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Veja nesta edição: Funcionários devem fortalecer luta diante das promessas vazias do Governo Pág.5 Secretaria foi notificada oficialmente de indicativo de greve Pág.6 Conquistas na Capital: temos o que comemorar neste ano de 2013 Pág.11 Oi motivos para deflagrarmos a greve Pág.3 Ano 22 Janeiro e Fevereiro de 2014

Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

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Publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Educação Pública do RN.

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Page 1: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

Veja nesta edição:

Funcionários devem fortalecer luta diante das promessas

vazias do Governo

Pág.5

Secretaria foi notificada oficialmente de indicativo

de greve

Pág.6

Conquistas na Capital: temos o que comemorar

neste ano de 2013

Pág.11

Oi motivos para deflagrarmos a greve

Pág.3

Ano 22 Janeiro e Fevereiro de 2014

Page 2: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

Produção: L4 Comunicação

Jornalista responsável:

Leilton Lima DRT/RN 579.

Diagramação:

Marknilson Barbosa.

Revisão: Silvaneide Dantas

Endereço: Av. Cel. Estevam, 1139

- Cond. CECOM - Sala 09 - Alecrim -

Natal/RN - Fone/fax: (84) 3212-2388

E-mail: [email protected]

Av. Rio Branco, 790 - Centro - Natal/RN - Fones:(84)3211-4434ou (84)3211-4432 E-mail: [email protected]

www.sintern.org.br

EXPEDIENTE

ARTIGO

Fátima CardosoPedagoga e Coordenadora Geral do SINTE/RN

ão Iniciar o ano letivo. A categoria não pode pergun-tar qual o mo-

tivo para não se iniciar o ano letivo. Quiçá que a rebeldia do dia a dia, que os gritos por justiça, que toda a vida inquieta que movimenta nossos desejos se transfor-mem em decisão. Decisão que deve fazer em si mesmo o ca-minho para a comunhão com os que lutam. É como um ato que vem de dentro, revolucionando a cada um. Deve instaurar uma única medida: o pensar. Pensar no seu tempo, apesar dos obstáculos, da indiferença dos gestores, e como “em-prestar” um pouco de si para o outro. O outro que é você dentro da categoria. Quando deflagra-mos greve, vem sempre a pergunta “o que deixou de ser feito para se tomar tal decisão?”. Para alguns é o óbvio, mas outros ainda precisam pensar nessa de-

cisão. São estes que queremos provocar, chamar de fora para dentro dos caminhos e fazer as transformações. Nesses anos de luta, a categoria criou valores que produzem novas práticas. Por isso, é importante este confronto consigo mesma, para que diante doconflitonãoexistaaneutra-lidade. Em 2014, não podemos nos permitir o questionamento de por que entrar em greve. Não podemos nos fragilizar com a propaganda do Governo. Quando chegar-mos ao local de trabalho e nos

depararmos com as antigas histórias, devemos reafirmar que a disposição de enfrentar o que parece avassalador é maior, por se tratar da defesa dos direi-tos legais, da moral e da ética. Como cidadãos, temos a prer-rogativa de sermos partícipes da construção de uma história mais justa. OfilósofoPlatãoafir-mou em seu tempo que a melhor contribuiçãodaFilosofiaédis-tinguir o aparente da essência. Levando isso para o campo das nossas disputas de classe, podemos dizer que o aparente

é quando o Governo tenta con-tagiar a categoria com anúncio de corte de salários, veiculação de propagandas fantasiosas, pedindo a ilegalidade da greve e ameaçando a reposição das aulas. Já a essência nos dá um comando: não renunciar dos nossos direitos e à nossa capacidade de reagir e lutar por causa do medo, do conformis-mo e da acomodação. Muitos tentarão des-truir nossa luta. Os sócios desse negócio fazem com prazer a súmula do Governo. Talvez aqui entre a pergunta: qual a essência do movimento paredista? Muitas situações se repetem a cada conflito vivido. A nossa obra é tornar o momento essencial e anistiar todos os medos e conflitos como condição para reparar-mos as injustiças. Nada mais pode ser considerado funda-mental senão o ato de trans-formar. A luta bate à porta do seu lugar de trabalho, bate à sua porta, precisamos estar de braços e corações abertos para dizer sim.

Os caminhos do pensar para transformar

N “

Não podemos nos fragilizar com a propaganda do Governo. Quando

chegarmos ao local de trabalho e nos depararmos com as antigas histórias, devemos reafirmar que a disposição

de enfrentar o que parece avassalador é maior, por se tratar da defesa dos direitos legais, da moral e da ética.

Como cidadãos, temos a prerrogativa de sermos partícipes da construção de

uma história mais justa.

2 Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Coordenação Geral: José Teixeira da Silva , José Rômulo Arnaud Amâncio e Maria de Fátima Oliveira Cardoso

Diretoria de Organização: Maria Vicência A. dos Santos e Francisco de Assis Silva

Diretoria de Administração e Finan-ças: Maria Luzinete Leite de O. Pinto e Cristiane Medeiros Dantas

Diretoria de Assuntos Jurídicos: Vera Lúcia Alves Messias e Milton Urbano Aires

Diretoria de Comunicação:Ionaldo Tomaz da Silva e Francisco Leopoldo Nunes

Diretoria de Relações Sindicais: Mar-condes Alexandre da Silva eFrancisco Alves Fernandes Filho

Diretoria de Formação Sindical e Educa-cional: Eliane Bandeira e Silva e Alcivan Medeiros da Silva

Diretoria de Cultura e Lazer: Maria Beat-riz de Lima e Joildo Lobato Bezerra

Diretoria de Organização da Capital: Enoque Gonçalves Vieira e Sérgio Ricardo de C. de Oliveira

Diretoria de Relações de Gênero: Maria Inês de Almeida Morais e Maria Gorete dos Santos

Diretoria de Aposentados: Marlene Sousa de Moura e José Arimateia França Lima

Diretoria de Org. dos Funcionários da Edu-cação: Raimunda Nadja de V. Costa e João Willams da Silva

Diretoria de Admi. da Casa do Trabalhador em Educação: Simonete Carvalho de Almeida

Diretoria de Org. da Educação Infantil: Sandra Regina de Moura e Gidália Ferreira de Andrade

Suplentes do Conselho Diretor: José Emerson E. da Silva Francelino, Marilanes França de Souza, Maria de Fátima Costa, Inalda Teixeira de Lira, Edvar Nunes Duarte, Jucyana Myrna Teixeira da Silva

Page 3: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

3Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

ntes mesmo de a pauta para 2014 ser apro-vada, o SINTE/RN já tem uma pré-pauta: o cumprimento do

Oito motivos paradeflagrarmos a greve

A acordo assinado em 29 de agosto e jogado no lixo pelo Governo Rosalba. Se a greve fordeflagradanoprimeirodiade aula de 2014, será porque o

(des)Governo do estado não deu resposta à categoria e a desrespeitou por todo esse tempo. A indiferença com a população e com a educação

pública empurra o Sindicato para coordenar a pressão em busca do resgate dos direitos dos cidadãos. Vejamos alguns dos motivos:

Page 4: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

4 Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Terço de hora atividadenovela do terço de hora-atividade começou em abril, quando foi julgada a liminar em favor da categoria, determi-

nando o pagamento a partir de abril das quatro horas/aula excedentes aos professores que estivessem com 24 horas semanais em sala de aula. O Governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal para não pagar, mas não obteve sucesso. O STF mandou que o estado cumprisse a sentença do Tribunal do Justiça do RN. Desde então, começa a luta incessante do SINTE/RN recorrendo, inclusive, ao pedido do bloqueio dos recursos para pagamento da sentença e a prisão do secretário de Administração, Alber Nóbrega. Até hoje, o juiz Luiz Alberto, da 5ª vara, não sentenciou o caso. O Sindicato precisou contratar um escritório de advocacia em Brasília para acompanhar e explicar em detalhes ao Ministro Marco Aurélio do que se tratava: o golpe que o Governo Rosalba

queria aplicar nos professores. Um investimento muito bem feito em prol da categoria e com resultados muito positivos para o objetivo a ser alcançado. Entretanto, somente com a greve o Governo começou a pagar aos 6 mil professores, mas aproximadamente 2 mil ainda estão de fora. Outros 1.500 apresentaram declarações de trabalho que foram protocoladas junto à SEEC.

U m a n o v a r e l a ç ã o está para ser entregue com aproximadamente 500 pessoas. O SINTE/RN já sabe que isso não será fácil, mas encabeçará mais essedesafio. A luta do SINTE/RN está sendo diária. Temos que pressionar as secretarias e cobrar o cumprimento da sentença judicial relacionada ao pagamento desses

quatro meses do 1/3 de hora-atividade. Além de pressionar e garantir que seja pago a quem não recebeu nenhuma parcela, acompanhar o pagamento a quem recebeu apenas uma parcela, fiscalizar o pagamento de quem recebeu três parcelas e buscar identificar quemdeixou de recebertodas as seis parcelas. Está aí um bom motivo para fazer a greve. Exigir respeito à categoria.

A

A armadilha do desconto indevido emnome do SINTE/RN

estratégia do Gover-no no mês de agos-to e setembro foi deduzir de quem

trabalha com carga suple-mentar e que havia recebido dinheiro a mais no pagamen-to. A direção do SINTE/RN contestou o posicionamento, pois o Governo não podia provar, nem tinha os dados para que os direitos dos professores fossem negados. O golpe foi aplicado e, para piorar a situação, foi efetua-do um desconto em nome do SINTE/RN. Para a direção do Sindicato, essa foi mais uma armadilha para tentar dene-grir a imagem do SINTE/RN perante a categoria e ganhar

uma conta-fantasma. Os problemas con-tinuaram. Mesmo negociado com o Governo em folha suplementar, na qual seria efetuado o pagamento de duas parcelas referentes ao 1/3 de hora-atividade para 1.300 professores ví-timas do descon-t o i n -devido, restituin-do com 22 dias de atraso, e o que foi subtraído do contracheque no mês de outubro sem a devida jus-tificativaeautorizaçãodessesprofessores, o Governo que-brou mais uma vez sua palavra.

A Agora resta-nos correr atrás do prejuízo, enfrentar as adversi-dades e organizar a categoria para todos os enfrentamentos n e c e s -s á r i o s

contra esse Governo descom-prometido com a educação.

Page 5: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

5Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Funcionários devem fortalecer luta diante das promessas vazias do Governo

enhuma reivindi-cação dos funcio-nários foi aceita. Nenhuma promes-sa foi cumprida. A

governadora Rosalba usou sua velha tática de empurrar com a barriga os direitos dos fun-cionários. A secretária Betânia chegou a reconhecer que tem o

N dever de representar mais de 8 mil funcionários que exercem função na educação. No termo de acordo, ficouaproposiçãode sairmoscom uma proposta para minimi-zar a diferença na remuneração. Para isso o SINTE/RN propôs assegurar uma complementação na remuneração nos mesmos

valores dos funcionários que estão recebendo pela via judi-cial. Solicitamos audiência com a secretária Betânia Ra-malho há mais de 60 dias para tratarmos dessa proposta e de outros pontos. Não tendo res-posta, a direção do SINTE/RN expôs a necessidade ao chefe de gabinete de operar a proposta,

jáquehaviaconfirmaçãodesuapossibilidade com os 40% dos recursos do FUNDEB. Sinais de interesse não faltam. Cumprir o interesse é que está difícil. Em resumo, tudo isso é conversa para ir empurrando com a bar-riga. Os funcionários precisam atentar pra isso e participar cada vez mais da luta.

Rosalba está se especializando em massacrar os funcionáriosada pode ser p io r que a indiferença, e nisso o Go-

v e r n o Rosalba está se especializando. É frio e massacra sem piedade e não esconde sua indiferença. Ao longo destes três anos assu-miu compromissos quando foi pressionada, mas pas-sada a pressão, voltava a

N revelar sua indiferença. Uma estratégia per-versa e que não pode ser esque-cida. Não é apenas o descum--primento do Plano de Carreira, são as diárias dos motoristas reduzidas, o PASEP que teve outra base de cálculo tirando o direito de muitos funcionários a recebê-lo integralmente, a portaria do ponto eletrônico, o assédio moral orquestrado

por ameaças e advertências em razão de atestados médicos ou de reclamação de direitos, mágoas, revolta e humilhações. Uma das tarefas do Sindicato tem sido combater essetipodeação.Serafirmativoe mostrar aos funcionários seus direitos e valores, mas o assédio moral persiste aos funcionários sobre a sua participação nas

mobilizações da categoria. Em 2014, não podemos permitir que prevaleça o que é dito nas propagandas do Governo. A voz que deve ser escuta-da é a do SINTE/RN, que chama à luta. Lutas feitas através das mobilizações, assembleias e greves.

Disponibilidade dos dirigentes do

SINTE/RNuem participa e acompanha a luta por uma educação pú-blica e de qua-

lidade no RN sabe o quanto o Governo tripudiou com o conjunto da categoria no período de greve, quando usou até de impedir a dis-ponibilidade dos dirigentes do SINTE/RN. Isso mostra que o Governo atacou com um blefe para desmontar o processo de mobilização da categoria e apresentar uma

versão dúbia do Sindicato para a sociedade. Estamos sem ne-nhuma disponibilidade, e a nossa entidade está de pé, e com certeza você agora é mais um que contribuirá para as vitórias e o sucesso das nossas lutas. Acreditamos agora que a luta pela disponibilidade dos dirigentes sindicais é um inte-resse da categoria, que deve retomar e seguir lutando sem abrir mão da pauta, sem con-dicionar essa reivindicação a nenhuma outra.

Q

AGENDA

Assembleia da Rede Municipal de Natal

O SINTE/RN convoca os educadores da rede municipal de Natal para uma assembleia geral no dia 4 de fevereiro de 2014, às 8:30, na Assem. A pauta é o indica-tivo de greve caso as condições aprovadas na assembleia de 10 de dezembro não sejam atendidas.

Assembleia da Rede Estadual

O SINTE/RN convoca a categoria da rede estadual para a primeira assembleia geral de 2014. Será no dia 22 de janeiro, data marcada para o início do ano letivo, na E. E. Winston Churchill. O horário será 8h30, mas a pauta já está certa: indicativo de greve e o ingresso de ações judiciais

Page 6: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

6 Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Secretaria foi notificada oficialmente de indicativo de greve

Sinte-RN enviou ofício à Se-cretaria Estadual de Educação, informando sobre a decisão de indicativo de greve para o dia 22 de janei-ro. No documento, o

Sindicato lista 9 itens do acordo definaldegrevequenãoforamcumpridos pelo Governo. Caso continuem sendo descumpridos, a greve já é dada como certa.

O que o governo prometeu e não cumpriu:

1. Revisão do Plano de Carreira do Magistério;2. Pagamento de uma Letra para os professores;3. Redimensionamento do porte dasescolasegratificaçãodosdi-retores;4. Modificação da portaria731/2003;5. Permanência da Letra quando da Promoção Vertical;6. Mecanismo de Concessão de Li-cenças-prêmios;7. Ajustedodéficitnacorreçãosalarialde 2013;8. Complementação na base salarial dos funcionários da educação;9. Convocação dos concursados.

O

Acompanhe as ações da Assessoria Jurídica do SINTE/RN

1) Ingresso de ação judi-cial para obrigar o estado a pagar as letras em atra-so desde a homologação do Plano de Carreira em 2006;

2) Continuar com o in-gresso de ações judiciais individuais referentes à negação do direito à promoção horizontal resultante de processos negados pelo Governo, licenças-prêmios, abono de permanência e promo-ção vertical;

3) Mandado de segurança individual para garantir a implantação do Plano de Car-reira dos funcionários;

4) Ação Judicial Individu-al para cobrar do Governo em dobro o pagamento das licenças-prêmios não gozadas quando ocorrer a aposenta-doria;

5) Ação Judicial individual para cobrar do Governo o pa-gamento do período superior a seis meses de trabalho quan-do for pedida a aposentadoria e não for publicada.

Como recorrer aos serviços da Assessoria

Jurídica

1) Em Natal, procure a sede do SINTE/RN com comprovante de residência, RG, CPF, Contracheque e preencha uma procuração para os advogados. Em al-gumas situações, o servidor deve portar uma cópia do processo administrativo negado pelo Governo;

2) Nas Regionais, procure a sede do SINTE/RN compro-

vante de residência, RG, CPF, Contracheque e preencher uma procuração para os advoga-dos e, em algumas situações, o servidor deve portar uma cópia do processo adminis-trativo negado pelo Governo;

3) Dúvidas devem ser enca-minhadas por email para [email protected] ou por te-lefone (3211-4434, 3211-4432, 9991-3504 ou 9991-3591)

Page 7: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

7Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

O SINTE/RN no enfrentamento ao assédio morals queixas dos traba-lhadores ao Sindica-to com relação ao assédio moral têm sido recorrentes.

Os abusos acontecem com os profissionais do estado e dosdiferentes municípios, inclusi-ve do município do Natal, nas relações entre quem domina e o dominado. Inicialmente, a direção do SINTE/RN pretende enfrentar essa situação contri-buindo para evitar que cenas que caracterizam assédio moral não aconteçam. Veja algumas condutas que o agressor pode usar:

A

1) Dar instruções confusas ou imprecisas ao trabalhador;

2) Designar novas tarefas sem treinamento;

3) Designar tarefas que são pe-rigosas ou inadequadas à saúde do trabalhador;

4) Bloquear o andamento do trabalho alheio;

5) Atribuir erros imaginários ao trabalhador;

6) Não repassar nenhum traba-lho ao funcionário, provocan-do sensação de inutilidade e

provocando-o nas avaliações;

7) Sobrecarregar os profissio-nais com trabalhos com prazos de entrega impossível de ser cumpridos;

8) Mudar turnos de horários de trabalho sem avisar com ante-cedência;

9) Ignorar a presença do traba-lhador na frente dos outros e/ou não cumprimentá-lo, ou não dirigir-lhe a palavra;

10) Fazer críticas ao trabalhador

em público ou brincadeiras de mau gosto;

11) Impor-lhe horários injusti-ficados;

12) Fazer circular boatos mal-dosos e calúnias sobre o tra-balhador;

13) Agredir o assediado so-mente quando o assediador e a vítima estão a sós;

14) Advertir em razão de atesta-dos médicos ou de reclamações de direitos;

15) Proibir o trabalhador de ir ao banheiro quando tiver necessi-dade ou vigiar o tempo em que permanece lá;

16) Colocar um trabalhador para vigiar o outro;

17) Proibir de tomar cafezinho ou reduzir o horário das refeições;

18) Assediar sexualmente;

19) Ameaças de violência.

O que caracteriza o assédio morals praticantes desse c r ime não conseguem perceber quan-

tas vezes repetem a mesma cena. O que pode acontecer ao assediador? Na esfera da justiça civil ele pode pedir indenização por danos ma-teriais e morais.

QUEM DEVE PROVAR O ASSÉDIO MORAL E QUE TIPO DE PROVA PODE SER USADA? Quem alega que foi assediado. As provas que servem para incriminar o as-

sediador podem ser mensagens de texto, testemunhas, bilhetes, convocações, cartazes, entre outras que possam comprovar a atitude. Já no caso do pedido de indenização por danos morais, as provas devem expor o sofri-mento e a humilhação sofridos pelo assediado.

A VIOLÊNCIA MORALQuem não leva a sério esse conteúdo não pode imaginar o quanto ele é comprometedor e os risco que implica aos traba-lhadores, inclusive com dados confirmados por organismos internacionais, como a Organi-

zação Internacional do Trabalho e a Organização Mundial da Saúde, que tem pesquisa sobre distúrbios da saúde mental e das condições de trabalho.

SITUAÇÕES QUE DEVEM SER OBSERVADAS Os chefes imediatos e superiores devem ter consciên-cia do que é assédio moral. O profissionaldeveterocuidadopara não julgar tudo como tal. Também não deve ter medo de acionar seu direito quando for assediado. A direção do SINTE/RN está convencida de que um

bom diálogo pode evitar certos conflitos e con-frontos. A conversa deve partir sempre dos direitos e deveres mútuos, sem aliciamento a nenhuma das partes. Nestes últimos dois anos, as queixas de assédio moral no serviço público têm sido crescen-tes. O SINTE/RN tem fei-to um esforço de contornar as situações sem recorrer a processo judicial. No entanto alerta que as vezes esta é a única maneira de coibir essa prática nefasta.

O

Page 8: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

8 Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Pontos positivos na luta do estado em 2013ela primeira vez ti-vemos uma resposta da justiça favorável

e que fez o Governo mudar de postura. A greve foi considerada Legal. Uma derrota para o Governo e para todas as prefeituras do estado. Algo

que marca a história de luta do SINTE/RN. O ganho do pagamento das horas extras referente ao 1/3 de hora-atividade. Uma conquista que não só representa ganhosfinanceiros como tam-bém a implementação do 1/3

P de hora atividade. O valor dessa conquistatemreflexosapartirdo momento que a categoria ganha mais qualidade de vida e possibilidade de exercer sua prática com mais conhecimento e rigorosidade. Algo que não pode se

perder no tempo: a greve foi o esteio para que a SECC im-plantasse a hora-atividade, mas nãoficamossónestaconquista.A forma de pagamento da greve foi diferente dos anos anteriores. Dessa vez, constou em acordo assinado que o grevista era quem apresentava a forma de repor os dias em greve. A Secretaria não selou as condições, houve uma inversão. Uma grande conquista que deve ser sustentada a partir de agora. Não vamos desprezar a correção dos salários. Só es-tamos conseguindo a correção anual por força da nossa luta. Os permanentes plantões nas secretarias, as lutas conjuntas com outros sindicatos, a greve, as paradas, os protestos e a vigilância que temos na apli-cação dos recursos deram as condições para emparedarmos o Governo e fazê-lo cumprir a lei 11.738/2008. Que venham osdesafiosde2014,estaremos,mais do que nunca, preparados para novas conquistas!

Garantias para que o ano letivo seja iniciado na rede municipal de Natal em 2014

1) Correção salarial em janeiro de acordo com o negociado na greve 2013 e em consonância com a a lei 11.738/2008;

2) Implementação da hora atividade e aplicação dos 33,33% da jornada de trabalho no planejamen-to, sendo 50% do tempo na escola e 50% fora dela. Para uma jornada de 20 horas, os professores terão 13 horas/aula com os estudantes e 7 horas para planejamento, sendo 3:30h de planejamento na

escola, e as demais fora dela. Para uma jornada de 30 horas, serão quatro dias do turno com as crianças e 10 horas para planejamento, sendo cinco na escola e cinco fora dela.

3) Correção do horário de tra-balho para os educadores infan-tis: no turno matutino, entrada às 7h e saída às 11:30h. Para o turno vespertino entrada às 13:00h e saída às 17:30h. Esse horário será aplicado para os Centros Municipais de Educa-ção Infantil de tempo integral e tempo parcial. O tempo escolar da criança não está condicio-

nadoàjornadadoprofissional.Cabe ao sistema de ensino ade-quar as condições para propiciar o direito ao aluno.

4) Garantia de recreio para os educadores infantis. A direção do SINTE/RN adverte que não existe recreio assistido, e parafundamentaraafirmação,temos o parecer 02/2003 do Conselho Nacional de Educa-ção, as Diretrizes Curriculares Nacionais, que ressaltam: “os momentos de recreio livre são fundamentais para a expansão da criatividade para o cultivo da intimidade dos alunos mas,

de longe, o professor deve estar observando, anotan-do, pensando até mesmo como aproveitar algo que aconteceu durante esses momentos para ser usado na contextualização de um conteúdo que vai trabalhar na próxima aula”. O Sindi-cato não vai aceitar que os educadores infantis deixem de gozar os mesmos direitos e prerrogativas que cabem ao conjunto da categoria.

5) Pagamento na mudança de padrão dos 277 Educado-res Infantis.

Page 9: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

9Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Proposta do SINTE/RN-RN para Unificar os Cargos, Carreiras e Remuneração

I- HISTÓRICO:1- Lei complementar 058/20042- Lei de Nº 5794/20073- Lei complementar 114/2010

II- Intervenção do SIN-TE/RN no processo de Unificação dos Cargos, Carreira e Remunera-ção.1- Foi contra a elaboração e aprovação da lei 5.794/2007, que criou o cargo de educador infantil.

2- Participou da comissão de elaboração da lei complementar 114/2010. Não conseguiu nego-ciar com a ex-prefeita Micarla de Souza a criação da carreira e remuneração em um só plano de cargos, carreira e remuneração.

3- Continuando o processo de luta pelo SINTE/RN, neste ano foi negociada com o prefeito Carlos a UNIFICAÇÃO NO CARGO, CARREIRA E RE-MUNERAÇÃO. III- Reivindicações do SINTE/RN.1- Cargo Único de Professor/a com duas vertentes: Docência e Suporte Pedagógico;

2-Disciplinar o Assessoramento Pedagógico- Lei Federal de Nº 11.301/2006;

3- Data-base de correção dos salários de acordo com a lei de nº 11.738/2008;

4- Incluir nas atribuições do profissionaldomagistérioinci-so que contemple a diversidade;5- Excluir nos princípios bási-cos- inciso I... no que se refere àprofissionalizaçãoapalavra“vocação”;

6- Quanto à formação:Para o nível I- Formação em curso superior de licenciatura plena para o magistério da edu-cação Básica.

Nível II- Formação em curso superior de licenciatura plena

e diploma de pós-graduação na área de educação ou na área de atuaçãoespecíficaemníveldeespecialização.

Nível III- Formação em curso superior de licenciatura plena, diploma de pós - graduação na área de educação ou de atuação específicaemníveldemestrado. Nível IV- Formação em curso superior de licenciatura plena, diploma de pós - graduação na área de educação ou de atuação específicaemníveldedoutora-do e, Nível V Pós-doutorado--Formação em curso superior de licenciatura plena, diploma de pós - graduação na área de educação ou de atuação especi-ficaemníveldePós-doutorado

7- Na estrutura da carreira criar mais 03 níveis e manter as 15 classes;

8- Para os Níveis aplicar per-centuais na carreira. Nas leis atuais, o mestre e doutor são gratificação;

9- Nos cincos níveis, incluir o PHD.

10- Os percentuais entre os níveis serão: 1.40 Especialista, 1.50 mestrado, 1.70 doutorado e 1.130 para PHD;

11- A primeira promoção ho-rizontalocorrerfindooestágioprobatório;

12- Retirar a Avaliação de De-sempenho- Não existe acordo por parte da SME;

13- Na parte que se refere aos fatores para a avaliação de de-sempenho retirar o inciso que trata da cooperação. 14- Remoção durante o estágio probatório... acrescentar por interesse do serviço público e do servidor;

15- Jornada de Trabalho- 20h para todos/as com salário inicial

do nível médio da educação infantil e segue a tabela salarial. A SME NÃO ATENDEU A REIVINDICAÇÃO DA CA-TEGORIA. Propomos ainda a jornada dupla com disciplina-mento direto na lei.

16- Inclusão do 1/3 de hora atividade- Lei 11.738/2008;

17- Para o ingresso na carreira, propomos que seja substituído “tenha prestado o concurso” por “esteja habilitado legalmente.

18- Da concessão das promo-ções: A primeira promoção deveráocorrerfindooestágioprobatório;

19- As promoções para as de-mais classes da carreira deverão ocorrer a cada dois anos. 20- Publicação e Pagamento das promoções: Publicar em outubro e pagar no mesmo mês da publicação;

21- No que se refere aos de-veres: No inciso em frequentar cursos legalmente, acrescentar na jornada de trabalho. No inciso “ comparecer pontual-mente ao trabalho e executar os serviços que lhe competirem por( determinação legal ou regulamentar) substituir por ... de acordo com a legislação em vigor.

22- No que se refere ao capítulo da qualificação profissional- Substituir 05 anos para ter di-reitoaqualificaçãoprofissionalpor “ Ter concluído o período do Estágio Probatório”;

23- Incluir um novo parágrafo sobre a licença para mestrado, doutorado e PHD “ Será asse-gurado o direito de dar conti-nuidade à licença do mestrado para o doutorado ou PHD com retorno a rede por período igual ao da licença;

24-Dasférias:Unificarasfériasde 45 dias para todos os docentes e suporte pedagógico;

25- Das Licenças- Retirar do parágrafo único as alíneas “a” para tratamento de saúde, por prazo superior a 90 dias consecu-tivos ou não, alínea “b” também retirar: por motivo de doença em pessoa da família, por 60 dias consecutivos ou não;

26- Nas disposições Finais no texto da cessão além, das insti-tuições de portadores de Neces-sidades Especiais, - acrescentar cedidos para assumir a gestão de-mocrática mediante convênios;

27- No capítulo da Aposen-tadoria, resguardar os direitos provenientes da lei 11.301/2006 e a emenda constitucional de nº 70/2012, que trata da aposenta-doria por invalidez;

28- ComaUnificaçãopropomosque a nova Lei institua a criação de 7.500 Cargos;

29- DO ENQUADRAMENTO.a- Quem tem formação em nível médio continuar como nível especial 1-NE1, ficandoasseguradoocoeficientedecor-reção salarial e todos os direitos e vantagens da nova lei;

b- Licenciatura curta Nível especial 2- NE2. Ficará a estes asseguradoocoeficientedecor-reção salarial e todos os direitos e vantagens da nova lei;

c-Enquadrarosatuaisprofissio-nais na tabela permanente, fazen-do a correspondência salarial do nível e da classe instituída pela nova lei, para garantir ganhos por força da nova lei;

30- Dos Aposentados(as). Garantir na lei a Integralidade e paridade entre ativos e apo-sentados.

Page 10: Jornal Extra Classe - Janeiro 2014

10 Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Sinte apresenta propostas para Gestão Democrática na Rede Municipal de Natal

epois de concluído o trabalho da co-missão instituída comafinalidadede

apresentar uma proposta para a gestão democrática em toda a rede municipal de Natal, que durou 90 dias, somando-se o

atraso na formação da comissão, a proposta chegou ao Conselho Municipal no dia 12 de novem-bro. A análise foi feita em três

seções e após contribuições fo-ram encaminhadas ao gabinete da secretária Justina Iva. A di-reção do SINTE/RN solicitou a ata das reuniões com o objetivo de melhor ofertar à categoria o conjunto das discussões, mas a atafinalaindanãofoientregueao SINTE/RN. A partir de então, a Assessoria Jurídica deve enviar a mensagem à Procuradoria do Município, que depois segue para o prefeito Carlos Eduardo e posteriormente para a Câmara Municipal de Natal. A direção do SINTE/RN apresentou propostas tanto na Comissão quanto no Con-selho Municipal de Educação e encaminhará propostas da categoria na forma de emendas ao projeto de lei quando tiver em tramitação na Câmara Mu-nicipal. As proposições foram oriundas de congressos reali-zados com os três segmentos, discussão com representantes de escolas, deliberações do Congresso do SINTE/RN e assembleias da categoria.

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Assembleia em janeiro decidirá deflagração da greve no início do ano letivo

calendário le-tivo do estado está previsto para começar

no dia 22 de janeiro de 2014. O Governo preparou--se para a Copa do Mundo, vai concluir a obra do es-tádio Arena das Dunas no tempo previsto. Enquanto isso, o teto das escolas caem, e os acordos assina-dos são esquecidos. Mas o Sindicato está atento e con-voca exatamente para esse dia a primeira assembleia do ano. Na ocasião, a di-

reção do SINTE/RN vai en-caminhar que, se o acordo firmado anteriormente não foi cumprido integralmente, deflagre-se a greve e o ano letivo fique suspenso até o Governo cumprir com suas responsabilidades. A categoria deve se preparar para o discurso falso do Governo. Em janeiro tem a correção do piso salarial por força de lei federal, tem o pagamento do terço de fé-rias para toda a categoria, e é possível que ocorra chan-tagem por parte do Governo do DEM. Com certeza dirão

que não sabem os motivos da greve e que foi uma atitude precipitada, entre outras con-versas desconexas que tentam desqualificar e imprimir no seio da população que não estamos sendo responsáveis. A convicção de que o Governo é o único responsável pelo prejuízo à educação deve ser trabalhada com alunos e pais. Devemos esclarecer de quem é a verdadeira responsa-bilidade. Quando convidamos a população a verificar em que condições os estudantes e profissionaisestãonasescolas,logo se percebe que a popula-

ção passa a lutar conosco. A população precisa saber que as poucas reformas feitas nas escolas foram com recursos do Governo Federal, e a merenda e o transporte es-colar também são subsidiados pela União, que a cada 10 dias repassa recursos para paga-mento de pessoal e custeio através do FUNDEB. A direção do SINTE/RN convoca todos a coloca-rem, nos murais informativos das escolas, os problemas que enfrentamos e a falta de com-promisso do Governo com a categoria.

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11Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

Conquistas na Capital: temos o que comemorar neste ano de 2013

luta faz a lei. Ini-ciamos 2013 com

a atualização do pagamento de

salários para toda a categoria; pagamento do 1/3 de férias em janeiro para os profes-sores da lei 058/2004 e, em março, para os educadores infantis, que recebiam na data em que faziam aniver-sário de ingresso no serviço público; tivemos um aumen-to de 10% na base salarial, maior que a correção do piso nacional, que foi de 7.97%; além do reconhecimento da dívida do magistério de 24,56% deixada pela gestão de Micarla de Souza. Foi aprovada a lei que determina a correção anual dos salários. Em julho, foram pagos os atrasados de parte da categoria, referentes às promoções já implantadas em 2009 e 2010 e às promo-ções verticais. Foi instalada a Mesa Permanente de Negociação, que tem reuniões ordinárias

A toda última sexta-feira do mês. Está sendo encaminhada a rea-lização do concurso público a partir de janeiro de 2014 para educadores infantis e demais professores dos componentes curriculares. A pressão exercida no prefeito fez com que ele se comprometesse a pagar, no mês de dezembro, a mudança de padrão de 277 educadores infantis. Arrancamos, ainda, o compromisso do governo muni-cipal de pagar em dezembro os atrasados referentes à promoção vertical de professores da lei 058/2004. E a maior celebração será ver educadores infantis e os professores da lei 058/2004 receberem suas férias coletivas em dezembro. Tudo isso só foi pos-sível devido à determinação da direção do SINTE/RN e da categoria que atendeu a todos os chamados de pressão e luta.

O negativo e inaceitável É inaceitável o tra-

tamento dado aos educadores infantis, a falta de respeito, principalmente na mudança de padrão para os portadores de diplomas que não sejam de pedagogia, mas que têm assegu-rado o direito do artigo 42 da lei complementar 114/2010. Essas questões jamais serão esquecidas: a má vontade com um segmento da categoria que já tem tratamento diferen-ciado e que já é explorado. Não podemos aceitar e permitir a violação de direitos, muito menos assistir à cena como se isso fosse natural. Na-tural será a greve que poderá ser deflagrada,casonãosejaimple-mentado o direito ao intervalo dos educadores infantis, que nãosejamodificadooseuho-rário de trabalho nos seguintes termos: para o turno matutino a entrada é às7h, e a saída, é às 11h30. Para o turno vespertino a entrada é às 13h e a saída, às 17h30. Esse horário deve ser aplicado tanto para os educa-dores infantis que trabalham

em tempo parcial como também para o tempo integral e por aplicação do 1/3 de hora-atividade para todos os educadores(as) da Rede Municipal de Natal. Também não po-demos esquecer a forma como foram calculadas as férias dos gestores exo-nerados em fevereiro de 2013. Um cálculo errado e que fere o direito de quem trabalhou, mesmo sabendo da exoneração e não deixou a comunidade escolar à deriva. Um parecer de um funcionário da SE-GELM levou a Secretaria a acatar e deixar de pagar corretamente o que é de-vido a 42 profissionais.Continuamos na luta e convocamos todos os prejudicados a ingressa-rem na Justiça através da Assessoria Jurídica do SINTE/RN.

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PARA REFLETIR

12 Janeiro e Fevereiro de 2014 I Extra CLasse

O Guardião do Casteloerto dia, num mosteiro zen--budista, com a morte do guar-

dião, foi preciso encontrar um substituto. O grande Mestre convocou, então, todos os discípulos para de-terminar quem seria o novo

sentinela. O Mestre,

com muita tranquilidade, falou: - “Assumirá o posto o primeiro monge que re-solver o problema que vou apresentar. Então, ele colocou umamesinhamagnífica nocentro da enorme sala em que es-

tavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcela-na muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo, e disse apenas: “Aqui está o proble-

ma!”; To d o s f i c a r a m olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro. O que repre-sentaria? O que fazer? Qual o enigma?

Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os compa-nheiros, dirigiu-se ao centro da sala e... zapt!... des-truiu tudo, com um só golpe. Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse: “Você será o novo Guardião do Castelo.”

Não importa qual o proble-ma. Mesmo que seja algo lindíssimo. Se for um pro-blema, precisa ser eliminado. Um problema é um proble-ma. Mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou. Por mais lindo que seja ou tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, tem que ser suprimido. Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço inútil em seus co-rações e mentes. Espaço esse indispensável para recriar a vida. O passado serve como lição, como experiên-cia, como referência.Serve para ser relembrado e não revivido. Use as ex-periências do passado no presente, para construir o seu futuro. Necessariamente nessa ordem!

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