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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio ll No maior mercado atacadis- ta da América Latina a ponkan ain- da é a preferida dos compradores e responde por 47% do volume to- tal de tangerinas comercializadas em 2013. Pesquisa feita pelo Cen- tro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp revela aumento na entrada da fruta no entreposto, mas diminui- ção da produção nacional. Somente no ano passado, os atacadistas re- ceberam 133 mil toneladas de me- xericas e tangerinas no Entrepos- to Terminal São Paulo. As versões importadas já representam 2,38% das vendas e São Paulo é o esta- do que oferece maior oferta. Regi- ões mais frias e menos demandadas pelas lavouras de cana-de-açúcar, como Sorocaba e Bragança Paulis- ta, têm registrado aumento na pro- dução. Confira nesta edição o es- tudo na íntegra, a história da tange- rina dekopon e as variedades cítri- cas comerciais. Pág 6 a 11 Junho de 2014 ANO 15 - Nº 169 Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva ll Projeto abrange seis trechos específicos nos 17km que ligarão o entreposto ao parque Pág 22 MOBILIDADE Começaram as obras da ciclovia Ceagesp- Ibirapuera SOFTWARE Tecnologia da informação invade os campos agrícolas do Brasil ECONOMIA IBGE: agropecuária cresce 3,6% no primeiro semestre de 2014 Pág 20 Pág 21 Estudo apresenta panorama da tangerina na Ceagesp /JornalEntreposto

Jornal Entreposto | Junho de 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Junho de 2014

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

llNo maior mercado atacadis-ta da América Latina a ponkan ain-da é a preferida dos compradores e responde por 47% do volume to-tal de tangerinas comercializadas em 2013. Pesquisa feita pelo Cen-tro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp revela aumento na entrada da fruta no entreposto, mas diminui-ção da produção nacional. Somente no ano passado, os atacadistas re-ceberam 133 mil toneladas de me-xericas e tangerinas no Entrepos-to Terminal São Paulo. As versões importadas já representam 2,38% das vendas e São Paulo é o esta-do que oferece maior oferta. Regi-ões mais frias e menos demandadas pelas lavouras de cana-de-açúcar, como Sorocaba e Bragança Paulis-ta, têm registrado aumento na pro-dução. Confira nesta edição o es-tudo na íntegra, a história da tange-rina dekopon e as variedades cítri-cas comerciais. Pág 6 a 11

Junho de 2014 ANO 15 - Nº 169

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

ll Projeto abrange seis trechos específicos nos 17km que ligarão o entreposto ao parque Pág 22

MOBILIDADEComeçaram as obras da ciclovia Ceagesp-Ibirapuera

SOFTWARE

Tecnologia da informação invade os campos agrícolasdo Brasil

ECONOMIA

IBGE: agropecuária cresce 3,6% no primeiro semestre de 2014 Pág 20 Pág 21

Estudo apresenta panorama da tangerina na Ceagesp

/JornalEntreposto

Page 2: Jornal Entreposto | Junho de 2014

DESCUBRA QUEM QUER DE VOCÊ. COMPRAR

Há muito tempo um ditado popular diz: “anunciar é a alma do negócio”. Outro, “quem não é visto não é lembrado”. A comunicação se vale de vários meios, formas e veículos diferentes. O Anuário Entreposto é um desses.

O Anuário Entreposto é o meio mais tradicional e seguro de divulgação do mercado de abastecimento com uma forma física compacta, facilmente identificável e que condensa em suas páginas – de maneira simples, objetiva e direta – os fornecedores de produtos hortifrutícolas, proporcionando a pesquisa de mercado que o consultor necessita e/ou procura.

ESTEJA ENTRE OS MELHORESE OS MAIS LEMBRADOS

NÃO FIQUE DE FORA, ATENDA NOSSO REPRESENTANTEOU SOLICITE AGORA MESMO UMA VISITA.

11 3832.5681

http://bit.ly/1pahK6P

2 Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Page 3: Jornal Entreposto | Junho de 2014

DESCUBRA QUEM QUER DE VOCÊ. COMPRAR

Há muito tempo um ditado popular diz: “anunciar é a alma do negócio”. Outro, “quem não é visto não é lembrado”. A comunicação se vale de vários meios, formas e veículos diferentes. O Anuário Entreposto é um desses.

O Anuário Entreposto é o meio mais tradicional e seguro de divulgação do mercado de abastecimento com uma forma física compacta, facilmente identificável e que condensa em suas páginas – de maneira simples, objetiva e direta – os fornecedores de produtos hortifrutícolas, proporcionando a pesquisa de mercado que o consultor necessita e/ou procura.

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3Junho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Page 4: Jornal Entreposto | Junho de 2014

4 ÍNDICE Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

FRACA - Pouca oferta na comercia l i zação dos produtos no mercado. Tendência de a l ta nos preços .

REGULAR - Oferta equi l ibrada dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência os preços estáveis .FORTE - Boa oferta dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência de ba ixa nos preços .

FRUTASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MFE-A

MFE-B/C

HF’S

6h às 20h 6h às 21h 6h às 20h

6h às 21h 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

6h às 20h

VERDURASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MLP 6h às 21h 12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

ABÓBORASPavilhão 2ª à Sábado

MSC 8h às 20h

Pavilhão 2ª à 6ª feira Sábado

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS

6h às 17h6h às 20hBP’s

PESCADOSPavilhão 3ª à Sábado

Pátio da Sardinha 2h às 6h

Pavilhão 2ª à 5ª feira 3ª e 6ª feira

FLORES

5h às 10h30MLP

2h às 14hPraça da Batata

Pavilhão 2ª à 5ª feira 6ª feira Sábado

AP’s 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

LEGUMES

FRUTAS JUN JUL

ABACATE

KIWI

PINHA

BANANA-CATURRA

BANANA-PRATA

BANANA-MAÇÃ

CAQUI

COCO

FIGO

MORANGO

NÊSPERA

PÊRA

PINHÃO

LIMA LIMA PÉRSIA

TANGERIN.PONKAN

MIMOSA/MEXERICA

MAÇÃ IMPORTADA

KIWI IMPORTADA

PERA IMPORTADA

UVA IMPORTADA

HORTALIÇAS TUBEROSAS JUN JUL

BATATA-DOCE

BATATA-SALSA

CARÁ

CEBOLA

CENOURA

GENGIBRE

INHAME/TAIÁ

MANDIOCA/AIPIM

NABO

CEBOLA IMPORTADA

HORTALIÇAS FRUTOS JUN JUL

ABÓBORA SECA

ABÓBORA HOKAIDO

ALHO PORÓ

JILÓ

MAXIXE

PIMENTA

PIMENTÃO VERMELHO

TOMATE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS JUN JUL

ALMEIRÃO

AGRIÃO

COUVE-BRÓCOLO

CHEIRO-VERDE

COUVE-MANTEIGA

COUVE-FLOR

COUVE-CHINESA

COUVE-RABANA

ESPINAFRE

MOSTARDA

MOYASHI

REPOLHO

RÚCULA

BROTO BAMBU

RADITE

SAZONALIDADEFRACA REGULAR FORTE

Indicador de boa oferta dos produtos comercializadosno mercado. Tendência de baixa nos preços.

#12#12

#12

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo – Página 16Romances famosos disponíveis no Entreposto do Livro – Página 17Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014 – Página 18Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros – Página 19 Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic – Página 20

LEIA TAMBÉM...

#12

Diretora GeralSelma Rodrigues Tucunduva

Diretor ComercialJosé Felipe Gorinelli

Jornalista ResponsávelMaria Ângela Ramos

MTb 19.848

EdiçãoPaulo Fernando Costa /

Carolina de Scicco/Letícia Doriguelo Benetti /

Paulo Cesar Rodrigues

Editoração /ArtesLetícia Doriguelo Benetti

Projeto GráficoPaulo Cesar Rodrigues

Web MasterMichelly Vasconcellos

ColaboradoresAnita Gutierrez e Manelão

Periodicidade: Mensal

Distribuição: Gratuita

RedaçãoAv. Dr. Gastão Vidigal, 1946

Edsed II - loja 14ACEP 05314-000

Tel.: 11 3831.4875

[email protected]

Os artigos e matérias assinadas não refletem,

necessariamente, o pensamento da direção deste

jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os

subscrevem.

#18

#17Romances

famosos disponíveis no Entreposto do

Livro

#19Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola

no mundo #16

Novas hortaliças e agricultura sustentável

na Hortitec 2014

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic

#20

Galeria de Fotos Femetran

Mercedes-Benz aprimora

Page 5: Jornal Entreposto | Junho de 2014

5Junho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

MOSTRE SUA CARA CAMINHONEIRO.

/JornalEntreposto

CONCURSO “ ”O CAMINHONEIRO COM A CARA DA CEAGESP

O ESCOLHIDO PELA VOTAÇÃO PÚBLICA PODERÁ RETIRAR UM KIT DA SELEÇÃO NA REDAÇÃO DO JORNAL ENTREPOSTO

Para comemorar o Dia dos Caminhoneiros no próximo dia 30 de Junho, o Jornal Entreposto lançou esta promoção para presentar o candidato escolhido pela votação pública.

Para participar e votar basta acessar nossa FanPage no Facebook.

facebook.com/JornalEntreposto

TÉRMINO DO CONCURSO

30/06CONCURSO EXCLUSIVO PARA CONDUTORESDE VEÍCULOS UTILITÁRIOS E CAMINHÕES,CONSULTAR REGULAMENTO NA PÁGINA DAINTERNET

Page 6: Jornal Entreposto | Junho de 2014

6 QUALIDADE Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llO SIEM - Sistema de Informa-ção e Estatísticas de Mercado da SEDES - Seção de Economia e De-senvolvimento da Ceagesp é abas-tecido por informações das notas fiscais coletadas na portaria. Aqui estão algumas informações conso-lidadas a partir das informações do SIEM:

Atacadistas na Ceagesp paulistana

• Duzentos e cinquenta e seis atacadistas receberam 133.000 to-neladas de tangerina no ETSP - En-treposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, em 2013.

• A comercialização de tange-rina está concentrada nos 16 pri-meiros atacadistas, que receberam 51% do volume total. Cinquenta e dois atacadistas respondem por 80% do volume. O primeiro rece-beu 10% do volume total, os cin-co primeiros 29% e os dez primei-ros 41%.

• A comercialização de tange-rina cravo responde por 5% do vo-lume total de tangerina e está mui-to mais concentrada. Ela é comer-cializada por 49 atacadistas, sen-do que os dois maiores respondem por 51% do volume, os cinco pri-meiros por 71% e os dez primeiros por 86%.

• A tangerina importada já res-ponde por 2,38% do volume total. Ela é comercializada por 28 ataca-distas sendo que o primeiro respon-depor 16%, os cinco primeiros por 62% e os dez primeiros por 88%.

• A tangerina murcote respon-de por 31% do volume e é comer-cializada por 120 atacadistas. Os dois primeiros atacadistas respon-dem por 36% do volume, os cinco primeiros 65%, os dez primeiros por 68%. Dezoito atacadistas respon-dem por 80% do volume de tange-rina murcote.

• A tangerina poncã responde por 47% do volume e é comerciali-zada por 187 atacadistas. O 1º e o 2º, maiores atacadistas, responde-ram por 12% do volume, os cinco primeiros por 23%, os dez primei-ros por 34%. Dezesseis atacadis-tas respondem por 50% do volume e 44 por 80%.

• A tangerina ou mexerica rio responde por 14% do volume total de tangerina, sendo comercializada por 94 atacadistas.

A tangerina na Ceagesp

O maior atacadista responde por 35% do volume, os cinco pri-meiros por 54%, os dez primeiros por 79% e os onze primeiros por 80%.• A tangerina dekopon res-ponde por 1% do volume, sendo comercializada por 52 atacadistas. O maior atacadista responde por 22%, os cinco primeiros por 54%, os dez primeiros por 76% e onze atacadistas por 80%.

Origem• O estado de São Paulo res-

ponde por 85% do volume de tan-gerinas, seguido por Minas Gerais com 11%, importado com 2%, Rio Grande do Sul com 2% e Paraná com 1%. Os estados de Sergipe, Bahia e Rio Grande do Norte en-viam menos que 1%.

• O Estado de São Paulo é a origem de toda a tangerina cravo e murcote. A tangerina dekopon tem a menor participação paulista -73%, sendo Minas Gerais respon-sável por 27%.

• A oferta de tangerina importa-da está concentrada nos meses de menor oferta da tangerina nacional, sendo muito mais alta nos meses de setembro a abril.

A importação da tangerina é feita diretamente por atacadistas da Ce-agesp (77%) ou vem de importado-res de fora (33%). No mês de mar-ço a oferta de tangerina importada chegou, em 2013, a 10% da oferta da tangerina nacional. A participação % da tangerina importada no ano de 2013 foi de 2%.

• O estado de São Paulo cresce a sua oferta de abril a setembro, Mi-nas Gerais de maio a agosto, Para-ná de abril a junho o Rio Grande do Sul de agosto a outubro.

Variedade• A oferta de variedades nacio-

nais começa com a tangerina cra-vo, forte nos meses de fevereiro a maio (77%), depois vem a poncã, forte nos meses de abril a agosto (88%), a tangerina rio, de junho a setembro (77%) e dekopon, de ju-nho a outubro (67%).

O gráfico ao lado mostra a distri-buição % de cada variedade ao lon-go do ano de 2013.

• A oferta de tangerina é do-minada pela poncã (47%), segui-da pela murcote (31%), a mexerica rio (14%), a tangerina cravo (5%), a tangerina importada (5%) e a deko-pon (1%).

Municípios paulistas de origem da tangerina poncã

Os dados coletados pelo SIEM permitem também identificar os mu-nicípios de origem de cada varieda-de de tangerina. Aqui estão os resul-tados para a tangerina Poncã.

• Oitenta e dois municípios pau-lista enviaram tangerina Poncã pa-ra a Ceagesp paulistana em 2013. O primeiro, Pirangi, responde por 17% do volume, seguido Limeira com 10%. Cinco municípios res-pondem por 44% do volume e 19 por 80%.

• Os cinco maiores são Pirangi, Limeira, Vista Alegre do Alto, Itatiba e Paranapuã.

• A oferta começa com Para-napuã, forte entre fevereiro e maio, seguida por Pirangi, de março a ju-nho, por Vista Alegre do Alto, entre abril e junho, Itatiba, entre abril e ju-lho, conforme pode ser observado na tabela .

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespAutoria – Cláudio Inforzato Fanale e Mariana DellanoceApoio – Anita de Souza Dias [email protected]

ARTIGO Oitenta e dois municípios paulistas enviaram poncã para o entreposto em 2013

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Distribuição % da oferta de cada variedade de tangerina em cada mês do ano de 2013

CravoRioPoncã

Murcote

Mês Pirangi LimeiraVista Alegre do Alto

Itatiba Paranapuã

1 0 0 0 0 82 3 0 0 0 143 13 2 6 1 224 26 7 27 21 235 26 21 31 30 156 20 31 18 31 87 6 32 9 14 78 4 6 8 2 29 2 0 0 1 110 0 1 0 0 011 0 0 0 0 012 0 0 0 0 0

Distribuição % da oferta por mês dos municípios maiores fornecedores de tangerina Poncã da CEAGESP paulistana em 2013

Informações mais detalhadas sobre cada produto em cada ano podem ser encontradas no SIEM da Ceagesp.

Distribuição % da oferta de cada variedade de tangerina em cada mês do ano de 2013

Page 7: Jornal Entreposto | Junho de 2014

7Junho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

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8 QUALIDADE Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespEngenheiro-agrônomo Hélio Satoshi [email protected]

ARTIGO Fruta foi introduzida no Brasil na década de 80, no sul de Minas Gerais, por um produtor japonês

A utilização de técnicas diferentes de produção permitiu a obtenção de frutos menos ácidos

llA tangerina dekopon é um fruto híbrido, resultado do cruzamento da tangerina ponkan e Targor Kiyo-mi, desenvolvido pelos pesquisa-dores da Estação Experimental de Nagasaki-Japão, em 1972.

O fruto da dekopon, não pos-sui sementes, é grande, com cor da casca alaranjada intensa e le-vemente enrugada e sabor áci-do. “Possui característica marcan-te por apresentar protuberância no pedúnculo, “DEKO” em japo-nês, possivelmente o nome Deko-pon surgiu da junção de” Deko “- caroço + Pon da ponkan, ou se-ja, tangerina com caroço ou pro-tuberância”.

A tangerina dekopon foi in-troduzida no Brasil na década de 1980, no Município de Turvolândia, Sul de Minas Gerais, pelo produtor UNKICHI TANIWAKI, assentado da ex-Cooperativa Agrícola de Cotia.

O Senhor Taniwaki, viajava com certa frequência à sua terra natal e numa dessas viagens conheceu a dekopon e, ficou bastante impres-sionado pela sua beleza e princi-palmente por não apresentar se-mentes, uma vez que toda a tan-gerina cultivada no Brasil possuía sementes.

O primeiro plantio ocorreu no município de Turvolândia-MG e quase no mesmo período o se-nhor Taniwaki cedeu algumas mu-das para um produtor de Atibaia--SP. Os primeiros frutos apresen-taram sabor muito ácido e formato alongado, mas como se tratava de

CQH conta a história da tangerina dekopon

fruto de formato exótico e isento de semente o produtor insistiu na pro-dução e aos poucos foi dissemi-nando para outros municípios e ho-je a produção de dekopon é encon-trada regiões do norte e sul do pa-ís. O fruto original, com muitas pro-tuberâncias e ainda encontrado no mercado, foi chamado de tanipon e após muito trabalho os produto-res chegaram a um formato ideal de fruto, que passou a ser denomi-nado de dekopon (nome original).

Alguns produtores têm desen-volvido técnicas agronômicas pa-ra diminuir a acidez. Os resultados são ainda pouco satisfatórios, pois a maioria dos frutos ainda apresen-ta sabor ácido. Muitos atacadistas e varejistas orientam os consumi-dores a consumirem os frutos de-pois de murchos. O ácido é fonte de energia no metabolismo do fru-to e é possível obter um fruto me-nos ácido consumindo o fruto al-guns dias depois da colheita.

Os produtores associados da Associação Paulista dos Produto-res de Caqui de Pilar do Sul, con-trataram um pesquisador (melho-rista) japonês para o desenvolvi-mento da fruticultura na região co-mo atemóia, uva, caqui, dekopon, ameixa, e, etc. Um dos trabalhos foi o desenvolvimento de produ-ção de dekopon com menor teor de acidez.

A utilização de técnicas diferen-tes de irrigação, poda e fertilização, permitiu a obtenção de frutos com menor teor de acidez, denominados comercialmente de Kinsei (marca registrada). A marca Kinsei só po-de ser utilizada se a relação teor de sólidos solúveis e acidez (ratio) do fruto for no mínimo 13, o que garan-te um sabor agradável. A aparência externa não permite a diferenciação entre uma fruta Kinsei e a dekopon comum. A marca Kinsei garante o sabor da fruta, através de técnicas modernas de produção e a exigên-cia de frutos com ratio acima de 13.

PonkanDekopon PonkanDekopon

LILIAN UYEMA

Page 9: Jornal Entreposto | Junho de 2014

9QUALIDADEJunho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

ARTIGO Fruta foi introduzida no Brasil na década de 80, no sul de Minas Gerais, por um produtor japonês

llOs dados registrados pelo SIEM da Ceagesp mostram um crescimento de 17% no volume to-tal de tangerinas, sem considerar a mexerica , entre 2002 e 2013 – de 95 para 112 mil toneladas.

• O volume da tangerina dekopon, que representou 1% no volume de 2013, triplicou entre 2007 e 2013.

• A tangerina poncã ainda respon-de por 56% do volume, mas o seu volume caiu 11% entre 2002 e 2013.

• A tangerina murcote que já repre-senta 37% do volume dobrou o seu volume entre 2002 e 2013. • A tangerina cravo que represen-ta 6% do volume em 2013 cresceu 27% entre 2002 e 2013.

O IEA registra a produção paulista de tangerina desde 1987 – mexerica rio, murcote, poncã e tangerina (cravo - Satsuma).

Aqui estão algumas das suas informações:

• A produção caiu 41% entre 1987 e 2013 – de 761.457 para 452.651 toneladas. • A produção de mexerica caiu 54%, a de tangerina (cravo-satsu-ma) 82% e a de Poncã 42%. O re-gistro de murcote só começou em 1985 e cresceu 55% até 2013.

• A renovação pode ser medida pe-la relação % entre pós novos e pés velhos levantados pelo IEA ele po-de nos dar uma idéia do futuro da cultura. A maior taxa de renovação em 2013 é da tangerina (cravo--Satsuma) com 16%, seguida pe-la mexerica – 16%, pela poncã – 9% e pela murcote – 2%.

• Dezoito regiões agrícolas respon-deram em 2013 por 90% da pro-dução. Houve grande variação de mudança de região de produção ao longo dos anos. Limeira que produ-zia 18% do volume em 1983, caiu para 12% em 1993 e para 1% em 2013. Jaboticabal que produzia 16% do volume em 1983, caiu para 13% em 1993 e para 9% em 2013. Mogi Mirim foi de 11 para 4%, entre 1983 e 2013. Regiões mais frias e menos demandadas pelas lavouras de cana de açúcar como Sorocaba, São João da Boa Vista, Bragança Paulista estão crescendo. A região de Catanduva cresceu de 1% em 1983 para 9% em 2013.

Estatísticas das tangerinas

• A taxa de renovação em 2013 pa-rece indicar uma mudança de rumo de algumas regiões.

A mexerica com 118% de renova-ção em Jaboticabal, 10% em São João da Boa Vista, 6% em Mogi Mi-rim. A murcote com 12% de reno-vação em Jaboticabal e 7% em Li-meira. A poncã com 15% em Bra-gança Paulista, 6% em São João da Boa Vista e 6% em Mogi-Mirim. A tangerina (cravo-Satsuma) apre-sentou em 2013 - 33% de reno-vação em São João da Boa Vista, 5% em Mogi Mirim e 4% em Ja-boticabal.

• O volume comercializado pe-

la Ceagesp em 2013 foi 29% da produção paulista - 133 mil tone-ladas em 453 mil toneladas.

Os dados do Censo do IBGE de 2002 mostram que 355 mil proprie-dades brasileiras produzem tange-rina, sendo 95% do proprietário. A maior parte está localizada nas re-giões sudeste (66%) e sul (24%), seguida pela região nordeste (7%), oeste (1%) e norte (1%).

Os dados do IBGE sobre a produção de tangerinas, mandari-nas, mexericas e bergamotas en-tre 2002 a 2008 mostram um de-créscimo de 11% na produção: de 1 milhão de toneladas para 960 mil toneladas em 2012.

A região sudeste é a maior pro-dutora e a sua participação aumen-tou de 56% para 60%. A região sul é a segunda maior produtora e di-minuiu a sua participação de 38 pa-ra 34% entre 2008 e 2013.

A participação da região nor-deste diminuiu de 4 para 3%, a da região norte cresceu para 1% e a da região centro-oeste se mante-ve em 2%.

Os dados da AliceWeb mos-tram que a importação mais do que duplicou, entre 1997 e2013, de 2.771 para 9.024 toneladas. Houve um grande crescimento da impor-tação a partir de 2006, como pode ser visto no gráfico abaixo. A impor-tação em 2012 de 6006 toneladas

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespIdalina Lopes RochaApoio: Anita de Souza Dias [email protected]

ARTIGO Em onze anos o SIEM registrou aumento de 17% na entrada da fruta no entreposto

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Evolução do volume importado de tangerina entre 1997 e 997 e 2013, pelo Brasil

60%A região sudeste é a maior produtora,

já a região sul é a segunda maior produtora com 34%

PRODUÇÃO

Dezoito regiões agrícolas responderam em 2013 por 90% da produção. Houve grande variação de mudança de região de produção ao longo dos anos.

zoom

significa 0,5% do volume de produ-ção de 959.672 toneladas.

Os dados internacionais publi-cados pela FAO mostram um cres-cimento de 15% na produção mun-dial – de 22 para 26 milhões de to-neladas. A China é a maior produto-ra com 53% em 2012 e produção crescente entre 2004 e 2012 (4%). A Espanha teve 7% da produção em 2012 e a sua produção diminuiu 4% comparada a 2004.

O Brasil é o terceiro maior pro-dutor de tangerina e a sua participa-ção caiu de 5 para 4%, entre 2004 e 2012. Outros grandes produtores são a Turquia, o Egito, o Marrocos, o Japão, o Irã, a Itália, a Coréia, os EUA, o Paquistão, o México e a Argentina.

Evolução do volume importado de tangerina entre 1997 e 2013, pelo Brasil

Page 10: Jornal Entreposto | Junho de 2014

10 MERCADO Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Principais variedades de tangerinas, mexericas e híbridos comercializadas na Ceagesp

llCom produção própria em di-ferentes regiões do Brasil e con-tato estreito com diversos produ-tores nacionais e internacionais, a atacadista De Marchi garante a oferta de uma linha completa de frutas in natura. Fundada em 1942 por Giuseppe De Marchi, a em-presa iniciou suas atividades com o plantio de uva de mesa na região de Jundiaí/SP.

José Carlos, vendedor conhe-cido como Bil, trabalha na empre-sa há seis anos e é responsável pela comercialização de tangeri-nas. Segundo ele, ponkan e mur-cote são as variedades mais pro-curadas, mas a De Marchi dispõe também de citros menos conhe-cidos do público, como a berga-mota do sul do país.

Por dia, o funcionário calcula que são vendidas mais de mil cai-xas de tangerina ponkan. “A maio-ria da produção vem da região de

Linha completa de frutas na De Marchi

São Miguel Arcanjo”, explica Bil.A empresa atua também no

segmento de frutas e legumes processados, produzidos em modernas instalações localiza-das em Jundiaí. “Atendemos ce-asas de outros estados e temos distribuição própria nos merca-dos do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas”, faz questão de fri-sar o funcionário.

llEspecializada na comerciali-zação de citros, a atacadista Tro-pical está em constante evolução para atender um mercado cada vez mais exigente. Para evitar per-das financeiras e desperdício de alimento, a empresa possui servi-ço terceirizado responsável pelo correto beneficiamento das frutas.

Rodolfo Portella, sócio da per-missionária, explica que o sistema de logística adotado inclui um gal-pão no interior do estado de São Paulo onde os produtos são se-lecionados, higienizados e emba-lados de acordo com os padrões do mercado atacadista. “As fru-tas já chegam à Ceagesp pron-tas para a comercialização. Evita-mos ao máximo manusear os pro-dutos dentro do entreposto”, ga-rante o permissionário. O serviço de transporte terceirizado dá con-tinuidade ao trabalho de manejo pós-colheita.

Beneficiamento no interior de SP reduz perdas na Tropical

A safra da ponkan começou há cerca dois meses e para Rodolfo, 2014 tem tudo para ser um exce-lente ano. “Em 2013 a estiagem castigou a produção. A expecta-tiva para este ano é muito boa”,

acredita o empresário. O portfólio da Tropical conta com frutas exóti-cas: “São mais de 30 itens e uma equipe especializada para aten-der esse mercado. É um setor em constante expansão”, esclarece.

ABASTECIMENTO Distribuidora mantém galpão para embalagem ATACADO Mil caixas de ponkan por dia

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11QUALIDADEJunho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Luiz Carlos Donadio, Eduardo Sanches Stuchi e Fábio Luiz de Lima [email protected]

ARTIGO Os frutos incluem várias espécies, diferente de outros grupos cítricos como as Satsumas

llAs espécies principais são as la-ranjas doces, as tangerinas, os li-mões, as limas ácidas e os pome-los. Outras espécies de menor im-portância são a toranja, a lima doce, a laranja azeda e a cidra.

As tangerinas ou mandarinas in-cluem várias espécies, diferente de outros grupos cítricos, como as Sat-sumas - Citrus unshiu Marc., as Me-xericas - Citrus deliciosa Ten., as do grupo King - Citrus nobilis Lour. e as mandarinas ou tangerinas comuns - Citrus reticulata Blanco.

Outras 32 espécies são cita-das pelo autor japonês Tanaka para o grupo das mandarinas e seus pos-síveis híbridos, mas poucas são acei-tas para produção comercial.

Algumas são utilizadas como porta-enxertos como a Sunki (C. sunki Hort. ex Tan.) a Cleópatra (C. reshni Hort. ex Tan.) e Nasnaran (C. amblycarpa Ochse), chamadas mi-cro tangerinas. Muitos híbridos en-tre espécies ou variedades de tan-gerinas e entre estas e outras espé-cies são freqüentemente utilizados como variedades dentro do grupo, como os tangelos (tangerina x po-

Tangerinas ou mandarinas

melo) e tangores (tangerina x laran-ja doce). A origem das mandarinas é, provavelmente, o nordeste da Ín-dia e sul da China, embora as dife-rentes espécies citadas possam ter se originado fora destes centros de origem principais.

Assim, a tangerina King é citada como originária da Indochina, a Sat-suma do Japão e a Mexerica da Itá-lia, mas já como centros secundá-rios de origem, provavelmente todas provenientes de C. reticulata, con-siderada uma das espécies ances-trais dos citros.

Satsuma - Os frutos são médios a pequenos, achatados a subglo-bosos, às vezes, com pescoço, sem sementes, coloridos interna-mente de alaranjado forte, antes mesmo da coloração da casca. A superfície do fruto é mais ou menos li sa, com g lându las de ó leo proeminentes. É fácil de des-cascar. Fruto fica “passado”, com baixa acidez, tornando-se mole e com casca menos aderente. O eixo central (coração) usualmente é aberto. A maioria das varieda-des são precoces. As flôres pen-tâmeras são maiores que as das demais mandarinas. O pólen não é fértil, o que contribui para a pro-dução de frutos sem sementes.

King - Os frutos são grandes, quando comparados a outras tan-

gerinas. São oblatos a globosos, com um pequeno pescoço, com ápice achatado ou deprimido. A casca é mais aderente, de cor la-ranja forte e o coração é aberto e grande. Quantidade de suco médio, pois a casca usualmente é grossa. Poucas a muitas sementes, mo-noembriônicas, de cotilédones de cor creme, diferentes, portanto, da maioria das tangerinas típicas. Suas características parecem, no geral, às do tangor (HODGSON, 1967).

Mexerica - A casca do fruto é fina, lisa e pouco aderente, possui superfície lisa com grandes glân-dulas de óleo muito aromáticas, cor amarelo-alaranjada, com 10 - 12 segmentos pouco aderidos, com o eixo central (“coração”) aberto; a cor da polpa é laranja clara, sucosa, com sabor típico, adocicado, mas forte, aromática. O fruto perde a qualidade quando maduro, ficando mole, com .polpa granulada e seca.

Mandarinas - Os frutos são de tamanho médio, forma oblata, base com pescoço pequeno e ápice pouco deprimido. A casca é fina, firme, mas fácil de remover; superfície lisa, de cor la-ranja a vermelha, com 9 a 13 seg-mentos, facilmente separáveis e

eixo médio e aberto. Cor da polpa laranja, sucosa, às vezes, aromát ica; poucas sementes, mono ou poli embriônicas e cotilédones usualmente verdes. Maturação de meia estação a tardia. Microtangerinas- As microtan-gerinas são representadas por várias espécies e usualmente são utilizadas como porta-enxertos.Híbridos - Os híbridos de tan-gerinas podem ser originados de cruzamentos naturais ou artifi-ciais. Para os primeiros, há alguns tangores (tangerinas x laranja doce), que receberam alguma atenção, tornando-se comerciais, como Temple e Murcott). Vários híbridos (tangores) foram obti-dos no Brasil. Entre os híbridos produzidos por polinização con-trolada, os tangelos (tangerinas x pomelo) são os mais importantes, bem como os híbridos entre tan-gerinas. Esses cruzamentos são possíveis, por serem utilizadas usualmente plantas- mães mono-embriônicas, como a Clementina, a King e outras. Também pode ser usada planta mãe poliembriônica, como foi feito no Brasil, utilizando Satsuma e obtendo-se alguns híbridos de interesse potencial, principalmente alguns que se mostraram tolerantes à CVC.

Descrição de alguns cultivares importantes:Okitsu - É um clone precoce de Sat-suma, cultivado no Japão, Espanha, Argentina e outros países. O fruto tem as características gerais de Sat-suma. Deve ser colhido ainda com a casca verde, mas bem desenvolvi-do, o que ocorre no norte do Esta-do de São Paulo em fins de janeiro e fevereiro. A qualidade nestas condições não é muito boa, o que é compensado pela precocidade e ausência de semen-tes. A planta é de porte baixo, o que permite o adensamento de plantio.Clausellina - É uma mutação da ‘Satsuma Owari’. A planta é de de-senvolvimento lento e porte baixo a médio. O fruto precoce tem as ca-racterísticas gerais da variedade de origem, mas de pior qualidade e ta-manho. Tem comportamento similar à ‘Okitsu’ em Bebedouro. Clemenules - É uma seleção es-panhola de ‘Clementina Fina’, entre muitas outras obtidas no citado pa-ís, onde é a variedade mais impor-tante de tangerina. Cultivada em ou-tros países, como Argentina. Como outras seleções de ‘Clementina’, seu comportamento em nossas condi-ções não é bom, pois além de não se adaptar bem ao clima, necessita de cuidados especiais de controle de florescimento e frutificação, raleio e outros, se não produz frutos peque-nos. Deve ser melhor conservada em nossas condições, pois produz fru-

tos de boa qualidade e sem semen-tes em plantios isolados.Marisol - É uma mutação de ‘Cle-mentina Oroval’, da Espanha, de ma-turação precoce, chegando a com-petir com as ‘Satsuma’, por isso, se tornou muito importante na Espanha. O fruto é médio e de boa qualidade, sem sementes em plantios isolados. Em Bebedouro tem produzido bem, mas com floradas temporãs e inci-dência de verrugose.Nova - É um híbrido precoce que vem sendo cultivado em vários pa-íses. A planta é de tamanho médio e copa compacta. A maturação se dá em meados de março até maio em Bebedouro, mas perde a qualidade quando mantido na planta. O fruto é atrativo, de ta-manho médio, tolerante à verrugo-se, colorido e de boa qualidade. Po-de produzir sem sementes, em plan-tios isolados.Sunburst - É um híbrido de matu-ração precoce e meia estação, pro-duzido há mais de 30 anos na Fló-rida. Planta vigorosa, ereta e muito sensível ao ataque de ácaros. O fru-to é atrativo e de tamanho médio a grande.Falglo - É um híbrido americano, de planta de porte médio e ereto. Fruto de tamanho médio a grande, de boa qualidade, casca fina e boa cor. Pro-duz muita semente, quando em po-mares mistos.Page - É um híbrido de ‘Clementina’, precoce, mas que pode ser mantido na planta por mais de 4 meses. O fru-to é de boa qualidade, mas seu tama-nho é pequeno. Além disso, produz muita semente, quando em plantios mistos. Também é suscetível à ver-rugose. Devido às poucas informa-ções em nossas condições, não é re-comendada.Fortune - Dos híbridos de varieda-des tardias e de boa qualidade, tem sido a mais plantada para fruto de mercado. O fruto é de tamanho médio, de boa qualidade, cor, mas difícil de des-cascar. Na Argentina, é colhido após agosto. Em Bebedouro, pode ser co-lhido até o citado mês. Sem semen-tes em plantios isolados. A planta é vigorosa e produtiva.Encore - É um híbrido americano, com planta média e alternante. Matu-ração tardia, fruto de boa qualidade, com muita semente e fácil de des-cascar. A casca tem manchas de causa desconhecida.Ellendale - É um tangor australia-no, que ganhou alguma importância em vários países, devido à sua pro-dução tardia. Planta de porte médio e vigorosa. O fruto é de boa qualidade, tamanho médio, colorido e fácil de descascar. Mantém-se bem na plan-ta, mesmo após ter atingido a ma-turação. Produção errática. Produz poucas sementes quando em plan-tios isolados.

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12 FEMETRAN Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

Femetran reúne principais montadoras na CeagespNEGóCIOS Em ritmo de Copa do Mundo evento movimentou setor de transporte e logística de hortifrutícolas

llCom novo horário e temáti-ca voltada à Copa do Mundo, a Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas acon-teceu entre os dias 20 e 23 de maio, na Ceagesp. A Femetran é a única do se-tor hortifrutícola que reúne as principais empresas do setor de transporte e veículos uti-litários para exposição e ven-da a permissionários, super-mercadistas e frotistas da ma-ior central de abastecimento da América Latina. O evento foi uma grande oportunidade pa-ra realizar negócios, conhecer

novos produtos e informações sobre o setor.

Nos meses que antecede-ram a feira, o Jornal Entrepos-to premiou três torcedores com camisas da seleção brasileira de futebol através de um con-curso cultural.

Durante a realização da Fe-metran, os visitantes puderam participar de um game de fu-tebol com kinect, batendo pê-naltis ou defendendo o gol. A disputa foi bastante divertida e prêmios foram distribuídos aos melhores craques.

Este ano, as empresas expositoras foram: Renault, Motocar, Scania, Iveco, Mu-nique-Thermo King, Volkswa-gen MAN, Ford Caminhões, Pneu l inhares e Merce-des-Benz. Confira as fotos do evento.

Feira impulsiona venda de veículos comerciais e promove integração com frotistas no ETSP

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13FEMETRANJunho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

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14 Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llO HortiEscolha é uma ferramen-ta desenvolvida pelo Centro de Qua-lidade em Horticultura da Ceagesp, de orientação na escolha do produ-to, da classificação de melhor custo em cada época. A metodologia de comparação, entre produtos de mes-ma função no cardápio, utiliza o valor e o aproveitamento de cada produto em cada época, e considera a quan-tidade do produto no prato ou a quan-tidade de calorias no prato, faz par-te do HortiEscolha. A sua aplicação exige o conhecimento prévio da clas-sificação de melhor custo-benefício de cada produto, o índice de apro-veitamento de cada classificação, o preço praticado para cada classifica-ção em cada época estudada, e o va-lor calórico de cada produto. Ela per-mite a comparação entre produtos a cada dia, por semana, por dia da se-mana, por mês.

O primeiro grupo de produtos analisado foi o de hortaliças feculentas: batata, batata-doce, cará, inhame, mandioca e mandioquinha.

Foram utilizadas as médias men-sais dos dados de cotação da SE-DES-Ceagesp dos preços comuns de cada dia, de 2010 a 2013, da classificação de melhor Índice de Escolha ou de melhor custo-benefí-cio, resultado do Índice de Aproveita-

Qual é o produto de melhor custo-benefício do grupo de hortaliças feculentas?

mento – que mede quanto do produ-to in natura vira produto no prato pa-ra consumo e do Índice de Valoração – diferença de valor entre as classi-ficações com a classificação menos valorizada.

A determinação do produto de melhor custo-benefício em cada época exige:

1. Que cada preço por quilo de cada produto (preço comum da classifica-ção de melhor custo-benefício) seja dividido pelo seu Índice de Aprovei-tamento, o que resulta no preço do quilo do produto no prato. 2. O preço por quilo do produto no prato de cada produto é compara-do com o preço da batata, o pro-duto chave do grupo, o que resul-ta, através de um artifício matemáti-co, em um Índice de Vantagem, em que o número positivo é uma me-lhor opção que a batata e o negati-vo pior e que permite quantificar a

vantagem entre os produtos. 3. O Índice de Vantagem, calcula-do a partir de volume de produto no prato, permite caracterizar a diferen-ça do custo-benefício, considera o peso final do produto para consumo no prato.4. O Índice de Vantagem, calculado a partir do valor calórico do produto no prato, permite caracterizar a dife-rença do custo-benefício, considera o valor calórico do produto no con-sumo. O valor calórico é diferente pa-ra cada produto. A ordem dos produ-tos de melhor custo-benefício em cada mês é diferente quando consideramos o volume no prato, que quando consi-deramos o valor calórico no prato. A mandioca é o produto de maior cus-to-benefício em todos os meses, na comparação por valor calórico e vo-lume de produto no prato.

A batata passa a ser uma das pio-res opções, na comparação por va-lor calórico, quando comparada às outras hortaliças feculentas. O Inha-

Mês Batata Batata Doce Cará Inhame Mandioca Mandioquinha1 0 5 -58 -42 25 -572 0 -1 -47 -34 43 -603 0 -3 -40 -24 44 -584 0 20 -14 1 69 -515 0 24 -2 8 66 -486 0 18 -12 4 70 -537 0 -13 -28 -19 42 -618 0 -24 -38 -28 17 -709 0 -18 -34 -19 18 -67

10 0 -14 -31 -27 12 -6811 0 -12 -41 -52 22 -6812 0 -18 -62 -63 12 -67

Tabela I. Comparação das vantagens econômicas na utilização das hortaliças feculentas em relação à batata, considerando o volume de produto no prato

Mês Batata Batata Doce Cara Inhame Mandioca Mandioquinha1 0 0,15 -0,55 -0,28 1,15 -0,522 0 0,04 -0,46 -0,24 1,15 -0,563 0 -0,06 -0,44 -0,16 1,10 -0,554 0 -0,04 -0,33 -0,01 1,15 -0,565 0 -0,02 -0,25 0,07 1,14 -0,556 0 0,00 -0,22 0,14 1,23 -0,567 0 -0,06 -0,23 0,11 1,32 -0,568 0 -0,05 -0,23 0,13 1,24 -0,629 0 -0,08 -0,23 0,14 1,17 -0,65

10 0 -0,13 -0,28 -0,08 0,86 -0,7011 0 -0,16 -0,42 -0,42 0,94 -0,6912 0 -0,21 -0,59 -0,49 0,94 -0,64

Tabela II. Comparação das vantagens econômicas na utilização das hortaliças feculentas em relação à batata, considerando o valor calórico do no prato

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespMariane Delanocce Estagiária Estudante de Agronomia [email protected]

llA cura da batata-doce é uma ro-tina no processo de pós-colheita da batata doce nos EUA e na Europa e não é utilizada no Brasil. Ela prolonga a vida útil da batata--doce – que fica mais resistente e mais doce.

O processo de cura da batata--doce é simples. Ele consiste no ar-

A cura da batata-doce garante resistênciamazenamento, logo após a colhei-ta, em condições que promovem a cicatrização de dentro para fora dos ferimentos da raiz.

A cicatrização forma uma casca protetora, impedindo a deterioração dos ferimentos e aumentando a sua vida pós-colheita.

A cura é realizada, durante 4 a 7 dias, em barracões de beneficia-mento na produção, com tempera-tura média de 31°C e a umidade re-lativa do ar de 85 até 90%.

A alta umidade relativa asso-ciada à alta temperatura promove a

formação da casca protetora, o que não ocorreria num ambiente de bai-xa umidade relativa.

As condições de cura da bata-ta-doce são semelhantes para a ba-tata inglesa e a mandioca e diferen-tes das condições de cura utilizadas para a cebola e o alho.

Alguns cuidados devem ser to-mados como a manutenção da es-tabilidade da temperatura e da umi-dade relativa.

A queda de temperatura pode causar condensação de água na superfície das raízes, provocando

a ocorrência de podridão. A varia-ção da umidade relativa com a ven-tilação do local precisa ser contro-lada para que o ambiente não fique seco demais.

A adoção da cura pelos produ-tores brasileiros de batata-doce ga-rantiria maior controle da oferta no mercado, maior tempo de pratelei-ra, melhor aparência e melhor sa-bor e certamente o crescimento do consumo.

Maiores informações podem ser encontradas em:

www.sonorapacific.com/presentations/training--brochures?download=64

www.lsuagcenter.com/en/crops_livestock/crops/sweet_potatoes/LSU+AgCenter+Horticulturist+Discusses+Curing+and+Storing+Sweet+Potatoes.htm

www.motherearthnews.com/homesteading-and-livestock/cure-sweet-potatoes-zbcz1310.aspx

me (taro) ocupou a segunda posi-ção quase o ano inteiro, exceto os últimos três meses do ano, quando consideramos o valor calórico e a ba-tata quando consideramos a quanti-dade do produto no prato.

A mesma metodologia pode ser utilizada com dados de preço da se-

mana anterior, ou da média de alguns anos, como feito no exemplo acima. Os usuários do HortiEscolha terão acesso à metodologia de compara-ção entre produtos e aos seus re-sultados para cada grupo, de mes-ma função no cardápio, de frutas e hortaliças frescas.

QUALIDADE

ALIMENTAçãO COLETIVA Ferramenta auxilia na caracterização, escolha e controle da qualidade do FLV

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespErich Cardoso - estagiário estudante de agronomiaApoio – Anita de Souza Dias [email protected]

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15Junho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llAs hortaliças feculentas armaze-nam reserva nos seus órgãos subter-râneos, na forma de amido, seu prin-cipal componente. A batata, mandio-ca, batata-doce, inhame ou taro, cará ou inhame verdadeiro, e mandioqui-nha-salsa são as mais comuns. São hortaliças de alto valor energético, vi-taminas e minerais, e costumam ser associados à sobrevivência por se-rem calóricas, rústicas e de fácil cul-tivo, capazes de proporcionar energia para populações carentes.

Uma mesma feculenta pode apresentar diferentes formas de va-lorização, um exemplo é a mandioca que no Brasil tem valor cultural, sen-do consumida principalmente nas re-giões do norte e nordeste brasileiro.

A mandioca é a hortaliça fecu-lenta com maior valor energético e é boa fonte de magnésio e vitaminas do

O valor nutricional dos tubérculos e raízes

complexo B. A batata é a hortaliça fe-culenta mais utilizada pela sua facili-dade e versatilidade no preparo, pe-la sua facilidade de aquisição e por sua aceitação pela população. O seu conteúdo em energia, fibra e magné-sio é menor que o das outras hortali-ças feculentas. A quantidade de vita-mina C, alta na batata crua, cai muito após o cozimento, segundo a TACO.

A batata doce é uma hortaliça feculenta de alto valor energético, só menor que o da mandioca, e ri-ca em fibras, quase o dobro do con-teúdo de fibras da batata. O seu te-or de vitamina C cresce com o cozi-mento, segundo a TACO. Uma por-ção de cem gramas de batata doce consegue suprir 53% das recomen-dações diária de uma pessoa adulta, segundo a FAO/ OMS. Ela é a horta-liça feculenta mais rica em vitaminas do complexo B, com destaque para a Niacina, sendo também excelente fonte de vitamina A devido ao eleva-do teor de carotenoides.

A mandioquinha salsa ou batata baroa é uma hortaliça muito aprecia-da pelo seu sabor e aroma caracte-rísticos. Ela é muito rica em nutrien-

Centro de Qualidade em Horticultura da CeagespFabiana FerreiraEstagiária Estudante de NutriçãoApoio Anita de Souza Dias [email protected]

Hortaliças feculentas (cozido)

Batata Batata doce

Cará *Inhame MandiocaMandioquinha (batata baroa)

Energia (Kcal) 52 77 78 100 125 80

Proteína (g) 1,2 0,6 1,5 1,71 0,6 0,9

Lipídeos (g) Tr 0,1 0,1 0,12 0,3 0,2

Carboidrato (g) 11,9 18,4 18,9 23,4 30,1 18,9

Fibras (g) 1,3 2,2 2,6 1,8 1,6 1,8

Cálcio (mg) 4 17 5 35 19 12

Ferro (mg) 0,2 0,2 0,3 0,5 0,1 0,4

Magnésio (mg) 5 11 15 21 27 8

Zinco (mg) 0,2 0,1 0,2 0,3 0,2 0,4

Vit C (mg) 3,8 23,8 Tr 9,1 11,1 17,1

Conteúdo de nutrientes em 100 gramas das hortaliças feculentas

tes, com alto teor de potássio, fósfo-ro, ferro, vitaminas do complexo B co-mo a Niacina e fibras de boa diges-tibilidade.

O inhame ou taro é a feculenta com maior conteúdo de fósforo, de potássio e ferro. O amido de fácil di-gestibilidade permite que ele seja uti-lizado em alimentos infantis, hipoalér-gicos e como cereal em dietas des-tinadas a pessoas com doença ce-líaca.

O inhame pode ser usado como substituto do arroz em países da Ásia e Pacifico.

O cará ou inhame verdadeiro é a hortaliça feculenta com a maior quan-tidade de proteína e fibra. Ele é mui-to consumido no nordeste brasileiro, como substituto do pão. Na indústria é utilizado na produção de fécula e como espessante e estabilizante em produtos alimentícios.

No Brasil existe uma grande con-fusão nas denominações do Inhame e do Cará. Os estados do sul e su-deste denominam a espécie Diosco-rea alata como cará e no resto dos es-tados brasileiros e do mundo a mes-ma espécie é chamada de inhame.

A espécie Colocasia esculenta, que recebe o nome de Inhame nos estados do sul e do sudeste, é cha-mada de Cará ou Cará de São To-mé nos demais estados brasileiros e de Taro nos outros países do mundo. O I Simpósio Nacional sobre as Cul-

Principais hortaliças feculentas comercializadas na Ceagesp

A tabela abaixo mostra o conteúdo de nutrientes das hortaliças feculentas mais comuns.

turas do Inhame e do Cará, realiza-do em 2001, determinou a uniformi-zação das denominações brasileiras com a internacional. O termo Inhame deve ser substituído por Taro, no ca-so de Colocasia esculenta e cará por inhame, no caso de Dioscorea alata.

MERCADO

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16 CIÊNCIA Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

MEIO AMBIENTE Pesquisadores discutem impacto do aquecimento global na agricultura e pecuária

Por Elton AlissonDa Agência Fapesp

llAs mudanças climáticas têm causado alterações nas fases de reprodução e de desenvolvimen-to de diferentes culturas agríco-las, entre elas milho, trigo e café. E os impactos dessas alterações já se refletem na queda da produ-tividade no setor agrícola em paí-ses como Brasil e Estados Unidos.

A avaliação foi feita por pes-quisadores participantes do Workshop on Impacts of Global Climate Change on Agriculture and Livestock , realizado no dia 27 de maio, no auditório da FA-PESP, sob a coordenação de Car-los Martinez, professor da Univer-sidade de São Paulo (USP), no campus de Ribeirão Preto. Promo-vido pelo Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climá-ticas Globais, o objetivo do evento foi reunir pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos para com-partilhar conhecimentos e expe-riências em pesquisas sobre os impactos das mudanças climáti-cas globais na agricultura e na pe-cuária.

“Sabemos há muito tempo que as mudanças climáticas te-rão impactos nas culturas agríco-las de forma direta e indireta”, dis-se Jerry Hatfield, diretor do Labo-ratório Nacional de Agricultura e Meio Ambiente do Departamento de Agricultura dos Estados Uni-dos (USDA, na sigla em inglês). “A questão é saber quais serão o im-pacto e a magnitude dessas mu-danças nos diferentes países pro-dutores agrícolas”, disse o pesqui-sador em sua palestra no evento.

De acordo com Hatfield, um dos principais impactos observa-dos nos Estados Unidos é a que-da na produtividade de culturas como o milho e o trigo. O país é o primeiro e o terceiro maior pro-dutor mundial desses grãos, res-pectivamente. “A produção de tri-go [nos Estados Unidos] não atin-ge mais grandes aumentos de sa-fra como os obtidos entre as dé-cadas de 1960 e 1980”, afirmou.

Uma das razões para a queda de produtividade dessa e de ou-tras culturas agrícolas no mundo, na avaliação do pesquisador, é o aumento da temperatura durante a fase de crescimento e de poli-nização.

Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo

As plantas de trigo, soja, milho, arroz, algodão e tomate têm dife-rentes faixas de temperatura ide-al para os períodos vegetativo – de germinação da semente até o crescimento da planta – e repro-dutivo – iniciado a partir da flora-ção e formação de sementes.

O milho, por exemplo, não to-lera altas temperaturas na fase re-produtiva. Já a soja é mais toleran-te a temperaturas elevadas nesse estágio, comparou Hatfield.

O que se observa em dife-rentes países, contudo, é um au-mento da frequência de dias mais quentes, com temperatura até 5 ºC mais altas do que a média re-gistrada em anos anteriores, jus-tamente na fase de crescimento e de polinização.

“Observamos diversos casos de fracasso na polinização de ar-roz, trigo e milho em razão do au-mento da temperatura nessa fase. E, se o aumento de temperatura ocorrer com déficit hídrico, o im-pacto pode ser exacerbado”, ava-liou. Segundo Hatfield, a tempera-tura noturna mínima tem aumenta-do mais do que a temperatura má-xima à noite.

A mudança causa impacto na respiração de plantas à noite e re-duz sua capacidade de fotossínte-se durante o dia, apontou.

Pesquisas com milhoEm um estudo realizado no la-

boratório de Hatfield no USDA em um rizontron – equipamento para a análise de raízes de plantas no meio de cultivo –, pesquisadores mantiveram três diferentes varie-dades de milho em uma câmara 4 ºC mais quente do que outra com temperatura normal, para avaliar o impacto do aumento da tempera-tura nas fases vegetativa e repro-dutiva da planta.

“Constatamos que a fisiologia da planta é muito afetada por au-mento de temperatura principal-mente na fase reprodutiva”, con-tou o pesquisador.

Em outro experimento, os pes-quisadores mantiveram uma varie-dade de milho cultivada nos Esta-dos Unidos em uma câmara com temperatura 3 ºC acima da que a planta tolera na fase de cresci-mento, em que é determinado o ta-manho da espiga.

O aumento causou uma re-dução de 15 dias no período de preenchimento dos grãos de mi-lho e interrupção na capacidade da planta de completar esse pro-cesso, o que se refletiu em queda de produtividade.

“Observamos que, se as plan-tas forem expostas a uma tempe-ratura noturna relativamente al-ta no período de preenchimento dos grãos, essa fase de desenvol-vimento é interrompida”, afirmou Hatfield.

Impactos no BrasilNo Brasil, as mudanças climá-

ticas já modificam a geografia da produção agrícola, afirmou Hilton Silveira Pinto, diretor do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Cli-máticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade Esta-dual de Campinas (Unicamp).

O ano passado foi o mais seco desde 1988 – quando o Cepagri iniciou suas medições climáticas. Registrou-se uma média de 1.186 milímetros de chuva contra 1.425 milímetros observados nos anos anteriores. O mês mais crítico do ano foi dezembro, quando choveu 83 milímetros. A média para o mês é 207 milímetros, comparou Silvei-ra Pinto.“O final de ano muito se-co atrapalhou bastante a agricultu-ra em São Paulo, porque a época de plantio dos agricultores daqui é justamente no período entre ou-tubro e novembro”, disse Silveira Pinto durante sua palestra.

“O plantio de algumas cultu-ras deverá ser atrasado, porque há uma variabilidade bastante sensí-vel no regime pluviométrico das áreas em que determinadas cultu-ras podem ser plantadas”, afirmou.

Segundo o pesquisador, a par-tir dos anos 2000 não foi regis-trada mais geada em praticamen-te nenhuma região de São Pau-lo, evidenciando um aumento da

temperatura no estado. Um reflexo dessa mudança é a migração da produção do café em São Paulo e Minas Gerais para regiões mais elevadas, com temperaturas mais propícias para o florescimento da planta.

A cada 100 metros de altitude, a temperatura diminui cerca de 0,6 ºC, segundo Silveira Pinto.

Durante o período de flores-cimento do café, quando os bo-tões florais tornam-se grãos de ca-fé, a planta não pode ser subme-tida a temperaturas acima de 32 ºC. Apenas uma tarde com essa temperatura nesse período é sufi-ciente para que a flor seja aborta-da e não forme o grão.

“O registro de temperaturas acima de 32 ºC tem ocorrido com mais frequência na região cafeeira de São Paulo. Com o aquecimen-to global, deverá aumentar entre 5 e 10 vezes a incidência de tardes quentes no florescimento da plan-ta”, disse Silveira Pinto. “Isso po-de fazer com que não seja mais vi-ável produzir café nas partes mais baixas de São Paulo nas próximas décadas.”

“A produção do café no Bra-sil deve migrar para a Região Sul”, afirmou. “O café brasileiro deverá ser produzido nos próximos anos em estados como Paraná e San-ta Catarina.”

MUNDO

O que se observa em diferentes países, contudo, é um aumento da frequência de dias mais quentes, com temperaturas até 5 ºC mais altas do que a média registrada em anos anteriores, justamente na fase de crescimento e de polinização.

zoom

O problema não é a temperatura média a que a planta pode ficar exposta na fase reprodutiva, mas a temperatura mínima. Precisamos entender melhor essa interação das culturas agrícolas com o ambiente e o clima para aumentar a resiliência delas à elevação da temperatura e à frequência de eventos climáticos extremos”, avaliou.

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17LEITURAJunho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llOnze minutos (Paulo Coe-lho) – O autor explora a sexuali-dade e cria um conto de fadas mo-derno, melancólico e sensual, que narra a transformação de uma mu-lher em busca de si mesma. Maria, uma jovem nordestina desiludida com o amor, sai de casa à procura de aventura e paixões, e é na Suí-ça, como prostituta, que encontra as respostas para suas perguntas mais profundas.

Romances famosos disponíveis no Entreposto do Livro

llA Hora da Estrela (Clarice Lispector) - Escrito em 1977, o romance aborda o contato do mi-grante nordestino com a cidade grande. A história da alagoana de Macabéa é contada passo a passo pelo escritor Rodrigo S.M., alter--ego da autora, buscando permi-tir aos leitores acompanhar o pro-cesso de criação da obra. Último livro publicado em vida pela escri-tora brasileira.

llEra No Tempo do Rei (Ruy Castro) - Romance histórico cômi-co. Os personagens são nobres e plebeus que existiram de verdade e outros saídos da mais delirante imaginação. Os heróis do romance são o príncipe D. Pedro e seu ami-go Leonardo, um menino de rua, ambos com 12 anos. Os dois ga-rotos, tomam a cidade de assal-to, envolvendo-se nas mais empol-gantes aventuras.

llOlhai os Lírios do Campo (Erico Verissimo) - Primeiro best--seller de Erico Verissimo. Eugê-nio Pontes, moço de origem humil-de, a custo se forma médico e, gra-ças a um casamento por interes-se, ingressa na elite da sociedade. Nesse percurso, porém, é obriga-do a virar as costas para a família, deixar de lado antigos ideais hu-manitários e abandonar a mulher que realmente ama.

llA Sangue Frio (Truman Ca-pote) - O romance de não-ficção é uma reportagem investigativa so-bre o assassinato de quatro mem-bros da família Clutter, o casal e seus dois filhos caçulas, ocorrido em 1959 na cidade de Holcomb, no Kansas, Estados Unidos. Em 2005 foi lançado o filme Capote, estrelado por Philip Seymour Hoff-man, retratando o período em que o autor trabalhava no romance.

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18 EVENTO Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llAntecipada para maio por cau-sa da Copa do Mundo da Fifa, a 21ª edição da Hortitec - Exposi-ção Técnica de Horticultura Culti-vo Protegido e Culturas Intensivas – aconteceu entre os dias 28 e 30 de maio em Holambra.

A mostra reuniu mais de 400 expositores, 27 mil visitantes e con-tou com a presença da secretária de Agricultura e Abastecimento

Novas hortaliças e agricultura sustentável na Hortitec 2014

Tecnologia para controle e economia de água

A ErfGoed apresentou o “piso de cultivo”, um sistema de inunda-ção e drenagem que proporciona total controle da água e de nutrien-tes, evitando desperdício e evitan-do doenças. O diferencial deste pi-so de cultivo é a camada porosa es-pecial, de pedra, com a qual é for-mado o sistema.

Esta camada assegura uma ba-se sólida, que suporta a circulação de empilhadores, e permite a circu-lação da água. Cada planta recebe água e fertilizantes na mesma quan-tidade e durante o mesmo tempo. Depois, o que sobra da água é re-colhido e armazenado para a próxi-ma rega, sem perdas por evapora-ção, por exemplo. Outra vantagem é que o efeito filtrante do piso asse-gura uma taxa de enfermidades sig-nificativamente inferior.

Passaporte Verde de sustentabilidade

Com propostas sustentáveis ao produtor, a Arysta LifeScience destaca sua Linha Passaporte Ver-de, composta por fungicidas, acari-cidas, inseticidas e nematicidas, to-dos os produtos orgânicos e bioló-gicos, além do conceito Pronutiva, composto por soluções que aliam nutrição e proteção vegetal.

do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi. Segundo a organi-zação do evento, o volume de ne-gócios atingiu os R$100 milhões previstos.

Durante o evento, foram realiza-das palestras com foco em orien-tação e inovação aos profissionais do agronegócio e empresários ru-rais do setor hortícola.

Os temas centrais da edição

2014 eram: Usos da Reserva Le-gal, PI Flores; Inovações no Mane-jo Integrado de Pragas; Fundamen-tos da Rastreabilidade; Ferramen-tas de Marketing no Agronegócio e Relacionamento Comercial.

No ano que vem a mostra hor-tifrutícola volta ao mês original e acontece de 17 a 19 de junho. Confira alguns produtos e serviços que se destacaram nessa edição.

Segundo a empresa, a linha Pas-saporte Verde oferece mais seguran-ça aos aplicadores e animais.

O fungicida Kaligreen®, primei-ro produto da Linha Passaporte Ver-de a chegar ao mercado brasileiro e produzido com base no ingredien-te ativo de bicarbonato de potássio, alia os melhores resultados, no con-trole de Oiidio, com a preocupação ambiental. Também é importante res-saltar sua alta seletividade, zero resí-duo, e mesma eficiência dos produ-tos convencionais.

Na Linha Pronutiva a Arysta apre-senta o fungicida e bactericida Ka-sumin® e o fertilizante Vitalik®, para manejo de bactérias, além do inseti-cida fisiológico Applaud 250®, para controle de mosca branca. Esses e outros produtos compõem um con-junto de soluções que protege e fa-vorece o desenvolvimento das lavou-ras, integrando proteção de plantas às melhores especialidades em nu-trição vegetal. “O mercado está so-frendo com a seca, em muitas regi-ões a falta de chuva está ocasionan-do a redução das áreas e os plan-tios sendo atrasados. Portanto, com o manejo adequado e auxílio do por-tfólio da Arysta, é possível manter a qualidade dos produtos, tendo em vista que os preços de mercado es-tão excelentes na maioria das cultu-ras”, explica o gerente de produtos e mercados H&F, Eduardo Figueiredo.

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19Junho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llAconteceu na Bienal do Ibirapue-ra o maior encontro do setor de pro-dutos orgânicos e naturais. Entre os dias 4 e 7 de junho eventos simultâ-neos foram realizados no parque: Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina e Naturaltech. Juntas, as feiras rece-beram 15 mil visitantes e 220 expo-sitores que atualizaram o público do mercado de orgânicos.

Alimentos, cosméticos e artigos de moda foram apresentados aos profissionais de diversos ramos co-mo supermercados, hospitais, aca-demias e spas. O consumidor final também aproveitou o material apre-sentado e a extensa programação técnica oferecida: fórum, palestras e seminários relacionados ao setor or-gânico, à saúde e ao bem estar, to-dos gratuitos e abertos ao público.

Mais uma vez, a Bio Brazil Fair | BIOFACH America Latina foi palco do Fórum Internacional de Agricul-tura Orgânica e Sustentável. O en-contro reuniu alguns dos principais expoentes do setor no Brasil – re-presentantes do Ministério da Agri-

cultura e do Desenvolvimento Social, secretarias paulistas de Agricultura e do Meio Ambiente, Sebrae, Itaipu Bi-nacional, IBD – e também do mundo: Andre Leu e Denise Godinho (IFO-AM), Toshifumi Ayukawa (Japan Or-ganic & Natural Food Association), Julie Tyrell (Natrue), Matthew Holmes (COTA) e o brasileiro Cauê Suplicy, que relatou o case de sucesso de sua empresa Wholesome Valley Foods nos Estados Unidos. Os palestrantes

Ibirapuera recebeu exposição internacional de orgânicos

internacionais participaram do Fórum a convite do Organics Brasil.

Na Naturaltech, a programação abrangeu temas como farmácias de manipulação (1º Encontro ANFAR-MAG), spas (3º Seminário ABC SPAS), aromatologia (2º Encontro de Aromatologia) e vegetarianismo (7ª Seminário SVB). Além disso, em todos os dias os visitantes puderam assistir aulas de culinária vegetariana no 6º Festival da Cozinha Vegetariana.

EVENTO

llA Mercedes-Benz incorpo-rou inovações à sua linha de cami-nhões. O semipesado Atego e os extrapesados Axor e Actros atin-giram um padrão ainda mais ele-vado de qualidade para o trans-porte rodoviário de cargas, ten-do por base o conceito Econfort (Economia+Conforto+Força/De-sempenho), que resultou em maior valor agregado aos seus produtos.

“As linhas desses veículos pas-sam a oferecer mais de 40 novida-des relacionadas ao Econfort”, afir-ma Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO pa-ra América Latina.

“Dessa forma, atendemos ca-da vez mais às demandas do mer-cado e dos nossos clientes, assegu-rando maior eficiência, produtividade e rentabilidade para suas atividades de transporte, com conforto superior para o motorista. Reforçamos, assim, a imagem da marca como provedo-ra de uma solução completa para os clientes”, acrescenta.

Com a introdução do Econfort, a Mercedes-Benz amplia ainda mais sua competitividade nos dois maio-res segmentos do mercado de cami-nhões no País. O objetivo da monta-

Mercedes-Benz aprimora Atego, Axor e Actros

dora é alavancar significativamente a participação da marca, tanto nos extrapesados, que representam cer-ca de 40% do volume total de cami-nhões comercializados no País, co-mo no de semipesados, com apro-ximadamente 30%.

“Queremos a liderança geral nas vendas de caminhões no Brasil, bus-cando ser também o número um na preferência do cliente, visando sem-pre a sua satisfação crescente com nossos produtos e serviços”, diz o executivo.

Test-drive Por meio de sua rede de con-

cessionários de veículos comer-ciais no País, com mais de 200 pon-tos de atendimento, essas novida-des já estão sendo efetivamente en-tregues aos clientes, com a equipe de vendas já preparada para apre-sentar as características, vantagens e benefícios dos mais de 40 recur-sos e outros aprimoramentos dos caminhões da marca. Além disso, a Mercedes-Benz está promovendo uma série de test-drives com clien-tes, ação chamada de Econfort Ex-perience. O primeiro deles aconte-ceu em maio no Autódromo de Ve-

lopark, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, estendendo-se de-pois a outras cidades. Durante estes eventos, os clientes podem dirigir ca-minhões Atego, Axor e Actros, com-provando ao volante os efeitos e van-tagens das suas novas tecnologias.

TRANSPORTE Conceito inovador de desenvolvimento de produto resulta num padrão mais elevado de economia, conforto, força e desempenho dos caminhões da marca

As linhas desses veículos passam a oferecer mais de 40 novidades relacionadas ao Econfort

Philipp Schiemerpresidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para América Latina.

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20 ECONOMIA Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

NÚMEROS

Apesar dos problemas climáticos observados em 2014, a safra brasileira de grãos e fibras deverá atingir o recorde de 191,2 milhões de toneladas

zoom

llApesar de terem subido es-te ano, os juros dos financiamen-tos rurais continuam baratos, dis-se hoje (5) o ministro da Agricultu-ra, Neri Geller. Segundo ele, as ta-xas das linhas de crédito do Plano Safra aumentaram um ponto per-centual em 2014, enquanto a ta-xa Selic – juros básicos da econo-mia – passaram de 7% para 11% no último ano, com alta de quatro pontos percentuais.

“Os juros do crédito rural são os mais baixos para o financiamento do setor, principalmente se compara-dos à taxa Selic”, disse o ministro ao participar de seminário sobre crédi-to rural em Brasília, promovido pelo Banco Cooperativo do Brasil (Ban-coob) e pelo Sistema de Coopera-tivas de Crédito do Brasil (Sicoob).

As taxas dos financiamentos ru-rais, ressaltou o ministro, estão en-tre 3,5% e 6,5% ao ano, bem abaixo dos 11% ao ano definidos pelo Co-mitê de Política Monetária do Banco Central para a Selic. Mesmo com o aumento deste ano, os juros dos fi-nanciamentos agropecuários conti-nuam inferiores aos de outros anos.

“Os juros permanecem mais baixos que em 2003, quando va-riavam de 8,75% a 14% ao ano”, destacou.

Juros do crédito rural subiram menos que taxa Selic, diz ministroWellton Máximo – Agência Brasil Para oferecer taxas mais baixas

que as de mercado, o Plano Sa-fra 2014/2015 oferece R$ 8,15 bilhões às cooperativas rurais de crédito. Do total, R$ 7,25 bilhões destinam-se à equalização das li-nhas de custeio e de comercializa-ção da safra, e R$ 900 milhões são para a equalização dos investimen-tos. A quantia permaneceu inaltera-da em relação ao ano passado, mas o limite individual para as linhas de custeio subiu de R$ 1 milhão na safra passada para R$ 1,1 milhão.

O superintendente da Organi-zação das Cooperativas Brasilei-ras (OCB), Renato Nobile, consi-dera preocupante a alta dos juros. “A taxa máxima subiu de 5,5% para 6,5% ao ano. Pode parecer pouco, mas é um aumento de quase 20%. A gente entende a posição do go-verno, que foi obrigado a reajustar os juros do crédito rural por causa da Selic, mas a questão é preocu-pante”, declarou.

O Plano Safra destina R$ 700 milhões para o seguro rural, que indeniza produtores em caso de quebra de safra. Durante o semi-nário, o secretário do Política Agrí-cola do Ministério da Agricultura, Seneri Paludo, disse que o gover-no estuda mudanças no modelo de seguro rural para os próximos anos.

As apólices, segundo ele, dei-xariam de estar atreladas apenas à

produção e passariam a conside-rar também o faturamento.

“Quando a receita do produ-tor fica abaixo de um limite míni-mo, o seguro seria pago. Essa é uma maneira de fazer o seguro ru-ral cobrir não apenas a quebra da produção, mas eventuais quedas de preços. É um modelo mais lógi-co e mais justo para o produtor ru-

ral”, disse. O secretário, no entan-to, esclareceu que o novo modelo está em estudo e não tem data pa-ra entrar em vigor.

O Plano Safra beneficia os produtores que cumprem exigên-cias ambientais com um aumento de 45% no limite de crédito indivi-dual, contra 30% no ano passado. Para o superintendente do Sicoob

de Rio Verde (GO), Edson Melo, o aumento no limite representa um estímulo para que os agricultores atuem de forma ecologicamen-te correta. “O produtor que plan-ta com semente certificada, reser-vas registradas e cumpre uma sé-rie de exigências ambientais preci-sa ter uma compensação porque investiu mais”, explicou.

llA agropecuária lidera, mais uma vez, o desempenho positivo do Pro-duto Interno Bruto (PIB) nacional, registrando crescimento de 3,6% em relação ao quarto trimestre de 2013.

Neste mesmo período, o PIB do Brasil aumentou apenas 0,2%. Os dados foram divulgados pelo Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE) no início do mês.

A Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lembra que, enquanto o setor agropecuá-rio apresentou alta de 2,8% quan-do comparado ao primeiro trimes-tre do ano passado, o PIB nacional cresceu 1,9% no primeiro trimes-tre de 2014.

Apesar dos problemas climá-ticos observados em 2014, a sa-fra brasileira de grãos e fibras de-verá atingir o recorde de 191,2 mi-lhões de toneladas, justificando as expectativas de crescimento do se-tor neste ano.

No primeiro trimestre, desta-cam-se a soja, o arroz e o feijão pri-meira safra, que registram aumen-to de produção de 6,35%, 7,69% e 55,46%, respectivamente, con-tribuindo para o bom desempenho da agropecuária.

A expectativa é de que, no pró-ximo trimestre, o setor agropecuá-rio mantenha a tendência de cres-cimento. Isto porque, nos meses de abril, maio e junho, há o térmi-no da colheita da safra de verão e

o início da colheita da segunda sa-fra e da safra de algodão, que de-verão sustentar o crescimento do PIB. Também se encerrará no pró-ximo trimestre a colheita do café e da cana-de-açúcar, mas estas du-as culturas devem registrar queda, em função de problemas climáticos.

Agropecuária cresce 3,6% no 1º semestreFINAçAS CNA prevê mais reforço para o PIB com colheita recorde de 191,2 milhões de toneladas

ELZA FIÚZA/AGÊNCIA BRASIL

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21AGROJunho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

llO mercado de software está in-vadindo o campo de maneira ágil e repentina. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) revelam que, cada vez mais, a tecnologia se consolida no setor de agronegócios como alternativa pa-ra enfrentar os desafios e as incerte-zas do ramo, como variação climá-tica e controle de pragas e insetos, além de aumento da produtividade das lavouras.

Um exemplo disso é a inovado-ra plataforma lançada pela empresa brasileira Olearys, que já foi instalada em diversas lavouras e vem demons-trando excelentes resultados, com a redução de até 60% na aplicação de defensivos agrícolas e contribuição para minimizar a poluição da água doce, já que reduz 52% das opera-ções de pulverizações nas lavouras.

Nas regiões de Nova Mutum, no Mato Grosso, e nas localidades de Goiás e São João da Aliança, em Goiás, por exemplo, em pouco mais de dois meses, a empresa implemen-tou a plataforma e já conseguiu resul-tados positivos no controle preven-tivo da ferrugem da soja. Foram ins-taladas oito estações meteorológi-cas para o monitoramento da região.

Outro caso que o banco de da-dos da plataforma Hemisphere con-segue prevenir é o da ferrugem do eucalipto – doença que ocasiona a desfolha precoce das plantas em até 40% -, um dos principais responsá-veis por perdas econômicas no culti-vo do mesmo, que representa 74,8% dos 6.515.844 hectares de flores-tas plantadas no Brasil. Além da so-ja e do eucalipto, a plataforma pode ser adaptada para culturas de toma-

Tecnologia da informação invade os campos agrícolasSOFTWARE Além da soja e do eucalipto, plataforma tecnológica pode beneficiar produção de tomate, batata, uva, trigo, maçã, folhosas e feijão

te, batata, uva, trigo, maçã, folhosas, feijão, entre outras.

Em 2012, houve um crescimen-to de 47,3% na receita de softwa-re no setor e esse número sobe pa-ra 72,5% quando se analisa o perí-odo de 2010 até 2012. Atualmente, a tecnologia na agricultura é a prin-cipal responsável pelo aumento de cerca de 70% da produtividade agrí-cola do país, representando mais de 23% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gerando 37% dos em-pregos no país.

A principal inovação desta tec-nologia consiste na integração da es-tação meteorológica com um siste-ma de informática que coleta os da-dos ambientais no micro das lavou-

ras, transformando-as em coeficien-tes de risco que indicam se o clima está ou não favorável para a ocorrên-cia da doença.

O acesso ao conhecimento científico se dá pela internet através de uma senha que é transferida pa-ra o usuário. Tais sistemas são a evo-lução da fitopatologia, contribuindo para a efetivação de práticas cien-tíficas que promovem o desenvol-vimento sustentável da proprieda-de agrícola.

A plataforma dispõe de diversos aplicativos e funcionalidades para o produtor agrícola, que obtém o co-nhecimento científico pela internet, em tempo real e é avisado sobre as variações climáticas via SMS, com

até 15 dias de antecedência.Por meio do monitoramento cli-

mático, a plataforma Hemisphere transforma dados em conhecimen-to, ou seja, informações que fazem a diferença para o agricultor, trazen-do benefícios como redução do uso do agrotóxico, economia de água e energia e aumento da produtivida-de. Na prática do campo, é capaz de processar um vasto banco de dados ambientais e gerar conteú-dos personalizados para os agricul-tores monitorarem o microclima das lavouras – determinando, assim, a possível ocorrência das doenças e pragas que influenciam nos impac-tos econômicos, sociais e ambien-tais de cada região.

Como o cenário da agricultura brasileira é fortemente influenciado pelas mudanças climáticas globais, centenas de profissionais trabalham para que nossa agricultura esteja preparada para enfrentá-las e consiga se antecipar à chegada das epidemias para evitar o grande desperdício. E a plataforma age com esse propósito

Tiarê Balbi Gerente de operações da Olearys

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22 CEASAS Junho de 2014 Jornal Entrepostowww.jornalentreposto.com.br

llNo fim de maio a Ceasa Campi-nas promoveu duas ações educa-tivas voltadas para alimentação. A primeira, no dia 28, aconteceu na Cozinha Experimental da Ceasa e faz parte do Projeto Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia.

Fruto da parceria com o Fun-do Nacional de Desenvolvimen-to da Educação (FNDE) e do Mu-nicípio de Campinas, a iniciativa uti-liza a horta escolar como eixo gera-dor de mudanças na cultura da co-munidade, com relação à alimen-tação, saúde e qualidade de vida. No evento educadores aprende-ram uma receita de bolachinhas salgadas com ervas finas. A segun-da ação ocorreu no dia 29. Promo-vida pelo Departamento de Alimen-tação Escolar, a oficina reuniu pro-fissionais escolares – cozinheiras, diretores, professores e agentes de educação – abordando alimenta-ção durante o primeiro ano de vida.

De acordo com a nutricionista palestrante, Jumara Machado, du-rante essa fase os bebês apresen-tam um forte desenvolvimento de habilidades psicomotoras e neu-rológicas. “Erros de conduta po-dem desencadear dificuldades de aprendizagem e crescimento, tan-to agora quanto no futuro”, disse.

Ceasa Campinas promove ações educativas

llA Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Coordena-ção das Subprefeituras, deu início às obras da construção dos 17 km de ci-clovia, que ligará a Ceagesp (Compa-nhia de Entrepostos e Armazéns Ge-rais de São Paulo), na zona Oeste, ao Parque do Ibirapuera, na zona Sul. Os recursos investidos são provenientes da Operação Urbana Faria Lima.

O projeto abrange seis trechos específicos, contando com a im-plantação de ciclovias nas aveni-das Doutor Gastão Vidigal, Briga-deiro Faria Lima, Hélio Pellegrino e com a adaptação do passeio exis-tente no canteiro central das aveni-das Professor Fonseca Rodrigues e Pedroso de Moraes, além da adap-tação da ciclovia já existente no tre-cho do Largo da Batata.

Ação contra dengue na Ceasa Ceará

TECNOLOGIA

Por Karla Camilall A dengue é uma doença pe-rigosa e quando manifestada da forma grave pode matar. Com o objetivo de prevenir e alertar so-bre a doença a Centrais de Abas-tecimento do Ceará (Ceasa/CE), por meio da equipe de Comunica-ção e Marketing em parceria com os profissionais do posto de saú-de, foi realizada no dia 2 de junho, uma ação nos galpões do entre-posto de Maracanaú.

Durante o evento serão distri-buídos panfletos e cartilhas. Os permissionários e clientes da Ce-asa também poderão esclarecer dúvidas com a enfermeira Eveli-ne Castro, coordenadora do posto de saúde da Ceasa. Haverá tam-bém alertas sobre a doença du-rante todo o dia na rádio Ceasa.

A ação foi motivada pelos inú-

Projeto de novo estacionamento comercial

CEASA-DF

ll A Centrais de Abastecimen-to do Distrito Federal (Ceasa-DF) deu início ao projeto de um novo estacionamento para feirantes e funcionários da Ceasa. Além de-les, comerciantes locais – ex: fei-ra dos importados, adega, loteria - também poderão aproveitar o es-tacionamento. A medida visa reser-var mais espaço para quem preten-de visitar a Ceasa, como em dias de feira e eventos, proporcionando mais segurança aos produtores e agricultores que diariamente pas-sam pelo Ceasa-DF.

Começam as obras para construção da ciclovia Ceagesp-Ibirapuera

Ao longo de toda extensão da ciclovia, será ainda executada toda a infraestrutura de iluminação, urba-nização, paisagismo, acessibilida-de e semafórica; como também ro-

tas de interligação com as estações de trem, metrô e espaços de lazer.

“Esta obra deverá incentivar o desenvolvimento da mobilida-de sustentável, já que vai se inte-

grar também aos meios de trans-porte público”, explica o secretário de Coordenação das Subprefeitu-ras, Ricardo Teixeira. Isso será pos-sível porque haverá ramificações que aproximam as ciclovias das es-tações Cidade Universitária, Pinhei-ros, Rebouças-Hebraica e Cidade Jardim, da CPTM.

Além disso, a obra beneficiará os ciclistas no deslocamento aos centros comerciais, como no caso da avenida Brigadeiro Faria Lima, e aos espaços de lazer, como os Par-ques do Povo, Ibirapuera e Villa-Lo-bos. A previsão de é que as obras sejam concluídas em 18 meses.

Fonte: SMSP- Secretaria de Coordenação das Subprefeituras - Coordenação de Imprensa

meros casos de dengue que surgi-ram no Ceará este ano. Segundo o boletim epidemiológico da Secre-taria da Saúde do estado do Ceará (Sesa), dos casos notificados em 2014, foram confirmados 3.002 em 83 municípios.

Destacam-se os municípios de Umari, Tauá, Pereiro, Alto Santo, Brejo Santo e Campo Sales com incidência acima de 300 casos por 100.000 habitantes.

Foram confirmados 56 casos graves da doença e três óbitos, sendo 50 casos de Dengue com Sinais de Alarme (DCSA) e seis ca-sos de Dengue Grave (DG). Dos três óbitos dois foram em Fortale-za e um em Maracanaú. Dos ca-sos confirmados de dengue a fai-xa etária de 20 a 29 anos predo-mina com 21% do total dos casos confirmados.

ll A Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) vai promover, a partir do dia 16 de julho, curso a distância para pessoas que mani-pulam alimentos.

O treinamento tem carga horária

de 60 horas e é gratuito. Será con-cedida uma declaração aos partici-pantes que passarem pela avaliação final. As inscrições começam no dia 16 de junho pelo site da agência (portal.anvisa.gov.br).

Curso oferece capacitação em manipulação de alimentos

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

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23Junho de 2014 Jornal Entreposto www.jornalentreposto.com.br

Participe da festa junina da Nossa Turma na CeagespllO Ceasa está pintado de verde do limão e amarelo do mamão. São Paulo e o Brasil deram uma pausa no protesto. Vamos deixar a Copa de 50 na lembrança e prestar uma ho-

menagem aos atletas que participa-ram daquela derrota. Coisas do an-tigo Maracanã.

As crianças da Nossa Turma fi-caram radiantes de felicidade: o Ser-

ginho da Banca Quero Ler deu ál-buns da Copa 2014. Aí o Toninho Sanches negociou com os netinhos e eles deram as figurinhas repetidas para a garotada.

Vários permissionários aderiram à onda e a banca de jornal passou a ser um point de arrecadação de fi-gurinhas dos craques. Cada profes-sora distribuiu 50 cromos para ca-da aluno.

Eles colaram no álbum e as repe-tidas são trocadas entre eles na ho-ra do recreio. Através das figurinhas eles reconheceram atletas que nos presentearam com material esporti-vo que se transformou em recursos para a entidade.

O craque Hulk, através do seu amigo Sérgio, da Topper, nos deu dois pares de chuteiras que servi-ram de prenda em nosso bingo.

O meio campista Hernanes, quando jogava no São Paulo, nos doou a camisa 10 que ele defen-deu bravamente. O gigante da de-fesa brasileira, Thiago Silva, nos brin-dou com a sua camisa autografada número 33 que ele vestiu no Milan, da Itália. E a criançada grita: Júlio Cé-sar lança a bola para Oscar que sem pestanejar ajeita para Neymar e é gol do Brasil.

Os meninos do Felipão vão transformando em realidade o so-nho da garotada humilde da nação: ser campeão de futebol vencendo as adversidades e driblando as dificul-dades. Que felicidade será o ama-nhã com Thiago Silva levantando e beijando a taça no novo Maracanã.

Na nossa Queima do Alho a Co-mitiva Arroxa o Nó foi a campeã. A querida Comitiva Capiau ficou em sétimo, mas está firme no páreo.

No próximo dia 19, o galpão dos carregadores se tornará um local sa-grado para a celebração da Missa de Corpus Christis e benção do Santís-simo, às 9 horas da manhã.

O celebrante será o padre Edil-berto Alves da Costa, natural do Piauí e vigário da Paróquia Nossa Senho-ra de Fátima da Vila Leopoldina e da Paróquia São Joaquim, no Jardim Humaitá. O concelebrante será o diácono Luis Carlos de Laet, da Pa-róquia Ambiental Santa Luzia da Ce-agesp. O presidente do Sindicar, se-nhor José Pinheiro de Sousa, convi-da toda a família ceagespiana para este momento de fé.

No próximo dia 27 vai ocorrer o arraial da Nossa Turma, no PBCF, entrada pelo portão 7. Atrações mu-sicais: Taís e Eduardo, Luigi, o can-tor rock country, o sertanejo Marcio Leni, a quadrilha caipira mirim e a co-roação da miss caipirinha e do mis-ter caipirinha, além de banda de for-ró e a quadrilha caipira da comunida-de. Renda totalmente revertida pa-ra a Nossa Turma. Prioridade: com-pra de uniformes. Venha prestigiar e saborear as delícias que nossas quituteiras vão preparar especial-mente para você.

www.jornalentreposto.com.brStyllo Cerealista aposta em parceria com produtoresllA Ceagesp faz parte da vida de Ailton Luís Rodrigues desde sua infância. Filho de permissioná-rios se tornou o responsável pe-los negócios em 1990, à frente da Styllo Cerealista. Nos dias de hoje a clientela da atacadista é diversifi-cada, são restaurantes, hotéis, lan-chonetes, distribuidoras e cerca de 20% supermercadistas.

Batata, cebola, alho, coco e ovos compõe a cartela de produ-tos comercializados pela Styllo.

Logística é diferencial na Morena FrutasllA história da Brasnica Frutas Tropicais começou em 1967, ainda na cidade de Registro, interior do estado de São Paulo, com o plan-tio de banana, maracujá e verdu-ras. Já em meados da década de 80, Yuji Yamada visando a expan-são do negócio, encontrou no cer-rado mineiro, mais precisamente em Janaúba, a oportunidade ide-al, tornando a Brasnica pioneira no plantio de banana prata no norte de Minas Gerais.

Rede Orgânica oferece produtos certificadosllA Rede Orgânica faz parte do Grupo Horta, formado por quatro empresas – Rede Orgânica, Cul-tivar Orgânicos, Hydro Salads e Master Salads – dedicadas à pro-dução e distribuição de produtos alimentícios e processados desde 1993.A empresa oferece alimen-tos certificados, garantindo a ori-gem orgânica dos produtos. A Re-de Orgânica segue rígidos contro-les de higiene, qualidade e respei-to ao meio ambiente.

Produtos para culinária oriental na Agro NippollCriada por imigrantes japone-ses, a Agro Nippo é especializada na produção e comercialização de produtos saudáveis. Desde 1971 a empresa une tecnologia e cuida-do artesanal na produção que in-clui broto de feijão, soja, massa de peixe, massa de batata, grãos, ce-reais e cogumelos. Líder no seg-mento de produtos para culinária oriental, a permissionária sempre foi inovadora. O Tofu foi o primeiro a ser lançado em caixinha.

Experiência e qualidade na Importadora RaminhollJosé Ramos da Silva, conheci-do como Raminho, atua no ramo de hortifruti desde a década de 70. Vindo de Maceió para São Paulo, atuou no Mercadão, como ajudante no grupo Sônia Maria. Com o tem-po passou por auxiliar e gerente de vendas. Até que no fim da déca-da de 90 nasce a Raminho Impor-tadora.

Atualmente, a empresa conta com a matriz no Mercadão e filiais na Ceagesp e Ceasa Santo André.

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