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Em Bananeiras serão três dias de festa e em Solânea, oito. A redução no cronograma do evento foi necessária segundo os prefeitos, respectivamente, Douglas Lucena e Beto do Brasil, por conta da seca que assola os municípios. Página 11 Junho de 2013 Ano 01 - Edição nº 0002 - Solânea-PB Tiragem: 2.000 Focando a Notícia @focandoanoticia [email protected] R$ 1,75 São João atrai turistas e movimenta economia em Bananeiras e Solânea Juiz Osenival abre o jogo sobre sua conduta nos processos eleitorais de Solânea e nega parcialidade Página 06 Seca provoca colapso total no abastecimento e obriga moradores a comprar água em Solânea Página 04 Aos 103 anos de idade, ex- parteira dá exemplo de vida e vitalidade no município de Solânea Página 14

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Em Bananeiras serão três dias de festa e em Solânea, oito. A redução no cronograma do evento foi necessária segundo os prefeitos, respectivamente, Douglas Lucena e Beto do Brasil, por conta da seca que assola os municípios. Página 11

Junho de 2013 Ano 01 - Edição nº 0002 - Solânea-PB Tiragem: 2.000

Focando a Notícia @focandoanoticia [email protected]

R$ 1,75

São João atrai turistas e movimenta economia em Bananeiras e Solânea

Juiz Osenival abre o jogo sobre sua conduta nos processos eleitorais de Solânea e nega parcialidade Página 06

Seca provoca colapso total no abastecimento e obriga moradores a comprar água em Solânea Página 04

Aos 103 anos de idade, ex-parteira dá exemplo de vida e vitalidade no município de Solânea Página 14

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EDITORIAL

O socorro chega de várias formas. O governo do es-tado manda carros-pipa, o governo Federal também por meio do exército. As prefeituras fazem sua parte, instalam em vários pontos das cidades caixas d’água – resgatando os antigos chafarizes - para tentar minimizar a sede ar-dente provocada por uma das secas mais violentas ocor-ridas nos últimos 50 anos. Quem não consegue ser socor-rido pelo poder público ‘dá seus pulos’ e compra o líquido que, de tão precioso, tem custado caro.

Toda essa narrativa, no entanto, não estaria sendo escrita e o debate não seria necessário se o que hoje é um socorro emergencial tivesse sido, anos atrás, uma preven-ção. Os governos, em qualquer de suas esferas, conhe-cem bem a realidade do chão rachado que, infelizmente, deixou de ser um (des) privilégio do Sertão nordestino. Definitivamente, o mar virou sertão.

A seca, de tão previsível que é, continua e perdura há séculos sendo uma discussão velha e, ao mesmo tempo, recente. Somos obrigados a comentar o tema diariamente porque há meses a chuva não cai no nosso Agreste, Brejo e em outras regiões da Paraíba. O que não se entende é: por que um debate tão antigo ainda consegue ser tão tris-temente atual nas vidas dos paraibanos?

As alternativas são inúmeras para prevenir os efeitos desse fenômeno natural que seca as torneiras e desseca a vida de centenas de famílias que sofrem e só não choram mais porque as lágrimas secaram junto com a dificuldade de sobreviver ao problema.

Poços artesianos, barragens, açudes, adutoras, trans-posição do Rio São Francisco. Essas são algumas opções que os políticos de boa vontade têm para evitar que os efeitos da seca sejam tão desastrosos em nossas cidades. Mas, é preciso ter coragem para promover ações que, no futuro, serão pretexto para deixar de ter motivo de se va-ler da ingenuidade de toda uma população para angariar votos.

Com a seca vêm também os discursos vazios de quem nada fez, ou faz, para tentar minimizar a questão. É por ela que dezenas de ‘bem intencionados’ se põem a cami-nhar pelas estradas no intuito de dizer: estou aqui, vim para ajudar. Porém, onde estavam eles quando era pos-sível tomar providências que evitassem o caos que hoje estamos vivenciando?

Claro, não podemos negar que alguns passos já foram dados. Entretanto, andar sozinho nessa rodovia seca não vai resolver.

O momento não é para tiroteio entre adversários, o momento é para a união de forças de todos. Políticos (Executivo e Legislativo), sociedade (pobres, ricos, classe média), seja quem for, venha de onde vier é hora de parar de falar quem fez ou quem deixou de fazer e arregaçar as mangas pensando que, lá na frente, poderemos fazer da seca um assunto desatualizado e o qual ninguém precisa mais falar, porque ela vai sim existir, isso é inevitável, mas suas consequências serão muito pequenas ou quase inexistentes.

Somente a união de forças em torno de uma vonta-de única, que é enfrentar o problema, poderá fazer da seca um fenômeno natural encarado como algo normal que acontece em qualquer parte do planeta, mas que não provoca resultados tão desastrosos como a migração de pais de família, a fome e o pior, a morte.

E, nessa briga, os cidadãos também têm suas obriga-ções. Atitude como cuidar da nossa natureza, não provo-car queimadas e desmatamentos, não poluir os rios e o ar, não jogar lixo nas ruas, não entupir bueiros com entulhos e, principalmente, não desperdiçar a água com banhos demorados ou torneiras abertas na hora de escovar os dentes e lavar louças ajudam imensamente nessa batalha. Sejamos juntos, governos e sociedade, um só nessa luta diária pelo enfretamento da seca.

Opinião

JORNAL FOCANDO A NOTÍCIAEdição: Nice Almeida - Jornalista - DRT 2660 Diretor Administrativo: Luís CarlosDiretor de Arte: Luís CarlosRedação: Rua Arlindo A. Dantas, nº 107, Solânea-PBDepartamento comercial: Execut Publicidade (83) 3363-2744

AVISO IMPORTANTE: O Jornal Focando a Notícia não se responsabiliza pelas informações conti-das nos comentários do leitor. Eles não emitem, necessariamente, a opinião do JORNAL. Também não se responsabiliza pela autenticidade dos anúncios publicados, nem pela credibilidade dos anunciantes e a qualidade dos produtos por eles oferecidos, sendo todos de única responsabili-dade dos próprios anunciantes.

UMA PRODUÇÃO DAS EMPRESAS FOCANDO A NOTÍCIA DE CNPJ: 11.289.729/0001-46 COM A EXECUT PUBLICIDADE DE CNPJ: 10.870.515/0001-04

“Parabéns a direção e a organizaçãoo deste envento popular regional e educacional para a ci-dade de Solânea, eventos como esse traz conheci-mento para os jovens, in-centivando para a cultura e não para as drogas mil vezes parabéns a todos organizadores, e torço que festividades culturais iguais a estas aumentem em Solânea, breve con-suiguirei algums reforços para esses afins, onde estiver...”

Pablo Vicente, sobre Projeto Cultura na Pra-ça realizado em Solâ-nea.

“Eu gostei, mais um jornal. Parabéns pelo jornal Focando a Notícia”

Damião José da Sil-va (Princesa Isabel)

Sua participação com comentários, denúncias e opiniões, deve ser enviada para esta coluna pelo email:

[email protected] com nome completo, telefone e cidade que permita confirmação.

Opinião do leitor

“Muito organizado o evento de lançamento do Jornal Focando a No-tícia e muito bom o jor-nal também. Parabéns a toda a equipe”.

jornalista Beth Tor-res (João Pessoa)

“Parabéns a toda a equipe do jornal Focan-do a Notícia pelo novo meio de comunicação que o Brejo tem agora”.

Deputado Trócolli Júnior

Quero agradecer a toda equipe do Jornal Focando a Notícia pela

força a família de Ma-ressa, vou pedir pra elas guardarem um jornal pra quando eu for ai, vê. O primeiro exemplar de muitos que virão.

Evaldiana Ferreira (São Paulo)

Parabéns a equipe do jornal Focando a Notícia e boa sorte. O Brejo merece um periódico de nível que aborde os principais assuntos da região de forma imparcial.

Jornalista Hyldo Pereira (João Pessoa)

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PolíticaVereador quer explicações do Ministério Público para falta de promotor em Bananeiras

O vereador de Ba-naneiras, Augus-to Aragão Filho ( G u g a - D E M ) ,

denunciou o descaso que tem ocorrido no municí-pio motivado pela ausên-cia de um promotor titular na comarca. De acordo com o parlamentar, há dois anos a falta de um representante do Ministé-rio Público na cidade tem provocado um acúmulo no número de processos. Além disso, a população fica sem ter onde formular suas denúncias. A infor-mação do órgão ministe-rial é de que o promotor titular está ocupando um cargo comissionado e, por isso, não pode dar expe-

diente em Bananeiras.

“Desde a saída do Dr. Onésimo, há mais de dois anos, a comarca não tem representante do Minis-tério Público, o que vem acarretando, para todo cidadão bananeirense, prejuízos no que diz res-peito às necessidades das demandas da população. Não há um representan-te do Ministério Públi-co que atenda as reais necessidades da popu-lação, não há ninguém quando se chega lá para se fazer a denúncia”, re-clamou Guga Aragão.

A promotora substitu-ta, segundo o vereador, dá

expediente apenas uma vez por semana na cida-de e não tem condições de dar andamento a todos os pleitos dos cidadãos. “Tem, uma vez na sema-na, a promotora substitu-ta que é a Dra. Miriam. Só que ela só vem uma vez na semana, ou seja, só faz audiência, atende uma ou outra pessoa, mas não tem nenhuma condição de dar conta da demanda do nos-so município. Quem tem processo no fórum sabe que o processo está len-to, especialmente quando há a necessidade, quando a lei exige a participação, no processo, do Minis-tério Público”, enfatizou.

Para piorar a situação, o vereador Guga desco-briu que, oficialmente, há um promotor titular designado para Bananei-ras, mas que nesses dois anos nunca apareceu no município. “Eu andei pes-quisando essa semana e o pior de tudo é que eu descobri que desde a sa-ída de Dr. Onésimo existe um promotor titular de-signado para Bananeiras. Trata-se do Dr. Raniery da Silva Dantas. No site do Ministério Público cons-ta como promotor titular

da comarca de Bananei-ras só que, até onde eu sei, até onde me consta, ele nunca pisou aqui”, denunciou Guga Aragão.

Ministério Público in-forma que cargo co-missionado impede presença de promotor

De acordo com o ve-reador Guga, o Ministé-rio Público informou que o promotor titular da co-marca, Raniery da Silva Dantas, está impossibili-tado de comparecer em Bananeiras e assumir sua titularidade porque está ocupando um cargo co-missionado na Procura-doria de Justiça da Para-íba que o impede de dar expediente no município.

“Liguei para o Ministé-rio Público para saber a razão de não ter promotor na nossa comarca e eles informaram de que tinha a Dra. Mirian substituindo. Tudo bem ela vem aqui uma vez por semana, faz o seu trabalho até onde é possível, até porque ela é titular de outra comarca e o acúmulo de serviço é muito grande e não con-segue dar conta de nossa população. E eu perguntei

por que o Dr. Raniery, que é o promotor titular de nossa comarca não vinha aqui? Fui surpreendido com a resposta de que ele não viria para Bananeiras porque está exercendo uma função comissiona-da na sede da Procurado-ria de Justiça da Paraíba”, explicou o parlamentar.

Indignado com a res-posta obtida Guga Aragão sugeriu que o promotor abrisse mão de sua vaga para que outra pessoa as-suma a responsabilidade por Bananeiras. “Eu con-fesso que até certo pon-to fiquei indignado, cons-trangido com a situação. Não sei por quê? Não en-tendo a razão de sermos premiados com a retirada de um promotor nome-ado para nossa comarca para exercer um cargo no Ministério Público na Pro-curadoria de Justiça, um cargo comissionado. Eu acho que se ele não fos-se exercer o cargo deve-ria pelo menos deixar de-socupado permitindo que outra pessoa possa ocu-par. Não entendo corre-to. Vou pessoalmente na sede da Procuradoria de Justiça saber mais expli-cações”, informou Guga.

Assembleia Legislativa da PB aprova requerimentos de Domiciano Cabral que beneficiam Solânea

A Assembleia Legis-lativa da Paraíba aprovou requeri-mentos do depu-

tado estadual, Domiciano Cabral (DEM), que irão beneficiar o município de Solânea. Entre as soli-citações do parlamentar feitas ao Poder Executi-vo estão a construção do ginásio Poliesportivo na Escola Estadual de Ensi-no Fundamental e Médio Padre Geraldo da Silva Pinto. Além disso, foram

aprovados requerimentos que pedem a construção de um Matadouro Público e a instalação de uma Es-cola Estadual Profissiona-lizante na cidade.

“A construção de giná-sios e escolas no municí-pio, por exemplo, propor-ciona mais educação para jovens e adolescentes e evita o uso de drogas, que tem sido um dos maiores problemas do nosso país. Com relação ao matadou-ro, é importante que a cidade tenha um espaço como esse para que se-jam mantidas a higiene e a qualidade nutricional das carnes que serão ven-didas à população”, res-saltou Domiciano.

Aprovados os reque-rimentos que beneficiam Solânea, o Governo do

Estado é imediatamente informado a respeito das solicitações. Após isso, técnicos da Secretaria do Planejamento (Suplan) – ou qualquer secretaria responsável pelo anda-mento da proposta - ini-ciam um estudo para via-bilizar os pedidos.

Para isso, o deputado também se mantém alerta cobrando das autoridades responsáveis uma respos-ta para seus pedidos. “Se-manalmente nós entra-mos em contato com as Secretarias do Estado pe-dindo agilidade nos reque-rimentos. Paralelamente a isso, temos uma pessoa que visita as Secretarias, entre elas a Suplan, para formalizar ainda mais os pedidos e obter um crono-grama das ações”, infor-mou Domiciano Cabral.

O deputado es-tadual Raniery Paulino (PMDB) solicitou ao Go-

verno do Estado, por meio de requerimento aprovado na Assembleia Legislativa, que sejam instalados restaurantes populares para os ser-vidores estaduais mora-dores dos municípios de Guarabira e Rio Tinto. O local deve funcionar, conforme a solicitação do parlamentar, nos moldes do já instalado em João Pessoa, com preços popu-lares e cardápio variado.

“Nesses municípios também existem muitos servidores de várias pas-tas e a instalação desses restaurantes vai poder proporcionar melhores condições de trabalho e até de vida para esses funcionários”, enfatizou Raniery acrescentando que, a partir da aprova-ção do requerimento, o Governo do Estado vai realizar um estudo de viabilidade da instala-ção dos restaurantes.

“Reza a cartilha que o governo deve fazer um estudo de viabilidade para responder a solicita-ção feita pelo parlamen-tar e dizer se é possível atender ao pedido e, caso não seja, também expli-car os motivos os quais não permitem que o re-querimento seja aten-dido”, falou o deputado.

Deputado requer restaurantes populares para servidores de Guarabira e Rio tinto

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Cidades

Seca provoca colapso total no abastecimento e obriga moradores a comprar água em Solânea

Baldes e pequenos tanques tomaram os lugares dos mó-veis e das orna-

mentações que enfeita-vam a cozinha da casa de apenas sete cômodos. Os pequenos reservatórios, no entanto, estavam va-zios a espera do carro-pipa que iria abastecer o local. O problema é que a água tão esperada não viria da chuva e nem do socorro público. Pelo valor de R$ 80, no mínimo, moradores de Solânea, Brejo parai-bano, estão comprando o líquido para conseguir so-breviver à seca, conside-rada uma das piores dos últimos 50 anos.

O caminhão que en-costa na porta consegue armazenar 10 mil litros, o suficiente para, com muita economia, abastecer por cerca de um mês a casa com seis pessoas. O veí-

culo é particular e a água carregada sai de pequenos açudes também privados. Mas nem todas as pesso-as têm recursos suficien-tes para efetuar a compra de um caminhão de água e algumas delas precisam se contentar com a aqui-sição de pequenos baldes, não suficientes para todas as necessidades do lar.

Na casa de Antônio da Silva há dois meses não chega água nas torneiras e, sem chuva, a única sa-ída foi recorrer a compra. “Aqui faz tempo que não chega água nas tornei-ras e, como a gente não tem muita opção, o jeito que tem é comprar. Se-não como vai fazer para tomar banho, cozinhar, la-var louça, roupa? Não tem outro jeito. Quando a gen-te pode, compra logo um caminhão cheio, quando não pode fica comprando

de balde mesmo”, revela o morador de Solânea.

Sem opção, Antônio recorre a fé para acredi-tar em dias melhores. “A gente tem pedido a Deus que mande chuva, porque o problema é que não tem água em lugar nenhum, não tem de onde tirar e a chuva que tem caído não tem sido suficiente para encher as barragens e os açudes que abastecem a cidade. Só Deus mesmo para nos socorrer”, apela.

Oito carros-pipa mini-mizam efeitos da seca em Solânea

De acordo com a Se-cretaria Estadual de Infra-estrutura e a Defesa Ci-vil, dois carros-pipa estão abastecendo o município de Solânea, além de seis outros que operam pelo Exército, totalizando oito caminhões. Conforme in-formações da assessoria da pasta, também estão

sendo tomadas outras providências para minimi-zar os efeitos da seca na cidade.

As ações envolvem programas de recupera-ção de poços e a constru-ção de sistemas de abas-tecimento simplificado. Entretanto, em Solânea, esses projetos, segundo a própria secretaria, ainda não estão em execução. O Estado possui 486 po-ços cadastrados para re-cuperação, destes, 132 já foram recuperados em 20 municípios, beneficiando cerca de 2,6 mil pessoas.

A Secretaria de Infra-estrutura está celebrando novos convênios do pro-grama de abastecimento d’água através de carros--pipa, baseado no decre-to estadual nº 33.882 de 2 de maio de 2013, que mantém a situação de emergência em 170 mu-nicípios. Para realizar o

aditivo, o município pre-cisa prestar contas das parcelas já recebidas. O Estado possui hoje 506 carros-pipa distribuídos em 176 municípios, com um investimento de mais de 10 milhões, atendendo aproximadamente 450 mil pessoas.

Prefeitura instala pon-tos de distribuição para moradores carentes

A prefeitura de Solânea também tem tomado pro-vidências para minimizar os problemas provoca-dos pela seca que assola toda a região e o Estado. Para isso, foram instala-dos pontos de distribuição de água para moradores carentes. Os postos de abastecimento ficam dis-tribuídos nos bairros. Os carros-pipa enchem caixas d’água de até cinco mil li-tros, mais de uma vez por dia, onde a população têm acesso ao líquido.

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Cidades

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Casserengue fala sobre os benefícios levados para o município

A presidente do Sindicato dos Trabalhado-res Rurais do

Município de Casse-rengue, Maria Celina, concedeu entrevista ao jornal FOCANDO A NOTÍCIA, onde fala so-bre os benefícios que a

entidade trouxe para a região.

Dona Maria Celina a senhora como funda-dora do STR de Casse-rengue, quais foram as principais dificuldades encontradas para tal fundação?

A maior dificuldade foi juntar o povo e educá-los para mostrar-lhes que podemos viver no campo dobrando as dificuldades.

Que dificuldades eram essas a serem dobra-das?Os direitos e deveres do trabalhador rural no nos-so município.

Entre esses direitos e deveres, quais foram as conquistas ou se elas existiram?Claro que já existiram muitas conquistas. Sim. Em parceria com o pro-grama “Duas Águas” que faz parte do projeto Asa do Semiárido Nordesti-no conseguimos 1.202 cisternas. Conseguimos também 20 cisternas cal-çadão em parceria com o governo federal.

O que significa cisterna calçadão?É aquela em que o agri-cultor consegue não só fazer armazenamento de

água como também hor-tas ao seu redor.

Entre esses trabalhos aconteceu mais algu-ma coisa para segurar o homem no campo?Sim. O trabalho de fun-do rotativo solidário, por exemplo, trouxe a cria-ção de galinhas, ovelhas e cabras, criações essas que se adaptam ao semi-árido. Outra forma para que o homem do campo se adequasse a tais pro-jetos foi a máquina cila-deira, que conseguimos também com o programa da Asa, onde tem contri-buído muito nessa época de estiagem.

Essa foi a maior máqui-na conseguida até ago-ra?Não. Não. Conseguimos em parceria com o Minis-tério do Desenvolvimento Agrário uma retroesca-vadeira que encontra-se hoje no município no tra-balho de limpeza de estra-das, açudes e barragens.

Ultimamente quais as principais atividades do Sindicato dos Tra-balhadores Rurais do município de Casseren-gue?Reflorestamento nas co-munidades, construção de tanques de pedras, apoio aos assentamentos, inclusive, o mais novo, o “Barrigudo”, com 70 fa-mílias assentadas, trazido pelo Interpa, oito bancos de sementes e o multi-rão de crianças, jovens e adultos, filhos de agricul-tores, especialmente com o curso de computação.

Os poderes públicos estão sempre ajudando ao sindicato?

Nem tanto. O governo federal tem feito a sua parte, o estadual também, mas o municipal tem dei-xado muito a desejar nos últimos dez anos.

Luís Almeida especial para o jornal Focando a Notícia

O prefeito do m u n i c í p i o de Casse-rengue, Luís

Carlos (Carlinhos), vai manter a tradi-ção e promover uma das melhores festas

de São Pedro da re-gião do Brejo e Curi-mataú paraibano. Moradores e turistas que estiverem na ci-dade vão comemorar a data junina com o tradicional Forró Pé

de Serra que prome-te esquentar o clima e alegrar os forro-zeiros. Além disso, a festa deve aquecer a economia geran-do uma renda extra para os comerciantes

locais. O evento será realizado nos dias 28 e 29.

“Apesar das dificul-dades que o município tem enfrentado com a redução do FPM e com a seca, a gente não pode deixar de realizar esse evento porque ele traz alegria para a cidade e ajuda os comerciantes a ter uma renda melhor nessa época”, ressaltou o prefeito Carlinhos.

Para o gestor, além de tudo isso, o São Pe-dro de Casserengue já se tornou tradição e gera uma grande ex-pectativa entre as pes-soas que frequentam a cidade. “As pesso-as mesmo pedem que a festa seja realizada porque é bom para o município, movimenta a nossa economia. O são Pedro de Casserengue

já é uma tradição e isso tem que ter continuida-de”, enfatizou.

E, para quem está ansioso esperando pela festa, Carlinhos garante que o evento vai ter o melhor forró Pé de Ser-ra da região. “Vamos manter a tradição do Forró Pé de Serra que já uma marca registrada do São Pedro de Casse-rengue”, assegurou.

A segurança também é um quesito que não foi esquecido pelo pre-feito. “Aqui as festas sempre ocorrem com muita tranquilidade e, para garantir que con-tinue assim, nós vamos reforçar a nossa segu-rança para que todos possam aproveitar a festa junina da melhor forma possível, com paz”, finalizou.

Prefeito de Casserengue mantém a tradição e promove São Pedro com autêntico forró Pé de Serra

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Entrevista

Osenival abre o jogo sobre sua conduta nas eleições de Solânea e nega parcialidade

Desde 2002 ele é o responsável por comandar as elei-ções no município

de Solânea. Mas foi em 2008 que o juiz Osenival dos Santos Costa se viu envolto em uma série de acusações que colocariam sob suspeição a sua pos-tura de magistrado. As suspeitas, contudo, nun-ca o intimidaram e ele conseguiu se tornar mais polêmico ainda depois de cassar o mandato do ex--prefeito da cidade Fran-cisco de Assis de Melo – o Dr. Chiquinho. As denún-cias sobre sua conduta, diz ele, nunca foram ve-rídicas. Dr. Osenival nega agir com parcialidade no julgamento de processos eleitorais e chega ao ex-tremo de dizer que prefe-re a morte que desonrar a toga que veste. Ele nunca havia falado sobre o as-sunto, mas em uma en-trevista exclusiva conce-dida ao jornal FOCANDO A NOTÍCIA, o juiz Osenival não apenas abre o jogo sobre sua suspeição como também fala de temas polêmicos a exemplo do casamento entre pessoas do mesmo sexo, além de revelar a situação do ju-diciário com relação aos processos protocolados na comarca local.

FN: Dr. Osenival, a gente tem acompanha-do que, no Brasil intei-ro, muitos processos estão acumulados e, às vezes, o juiz se divide

em duas comarcas. No seu caso o senhor só responde por Solânea. Mas, como está a ques-tão dos processos judi-ciais? Existem atrasos aqui? Como está essa demanda?

Dr. Osenival: Acúmulo existe na maioria das co-marcas. A gente vai com certa dificuldade. Temos deficiência de pessoal e temos um volume cres-cente de processos. Para se ter uma idéia, aqui na comarca, só este ano, nós já estamos com mais de 800 processos distribu-ídos. Esse é um volume muito grande. Isso era volume, de 8 a 10 anos atrás, para dois anos. Mas, com o avanço dos direitos sociais, do consumidor, avanço de tantas normas de direitos que beneficia o consumidor, há um volu-me muito grande. A gen-te hoje acumula mais de três mil processos, mas estamos procurando dar conta. Não é fácil. O Poder Judiciário como um todo precisa se reorganizar, se reestruturar, ter mais gente para trabalhar. Até mesmo ter mais juiz. Nós estamos com uma defici-ência de mais de 50 juízes na Paraíba. Solânea como é comarca de Vara única está tudo bem. Nós temos juiz, temos promotor, nós temos a equipe completa. Agora, o volume de ser-viço é o que nos impede de prestar a jurisdição da maneira satisfatória como

desejávamos.

FN: Algumas questões estão sendo debatidas nacionalmente, como casamento homos-sexual e redução da maioridade penal. No caso da maioridade pe-nal, como a justiça so-lanense tem analisado a questão?

Dr. Osenival: A gente vê isso com preocupação. Mas, acreditamos que a justiça precisa fazer algu-ma coisa, seja reduzindo a maioridade penal, como já foi no passado onde a maioridade civil era de 21 anos e a maioridade pe-nal era 18 anos. Agora a maioridade civil é de 18 anos, portanto se houver a redução para a maiori-dade penal vai ser de 16, não vai ter muita dife-rença até porque já tem esse histórico na justiça brasileira. Agora eu acre-dito que não é a solução. A solução é a educação familiar, a educação ins-titucional pelo Estado, entenda-se União, Estado e Municípios e também as questões sociais, onde se oportunize. Mas, se faz necessário haver mudan-ça. Pelo menos tem um projeto do governador do Estado de São Paulo que eu acho muito interessan-te que faz a separação do joio e do trigo. Atribui-se uma punição ao menor infrator de acordo com a gradação do tipo penal, ou seja, do ato infracio-

nal. Quando um sujeito comete um ato infracio-nal simples, por exemplo, um furto, uma briga, al-guma coisa que aí deve ser punido não com tan-to rigor, mas quando se comete um homicídio, se comanda uma quadrilha, se pratica estouro a caixa de banco e outros crimes, como estupro, então isso aí deve ter, o Congres-so deve ter uma atenção especial e mudar. Agora é preciso também que o Estado se organize para recepcionar esses ado-lescentes, que ainda de acordo com sua formação biológica não está com-pleto, para evitar maio-res problemas, maiores transtornos porque aí não pode cobrir uma desgraça com outra.

FN: O país tem discu-tido e a igreja tem re-batido, a questão do casamento homosse-xual. Em Solânea, se a pessoa que tem um re-lacionamento homos-sexual deseja realizar o casamento como é que deve se proceder, como está sendo esse caso perante a justiça?

Dr. Osenival: Nós não te-mos ainda na prática uma situação dessas. Já ou-vimos muitas conversas sobre isso, a nossa Cor-regedoria Geral de Justi-ça já editou algum proce-dimento a esse respeito, mas ainda não temos um caso concreto. Eu vejo com certa preocupação essa questão, não que eu seja contra ao casamen-to de pessoas do mesmo sexo, se a justiça estabe-lecer essa regra não tem nenhum problema. Até porque a Constituição diz que todos são iguais pe-rante a lei. Então, se é direitos iguais todo mun-do tem que desfrutar dos seus direitos. Entretanto, a ressalva que eu faço é no sentido de que, se há uma mudança no ambien-te familiar, nas relações sociais e familiares, é necessário que seja feito por lei, porque na minha modesta concepção, não compete nem ao Conse-lho Nacional de Justiça, nem ao Supremo Tribu-

nal Federal legislar. E nós não temos nenhuma lei. Então, se você faz casa-mentos nessa situação, mais tarde como é que se faz um divórcio se aque-le casamento não foi feito pela lei, como é que vai se discutir direitos? Porque o casamento começa com amor e termina com de-samor, acontece com pes-soas de sexos opostos, consequentemente vai acontecer com pessoas do mesmo sexo. É preciso que o Congresso Nacio-nal tome a dianteira para normatizar essas relações oficializadas a partir do interesse social. Porque hoje é uma realidade. As-sim como a questão do menor precisa ser revista, as relações conjugais pre-cisam ser revistas tam-bém, mas é preciso tudo ser de acordo com a lei, porque existe um prin-cípio constitucional que diz assim: ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei, é a lei que traça as dire-trizes. Eu ainda não tenho nenhum caso concreto, mas me parece que a nor-ma vigente, a resolução, as determinações desses órgãos é no sentido que esse casamento não seja, ainda, feito por juiz, mas diretamente em cartório, uma espécie de uma es-critura. É o que eu tenho em mente no momento, não tenho ainda certeza de nada. Está tudo muito nebuloso ainda.

FN: Então quem tiver o interesse em reali-zar esse casamento pode lhe procurar que o senhor está disposi-ção para procurar os meios?

Dr. Osenival: Estarei a disposição para buscar a solução e resolver o pro-blema. O juiz ele tem que ter a resposta, se ela agrada ou não a parte, não é problema do juiz, o que o juiz tem que ter é a resposta e eu estou pron-to para ter a resposta na hora que for solicitado.

FN: Aqui em Solânea existe o questiona-mento a respeito de

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menores guiando ve-ículos automotivos. Claro, sabemos que es-sas denúncias partem mais para o Ministério Público. Mas, aqui na comarca também tem chegado essas denún-cias?

Dr. Osenival: A gente tem realizado várias au-diências aqui nas sextas--feiras no juizado de pe-quenas causas e vários procedimentos de meno-res guiando. A responsa-bilidade maior, nesses ca-sos é dos pais. Eu tenho um filho com 16 anos eu não posso entregar para ele uma motocicleta para ele guiar. Eu tenho um fi-lho com 16 anos eu não posso entregar um car-ro para que ele venha a guiar. Quer dizer, vai depender muito da edu-cação doméstica, mas é muito difícil porque os pais, que são os princi-pais responsáveis não colaboram, acham assim que podem fazer tudo. Eu posso comprar uma moto e meu filho pode andar. Não é bem assim. É preci-so respeitar as leis, é pre-ciso a educação dos pais. É preciso ser responsabi-lizado com muita dureza, os pais que entregam veí-culos a menores.

FN: Os juízes dessas pe-quenas comarcas são responsáveis também por conduzir as elei-ções e, muitas vezes, eles são questionados. O senhor, por exemplo, muitas vezes foi ques-tionado com relação a beneficiar grupo A ou B e 2014 também já é ano de eleição. A jus-tiça eleitoral já está se preparando para rece-ber mais um pleito?

Dr. Osenival: Nós juí-zes somos a vitrine. Nós

somos o ponto de equi-líbrio. Quando a gente toma aquela decisão que beneficia um lado político ou uma facção política o outro lado questiona. Diz que o juiz esta penden-te, que é daquele lado. E aqui, em particular, o fato de eu ter me casado com uma moça daqui e que a família dela tinha uma vinculação partidária, em-bora dividida, uma parte participava de um grupo político, a outra parte de outro grupo, então, com o advento do nosso casa-mento e, como houve a descoberta, em 2008 de uma série de crimes elei-torais, as pessoas a quem foram imputadas a res-ponsabilidade imediata-mente trataram de fazer, não diria acusações de fazer participação minha, indiretamente sim, mas passaram a arguir suspei-ção do juiz em todos os atos, em todos os proces-sos para, justamente, ga-nhar tempo. A suspeição impede a tramitação re-gular do processo. É uma tática que a advocacia, a defesa dessas pessoas envolvidas usou e se deu bem, porque conseguiu, no final das contas, fazer com que o processo pas-sasse quatro anos. Ainda tem um processo que ain-da está para julgamento, desses processos. Mas, a gente tem o dever apenas de apurar os crimes, tem o dever de aplicar as leis. Eu nunca me senti acua-do porque o que vale do homem não é o que fala, é o que ele pratica. Eu jamais praticarei um ato de interesse pessoal em administração eleitoral. Qual interesse eu teria? Eu não tenho nenhuma motivação para agradar a grupo A ou grupo B. Todos os processos que eu julguei, que eu deci-di, que foram contesta-

dos, foram mantidas a nossa decisão, tanto no egrégio Tribunal Regional Eleitoral como no Supe-rior Eleitoral. O que tem são insatisfações e arti-fícios, porque no Brasil, tanto no penal, como no cível e também no elei-toral há muitos recursos e o advogado usa esses recursos em benefícios em detrimento da própria celeridade na prestação jurisdicional. Mas, nun-ca me senti acusado de ter participado. Sempre vi isso como manobra de defesa, o que é comum os advogados usar o juiz, apontar o juiz, censurar o juiz. Ora você, tendo con-flito na sua casa, a sua mulher vai acreditar que você tem amizade com o juiz, porque você já fez várias entrevistas com o juiz, tem acesso ao juiz, mas ela eu não sei nem quem é e ela talvez tam-bém não saiba quem sou eu. Então, ela vai achar que vai entrar numa si-tuação de inferioridade nesse embate. Ocorre que o meu compromis-so é um compromisso de não ser forte para fraco e nem fraco para forte. Esse é meu compromisso com Deus e jamais eu se-rei um juiz onde os fortes terão resultados positivos por serem fortes, ou os fracos terão resultados negativos, ou positivos também, porque são fra-cos. Não. Eu quero aplicar a lei almejando alcançar a justiça. É só esse o meu dever e eu respeito essas divergências e até essas acusações, respeito esses acusadores, mas faz par-te do jogo. Eu estou aqui. Quantas eleições eu já presidi? Desde 2002. Foi 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012. São seis eleições. Então seria difí-cil não ter pessoas que se agradem e pessoas que

se desagradem do nosso trabalho.

FN: O senhor então nega veementemente essas acusações?

Dr. Osenival: Eu jamais revelei, ou revelarei qual-quer processo que eu esteja presidindo. Seja ele eleitoral, na área cí-vel ou na área criminal. Nunca me referi a qual-quer parte. Se as pessoas não entendem, não com-preendem o trabalho da magistratura, o trabalho do juiz isso é por falta de informação e pelo próprio silêncio da magistratura que durante muito tempo ficou calada. O juiz não falava, ficou ali redoma-do, ficava ali protegido. Hoje não, hoje é diferen-te, o juiz fala, o juiz ex-plica. Quando eu explico, muitas vezes aquela pes-soa que não gostaria da-quela explicação se sente agredido no seu direito. “Mais o juiz disse isso”. Se procurou todos os meios, durante o processo eleito-ral de 2008 é confundir a opinião pública, a socie-dade colocando o juiz no patamar, ao lado de uma determinada facção, por-que não vai haver, nem cabe. Porque se o juiz ti-ver, por exemplo, do lado de uma facção hoje, ama-nhã quando ele tomar uma decisão que desagra-de aquela facção, o que é que vai acontecer? Ela vai ser contra o juiz. Então o juiz não pode. Não pode e não deve nunca. E eu tenho o meu compromis-so que é com o meu Deus de cumprir fielmente a lei, nada mais do que isso. Eu respeito. Por exemplo: fa-laram que o parente da minha esposa era do lado de uma facção política na eleição de 2008, mas na eleição de 2012 os pa-rentes mais próximos da

Entrevistaminha esposa estavam do lado que me acusava. E qual foi a minha inter-ferência, e qual poderia ser? Nenhuma. Mas, por-que ninguém falou isso? “Agora a família do juiz está ao lado da nossa fac-ção”. Ninguém disse, mas a família foi para essa facção e nós não temos nada a ver com proble-mas familiares, porque a minha família mesmo é a minha esposa e os meus filhos e os meus irmãos, porque eu não tenho mais pais. Então o restante são aderentes. É família da esposa. Na forma da lei é parentesco por alguma afinidade, sim. E eu res-peito e gosto muito de to-dos, independentemente de que grupo político eles pertençam, trabalhem, participem. Isso é pro-blema deles. Problema da família é problema da fa-mília. Eu não tenho nada a ver com a família, não sou daqueles que coloca os aderentes em primeiro plano, não. A minha vida sou eu, minha esposa e meus filhos. Os três fi-lhos que tenho pequenos e três adultos. Eu tenho duas filhas advogadas hoje. Uma advogada e outra formada em direito. Tenho minha filha profes-sora. Aonde é que tem um filho meu emprega-do em município algum? Onde eu tirei qualquer vantagem? Não, porque o juiz não é para ter van-tagem. Juiz que vai pro-curar vantagem é um juiz que envergonha a toga e eu prefiro a morte do que envergonhar a toga e o jurisdicionado ao qual eu faço parte. Mas respeito aqueles que discordam e que são influenciados por pessoas envolvidas em política para tentar com-prometer a nossa honra e a nossa dignidade, porém certamente não atingirá.

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Tecnologia

Atualmente, é com-plicado imaginar a vida sem redes sociais, e-mails e

sites de buscas. No entan-to, no início da história da Internet, o objetivo esta-va longe de ser negócios ou entretenimento, tudo começou na área militar dos Estados Unidos, com a intenção de ajudar a proteger o país nas guer-ras.E hoje temos uma rede presente em todo o pla-neta, onde as pessoas utilizam a internet para inúmeros fins como, ne-gócios, entretenimento, e o principal deles a co-municação onde cada dia está mais simples, com-pleto e acessível os meios de comunicação pela in-ternet.

Abaixo uma pequena descrição da evolução da Internet a cada geração:1G (Geração) – No surgi-mento da internet muitos usuários iniciaram suas atividades com as BBS, as BBS proporcionavam a distribuição de softwares, aplicativos e informações

e lazer como jogos on-li-ne, os BBSs eram usados por empresas que preci-savam integrar seus fun-cionários externos. 2G - Com a evolução, os provedores surgiram os modems, com seus enor-mes RAS, autenticando seus clientes com mode-ms de 14,400, 28,800, 33,600, até chegava nos 56k, através de linhas dis-cadas;3G – Onde não existia in-fraestrutura de telefonia para a ativação dos mode-ms partimos para cabe-amento nas ruas,nasciam ai os provedores locais. Inseridos neste contes-to por volta do ano 2000 o Grupo Lemos e Morais ainda com o nome “INFO-WEB” e “AREIANET” deu inicio as suas operações nas Cidades de Solânea, Bananeiras e Areia, com pouco mais de 80 usuá-rios, onde levando CABOS DE REDE até os clientes, para levar internet de qualidade para os clientes da nossa região;4G – Neste ponto surgiu a tecnologia WIRELESS ca-paz de atender direto na casa do cliente sem fio,

com antenas 2.4GHz, ex-trapolando os limites das edificações, e rompendo distâncias com isso che-gamos na quarta gera-ção, onde mais uma vez assumindo uma posição de vanguarda através da criação da APROVI-NE sediada em Solânea foi obtida a primeira Licença SCM (Serviço de comuni-cação Multimídia) da Pa-raíba. Licença esta que deu direito de operações legais nos parâmetros da ANATEL(Agência Nacional de Telecomunicações), neste momento foi criada com a fusão da “Infoweb” e “Areianet” a LEMNET que tinha como slogan LEMNET A SUA INTER-NET LEGAL. Através da APROVI-NE tendo como Presidente o senhor José Misael Pordeus Morais, a nossa região passa a ex-portar know how em tec-nologia e legalidade na criação de novos provedo-res de internet do nordes-te, inclusive alguns dos atualmente concorrentes da LEMNET ampliando a diversidade opções, com isso se deu inicio a mais importante fase da inclu-

A evolução da Internet e o Brejo Paraibano

A internet no Brasil e no Nordeste principalmente apresenta crescimentos expressivos, onde observamos um crescimen-to de quase 45% no período entre 2008 e 2012. Além disso, existe crescimento na penetração da internet Banda Larga em domicílios com acesso a internet, segundo o CETIC.br em 2013 esse número chegou a 38% da população. Confor-me o Gráfico Abaixo:

são digital na região do nordeste principalmente nas cidades de interior; 5G – Com a necessidade de cada vez mais velo-cidade, devido as novas tecnologias de comunica-ção como Redes sociais, vídeos on demand e troca de imagens pela internet e a vasta utilização do espectro do “4G”, se deu inicio a utilização da faixa de freqüência 5.8, visan-do com isso uma grande evolução de qualidade;6G – Atualmente assu-mindo uma posição de vanguarda a LEMNET fo-cada na qualidade e le-

galidade mais uma vez parte na frente e da inicio a construção das redes de Fibra Óptica com os seus projetos devidamen-te aprovados pelos órgão competentes e a Energisa (Autorização de Utilização dos Postes), nas cidades de Solânea, Bananeiras e Areia, visando levar banda larga de alta capacidade, e serviços como Televisão e Telefonia, acompanhan-do e competindo com as grandes operadoras.

por Erick José Maia de Araújo - através de Relatos de José Misael Pordeus Morais

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CulturaCantor e compositor paraibano Dedé Florêncio participa de filme de Hermano Penna

O cantor e compo-sitor paraibano, Dedé Florêncio, participou do

novo longa-metragem do renomado cineasta ce-arense Hermano Penna (diretor do consagrado “Sargento Getúlio”), “Aos Ventos que Virão”. A es-treia do filme aconteceu em abril, durante o Cine PE Festival do Audiovi-sual 2013, em Recife e Olinda, e chegará às sa-las do circuito nacional no segundo semestre. No filme, Dedé canta o fa-moso forró “Sebastiana”, de Jackson do Pandeiro.

Dedé Florêncio foi in-

dicado ao diretor do filme “Aos Ventos que Virão”, pelo cantor e composi-tor baiano Nininho de Uauá que participou de um dos grandes suces-so de Hermano Penna, o documentário “São Pau-lo de Uauá”, selecionado dentre 820 projetos ins-critos no Concurso Doc-Tv, produzido pela TV

Cultura e exibido várias vezes em todo o Brasil.

Cantor e compositor

paraibano, radicado em São Paulo há mais de vinte anos, Dedé Florêncio nas-ceu no Sítio Lagoa do Jogo, no município de Areia-PB. Com 15 anos começou a cantar forró no Trio Onça. Sua influência musical é Jorge de Altinho, Nando Cordel, Dominguinhos e Luiz Gonzaga, dentre ou-tros. O seu 4º CD, com onze músicas será lançado no segundo semestre de 2013, junto com o filme “Aos Ventos que Virão”.

Dedé se apresentou em

eventos com record de público, tais como: “En-contro de Uauá São Pau-lo”; “Encontro dos Baia-nos de Euclides da Cunha em São Paulo”; “Encontro dos Povoados de Uauá em São Paulo”, idealizado e organizado pelo compo-sitor e cantor baiano Ni-ninho de Uauá e do “En-contro do Paraibanos”,

organizado pelos radialis-tas ManoVéio e ManoNo-vo, da rádio Nativa-FM.

Filme aborda adversi-dades da realidade bra-sileira

De acordo com o dire-

tor, o filme aborda uma série de adversidades co-muns à realidade brasilei-ra. “Lutas contra o pre-conceito, o subemprego e a intolerância”, afirma Penna. A história se de-senrola em Poço Redondo, 1938. A pequena cida-de do interior de Sergipe entra inadvertidamente para a história como o palco da morte de Virgu-lino Ferreira da Silva, o Lampião. Junto dele, mor-rem também o Cangaço e toda uma era da História do Brasil e inicia-se a per-seguição dos cangaceiros remanescentes, agora sem líder, nem direção.

Zé Olímpio (Rui Ricardo

Diaz, de “Lula, o Filho do Brasil”) é um destes can-

gaceiros. Ele sabe que não terá um minuto de paz, enquanto o sargento Isi-doro (Edlo Mendes) estiver em seu encalço. Para ele, a única saída é abandonar a fazenda de sua família e tentar vida nova em São Paulo. Ao lado da esposa Lucia (Emanuelle Araú-jo, do seriado “Gabrie-la”), Zé Olímpio engros-sa o coro dos milhões de nordestinos que migram para o sudeste brasilei-ro e conseguem um em-prego na construção civil.

Agora, Zé Olímpio co-

meça outras lutas: contra o preconceito e a indife-rença. Após algum tem-po na cidade, ele decide retornar à pequena ci-dade sergipana de Poço Redondo, sua terra natal, torna-se político e enxer-ga no nascimento de Bra-sília uma oportunidade de mudar a realidade dele e de seus semelhantes.

Angela Maria Pereira

Dedé Florencio aparece no meio dos demais usando chapeu de couro

CAVN - Rumo aos noventa anos de atividades

Crônica I – Manoel Luiz Silva*

Parece até um sonho de mui-tos ex-alunos, ex-servidores, ex-diretores, e outros auxilia-res, ver se aproximar o ano de 2014, e todos nós comemo-rarmos o aniversário de uma instituição agrícola que se nota-bilizou na educação, nos ensi-namentos a milhares de discí-pulos, na difusão de assuntos voltados para a agropecuária brasileira. Se projetou na so-ciedade rural e urbana, dando apoio aos projetos instituídos para o bem da comunidade.

Quando aqui chegamos, no ano seguinte a nossa escola Agro-técnica completava quarenta anos de atividades, que se ini-ciava como Patronato Agrícola, depois Instituto Agronômico, Aprendizado. Foi uma obra que deu prosseguimento aos anseios das autoridades fe-derais, iniciada por Dulphe Pi-nheiro Machado, prosseguida por Diógenes Caldas (bana-neirense), continuada por José Augusto Trindade (mineiro), Nelson Dantas Maciel, Nilton Bastos Lisboa, José Alves Mas-sa, Antonio Albuquerque Mara-nhão, e outros administradores não menos importantes, até os nossos atuais timoneiros, já na qualidade de Colégio Agrícola.

Em l974 ela completava 50 anos – quem diria! - com aquela vontade de servir à sociedade dentro dos mesmos objetivos dantes, acumulando muitos tra-balhos, elogios e confiabilidade na tradição do ensino agrícola e pecuário, e juntando a esses ar-tifícios, a origem de um Campus Universitário – com outros cur-sos e outras modos de ensino.

E agora estamos galgando o al-vorecer de uma nova data, coro-ada de sucesso nas realizações, onde a escola jamais se quedou aos problemas que surgiram no dia-a-dia, enfrentando dificul-dades, galgando degraus mais difíceis, mas, sobretudo, com o pensamento voltado para ser-vir o universo estudantil, a em-presa rural, os departamentos agrícolas e a própria sociedade. Seus gestores, corpo de docen-tes, servidores atuais e alunos poderão se orgulhar da esco-la do presente, tomando como base o que foi a mesma no passado vislumbrando o que ainda será a mesma no futuro.

Só quem sabe o que foi a nossa escola em tempos atrás são os próprios ex-alunos, colegas con-temporâneos, quando se reú-nem em eventos, e juntos tem a satisfação de reviver aque-les dias importantes. Partici-pem das festividades de 2014.

*Manoel Luiz Silva - Ex-aluno do CAVN, Escri-tor, Diretor de Biblioteca

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Eventos

Junho chegou e com ele vem a festa mais ani-mada do ano no

Nordeste. O São João não só deixa as cida-des mais coloridas e alegres, mas também aquece a economia em várias cidades da Pa-raíba. Pensando nessa movimentação, os pre-feitos e comerciantes de Bananeiras e Solâ-nea já estão se prepa-rando para receber os

turistas que prome-tem injetar milhões nos dois municípios.

Em Bananeiras serão três dias de festa e em Solânea, oito. A redução no cronograma do evento foi necessária segundo os prefeitos, respectivamen-te, Douglas Lucena e Beto do Brasil, por conta da seca que assola os municípios.

Entretanto, apesar dos problemas provocados

pela estiagem, os feste-jos juninos, segundo os gestores, proporcionam uma geração de renda em Bananeiras e Solânea que beneficia desde o peque-no comerciante, empre-sários do ramo hotelei-ro e até mesmo lojas de material de construção.

“A própria comunidade quer que a gente promo-va a festa, que já é uma tradição na nossa cidade, porque ela se beneficia do

evento. O São João movi-menta a receita da cida-de, aumenta o movimento nos restaurantes, nos su-permercados, mexe com toda economia até mes-mo a venda de material de construção aumenta nessa época, porque as pessoas fazem reformas para receber os turistas em suas casas. Então nós reduzimos os dias de fes-ta para enxugar o orça-mento, mas não podemos deixar de promovê-las porque contribui para a economia da cidade. Tem pessoas que já montaram seus comércios, suas bar-raquinhas pensando na festa”, ressaltou Beto do Brasil, prefeito de Solânea.

E, para evitar que a pre-feitura tenha altos custos com o evento, o gestor procurou parcerias de em-presários que também in-vestiram no São João da cidade. “O ano passado foram gastos cerca de R$ 1,2 milhão no São João de Solânea, esse é um cus-to muito alto. Este ano nós buscamos parcerias e pretendemos gastar ape-nas um terço desse total, porque o orçamento do ano passado realmente foi

muito alto”, revelou Beto.

Bananeiras terá três dias de festa

No município de Bana-neiras o cronograma da festa também foi redu-zido de cinco para três dias, segundo o prefeito Douglas Lucena pelo mes-mo motivo de Solânea. Para promover a festa, o gestor indicou que es-tão sendo investidos R$ 400 mil, sendo que um quarto da verba é pro-veniente do Ministério do Turismo e outra parte vem também da parceria com a iniciativa privada.

Segundo Douglas Luce-na, a verba investida pode gerar um retorno de mi-lhões na cidade. “O São João movimenta vários setores da economia da ci-dade, não só os restauran-tes e os hotéis, porque boa parte do retorno vem das transações imobiliárias, por exemplo. Isso por-que muitos loteamentos e condomínios são lançados durante o período junino, quando a população da ci-dade praticamente dobra, resultando no aumen-to de vendas”, ressaltou.

São João atrai turistas e movimenta economia em Bananeiras e Solânea

Deputado registra lançamento do jornal Focando a Notícia na Câmara Federal

O deputado Luiz Couto (PT) fez o registro, no ple-nário da Câmara

Federal, do lançamento do Jornal Focando a No-tícia, ocorrido no último dia 9, em Bananeiras, município da microrre-gião do Brejo paraibano.

Couto parabenizou os irmãos Luís Carlos (dire-tor administrativo) e Nice Almeida (editora) pela iniciativa, e destacou que o 1º exemplar “trás ma-téria com uma entrevista exclusiva com o ex-pre-feito de Solânea, Fran-cisco de Assis de Melo,

preso durante a Opera-ção Pão e Circo, deflagra-da pela Polícia Federal”.

A pedido do parlamen-tar, o registro foi publi-cado nos meios de co-municação da Câmara, inclusive na Voz do Brasil.

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Vida e Sociedade

Aos 103 anos de ida-de os passos de dona Joana Maria da Con-ceição já não são tão ágeis e a imagem que reflete no espelho não é mais a mesma de tempos atrás. A beleza e a vitalidade, no entanto, permane-cem, apesar de mais de uma centena de anos vividos. As mãos ainda são firmes e conseguem, sem ne-nhuma dificuldade, encaixar uma linha fina no fundo de uma agulha quase trans-parente. As mesmas mãos que ainda cos-turam são também aquelas que ajudaram a trazer ao mundo dezenas de crianças com o trabalho dedi-cado e cheio de amor que somente uma boa parteira pode ter.

A história de dona Joana começou com o seu nascimento em 1909 na cida-de de Currais No-

vos, Rio Grande do Norte. Com apenas cinco anos de idade trazida pelos pais, os agricultores Mano-el Moreira e Ana Ma-ria da Conceição, ela chegou ao pequeno vilarejo que anos de-pois viria a se tornar a cidade de Solânea.

Foi no Sítio Bom Sucesso que dona Jo-ana cresceu e casou--se com Luís Ferreira dos Santos com quem teve dezessete filhos que se multiplicaram em 150 netos, 80 bisnetos e oito pen-ta netos, ou tatara-netos como queiram.

A agricultora Joana Maria da Conceição, ou dona Joana Plan-ta como é conhecida na cidade, nunca dei-xou o cultivo da ter-ra, mas essa não foi a única profissão abra-çada por ela que se tornou uma das me-lhores costureiras de

Solânea, ofício o qual ela ocupa até os dias de hoje apenas para se manter ativa e pelo prazer de ver de suas mãos brotar a arte.

E a mais importan-

te das atividades pra-ticadas por dona Joa-na é também a mais bela de todas as pro-fissões. Em um perí-odo da história onde médicos eram pes-soas raras de se en-contrar, ela encarou a vocação de parteira e recebeu o título de uma das melhores da área na região. Guia-da e coordenada pelo médico Dr. Freitas, dona Joana ajudou a trazer ao mundo de-zenas de crianças.

“Ela nunca recla-mava de nada. Muitas vezes eu, uma das fi-lhas mais velhas, fica-va em casa para que ela pudesse assistir a alguma mulher grá-vida. Naquela época

tudo era muito difícil e ser uma parteira era uma missão sagra-da e essa missão foi confiada a minha mãe durante muito tempo. Naquele tempo não havia meios de trans-porte rápidos, mas os milagres que ocor-riam eu não sei como explicar. Só sei que os carros de hoje talvez não sejam tão rápidos e nem eficientes como os burros e cavalos daquela época”, con-ta a filha de dona Jo-ana, Verônica Sobral.

O que mais cha-ma a atenção é que dona Joana, apesar dos 103 anos de vida, conversa com as pes-soas como se tives-se apenas 40 anos. A sua memória é in-crível e impressiona a quem a conhece. Essa extraordinária mulher, e exemplo de vida, reside no Con-junto Padre Leonardo, na cidade de Solânea.

E, mesmo com mais de um século de vida que já viram tantos acontecimentos bons e ruins, dona Joana ainda tem vitalida-de para mandar uma mensagem de fé e esperança. “A minha mensagem é que as pessoas tenham mais fé, mais paciência e mais perseverança. Também é preciso ter mais respeito ao Cria-dor. Não que eu quei-ra que as mulheres de hoje tenham 10, 12 ou 17 filhos, mas que pelo menos cuide dos que vier a ter. E que parem de reclamar de barriga cheia, pois a maioria delas tem tudo e não sabem agradecer por nada”, falou dona Joana.

Luís Almeida e Nice Almeida

Aos 103 anos de idade, ex-parteira dá exemplo de vida e vitalidade no município de Solânea

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Atraso nas obras dos estádios que serão palco para a Copa do Mundo preocupa

Esportes

Começa no próximo dia 15 a competi-ção que abre as portas para a Copa

de Mundo de 2014. Nessa data tem início a Copa das Confederações. O Brasil estréia contra o Japão e a expectativa é que a sele-ção brasileira faça bonito. O que não está bonito é o atraso nas obras de alguns estádios que serão palco para a maior competição de futebol do mundo. Al-gumas arenas estão pron-tas, mas outras tiveram

que ter os trabalhos ace-lerados para serem finali-zadas e entregues à Fifa.

Uma das arenas que causa mais preocupa-ção aos organizadores da competição é a Pantanal. O estádio José Frageli, em Cuiabá, está com apenas 62% da obra concluída e está na corrida contra o tempo. Esse estádio terá capacidade para 42.968 lugares e a previsão de gastos inicial é de R$ 454 milhões. Vem agora com

aprovação de um custo final de R$ 519 milhões.

O Tribunal de Contas do Mato Grosso, no dia 18 de maio, informou que faltando cerca de 15 me-ses para o inicio da Copa do Mundo de 2014, 87% das obras para a compe-tição, em Cuiabá estão em atraso. Somente 16% dos trabalhos nos cantei-ros de obras na capital do Mato Grosso estão con-cluídas. Duas obras ainda não foram nem licitadas.

O Brasil estreia na Copa das Confedera-ções no dia 15 de ju-nho diante da seleção do Japão, em Brasí-lia. No dia seguinte (16/06) jogam Mé-xico e Itália, no Rio de Janeiro. As qua-

tro seleções formam o grupo A da com-petição. Pelo grupo B jogam, no dia 16, Espanha e Uruguai, em Recife. Em Belo Horizonte se enfren-tam Taiti e Nigéria.

Brasil abre Copa das Confederações contra o Japão

Um total de R$ 182,9 milhões está sendo re-passado pelo

Ministério do Esporte, na forma de convênios, a Confederações, Federa-ções, Comitê Paraolímpico Brasileiro e clubes, como apoio a modalidades olím-picas e paraolímpicas em preparação para os Jo-gos Rio 2016. Os projetos aprovados incluem desde treinamento de equipes de base e seleções princi-pais no Brasil e no exte-rior até estruturação de Centros de Treinamento e compra de equipamentos.

Oitenta e sete proje-tos foram recebidos pelo

Ministério do Esporte na chamada pública aber-ta em agosto de 2012 para entidades privadas, dos quais 57 foram apro-vados. Os recursos, que vão contemplar 26 insti-tuições, fazem parte de planejamento mais focado para os esportes olímpicos e paraolímpicos adotado, em 2009, depois da esco-lha do Rio para sede dos Jogos de 2016.

Na bateria de convê-nios efetivada desde ja-neiro, o Comitê Paraolím-pico Brasileiro (CPB), por exemplo, conta com R$ 38,2 milhões para a pre-paração de suas seleções permanentes de 16 mo-

dalidades. O basquete e o vôlei vêm a seguir, com R$ 24 milhões cada esporte.

A Confederação Brasi-leira de Basketball (CBB) e a Liga Nacional de Bas-quete (LNB) apresentaram propostas para preparação de seleções principais e de base e desenvolvimen-to de talentos. Também serão comprados equipa-mentos para ginásios que recebem jogos do Novo Basquete Brasil (NBB), da Liga de Desenvolvimento do Basquete e de compe-tições regionais e estadu-ais de equipes de base e treinamentos de seleções. No total, são nove convê-nios com as duas entida-

des do basquete.

No caso da Confede-ração Brasileira de Vo-leibol (CBV), os recursos aprovados também serão aplicados na preparação de seleções, da categoria infantil à principal, assim como na realização de campeonatos brasileiros, em suas duas modalida-des – quadra e praia.

O judô, de muita tradi-ção na conquista de me-dalhas olímpicas para o País, terá R$ 10 milhões para diversos projetos, como aquisição de novos equipamentos para de-senvolvimento do esporte nos estados, formação de

equipes de base e prepa-ração de categorias juve-nis, além de contratação de técnicos e equipe mul-tidisciplinar para a seleção principal.

Modalidades que, ao

contrário, farão sua es-treia no programa olímpi-co do Rio 2016, o golfe e o rúgbi também tiveram projetos aprovados. O golfe terá cerca de R$ 3,1 milhões e o rúgbi, R$ 8,4 milhões, para preparação de suas seleções, partici-pação em competições e intercâmbios e compra de materiais.

*Ministério dos Es-portes

Ministério aprova mais de R$ 180 mi para modalidades olímpicas e paraolímpicas

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