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Junho 2013 | Ano XIX | Nº119 Um jornal para novos tempos Dois anos de operação e 455 GWh gerados Págs. 6 e 7 Complexo Eólico Cerro Chato Pág. 3 Apoio à produção local FEIRA NA EMPRESA Pág. 9 Primeira venda de energia própria MERCADO LIVRE Pág. 8 LIDERANÇA Empresa investe em capacitação Pág. 11 Eficácia na recuperação de áreas NUCLEAÇÃO

Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

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Edição 119 do periódico mensal da Eletrosul Centrais Elétricas.

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Page 1: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

Junho 2013 | Ano XIX | Nº119 Um jornal para novos tempos

Dois anos de operação e 455 GWh geradosPágs. 6 e 7

Complexo Eólico Cerro Chato

Pág. 3

Apoio à produção local

FeirA nA emPresA

Pág. 9

Primeira venda de energia própria

mercAdo livre

Pág. 8

liderAnçA

empresa investe em capacitação

Pág. 11

Eficácia na recuperação de áreas

nucleAção

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Reforço ao patrimônioAo completar dois anos em opera-ção, o Complexo Eólico Cerro Chato passou a fazer parte dos ativos de geração da Eletrosul, assim como outros importantes empreendi-mentos que, até então, pertenciam a Sociedades de Propósito Específi-co controladas pela empresa. A in-

corporação das SPEs, aprovada em maio pelos acionistas, é uma das estratégias da Diretoria Executiva para incrementar a receita e forta-lecer o patrimônio da Eletrosul. A produtividade de Cerro Chato e as incorporações são os temas princi-pais desta edição. Boa leitura.

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vituri

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRenato BunnRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sadi Rogério [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoGilberto Del PozzoUmberto Caletti

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Anísio BorgesArquivo DDOM/DGIArquivo Energia Sustentável do BrasilArquivo UHE Teles PiresAugusto Ribeiro IsaraCleusa FreseHermínio NunesJulio SoaresNélio PintoVivianne Nunes

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 4.500 mil exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Equipamentos e estruturas sendo edificadas na

Subestação da Sotelca, em Tubarão (SC), hoje Capivari de

Baixo, em julho de 1961. Em 1971, a Sotelca foi incorporada

pela Eletrosul e, em 1979, todo o complexo termoelétrico passou a ser chamado de Jorge Lacerda.

Atualmente, essa subestação compreende a Jorge Lacerda A.

Obras na Subestação Farroupilha da Eletrosul, em construção em 1971, ao lado da subestação da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE). A entrada em operação ocorreu em 1973.

Empregados receberão jornal em arquivo digitalA equipe do Eletrosul Agora teve retorno bastante positivo em relação à versão online da publicação, que passou a ser enviada no último mês. Atendendo ao pe-dido de leitores, a partir desta edição, o jornal será enviado também em formato PDF, para arquivamento e visualização em outros programas.

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Valorizando a produção local

regionAl

RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Junho de 2013

Feiras organizadas no espaço cultural da eletrosul dão chance aos artesãos de promoverem seus trabalhos

Valorizar a produção artesanal regio-nal, criando novas oportunidades para artesãos e artistas plásticos exibirem e comercializarem seus produtos, tem sido uma das preocupações da Eletrosul nos projetos que buscam a interação da em-presa com as comunidades. Em Florianó-polis (SC), por exemplo, pelo menos duas vezes por ano nas semanas que antece-dem o Dia das Mães e o Natal, são promo-vidas feiras no hall da sede da Eletrosul para venda de artesanato local.

A feira reúne mais de 20 expositores com diversos trabalhos artesanais. São artigos de decoração e de utilidade do-méstica, como capas de almofadas, col-chas, quadros, panos de copa, e ainda bijuterias, cachecóis, sabonetes e aroma-tizantes. “São artesãos que fazem do ofí-cio um hobby e complemento da renda. Há também quem passou a viver exclusi-vamente desse trabalho”, relata o coorde-

nador das atividades do Espaço Cultural e analista da Assessoria de Responsabi-lidade Social da Eletrosul, Carlos Kostin.

É o caso Tatiana Cardoso da Silva, que produz uma linha de banho e aromati-zantes para ambientes com ingredien-

tes naturais. Ela começou a trabalhar com essências aromáticas há oito anos. O negócio está indo tão bem que, há um ano, o marido deixou o emprego para reforçar o time. O estande de Tatiana foi um dos que mais se destacou na úl-

tima feira, realizada na semana do Dia das Mães. “Fazia dois anos que não par-ticipava da feira da Eletrosul e muitos clientes lembraram dos produtos, outros passaram a conhecer. Todos elogiaram muito”, comentou.

Quem também ficou muito satisfeita foi Irene Tenfen, 69 anos, que produz em casa, na sua máquina de costura, capas de almofadas, bolsas e pesos para por-ta com retalhos de tecidos. “Foi ótimo, vendi o dobro do que tinha planejado”, comemorou. A grande quantidade de te-cidos da estofaria de fábricas de móveis da região que ia para o lixo a incomoda-va. Nas etiquetas de seus produtos, Irene conta que foi assim, há dez anos, que sur-giu a ideia de reaproveitar os retalhos, demonstrando consciência ambiental e preocupação com a sustentabilidade.

Dez por cento do que é comercializa-do nas feiras promovidas pela Eletrosul são destinados a ONG Transmissão da Cidadania e do Saber, que realiza cursos profissionalizantes e ações assistenciais dirigidas a comunidades carentes do en-torno da empresa.

ExpositoREs:

Interessados em expor no Espaço Cul-tural da Eletrosul devem entrar em con-tato pelo telefone (48) 3231-7575 ou pelo email: [email protected]

são artesãos que fazem do ofício um

hobby e complemento da renda

Carlos Kostin

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h

CANTEIRO DE OBRAS Eletrosul agora - Junho 2013

JunHo de 2013

4

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

AmPliAção do comPleXo eÓlico cerro cHATo

uHe Teles Pires

uHe são domingos

Iniciado o desvio do rio Teles Pires, uma das mais importantes fases da obra e que irá permitir a construção da barragem e da estrutura do vertedouro. Para desviar o rio, foram escavados três túneis de aproximadamente 16 metros de altura e extensão média de 315 metros.

Unidade hidráulica do regulador de velocida-de já comissionada e em teste para geração comercial da Unidade Geradora 1.

Chegada das 60 pás que compõem os primeiros 20 ae-rogeradores da ampliação do complexo, no Porto de Rio Grande (RS). Cada pá mede 49,4 m x 3,56 m x 3,22 m e pesa 8.710 kg. As pás foram transportadas individual-mente por carretas especiais.

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

48MW

Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes

MS

N

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h

CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Junho 2013

cAnTeiro de obrAs5

Início da operação em teste da primeira unidade geradora da PCH João Borges. O empreendimento terá três conjuntos geradores, que totalizam uma capacidade instalada de 19 megawatts.

Os 4.214 painéis fotovoltaicos da usina fotovoltaica, que está em implantação na Sede da Eletrosul, já estão em Santa Catarina. Pe-sando aproximadamente 82 toneladas e dividida em 11 contêine-res, a carga trazida da Alemanha chegou ao Porto de Navegantes, no dia 20 de maio.

megAwATT solAr

PcH João borges

uHe JirAu comPleXo eÓlico geribATu

Execução de ponte de acesso sobre canal no Parque Eólico Geriba-tu V, entre os aeroge-radores 9 e 10.

258MW

Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes

RS

N

19MW

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes

SC

N

Vista panorâmica da UHE Jirau, que recebeu registro no Mecanis-mo de Desenvolvimento Limpo das Nações Unidas, confirmando a viabilidade e sustentabilidade social e ambiental de empreendi-mentos hidrelétricos na Amazônia.

1MW

Capacidade de atendimento: 570 residências

SC

N

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO

N

Page 6: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

no mesmo período de 2012 e correspondeu a aproximadamente 8% da produção eólica na-cional. A expectativa é de fechar 2013 com uma produção próxima de 300 GWh. Isso, sem considerar a potência que será agregada ao

complexo a partir da entrada de outros cinco parques, com 78 MW, que estão em cons-trução e devem começar a operar a partir do segundo semestre.

“Em 2012, que foi o pri-meiro ano de funcionamen-to pleno, passamos por uma fase de ajustes operacio-nais e de manutenção dos

parques, o que é inerente ao período inicial de operação.

Mesmo assim, o fator de capacidade verifica-do (indicativo do desempenho operacional) foi superior ao estimado. Cerro Chato, sem dúvida, proporcionalmente à sua capacidade instalada, tem se confirmado como um dos complexos eólicos mais produtivos do Brasil”, avaliou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo do Santos Custódio.

energia produzida é capaz de atender o equivalente ao consumo de mais de 380 mil habitantes

Dois anos de geração

O empreendimento que marcou o retorno da Eletrosul ao segmento de geração – o Complexo Eólico Cerro Chato, em Sant’Ana do Livramento (RS) – completou, em maio, dois anos de ope-ração. Desde o início do funcionamento em teste dos primeiros aeroge-radores até o último mês de abril, a produção acumula-da de energia foi de mais de 455 gigawatts-hora (GWh) – suficiente para atender o consumo de mais de 380 mil habitantes.

De maio a dezembro de 2011, a potência instalada foi aumentando gradati-vamente à medida que os aerogeradores eram in-tegrados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os três parques do complexo, com capacidade total de 90 megawatts (MW), passaram a operar plenamente a partir de janeiro de 2012.

No primeiro quadrimestre deste ano, a energia gerada pelo complexo, que somou 83,4 GWh, foi 5,35% superior à produzida

comPleXo eÓlico cerro cHATo

6 ESPECIAL

Cerro Chato, sem dúvida, proporcio-

nalmente à sua capacidade instalada, tem se confirmado como um dos complexos eólicos mais produtivos do Brasil

Ronaldo Custódio

Page 7: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

Empresa incorpora spEs

O Complexo Eólico Cerro Chato, construído em parceria com a fabricante de aerogeradores Wobben (10%), agora integra os ativos de gera-ção da Eletrosul. O processo de incorporação foi consolidado no dia 29 de maio, em Assembleia Geral Extraor-dinária dos acionistas, quando foram confirmadas também as incorporações da Porto Velho Transmissora de Energia S.A. (PVTE) e da Empresa de Trans-missão de Energia do Rio Gran-de do Sul S.A. (RS Energia).

“A incorporação das SPEs (Sociedades de Propósito Es-pecífico), das quais a Eletrosul detém 100% do controle acionário, faz parte do planejamento estratégico da empresa, que pre-vê a otimização do custeio e a maximização das receitas para se adequar ao novo momento do setor elétrico”, explicou o diretor Financeiro da

estatal, Antonio Vituri.Segundo o executivo, com a incorporação das

SPEs, a Eletrosul passa a ter a receita dessas empresas diretamente no seu caixa já a partir

deste mês de junho, o que aju-dará a compensar a redução nas receitas de transmissão resultante da renovação ante-cipada do contrato concessão. “A simplificação da estrutura societária entre a Eletrosul e as SPEs resultará também na con-solidação das atividades téc-nicas, contábeis, financeiras e administrativas em uma única estrutura, o que permitirá a oti-

mização dos processos e consequente economia de escala”, acrescentou Vituri.

As empresas incorporadas pela Eletrosul so-mam R$ 1,44 bilhão em ativos de geração e transmissão e receita anual de R$ 155 milhões.

A incorporação das spEs, das quais

a Eletrosul detém 100% do controle acionário, faz parte do planejamento estratégico da empresa Antonio Vituri

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Junho de 2013

RECEITA ANUAL ATIVOS PATRIMÔNIO FÍSICO

Eólicas Cerro Chato

R$ 45 milhões R$ 453 milhões- 45 aerogeradores

- 90 MW de capacidade instalada

PVTE R$ 61 milhões R$ 609 milhões- Subestação Coletora Porto Velho

- Duas estações conversoras - 17 km de linhas de transmissão

RS Energia R$ 49 milhões R$ 384 milhões- Cinco subestações

- 293 km de linhas de transmissão

TOTAL R$ 155 milhões R$ 1,44 bilhão

Page 8: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

Interagindo com modernas platafor-mas de gestão do conhecimento por meio de uma metodologia inovadora de educa-ção corporativa, gerentes e chefes de seto-res da Eletrosul participaram ao longo de um ano do Programa Líder, coordenado pela Universidade do Sistema Eletrobras (Unise). O objetivo do programa é ampliar os conhecimentos de liderança, nivelar conceitos e práticas das melhores escolas de negócio, além do compartilhamento de informações empresariais. A iniciativa permitiu que mais de 2 mil profissionais das 16 empresas Eletrobras participas-sem do ciclo de palestras e treinamentos virtuais, concluído em abril.

Entre todas as empresas, a média geral de participação foi de 69%, com 2.345 pes-soas. Dos 253 profissionais da Eletrosul, em cargos de gerência ou chefia, 239 par-ticiparam do programa, o que correspon-de a um índice de 94,4%. Para ter acesso a videoaulas, cursos, seminários, áudios e testes, os participantes utilizavam a pla-

taforma virtual da Mindquest – que tem como referência as soluções educacionais das escolas de negócios de Harvard, Chi-cago e Stanford.

“A partir dos ensinamentos, eu passei a analisar melhor os cenários e a escolher as opções mais adequadas para cada caso. Acredito que, à medida que o empregado acerta nas decisões, naturalmente a em-presa abre espaço para que ele assuma novas responsabilidades, em níveis mais elevados e desafiadores”, avaliou o geren-te da Divisão de Administração de Mate-

rial e Qualidade da Eletrosul, Antônio Ro-gério dos Santos.

O programa foi dividido em dois eixos, conforme os níveis hierárquicos: um vol-tado para presidente, diretores, superin-tendentes, gerentes de departamento e assessores, e o segundo para gerentes de divisão e chefes de setor. Com carga horá-ria que variou de 47 a 68 horas, foram tra-balhados temas como Execução da Estra-tégia, Gestão de Desempenho do Negócio, Avaliação Eficaz do Desempenho, Gestão da Mudança, Liderança Eficaz, Comunica-ção Eficaz e Gestão de Pessoas para Resul-tados Superiores.

“O Programa Líder foi um importante passo para a Eletrosul consolidar uma cultura baseada na ética e sustentabili-dade. Essa meta é conquistada, obriga-toriamente, a partir do desenvolvimento de líderes, que são o modelo e a referên-cia para todos os empregados”, afirmou a chefe do Setor de Treinamento da Eletro-sul, Maristela Marinho da Silva Ribeiro.

Eletrosul aposta em capacitaçãoPrograma desenvolvido ao longo de um ano envolveu mais de 2 mil profissionais da Eletrobras

8 GERAL

gesTão do conHecimenTo

Acredito que, à medida que o

empregado acerta nas decisões, naturalmente a empresa abre espaço para que ele assuma novas responsabilidades

Antônio Rogério dos Santos

Page 9: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

Bom desempenho trimestral

Estreia no mercado livre

vinte e sete empresas se

inscreveram na disputa

pela energia da PcH

barra do rio chapéu

O primeiro leilão de venda de energia própria da Eletrosul no mercado livre resul-tou em quatro contratos no valor total de R$ 27,4 milhões para fornecimento em 20 meses – maio de 2013 a dezembro de 2014. A energia comercializada é proveniente da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Barra do Rio Chapéu – primeira usina de peque-no porte da Eletrosul a entrar em operação, no seu retorno à geração hidrelétrica. A operação comercial teve início em meados de fevereiro. O certame foi realizado pela Assessoria de Comercialização de Energia (ACE) da Eletrosul, no final de abril.

“Ao todo, 20 empresas participaram di-retamente do leilão, que foi bastante dis-putado, contabilizando um total de 1.035 lances e um ágio médio de 17% em rela-ção ao preço mínimo de venda”, relatou o gerente da ACE, Alceu Vieira Neto. Ele ex-plicou que, por ser energia proveniente de PCH, o leilão se enquadrou na categoria de energia incentivada, o que confere ao com-prador desconto de 50% na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão ou de Distribuição (TUST ou TUSD).

A PCH Barra do Rio Chapéu aproveita o

No primeiro trimestre deste ano, a Eletrosul registrou lucro líquido de R$ 65,1 milhões – resultado 63,5% superior ao do mesmo período de 2012, que foi de R$ 39,8 milhões. Segundo análise do De-partamento de Contabilidade da Eletro-sul, o incremento da receita de geração de energia, no valor de R$ 34,9 milhões, contribuiu para o resultado do trimes-tre, diante do impacto da redução de R$

73,2 milhões, registrada no período, nas receitas de transmissão.

O desempenho positivo se deu tam-bém em razão do aumento do resultado financeiro decorrente da atualização dos créditos indenizatórios, relativos à reno-vação das concessões (Lei 12.783/13) e redução de encargos com a atualização da taxa de juros Selic sobre os adianta-mentos recebidos da Eletrobras para fu-

turo aumento de capital.O lucro antes de juros, impostos, depre-

ciação e amortização (EBITDA) ajustado foi de R$ 69,2 milhões – decréscimo de 40,9% em relação ao primeiro trimestre de 2012. A receita operacional bruta, de R$ 219,5 milhões, foi 17,6% inferior à re-gistrada em igual período do ano passado. Nos dois casos, houve reflexo da redução nas tarifas de transmissão.

GERAL 9Eletrosul agora - Junho de 2013

leilão de energiA

potencial hidrelétrico do rio Braço do Norte, entre os municípios de Santa Rosa de Lima e Rio Fortuna, no Sul de Santa Catarina. A usina tem 15,15 megawatts (MW) de capaci-dade instalada ou o suficiente para atender

o consumo de 128 mil habitantes. O em-preendimento teve a parceria do banco de fomento KfW, que financiou as obras com recursos do Ministério de Cooperação Eco-nômica e Desenvolvimento da Alemanha.

Page 10: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

serra Gaúcha ganha reforçoQuatro novas subestações construí-

das pela Eletrosul, no Rio Grande do Sul, receberam investimentos de aproxima-damente R$ 110 milhões. Previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), do Governo Federal, as unidades representam um importante reforço no sistema de transmissão para atender à crescente demanda de energia, espe-cialmente na Região Serrana do estado. A diretoria executiva da Eletrosul oficia-lizou a entrega de duas delas - Caxias 6 e Nova Petrópolis 2 - no final de maio. As outras duas – Lajeado Grande e Ijuí 2 – também já estão em operação.

Somente na Subestação Caxias 6, o maior dos quatro novos empreendi-mentos, foram investidos R$ 40,55 mi-lhões. A unidade tem potência instala-da de 330 megavolt-ampéres (MVA). Na Subestação Nova Petrópolis 2 (83 MVA), o investimento foi de R$ 20,6 milhões. Com esses investimentos, a Eletrosul aumenta em mais de 100% a capacida-de da região, que era de 391 MVA.

O prefeito de Caxias do Sul, Alceu Bar-bosa Velho, salientou que a energia é vi-

tal para o município. “A energia elétrica para Caxias do Sul é de fundamental im-portância, porque essa cidade desenvol-ve um ritmo impressionante, com índi-ces semelhantes a países desenvolvidos.”

“As novas unidades mais que dobram a potência instalada para atendimento às cargas demandadas pela RGE para distri-buição aos consumidores finais. Esse im-

eleTrosul nA mÍdiA

10 GERAL

inAugurAção

portante reforço garante mais qualidade e confiabilidade ao sistema elétrico da região”, esclareceu o diretor de Engenha-ria e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio. “O Rio Grande do Sul é um estado que cresce acima da média na-cional, o que torna os investimentos em infraestrutura energética extremamente necessários”, acrescentou o executivo.

O diretor de Engenharia e Operação, Ronaldo Custódio, foi o principal personagem em reportagem publicada, no dia 16 de maio, pelo jornal Valor Econômico. A matéria repercu-tiu a forte demanda por execu-tivos e as novas oportunidades de trabalho no setor de energia eólica. Em visita à Eletrosul, o jornalista Dauro Veras entre-vistou o diretor e abordou seu histórico profissional, intima-mente ligado aos ventos do Sul, além das competências necessárias para o desenvol-vimento de carreira sólida no segmento de energias renová-veis. A reportagem, que contou

com destaque na capa, abriu espaço para imagem especial-mente produzida durante ses-são de fotos na Eletrosul.

Diretor é destaque no mercado eólicoUma equipe de reportagem

da TV alemã Deutsche Welle desembarcou em Santa Cata-rina, no dia 22 de maio, para registrar a evolução dos empre-endimentos da Eletrosul finan-ciados pelo banco de fomento KfW. O repórter Joachim Eggers conversou com o coordenador do Megawatt Solar, Rafael Taka-saki, sobre as obras da primeira usina solar instalada em prédio público no Brasil. Em entrevista à TV alemã, o diretor Financei-ro, Antonio Vituri, destacou a importância dos recursos des-tinados também às PCHs Barra do Rio Chapéu e João Borges. O cinegrafista da Deutsche Welle

esteve ainda na PCH João Bor-ges para registrar imagens da reta final da construção.

tV alemã registra evolução de obras

Page 11: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

A Eletrosul vem adotando, há quatro anos, técnicas inovadoras para aprimorar e tornar mais efetiva a reposição florestal obrigatória na área de influência direta de seus empreen-dimentos de geração hidráulica. O diferencial está no uso da chamada nucleação – meto-dologia que reúne diversas estratégias para favorecer a recuperação ambiental.

Além das técnicas tradicionais de plan-tio de mudas, a nucleação busca a asso-ciação de métodos como a transposição de solo, coleta e dispersão de sementes, criação de refúgios para a fauna, instala-ção de poleiros artificiais e cercamento de áreas, entre outros. “Em conjunto, essas ações permitem a plantas, animais e mi-cro-organismos que formam o ambiente, retomarem naturalmente seu equilíbrio e autossustentabilidade”, esclarece o biólo-go Lamartine Richard Júnior.

Método favorece recuperação de áreas

conjunto de técnicas respeita as bases ecológicas de cada região, sendo mais efetivo no resgate das paisagens

MEIO AMBIENTE 11Eletrosul agora - Junho de 2013

nucleAção

A alternativa pode ter custo menor e se mostra altamente eficaz no resgate das paisagens das áreas degradadas, que pas-sam a apresentar condições ecológicas muito parecidas com o estado original. “A empresa realiza a integração dessas téc-nicas, respeitando as bases ecológicas de cada região”, explica a gerente da Divisão de Engenharia Ambiental da Eletrosul, Marli Carvalho de Araújo.

Desde 2009, a Eletrosul investiu aproxi-madamente R$ 28 milhões em proteção e restauração ambientais. Nesse período, fo-ram recuperados mais de mil hectares de Áreas de Preservação Permanente localiza-das no entorno da Usina Hidrelétrica Passo São João (RS), da Pequena Central Hidrelé-trica Barra do Rio Chapéu (SC), ambas em operação, e da Usina São Domingos (MS), em fase final de implantação.

esPAço dAgesTão AmbienTAl

Não ao desperdício

O Dia Mundial do Meio Ambien-te, comemorado em 5 de junho, evidenciou este ano o tema “Pen-sar, Comer, Conservar – Diga Não ao Desperdício”, levando em conta que o consumo desmedido de ali-mentos causa impactos ambien-tais significativos, decorrentes da exploração não sustentável de re-cursos naturais.

A Eletrosul, reconhecendo a impor-tância de conscientizar os emprega-dos a se engajar na preservação do meio ambiente, promoveu ativida-des que incluíram uma dinâmica sobre o consumo consciente e a exi-bição do filme “Lixo Extraordinário”, que mostrou o trabalho de um artis-ta plástico com um grupo de cata-dores de material reciclável em um dos maiores lixões do mundo, além de uma exposição no hall da sede da empresa, em Florianópolis.

Nos estandes, foram divulgados projetos da Eletrosul, como o Hor-tas Comunitárias e o Megawatt So-lar, e outras iniciativas realizadas em Florianópolis como o Projeto TAMAR, o Reóleo e os Guardiões da Energia, todos alinhados a questões de sustentabilidade ambiental. Além disso, houve comercialização de produtos de uma cooperativa de agricultores ecológicos e exposição de plantas ornamentais, com distri-buição de mudas de temperos para estimular a prática de novos hábi-tos entre os empregados.

Hidrelétrica Passo São João (RS) onde foram utilizadas técnicas de

restauração florestal

Page 12: Jornal Eletrosul Nº 119 - Junho 2013

Creche terá usina solar

A expertise da Eletrosul no seg-mento de geração fotovoltaica levou a empresa a dar apoio técnico a uma ini-ciativa inédita entre os órgãos públicos municipais de Florianópolis: a instalação de uma usina solar em uma creche, que está sendo construída pela prefeitura em bairro próximo à sede da estatal. O projeto considera os recentes avanços regulatórios referentes à integração da microgeração à rede elétrica, que vem incentivando o desenvolvimento de pro-jetos pilotos no País.

A usina ocupará uma área de 434 me-tros quadrados, onde serão instalados 212 painéis fotovoltaicos. A produção de energia, em média 29.150 quilowatt-ho-ra (kWh) por ano, equivale ao consumo anual de cerca de 15 residências. “O siste-ma será interligado à rede elétrica públi-ca, dispensando os bancos de baterias. Se o gerador solar fornecer mais energia do que a necessária para atender a creche, o excesso será injetado na rede local”, ex-plica a arquiteta e urbanista da Secreta-ria Municipal de Educação, Rachel Braga.

O termo de cooperação com a Prefeitu-ra de Florianópolis, firmado em dezem-bro de 2012, prevê o apoio da Eletrosul na elaboração do orçamento, que terá como referência as especificações técni-cas definidas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), auxílio técnico na implantação e comissionamento do sistema de microgeração e de conexão à rede elétrica. “A Eletrosul tem competên-

cia téc-nica própria para utilização dessas tecnolo-gias”, assegurou o gerente do Depar-tamento de Planejamento do Sistema da Eletrosul, Rafael Takasaki Carvalho, citando como exemplo o projeto da Usi-na Megawatt Solar, em implantação na sede da empresa, em Florianópolis.

O custo total da creche, incluindo a usina solar, será de R$ 3,7 milhões, oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundo Nacio-nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da prefeitura. A obra teve iní-cio no mês de maio e a previsão de con-clusão é de 12 meses.

As regras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que in-cluem a microgeração, com até 100 kW de potência, e a minigeração, de 100 kW a 1 megawatt (MW), estão na Resolução nº 482, da Agência Nacio-nal de Energia Elétrica (ANEEL), publi-cada em abril de 2012. A norma cria o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local.

Projeto da Prefeitura de Florianópolis terá consultoria

técnica da eletrosul durante implantação

e na fase de testes de geração

e conexão à rede

12 ESPECIAL

gerAção disTribuÍdA