4
1 Folha Verde Jornal Edição 01 - Dezembro/2011 - São Bernardo do Campo - SP - Tiragem de 2.000 exemplares Desenvolvimento Nesta edição Jovens do Projeto “Ler a Vida” desenvolvem jornal comunitário. Pg. 2 Degradação Ambiental um problema social e que precisa de atenção. Pg. 3 Cultura e Lazer ao alcance de todos. Pg. 4 Iniciativa e compromisso com a realidade local Jovens do projeto viver a vida. Da esquerda para a direita: Paulo Gonçalves, Adailson Costa, Gabriela Nogueira, Guilherme Tavares, Ana Carolina Tavares e Christian dos Santos. O projeto “Ler a Vida”, premiado por edital do Ministério da Cultura e Secretaria de Cultura de São Bernardo do Campo, visa à valorização e o registro das ações culturais e acontecimentos sociais da região do Jardim Represa, Jardim Pinheiros, Batistini e Royal Park, por meio da confecção de uma folha regional – Jornal Folha Verde - desenvolvida por jovens, moradores dos bairros. O jornal comunitário pode constituir em eficiente estratégia de educação não formal, contribuindo para a elevação da autoestima, a reconstrução da cidadania e o desenvolvimento de um olhar crítico por parte das pessoas envolvidas na sua produção e também dos demais integrantes da comunidade no qual o veículo de comunicação está inserido. A conclusão do projeto, não está baseada em mera retórica, mas numa pesquisação realizada pelo jornalista Amarildo Carnicel para a tese de doutorado que acaba de defender na Faculdade de Educação (FE) da Unicamp. Nos últimos quatro anos, coordenou oficinas de Jornalismo Comunitário, destinadas a jovens de 11 e 17 anos de três comunidades carentes de Campinas. Mesmo enfrentando dificuldades e identificando equívocos de percurso, a iniciativa proporcionou bons resultados. Trata-se de uma ação de inversão de valores no atual contexto sócio-político de nosso país, uma ação de reposicionamento geográfico da criação cultural tão presente nas atividades humanas. Ao observar as inúmeras campanhas de incentivo à leitura desenvolvidas nos últimos anos no Brasil, e observar que apesar das mais variadas formas de abordagens feitas pelos órgãos oficiais, ainda não surtiram o efeito esperado, visto que em relação a outros países estamos bastante deficitários. Pensamos que incentivar a leitura não seja trabalho de uma frente só, pensamos que é preciso criar forças-tarefas para atuar em vários seguimentos, Distribuição Gratuita

Jornal Folha Verde

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal Folha Verde- Edição 01

Citation preview

1

Folha VerdeJorn

al

Edição 01 - Dezembro/2011 - São Bernardo do Campo - SP - Tiragem de 2.000 exemplares

Desenvolvimento

Nesta edição

Jovens do Projeto “Ler a Vida” desenvolvem jornal comunitário. Pg. 2

Degradação Ambiental um problema social e que precisa de atenção.Pg. 3

Cultura e Lazer ao alcance de todos.Pg. 4

Iniciativa e compromisso com a realidade local

Jovens do projeto viver a vida. Da esquerda para a direita: Paulo Gonçalves, Adailson Costa, Gabriela Nogueira, Guilherme Tavares, Ana Carolina Tavares e Christian dos Santos.

O projeto “Ler a Vida”, premiado por edital do Ministério da Cultura e

Secretaria de Cultura de São Bernardo do Campo, visa à valorização e o registro das ações culturais e acontecimentos sociais da região do Jardim Represa, Jardim Pinheiros, Batistini e Royal Park, por meio da confecção de uma folha regional – Jornal Folha Verde - desenvolvida por jovens, moradores dos bairros. O jornal comunitário pode constituir em eficiente estratégia de educação não formal, contribuindo para a elevação da autoestima, a reconstrução da cidadania e o desenvolvimento de um olhar crítico por parte das pessoas envolvidas na sua

produção e também dos demais integrantes da comunidade no qual o veículo de comunicação está inserido. A conclusão do projeto, não está baseada em mera retórica, mas numa pesquisação realizada pelo jornalista Amarildo Carnicel para a tese de doutorado que acaba de defender na Faculdade de Educação (FE) da Unicamp. Nos últimos quatro anos, coordenou oficinas de Jornalismo Comunitário, destinadas a jovens de 11 e 17 anos de três comunidades carentes de Campinas. Mesmo enfrentando dificuldades e identificando equívocos de percurso, a iniciativa proporcionou bons resultados. Trata-se de uma

ação de inversão de valores no atual contexto sócio-político de nosso país, uma ação de reposicionamento geográfico da criação cultural tão presente nas atividades humanas. Ao observar as inúmeras campanhas de incentivo à leitura desenvolvidas nos últimos anos no Brasil, e observar que apesar das mais variadas formas de abordagens feitas pelos órgãos oficiais, ainda não surtiram o efeito esperado, visto que em relação a outros países estamos bastante deficitários. Pensamos que incentivar a leitura não seja trabalho de uma frente só, pensamos que é preciso criar forças-tarefas para atuar em vários seguimentos,

Distribuição Gratuita

2DEZEMBRO DE 2011

A AMIRP - Assossiação de Movimento Integrado de Reivindicações Populares, foi criada em 2002 com o propósito de trazer ações e projetos de melhorias sociais e culturais para os moradores do Jardim Represa. Seu criador e patrono, o Sr. Manoel Tavares, reforça que a AMIRP é um espaço que reune os moradores e amigos do bairro para discutir e compartilhar ideias, implantar projetos, eventos, e agregar informação e bem estar. Por isso, a participação e envolvimento da comunidade local é muito importante para o progresso e força das ações promovidas pela Assossiação. A AMIRP localiza-se na Rua Ponta Grossa, 01 no bairro Jardim Represa. Assossiação de Movimento Integrado de Reivindicações Populares

Saiba Mais

aperfeiçoar as atuais políticas e, sobretudo, encontrar formas de protagonizar o leitor. Sem isso acredito que ficaremos patinando por mais alguns anos. Basta analisarmos o que acontece com o futebol, por exemplo. Alguém já viu alguma campanha de incentivo à pratica do futebol? Do tipo: “o ideal é que cada brasileiro jogue pelo menos dez partidas de futebol por ano” ou coisas parecidas. Não há necessidade, pois as crianças ainda no ventre começam a chutar. Expressões como: “esse vai ser jogador de futebol” são corriqueiras. O caro

leitor pode está se perguntando agora – o que futebol tem a ver com campanhas de incentivo à leitura? – a resposta é muito simples, o jovem troca, facilmente, dez livros por uma bola porque no campo existe a possibilidade real dele alcançar o protagonismo, enquanto que como leitor essa possibilidade é mais remota, e quando acontece não carrega em si o valor social que um jogador de futebol tem. Por isso, além de fomentar a formação de jovens por meio de oficinas culturais que auxiliem na construção do jornal, o projeto fomenta a circulação “pública

e gratuita” de informação, possibilitando contato com a realidade do bairro para o melhor engajamento de propostas socioculturais entre os moradores.Dessa forma, entende-se que o projeto cultural é um agente transformador da comunidade, envolvida direta ou indiretamente em suas ações/resultados. O projeto foi pensado especialmente, para alcançar a tão sonhada democratização da leitura e do consumo de bens culturais, pelo maior número de pessoas possível e, sobretudo, desenvolver na comunidade em geral o hábito de valorizar sua própria produção cultural. Acreditamos, entretanto, que o maior fruto a ser colhido no final do terceiro ano é a publicação de um livro com as melhores reportagens, melhores crônicas, melhores artigos, melhores fotos, melhores editoriais, poesias, contos, e outros gêneros. Um projeto cultural que visa à valorização da auto-estima, o registro da identidade da comunidade, sua sustentabilidade após o financiamento se dará pelo envolvimento de todos da comunidade ligados direta ou indiretamente com a folha regional do Jardim Represa. Além de parcerias com fundações, comerciantes e empresários da região, que queiram anunciar e financiar projetos sociais onde sua empresa está inserida.

O projeto prevê três módulos de formação. Cada módulo visa à formatação de áreas específicas para a criação da folha regional como: Produção de Texto, Fotografia, Informática, Diagramação & Edição, Ilustração e Web.Com sede na AMIRP, as oficinas tem carga horário total de 80 (oitenta) horas em cada módulo com turmas de até 10 alunos. Cada jovem em formação será atuante na criação da folha regional, uma oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido nas oficinas culturais e de exercer a cidadania.

3DEZEMBRO DE 2011

Responsabilidade Ambiental

O Jornal Folha Verde é uma publicação elaborada pelos alunos do projeto “Ler a Vida”, desenvolvido no Ponto de Cultura João Santiago, com o apoio do Ministério da Cultura e Secretaria da Cultura de São Bernardo do Campo. Coordenador responsável: Raimundo Nonato. Equipe de ensino: Bruno Pires, Carolina Silva e Paula Zequetti. Alunos do projeto: Adailson Costa, Ana Carolina Tavares, Christian dos Santos, Gabriela Nogueira e Paulo Gonçalves. Contato: (11) 4357-6240 ou [email protected]

Expediente

Áreas de Mananciais são todas as fontes de água que servem para abastecer

uma determinada população. Dos trinta e nove municípios integrantes da Grande São Paulo, vinte e sete estão total ou parcialmente inseridos em APMs (Área de Proteção de Mananciais), sendo que, destes, dezessete têm mais de 50% de sua área total dentro de APM. Ao todo, aproximadamente 54% da área total da Região Metropolitana de São Paulo estão em área de mananciais.E o nosso bairro está enfrentando esse grande problema mundial, que é a degradação ambiental, causada pelas ações dos próprios moradores..

O QUE É DEGRADAÇÃO AMBIENTAL?É a destruição gradativa de uma região, de uma área, de um curso d’água, ou seja, de um ambiente ecologicamente equilibrado, pela ação do homem. Despejo de resíduos não tratados em rios - acabam fundamentalmente com a fauna aquática e a potabilidade da água. Quando andamos nas ruas, percebemos que na maioria dos lugares existe lixo em lugares inapropriados. Outro problema também vivenciado é a degradação da represa Billings, ocasionada pelos esgotos que são despejados na represa.

E de quem será a culpa dessa degradação da nossa riqueza natural? Será que a maior culpa é dos moradores ou é por falta de recursos e informações?Quanto à questão da poluição das ruas e do meio ambiente as pessoas tem uma grande parcela de culpa. Quanto à degradação ambiental da represa Billings e do meio ambiente, o maior fator que agrava é a construção do rodoanel com a função de melhorar o trânsito em São Paulo, trazendo lixo e poluição.

Em nosso bairro tem bastante poluição, lixo jogado no meio das ruas, fora das caçambas. Muitas pessoas jogam lixo nas ruas, mas não pensam o nas consequências que isso pode trazer. Esse tipo de problema pode causar enchentes, alagamentos e etc...problemas que são causados por nós mesmos e com consequências para a própria população.Com base nas fotos tiradas pelos alunos do projeto AMIRP, constatamos varias irregularidades dentro do terreno do Jardim Represa, muitos problemas como a falta de rede de esgoto, o despejo de materiais de construção e lixo em lugares inadequados, água parada em pneus e objetos largados nas ruas, foram alguns dos problemas notados no bairro.A má conduta dos moradores é o reflexo que se vê nas ruas, muito lixo e falta de respeito ao meio ambiente.

Degradação Ambiental um problema social e que precisa de atenção

Esgoto a céu aberto, lixo em lugares inadequados, água acumulada em objetos, esses são alguns dos problemas de agressão ambiental e social, registrados pelos alunos do projeto.

4DEZEMBRO DE 2011

Cultura e Lazer

Apoio:

No dia 26/11, a Associação de Movimento Integrado de Reivindicações

Populares - AMIRP, recebeu em sua sede vários movimentos culturais. A primeira atração foi o grupo musical Trio Andreense composto por José, Raimundo e Teodósio que se apresentaram para os moradores do Jardim Represa.

A segunda atração a se apresentar foi o grupo musical AMA ABC, composto por 12 pessoas, que cantou músicas famosas de vários artistas. E a ultima dupla que fechou as atrações com chave de ouro foi a Companhia das Cores com os autores Edson Gon e Vanessa Castro que apresentaram uma roda de historia para as

crianças que estavam presentes.Esses eventos culturais têm como objetivo principal trazer para a comunidade um pouco da cultura brasileira da década passada, permitindo que a cultura e o lazer estejam ao alcance de todos.Confira as fotos dos eventos de autoria dos jovens do projeto “Ler a Vida”.

INAUGURAÇÃO DO CENTRO LIVRE DE ARTES CÊNICAS O Centro Cultural Bairro Baeta Neves, que abriga o Teatro Abílio Pereira de Almeida, foi reformado e readequado para receber o Centro Livre de Artes Cênicas (CLAC). Este é um programa da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Bernardo do Campo e tem por princípio fomentar o diálogo entre as linguagens da dança e do teatro. Serão oferecidas ações nas áreas de formação artística e de público, difusão e fomento. PRAÇA CÔNEGO LÁZARO EQUINI, 240 - BAETA NEVESTEL: 4125-0582 / [email protected]

A ESTRUTURA E O SONHO – O CAMINHO DE RICARDO AMADASIA exposição reúne obras realizadas nos últimos dez anos, ocupando duas salas expositivas da Pinacoteca. Serão apresentadas esculturas monumentais, relevos escultóricos e a produção mais recente de Amadasi – gravuras fundidas em resina. Visitação: De dia 26/11 até 31 de janeiro de 2012. Horário de funcionamento: terça a sábado, das 9h às 17h (quinta, até 20h30). Pinacoteca de São Bernardo do Campo. Rua Kara, 105, Jardim do Mar. Tel: 4125-4056/4125-2466.

OFICINAS CULTURAIS - PONTO DE CULTURA JOÃO SANTIAGOOficinas gratuitas de Yoga, Balé, Capoeira, Fotografia, Redação, Editoração Gráfica e Cinema, tendo como público-alvo estudantes da rede pública de ensino. Inscrições abertas. Informações: Tel: 8320-3202. Endereço: Rua Ponta Grossa, 1 – Jardim da RepresaEmail: [email protected]

Agenda Cultural