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Fevereiro 2013 | Ano XIX | Nº115 Um jornal para novos tempos PCH Barra do Rio Chapéu é inaugurada Págs. 6 e 7 Primeira usina em Santa Catarina

Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

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Edição 115 do periódico mensal da Eletrosul Centrais Elétricas.

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Page 1: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

Fevereiro 2013 | Ano XIX | Nº115 Um jornal para novos tempos

PCH Barra do Rio Chapéu é inauguradaPágs. 6 e 7

Primeira usina em Santa Catarina

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O investimento em fontes alternativasA Eletrosul inaugurou recentemente sua primeira usina de pequeno por-te e o primeiro empreendimento de geração em Santa Catarina, confir-mando sua vocação em investir em fontes renováveis e complementares à matriz energética. As fontes consi-deradas alternativas – PCHs, eólica e

biomassa – são uma das apostas do País para reforçar a oferta de energia no Sistema Interligado Nacional até 2021, como já mostramos na edição de novembro. A gestão dos empreen-dimentos da Eletrosul tem mostrado perfeito alinhamento com essas di-retrizes. Boa leitura.

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro e Administrativo

Antonio Waldir Vituri

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRenato BunnRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sadi Rogério [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Adriana HassAnahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del’PozzoTatiana LimaUmberto Petry CalettiVivianne Nunes

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Anísio BorgesArquivo DDOM/DGIArquivo Construtora IntegraçãoArquivo Energia Sustentável do BrasilArquivo UHE Teles PiresAugusto Ribeiro IsaraCleusa FreseDaniel AmorimJúnior BorbaHermínio NunesNélio PintoTatiana Lima

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 6 mil exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Fevereiro 2013 | Ano XIX | Nº115 Um jornal para novos tempos

PCH Barra do Rio Chapéu é inauguradaPágs. 6 e 7

Primeira usina em Santa Catarina

Nos últimos dez anos, a Eletrosul passou por um grande processo de modernização de gestão, marcando a retomada na geração de energia. Hoje, a empresa é referência nacional na utilização de fontes alternativas, com a estratégia de negócios voltada fortemente para investimentos em energia eólica, hidrelétrica, solar e biomassa.

A então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, dando posse à nova direção da Eletrosul, em 17 de janeiro de 2003,

com Milton Mendes, assumindo a Presidência, Antonio Waldir Vituri, a Diretoria de Gestão Administrativa e Financeira, e

Ronaldo dos Santos Custódio, a Diretoria Técnica.

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Os catadores de material reciclável do Projeto Mutirão Profeta Elias, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba (PR), estão conquistando qualidade de vida e me-lhoria na alimentação com a cozinha comunitária equipada com apoio da Eletrosul. No espaço, os trabalhadores recebem três refeições diárias – café da manhã, almoço e lanche da tarde. Atu-almente, mais de 20 pessoas se benefi-ciam com a estrutura.

“A cozinha é bem importante por-que acaba diminuindo a despesa em casa. Na correria, a gente nem comia, passava o dia todo sem colocar um pão na boca. Agora, a gente voltou a se ali-mentar direito. E melhora até no ser-viço porque ficamos mais dispostos”, relata a presidente do grupo de catado-res, Sandra Mara de Lemos (foto).

A cozinha começou funcionar há

cerca de três meses e também é aberta aos familiares dos cata-dores. O espaço se transformou em ponto de encon-tro e socializa-ção da comuni-dade. “A festa de final de ano das crianças, por exemplo, foi rea-lizada na cozinha. Este local ajuda muito. Com esta cozinha, a gente pode fa-zer um almoço, um café, a qualidade de vida destas pessoas já melhorou muito”, reforçou a vice-presidente do Projeto Mutirão Profeta Elias, Rosane Aparecida Herbst Kummer.

Os equipamentos patrocinados pela

Eletrosul incluem geladeira, fogão, ar-mários, mesas, cadeiras, panelas, pra-tos, talheres, entre outros utensílios. Os alimentos preparados no espaço são obtidos por meio de doações. As cozi-nheiras são as próprias mulheres que participam do projeto e se revezam nas diversas atividades.

O grupo de catadores do Sítio Cercado reúne 12 famílias e já existe há 10 anos. Elas traba-lham na coleta, seleção, prensagem e comer-cialização de 32 tipos de materiais recicláveis – a maior parte deles, variações de plástico.

Em 2011, a Eletrosul patrocinou uma prensa hidráulica com capacidade para 160

quilos, o que proporcionou aumento da pro-dutividade. “Só uma prensa não dava con-ta de todo o material que a gente recolhia. Agora, duas pessoas podem trabalhar na prensagem ao mesmo tempo. E o volume de material que vendemos aumentou muito”, ressalta Sandra, ao lembrar que o grupo tra-balhava com um equipamento de capacida-de de processamento 50% menor.

Segundo ela, só em relação ao papel co-mercializado, o aumento de produtivida-de e, consequentemente de renda, foi de aproximadamente 35%. Outra melhoria empreendida com o apoio da Eletrosul foi a instalação de uma cobertura para o pátio da associação, onde papéis e papelões ficam armazenados, evitando perdas de material em dias de chuva.

Boa alimentação e qualidade de vida

Cozinha Comunitária

RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Fevereiro de 2013

no espaço equipado com apoio da Eletrosul, grupo de trabalhadores de Curitiba recebe três refeições diárias

Outras melhorias

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hCANTEIRO DE OBRAS Eletrosul agora - Fevereiro 2013

FEvErEiro dE 2013

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amPLiaÇÃo do ComPLEXo EÓLiCo CErro Chato

Preparação do guindaste que será utilizado para içar as peças na montagem dos aerogeradores.

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

uhE sÃo domingos uhE tELEs PirEs

A energização da linha de transmissão, que liga a Subestação da Usina São Domingos a Subestação Água Clara, da Enersul, foi rea-lizada em janeiro, dando condições para o início dos testes nas unidades geradoras da Usina Hidrelétrica São Domingos.

Vista da jusante dos condutos forçados e tomada d’água.

48MW

Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes

MS

N

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

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hCANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Fevereiro 2013

CantEiro dE obras5

Vista da montante da casa de força da margem esquerda, onde estão sendo montadas 22 turbinas tipo bulbo. Na casa de força da margem direita serão 28 turbinas.

uhE Jirau

Visão geral dos materiais depositados no canteiro de obras Alto Araguaia (MT).

LinhÃo do madEira

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO

N

Foi concluída a concretagem dos condutos força-dos, bem como, a locação dos mesmos nas unida-des geradoras 1 e 2, e está em andamento o lança-mento do conduto da unidade 3. A ponte rolante da casa de força está pronta para o comissionamento.

PCh JoÃo borgEs

19MW

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes

SC

N

Page 6: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

6 ESPECIAL

ridades, empregados e moradores da região.

A construção da hidrelétrica é resultado do

Acordo de Cooperação Brasil-Alemanha no Setor

de Energia, com foco em Energias Renováveis e

Eficiência Energética, firmado em 2008. Teve a

parceria do banco de fomento KfW, que financiou

as obras com recursos do Minis-

tério de Cooperação Econômica

e Desenvolvimento da Alema-

nha. “A Eletrosul é a subsidiária

verde do grupo Eletrobras, pois

além de energia hidrelétrica,

investe em geração eólica, solar

e até biomassa. Estamos mui-

to orgulhosos por apoiar a ex-

pansão do seu parque gerador

renovável e com isso ampliar a

oferta de energia no Brasil”, destacou o chefe da

Divisão do Setor Financeiro e Infraestrutura Eco-

nômica do KfW para a América Latina e Caribe,

Christoph Sigrist.

Em sintonia com o planejamento energético do País, Eletrosul entrega sua primeira usina de pequeno porte

A aposta nas fontes complementares

PCh barra do rio ChaPéu

A Eletrosul deu mais um passo importan-

te para a recomposição de seu parque gerador

ao entregar à operação sua primeira usina em

Santa Catarina. A Pequena Central Hidrelétrica

(PCH) Barra do Rio Chapéu, inaugurada no dia 28

de janeiro, reafirma o compromisso da empresa

em investir em fontes limpas

e renováveis de energia, aten-

dendo ao planejamento ener-

gético do País, estruturado

para esta década.

“Depois de muito sacrifício,

voltamos à geração no Estado

de Santa Catarina, onde a Ele-

trosul tem sua sede. Estamos

orgulhosos por fazermos histó-

ria com um empreendimento

aqui em Rio Fortuna, que está gerando energia

elétrica para o País. Essa é uma vitória de todos”,

declarou o presidente Eurides Mescolotto, duran-

te a solenidade de inauguração, que reuniu auto-

A Eletrosul é a subsidiária verde do grupo Eletrobras,

pois além de energia hidrelétrica, investe em geração eólica, solar e até biomassa

Christoph Sigrist

Potência instalada

Energia assegurada

Unidades geradoras

Altura da barragem

Capacidade de atendimento

Localização

Rio

Geração de empregos

PCH Barra do Rio Chapéu

Page 7: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Fevereiro de 2013

Os benefícios do empreendimento

A PCH Barra do Rio Chapéu aproveita o

potencial do rio Braço do Norte, entre os

municípios de Rio Fortuna e Santa Rosa

de Lima, no Sul catarinense. O projeto

aproveitou o relevo acentuado da região

para obter mais eficiência energética com

um reservatório menor, reduzindo o im-

pacto ambiental. Represada por uma bar-

ragem a fio d’água de 107

metros de comprimento

e 17 metros de altura, a

água segue do vertedouro

por um túnel de 3,5 mil

metros de extensão e 4,5

metros de diâmetro. Dois

condutos forçados em aço

levam a água até a casa de

força, onde as duas turbi-

nas são responsáveis pelo

processo de geração da energia.

A PCH Barra do Rio Chapéu leva o mesmo

nome de uma comunidade rural vizinha

à casa de força e próxima à foz do rio Cha-

péu. Sua construção proporcionou a gera-

ção de aproximadamente 520 empregos e

movimentou a economia regional. Outros

benefícios que ficam para a comunidade são

as benfeitorias secundárias como acessos,

construções, ramais de eletricidade e áreas

em recuperação ambiental. A construção da

usina permitirá, ainda, a promoção do lazer

e do turismo por meio do aproveitamento

das áreas balneáveis do reservatório.

“Agradeço muito a

Deus por ter desenhado

no nosso município um

projeto natural para

possibilitar a constru-

ção dessa usina, que

muito vai contribuir

com o sistema de ener-

gia do nosso País. E,

agradeço a Eletrosul por

acreditar no potencial

hídrico do rio Braço do Norte e construir

este grande empreendimento que, além de

energia, possibilitará o desenvolvimento

da indústria do turismo e da economia da

região”, afirmou o vice-prefeito de Rio For-

tuna, Valdeci Dela Justina.

Agradeço a Eletrosul por

acreditar no potencial hídrico do rio Braço do Norte e construir este grande empreendimento

Valdeci Dela Justina

15,15 MW

8,61 MW médios

2

17 metros

128 mil habitantes

40,2 mil unidades residenciais

Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima (SC)

Braço do Norte

520 diretos e indiretos

Page 8: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

Cinco parques eólicos perten-centes às Sociedades de Propósi-to Específico (SPEs) nas quais a Eletrosul tem participação – as holdings Livramento e San-ta Vitória do Palmar –, foram considerados prioritários pelo Ministério de Minas e Ener-gia, por meio de portarias pu-blicadas em dezembro do ano passado e janeiro último. Esse enquadramento é uma das condições previstas na Lei nº 12.431/2011 e no Decre-to nº 7.603/2011 para que o empreendedor possa emitir

as chamadas debêntures de infraes-trutura. São títulos de renda fixa que contam, entre outros benefícios, com incidência de Imposto de Renda com alíquota de 0%, no caso de investidor pessoa física, inclusive por meio de

fundos de investimento criados para esse fim, para emissões realizadas até 31 de dezembro de 2015.

Ao instituir incentivos para a emis-são desses títulos, o governo federal cria uma nova alternativa para as em-presas captarem recursos diretamen-te no mercado de capitais, visando o investimento pelos empreendedores em obras de infraestrutura, sem de-pender, exclusivamente, das fontes tradicionais de financiamento, prin-cipalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Funciona como uma fonte de recursos complementar ao BNDES e que pode vir a ganhar mais espaço dentre as opções de financiamento das empresas, além de permitir ao in-vestidor, até mesmo pessoa física, o acesso a novas opções de investimen-to”, esclareceu o economista Rafael

Judar Vicchini, gerente da Coordena-doria de Avaliação Econômico-Finan-ceira de Projetos da Eletrosul.

Vicchini lembra que a conjuntura de baixo patamar da taxa de juros básica da economia em relação à sua média histórica, com a consequente redução na remuneração dos títulos públicos, pode tornar essas debêntures atrativas ao investidor frente às outras opções disponíveis, sendo suportada pelo re-torno do projeto financiado. “Ao zerar a alíquota do Imposto de Renda para pessoas físicas, estima-se que parte da poupança desse universo de investido-res seja direcionada para a expansão da infraestrutura. Para isso, entretan-to, espera-se que gradualmente ocorra o alongamento dos prazos dos títulos, para que seja criada a compatibilidade entre prazos de investimento e finan-ciamento pelo emissor”, reforçou.

O parque eólico Cerro dos Trindade, em construção em Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, foi o primei-ro projeto de infraestrutura do setor elétrico, no segmento de energia eólica, considerado prioritário pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Em seguida, outros quatro par-ques – Geribatu I, II, III e V, em Santa Vitória do Palmar (RS) – também foram enquadrados.

De acordo com o diretor financeiro das holdings constitu-ídas para esses empreendimentos eólicos, Fábio Maimoni Gonçalves, foi solicitada a aprovação do MME para os de-

mais parques dos complexos Livramento e Geribatu. Isso como forma de atender à legislação vigente e poder captar recursos junto a investidores.

Mesmo enquadrados, no entanto, a emissão das de-bêntures depende, ainda, da aprovação do Banco de De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES). Como agen-te financiador dos empreendimentos, cabe ao BNDES autorizar o compartilhamento das garantias prestadas com os futuros investidores. A efetiva emissão dos títu-los dependerá, também, de decisão empresarial estraté-gica por parte das holdings e seus acionistas quanto à composição do endividamento.

Pioneirismo

Mais recursos para investimentos

8 GERAL

dEbênturEs dE inFraEstrutura

Projetos da Eletrosul e parceiros são considerados prioritários

Page 9: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

GERAL 9Eletrosul agora - Fevereiro de 2013

obras dE transmissÃo

Interligando fronteiras investimentos na

interligação Elétrica brasil-uruguai somarão aproximadamente r$ 428 milhõesBrasil e Uruguai estão implantando a pri-

meira interligação elétrica em extra alta tensão entre os dois países. Pelo lado bra-sileiro, o investimento de R$ 128 milhões prevê a construção de uma subestação de 500/230 kV, em Candiota (RS), uma linha de 500 kV com 60 quilômetros de extensão até a fronteira com o Uruguai e outra de 230 kV, com três quilômetros, que vai ser conectada à Subestação Presidente Médici, de proprie-dade da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE). Já os uruguaios estão investindo na construção de uma linha de 500 kV, com cerca de 350 km, e uma estação conversora de frequência de 500 MW, em um investimento de aproxi-madamente R$ 300 milhões.

O empreendimento nasceu de um memo-rando de entendimento entre os dois países, assinado em 2006. Em 2010, Eletrobras e Administración Nacional de Usinas y Trans-misiones Eléctricas (UTE) assinaram um con-trato para a implantação das instalações no lado brasileiro da interligação.

A Eletrosul é parte integrante desse proje-to. Em outubro do ano passado, a Eletrobras cedeu 40% do empreendimento para a Ele-trosul, que ficará responsável pela implanta-

ção das linhas de transmissão em território brasileiro e, posteriormente, pela operação e manutenção do sistema.

Tanto a subestação quanto os materiais das linhas de transmissão já foram licitados. A Eletrobras emitiu a ordem de serviço para elaboração do projeto executivo e para o fornecimento de materiais e equipamentos da SE Candiota. A Eletrosul autorizou o iní-cio das sondagens e a elaboração do projeto executivo das linhas de 230 kV Candiota--Presidente Médici (3 km) e de 525 kV Can-diota-Melo (60 km). Também já estão sendo fornecidas as 1,8 mil toneladas de estrutu-ras metálicas e as 850 toneladas de cabos condutores para as linhas de transmissão. A mobilização para início da obra depende da emissão da Licença de Instalação pelo Insti-tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis (Ibama).

AudIêNCIA púBLICA

Em novembro, foi realizada, em Candiota, uma audiência pública, com a participação de representantes da Eletrobras, Eletrosul e da Geo Consultores, para expor e tirar dúvidas sobre o empreendimento

e apresentar o novo Relatório e Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) aos mora-dores dos municípios onde as obras serão implantadas. O Ibama validou a audiência, que é parte do processo de licenciamento ambiental, e emitiu a Licença Prévia do em-preendimento. Técnicos da Eletrosul e Ele-trobras elaboraram a documentação para ingressar com o pedido de Licença de Instalação e aguar-dam retorno do ór-gão ambiental.

PORTO ALEGRE

RIO GRANDE DO SUL

PARANÁ

BRASIL

URUGUAI

SE CANDIOTA

SE SAN CARLOS

CONVERSORA MELO

SE PRES. MÉDICE

SANTACATARINA

ENTENDA A INTERCONEXÃO

URUGUAI

AMPLIAÇÃOSE PRESIDENTE MÉDICE

230 kV

AMPLIAÇÃOSE SAN CARLOS

3 km 60 km 65 km 283 km

NOVASE CANDIOTA

525/230 kV

NOVACONVERSORA MELO

60 Hz / 50 HzFRONTEIRA

BRASIL

Page 10: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

Capoeira vira reforço pedagógico

Projeto envolve alunos de instituições públicas no contraturno escolar

Fora da saLa dE auLa

10 ESPORTES

Implantado no ano passado, com o apoio da Eletrosul, o projeto Capoeira: A Roda que Transforma Vidas tem ajudado 160 crian-ças e adolescentes, com idade entre 6 e 17 anos, de escolas públicas de Ortigueira (PR) – um dos municípios onde está instalada a Usina Hidrelétrica Mauá – a melhorar o desempenho escolar e a desenvolver outras habilidades. O projeto é coordenado pela Casa da Criança e do Adolescente Padre

Lívio Donati, onde as aulas são realizadas.

Segundo a assistente so-cial da instituição, Fabiane Alves Santana, a capoeira era novidade para a maioria dos es-tudantes e, rapidamente, conquistou a simpatia da criançada. “Os menorzinhos se entregaram de imediato, o que tem ajudado muito na coordenação moto-ra nessa fase de desenvolvimento. Já os adolescentes estranharam um pouco em um primeiro momento, quando tratamos da origem e história da capoeira, mas se identificaram muito com a musicalidade e aí aderiram facilmente”, relatou.

As aulas acontecem no contraturno es-colar, quatro vezes por semana, sendo que cada turma participa das atividades em dois dias. Além do instrutor, outros seis educadores também participam do projeto, inclusive, praticando a arte da capoeira e auxiliando no treinamento dos estudantes.

O instrutor de capoeira Marcos Antônio do Nascimento, o mestre Kako, como é co-nhecido, diz estar muito satisfeito com o avanço dos seus alunos. “Percebemos uma grande melhoria na coordenação motora, ritmo e equilíbrio. A capoeira também au-xilia muito no desenvolvimento cognitivo.”

Para a assistente social Fabiane Santana, a prática também propiciou melhora na frequência das aulas, no comportamento, atenção e disciplina desses alunos. “A capo-eira é importante para desenvolver o corpo e a mente. Aprender a respeitar nossas di-ferenças e saber das nossas raízes”, avaliou Vitor Alencar Ribeiro, 12 anos, aluno de uma das escolas integrantes do projeto.

O apoio da Eletrosul foi o pontapé inicial para a compra de equipamentos e contrata-ção do instrutor no primeiro ano do projeto. “Agora, vamos continuar com as próprias pernas, inclusive, mantendo o instrutor. No futsal, também foi assim. Tivemos o apoio da Eletrosul nos dois primeiros anos, 2010 e 2011, e agora o ensino dessa modalidade esportiva continua com os nossos professo-res”, revelou Fabiane.

Page 11: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

MEIO AMBIENTE 11Eletrosul agora - Fevereiro de 2013

Prédio sustEntávEL

A Eletrosul construiu, em Campos Novos (SC), seu primeiro prédio comer-cial sustentável, que obteve a etique-ta Nível A em Eficiência Energética ao atender os critérios do Programa Brasi-leiro de Etiquetagem, coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Quali-dade e Tecnologia (Inmetro). A empresa já havia recebido a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) Nível A, na fase de projeto. Após inspeção pela Fundação Certi – organismo acreditado pelo Inmetro –, recebeu o novo selo, agora, com o prédio cons-truído.

O projeto do prédio que sediará o Setor de Manutenção de Campos Novos tem 560 metros quadrados de área cons-truída, divididos em dois pavimentos. A constru-ção, concluída em novem-bro de 2012, atendeu a todos os conceitos de efi-

ciência energética, conservação de ener-gia e preservação de recursos naturais.

Na construção, foi priorizado o uso de materiais que garantem melhor iso-lamento térmico e acústico e aprovei-tamento da luz natural, por exemplo. O prédio dispõe ainda de uma torre multifuncional, que reúne reservató-rio de água potável, sistema de coleta

e reservatório de água da chuva (10 mil litros) e co-letor para aquecimento solar. Para o tratamento de efluentes, foi utiliza-do um sistema de raízes auxiliado por uma fossa séptica de alta eficiência e um filtro anaeróbico.

O objetivo da Eletro-sul é tornar todas suas futuras construções re-ferência na aplicação dos conceitos de efici-ência energética, con-servação de energia e de sustentabilidade.

Modelo em eficiência energética EsPaÇo da

gEstÃo ambiEntaL

Créditos deCarbono

Prédio da Eletrosul em Campos novos atendeu a todos os conceitos de conservação de energia e preservação de recursos naturais

A Energia Sustentável do Brasil - concessionária formada pela Eletrosul (20%), Chesf (20%) e GDF Suez(60%) - tem autorização da Comissão Inter-ministerial de Mudança Global do Cli-ma para submeter o projeto da Usina Hidrelétrica Jirau à apreciação da Or-ganização das Nações Unidas (ONU) para registro como Mecanismo de De-senvolvimento Limpo (MDL) e comer-cializar os créditos de carbono que ve-nham a ser gerados pela hidrelétrica. A energia gerada por Jirau, que tem 3.750 MW de capacidade instalada, evitaria a emissão de 6 milhões de toneladas de CO2 ao ano.

A Eólicas Cerro Chato, empresa na qual a Eletrosul detém 100% do contro-le acionário, também está buscando a autorização do governo e posterior aval da ONU para comercializar créditos de carbono do Complexo Eólico Cerro Chato (90 MW).

Page 12: Jornal Eletrosul Nº 115 - Fevereiro 2013

Indígenas aprimoram cultivo agrícola

O Programa de Apoio às Atividades Agrope-

cuárias – ação integrante do Projeto Básico

Ambiental (PBA) da Usina Hidrelétrica Mauá

para a questão indígena – já está mostran-

do seus primeiros resultados. Em fevereiro,

será iniciada a colheita das safras de feijão,

milho e arroz nas oito comunidades vizinhas

ao empreendimento, no Norte do Paraná.

A expectativa é de que a produção alcance

aproximadamente 80 toneladas, que serão

destinadas à alimentação das famílias e à

formação de um banco de sementes, além da

comercialização do excedente.

Desde o preparo do solo para o plantio, ini-

ciado em outubro de 2012, o trabalho foi co-

ordenado por uma equipe de antropólogos

e engenheiros agrônomos contratada pelo

Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, for-

mado pela Eletrosul e Copel para a implan-

tação da usina. São cerca de 340 hectares

plantados nas oito terras indígenas: Moco-

ca, Queimadas, Apucaraninha, São Jerôni-

mo, Barão de Antonina, Posto Velho, Laranji-

nha e Pinhalzinho. O engenheiro agrônomo

Gilberto Shingo, que coordena o trabalho,

conta que a definição das culturas foi feita

pelos próprios indígenas, em oficinas reali-

zadas em todas as comunidades.

O consórcio forneceu as sementes e con-

tratou equipamentos e mão-de-obra, que

incluiu pessoas das próprias terras indíge-

nas. “Foram utilizados métodos orgânicos

de produção agrícola com o objetivo de

melhorar as condições de saúde e nutrição

das famílias”, acrescentou o agrônomo.

Cada terra indígena formou um comitê

gestor para acompanhar o trabalho e apli-

car, nas próximas safras, as orientações

técnicas recebidas.

O PBA inclui outros programas como o de

articulação de lideranças indígenas, vigi-

lância e gestão territorial, recuperação de

áreas degradadas e proteção de nascentes,

melhoria da infraestrutura, fomento à cul-

tura e às atividades de lazer, monitoramen-

to da fauna e da qualidade da água.

O Projeto Básico Ambiental da Usi-

na Mauá é considerado por especia-

listas na questão indígena como um

exemplo a ser seguido nos empreen-

dimentos em energia elétrica. Ele foi

construído com base em estudos fei-

tos por especialistas e muita discus-

são, tanto com os indígenas quanto

com órgãos como a Fundação Nacio-

nal do Índio (Funai) e o Ministério

Público Federal.

O antropólogo Paulo Góes, que coor-

denou o trabalho, conta que o diálogo

com os indígenas começou, efetiva-

mente, com a realização de oficinas –

34 ao todo –, nas quais foram explica-

dos o projeto da usina e o processo de

licenciamento. A equipe contou com

o auxílio de professores bilíngues. As

oito terras indígenas são das etnias

Guarani, Kaingang e Xetás.

Uma das próximas ações do consór-

cio dentro do PBA Indígena será a en-

trega de tratores, vans, automóveis,

motos e ambulância para as comu-

nidades – veículos que serão usados

no desenvolvimento dos programas.

Os indígenas que serão condutores

desses veículos já passaram por cur-

sos de habilitação. Além disso, serão

construídos barracões, escritórios e

salões de festas.

Os programas do PBA terão conti-

nuidade pelos próximos cinco anos

e contarão com o apoio permanen-

te de antropólogos e engenheiros

agrônomos. O PBA Indígena da UHE

Mauá pode ser consultado no site

www.usinamaua.com.br.

ProJEto básiCo ambiEntaL

12 ESPECIAL

Comunidades vizinhas à hidrelétrica mauá receberam assistência técnica e insumos para ampliar produção, que deve chegar a 80 toneladas

projeto modelo