Junho 2014 | Ano XX | Nº130

Pág. 8

Novoscaminhõesnas regionais

seguraNça

Pág. 9

Banco KfW repassará mais € 60 milhões

INVesTIMeNTO

Pág. 8

sOCIaL

Município ganha unidade de saúde

Pág. 11

Área de usina vira horto florestal

susTeNTaBILIDaDe

Págs. 6 e 7

Usina Megawatt Solar

Pioneirismo e estímuloà expansão da fonte

Da mesma forma como se preparou para a inserção da energia eólica na matriz elétrica brasileira, a Eletrosul deu um passo decisivo para ser um importante player no mercado de energia solar. A empresa inaugurou a Usina Megawatt Solar – a maior da América Latina incor-

porada a um edifício – materializando o conhecimento técnico em geração foto-voltaica, que vem acumulando há mais de uma década. O pioneirismo e a visão de futuro dos gestores da Eletrosul com esse projeto são o tema da matéria espe-cial desta edição. Boa leitura!

EXPEDIENTE

2 EDitOriAL

Investindo na energia do futuro

Planta Piloto Solar concluída em fevereiro de 2009, no estacionamento

em frente à sede da Eletrosul, com objetivo de prospectar resultados

para o projeto Megawatt Solar e adquirir experiência e conhecimento.

Foi o marco inicial do projeto.

A produção de energia elétrica, da ordem de 14,27 MWh de energia elétrica por ano, equivalente ao consumo de 6,4 residências, atende parte da demanda do edifício-sede.

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vittori

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis rezende CabralLaércio FariaLuiz ricardo Machadoronaldo Bauer Lessarubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sandra da Silva Peressperes@eletrosul.gov.br

Coordenação

Jonatas Andradejonatas.silva@eletrosul.gov.br

Edição

Andréa Lombardoandrea.lombardo@eletrosul.gov.br

Jonatas Andradejonatas.silva@eletrosul.gov.br

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del Pozzo

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Anísio BorgesArquivo CHtPArquivo Construtora integraçãoArquivo Costa Oeste transmissoraArquivo Eólicas do SulArquivo ESBrArquivo Marumbi transmissoraArquivo tSBEArquivo tSLEHenrique PereiraHermínio NunesNelio Catharina Pinto

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação integrada

Tiragem 2.000 exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

COPa 2014

DEStAQUE 3Eletrosul agora - Junho 2014

Investindo na energia do futuro Operação especial

Os sistemas elétrico e de telecom para aten-der o suprimento de energia aos estádios e permitir a transmissão em alta definição dos jogos da Copa do Mundo no Brasil foram es-truturados de forma a superar os padrões de qualidade exigidos pela Federação interna-cional de Futebol (FiFA). Além disso, seguin-do orientação técnica do Operador Nacional do Sistema (ONS), as concessionárias do se-tor elétrico organizaram esquemas especiais de operação nos dias de jogos. A intenção é garantir o funcionamento do sistema nos mesmos níveis de qualidade de um dia nor-

mal, considerando as oscilações de consumo antes, durante e depois das partidas.

Na Eletrosul, o esquema especial de ope-ração envolve plantões de 24 horas nas su-bestações de Curitiba, Canoinhas, Joinville, quando os jogos acontecem na capital para-naense, e nas subestações Caxias do Sul, itá, Machadinho, Charqueadas e Gravataí, nas disputas na capital gaúcha. Em Florianópo-lis, onde fica sediado o Centro de Operação do Sistema Elétrico da Eletrosul (Cose), além da rotina normal de trabalho, que já é em

regime ininterrupto, equipes de telecomu-nicação e manutenção de instalações dão suporte no plantão nos dias de jogos da Sele-ção Brasileira. O mesmo acontece em outras nove subestações consideradas estratégicas pelo ONS.

Antes do início da Copa, empregados da Eletrosul participaram de simulações de ocorrências e recomposição do sistema elé-trico, promovidas pelo ONS, abrangendo um total de 120 instalações do Paraná, Santa Ca-tarina e rio Grande do Sul.

equipes fazem plantões de 24 horas em subestações consideradas estratégicas e contam com suporte de telecom e manutenção

TelecomProfissionais de telecomunicações da Eletrosul

também fazem parte das equipes de plantão na sede da empresa, em Florianópolis, e em outras oito subestações, em dias de jogo. Parte da estru-tura de telecom da Eletrosul, que inclui 1,6 mil quilômetros de cabos ópticos, é responsável pela transmissão simultânea em alta definição, via tV e internet, de todos os jogos da Copa do Mundo de

2014 disputados no Estádio Beira-rio, em Por-to Alegre, e na Arena da Baixada, em Curitiba. São quatro canais de 10 gigabits por segundo (Gbps), por onde são transmitidas as imagens geradas pela FiFA e repassadas às emissoras do mundo todo. Esse sistema é resultante da par-ceria técnica, operacional e comercial entre a Eletrosul e telebras.

h

CANtEirO DE OBrAS

JuNHO De 2014

4

aMPLIaçÃO DO COMPLeXO eÓLICO CerrO CHaTO

Os primeiros oito aerogeradores, do total de 12, do Parque VI já estão montados mecanicamente. Na foto, o aerogerador 7 já montado e os aerogeradores 10, 11 e 12 sendo erguidos.

uHe TeLes PIres

Descida, no poço da casa de força, do primeiro dos cinco rotores de turbina que vão compor o sistema de geração de energia elétrica do empreendimento. Segun-do informações do fornecedor, a peça de 290 toneladas, 5,30 metros de altura e 8,8 metros de diâmetro é a maior já produzida para usinas na América Latina. Com o início da montagem da unidade geradora, a obra atinge a marca de 85,59% de avanço físico.

Torres de 525 kV, entre Cristal e Camaquã, já re-visadas e aguardando o lançamento de cabos.

LT suL LITOrÂNea LT suL BrasILeIra

78MW

Capacidade de atendimento:

447.000 habitantes

RS

N

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RS

Alagamento impossibilita aces-so à torre de transmissão de 500 kV próximo a UHE Itá. Equipes de campo trabalharam inten-samente para superar adversi-dades provocadas pelas chuvas no Oeste catarinense e gaúcho e garantir a energização da linha de transmissão de 500 kV entre Itá e Nova Santa Rita.

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RS

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

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CANtEirO DE OBrASEletrosul agora - Junho 2014

CaNTeIrO De OBras5

se CurITIBa LesTe

LINHÃO DO MaDeIra - CIrCuITO 2

uHe JIrau

Concluídas as mon-tagens eletromecâ-nicas das torres da LT 525 kV da Inter-ligação Brasil-Uru-guai. Em andamen-to o lançamento dos cabos condutores.

A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) concluiu a iluminação de parte da UHE Jirau, no trecho localizado entre a Ilha do Pa-dre e a casa de força da margem esquerda, acesso terrestre definitivo e único para a casa de força da margem direita. No total, 42 postes de aço e 42 lâmpadas de 250 watts foram instalados.

Montagem com guindas-te de torre localizada no município de Candeias do Jamari, em Rondônia.

Com a concretagem e reaterro da base do aerogerador 6 do Parque V, todas as bases dos 129 aero-geradores foram concluídas e as obras civis finalizadas. Aproxi-madamente 100 aerogeradores estão com a montagem mecânica concluída.

Torre autoportante de 525 kV, em São José dos Pinhais, na Região Me-tropolitana de Curitiba. Linha vai interligar SE Curitiba Leste com a SE Curitiba.

ParQue eÓLICO gerIBaTu

INTerLIgaçÃO BrasIL – uruguaI sIsTeMa De TraNsMIssÃO COsTa OesTe

258MW

Capacidade de atendimento:

1.600.000 habitantes

RS

N

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo,

com 2.412 Km de extensãoN

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantes

RO

N

672MVA

Capacidade de atendimento:

900.000 habitantesN

Curitiba

+LT 525 kVExtensão: 29,4km

525 kV

230 kV

60 km em 525 kV3 km em 230 kV

SE Candiota:525/230 kV

672 MVA

SE Umuarama Sul está em fase de final de comissiona-mento, com previsão de ener-gização para final de julho.

300MVA

Capacidade de atendimento:

400.000 habitantes

N

Umuarama

Na vanguarda da geração solarPIONeIrIsMO

6 ESPECiAL

sede foi transformada em complexo fotovoltaico com capacidade de gerar energia para atender ao consumo de 540 residências

reafirmando sua posição de vanguarda no incentivo ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, a Eletrosul trans-formou sua sede administrativa, em Floria-nópolis (SC), em um complexo de geração fotovoltaica – o maior da América Latina integrado a um edifício. A Usina Megawatt Solar (1 MWp), que produz energia suficiente para atender ao consumo de aproximada-mente 540 residências, foi entregue oficial-mente pela Diretoria da Eletrosul, no dia 27 de junho, em cerimônia que reuniu empre-gados, autoridades e comunidade local. Há mais de uma década, a estatal vem acumu-lando conhecimento na área, que agora se concretiza em uma planta de produção de energia e vitrine tecnológica para o setor elé-trico brasileiro.

O Projeto Megawatt Solar contou com a importante parceria do governo da Alema-nha, país que detém um terço do mercado global de energia solar e responde por qua-se metade da geração fotovoltaica da Euro-pa. A parceria se deu por meio do banco de fomento alemão KfW, que financiou o em-preendimento – o investimento total foi de r$ 9,5 milhões –, e do apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für inter-nationale Zusammenarbeit (GiZ) GmbH.

“O Brasil tem um potencial enorme para geração de energia a partir do sol. Projetos

como o Megawatt Solar, certamente, servi-rão de estímulo para que iniciativas seme-lhantes se multipliquem pelo País”, destacou o diretor do KfW para América Latina, André Ahlert. A Universidade Federal de Santa Ca-tarina (UFSC) e o instituto para o Desenvolvi-mento de Energias Alternativas na América Latina (ideal) também participaram da con-cepção e viabilização da usina.

A primeira conselheira da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixa-da da Alemanha, Kordula Mehlhart, entende que empresas, como a Eletrosul, têm um pa-pel decisivo na expansão da matriz energéti-ca brasileira a partir de fontes não poluentes. “A proteção climática global constitui obje-tivo fundamental da cooperação para o de-senvolvimento sustentável. E o Projeto Me-gawatt Solar é um exemplo concreto disso”, acrescentou.

Para o presidente da Eletrosul, Eurides Mes-colotto, assim como no segmento eólico, a empresa conseguiu se antecipar à tendência de inserção da fonte solar na matriz elétrica brasileira. “Estamos atentos e alinhados às diretrizes do País pela diversificação e com-plementaridade da matriz energética com o uso sustentável de fontes alternativas. A Ele-trosul é a maior empreendedora em energia eólica no Sul e quer se firmar como referên-cia, também, em energia solar”, afirmou.

Potência instalada: 1 megawatt-picoCapacidade de geração: 1,2 gigawatts-hora anoQuantidade de módulos fotovoltaicos: 1.836 na cobertura do edifício 2.308 nos estacionamentosÁrea total: 8,3 mil metros quadrados

USINA MEGAWATT SOLAR

Na vanguarda da geração solarESPECiAL 7Eletrosul agora - Junho 2014

Uma das peculiaridades da Usina Mega-watt Solar é que, além de gerar energia, ser-virá como base para estudos, que permitirão ao País avançar em tecnologia e na viabili-dade econômico-financeira da geração foto-voltaica. O complexo de geração solar agre-ga pequenas plantas experimentais, que se destinarão a estudos técnicos e acadêmico--científicos das tecnologias existentes, e sua eficiência na captação da radiação solar.

Essas pesquisas atendem à chamada da

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para projetos de Pesquisa e Desenvolvimen-to (P&D) em geração fotovoltaica. “O Brasil está no caminho certo, de estimular a pes-quisa em energia solar, até para desenvolver uma indústria própria e aproveitar esse mer-cado na sua plenitude, não só na exploração da fonte, mas a exploração da indústria as-sociada à fonte”, avaliou o diretor de Enge-nharia e Operação da Eletrosul, ronaldo dos Santos Custódio.

Energia do futuro

O espetáculo “Dedicar Energia à Energia”, da companhia italia-na Studio Fest, também marcou a inauguração da primeira usina solar da Eletrosul – momento his-tórico que foi compartilhado com a população da Grande Florianó-polis. Mais de mil pessoas assisti-ram ao espetáculo. A apresentação no formato de teatro ao ar livre reuniu mais de 20 artistas e baila-rinos, em performances de dança, acrobacias aéreas e projeções de imagens sobre um telão d’água com o intuito de estimular o públi-co a refletir sobre a importância da energia e a crescente necessidade de se buscar alternativas susten-táveis de desenvolvimento econô-mico.

Momento histórico

Potência instalada: 1 megawatt-picoCapacidade de geração: 1,2 gigawatts-hora anoQuantidade de módulos fotovoltaicos: 1.836 na cobertura do edifício 2.308 nos estacionamentosÁrea total: 8,3 mil metros quadrados

A Eletrosul é a maior empreendedora em energia eólica no Sul e quer se firmar como referência, também, em energia solar.

Com investimento de r$ 1,6 milhão, a Eletro-sul adquiriu seis caminhões equipados com plataformas, atendendo a necessidade de suas regionais de dispor de aparatos modernos para os serviços de manutenção das instalações de transmissão da empresa, como subestações e linhas. Os veículos serão destinados às divisões regionais do rio Grande do Sul, Santa Catarina, Oeste (de Santa Catarina), Paraná, Mato Grosso do Sul e rondônia.

As plataformas atingem até 17 metros de al-tura, sendo possível dar suporte à realização de mais de 90% dos trabalhos de manutenção da Eletrosul. O equipamento tem duplo coman-do, no caminhão e na plataforma, que dispõe de espaço para dois trabalhadores e para as

ferramentas necessárias às atividades de ma-nutenção e atende às exigências da Norma regulamentadora 18, do Ministério do traba-lho e Emprego, no que se refere ao trabalho em altura em plataformas. Dois empregados de manutenção de cada regional realizaram trei-namento com os novos equipamentos.

A Diretoria Executiva da Eletrosul fez a en-trega dos caminhões no início de junho, na Di-visão regional de Santa Catarina, em São José, na Grande Florianópolis. “Esses veículos serão importantes para os trabalhos de manutenção, mas principalmente para reforçar a segurança dos nossos trabalhadores”, destacou o presi-dente Eurides Mescolotto.

8 GErAL

Novos equipamentosseguraNça NO TraBaLHO

Atenção à saúdeComo contrapartida social à implanta-

ção de seu primeiro empreendimento de geração no Mato Grosso do Sul, a Usina Hidrelétrica São Domingos, a Eletrosul está construindo em Água Clara, a pri-meira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Orçado em r$ 3,3 milhões, o empreendimento vai ofere-cer atendimento a situações que exijam atenção médica intermediária, evitando que os pacientes sejam encaminhados a prontos-socorros e melhorando o acesso da população aos serviços de saúde.

Com mais de mil metros quadrados de área construída, a estrutura irá funcionar em tempo integral (24 horas), atendendo a casos de urgência e emergência. A UPA terá salas de classificação de risco, labo-ratório de exames, atendimento social, salas de observação masculina, feminina e pediátrica, posto de enfermagem, sala de emergência para atendimento de poli-traumatismo e paradas cardíacas. Confor-me a gravidade do estado do paciente, ele será encaminhado para a atenção básica ou hospital.

As obras tiveram início em maio e a previsão é que sejam concluídas em agos-to de 2015. Anexo à UPA, a Prefeitura de Água Clara vai construir o novo hospital do município, cujos projetos de engenha-ria e arquitetura também foram financia-dos pela Eletrosul. O hospital atenderá a cirurgias de baixa complexidade, partos normais e cesarianas. Somando as duas unidades, o complexo terá 1,8 mil metros quadrados de área e investimentos supe-riores a r$ 5 milhões. O município, dis-tante 200 quilômetros de Campo Grande, tem aproximadamente 70 mil habitantes.

recursos serão aplicados na construção de uma nova PCH na região serrana de santa Catarina

Eletrosul agora - Junho 2014

INVesTIMeNTO

GErAL 9

KfW financiará € 60 milhõesO banco de fomento alemão KfW

Bankengruppe anunciou financiamento de € 60 milhões para um novo empreen-dimento de geração da Eletrosul em Santa Catarina: a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santo Cristo. A usina será constru-ída entre os municípios de Lages e Capão Alto, e terá capacidade instalada de 19,5 MW, podendo abastecer aproximada-mente 143 mil habitantes. As obras se-rão iniciadas no segundo semestre deste ano, com previsão de operação em 2016, complementando os projetos de aprovei-tamento hidráulico na região serrana do Estado.

A nova parceria com o KfW está no âm-bito da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável. “A Eletro-sul trata das questões ambientais e técni-

cas com muito profissionalismo e é uma empresa inovadora no que diz respeito às tecnologias de energia limpa. Essa é uma das razões de apoiarmos a implantação de PCHs. Acreditamos que seja uma boa al-ternativa de contribuir com a segurança energética do País, com impacto ambien-tal bastante reduzido”, avaliou o gerente de projetos principal do Setor Financeiro e Energia do KfW na América Latina e Cari-be, Karim ould Chih.

No início deste ano, o KfW já havia anunciado outro financiamento no valor de € 100 milhões para projetos de geração eólica e solar fotovoltaica liderados pela Eletrosul. A previsão é que, desse total, aproximadamente € 66 milhões sejam destinados à segunda ampliação do Com-plexo Eólico Cerro Chato, em Sant’Ana do

Livramento (rS), onde serão implantadas mais três usinas com capacidade de 48 MW. O empreendimento tem outros 168 MW em operação e implantação. Os recur-sos são provenientes do Programa Aberto – uma das iniciativas previstas pelo Mi-nistério de Cooperação e Desenvolvimen-to Econômico da Alemanha (BMZ).

O KfW tem sido um importante parceiro da Eletrosul na concretização de projetos de geração de energia renovável e alterna-tiva, como é o caso do Megawatt Solar, em Florianópolis, e das PCHs João Borges (19 MW) e Barra do rio Chapéu (15,15 MW), no interior de Santa Catarina, todos já em operação. Os contratos entre KfW e Eletro-sul para esses empreendimentos soma-ram aproximadamente € 65,4 milhões.

10 rESPONSABiLiDADE SOCiAL

Novas perspectivas de mercado

FOMeNTO À PrODuçÃO

sobra da safra de tomates é transformada em subprodutoscom valor agregado, em projeto apoiado pela eletrobras e eletrosul, no Paraná

Agricultores do município de Braganey, na região Oeste do Paraná, estão trans-formando o que sobra da produção de tomate e não é comercializado in natura em subprodutos com valor agregado que, além de evitar o desperdício, reforçam a renda de 17 famílias da comunidade ru-ral. No Centro Comunitário de Produção (CCP) Sabores do tomate, viabilizado pela Eletrosul e equipado pela Eletrobras, são produzidos e comercializados 15 itens, como pães, massas e bolos, e até produtos inusitados, como salgadinhos, bombons, geleias e balas de tomate. O projeto con-ta também com o apoio da Universidade tecnológica do Paraná (UtFPr), da Fun-dação Araucária de Apoio ao Desenvolvi-mento Científico e tecnológico e da pre-feitura municipal.

Um grupo de nove mulheres trabalha no CCP. Além da comercialização, por meio dos programas federais de Aquisição de Alimentos (PAA) e Nacional de Alimenta-ção Escolar (Pnae), que fornecem alimen-tos a instituições sociais e educacionais do município, alguns produtos também são vendidos em feiras e comércio da re-gião. O esforço rende cerca de r$ 500,00

a cada uma das envolvidas na produção.

Segundo o presidente da Associação de Produtores de tomate de Braganey, José Donizete Bini, antes da cozinha ser im-plantada, 15% da plantação de tomate na região eram descartados. Embora fossem produtos saudáveis, eles não tinham via-bilidade comercial por serem disformes ou apresentarem pequenas avarias.

A ideia da cozinha surgiu em 2007, a partir de um trabalho de conclusão de curso de uma estudante de Nutrição da UtFPr de toledo, município a cerca de 90 km de Braganey. As mulheres que atuam hoje na cozinha receberam cursos de hi-giene e manipulação dos alimentos e de produção nos equipamentos viabiliza-dos pela Eletrobras. As receitas dos novos produtos foram desenvolvidas em parce-ria entre os integrantes da associação e a universidade. O CCP funciona em uma casa cedida pela prefeitura.

Agora, a meta é que os produtos do CCP Sabores do tomate, que incluem outras variedades de conservas, sejam comer-cializados em grandes supermercados. Os itens já contam com as certificações

necessárias e identificação por código de barras. Os produtos Sabores do toma-te são conhecidos em toda a região e os associados realizam exposições, inclusive em outros estados. O espaço também já recebeu uma comitiva de alemães, que veio com o objetivo de estudar a viabili-dade de exportar os produtos para aquele país.

SUStENtABiLiDADE 11Eletrosul agora - Junho 2014

PreserVaçÃO DO VerDe

Mudas produzidas serão plantadas na Área de Preservação Permanente do reservatório

esPaçO Da gesTÃO aMBIeNTaLÁrea de usina

vira horto Com o tema “Conscientizar para Preser-var”, a Eletrosul realizou para empregados e familiares, com foco nas crianças, diversas atividades durante a Semana de Meio Am-biente em sua sede, em Florianópolis. Com a parceria de outras instituições, foram re-alizadas duas mostras: uma fotográfica, da Estação Ecológica de Carijós, do iCMBio, que trouxe a diversidade de fauna e flora, e outra dos animais da Mata Atlântica, confecciona-dos artesanalmente, em papel.

Foram realizadas ainda exposições como das tartarugas marinhas do Projeto tAMAr, das hortas comunitárias apoiadas pela Ele-trosul, do relógio do Corpo da Unisul, cons-truído a partir do conhecimento indígena da medicina natural, e do material proveniente de um sítio arqueológico encontrado durante a implantação da PCH Barra do rio Chapéu.

O instituto Larus trouxe a palestra “O mar no contexto da educação ambiental”, em que foi destacado o papel da mídia na divulgação das pesquisas realizadas sobre a biodiversi-dade marinha. Na continuidade, foi realiza-do um teatro de sensibilização sobre a im-portância da reciclagem dos resíduos sólidos e uma oficina de educação ambiental, com orientação de educadores da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap). Crian-ças confeccionaram a bandeira do Brasil, uti-lizando materiais recicláveis separados pelos próprios empregados em suas residências.

Finalizando a programação, houve uma sessão de cinema com a apresentação do fil-me Lorax, que tem um forte apelo ambiental, e distribuição de mudas de temperos a todos os empregados e contratados.

De várias formas, a programação reali-zada traduziu a importância de enfatizar a educação ambiental como ferramenta para conscientização dos diversos segmentos da nossa sociedade, partindo do pressuposto que somente por meio do conhecimento é possível formar cidadãos conscientes, em pleno exercício da sua cidadania.

Um horto florestal composto por mais de 5 mil mudas nativas de 20 es-pécies típicas da região missioneira do rio Grande do Sul foi implantado pela Eletrosul na Usina Hidrelétrica Passo São João (77 MW), em roque Gonzales. Quando as mudas alcançarem o tama-nho ideal, poderão ser plantadas na Área de Preservação Permanente (APP) do reservatório ou utilizadas em outros projetos ambientais.

O viveiro ocupa uma área de 200 me-tros quadrados, anteriormente utilizada pelo escritório central construtor da usi-na. Após a desmobilização do canteiro de obras, o local foi destinado ao horto florestal. “A implantação do viveiro foi ganhando forma aos poucos com a co-laboração de empregados da usina e prestadores de serviço. Avaliamos po-sitivamente essa iniciativa, pois temos várias ações ambientais. Essa é mais uma maneira de contribuirmos com perpetuação dessas espécies na região e de investirmos na flora local”, destacou o idealizador do horto, Alexandre Pilon Licht, gerente do Centro regional de Ma-nutenção e Apoio à Operação da Usina.

Entre as espécies cultivadas no vivei-ro estão: açoita cavalo, angico branco e vermelho, aroeira, cobrina, canafístula, guajuvira, pau-ferro, rabo de bugio, ta-rumã branco, timbaúva e timbó. Para o desenvolvimento adequado das mudas, que deverão ser plantadas no final do inverno, o horto possui proteção solar, sistema de irrigação por microaspersão, canteiros móveis e pequenos tubos para abrigar as mudas.

Para marcar o Dia do Meio Ambiente, a empresa promoveu o Seminário Ambien-tal dos Municípios Abrangidos pela Usina Hidrelétrica Passo São João. Este ano, em sua 2ª edição, o evento ocorreu no muni-cípio de Dezesseis de Novembro e reuniu mais de 450 participantes, entre estudan-tes, professores, produtores rurais e am-bientalistas. Paralelamente ao seminá-rio, foi realizada a 2ª Mostra regional de Ações Ambientais, que divulgou progra-mas desenvolvidos pela Eletrosul e produ-tos artesanais confeccionados por escolas, entidades e artesãos locais.

Conscientizar para Preservar

Seminário Ambiental

Mostra que envolve a exibição gratuita de longas e curtas-metragens, oficinas de interpretação e teatro tem apoio da eletrosul

12 CULtUrA

A 13ª Mostra de Cinema infantil de Flo-rianópolis, realizada entre 31 de maio e 10 de junho com apoio da Eletrosul, por meio da Lei rouanet, teve recorde de público este ano. Cerca de 18 mil pessoas partici-param do evento, que envolveu a exibição gratuita de filmes e debates sobre educa-ção e cultura. Além de estimular nas crian-ças o gosto pela arte do cinema, a mostra se propõe a incentivar a produção audiovi-sual brasileira voltada ao público infantil.

Nesta edição da mostra, foram exibi-dos 64 curtas-metragens e sete longas premiados em festivais nacionais e in-ternacionais. A produção catarinense Mi-nhocas, primeira animação brasileira em stop motion, e o uruguaio Anina, com du-blagem feita ao vivo, foram os principais destaques. Erros, de rodrigo Soldado, foi eleito o melhor filme segundo o júri oficial e O Balãozinho Azul, de Fauston da Silva, o preferido do público infantil.

Cada um dos escolhidos recebeu um prêmio no valor de r$ 10 mil reais da tV Brasil e um troféu. Além da mostra com-petitiva, a programação contou com apre-sentação de artistas catarinenses, oficinas de interpretação, teatro, bate-papo com atores e diretores, sala de leitura e brin-quedoteca.

A principal inovação neste ano foi a mostra itinerante de filmes em escolas e empresas da Grande Florianópolis, com o objetivo de facilitar o acesso das crianças à programação. A versão itinerante envol-veu mais de 7,2 mil alunos de 11 escolas das redes pública e privada de ensino. Por meio de parceria entre a Associação dos Empregados da Eletrosul (Elase) e o Gru-po de trabalho Comunitário Catarinense (GtCC), aproximadamente 120 crianças participaram da mostra itinerante no au-ditório da sede da Eletrosul.

Estímulo à produção nacional

CINeMa INFaNTIL

também integra a programação do festi-val, o circuito estadual de exibição de filmes, que passa por outros 161 municípios catari-nenses durante o ano. Desde 2002, quando foi criada pela diretora e roteirista Luiza Lins, a mostra já exibiu 636 curtas e 70 longas, atin-gindo um público superior a 500 mil pessoas.