assinar a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários, garantindo todos os direitos

PLR O banco distribuirá até 9% do lucro líquido segundo a regra prevista pela Fenaban (90% do salário mais R$ 1.540 fixos). Também dis-tribuirá linearmente 2% do lucro líquido e pagará PLR Social constituída por 3% do lucro líquido - também distribuída de forma linear.

Piso Os analistas bancários ingressarão com remuneração de R$ 1.892 e, depois de 90 dias, passam para a referência Analista Bancário 3.

Mais bancários Contratação de 300 funcionários até o final do ano, com abertura de 32 agências

Assédio moral Assinatura do Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho.

Mais direitos Ampliação da licença-paternidade de 5 para 10 dias; Ampliação do horário amamentação de 6 para 9 meses; Ampliação da licença para doação de sangue de um para dois dias

Mais segurança Cumprimento de regras de segurança relacionadas a transporte de numerário. Colocação de biombos de proteção para clientes e caixas.

PCR A nova direção do BNB se comprometeu em buscar uma solução para a revisão do Plano de Carreiras e Remuneração junto ao Dest, defendendo a proposta construída no grupo de trabalho.

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01 a 15 de outubro de 2012

com a força da união, greve fecha todos os bancosa greve dos bancários deste ano durou nove dias e foi considerada uma das mais fortes da história da categoria. só em

Pernambuco, a paralisação fechou 87% dos bancos no estado e contou com a adesão de 10 mil trabalhadores. confira abaixo a galeria de fotos da greve e conheça alguns dos dirigentes responsáveis pela organização e mobilização dos bancários

Justiniano Júnior, Dileã Raposo, Daniella almeida e anabele Silva agitaram os bancários da Caixa

Expedito Solaney, Fabiano moura, Suzineide Rodrigues e Suzana andrade

João Rufino, Fabiano Félix, adeílton Filho e o vereador de olinda marcelo Santa Cruz

Jaqueline mello e Fávio Coelho, durante reunião com os bancários do Bradesco

Renato Tenório e luiz Freitas pararam o CSo do Banco do Brasil

Carlos alberto da Silva

Gisele Gois e Veruska Ramos luiz higino

Chico assis

paulo henrique

Tereza Souza, Jaqueline mello, onésimo Reinaux e Sandra Trajano

Campanha naCional

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01 a 15 de outubro de 2012

com a força da união, greve fecha todos os bancosa greve dos bancários deste ano durou nove dias e foi considerada uma das mais fortes da história da categoria. só em

Pernambuco, a paralisação fechou 87% dos bancos no estado e contou com a adesão de 10 mil trabalhadores. confira abaixo a galeria de fotos da greve e conheça alguns dos dirigentes responsáveis pela organização e mobilização dos bancários

os bancários cruzaram os braços em Vitória de Santo antão maria helena e Ricardo Escobar

alan patrício, Suzineide Rodrigues e FernandoJoão marcelo e helmiton Cruz

Tereza Souza, João Rufino e Wellington Trindade

Renato Tenório e Jaqueline Barros com bancários do BB

Janaína Kunst e Suzi

Tereza Souza, pedro Villa-Chan e João Rufino

Eleonora Costa

Campanha naCional

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01 a 15 de outubro de 2012

Circulação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221.

Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul. conselho editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino.redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. diagramação: Bruno Lombardi.

fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. impressão: NGE tiragem: 11.000 exemplares

Secretário-Geral: Fabiano FélixComunicação: Anabele SilvaFinanças: Suzineide RodriguesAdministração: Epaminondas FrançaAssuntos Jurídicos: Justiniano JuniorBancos Privados: Geraldo TimesBancos Públicos: Daniella Almeida

Cultura, Esportes e Lazer: Adeílton FilhoSaúde do Trabalhador: Wellington TrindadeSecretária da Mulher: Sandra TrajanoFormação: João RufinoRamo Financeiro: Flávio CoelhoIntersindical: Renato TenórioAposentados: Luiz Freitas

Informativo do Sindicato dos Bancários de PernambucoDIRETORIA EXECUTIVA

Presidenta: Jaqueline Mello

organização e mobilização

Gilvan Santana

armando péricles

Jaqueline mello e Fábio Régis Ronaldo Batista Geraldo Times

azenate albuquerque

Edmar matias

Comando de organização da greve: Jaqueline mello, Suzineide Rodrigues, Geraldo Times, Fabiano moura e Epaminondas França

Fernando antônio, o Batata, mobilizou o BnBluiz henrique