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Falta de aterro sanitário em municípios do Noroeste caracteriza a degradação ambiental

Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

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Capa: Meio Ambiente: Falta de aterro sanitário em municípios do Noroeste caracteriza a degradação ambiental - Das cidades pesquisadas pelo INTERESSANTE, apenas Paracatu, pode ter seu aterro sanitário licenciado; Unaí ainda possui lixão e Uruana de Minas deposita os resíduos de sua população em um aterro controlado (Pág 04) O Noroeste: Vereadores de Paracatu votam contra a prorrogação da CPI do Oxigênio (Pág 06); Restaurantes Populares - Em Unaí, restaurantes populares podem ser terceirizados (Pág 05) Entrevista: Padre Preguinho - O agente do programa Luz Para Todos no Noroeste de Minas, fala como está o andamento das ligações elétricas do programa na região (Pág 10) Agropecuária: Produção de Mel - Ao todo 300 apicultores, em Buritis, são auxiliados pelo programa Casa do Mel (Pág 14) Esporte: Unaí Esporte - Time mantém viva a esperança de vitórias na Série B do Candango (Pág 16)

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Falta de aterro sanitário em municípios do Noroeste caracteriza a degradação ambiental

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Editorial

Mais uma edição se finda. Poderíamos falar aqui sobre o inicio da Primavera ou agradecer aos leitores do INTERESSANTE por estar conosco em mais uma edição. Mas não. Viemos por meio desse editorial, anunciar, e, portanto, denunciar (Paulo Freire quem o diga, isto para ele é Conscientização) sobre uma característica velha, antiga mesmo, mas que per-dura entre os vão do tempo e do espaço e se acopla sobre a modernidade como uma luva. Falamos da censura.

Mas a censura dos tempos modernos, tempos di-tos liberais, “de mudança de era” (não mais, era de mudança), que se faz sobre outros rostos e figuras.

Hoje a censura é muito mais “democrática” e nos possibilita a ter “acesso” a informações oficiais, ou seja, as chamadas “informações públicas”, mas na verdade, essas informações não passam de interess-es particulares com caráter público, de um determi-nado público que luta para se manter em sua posição majoritária de mando e veto dentro de sociedades, sejam elas em grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Londres e Paris como também em esco-las, associações, ong’s e outros aglomerados que se dizem representar a sociedade.

Mas para se manter nesse jogo é necessário abrir mão de uma postura mais ampla, até porque é ne-cessário defender determinado(s) objetivo(s) para se manter sempre atuante, sempre pragmático. A validação do pragmatismo é seu efeito, seu resultado constante, sua aparência de ser sempre útil e “verda-deiro” e, quando não for assim, condenado está – o sujeito ou o contexto – ao esquecimento, ao ostra-cismo (para aqueles que são mais vaidosos).

Por isto, nós do INTERESSANTE, conscientes de que existe uma censura, não uma censura prévia e explicita – mas uma censura ideológica, substancial, no cerne de todos os contextos sociais – proclama-mos pelo Jornalismo (ciência), que utilize a realidade para fazer dela um cenário de liberdade e não de lib-eração. A liberdade está na consciência, enquanto a liberação está na aparência.

A censura dos tempos modernos não é funda-mentada basicamente no “não”, na privação de in-formação ou na falta de prestação de contas (sejam elas públicas ou privadas), mas sim na taxação que é imposta sobre os que buscam pela liberdade e não pelo liberalismo, que já dissemos, é aparente, por-tanto, superficial e momentâneo.

A liberdade que o INTERESSANTE quer mostrar, por meio do Jornalismo, sofre constantemente cen-sura implícita, subentendida e, por isto, achamos que ela acaba sendo uma censura anti-séptica, porque estamos do lado dos trabalhadores que são os verdadeiros donos de suas produções. Portanto, informá-los é o mesmo que conscientizá-los do fato e, por conseguinte, prepará-los para a ação.

Mas como a afirmação “jornalismo investigativo” gera discussão e dizem que é redundante segmentar o jornalismo dentro da investigação, (porque todo jornalismo está centrado na pesquisa), relutamos em afirmar que se alcançarmos a liberdade – a qual o IN-TERESSANTE ousa mostrar a seus leitores, por meio da forma que conduzimos os temas reportados – es-taremos transformando os contextos sociais e, por consequência, esforçando para construir uma socie-dade livre e consciente tanto para anunciar quanto para denunciar.

Cortinas de Ferro

Charge

2 . Opinião . Outubro de 2011

por Juliana Gracieli Graduada em Ciências Biológicas e especialista em Biotecnologia

>> Artigo

Eu descarto, tu descartas... nós descartamos corretamente?

DIRETOR GERAL: Danny Diogo T. Santana, (38) 9981-7256, [email protected] | REDAÇÃO E REPORTAGEM: Marcos Antonio Padilha, (38) 9826-6882, [email protected] | DEPARTAMENTO COMERCIAL: Priscila Marques, (38) 9940-5269, [email protected]

ExpedienteExpediente

EDiTADO PElA AgêNCiA g8 COMUNiCAÇÃO lTDA | CNPJ: 09.467.920/0001-99

Endereço para corrêspondência: Rua Celina Lisboa Frederico, 64 - Sala 304 - Centro - CEP 38610-000 - Unaí - Minas Gerais | E-mail: [email protected]

Artigos publicidados e anúncios são de responsabilidade dos autores e, necessariamente, não expressam a opinião do INTERESSANTE.

É interessante analisarmos a sociedade moderna no qual estamos inseridos. De repente, como que num feixe luzente fomos bombardeados de modelos padrões que imbuídos de seus manuais de instruções regem os seres pensantes que se encontram disseminados pelo globo. A busca desenfreada pelo modelo consumista tanto macerado e massacrado fizeram do nosso contexto, uma realidade de estranhezas, distorções de valores, uma verdadeira sociedade do lixo, dos diversos tipos de lixo. E os bons e até admiráveis modelos padrões de ética, de caráter, de gentileza, de cidadania, não mais obstante, se torna-ram inacessíveis ou inatingíveis. Em sua perfeita e harmoniosa ideologia, ainda, continuam belos, mas o quê dizer da prática? Ah, esta tal prática se tornou tão almejada que até ela mesma torce por sua realização. O fato é que ainda somos seres em fase de adaptações. Das mais diversas por sinal. Nosso mundo não pára e nós precisamos acompanhar este compasso que exige-nos mudanças de comportamento, de idéias, mudanças estas que devem ser constantemente recicladas, pois devem ser projetadas para um bem futuro e de comum a todos. Atitudes tão simples têm sido valorizadas como se fossem uma verda-deira preciosidade, sendo que, não deveria ser assim. Temos que ser o agente reciclador das melhorias para o mundo. Certa vez alguém disse que é possível construir sem destruir, e de fato é sim, mas depende do ângulo e dos interesses que se defende. Hoje, podemos descartar tudo que não me serve

mais, mas devemos ter primariamente o dever e a preocupação deste descarte correto e ter acima de tudo a responsabilidade de cuidar para que este fim seja feito da maneira mais ética e correta para o ambiente e para os seres, em geral, envolvi-dos. Já não mais fazemos parte de uma sociedade que não liga para os destinos finais de tudo aquilo que consumimos. Pelo contrário, a reciclagem daquilo que antes não tinha nenhuma importância, hoje mantêm a máquina da matéria circuladora e nos mantêm inter-ligados em diversos setores. Nossa cidade, por exemplo, está longe de se adequar ao modelo almejado da coleta seletiva e descarte correto deste lixo. São inúmeras falhas e considerações a serem feitas. E de quem é a culpa afinal? Da sociedade? Do atual governo? Todos têm uma parcela de culpa considerável. A sociedade não tem a consciência da separa-ção, não a faz e o sistema não ajuda com o incentivo e separa-ção corretos e principalmente destino final aprovável. Será que não estamos tão bem projetados para aceitar estas adaptações? E é inútil pensar que não vale a pena se adaptar à mudança porque os outros não são adeptos, o descarte da não aceita-ção ou adaptação começa no próprio eu. Descarte a idéia da não aceitação. Recicle seus comportamentos, contribua para a melhoria de todos. O meio ambiente clama, pede por socorro e nós somos os verdadeiros agentes motivadores destas atitudes. Eu descarto, tu descartas e juntos nós descartaremos da melhor forma nosso lixo e nossas atitudes reprováveis.

>> Artigo

Poesia, arte de todos nósMeu ponto de partida é sempre literário. Corro o

risco dos preconceitos e, o preconceito é o inferno do ser humano. Este pré-conceito pode advir da surdez literária, surdez que profana o poético.

A vida é poesia. Ela faz com que nos reconheça-mos nela! Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer também a volatilidade das falas que nos induz à intimidade, a alma das coisas. O ser humano transmite uma sensação de liberdade a partir do momento em que ele descobre que é belo, que a arte é indispensável a ele, e, neste momento, ele se torna a pulsação vital, porque a arte nos humaniza, ela vai além da aparência, ele mexe com os afetos, com os nossos sentimentos, e por isto deixa de ser um pensamento filosófico, para ser aquilo que nos é comum. Acredito que quando algo “é”, consequentemente este algo é belo, pois todo ser está fundamentado na beleza que nasce da profundidade da nossa alma.

Arte não é o que está se mostrando, ela nos leva a um mundo paralelo e, ao mesmo tempo, mais perto da nossa realidade, uma vez que ela é perfeita. E para fazer arte verdadeira, pode até parecer difícil, mas é bastante praze-

roso. Quando escrevemos um poema com abundância de palavras, o momento de beleza, a hora de fazer arte é o momento que vamos cortando partes redundantes e desnecessárias. E isto porque a linguagem não suporta enfeites, sobras de retórica. Ver e sentir o belo são direito de todos, não entendo porque elitizam isto.

Toda arte se justifica pela poesia que tem. Ela não está sobre a ação do tempo. A obra verdadeira é sempre nova. Vivemos de forma fragmentária. O tempo é fragmento. A arte, no entanto, está inteira, nos faz forte, nos consola. Ela é amorosa, não nos exclui, não faz acepção das pessoas. Só temos o cotidiano e o cotidiano de todos nós é insupor-tável, e cabe a cada ser humano fazer a transcendência . Este sentimento do sublime modifica o nosso olhar diante do viver rotineiro. Imagine a vida sem toda esta beleza, sem a poesia... A pobreza da luta pela comida... A luta inóspita pela sobrevivência...!

Todos nós padecemos da angústia da finitude, mas se a obra de arte não sofre isto, ela permanece infinitamente.

Nós somos mais que nosso corpo. Nós somos aquilo que está presente em nosso desejo e somos justificados por isto: pela beleza poética que mora dentro de nós!

TELEFAX: (38) 3676-3882W W W . P O R T A L I N T E R E S S A N T E . C O M . B R

TIRAGEM: 10.000 exemplares | Periodicidade: Mensal | Distribuição: gratuitaCirculação: Unaí, Paracatu, Buritis, Arinos, Brasilândia, Bonfinópolis de Minas, Riachinho, Cabeceira grande, Natalândia, Urucuia e Uruana de Minas

por Alda Alves BarbosaPoeta e Escritora | www.aldaalvesbarbosa.com

Na edição passada (nº 22), na matéria da página 3, erra-mos ao dizer que o morador do bairro Veredas, em Buritis, Charley Pinheiro, disse que “não” reivindica por melhorias na iluminação pública de seu bairro. Pelo contrário, o mo-rador afirma reclamar constantemente aos órgãos compe-tentes por mais atenção sobre o setor.

E R R A T A

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O NoroesteOutubro de 2011 . O Noroeste . 3

Pauta de reivindicações da população paracatuense apresentada à mineradora Kinross segue sem respostaUma marcha até os portões da mineradora que prevê paralizar a BR 040, anunciada pela Central de Associações de Paracatu em junho, não foi descartada; de acordo com Mauro Mundim, presidente da Central, mais uma vez a Kinross está “enrolando” para cumprir a pauta reivindicada pela população

“No limiar do inferno”, es-tão vivendo os morador-

es da cidade de Paracatu e, em especial, os que vi-vem nos bairros: Alto da Colina, Amoreiras II, Bela Vista II, Santo Eduardo e Esplanada, afirma Mauro Mundim, presidente da Central de Associações.

Segundo Mundim, a população desses bair-ros junto à seus repre-sentantes, tem buscado soluções para minimizar os danos, que segundo os moradores, são causa-dos pela mineradora canadense, Kinross. “Acreditamos que estas soluções devem vir tanto da Prefeitura, que está omissa, quanto da própria empresa, que está fazendo ouvidos de mercador”, afirma Mundim.

O INTERESSANTE, no primeiro semestre deste ano, reportou a situação de vida dos moradores do bairro Alto da Colina, quando na ocasião a pop-ulação pedia “socorro”, pois, conforme entrevis-tados, eles estavam sendo desrespeitados pela min-eradora que não ouvia suas reclamações.

De acordo com a pauta da Central de Associações e do Movimento Popular para Minimizar os Efeitos

De acordo com Mundim, os moradores de Paracatu, principalmente, os circunvizinhos à mineradora, estão vivendo no “limiar do inferno”

Pauta apresentada à Kinross pela Central de Associações de Paracatu

Para tentar resolver minimamente os problemas a população destes bairros propõem:

1) Que a empresa compre as propriedades dos mora-dores dos Bairros mais afetados, em um plano de deso-cupação continuada, se comprometendo com a retirada de um número de famílias quanto necessário para dar fim aos problemas num horizonte de 10 anos.

2) Paulatinamente e ao mesmo tempo fazer destas áreas desocupadas uma cortina verde com plantio de es-pécies vegetais de crescimento rápido.

3) Indenizar o Município pelas redes de água, esgoto, energia, pavimentação e órgãos públicos existentes nest-es locais.

4) Que a empresa crie formas de exploração que mini-mizem a difusão de poeiras próximas aos referidos bair-ros, com aplicação de produtos específicos em taludes.

5) Que estude um plano de lavra que minimize os tra-balhos à noite nas proximidades dos bairros enquanto a população destes não for deslocada.

6) Que as compras dos imóveis se façam pelo valor médio dos imóveis do município, uma vez que a popu-lação do entorno da mina, foi prejudicada e precisa de valores necessários para comprar outro imóvel em local diferente para morar dignamente.

7) Que as negociações dos imóveis sejam verificadas por uma comissão de representantes de moradores e Pre-feitura que farão aferições dos valores avaliados.

8) Que se efetive em Lei a contribuição anual da em-presa para o Fundo de Desenvolvimento Sustentável, sug-erido pelo Plano Paracatu 2030, em um montante gen-eroso a ser definido pela sociedade organizada, empresa e poder público.

da Exploração Mineral na Área Urbana, desde quan-do começaram a extração do ouro, já na “fase mod-erna”, a população circun-vizinha à mina, sofre mui-to. “No início, por ser uma exploração menor e mais distante da área urbana, não se sentia tanto os efei-tos e transtornos com vi-brações, ruídos e poeiras. Porém, com a aproxima-ção da lavra rumo à área habitada e o aumento dos volumes explorados com as constantes expansões, nos últimos dez anos, a situação ficou insustentáv-el”, afirma o documento.

“Ritmos, ações e manifesto”

Os efeitos da minera-ção em Paracatu são sen-tidos principalmente pe-los moradores dos bairros próximos à mineradora e são constantemente dis-cutidos entre os populares. Porém, os lucros da em-presa vão além do alcance do município, ou seja, in-teressa ao mundo todo, tanto que os canadenses estão aí para comprovar.

A Central de Associa-ções, que acredita na or-ganização do povo como único meio de conseguir pressionar a empresa a

atender às demandas da população, chegou, em junho passado, a anunciar que iria “paralisar” a BR-040 (rodovia federal), para dar visibilidade no país e no mundo sobre os prob-lemas que a população de Paracatu enfrenta. O fato foi noticiado na edição de nº 20 do INTERESSANTE.

De acordo com Mun-dim, a paralisação que também irá contar com uma marcha até os portões da empresa, até o momen-to foi adiada, pois eles esperam por “sinaliza-ções positivas”, que seria aceitação da pauta de rei-

vindicação dos moradores de Paracatu pela empresa. Mas, devido à demora para responder a pauta, o presidente afirma: “já vemos que estamos sendo enrolados mais uma vez”.

Kinross Entramos em contato

por telefone com a Kinross, por meio de sua assessoria de comunicação, mas até o fechamento da edição não obtivemos resposta. En-viamos também a pauta (a mesma publicada) para ser comentada pela minera-dora, porém, também não obtivemos retorno.

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4 . O Noroeste . Outubro de 2011

Municípios têm até 2014 para se adequarem a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

2014, o mesmo ano pro-gramado para acontecer a Copa de Futebol Mun-dial no Brasil, é também

o ano determinado pela lei 12.305/2010 para que todo município brasileiro tenha seu aterro sanitário. A lei que estabelece uma política nacio-nal de resíduos sólidos, traz em seu bojo diversas deter-minações de como deve ser a gestão dos resíduos sólidos produzidos pelas populações humanas.

Consequentemente, os municípios que após o ano de 2014, não possuírem seus aterros sanitários, sofrerão sanções dos órgãos fiscaliza-dores competentes.

A coleta seletiva, o forta-lecimento econômico e social das cooperativas de catado-res de material reciclável, a Logística Reversa, a gestão compartilhada, o consórcio de saneamento básico, são realidades cujos municípios terão que se adequar para en-quadrar na lei e possuir uma política de desenvolvimento sustentável.

Hoje, em Minas Gerais dos 853 municípios, de acordo com Cátia Regina de Frei-tas Rocha, secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Social de Unaí (Semamd), ap-enas 178, contam com aterros sanitários licenciados. Os da-dos, segundo a secretária, são do Centro Mineiro de Referên-cia em Resíduos, de 2010.

Constatação Em pesquisa feita pela

reportagem do INTERES-SANTE, os dois maiores mu-nicípios da região do Noroeste – em número populacional – Unaí e Paracatu, não pos-suem aterros sanitários. Em Paracatu, o processo está mais avançado e a prefeitura local está viabilizando recurso para a construção da obra do futuro aterro. Já em Unaí, a situação é um pouco mais alarmante, pois o município, de quase 80 mil habitantes, ainda possui um lixão a céu aberto.

O lixão (cujo ambiente já foi palco de uma reportagem feita por este jornal, quando retratou o trabalho digno, porém discriminado, dos catadores de materiais recic-láveis que lá labutam) sofre suas críticas e, a imprensa lo-

Esquerda: Lixão em Unaí; o município já foi notificado pela Justiça por manter um ambiente a céu aberto. Abaixo: Local onde deve ser construído o aterro sanitário de Paracatu; obra dever custar R$ 4 milhões

No Noroeste de Minas, as duas cidades mais populosas não possuem aterros sanitários para tratar resíduos sólidos; Paracatu, cidade que produz 50 toneladas de lixo por dia, destina todo esse resíduo para um aterro controlado; em Unaí, 1300 toneladas de lixo por mês são destinadas para um lixão a céu aberto

cal, como o Poder Legislativo, constantemente debatem o as-sunto, com a intenção de con-hecer o problema.

Somente para fim de um contexto comparativo, Uruana de Minas, município de pouco mais 3 mil habitantes, segun-do o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que, de acordo com seu se-cretário municipal de Meio Ambiente, Márcio Campos, produz diariamente 300 kg de lixo, possui um Aterro Con-trolado em valas. “Não é um aterro sanitário completo, mas é melhor do que antes, quando tínhamos um lixão a céu ab-erto”, reconhece o secretário. Mesmo não correspondendo ao exigido pela lei federal 12.305/2010, Campos afirma que são gastos mensalmente com o aterro R$ 6 mil, mais a folha de pagamento com dois funcionários e máquinas que fazem a manutenção do local.

A prática Para conseguir construir

um aterro sanitário, deve-se re-conhecer que demanda tempo, pois os processos burocráticos são vários – como a aquisição da licença prévia (LP) e a li-cença de instalação (LI) – e dinheiro. Em Paracatu, cujo a aplicação do projeto do aterro sanitário municipal está em fase final, custará para os co-fres públicos R$ 4.300.000,00.

Todos os dias a população de Unaí produz, em média, 43 toneladas de lixo, o que corre-sponde a 1300 toneladas por mês. Como o município não possui um aterro sanitário, todo esse lixo é destinado ao “lixão”. “Grande parte (dos resíduos sólidos) infelizmente vão para o lixão, uma vez que ainda não conseguimos fazer com que a população partici-passe efetivamente na sepa-ração desses resíduos”, diz a secretária da Semamd. Ela

também destaca que uma das preocupações do Poder Execu-tivo é “com relação aos catado-res que insistem em coletar de maneira subumana”.

Para colaborar com a cole-ta dos resíduos sólidos foi cri-ado a Associação Recicla Unaí (Areuna), que atualmente é responsável por coletar 42 toneladas ao mês. O mu-nicípio também produz mais 25 toneladas de pneus por mês. Em Paracatu, a Coopera-tiva dos Catadores de Materi-ais Recicláveis (Coopercicla), fundada em 2008, trabalha, indiretamente, em colabora-ção com o poder público. Com seus 20 cooperados (todos são remunerados em ganham em torno de um salário mínimo), a Coopercicla, luta para se manter atuante, mesmo ha-vendo dificuldades, por isto, a presidente da cooperativa, Michele Aparecida dos Santos conclama pela a ajuda da so-

ciedade. “As pessoas tem que ter a noção da importância de fazer a pré-seleção do material reciclável em suas casas, para que este não chegue danifica-do”, já que, conforme explica a presidente, o material para ser reciclado não pode estar “danificado”.

A secretária municipal ex-plica que o município objetiva construir um aterro sanitário, tanto é que o recurso para a re-alização do projeto do aterro já foi disponível, em gestão mu-nicipal anterior, porém, o pro-jeto não foi executado o que “impossibilita” a atual admin-istração de executar as obras.

“As partes envolvidas com o mau uso do dinheiro público já foram notificados e a admin-istração aguarda o parecer do judiciário”, afirma Cátia.

Essa notificação judicial forçou o município a cumprir a lei 12.305/2010. “Na medida do possível estamos tomando

as devidas providências, estru-turando a Logística Reversa, e iniciaremos a campanha “Re-ciclar é Preciso”, garante a se-cretária.

A um passo do concretoParacatu, entre os mu-

nicípios do Noroeste pesquisa-dos pela reportagem, aparece como o que está mais avan-çado em relação à construção de um aterro sanitário munici-pal. O município que produz 50 toneladas de lixo ao dia, visa também um consórcio de saneamento básico junto a outros municípios da região para a obtenção de recursos federais e estaduais.

“Atualmente possuímos um protocolo de intenções já assinado por sete prefeitos da região, sendo que três mu-nicípios já o ratificaram por lei nas Câmaras Municipais”, afirma a Secretaria Munici-pal de Meio Ambiente de Paracatu.

Ainda segundo a Secretar-ia, a construção de um aterro sanitário se torna complexo devido, principalmente, a seu alto custo de manutenção. “A maior dificuldade está na op-eração e gerenciamento de um aterro sanitário, uma vez que é imprescindível o acompanha-mento por uma equipe técnica especializada do empreendi-mento, visando evitar a perda da licença, como já ocorreu no nosso município justamente por falhas na operação.”

A coleta seletiva, tanto em Unaí quanto em Paracatu, é fundamental para o desenvolvimento sustentável dos municípios

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Outubro de 2011 . O Noroeste . 5

Restaurantes e padarias populares em Unaí podem ser terceirizados

Em torno de mil pessoas se alimentam todos os dias nos três restauran-

tes populares da cidade de Unaí. Além de restaurantes, os espaços servem como padarias, onde ofertam pães, roscas e outros quitutes. Atu-almente o preço da refeição, cujo são consumidas em mé-dia 500 refeição/dia, sai a R$ 2 (para comer no local) e R$ 2,20 (no marmitex). Os res-taurantes estão localizados nos bairros Mamoeiro, Santa Luzia e Iúna.

Todo trabalho exercido dentro do restaurante é real-izado pelos 60 cooperados da Cooperativa de Produção Ali-mentar (Coomer), que desde a fundação dos restaurantes no município, é responsável por sua administração.

Por meio da subvenção municipal de R$ 30 mil, os funcionários da cooperativa conseguem manter o preço da refeição abaixo da média estipulada pelo organizador e fundador do programa dos restaurantes e padarias popu-lares, o Ministério do Desen-

volvimento Social e Combate à Fome (MDS), que estipula o preço das refeições a R$ 3,80.

Os cooperados também conseguem manter um fundo de reserva que serve para reparo de peças e máquinas, da infra-estrutura e para a compra de embalagens de marmitex. Além do fundo de reserva, a cooperativa cum-pri com o pagamento de to-dos os 60 cooperados, dentro de um salário mínimo.

Entrave Mas esta organização da

Coomer pode estar à beira do fim. A terceirização – que significa transferir a um ter-ceiro (pessoa jurídica) a re-sponsabilidade pelo planeja-mento, execução e controle de determinada atividade – que é um processo natural e característico do neoliber-alismo, pode abarcar os tra-balhos dos cooperados que perdura há três anos.

Isto acontece, segundo o presidente da Coomer, De-ibijom Rodrigues de Oliveira, pelo fato de que com o fim do

edital (no próximo ano, em fevereiro), eles podem deixar de serem os gestores dos res-taurantes, pelo fato de não terem a representatividade de uma associação, e sim, uma cooperativa. E segundo Deibi-jom explica, isto impede de serem os legítimos gestores da subvenção municipal, fi-cando, sobre à tutela de outra associação para que esta, sim, faça o repasse da compra feita com os recursos da subven-ção. Atualmente, quem faz esse repasse é a Cáritas.

O presidente explica que isto acontece pelo fato de que “a cooperativa (Coomer) não pode obter lucros”. Segundo ele, os cooperados estão “cor-rendo contra o tempo” para poderem se adequar às ne-cessidades do MDS para par-ticipar como “associação” no próximo edital. “Aí sim nós poderemos ser os próprios gestores das compras”, ex-plica Oliveira.

Terceirização A proposta de terceirizar

os restaurantes populares,

Os 60 cooperados que atualmente trabalham nas cozinhas e padarias podem perder seus empregos caso não consigam ganhar o edital de licitação; eles já trabalham no local há 3 anos

segundo a secretária munici-pal de Ação Social, Luciana Navarro, surgiu do próprio governo federal, que também colocou como opção, mais duas propostas que seriam a “terceirização parcial” (capi-tal privado e público) e a “municipalização” (governo municipal).

“A idéia é terceirizar para uma empresa e, no edital, a empresa ficaria sendo obriga-da a pegar a mão de obra das pessoas que ela sentir que são qualificadas dentro das cozinhas e padarias”, afirma

a secretária. Ela também res-saltou que, mesmo havendo a terceirização, a prefeitura não vai deixar de repassar a subvenção de R$ 30 mil men-sais.

A secretária acredita que com a terceirização pode ha-ver uma redução ainda maior em relação ao preço das re-feições. Ela também ressalta que com a terceirização vai acontecer (o que segundo ela, hoje, não acontece) o atendi-mento às pessoas que estão em situação de “vulnerabili-dade” alimentar.

Solução Para contornar a situa-

ção, a secretária afirma que mesmo havendo a ter-ceirização, nada impede a Coomer de participar do processo licitatório, que pode acontecer em fevereiro do próximo ano. Para isto, a cooperativa terá que se ad-equar às exigências do edi-tal para, aí sim, conseguir se manter como gestora dos restaurantes. Caso isto não aconteça, a cooperativa corre o sério risco de perder essa autonomia.

Atualmente cerca de 1000 pessoas se beneficiam nos três restaurantes populares de Unaí; a terceirização dos restaurantes deve acontecer em fevereiro de 2012

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6 . O Noroeste . Outubro de 2011

Vereadores votam pelo fim da CPi do Oxigênio em Paracatu; relatório final da comissão é apresentado

A CPI descobriu a inexistência de licitação para a contratação da empresa que desempenhou a obra dos encanamentos; secretário diz que responsabilidade pertence aos “parceiros” do hospital

A falta de consenso entre os vereadores da cidade de Para-

catu levou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Casa Legislativa deste mu-nicípio, para investigar possíveis falhas ocorridas no fornecimento de gases medicinais a pacientes internados ou que faziam uso do produto por al-gum motivo na unidade hospitalar municipal, à não conclusão da inves-tigação.

De acordo com o relatório concluinte da CPI, o qual o INTERES-SANTE teve acesso, o ob-jetivo da CPI foi de apurar a informação de que “o oxigênio não chegava aos pacientes com qualidade devida estando compro-metida em quase 80%, ou seja, apenas média de 20% estava chegando aos pacientes, o restante se tratava de ar comprimi-do”. Esta particularidade pode ter causado, segun-do o relatório, a morte de uma criança e até mesmo de outros pacientes que estiveram internados tan-to no Hospital Municipal quanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Omissão e comprometimentos particulares

O relatório da CPI, afirma que os vereadores Romualdo Ulhoa (PDT) e Wilson Martins (PR) – am-bos, membros efetivos da comissão foram – “omis-sos com suas obrigações, obstruíram ou simples-mente não compareciam às reuniões”. Também segundo o relatório, os

suplentes, João Batista (PSDB) e Glewton de Sá (PMDB), não eram “local-izados”.

Basicamente essa re-alidade comprometeu os trabalhos da CPI. “Os trabalhos da comissão fi-cou prejudicado pela má conduta dos vereadores,

membros efetivos que tumultuaram o processo fazendo com que o tempo se esgotasse e que impos-sibilitasse o trabalho”, afirma o relatório.

Com o fim dos 120 dias, prazo estipulado para as investigações, foi pedido pela comissão a

prorrogação do prazo de término da CPI para mais 60 dias, mas o pedido foi negado pelos vereadores já citados.

Consequências O relatório apresen-

ta o laudo pericial nº 620/2.011, realizado pela polícia judiciária. O laudo não se restringiu somente em apurar o “sistema de canalização dos gases”, buscou a “conhecer” toda estrutura hospitalar. Esse laudo apresentou fatos, até então, desconhecidos da opinião pública, como dois vazamentos, além daqueles outros dois que já haviam sido reparados pela empresa Oxieng, a mesma empresa que se-gundo o relatório, consid-erou o vazamento “nor-mal”.

Os peritos criminais, segundo o relatório, con-denaram o local aonde havia a instalação da cen-tral de ar comprimido, por não oferecer segu-

rança.Com relação à rede

de distribuição de gases medicinais, os peritos observaram a “tubulação em estado deficitário, não estavam marcadas com as cores corresponden-tes para a identificação de qual o tipo de gás que estava circulando em seu interior, soldas mal feitas, tubos escorados com out-ros tipos de canalização, escorados com pedras”. O relatório conclui que os tubos estavam num ema-ranhado, tão “confuso” que foi difícil identificar quais eram os tubos de oxigênio. e de ar com-primido.

De acordo com o relatório os peritos chamaram de “gambiar-ra”, o concerto feito onde havia ocorrido o vaza-mento de oxigênio.

Caso a CPI tivesse conseguido ouvir os sup-ostos envolvidos no caso, que segundo o relator da comissão, Vânio Fer-

reira (PT), não aconteceu, poderíamos ter resposta para a morte “de mais ou menos 14 pessoas”, con-forme afirma o relatório, sobre a estimativa do número de mortes pos-sivelmente ocasionadas pela falha.

Sem explicaçãoOutro ponto ainda por

explicar, é a descoberta da inexistência de licita-ção para a contratação da empresa que desempen-hou a obra dos encana-mentos. De acordo com o relatório, a obra custou R$ 200 mil e aconteceu fora dos formatos legais, dispensando o uso de qualquer tipo de concor-rência.

Conclusão Ao final do relatório da CPI, o relator da comissão, Vânio Ferreira (PT), denuncia o atual prefeito de Paracatu Vas-co Praça Filho (PMDB), o secretário de municipal de saúde Euripedes To-bias e o administrador hospitalar Umarques da Silva Couto, por impro-bidade administrativa em conseqüência de toda situação até agora investi-gada pela CPI.

O INTERESSANTE entrou em contato com os denunciados, mas até o fechamento da edição, somente o secretário municipal de saúde re-spondeu. De acordo com Tobias, sua posição de homem público não o compromete a trabalhar como professor em uma instituição privada, que inclusive foi “parceira” na construção do hospi-tal municipal e uma das atuais mantenedora do local. “Não representa defeito e sim um privilé-gio”, afirma. Sobre a falta de licitação o secretário responde que “os ser-viços de instalação de tu-bulações ou canalização de gases faz parte da par-ceria, ou seja; fornecido pelos parceiros”.

O reportagem pro-curou os vereadores cita-dos no relatório e, até o fechamento da edição, obtivemos respostas ap-enas do vereador João Batista (PSDB), que disse fazer parte de “um grupo” cujo tem “um líder” e, por isto, votou pelo fim da CPI.

Os vereadores Romualdo Ulhoa (PDT), Wilson Martins (PR), João Batista (PSDB) e Glewton de Sá (PMDB) - conforme a sequência das fotos - votaram contra a prorrogação da CPI pelo prazo de 60 dias

Fotos: http://www.paracatu.net

Page 7: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

Para conseguir suportar a dor, de conviver com pedras na vesícula, Regiane vive a base de analgésicos; ela não consegue se alimentar regularmente e sofre com fortes cólicas

Em Buritis, pacientes sofrem na fila de espera por operação de vesículaRegiane de Souza, de 30 anos, espera há dois anos pela operação; para Secretaria Municipal de Saúde de Buritis, a demora na fila de espera é um problema regional

Fortes dores abdomi-nais fizeram com que a dona de casa Regiane de Souza

Soares, de 30 anos, procu-rasse o Hospital Munici-pal de Buritis, em 2009. Na época, os médicos dis-seram que ela deveria fazer alguns exames para de fato saber quais eram os moti-vos das dores.

Regiane conseguiu faz-er os exames por meio da ajuda da Secretaria Munic-ipal de Saúde, que segundo ela, cobriu 50% dos custos. Os exames detectaram que ela estava com pedras (cris-tais) na vesícula.

Em posse dos resulta-dos, ela voltou a procurar a Secretaria, por meio da se-cretária Cláudia Garcia Par-ente, que segundo Regiane, lhe encaminhou para Unaí, onde ela possivelmente faria a operação. “Só que quando eu cheguei no Hos-pital Municipal de Unaí, os médicos me falaram que meu encaminhamento era para ser atendida por um anestesista, sendo que na verdade, eu precisava era ser atendida por um cirur-gião”, explica Regiane.

Faz dois anos que Re-giane convive com dores diariamente que, segundo ela, mudaram sua vida bruscamente depois que soube do problema. “Eu não consigo abaixar, lim-par a casa, fazer comida porque dói. Eu chego a to-mar um litro de dipirona, por dia”, destaca a dona de casa.

Para ajudar criar seu filho, Regiane conta com a ajuda de sua mãe. “Caso não fosse ela, eu não sa-beria como fazer para conseguir tomar conta de tudo” ressalta.

As cólicas, a perda de peso por não conseguir se alimentar, o inchaço no corpo, são sintomas que obriga Regiane, de apenas 30 anos, possuir também “problema de coração”. “Os médicos já constata-ram que meu coração bate muito devagar, isto é um outro problema que en-frento”.

Regiane explica que já procurou diversas vezes a Secretaria Municipal de Saúde para tratar dos dois problemas, porém, nunca foi atendida conforme as suas necessidades. Sobre a operação para a retirada das pedras da vesícula, ela afirma que está na espera há dois anos. Sobre a oper-ação do coração: “eu já não tenho mais idéia”, destaca por não ver esperança na realização da operação através do poder público.

Secretaria Municipal de Saúde

Dias antes do fecha-mento desta edição, Re-giane conseguiu por meio de um amigo da família, uma consulta com um médico da rede particular, em Unaí. Com esperança que pudesse ser operada pelo especialista, Regiane e seu esposo deslocaram até a cidade onde foram surpreendidos, no final da consulta, com um pedido para que seja feito mais exames. Por telefone, Re-giane se diz desamparada à reportagem do INTERES-SANTE.

De acordo com a Secre-taria Municipal de Saúde de Buritis, a cirurgia de Regiane ainda não foi mar-cada devido a falta de va-gas no Hospital Municipal de Unaí, local para onde são encaminhados os casos

de alta complexidade. Se-gundo a secretária Cláudia, existe a informação que a Secretaria Municipal de Saúde de Unaí “providen-ciou o contrato de mais horas”, e isto pode diminu-ir a espera de Regiane.

Quando perguntada se existem outras pessoas na mesma situação de Re-giane, a secretária afirma “Sim existem mais pessoas na espera por esta cirurgia em Buritis, assim como na região toda”.

Ela também enfatizou que sem a colaboração de Unaí, local onde “define” as datas (a partir da agenda disponível do médico) para cumprir a “Pactuação e disponibilizar agenda sufi-ciente” para os atendimen-tos. Esta particularidade, segundo Cláudia, limita o agendamento de cirurgias pela sua secretaria.

Outubro de 2011 . O Noroeste . 7

Curtas

No último dia 8, em Unaí, aconteceu na Praça da Prefeitura, o Adorai, evento voltados ao público evangelho. O evento ofereceu as participantes as atividades de ação social e lazer. Durante a noite, houve louvores das Igrejas Iceia, Batista Central, Alisson e banda. A grande atração esperada, o Ministério Santa Geração, encerrou o evento, com o Pastor Antonio Cirilo cantando e trans-mitindo ensinamentos da Bíblia.

Adorai em Unaí reúne fieis na Praça da Prefeitura

O campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (Ufvjm), que deve ser implantado em Unaí, já possui a ofer-ta dos primeiros cursos que iniciaram as atividades do campus. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal, os cursos escolhidos foram: “quatro cursos de bacharelado nas ciên-cias agrárias e medicina veterinária (agronomia, agroecologia, engenharia agrícola e medicina veterinária) e quatro de bacha-relado em áreas da comunicação social (jornalismo, midialogia, publicidade e propaganda e ainda relações públicas).”Ainda de acordo com a assessoria, o reitor da universidade, Pedro Ângelo Almeida Abreu, que também participou da audiência, a escolha dos cursos é resultado das audiências públicas. “Foram consultadas pessoas e lideranças locais. E houve a indicação pri-oritária nessas áreas”, afirmou o reitor ao jornalista Ricardo Ribas. Para trabalhar no campus, segundo assessoria, poderão ser contratados (por meio de concurso público de provas e títulos) 99 professores, 179 servidores técnico-administrativos (de nível supe-rior e médio). De inicio o campus atenderá 320 alunos e oferecerá 40 vagas por curso. O canteiro de obras do campus da Ufvjm, de acordo com a asses-soria, deve ser “erguido” no início do próximo ano.

Jornalismo e Medicina Veterinária estão entre os cursos que serão implantados na UFVJM de Unaí

O secretário estadual extraordinário de Regularização Fundiária, Manoel Costa, que o INTERESSANTE entrevistou na edição nº 19, foi exonerado do cargo no mês passado. De acordo com o gover-no de Minas Gerais, foi o próprio secretário que pediu para deixar o cargo, porém a demissão aconteceu um dia antes de deflagrar a Operação Grilo, comandada pela Polícia Federal (PF) para apu-rar um esquema de grilagem de terras devolutas na região Norte do Estado. Também de acordo com as investigações, durante a força tarefa, foram encontradas quatro propriedades no nome do secretário. Sendo três rurais e uma urbana. As propriedades seriam devolu-tas e estariam nos registro de imóveis em nome de Manoel Costa, porém quando a operação certificava no Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais (Iter-MG), as terras são registradas em nome de laranjas. A PF em mandado de busca apreensão na casa do secretário, também encontrou um revólver calibre 38 sem reg-istro. E na seqüência foi afastado da Secretaria Geral do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Estado de Minas Gerais (Consea), instância que articula políticas de com-bate à fome entre o estado e a sociedade.

Secretário Estadual entrevistado pelo INTERESSANTE é exonerado

Page 8: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

8 . O Noroeste . Outubro de 2011

Fonte:www.prefeituraunai.mg.gov.br

Pela segunda vez este ano, o Hospi-tal Municipal Doutor Joaquim Brochado recebeu pacientes para um mutirão de cirurgias de catarata. No primeiro, realiza-do em março, foram beneficiados 182 pa-cientes de Unaí. Nesta ação de outubro estão sendo contemplados 312 pacientes de nove municípios da região.

O mutirão de cirurgias foi projeta-do para dois fins-de-semana deste mês. O primeiro aconteceu de 13 a 16 de outubro e o segundo tem real-ização prevista para o período de 27 a 30 de outubro.

Somente são sub-metidos à cirurgia os casos detectados pelo setor de oftalmologia de cada município. Estão sendo benefi-ciados pacientes de Arinos, Bonfinópolis, Brasilândia, Buritis, Cabeceira Grande,

Mais 312 pacientes são beneficiados por cirurgias de catarata em Unaí

Dom Bosco, Formoso, Natalândia e Uruana.

O mutirão resulta de investimentos do Governo de Minas em parceria com a Prefeitura de Unaí. A Secretaria de Estado da Saúde investiu R$ 138.216,00 no mutirão (R$ 443,00 por pa-ciente) e o município cedeu a estrutura do Hospital Municipal e servidores voluntários de outras secretarias. Estagiários do curso de enfermagem da Factu e do curso téc-nico de enfermagem da Unitec também dão apoio ao mutirão.

Os médicos oftal-mologistas respon-sáveis pelo mutirão são cirurgiões do In-stituto Especializado da Visão (Goiânia) e Clínica Oftalmológica Machado e Tomiyoshi (Serrana – SP). Essas empresas venceram a licitação e cada uma é responsável por 50% das cirurgias, rece-bendo por isso a quan-tia de R$ 69.108,00.

Fonte:www.prefeituraunai.mg.gov.br

A Prefeitura de Unai adquiriu mais 25 tone-ladas de sementes de milho para doação aos pequenos produtores da agricultura familiar. O ato compõe o pro-grama de doação de sementes desenvolvido pela Secretaria Munici-pal da Agricultura. A antiga Casemg – atual almoxarifado central da Prefeitura, no bairro Cachoeira, foi o palco onde, nessa quinta-feira (6/10), mais da metade do total já havia sido entregue aos represent-antes de associações.

Os presidentes de associações recolhem

nome e CPF de todos os produtores interes-sados e assinam um ter-mo com a Secretaria de Agricultura em que se comprometem a redis-tribuir as sementes na associação ou assenta-mento. Cada família recebe um saco com 10 quilos da semente.

O projeto visa in-centivar os pequenos produtores no cultivo do milho, útil na criação de animais e no con-sumo familiar. “Essa doação de sementes de milho faz parte de um programa desenvolvido no primeiro mandato do prefeito Antério...”

“...Primeiro, a Pre-feitura faz a aração dos

terrenos para o plan-tio, depois distribui as sementes. Para um só produtor, a quantidade pode até ser pequena, mas quando junta tudo, é bastante semente”, declarou o vice-prefeito José Gomes Branquin-ho, que participou da entrega aos primeiros agricultores.

Para o secretário municipal da Agricul-tura, Petrônio Sousa Rocha, a iniciativa abre oportunidade para complementar a renda do pequeno produtor.

QualidadeA Emater auxiliou a

Prefeitura na escolha da qualidade da semente

de milho. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater, Reinaldo Martins, escolheu-se a melhor semente que o agricultor familiar deveria plantar nessa safra. “Se o agricultor utilizar uma tecnologia razoável na produção, a semente tem quali-dade para produzir até 150 sacas por hectare. Aí vai depender muito da condição de cada agricultor familiar”, o engenheiro da Emater explicou.

Outro fator positivo, segundo o engenheiro agrônomo da Secre-taria Municipal da Ag-ricultura, Juarez Souto, é que a semente deve

Município doa 25 toneladas de sementes de milho para agricultores familiares

ser facilmente adap-tável ao solo e outras condições da região, já que foi desenvolvida no Noroeste de Minas, em área de Guarda-Mor.

Para a aquisição das 25 toneladas de semente de milho, o investimento do mu-nicípio foi de R$ 100 mil.

O vice-prefeito Branquinho e o secretário Petrônio (Agricultura) fizeram as primeiras entregas

Pacientes que fizeram a cirurgia no fim de semana passaram por revisão na segunda-feira seguinte (17/10)

Page 9: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

Outubro de 2011 . O Noroeste . 9

Fonte:www.prefeituraunai.mg.gov.br

Novas praças de lazer, reforma de quadras, reforma e ampliação de escola, feitura de meio-fios e calçadas, construção da central de gás GLP no Hospital Munici-pal e complementa-ção da construção da creche no bairro Pri-mavera são obras que tiveram seu início au-torizado. O prefeito Antério Mânica assi-nou nesta terça-feira (4/10) as ordens de serviço para execução das obras.

Antério au-torizou a construção de quatro Praças de Lazer – nos bairros Primavera, Canabra-va, Divinéia e Novo Horizonte. A obra custará aos cofres pú-blicos o total de R$ 178.013,61. O Gov-erno Federal, por meio do Ministério do Turismo, investirá R$ 81.459,00. Os outros R$ 96.554,61 serão investimen-tos próprios do mu-nicípio. A empresa que venceu a licitação para executar a obra é a Base Construtora e Serviços, de Paracatu.

Foi autorizada ainda a construção de 16 mil metros de meio-fio e calçadas nas ruas já asfaltadas. Os recursos públicos a serem investidos no serviço são exclu-sivos do caixa do mu-nicípio, no valor de R$ 147.148,56. A re-alização da obra está a cargo da CFW En-genharia, de Montes Claros.

O Hospital Munic-ipal Doutor Joaquim Brochado também ganhará uma central de Gás GLP. O mu-

Prefeito de Unaí autoriza início de obras que ultrapassam R$ 1,3 milhão

prefeito José Gomes Branquinho lembrou que nos próximos dias o prefeito assi-nará a ordem de ser-viço autorizando a Tamasa (vencedora da licitação) a reali-zar as obras de asfal-tamento dos bairros Riviera Park (incluin-do a subida do aero-porto) e Kamayurá. Os recursos para in-vestimento na obra de pavimentação ul-trapassam os R$ 5,5 milhões.

Prefeito Antério autoriza início das obras na presença dos secretários das pastas responsáveis e de representantes de empresas

nicípio está investindo R$ 16.342,75 na obra, que será realizada pela Construtora Só Forma, de Unaí.

A Construtora un-aiense Só Forma tam-bém será a respon-sável pela obra de complementação da construção da Creche do Pró-Infância, que está sendo erguida no bairro Primavera. Serão investidos R$ 502.651,26 em recur-sos municipais na con-clusão da obra.

Outras duas obras de reforma de quadras poliesportivas tam-bém tiveram o início dos trabalhos autor-izados. A quadra da Escola Municipal Eu-clides da Cunha (Boa Vista) vai receber in-vestimentos próprios de R$ 134.000,00. A outra quadra é a Po-liesportiva de Gar-apuava, que receberá investimentos também municipais da ordem de R$ 194.925,67. As empresas responsáveis

pelos serviços serão, respectivamente, Con-strutora Braga Murad (João Pinheiro) e TFF Construções e Monta-gens (Patos de Minas).

A reforma e am-pliação da Escola Mu-nicipal Pinóquio (Divi-néia) é mais uma na pauta de serviços da Prefeitura. O aporte de recursos munici-pais na obra será de R$ 196.713,07 e a re-sponsabilidade será da Construtora Só Forma, de Unaí.

O prefeito Antério Mânica ressaltou que os recursos municipais investidos nas obras é fruto da “maneira aus-tera” como a adminis-tração municipal vem gerindo as finanças do município. “Admin-istrando com austeri-dade, a gente percebe que tem dinheiro sim para melhorar a quali-dade de vida da popu-lação”.

Ao salientar que as “coisas estão aconte-cendo em Unaí”, o vice-

Administrando com austeridade, a gente percebe que tem dinheiro sim para

melhorar a qualidade de vida da populaçãoAntério Manica, prefeito de Unaí

Números das Obras

Construção de quatro Praças de Lazer – nos bairros Primavera, Canabrava, Divinéia e Novo Horizonte.

R$ 178.013,61

Construção de 16 mil metros de meio-fio e calçadas nas ruas já asfaltadas.

R$ 147.148,56

Instalação de uma central de Gás GLP no Hospital Municipal Doutor Joaquim Brochado.

R$ 16.342,75

Obra de complementação da construção da Creche do Pró-Infância, no bairro Primavera.

R$ 502.651,26

Reforma da quadra poliesportiva da Escola Municipal Euclides da Cunha, em Boa Vista.

R$ 134.000,00

Reforma da quadra poliesportiva do distrito de Garapuava.

R$ 194.925,67

Reforma e ampliação da Escola Municipal Pinóquio, no bairro Divinéia.

R$ 196.713,07

Page 10: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

Jornal INTERESSANTE – Quando você começou a trabalhar com o programa na região do Noroeste?

Padre Preguinho – Eu comecei a trabalhar com o programa desde 2005, depois que o presidente Lula ganhou as eleições de 2002/2003. Tudo começou quan-do Lula voltou à sua terra na-tal. Lá ele viu o povo, os par-entes dele, os vizinhos, ainda sem energia elétrica em suas casas. Então, ele, sensibilizado com aquilo, volta para Brasília ele se reuni com os ministros, inclusive, com a presi-denta Dilma, que na épo-ca era ministra de Minas e Energia.

J.I. – E o que foi discutido nessa reunião?

Pe. Preguinho – Nessa reunião ele disse que queria um programa que levasse energia em todas as casas, habitadas, da zona rural. Aí, dizem que a Dilma até perguntou: “Presidente, como é que nós vamos fazer isto?” E ele respondeu: “Como é, eu não sei, eu quero que

vocês, que são da área, fa-çam”. Aí, começaram os trabalhos. Até que a Dil-ma e outras equipes trab-alhando, descobriram que as concessionárias tinham uma reserva [por exem-plo, para quando surgisse um desastre, um blecaute, uma catástrofe, elas tin-

ham dinheiro para suprir a falta de energia, para re-por] então, esse dinheiro que estava parado, e iria virar um patrimônio des-sas concessionárias, como a Cemig, EletroPaulo e tantas outras grandes fornecedoras de energia, passaram a montar o pro-grama Luz Para Todos.

J.I. – E como está sendo a implantação do programa no Noroeste?

Pe. Preguinho – Energia não é uma coisa barata. Por exemplo, hoje, cada ligação que se faz, inde-pendente de

ser longe ou perto, em média, a ligação de ener-gia elétrica fica na base de R$ 8.500. Até esse ano o governo mineiro, entrou com uma contribuição de 10%. No Noroeste se fosse dentro da perspectiva, nós já tínhamos terminados a implantação do programa

dentro do ano de 2008 e 2009. Mas nós estamos em 2011 e ainda não terminamos.

Por isto, ficou acertado com a própria Cemig, para terminar as ligações até 2012. Outros Estados ainda vão até 2014, como a Amazônia e o Acre.

J.I. – Por que o programa ainda não terminou as liga-ções, já que a previsão de término foi em 2009?

Pe. Preguinho – O gov-erno federal tinha dados sobre o apagão no Brasil, mas os dados que ele tinha de concreto, eram dados

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o que nin-guém esperava era que esses dados do IBGE, não apresentavam a realidade de fato. Em Minas Gerais, por exemplo, quando se pegou os dados do IBGE, eram 105 mil ligações, e, hoje, nós já ligamos 350 mil. Por que isto aconte-ceu? Porque no início, a concepção era de ligar a propriedade. Então, tinha uma fazenda ali, você ia lá e ligava a sede. Porém, com o Luz Para Todos, isto avançou. Por exem-plo, um fazen-deiro, que tem dez agregados, e eles moram na fazenda e estão sem energia, eles terão que ser atendidos, já que a sede possui energia, não existe o porque de não haver para os trabal-hadores.

J.I. – Qual é a diferença entre o programa Universalização da Energia, im-plantado pelo e x - p r e s i d e n t e Fernando Hen-rique Cardoso

(PSDB) e o Luz para Todos, de Lula (PT)?

Pe. Preguinho – A Uni-versalização da Energia obrigava a ligação das residências até 2015. Só que existe uma diferença entre esta lei e o Luz Para Todos. No Luz Para To-dos o governo coloca en-ergia até dentro de casa, com três lâmpadas e duas tomadas. Faz o padrão, os fios e tudo, quando for monofásico. Enquanto que na lei de Universal-ização da Energia, o gov-erno só leva energia até o padrão. Mas agora quando

terminar o Luz Para To-dos, vai exercer a lei de Universalização, com já acontece na zona urbana.

J.I. – Houve problemas com relação à solicitação do programa, por parte dos consumidores/população?

Pe. Preguinho – Houve sim. Por exemplo, quem está na roça sem energia elétrica, faz qualquer sac-rifício para ter energia.

Como alguns funcionários das empreiteiras, sabiam disso, eles aproveitam da situação. Nós apuramos vários casos, várias em-presas foram punidas. A Cemig mesmo foi punida com multa de quase R$ 3 milhões.

J.I. – Por ser agente do programa e, participar dire-tamente de sua realização, qual é a avaliação que o senhor faz sobre o Luz para Todos?

Pe. Preguinho – No No-roeste de Minas já foram atendidos 80% dos pedi-

dos. Já para fechar o pro-grama no Es-tado, serão n e c e s s á r i a s mais 15 mil ligações.

Dentro do governo Lula nós conseguimos ti-rar 30 milhões de pessoas da miséria. Mas ainda te-mos no Brasil, 17 milhões de brasileiros que estão vivendo abaixo da linha da miséria, que seria a pessoa que sobrevive com R$ 70 por mês.

E, hoje uma produção local sem energia, não consegue sobreviver. En-ergia é fonte da vida.

Entrevistas Especiais

“Um fazendeiro, que tem dez agregados, e eles moram na fazenda e estão sem energia, eles terão que ser atendidos, já que a sede possui energia, não existe o porque de não haver para os trabalhadores.”, explica o agente sobre ao aumento da demanda na região

Lançado em novembro de 2003, o programa Luz Para Todos, tinha como meta levar energia elétrica para mais de 10 milhões de pessoas em todo o país. Mas conforme esclarece o agente do programa na região do Noroeste, o Padre Preguinho, em Minas Gerais a “meta” já foi super-ada, mas mesmo assim ainda existem famílias que não possuem energia em casa.

De acordo com o mapa da exclusão elétrica, produzi-

dos pelo Ministério de Minas e Energia (MME), revelou que as famílias sem acesso à energia estão “majoritari-amente” na localidade de menor Índice de Desenvolvim-ento Humano (IDH) e nas famílias de baixa renda.

Na entrevista Pe. Preguinho (Geraldo Martins da Mota), que trabalha na Paróquia São Sebastião, em Pal-mital de Minas, distrito de Cabeceira Grande, conta como foi coordenar o programa na região e diz de que forma a

energia elétrica transformou a vida dos beneficiados. Ele também conta sobre casos de corrupção, envolvendo as concessionárias contratadas para implantar o programa.

Em Minas o programa está perto de completar meta estipulada, porém caso ainda existam pessoas que pre-cisam do programa, deve ligar para o telefone 116 para fazer seu cadastro. É importante destacar que o pro-grama é gratuito.

Padre PreguinhoAgente do programa luz Para Todos na Região do Noroeste

nós estamos em 2011 e ainda não termina-mos. Por isto, ficou acertado com a própria Cemig, para terminar as ligações até 2012

Em Minas Gerais, por exemplo, quando se pegou os dados do IBGE, eram 105 mil

ligações, e, hoje, nós já ligamos 350 mil

No Noroeste de Minas já foram atendidos 80% dos pedidos. Já para fechar o programa no

Estado, serão necessárias mais 15 mil ligações

10 . Entrevistas Especiais . Outubro de 2011

Page 11: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

Í N D I C E

1. VEÍCUlOS 2. SERViÇOS 3. EMPREgO

1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS

CHEVROLET

ASTRA 03/04 - Bege - Com-pleto - R$ 24.900,00

ASTRA 04/05 - Bege - Couro + Air Bag - R$ 26.500,00

BLAZER 02/02 - Prata - Diesel - Completa - R$ 46.900,00

MONTANA 11/11 - Prata - AR + DH - R$ 35.000,00

S10 CD 08/09 - Branca - Diesel - Completo + ABS/Air Bag/Roda - R$ 55.000,00

CHEVROLET S10 CD TORNADO 04/05 - Pra ta - Completa - R$ 53.000,00

VECTRA EXPRESSION 08/08 - Prata - Couro - R$ 34.000,00

CITROEN

C4 PALLAS 08/08 - Cinza Completo - Aut. - R$ 44.000,00

KIA SPORTAGE 01/01 - Branca - Completo - R$ 28.000,00

FIAT

COUPÊ 16V 95/95 Amarelo - R$ 26.000,00

LINEA 09/09 - Cinza - Comp. + Air Bag/Abs - R$ 53.900,00

PALIO 1.0 03/04 - Prata - AR/AL/TE/VE Dian - R$ 17.500,00

PALIO ATRAC. 1.4 08/08 - Verde - Comp. - R$ 27.500,00

PALIO WEEKEND 1.6 99/00 Branca-Comp. - R$ 14.900,00

FIAT

PALIO WEEK. ELX 1.6 02/02 - Prata - Comp. - R$ 22.500,00

SIENA 1.0 EL 09/10 - Prata - Completo - R$ 30.500,00

STRADA ADVEN. 1.8 08/08 - Prata - Comp. - R$ 30.000,00

FORD

F1000 90/90 - Cinza - Básica/DH - R$ 25.000,00

FORD

F1000 96/97 - Diesel - Ver-melha - DH - R$ 26.500,00

F1000 CS 84/85 - Diesel - Prata - DH - R$ 28.500,00

F250 00/00 - Diesel - Preta -Completa - R$ 43.900,00

F350 TURBO 02/03 - Diesel - Prata - DH - R$ 45.000,00

FIESTA SD 1.6 09/09 - Preto - Completo - R$ 28.000,00

HONDA

CIVC SED 06/06 - Prata - Completo Mec. - R$ 28.500,00

VOLKS

GOL BOLA 95/95 - Preto - Básico - R$ 7.000,00 GOL BOLA 96/97 - Cinza - Básico - R$ 10.300,00 GOL G3 1.0 04/05 - Branco - Básico - R$ 16.000,00SAVEIRO TROOPER 09/10 - Prata - Comp. - R$ 32.000,00

CAMINHÕES

GM D40 BAU 90/90 - Branco - DH- R$ 32.000,00

M.B 1113 TOCO 77/77 - Azul - Madeira - R$ 37.500,00

M.B 1113 TOCO 82/82 - Azul - Caçamba - R$ 42.000,00

M.B 2213 75/75 - Verde - Truque Caçamba - R$ 63.000,00

M.B 608 79/79 - Branco - Ma-deira - R$ 29.000,00

CAMINHÕES M.B. 1113 68/68 - Azul - Toco Caçamba - R$ 36.000,00

M.B.1317 86/86 - Amarelo – DH / Turbo / Graneleiro - R$ 68.000,00

MB.1113 82/82 - Vermelho - Toco Caçamba - R$ 38.000,00 VW 13180 04/05 - Vinho - Chassi - R$ 75.000,00 VW CAM. 8140 96/97 - Bran-co - Gaiola Boi - R$ 62.000,00

CHEVROLET

CORSA 4P 01/01 - Bran-co - Gas - TE + Som - R$ 13.500,00S10 07/08 - Branco - Diesel - Completo (-) VE- R$ 53.000,00S10 08/08 - Prata - Flex - Completo - R$ 45.000,00S10 08/09 - Branco - Diesel - Completo - R$ 58.000,00

FIAT

PALIO 06/07 - Vermelho - Flex - Completo (-) DH - R$ 21.000,00PALIO 07/07 - Azul - Flex - Básico - R$ 21.000,00

FIAT

PALIO 08/09 - Branco - Flex - Completo - R$ 25.000,00

PALIO ADVENTURE. 4P 05/05 - Preto - Flex - Completo - R$ 25.000,00PALIO ADVENTURE 07/08 - Flex - Completo - R$ 28.000,00PUNTO 09/09 - Verme-lho - Flex - Completo - R$ 37.000,00

SIENA 11/11 - Prata - Flex - Completo (-) AR - R$ 30.000,00

STILO 07/07- Prata - Flex - Completo - R$ 29.000,00

FIAT STRADA 08/09 - Prata - Flex - Comp. - R$ 39.000,00STRADA 08/09 - Preto - Flex - Comp. - R$37.000,00STRADA 09/09 - Pre-to - Flex - Completo - R$33.000,00STRADA 10/10 - Prata - Flex - Completo + Roda - R$32.000,000 KM STRADA 12/12 - Vermelho - Flex - Com-pleto - R$45.000,00

FORD

FIESTA 07/08 - Pre-to - Flex - VE/TE/AL - R$23.000,00

FORD

RANGER 05/05 - Pre-to - Diesel - Completo - R$ 50.000,00RANGER 11/11 - Branco - Gasolina - Completo - R$55.000,00

VOLKS

FOX 04/05 - Branco - Flex - TE/AL - R$21.000,00GOL 05/05 - Prata - Gas - AL/TE - R$ 16.500,00GOL G4 05/06 - Ver-melho - Flex - Básico - R$20.500,00GOL G4 06/06 - Amarelo - Flex - Completo (-) AR - R$21.000,00

VOLKS

GOL G5 10/11 - Pra-ta - Flex - Completo - R$ 32.000,00

TOYOTA

COROLLA 4P 03/03 - Preta - Gas - Completa - R$ 30.000,00

MOTOS

HONDA CB450 85/85 - Preta - Completa - R$ 5.000,00HONDA TWISTER 250 06/06 - Preta - Completa - R$ 6.000,00YAMAHA TTR 125 08/08 - Azul - Completa - R$ 6.000,00

CHEVROLET

CELTA 1.0 2P 02/03 - Vermelha - Gas. - Básico - R$ 14.500,00

CORSA 1.0 2P 95/96 - Azul - Gas. - Básico - R$ 8.500,00 CORSA 1.0 2P 98/98 - Azul - Gas - AR - R$ 11.000,00

CHEVROLET

CORSA 1.0 4P 99/99 - Cinza - Gas - AR - R$ 12.900,00 CORSA SEDA 1.0 05/05 - Prata - Flex - TE/AL/VE - R$ 18.900,00 VECTRA 2.0 GLS 4P 02/02 - Prata - Gasolina -

CHEVROLET Completo - R$ 23.900,00VECTRA 2.0 GLS 98/98 - Prata - Gas - Completo - R$ 16.000,00

FIAT

FIAT PALIO 1.0 4P 03/04 - Prata - Gas - TE/AL/VE/AR - R$ 17.500,00

FIAT UNO MILLE 93/93 Cinza - Gas. - Bás.

- R$ 6.900,00

FIAT

FIAT UNO MILLE SX 95/95 - Vermelha - Gas - TE/AL/VE - R$ 7.500,00FIRE 2P 05/06 - Verme-lha - Gasolina - TE / AL - R$ 16.000,00 MAREA HLX 4P 99/00 - Cinza - Gas - Completo - R$ 11.900,00PALIO ADV.1.8 09/10 - Vinho - Flex - Completo - R$ 44.900,00PALIO FIRE 1.4 4P 08/08 - Vermelha - Flex - Com

FIAT

pleto - R$ 28.300,00PALIO FIRE 4P 05/06 - Vermelha - Flex - Com-pleto - R$ 24.500,00PALIO FIRE CEL.1.0 07/08 - Cinza - Flex - Completo - R$ 23.900,00SIENA 4P 04/04 - Verde Gas - TE / VE / AL - R$ 17.900,00SIENA FIRE 1.0 08/08 - Vermelha - Gas - Com-pleto - R$ 24.800,00SIENA FIRE 4P 07/08 -

FIAT Prata - Flex - Completo - R$ 24.800,00 STILO SP 4P 1.8 07/07 - Prata - Flex - Completo - R$ 33.000,00UNO MILLE SX 96/97 - Vermelha - Gas - Básico - R$ 8.700,00

VOLKS

GOL 1.0 2P. GIII 01/01 - Cinza - Gasolina -TE / AL - R$ 13.900,00 GOL 1.0 4P TREND 07/07 - Cinza - Flex - TE/

VOLKS

AL/VE - R$ 21.000,00

GOL 1.0 4P TREND 07/08 - Preto - Flex - Completo - R$ 23.500,00

GOL 1.0 4P. 06/07 - Pra-ta - Flex -TE/AL/VE - R$ 19.900,00

GOL G3 4P 03/03 - Bran-co - Gas - TE/AL/AR/DH - R$ 17.500,00

GOL G5 1.0 4P TREND 10/11 - Prata - Flex - Bá-sico - R$ 25.500,00

VOLKS

POLO HAT 1.6 04/05 - Prata - Gas - Completo - R$ 23.500,00

VOYAGE CONFOR. 4P 1.6 09/10 - Preta - Flex - Completo - R$ 34.900,00

MOTOS

FACTOR 08/09 - Azul - Gas - R$ 4.500,00 HONDA FAN 07/07 - Pre-ta - Gas - R$ 3.500,00

YAMAHA LANDER 09/10 - Laranja - R$ 9.300,00

Page 12: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS

CHEVROLET

ASTRA 2.0 09/09 - Flex - Preto - Completo - R$ 33.000,00S10 CD 4X4 4P 08/09 - Diesel - Branca - Completa (-)VE - R$ 56.000,00VECTRA 2.2 GL 4P 00/00 - Gas.- Branco - Completo - R$ 18.800,00

FIAT

PALIO 1.0 FIRE ELX 4P 09/10 - Flex - Cinza - Completo -

R$ 29.000,00PALIO 1.4 WEEKEND

4P 09/10 - Flex - Branco

FIAT - Completo - R$ 31.000SIENA 1.4 06/07 - Flex - Preta - Completo + Som + Roda - R$ 27.000,00SIENA ATTRACTIVE 1.4 08/09 - Flex - Preto - Completo + Som - R$ 32.800,00STRADA 1.4 10/11- Flex - Ver-melha - R$ 33.000,00STRADA 1.8 ADVEN. CAB DUBLA 10/10 - Flex - Prata - Completo - R$ 44.800,00UNO 1.5 NAC. 2P 92/92 - Gas.- Vermelho - R$ 7.000,00

FIAT

UNO FIRE 1.0 02/03-Gas.-Cin-za -TE/AL+Roda-R$ 13.800,00UNO 1.0 MILLE WAY ECON. 4P 09/10 - Flex - Prata - Com-pleto - R$ 23.800,00

FORD

FOCUS 1.6 06/07 - Flex - Cin-za - Completo + Kit do Cross Fox + Som - R$ 27.500,00

RENAULT

MASTER 2.5 DCI CAB. L2H1 16V 3P 08/09 - Diesel - Branca - Completa - R$ 65.000,00

VOLKS

AMAROK 2.0 HIGHLINE 4X4 CD 12V 4P 20KM 10/11 - Die-sel - Preta - Completa + Roda + Couro + Capota + Air Bag Dublo + Som Mp3 + Comp. de Bordo - R$ 103.000,00 CROSS FOX 1.6 08/09 - Flex - Vermelho - Completo + Couro + Som - R$ 38.900,00FOX 1.0 06/07- Flex - Ver-melho- AR/DH + Som - R$ 26.800,00 GOL 1.8 CLI 2P 96/96 - Gas.- Vermelho - TE/VE + Roda +

VOLKS

Som - R$ 9.800,00GOL GIII 1.6 99/00 4P - Gas. - Gelo - VE / TE / AL / DH - R$ 17.000,00GOL GV 1.0 09/10 - Flex - Pre-to - Completo - R$ 29.800,00SAVEIRO 1.8 95/95 - Ga-solina - Vermelho - Básico - R$ 11.000,00VOYAGE TREND 1.0 10/11 - Flex - Preto - Completo - R$ 33.500,00

CLASSIFICADOS INTERESSANTE | CERTEZA DE BONS NEGÓCIOS | ANUNCIE: (38) 3676-3882

12 . . Outubro de 2011

Page 13: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS 1 VEÍCUlOS

OPORTUNIDADE

CHÁCARA 8.000 MT²SETOR DE MANSÕES SULCHÁCARAS CONCÓRDIACASA NOVA COM 2 SUÍTES, 2 QUAR-TOS, BANHEIRO, SALA, COZINHA E

ÁREA LAZER. CASA CASEIRO DE 3 CÔ-MODOS. TERRENO TODO MURADO.

INFORMAÇÕES: (61) 9312-0131 OU

(38) 9952-9809

2 SERViÇOSVAI CONSTRUIR OU REFORMAR?Valdomiro Pedreiro,

do básico ao acabamento.

Tel.: (38) 8808-0154

3 EMPREgOVAGAS DE EMPREGO

SINE PARACATUPraça Adelmar Silva Neiva, 147 - Centro - Telefone: (38)

3672-1180 / 3672-1407 - Ramais: 105 / 126

01 vaga para analista de suporte a informática, ex-ige-se experiência mínima de 6 meses

01 vaga para borracheiro, exige-se experiência.

03 vagas para vaqueiro, exige-se experiência em gado de corte ou gado de leite

01 vaga para cobrador externo, exige-se CNH ca-tegoria “A”

01 vaga para acabador de mármore e granito, exige-se experiência

01 vaga para nutricionista, exige-se experiência

02 vagas para cozinheiro, exige-se experiência

01 vaga para operador de telemarketing, exige-se ex-periência

01 vaga p,ara instrutor de informática, exige-se expe-riência

01 vaga para agente de publicidade, exige-se ex-periência

02 vagas para ajudante de cozinha, exige-se expe-riência

VAGAS DE EMPREGO SINE UNAÍ

Rua Eduardo R. Barobosa, 180 - Prédio da FACTU. Telefone: (38) 3677-2086

01 vaga para açougueiro, M/F, exige-se experiência

01 vaga para auxiliar de cozinha, masculino, não exige experiência, 1 grau completo, trabalhar em período noturno

12 vagas para auxiliar de viagem (cobrador), masculino, 1 grau completo,

deixar currículo

01 vaga para caixa, M/F, experiência de 6 meses, 2 grau completo, ter noção de informática

02 vagas para doméstica, feminino, experiência de 6 meses, 1 grau incompleto

01 vaga para eletricista automotivo, masculino, experiência de 6 meses, 1 grau incompleto, deixar currículo

01 vaga para entregador de bicicleta, masculino, experiência de 6 meses, 1 grau incompleto

02 vagas para garçom, masculino, 1 grau completo,

trabalhar em período noturno.

01 vaga para lanterneiro, masculino, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau incompleto, deixar currículo

02 vagas para lavador/limpador, M/F, exige-se 6 meses de experiência, trabalhar em lava jato

01 vaga para marceneiro, masculino, exige-se 6 meses de experiência

01 vaga para moleiro, masculino, exige-se 6 meses de experiência

02 vagas para pecista, masculino, exige-se 6

meses de experiência, 1 grau incompleto

01 vaga para professor, M/F, exige-se 6 meses de experiência, 3 grau completo, formado em engenharia civil

05 vagas para tratorista, masculino, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau incompleto, trabalhar em fazenda

01 vaga para vaqueiro, masculino, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau incompleto, tirar leite com ordenha

01 vaga para vidraceiro, masculino, não exige experiência.

3 EMPREgO 3 EMPREgO 3 EMPREgO 3 EMPREgO 3 EMPREgO

CHEVROLET

CORSA SEDAN 1.0 99/99 - Verde - Básico - R$ 13.000,00D20 CUSTON S - Branca - DH - R$ 36.000,00S10 ADV. 05/06 - Prata - Completa - R$ 42.500,00S10 TORNADO 05/05 - Cinza - Completa - R$ 46,900,00

CITROEN

C4 08/08 - Azul - Completo - R$ 43.900,00

FIAT

PALIO ADVENTURE 1.8 09/10 - Cinza - Completo - R$ 44.900,00PALIO EX 00/01 - Branco - VE/TE/AL - R$ 13.000,00PALIO FIRE ECONOMY 10/11 - Vermelho - Completo - R$ 26.900,00

FIAT

PALIO FIRE ECONOMY 10/11 - Prata - DH/VE/TE - R$ 26.900,00PALIO FIRE ECONOMY 10/11 - Vermelho - DH/VE/TE + Roda - R$ 25.900,00PALIO FIRE ECONOMY 10/11 - Preto - DH/VE/TE + Roda - R$ 25.900,00PALIO FIRE ECONOMY 10/11 - Prata - Completo - R$ 27.500,00PALIO WEEKEND 1.4 07/08 - Prata - Comp. - R$ 28.500,00

FORD

ESCORT 95/96 - Vermelho - Básico - R$ 6.800,00FIESTA 1.6 10/11 - Flex - Pra-ta - Completo - R$ 32.500,00KA 02/02 - Branco - AL/VE/TE - R$ 13.900,00

VEÍCULOS 0KM VOLKSGOL GIV 2P 11/12 - Pra-ta - Básico - R$ 25.330,00GOL GV 1.0 11/12 - Pra-ta - Básico - R$ 29.930,00GOL GV 1.6 11/12 - Branco - AR/DH/VE/TE +Roda - R$39.500,00

SAVEIRO CAB. SIM-PLES 1.6 11/12 - Branca - DH - R$ 31.900,00

SPACE FOX 11/11 - Pra-ta - Completo + Imotion - R$ 61.000,00

FORD

PAMPA 88/89 - Azul - Básica - R$ 13.000,00

RENAULT

CLIO 1.0 00/00 - Prata - AR/Air Bag - R$ 9.900,00

VOLKS

GOL GV 1.0 10/11 - Flex - Vermelho - Completo - R$ 31.900,00

VOLKS

GOL GV 1.6 POWER 09/10 - Prata - Completo - R$ 33.900,00GOLF AUTOMÁTICO 2.0 02/02 - Prata - Completo - R$ 28.500,00

CAMINHÃO

M.BENZ L1513 80/80 - Ver-melho - Freio a AR - R$ 60.000,00

Outubro de 2011 . . 13

Page 14: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

Agropecuária

Programa Casa do Mel em Buritis auxilia 300 apicultoresCom o programa o produtor de mel garante a qualidade de seu produto e pode comercializá-lo dentro do município; a maioria dos apicultores são produtores da agricultura familiar

Os 300 apicultores de Bu-ritis, cadastrados pela Casa do Mel – programa

do governo federal com a pre-feitura local – consegue ga-rantir o beneficiamento e a embalagem da produção de mel à baixo custo.

É cobrado do produtor apenas a embalagem, “e é cobrado à preço de fábrica”, afirma o técnico agrícola re-sponsável pelo programa, Le-andro José da Silva.

Leandro explica que, todo o equipamento para o cultivo do mel e a roupa para o tra-balho com as abelhas, foram doados pela prefeitura, no início do programa. Segundo o técnico, o programa tem conseguido atender a seus objetivos, inclusive, um, que é auxiliar a produção das famílias assentadas pela Re-forma Agrária. “A maioria dos produtores moram em assentamento e são agricul-tores familiares”, confirma o Leandro.

GarantiaA principal vantagem de

o mel ser beneficiado pelo programa, é possibilitar ao produtor vender seu produto dentro do município, com certificação do Sistema de Inspeção Municipal (SIM). “Desta ele agrega valor a seu produto que passa a ser garantido e fiscalizado por órgãos competentes, com o SIM” salienta o técnico.

De acordo com Leandro, a maioria dos produtores acaba vendendo sua produção para “particulares”, ou seja, em casas nos bairros, nos locais mais conhecidos como pra-ças e antigos armazéns. Mas o objetivo do programa é au-mentar as opções de venda do mel e passar a vendê-lo para

as escolas, creches, padarias, supermercados e mercearias.

Possibilidade

Leandro também é api-cultor. Ele possui 10 caixas, das quais ele retira semestral-mente, 100 kg de mel, o que correspondem a R$ 1500. O produtor está cadastrado no programa Compra Direta da prefeitura local, e isto, se-gundo ele, garante a compra de seu produto de maneira formal.

Mas nem todos estão na mesma situação de Leandro. Simões Rodrigues, apicultor desde 2006, mesmo com suas 22 caixas de abelha africana e africanizada (pois não são puras), diz não conseguir vender sua produção com tanta facilidade. De acordo com Rodrigues, a maioria de seus fregueses são pessoas que já o conhece e confiam em seu produto. “Se caso eu fosse depender das escolas, do comércio geral, eu não conseguiria vender nada”, afirma.

Segundo Rodrigues, a Casa do Mel tem uma política muito diferente da realidade dos apicultores. “As em-balagens que eles utilizam é muito grande e não atende ao pequeno produtor” desta forma ele aconselha: “é ne-cessário haver uma reunião, com os apicultores, para ou-vi-los, para saber suas neces-sidades e daí poder ajudá-lo”.

“Para um grande produtor de mel, o programa está ad-equado. Agora se formos falar do pequeno produtor, aquele que tira 30, 60, kg de mel, esse não se enquadra no pro-grama, até porque, as máqui-nas utilizadas pelo programa, que fazem o beneficiamento, são adequadas para quem

trabalha com alta produção de mel”, problematiza Ro-drigues, que também consta-tou que os profissionais do Programa não estariam ca-pacitados para fazer o benefi-ciamento do produto, por não saber manusear as máquinas, conforme ele constatou.

Solução

De acordo com o técnico agrícola, todos os funcionári-os que trabalham na Casa do Mel, são aptos a desempen-har as atividades de benefi-

ciamento e que todos foram capacitados para trabalhar com o programa, em Arinos.

E sobre as embalagens serem desproporcionais à produção do pequeno apicul-tor, Leandro explica, que as embalagens variam conforme a necessidade de cada api-cultor. “O único maquinário grande, é o decantador de mel. E as máquinas que op-eram com qualquer quan-tidade, podendo beneficiar de 5 kg de mel até 2 mil kg”, afirma Leandro.

O objetivo é que o comércio local e as

escolas comprem o mel produzido;

todos os 300 apicultores são da

agricultura familiar,

14 . O Noroeste . Outubro de 2011

Curtas

Cinco agricultores são beneficiados com o programa PAIS, em UrucuiaPor enquanto, apenas cinco famílias são beneficiadas com o programa de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), na cidade de Urucuia, mas nada im-pede que este número aumente. O programa que foi im-plantado no município em 2010, capacita os agricultores familiares (que sobrevivem exclusivamente da terra) além de orientá-los com informações técnicas para o manejo das atividades. Cada agricultor participante recebeu um kit do programa (caixa d’água, bomba de irrigação, canteiros, sementes, mudas, galinheiro, etc) para começarem suas produções. Um dos participantes, Manoel Pereira Morais, da Comu-nidade de Pedras, com a implantação do projeto, começa a vivenciar as mudanças. “Eu sempre tive horta e criava algumas galinhas no quintal, mas nunca pensei que isso pudesse trazer um dinheiro pra casa. A gente mexia deva-gar porque tudo era muito difícil, as plantas até morriam porque não tinha jeito de molhar, era no balde. Hoje, já esta dando até pra vender na cidade”.

Entre os três candidatos a vaga da presidência da Colônia de Pescadores de Buritis (José de Baia, Jairo e Gilberto), na eleição ocorrida, no último dia 16, Gilberto Alves foi o escolhido. Ele que já e o atual presidente da colônia, ven-ceu a disputa com 197 votos, ou seja, com 47% dos votos. Agora o presidente reeleito cumprirá seu mandato, que é de dois anos, com a possibilidade de estendê-lo por mais um ano. técnicas para o manejo das atividades. até mor-riam porque não tinha jeito de molhar, era no balde. Hoje, já esta dando até pra vender na cidade”.

Colônia de Pescadores de Buritis reelege seu atual presidente

Usina bioenergética poderá ser implantada em Urucuia Com investimentos de R$ 800 milhões, a cidade de Urucuia se prepara para a implantação da Companhia Urucuia Bioenergética Ltda, que produzirá energia elétrica e álcool de cana-de-açúcar.A expectativa é de que a usina gera cerca de 4.800 em-pregos em toda região, sendo que 1.200 deles serão em-pregos diretos. A usina ainda visa empregar mais 3.600 trabalhadores indiretamente. As obras devem começar depois que o município obter a liberação da licença ambiental, já que se trata de um em-preendimento que produzirá cerca de 330 milhões de litros de etanol. A termelétrica ligada à usina vai gerar energia elétrica (450 mil MWH). Depois de dois anos em atividades, a previsão é que a usina atinja a produção esperada.

Page 15: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

Outubro de 2011 . Policial . 15

Policial Curtas

O fotógrafo J.E.O., de 57 anos, foi seqüestrado por dois indi-víduos quando conversava com a testemunha E.M.R.S. de 26 anos, no bairro do Alto do Açude, em Paracatu. O fato aconteceu em 17 de outubro, quando o fotógrafo foi obrigado a entrar em seu próprio carro, aonde foi mantido refém dos assaltantes. De acordo com a PM, os indivíduos es-tavam armados de um revólver. Juntos dos assaltantes a vítima foi levada até o povoado de São Sebastião, local onde foi liberada, retornando a Paracatu. De acordo com a PM, os assaltantes levaram da vitima uma quantia de R$ 600 e mais um celular. Os policias encontraram com a vítima horas depois do acon-tecido em um hotel da cidade. Segundo a vítima, ela não en-trou em contato com os policiais por ter ficado “atordoado”.A PM ainda continua no rastreamento dos possíveis se-qüestradores.

Fotógrafo é sequestrado

PM apreende droga e vários celulares no bairro Alto do Corrégo, em ParacatuFoi apreendido em

Paracatu, no bairro Alto do Córrego, 1,5

kg de maconha e outros materiais de “procedência duvidosa”, segundo infor-mações da Polícia Militar (PM). De acordo com a PM, a droga estava na residên-cia de G.X.M., de 42 anos. A PM também informou que “ao perceber” a presen-ça dos policiais, o acusado

tentou dispensar uma “sac-ola”, onde a droga estava.

Também foram apre-endidos uma balança de precisão, 13 aparelhos de telefones celulares, uma câmera digital. A droga era empacotada em em-balagens que possuíam as iniciais do possível trafi-cante “GE”. Após a prisão o acusado foi encaminhado para delegacia. Aparelhos e drogas apreendidos pela PM

Duas vezes este ano Cabeceira grande é alvo de assaltantes de caixa eletrônico Agora são dois o número

de caixas eletrônicos de bancos assaltados

por assaltantes em Cabecei-ra Grande. De acordo com informações da prefeitura local, no último dia 30 de julho aconteceu o primeiro assalto, quando na ocasião duas pessoas foram feitas de refém. A segunda ação dos bandidos aconteceu, neste mês, no último dia 4, quando um caixa da agência do banco privado Bradesco foi explodida e furtada pelos assaltantes.

A ousadia dos bandidos extrapola o normal, desde que a segunda ação aconte-ceu a poucos metros de um “destacamento da polícia militar”. O primeiro assalto também aconteceu no cen-tro da cidade, em uma agên-cia do Banco do Brasil.

Segundo informações, o segundo assalto teria acon-tecido por volta das 2h da madrugada; após as ex-plosões os populares, que não quiseram se identificar,

afirmaram ter visto um “veí-culo de cor prata marca VW saveiro “quadrada” se reti-rando do local”.

Roubos a caixa eletrônico tem se tornado comum em

todo o país, principalmente nos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Mas agora, con-forme demonstra as ações dos bandidos em Cabeceira

Grande, esses crimes estão se alastrando pelo interior do país como os aconteci-dos em Cabeceira Grande, cidade com pouco mais de 6 mil habitantes.

O segundo caixa eletrônico assaltado em Cabeceira Grande este ano

Foto: http://www.interativa87.net

Uma adolescente de 16 anos, de acordo com Policia Militar (PM), no último sábado, por volta das 16h, foi assaltada no centro de Paracatu, quando esta transitava na rua Goiás. De acordo com a PM, a adolescente transitava quando um indivíduo lhe perguntou “o nome da rua”. Nesse momento, a jovem foi surpreendida pela ação do mesmo que quis lhe pegar o celular.“A vitima tentou resistir, mas foi agredida com uma cotove-lada nas costelas, deixando o telefone caiu ao solo. Assim, o autor pegou o telefone e fugiu tomando o rumo do Largo da Jaqueira”, afirma a PM. Para evitar assaltos a PM aconselha aos cidadãos a evitar andar pelas ruas de pouco movimento ou em local “ermo” e se “possível ande sempre acompanhado”.

Adolescente é assaltada no centro de Paracatu em plena luz do dia

O trabalhador rural Carlos Roberto Mendes Santiago, 34 anos, morreu depois de ser atingido por duas sacas de adu-bos que pesavam 1000 kg cada. De acordo com a Polícia Mili-tar (PM), testemunhas relataram que o acidente aconteceu durante o horário de almoço. “Os trabalhadores escutaram um barulho muito alto, vindo do interior do galpão de car-regamento”, diz a nota da PM. E, segundo a polícia, quando os trabalhadores foram conferir o que tinha acontecido, de-pararam com Carlos já sem vida. O acidente aconteceu, segundo a PM, na fazenda São Mar-cos, da empresa Agropecuária Geraldo Severino Pinheiro e Outros.

Trabalhador rural morre em fazenda da região

Page 16: Jornal Interessante - Edição 22 - Outubro de 2011 - Unaí-MG

16 . Esporte . Outubro de 2011

Depois de uma série de resultados ruins du-rante as últimas quatro

rodadas do Candangão da Série B, onde acumulou derrotas para as equipes do Luziânia (2 x 0), Brazlân-dia (2 x 1), Dom Pedro (2 x 1) e um empate com o Santa Maria (2 x 2), o time do Unaí Esporte finalmente vence, espanta a má fase e reacende a esperança da Primeira Divisão.

No último domingo (23/10), às 16h, sob a di-reção de Cleiton Mineiro, o novo técnico da equipe, o “Verdão da Serra” enfrentou o Paranoá em casa, no está-dio Urbano Adjuto e saiu com um ótimo resultado (3 x 0). O Unaí agora possui 14 pontos na classificação geral e ocupa o 8º lugar na tabela, seguindo com 8 pontos atrás do primeiro colocado, a equipe do Capital/Cristalina.

A equipe unaiense, de-pois de jogadas 11 rodadas, restando apenas 3 jogos para encerrar sua participação no campeonato, ainda conta com a sorte para subir com a Primeira Divisão, pois surpresas no campeonato podem favorecer a equipe

Após quatro rodadas sem vencer, a equipe do Unaí Esporte mostra que está viva no Candangão da Série B e derrota o Paranoá por 3 x 0

Esporte

Time do Unaí Esporte durante treinamento

nos próximos dias. É que a 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça De-sportiva do Distrito Federal (TJD/DF) irá julgar os pro-cessos referentes aos casos que envolvem o Cruzeiro Futebol Clube e o Capital/Cristalina, que teriam es-calado jogadores irregular-

mente em jogos da Segunda Divisão Candanga.

Tanto Cruzeiro quanto o Capital/Cristalina, que estão à frente na classifica-ção, poderão ser punidos com a perda de pontos, além de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. O Capital/Cris-talina teria escalado o joga-

dor Eduardo do Nascimento Rondon (Dudu) de forma ir-regular na primeira rodada do campeonato e poderá perder até quatro pontos, caso seja considerado cul-pado. Já o Cruzeiro teria utilizado o jogador Elenil-son Portugal dos Santos ir-regularmente em três jogos

e poderá perder até quinze pontos, caso seja considera-do culpado.

Com isso, a tabela poderá mudar, e o Unaí Esporte pode ocupar uma nova posição a partir dos próximos dias e torcer para que a combinação de resul-tados das outras partidas o

favoreça no campeonato. Para o treinador do “Verdão da Serra” Cleiton Mineiro, que diz ter exemplos de superação como quando foi campeão pelo Catalão-GO, em 2004, diz que “no futebol nada é impossível e a equipe irá atrás dos resul-tados”.

PG J V E D GP GC SG (%)22 10 6 4 0 23 8 15 7321 11 6 3 2 15 11 4 6320 9 6 2 1 21 5 16 7419 10 5 4 1 17 10 7 6318 11 5 3 3 22 17 5 5416 10 3 7 0 15 9 6 5314 10 4 2 4 16 13 3 4614 11 4 2 5 16 14 2 4214 10 3 5 2 14 11 3 4613 10 5 2 3 18 15 3 5612 9 3 3 3 12 12 0 448 10 2 2 6 10 20 -10 264 10 1 1 8 10 28 -18 134 11 1 1 9 13 39 -26 123 10 0 3 7 10 20 -10 3

CLASSIFICAÇÃO CANDANGO SÉRIE B - 2011

13 - Paranoá14 - Bandeirante15 - Planaltina

2 - Luziânia3 - Sobradinho4 - Brazlândia5 - Legião

Quarta-Feira, 26/10/2011 | 15h30 | Rorizão - Bolamense x UnaíDomingo, 30/10/2011 | 16h | Urbano Adjuto - Unaí x Cruzeiro

Sábado, 5/11/2011 | 15h30 | Cave - Legião x Unaí

11 - Dom Pedro

Time1 - Capital/Cristalina

PRÓXIMOS JOGOS

6 - Guará7 - Cruzeiro8 - Unaí9 - Santa Maria10 - Bolamense*

1º ao 4º - ZONA DE ACESSO À PRIMEIRA DIVISÃO DE 2012

PG - pontos ganhos; J = jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; GP = gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols; (%) – aproveitamento

*Punido pelo TJD-DF com perda de 4 (quatro) pontos por escalção irregular de jogadores.

12 - Samambaia