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J2 J2 J2#10 #10 #10 Vicentinos, Vicentinos, Vicentinos, um estilo de vida para hoje um estilo de vida para hoje um estilo de vida para hoje O Jornal da J O Jornal da J O Jornal da J Publicação Anual da Juventude Publicação Anual da Juventude Publicação Anual da Juventude Mariana Vicentina de Portugal Mariana Vicentina de Portugal Mariana Vicentina de Portugal N.º 10 N.º 10 N.º 10 Julho_2011 a Agosto_2012 Julho_2011 a Agosto_2012 Julho_2011 a Agosto_2012

Jornal J2#10

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Edição n.º 10 do Jornal J2, o Jornal da J - Juventude Mariana Vicentina de Portugaç

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J2J2J2#10#10#10 Vicentinos, Vicentinos, Vicentinos,

um estilo de vida para hojeum estilo de vida para hojeum estilo de vida para hoje

O Jornal da JO Jornal da JO Jornal da J Publicação Anual da Juventude Publicação Anual da Juventude Publicação Anual da Juventude

Mariana Vicentina de PortugalMariana Vicentina de PortugalMariana Vicentina de Portugal N.º 10 N.º 10 N.º 10

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J2 — O JORNAL DA J

#PROPRIEDADE:

Juventude Mariana Vicentina de Portugal

Avenida Marechal Craveiro Lopes, n.º 10

1700-284 Lisboa

Telefone: 217 521 430 • Fax: 217 521 438

Website: www.jmvpt.org • E-mail: [email protected]

#REDAÇÃO, GRAFISMO E COMPOSIÇÃO:

António Clemente, Vogal Nacional de Informação e Comuni-

cação

#COLABORADORES:

Jovens, Padres e Irmãs

EDITORIAL ……………………………………………….. 2

2 LINHAS À J ……………………………………………… 3

Mensagens do Assessor Nacional ………………….. 3

Mensagem Anual das Assessoras Nacionais ……. 4

Mensagem Anual do Presidente Nacional ………. 5

X Conselho Nacional da JMV ………………………... 6

VER ………………………………………………………….. 7

Bodas de Ouro Sacerdotais Pe. Nóbrega ………… 7

60 anos de Vocação Ir. Conceição Laranjeiro …... 7

Novo Webiste JMV Portugal …………………….…… 7

Testemunho de Voluntário do SIJMV …………..... 8

Beato Pier Giorgio Frassati ………………………….. 9

Número da JMV de Portugal ……………………….. 10

Oficialização do CL de Sobreira Formosa ………. 13

Rita Bemposta no SIJMV ……………………………. 14

Missão da caixa de papelão JMV EUA …………... 15

JULGAR …………………………………………………... 16

Ser JMV …………………………………………………… 16

Mensagem da Presidente Intern. 18 de julho ….. 17

Renovar-se (Sul) ……………………………………….. 18

Renovação da Região Centro …………………….... 18

Hino e Logótipo Ano 2011/2012 … …………………19

JMV de Portugal nas JMJ Madrid 2011 … ………..20

AGIR ………………………………………………………. 22

JMV em Missão ………………………………………… 22

Encontro de Formação de Animadores …………. 33

Fátima Jovem …………………………………………… 34

Visita do Conselho Nacional ……………………….. 41

A FECHAR ……………………………………………….. 48

Reflexões sobre Carta Apostólica Papa ………… 48

Está de volta mais uma edição (anual) do J2, o Jornal da J.

Esta nova edição passa em revista as atividades mais impor-

tantes realizadas pelos grupos da Juventude Mariana Vicenti-

na de Portugal durante o último ano.

Este ano começou em grande, com as Jornadas Mundiais da

Juventude Madrid 2011, e foi também um ano marcado pela

tomada de posse de um novo Conselho Nacional da Juventu-

de Mariana Vicentina, que nos meses de outubro, novembro

e dezembro realizou visitas a todos os grupos JMV de todo o

país, com o objetivo de conhecer melhor os grupos, as ativi-

dades que realizam, os problemas que enfrentam, e para

estabelecer um contacto próximo com todos os jovens.

O tema que foi escolhido para nos reger durante este ano foi

“Vicentinos, um estilo de vida para hoje!”. Foi um ano em que

aprofundámos o “ser vicentino”, o “ser mais para os outros”.

Por isso, e tendo também em conta que dois dos carismas

que nos destacam enquanto associação juvenil católica são

os carismas vicentino e missionário, nesta edição é dado

especial destaque às atividades de caridade e missão realiza-

das pelos jovens JMV. Neste sentido, publicamos algumas

páginas dedicadas aos testemunhos de alguns dos jovens que

durante este último ano prestaram serviço nos diversos cam-

pos de missão proporcionados pela JMV e não só. Esperamos

que as suas palavras profundas e sinceras venham a servir de

estímulo, para que aqueles que as leem abram os braços ao

serviço, ao apoio ao próximo, à missão.

Nesta edição damos também a conhecer muitas das ativida-

des realizadas pelos diversos grupos JMV um pouco por todo

o país, para que nos conheçamos melhor e possamos apren-

der uns com os outros, esperando que esta partilha nos enri-

queça a todos e permita criar laços de união e amizade cada

vez mais fortes. Boas leituras!!

António Clemente

#Vogal Nacional de Informação e Comunicação

Índice

Ficha Técnica

Editorial

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Queridos jovens!

A Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, nascido de Maria,

o Amor de Deus Nosso Pai, e a força e a comunhão do

Espírito Santo estejam sempre convosco!

“A messe é grande e os trabalhadores são poucos”. Com

efeito, são muitos os afazeres pastorais que me impedem

de poder acompanhar o Conselho Nacional nestas meri-

tórias visitas aos diversos Centro Locais, células base da

nossa querida Associação. Espero que sejam um momen-

to muito produtivo de conhecimento recíproco, de forta-

lecimento dos laços afetivos e, sobretudo, de aprofunda-

mento da espiritualidade que nos une.

O pedido que Maria fez a Catarina de fundar uma Asso-

ciação de Jovens para difundir a Mensagem da Medalha

foi uma Graça muito grande para a Igreja. E nós somos

depositárias e guardiões desta Graça.

Como já sabeis, o tema que nos vai conduzir, ao longo do

ano é: ”Vicentinos, um estilo de vida para hoje”. Ser e

viver como filhos espirituais de Maria e de Vicente de

Paulo é hoje, mais do que nunca, uma necessidade. É uma

bela e complicada missão. Bela porque é a missão mesma

do Filho de Deus, anunciar a «Boa Nova» aos pobres;

complicada, porque implica ser profeta, ser capaz de

lutar, “dar o peito às balas”, desmascarando o pecado e a

injustiça do mundo que não trata muito bem aqueles que

se opõe aos seus projetos de exploração e morte.

Ser vicentino hoje implica ser Boa Notícia para os pobres.

Temos muito que aprender com aqueles e aquelas que,

como Família Vicentina, são testemunhas disto mesmo.

Mas, ao mesmo tempo, temos o dever de saber atualizar

o projeto a partir das ferramentas e dos desafios de hoje.

E é exatamente aqui, que vós jovens, porque mais do que

ninguém viveis inseridos nas realidades deste mundo,

podeis assumir um papel insubstituível e serdes agentes

dinamizadores de verdadeiras mudanças.

Rezo para que em todos vós transpareça um sadio orgu-

lho de ser Jovem Mariano Vicentino. Para isso, “escutai

verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam

em vós «espírito e vida» (Jo 6, 63), raízes que alimentam o

vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pes-

soa de Cristo, sendo pobres de espírito, famintos de justi-

ça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz.

Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o

único Amigo que não engana e com o qual queremos par-

tilhar o caminho da vida. Bem sabeis que, quando não se

caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos

por outra sendas como a dos nossos próprios impulsos

cegos e egoístas, a de propostas lisonjeiras mas interes-

seiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o

vazio e a frustração” (Bento XVI – JMJ 2011).

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recor-

remos a vós!.

p. Fernando Soares, CM #Assessor Nacional

Mensagens do Assessor Nacional para o ano 2011/2012

Caros/as jovens,

Vicentinos, um estilo de vida para hoje. Este foi o lema que

nos congregou e mobilizou ao longo deste ano pastoral

2011/12 (…).

Hoje, a palavra estilo aparece quase sempre associada ao

mundo da moda (fashion): style, look, tendência IN &

OUT, … Mas o que significa para vós ter um estilo de vida?

Para mim ter um estilo significa ter um modo de funcionar constante, identificável através de uma

série de atos específicos: modo de pensar, perceber, sentir, estar com os outros, reagir a situações, … que nos diferen-

cia dos outros.

O XXVIII Encontro Nacional foi pensado e estruturado de forma a ajudar-vos a perceber melhor qual deve ser o modo

de funcionar constante de um jovem mariano vicentino neste hoje, meu e vosso, nuveloso e sombrio.

Catarina Labouré no fulgor da sua juventude e no diálogo com Nossa Senhora descobriu o seu estilo de vida – santi-

dade. Que cada um de vós possa, ao longo destes dias, encontrar os elementos diferenciadores e as tendências inova-

doras que marcam o vosso estilo!

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!

p. Fernando Soares, CM #Assessor Nacional

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Queridos jovens da JMV,

Escrevo-vos para me apresentar como Assessora Nacional da JMV em Portu-

gal, juntamente com a Irmã Maria da Graça Pires. Queremos dar o nosso

melhor e, por isso, precisamos do vosso apoio e confiabilidade. Muito temos

que aprender com a vossa Associação, tão querida pela Virgem Maria.

Vós conheceis a Associação e sabeis o quanto sois importantes para Nossa

Senhora, vós nascestes do sonho, do desejo, do coração de Maria. Deveis

continuar honrado o nome da vossa fundadora, MARIA, em qualquer situa-

ção. Para isso nascestes.

Lembro-vos, ainda, que todas as festas de Nossa Senhora, Maria, devem ser

bem celebradas, celebrações festivas, criativas, envolvendo outros jovens,

especialmente da paróquia de que vós fazeis parte.

Nesta primeira comunicação, a Irmã Graça e eu queremos recordar-vos as

tarefas que devemos desempenhar, juntamente com o Conselho Nacional da

JMV:

1. Impulsionar a formação integral;

2. Estimular a vivência da espiritualidade mariana e vicentina;

3. Animar os jovens, no sentido de que estes prestem um serviço apostólico, caritativo e evangelizador dos mais

pobres.

Para além disso, conforme os vossos Estatutos da JMV de Portugal, no artigo 22.º, é nossa competência:

1. Animar o processo de crescimento na Fé, o itinerário formativo e o apostolado da JMV;

2. Velar para que se atinjam os fins da Associação;

3. Coordenar, com o Presidente Nacional e o Assessor Nacional, as atividades da Associação;

4. Visitar e animar os diferentes Centros, ao menos uma vez durante o seu mandato;

5. Informar anualmente a sua Visitadora provincial acerca do caminho percorrido pela Associação.

Nesta carta queremos apresentar-vos as vossas Irmãs Assessoras Regionais, a saber: Irmã Zulmira Leite da Silva e

Irmã Alzira Lopes dos Santos (Regional Sul), Irmã Maria de Fátima Miranda (Regional Centro), Irmã Dora do Anjo

Marques Zambujo (Regional Norte) e Irmã Edilza Maria da Conceição (Regional Madeira).

A Irmã Maria da Graça e eu, na medida do possível, queremos acompanhar-vos com as Irmãs Assessoras Regionais.

Contamos sempre com a ação do Espírito Santo sobre cada um de nós e a proteção da Virgem sempre Maria. Fique-

mos unidos pela oração e intercedemos junto ao Pai Todo-Poderoso a intercessão sobre cada Ramo da Família

Vicentina, para que possa florescer cada vez mais e continuarmos com o CARISMA de proteger os pobres, que é um

DOM querido por Deus, tesouro da Igreja.

Ir. Maria Margarete

Gomes, FC

#Assessora Nacional

Ir. Maria da Graça Pires,

FC

#Assessora Nacional

Mensagem Anual das Assessoras Nacionais

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Olá amigos JMV’s,

Estamos a começar um novo ano e envio-vos esta carta

como forma de saudação e motivação para o exigente

serviço que se avizinha para todos nós.

Quero desde já agradecer a todos a disponibilidade e

dedicação que têm demonstrado pela nossa Associação,

Juventude Mariana Vicentina. Muitas dificuldades e bar-

reiras se têm cruzado nos nossos caminhos de Cristãos e

muitos outros esperam por nós, mas isso já nós sabemos,

só não sabemos quais as dificuldades que teremos de

enfrentar…

Por isso costumo dizer: “Ninguém disse que ser JMV ia

ser fácil…”

Por outro lado vejo em vós pessoas com muitas qualida-

des e características importantes para desempenharem

um bom serviço na e para a JMV. São as nossas diferen-

tes características que nos tornam únicos e diferentes uns

dos outros e por isso, capazes de tocar mais corações,

abarcar mais jovens através das nossas diferenças.

Talvez por isso também gosto de reforçar algumas vezes

que: “ninguém está a mais, somos todos necessários” e

importantes nas nossas funções.

Acredito que todos vocês têm grandes capacidades para

fazer coisas muito bonitas na JMV e é por isso que deve-

mos colocar os nossos Dons ao serviço do movimento,

onde não existem fronteiras nem limites. Todos quere-

mos um objetivo comum: “A Jesus com Maria” e

S.V.Paulo.

Por isso peço-vos muita alegria e motivação uns com os

outros. Do Norte ao Sul, de Agilde a Garachico…

Se formos “próximos” uns dos outros tenho a certeza de

que vamos construir uma JMV mais unida, mais sólida e

mais Viva. Seremos verdadeiros Vicentinos nos dias de

Hoje. E seremos testemunho e exemplo para outros

jovens se eles conhecerem na nossa alegria, a verdadeira

mensagem de Jesus Cristo… Ele que nasce todos os dias

para cada um de nós com o Dom da Vida.

É desta forma que o presente é um “Presente”, uma ofer-

ta, e por isso não se chama passado ou futuro. “O tempo

é hoje”.

É importante construirmos coisas boas, coisas de Deus,

juntos e procurarmos criar união e unidade. A JMV de

Portugal precisa cada vez mais que os jovens se sintam

pertença da Associação, o sentimento de fazer parte de

Cristo, Maria e São Vicente de Paulo. Acima de tudo

somos nós que precisamos dos seus exemplos para cres-

cer na Fé e aprendermos a mensagem que eles nos lega-

ram sobre o Amor de Deus.

Solicito a Oração de todos para que a nossa dedicação e

empenho sejam semente de muitos frutos: na Fé, Espe-

rança e Caridade (Virtudes Teologais).

Deixo-vos um forte abraço em Cristo, Maria e SV Paulo,

Ricardo Ferreira #Presidente Nacional

Mensagem Anual do Presidente Nacional

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X Conselho Nacional da JMV de Portugal (2011-2014)

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VOGAL DE CARIDADE E MISSÃO

Nome: Ana Catarina Sêbo (Nita)

Centro Local JMV: São João Evangelista

VOGAL MARIANO E DE LITURGIA

Nome: Francisco Vilhena

Centro Local JMV: Santiago do Cacém

VOGAL DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Nome: António Clemente (TóZé)

Centro Local JMV: Alferrarede

SECRETÁRIA

Nome: Cecília Teixeira

Centro Local JMV: Refontoura

TESOUREIRA

Nome: Sílvia Fialho

Centro Local JMV: Catujal

PRESIDENTE

Nome: Ricardo Ferreira

Centro Local JMV: Paialvo

VOGAL DE FORMAÇÃO

Nome: Carlos Moutas

Centro Local JMV: Refontoura

OBJETIVO GERAL PARA O TRIÉNIO 2011-2014

Fortalecer a Espiritualidade Mariana e Vicentina através da aproximação e formação dos grupos, pois nós

jovens temos o compromisso de continuarmos a consolidação dos nossos grupos, fazer com que o movimento

dê fruto e que este se possa expandir.

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Em abril de 2012 foi apresentado publicamen-

te o novo website da Juventude Mariana

Vicentina de Portugal, acessível em:

www.jmvpt.org.

Este site pretende fazer a ponte entre a JMV

de Portugal e os jovens de todo o Mundo,

especialmente com os jovens dos Centros

Locais de Portugal.

Pensando especialmente em vós, para além

de conter a apresentação da JMV e das nossas

atividades, o novo website tem áreas destina-

das à partilha de recursos de apoio aos grupos

(rosários, jornais, material de formação, mate-

rial de apoio à missão e caridade, fotos,

vídeos, músicas, Loja JMV, entre outros).

António Clemente

#Vogal Nacional de Informação e Comunicação

No dia 27 de novembro de 2011, comemoraram-se em

Cucujães os 60 anos de Vocação da Irmã Conceição Laran-

jeiro, Irmã Filha da Caridade de São Vicente de Paulo que ao

longo da sua vida religiosa tanto tem feito pela caridade e

pela Juventude Mariana Vicentina. Nem a avançada idade da

Irmã Conceição a para; nada a impede de servir os pobres,

abrindo o seu coração à caridade e ao Amor de Jesus Cristo.

Agradecemos à Irmã Conceição tudo quanto ela tem feito pela

nossa Associação, e damos graças pela sua vocação, pelo seu entusiasmo, pela sua alegria e

jovialidade. Obrigado, Irmã Conceição!

No dia 22 de julho de 2012, o Senhor Padre Nóbrega celebrou as suas Bodas de Ouro

sacerdotais, acontecimento que decorreu em Salvaterra de Magos.

A Juventude Mariana Vicentina esteve presente nesta importante ocasião, para dar gra-

ças pelos 50 anos de vocação do Padre Nóbrega, daquele que é o padre vicentino com

mais anos ao serviço da JMV como Assessor Nacional.

Bodas de Ouro Sacerdotais do Senhor Padre Nóbrega

Novo Website JMVpt

60 anos de Vocação da Irmã Conceição Laranjeiro

www.jmvpt.org

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Queridos Amigos da JMV,

Que a paz de Cristo esteja convosco!

(…) Alegra-me muito poder compartilhar com vocês a cerca da minha experiência na JMV Internacional nesta seção

do boletim. Começo por agradecer a Deus, a Equipe Internacional, aos membros da Família Vicentina e, em especial,

a cada jovem mariano vicentino que nos acompanha a partir de sua realidade; que o Senhor, por meio da Santíssima

Virgem, conceda-lhes muitas bênçãos. Tenho a felicidade de participar da Associação, desde 1998, ou seja, a metade

da minha vida; ela me tem enraizado, por ela sinto algo inexplicável, mais quem disse que para o amor há uma expli-

cação?

Ser voluntario internacional é um mistério, houveram muitos fatores que convergiram para o fato. O mistério é Deus,

que se revela no Filho, foi por Ele, pois a grandes rasgos, não posso sinalar outra coisa, ainda que se somam à primei-

ra, o amor à Associação; a entrega; esse dar e receber, tão dinâmico que a experiência nos presenteia, e ver o fato,

não como um voluntariado simplesmente, senão como uma Missão.

Nos três últimos anos, estou vivendo na Comunidade Internacional da JMV, em Madrid (Espanha), aqui compartilho

minha vida e experiências com outros membros, que como eu, estudam e servem no Secretariado, onde sempre

estamos disponíveis para o que necessitem, desde a limpeza até representar ao SIJMV onde seja necessário, ainda

que cada um tem tarefas específicas, correspondendo a mim, a comunicação com os países de língua portuguesa,

ajudar aos países com assuntos de formação, as traduções Espanhol X Português, o trabalho de webmaster

(produção e edição de textos, fotos e vídeos, etc.), manutenção dos computadores, etc. Por estarmos em Espanha,

participamos da vida e atividades da JMV local bem como em diversas obras

sociais a favor dos pobres.

O serviço no Internacional, serviu-me para reafirmar que a JMV é uma; que a

existência do Secretariado, o bom uso das novas tecnologias e os encontros

internacionais fortalecem a internacionalidade e unidade da Associação; e

também percebi que a alegria, o entusiasmo e o empenho dos jovens são simi-

lares onde quer que a Associação esteja, o que muda é o contexto.

O tempo não espera por ninguém, minha experiência no Secretariado termina

neste verão, e olhando o caminho percorrido, posso ver que ademais dos dias

claros, houveram pequenas tempestades, e com elas caíram águas que ajudou

a fertilizar o solo, fazendo germinar brotos, florescer e dar frutos. Levo comi-

go as experiências bonitas que aqui vivi, as amizades que Deus me permitiu

construir e as lembranças de pessoas e lugares onde tive a alegria de compar-

tilhar meu ser cristão e meu ser pessoal. Chegando ao Brasil, seguirei no seio

da Família Vicentina, inicialmente, como Assessor Leigo da JMV.

Aos mais tímidos, os asseguro que o fato de servir não tem nenhum secreto; o

medo se perde enfrentando-se aos problemas; abandonem-se à Providencia e

a conhecerão. Reconheço que falar dá menos trabalho que fazer, mas quem

disse que a vida é fácil? Não necessitamos de outro exemplo que o de Jesus,

que cumpriu a missão que o Pai lhe havia reservado. Creio que cada jovem

teria que pleitear-se em oração qual é o projeto que Deus tem para sua vida, e

que nesse projeto esteja presente o serviço aos jovens e aos mais empobreci-

dos dentro e fora da Associação.

Em Espanha, tive a oportunidade de participar, mais ativamente, em três gru-

pos da JMV. O vivido, vejo como um período de graça. Só tenho que agrade-

cer a todos por tudo, pedir perdão por minhas limitações, solicitar suas ora-

ções e assegurar-lhes as minhas. Também gostaria de animar a todos a parti-

ciparem do grande encontro da Juventude Vicentina em Belo Horizonte e logo

Rio de Janeiro em julho de 2013, em Brasil, no marco da JMJ.

Veremos-nos lá!!!

Cleber Oliveira

#Voluntário no Secretariado Internacional da JMV

Testemunho de um Voluntário do Secretariado Internacional

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Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim, a 6 de abril de

1901 (Sábado Santo), de uma família rica: a mãe Adelaide

Ametis uma pintora; o pai, Alfredo Frassati, fundou o jor-

nal “La Stampa”, foi senador do Reino e embaixador de

Itália em Berlim.

Pier Giorgio absorveu a vida cristã mergulhando esponta-

neamente, por escolha pessoal, na água viva que a Igreja

daquele tempo lhe oferecia: daquela Igreja na qual não

faltavam limites e problemas, ele sentiu-se “parte”, mem-

bro ativo.

“Você è um ‘beato?’”, perguntou-lhe alguém na universi-

dade. “Não”, respondeu Pier Giorgio com bondade mas

com firmeza: “Não, sou ‘cristão’!” Em 1919, sendo ainda

menor, Pier Giorgio inscreveu-se na Conferência de São

Vicente de Paulo.

Os seus estudos vinham iluminados de fé e caridade.

Devido à sua condição social, tinha possibilidades, e por

isso escolheu engenharia mineraria. Isto porque quando

na Alemanha reparou nas graves condições de trabalho

dos mineiros, pensou: “quero ajudar o povo nas minas, e

posso fazer melhor mesmo não sendo sacerdote, pois os

sacerdotes não estão muito perto dos problemas do

povo”. Ele queria ser “mineiro entre os mineiros”.

Na sua casa, Pier Giorgio era tido como um tolo e sempre

com pouco dinheiro, porque para ajudar os outros dava

não o supérfluo, mas o necessário. E procurava convencer

os outros a fazer o mesmo. Diz um amigo: “Um dia procu-

rava convencer-me entrar na conferência de S. Vicente de

Paulo; a minha dificuldade era entrar nas casas dos

pobres pois poderia vir a ter algumas doenças. Ele, com

muita simplicidade, respondeu-me que visitar os pobres

era visitar Jesus”.

No dia 30 de junho de 1925, Pier Giorgio começou a sentir

-se doente. Ninguém lhe deu a devida atenção porque a

sua avó estava a viver os seus últimos dias (com cerca de

noventa anos), e aquele rapagão alto e vigoroso (em

quem pouco se reparava pois era bom demais), com as

suas “febrezinhas” não deveria ser nada de outro mundo.

Mas Pier Giorgio começava a

morrer, sentindo

o seu jovem cor-

po destruir-

se com a parali-

sia que estava

avançando pro-

gressiva e impla-

cavelmente, sem

que ninguém lhe

desse atenção.

Assim, ele, humilde

e manso, enfrentou

sozinho o sintoma

do terrível morbo da

qual gravidade não

se apercebia, sem

poder ao menos falar com alguém. Quando os pais, apa-

vorados, compreenderam o que lhe estava a acontecer, já

era tarde. A vacina que veio rapidamente do Instituto

Pasteur de Paris já não teve efeito devido ao avanço da

doença.

No último dia da sua vida, Pier Giorgio pediu à irmã Lucia-

na para buscar na escrivaninha uma caixinha de injeções

que não tinha conseguido entregar a um dos seus pobres,

e quis escrever um bilhete com as instruções e o endere-

ço. Quis escrevê-lo com as suas próprias mãos, já ator-

mentadas pela paralisia, e saiu um emaranhado de letras

quase incompreensível. É o seu testamento: as últimas

energias para a última caridade.

O funeral foi um acorrer de amigos, e principalmente de

pobres; os seus familiares ficaram assombrados vendo-o

tão querido e tão conhecido, e pela primeira vez com-

preendiam onde Pier Giorgio viveu verdadeiramente nos

seus poucos anos de vida, apesar de ter tido uma casa

confortável e rica à qual chegava sempre atrasado.

FONTE: Internet

O exemplo do Beato Pier Giorgio Frassati

«Nós católicos, e principalmente nós estudantes

temos um grande de­ver a cumprir: a formação

de nós mesmos. Nós, que por graça de Deus

somos católicos, não devemos esbanjar os

melhores anos da nossa vida, como infelizmente

fazem tantos jovens, que se preocupam de gozar

daqueles bens que não trazem algum bem, mas

que comportam como fruto a imoralidade da nos-

sa sociedade moderna. Devemos forjar o nosso

carácter para estar prontos a sustentar as lutas

que certamente devemos travar.»

(Pier Giorgio Frassati , Escritos)

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Os números da JMV de Portugal no ano 2011/2012

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Norte64

Centro48

Sul261

Madeira49

Norte7

Centro4

Sul15

Madeira9

Prévia129

1ª92

2ª49

3ª24

Envio11

20 ou menos

anos de

idade241

Mais de 20 anos

de

idade181

NÚMERO DE CENTROS LOCAIS POR REGIÃO

Verifica-se que, atualmente, a região com maior número de

Centros Locais é a Região Sul, com 15 centros locais, o que equi-

vale a cerca de 43% da totalidade de Centros Locais existentes

em Portugal.

NÚMERO DE JOVENS INSCRITOS NA JMV DE PORTUGAL,

POR REGIÃO

A região que mais jovens inscreveu este ano na JMV foi a

Região Sul que representa cerca de 60% do número total de

jovens inscritos na nossa Associação.

Merece também destaque a Região Centro que, embora seja a

região com menor número de Centros Locais, aproxima-se do

número de jovens inscritos pela Região da Madeira.

DISTRIBUIÇÃO DOS JOVENS INSCRITOS NA JMV DE

PORTUGAL, POR IDADES

Os dados revelam que a distribuição dos jovens inscritos com

mais ou menos 20 anos de idade é relativamente equilibrada,

sendo, no entanto, a fatia dos jovens com 20 ou menos anos

ligeiramente superior que os restantes.

DISTRIBUIÇÃO DOS JOVENS INSCRITOS NA JMV DE

PORTUGAL, POR ETAPA JMV

Se atentarmos à distribuição dos jovens inscritos na JMV por

etapa catecumenal em que se encontram, verificamos que cerca

de 72% dos jovens se encontram na etapa prévia ou na primeira

etapa.

Por outro lado, o número de jovens no Envio também não é

elevado (cerca de 4%), reflexo do pouco conhecimento que até

há pouco tempo existia desta etapa.

Com a informação presente nos gráficos abaixo, pretende-se fazer um retrato da Juventude Mariana Vicentina de

Portugal e dos jovens que a compõem no ano pastoral 2011/2012.

Para além da apresentação dos números, faz-se uma reflexão sobre alguns deles, de modo a estimular um maior

conhecimento da Associação pelos jovens e com vista ao seu envolvimento neste movimento que é de todos nós e

para nós.

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Foi no já “longínquo” ano de 1999, quando a JMV foi apresentada pela primeira vez em Carapito, pela mão do Tó Cura

(Águeda). A ideia foi bem acolhida, e no ano seguinte deu-se a oficialização. Assim sendo, este ano comemora-se o

12º aniversário da existência da JMV em Carapito.

No início, e como ideia era nova, foram muitos os jovens que quiseram participar, tendo-se atingido números muito

aceitáveis para a dimensão da população jovem de Carapito.

Pouco depois, em 2002, realizou-se o Encontro Regional Centro em Carapito, o que de facto serviu como mostra à

sua população de algumas atividades do movimento.

Fizeram-se reuniões, debateram-se temas, participou-se em muitos encontros. E toda esta pequena caminhada na

JMV por parte do Centro Local de Carapito, deu frutos, frutos que viriam mais tarde a dar novos frutos.

Entretanto uns começaram a afastar-se, outros deixaram de ter disponibilidade, e algum tempo depois o Grupo ces-

sou. Ainda assim, sempre ficou na ideia de alguns que as coisas não poderiam acabar assim, e Carapito tinha todo o

potencial para se identificar como um Grupo JMV.

Em 2009, a proposta foi novamente lançada, e agora com uma nova geração, orientada por alguns da primeira gera-

ção, o Grupo voltou novamente a constituir-se.

Mais uma vez, com a novidade para os desta geração, o Grupo teve grande acolhimento, e pode dizer-se que voltou à

normalidade. Agora não tanto participado, mas ainda assim, já com uma boa caminhada de 3 anos.

Neste momento o maior desafio é manter o Grupo firme, pois

hoje em dia é muito mais difícil

“prender” os jovens numa

caminhada com aquela que a

JMV realiza. As alternativas

s ã o m u i t a s , o s

“chamamentos” para outros

lados são mais apelativos, e

acima de tudo, os jovens não

são muito dados aos compro-

missos.

Mas é como tudo, teremos que

fazer o nosso melhor e tornar a

participação no Grupo o mais

aliciante possível, pois temos a

certeza que é uma mais-valia para

Carapito, e acima de tudo para

todos os jovens que assumem o

compromisso de participar.

Doze anos passaram, é já uma mar-

ca significativa. Para todos os que

têm o privilégio de pertencer ao Grupo desde o início, por certo têm consigo o sentimento de ter feito a escolha acer-

tada, pois por certo são mais ricos agora.

Resta-nos desejar o mesmo para os jovens que atualmente constituem o Grupo, e da mesma forma, que se sintam

também realizados e com vontade de buscar sempre mais.

Não pedimos para já mais 12, mas que cheguemos como Grupo coeso aos 15 anos, na certeza de que teremos feito

uma caminhada na direção certa.

No que toca a este último ano pastoral o nosso centro local esteve presente nas várias atividades que a JMV foi pro-

porcionando. Estivemos em Lagares no encontro da família Vicentina, mais tarde em Cucujães no Encontro regional,

em Fornos de Algodres estivemos presentes no retiro quaresmal e por fim em Orgens no Sub-16. Não esquecendo

que pelo meio tivemos a visita do Conselho Nacional que muito nos alegrou. Recentemente celebramos o dia da JMV

com várias atividades junto da comunidade local onde comemoramos com muita alegria os 12 anos de existência com

a certeza de que vamos continuar a ser testemunhas de Deus através do exemplo de Maria nossa mãe e de São

Vicente de Paulo.

Centro Local de Carapito

12º Aniversário da JMV de Carapito

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10º Aniversário da JMV de Alcainça

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Foi no ano de 1986 que a associação de jovens Juventude

Mariana Vicentina deu os seus primeiros passos na paró-

quia de Alcainça. O grupo de jovens de então, a Seara

Jovem, abraçou este movimento e produziu o seu trigo

embora, com grande pena, esta seara secasse nos inícios

dos anos 90. Parecia que a JMV tinha deixado Alcainça

para sempre.

Foi então que, a 13 de Janeiro 2002, com grande apoio

das irmãs que ajudavam no Pousal, que a JMV renasce

em Alcainça com o grupo Benedicamus Dominum.

Entretanto, 10 anos desde o renascimento da JMV se

passaram e, embora com altos e baixos e eminências de

terminar, que um novo grupo, os Alétheia (‘verdade’ em

grego), veio afirmar que Deus é uma verdade e uma reali-

dade constante no nosso dia-a-dia.

Para celebrar estes 10 anos de grande orgulho, o centro

local de Alcainça organizou um almoço após a missa de

domingo (onde se realizaram duas passagens de etapa)

onde compareceram alguns centros locais da região sul,

mas também antigos membros da nossa associação

numa forma de solidificar e reafirmar a fé em Cristo.

João Luís #Vogal de Imprensa do CL de Alcainça

Em março de 1997, decorria na freguesia de Paialvo uma

missão popular organizada por Padres e Irmãs Vicentinas

com presença também de alguns jovens Vicentinos de

alguns grupos do país. Toda a freguesia se mobilizou e

inúmeras atividades marcaram os habitantes da mesma.

Passado um ano o grupo de jovens da Delongo foi oficia-

lizado no movimento da Juventude Mariana Vicentina e

algum tempo depois o grupo de jovens da Peralva decidiu

juntar-se, formando assim um só grupo de jovens da

paróquia. Passaram a reunir-se no salão paroquial de Car-

razede, ficando assim o grupo conhecido na Associação

JMV como centro local de Paialvo.

Em março de 2012, os jovens pertencentes ao movimen-

to festejaram os 15 anos do início da vida Vicentina do

grupo. Durante 15 anos passaram mais de 150 jovens pelo

grupo e as suas vidas foram completamente mudadas.

Muitas foram as personalidades, formas de trabalhar,

dedicação e empenho, mas a convicção permaneceu inal-

terável até hoje, não esquecendo nunca Vicente como

professor e tendo o objetivo de caminhar para Cristo de

mãos dadas com Maria. Por isso não se podia deixar de

homenagear os elementos e todos os 15 anos de muita

vida do grupo.

A comemoração dos 15 anos decorreu durante 3 dias,

tendo-se iniciado no dia 23 até dia 25 de março. Na sexta-

feira, dia 23, o grupo fez um jantar entre os elementos no

TorreShoping, com o objetivo de festejar a data e poder

unir os membros do grupo. No final do jantar, os elemen-

tos foram para o salão de jogos do centro comercial para

se divertirem em conjunto, podendo assim descontrair

para o dia seguinte que se avizinhava esgotante. No dia

24, dábado, o grupo realizou uma exposição sobre os 15

anos de existência. Foi constituída por fotografias das

a t ivi -

dades

que o

grupo

rea l i -

zou e

parti-

cipou durante 15 anos, testemunhos dos elementos e

alguns presidentes, lembranças dos encontros e os jor-

nais que o grupo fez desde o seu início. À noite, decorreu

uma noite de Fados no salão paroquial de Carrazede,

onde cerca de 120 pessoas assistiram a vários artistas,

numa esplêndida noite de fados, convívio e animação.

Para além de festejar o aniversário do grupo com a comu-

nidade, a noite de fados tinha o objetivo de angariar fun-

dos para as atividades e formação dos jovens da Juventu-

de Mariana Vicentina de Paialvo. No dia 25, domingo, a

festa dos 15 anos da JMV de Paialvo terminou com a

Eucaristia Dominical, onde decorreu a admissão de 3

novos elementos no grupo e 5 dos nossos elementos com

mais caminhada, passaram à 2ª Etapa da Caminhada

Catecumenal da JMV. A celebrar connosco todos estes

momentos estiveram presentes elementos da JMV do

Catujal, Alferrarede e Cernache do Bonjardim, dos quais

alguns representaram também o Conselho Nacional e

Conselho Regional Sul da JMV de Portugal. No final da

celebração o grupo fez um almoço partilhado para feste-

jar as admissões e as passagens de etapa, dando assim

por encerrado os festejos dos 15 anos do grupo de Paial-

vo. O balanço final das atividades, e de toda a preparação

que já decorria com cerca de 5 meses de antecedência,

foi bastante positiva.

Fábio Mendes #Presidente do CL de Paialvo

15º Aniversário da JMV de Paialvo

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Oficialização da JMV de Sobreira Formosa

Depois de dois anos de namoro decidimos finalmente

“dar o nó”! Assim, no dia 26 de fevereiro fomos finalmen-

te oficializados, ou seja, tornámo-nos membros da asso-

ciação Juventude Mariana Vicentina. Numa Eucaristia

muito dinâmica, na qual tivemos presentes os nossos

impulsionadores, a JMV de Cernache do Bonjardim, os

membros do Conselho Regional e alguns membros do

Conselho Nacional que nos ensinaram a amar a Maria e a

Vicente, a nossa comunidade que sempre nos tem acom-

panhado, os nossos familiares que nos apoiam em tudo e

o nosso pároco, que sem a sua ajuda e incentivo não seria

hoje, a JMV, uma realidade em Sobreira Formosa. Para

além da oficialização do grupo, houve também a admis-

são de alguns membros, isto é, aqueles jovens que estive-

ram sempre no grupo desde as primeiras reuniões, e

sempre mostraram empenho e vontade de continuar,

receberam neste dia um lenço vermelho que é a cor

característica da região sul. Após os lenços serem entre-

gues, todos nós subimos ao altar e lemos o nosso com-

promisso enquanto JMV, por isso, aqui fica uma pitada de

cada um dos compromissos:

Adriana – Deus! Guia os meus passos nesta minha cami-

nhada com a JMV. Aumenta a minha fé para que eu tam-

bém possa transmiti-la a todos os que se cruzam na minha

vida.

Bárbara – Comprometo-me a empenhar-me no grupo e a

fazê-lo crescer, a difundir a Palavra de S. Vicente, Maria e

Jesus.

Catarina – Vou ajudar sempre o meu próximo como diz um

dos mandamentos de Jesus, testemunhando S. Vicente.

Diana – Comprometo-me a honrar com orgulho este lenço,

continuando a caminhada seguindo os exemplos de Maria e

Vicente. Uma vez JMV, JMV para sempre.

Joana B. – Esta oficialização foi um orgulho para todos nós,

porque apesar das dificuldades conseguimos ultrapassá-

las, com a ajuda de toda a comunidade.

Joana F. – O meu compromisso é com Cristo e com este

grupo: unido, amigo e tudo mais. Sinto-me feliz por neste

dia ser admitida. É um orgulho ser JMV.

Maria – Chegou finalmente o dia em que dizemos “sim”.

“Sim”, queremos casar com a JMV, amar e respeitar, nos

bons momentos e nas dificuldades.

Patrícia – Obrigado JMV Sobreira Formosa, ou melhor, obri-

gado amigos pelos momentos que passámos. Predisponho

a dizer sempre “sim” a cada dia da minha vida! Eu vou ser

JMV!

Pedro – Comprometo-me a honrar o meu compromisso

apostólico e estar ao serviço do pobre, enquanto vogal de

caridade, à imagem de S. Vicente de Paulo.

Ricardo – Estou disposto a estar presente a cada dia e a

honrar o meu compromisso com a JMV, segundo os exem-

plos de Maria e Vicente.

Rita – Gosto muito de fazer parte da família JMV. Enriqueci

a minha fé e o meu compromisso com Deus. Estou muito

feliz por ser JMV.

Sofia – Quero dizer o meu “sim” a Deus e comprometer-me

a seguir os exemplos de Maria e Vicente. “Somos 1”!

Tiago – A JMV mudou a minha vida. Comprometo-me a

ajudar e a participar nas actividades do grupo, com alegria

e com um grande sorriso para dar a todos vós.

E como em todas as Eucaristias da JMV, também esta

terminou com o hino da JMV, em que todos nós afirmá-

mos convictamente “Somos jovens, somos grito, somos

gente,... Juventude Mariana Vicentina”!

Como a Eucaristia se prolongou bastante, a fome já aper-

tava, por isso dirigimo-nos logo para o salão paroquial

onde nos esperava o almoço preparado pelas nossas

mães. Também aí continuámos em festa, e entre risadas

e garfadas, conversas e histórias trocadas, terminámos

este dia tão especial. Todos tiveram de regressar a suas

casas (os que vieram de fora) e nós jovens ainda conti-

nuámos o convívio, com a parte mais árdua de uma festa,

as arrumações, mas quando estamos em família e entre

amigos, tudo se torna mais fácil.

Resta agora agradecer a todos os que

estiveram connosco em presença e

àqueles que mesmo não estando pre-

sentes estiveram também nos nossos

corações. Agora iniciámos uma nova

etapa da nossa vida, vamos precisar

que nos ensinem, que nos animem, que

nos guiem, que nos apoiem,... vamos

precisar que caminhem connosco!

Sofia Dias e Patrícia Cardoso

#CL de Sobreira Formosa

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3º Aniversário da JMV de Cernache do Bonjardim

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A história foi assim, num belo dia de sol. Numa bela quin-

ta feira (dia 7 de junho) o nosso grupo fez exatamente 3

anos. Três maravilhosos anos. Com muitos sorrisos, mui-

tas lágrimas, muitas euforias, muitas alegrias, algumas

tristezas, mas nunca desistências. Bem, somos mais que

um mero grupo JMV, nós somos um grupo de amigos,

aliás, nós somos uma família. Sempre unida, sempre jun-

ta, em que cada membro desta família está lá para ajudar

um outro alguém, seja membro ou não.

Cada um de nós aprendeu inúmeras coisas nesta comuni-

dade. Crescemos todos bastante. E hoje, cá estamos,

para celebrar o terceiro aniversário deste grupo. Para

celebrar este maravilhoso dia o nosso grupo animou a

eucaristia deste Dia do Corpo de Deus. Seguidamente

dirigimo-nos para um almoço de convívio entre pais e

filhos, onde se sentia a felicidade e a presença de Nosso

Senhor na refeição.

Como não podia de ser, peregrinámos até à Serra da San-

ta, em passo comunitário, em oração, com muito amor. E,

para finalizar este maravilhoso dia comemorativo o grupo

organizou um torneio de futebol no Seminário das Mis-

sões. Mas este torneio não veio só para entretenimento,

mas sim para mostrarmos uns aos outros como devemos

trabalhar em grupo e colaborar entre todos para que

todos saiamos a ganhar.

Apesar de nem todos estarem presentes de corpo (por

razões pessoais), estavam lá todos. Todos se manifesta-

ram, uns por mensagens, outros por chamadas telefóni-

cas, outros por pensamento, enfim, cada um a seu jeito.

Porque é assim que demonstramos o nosso amor para

com o grupo e entre todos.

#CL de Cernache do Bonjardim

A Rita Bemposta que entrou para o

nosso grupo há cerca de 3 anos, ape-

sar de pertencer há cerca de 20 anos

ao nosso movimento. É um dos ele-

mentos mais ativos apesar de residir

em Santarém e tem dedicado muito

tempo à nossa paróquia. Foi com

muito entusiasmo que recebemos a

notícia de que ela tinha sido escolhi-

da para representar os jovens da JMV

dos vários países de língua portugue-

sa no Secretariado Internacional da

Juventude Mariana Vicentina em

Madrid nos próximos 3 anos. A ela

agradecemos a sua disponibilidade e

entrega ao grupo de Paialvo. Obriga-

da e até já!

#CL de Paialvo

Rita Bemposta abraça missão no Secretariado Internacional JMV

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18º Aniversário da JMV da Achada

O grupo JMV Seara de Cristo da Achada comemorou este ano o seu 18º aniversário,

a 22 de maio, e partilhamos a alegria da nossa união e fortalecimento dos laços, que

são cada vez maiores, com a nossa querida comunidade.

Após a eucaristia, cantámos o nosso hino e abrimos um bolo, que honestamente

estava tão bem decorado e tão perfeito que até tivemos pena de o desmanchar.

No domingo seguinte passámos o dia todos juntos para comemorarmos entre nós

estes 18 anos de existência.

#CL da Achada

Alguma vez já te perguntaste como seria dormir nas ruas numa caixa de papelão? Pode ser uma noite quente e fadi-

gosa, ou pode ser fria e chuvosa. O chão pode estar húmido e frio, incómodo e duro. Uma mala com tudo o que te

pertence seria o travesseiro onde reclinarias a cabeça...

Vinte e oito membros da Juventude Mariana Vicentina dos Estados Unidos da América dormiram, recentemente,

numa caixa de papelão para arrecadar fundos para os sem-abrigo e os mais necessitados da comunidade. Os que

participaram da Experiência da Missão numa Caixa de Papelão começaram pedindo doações e trouxeram as suas

próprias "caixas" para o evento. O dinheiro que arrecadaram foi utilizado para comprar janelas para a casa de uma

mulher necessitada. Também permitiu

adquirir uma camionete para mudar uma

pessoa necessitada. O restante dinheiro

servirá para fins similares da Juventude

Mariana Vicentina.

“Foi vergonhoso pedir dinheiro às pes-

soas. Percebi que mendigar é algo ao que

nunca uma pessoa se acostuma, ainda

que tenha que fazê-lo para sobreviver”,

disse um dos jovens.

Mendigar e dormir numa caixa de papelão

toda a noite ajudou-os a ter mais empatia

aos menos afortunados. São Vicente ensi-

nou-nos a trabalhar com o exemplo das

mãos que se estendem rumo a outros

com amor e compaixão. Esta experiência

da Missão da Caixa de Papelão faz-nos ver

o que significa ser pobre.

Ajudou-nos a perceber as pessoas desfa-

vorecidas ao nosso redor. Às vezes segui-

mos as nossas vidas sem ver aqueles que

deveríamos estar servindo.”

A Juventude Mariana Vicentina tem pro-

gramas de ajuda comunitária ao serviço dos mais pobres. Oferecemos durante o ano várias viajens missionárias nas

quais podem participar membros de todos grupos juvenis.

Os 28 jovens que participaram em Missouri vieram de Santa Genoveva, convidados de Perryville e de Cabo; outro

grupo da JMV de Bloomington, Illinois, participou também desta experiência. Os dois grupos conseguiram arrecadar

mais de 8.000 dólares para servir aos pobres. Queremos agradecer a todos os que colaboraram para a realização des-

ta maravilhosa experiência. Muitos negócios locais e particulares foram habitantes ausentes dentro das caixas de

papelão através de suas doações generosas.

Lynn Davis #JMV EUA

(Fonte: Boletim Internacional da JMV)

Missão da Caixa de Papelão na JMV Estados Unidos da América

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SER JMV – UMA GRAÇA

Caro jovem, já tomaste consciência de que ser JMV é uma

graça que recebeste, através de Maria, nossa fundadora?

E Deus serviu-se também de outras pessoas para te con-

ceder esta graça.

Vou contar-te a minha história de, como padre vicentino

já, e não estando ainda ao par do que era ser JMV, ser

convidado por uma pessoa leiga cujo filho tinha participa-

do no primeiro Encontro Nacional no Seminário de Santa

Teresinha. Estava em Salvaterra de Magos a trabalhar. E

o convite aconteceu em Agosto de 1986. Aceitei o con-

vite e lá fui eu para Oleiros em finais de Agosto e de

férias. Fui elucidado pelos próprios jovens, meus primei-

ros catequistas na JMV. Fui e fiquei até hoje. Deus serviu-

se desta pessoa para me conceder esta graça, início de

tantas graças que tenho recebido através de vocês, meus

amigos

E, certamente, cada um de vós também tem a sua histó-

ria, bonita e maravilhosa, para contar e dela fazer memó-

ria durante toda a vossa vida.

SER JMV – UMA RESPONSABILIDADE

O Senhor ao conceder-nos esta graça, também nos

incumbiu de uma grande responsabilidade: de sermos

bons filhos seus, bons filhos de Maria, bons irmãos de

Jesus Cristo e bons imitadores de São Vicente de Pau-

lo.

O tema deste ano é “Ser vicentinos, um estilo de vida

para hoje”. Para hoje e sempre! Ser vicentino é ser

imitador de São Vicente de Paulo que apanhou por

dento a própria missão de Jesus Cristo: “O Senhor

enviou-me a anunciar a Boa Nova aos pobres”. E há

que reconhecer nos pobres o próprio rosto de Cristo

que nos diz: “Tudo o que fizerdes aos mais pequeni-

nos é a Mim que o fazeis”.

Boa e nobre missão esta de ser imitador de Jesus

Cristo no campo da missão e da caridade. É uma

Graça e uma responsabilidade.

Como corresponder a esta graça e responsabili-

dade? A oração quer individual quer comunitária,

a formação catequética de acordo com o tema

do ano, a participação na liturgia, sobretudo, na

Eucaristia, são a força e a vitalidade para, no

campo da missão e da caridade, desempenhar-

mos bem a missão para a qual Deus nos cha-

mou.

O JMV EM ORAÇÃO

Senhor Deus, nosso Pai e amigo, nós Te damos Graças e

Te bendizemos por nos teres concedido a graça de ser-

mos JMV, que Maria, mãe de Jesus, pediu a Catarina de

Labouré para ser fundada para que os jovens se pare-

cessem cada vez mais com o seu filho Jesus e Teu Filho

também. Nós Te agradecemos o fazermos parte desta

Família Vicentina que tem Vicente de Paulo como grande

inspirador e cujo carisma é o de seguir Jesus Cristo na

atenção muito especial para com os pobres. Derrama

sobre nós o Espírito Santo para que Ele nos ensine e seja

cada vez mais a Luz e a Força para podermos correspon-

der à nobre missão que nos deste.

Que por intermédio de Maria, fundadora da JMV, nos

sejam concedidas as abundantes Graças que Ela nos pro-

meteu. Tudo isto Te dirigimos por Teu Filho Jesus Cristo

que é Deus contigo na unidade do Espírito Santo.

Pe. Leitão dos Santos, CM

#Assessor Regional Sul

Ser JMV

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Queridos membros da JMV:

Recebam uma saudação carinhosa e fraterno neste dia espe-cial do 182º aniversário da 1ª aparição da Virgem Maria a Santa Catarina e o início da aventura JMV!

Este ano, estou pensei especialmente em Santa Catarina, a mensageira da Virgem. É estranho notar como ela parecia não ter nada que dizer ao mundo, assumindo uma vida de silêncio e entrega. No entanto, sua vida, colocada a disposi-ção da Mensagem da Medalha, mudou muitas vidas, inclusi-ve as nossas. Ela foi instrumento para que hoje possamos ser membros da Associação e servir, a partir dela, a Cristo nos mais desfavorecidos. Sabemos que esse privilégio de haver visto e falado com a Virgem não “mudou nada”, mais que lhe ajudou a ser ainda mais fiel à promessa que fez quando era apenas uma criança: “A partir de agora, serás minha mãe”.

A vida simples de Catarina, vivida de maneira extraordinária, nos interpela. Vejamos com atenção três aspetos da mesma. Primeiro, sua fidelidade no cotidiano, verdadeiro segredo de santidade. O Senhor nos quer fiéis no pequeno. Creio que hoje nos pode transformar o redescobrir o santo e o santifi-cador que são as pequenas coisas do dia a dia: realizar bem nosso dever (estudo, trabalho, etc.); viver todas as nossas relações interpessoais a partir do Evangelho e em fidelidade a nossos valores; ter presente, em cada uma de nossas pequenas decisões cotidianas, a causa do Reino e a constru-ção de uma sociedade mais justa em relação aos homens e a terra; e peregrinar nesta terra com os olhos postos em nossa pátria eterna. Depois, sua confiança no poder da oração. Em suas anotações autobiográficas, escreve que ao escutar uma instrução no seminário sobre os Santos e a Virgem: “Me produziu um desejo tão grande de ver à Santa Virgem que pensei que ela me concederia essa graça. Este desejo era tão forte que eu estava convencida de que a veria linda, em toda sua beleza. Eu vivia com essa esperança.” Outras anotações mencionam sua oração a São Vicente pedindo pelos outros e por ela. A oração, como lugar de encontro de coração a coração com o Senhor e seus amigos, era um elemento essencial da vida diária de Santa Catarina; uma oração baseada na confiança, feita a partir da esperança e certeza de ser escutada, e vivida em estreita conexão com a leitura orante da Palavra e dos acontecimentos. Hoje também, a oração constitui uma dimensão essencial para viver a fideli-dade no cotidiano e cumprir nossa missão pessoal. Chama a atenção como muitas redes sociais estão se convertendo em espaços de apostolado, de oração e de apoio mútuo, ainda que não possamos ignorar o risco de adição a esses meios e de uma redução da oração à petição. Neste último ano, o uso do Facebook me ha dado a oportunidade de refletir sobre a comunhão dos santos. De fato, com este meio, faz-se palpável o apoio mútuo que nos oferecemos através da oração e as palavras e/ou imagens que intercambiamos. Ao mesmo tempo, se manifesta como um alma que se eleva santifica a outros e um alma que se rebaixa (com imagens ou palavras inapropriadas) afeta a outros. Nunca esqueça isso ao utilizar esse meio. É meu desejo para cada um que, no cotidiano, Santa Catarina nos siga inspirando como modelo de santidade fundamentada na oração, na simplicidade e na fidelidade.

E um terceiro aspeto da vida de Santa Catarina que pode nos inspirar é sua perseverança. Nem a resistência de seu con-fessor, nem as dificuldades lhe fizeram retroagir no que tinha que fazer. Essas atitudes lhe permitiram viver plena-mente seu ser de Filha da Caridade, conseguir a cunhar a Medalha e ser testemunho do lançamento do primeiro gru-po da JMV. Esta mesma perseverança deve caracterizar hoje nosso caminhar como Associação. Nossos grupos, nossos Conselhos, nossos membros podem viver crises, mas nos deve animar o saber que este projeto não é nosso; é o desejo de nossa Mães e é Ela quem leva as rédeas da JMV. Somos apenas servidore(a)s de seu sonho, discípulos do Mestre com Ela, escravo(as dos pobres.

Esta perseverança deve manter nosso caminhar enquanto prosseguimos nossa Campanha Internacional de Autofinan-ciamento. A partir de 08 de dezembro de 2011, data de seu lançamento, conseguimos arrecadar 25.715,00 euros e 26.322,00 dólares, até o dia 15 de junho de 2012. A maior parte nos chegou de doadores membros da FV. No entanto, não queremos esquecer que esta campanha é nossa e que deve ser sobretudo o fruto de nossos esforços. Por isso dese-jo recordar-lhes que uma fundação está disposta a oferecer $25,000 se nos, membros, grupos e Conselhos da JMV, con-seguimos arrecadar esta mesma quantidade antes de junho de 2013. Até agora, arrecadamos 1.778,00 euros por nossos próprios meios e estamos longe do objetivo estabelecido pela fundação. Espero que nos próximos meses, todos os países se animem a pagar sua cota anual 2012 (que a forma-rá parte da campanha) e a enviar ao Secretariado as outras colaborações da campanha. O podemos fazer e estou segu-ra que poderei compartilhar boas notícias a respeito em minha carta do próximo ano.

Enquanto celebramos este ano o aniversário da Associação, vários representantes da JMV de América Latina estão reu-nidos em Quito (Equador) para viver o EMLA, Encontro-Missão de muita importância para JMV no continente. O recomendo a suas orações. Mais um ano, a JMV será recor-dada na Rue du Bac nesse dia. Cheios de confiança na pre-sença materna de Maria ao nosso lado, sigamos nosso cami-nho rumo a santidade como pessoas e como comunidades. Que este 18 de julho seja a oportunidade de um novo come-ço que nos mantenha fiéis ao que somos e ao que estamos chamados a ser.

Feliz Aniversário, JMV!

Yasmine Cajuste

#Presidente Internacional

Mensagem da Presidente Internacional para o 18 de julho de 2012

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Com o objetivo de fazer crescer esta grande família, ao lon-

go deste ano o Conselho Regional Centro visitou três possí-

veis novos grupos, que são os grupos de Oliveira de Frades,

Vila Seca (Condeixa) e Mões (Castro D´Aire).

Apesar de estarem ainda em fase “embrionária” temos a

convicção de que em breve a família JMV poderá estar

maior na região centro.

Sempre com uma esperança renovada, a JMV continua a

fazer com que a chama Vicentina não se apague na região

centro. Há sempre mais e melhor a fazer, mas ficamos feli-

zes por termos vivido estes momentos nos últimos meses.

Sérgio Caseiro #Vogal de Imprensa CR Centro

É com muito orgulho e satisfação

que vejo que a minha região reno-

var-se, estão a nascer dois gru-

pos: um no Sardoal que fica aci-

ma do Tejo, na zona Norte da

região sul e outro em Sines mes-

mo abaixo do Tejo, na zona Sul

da região!

Quando me perguntam se sinto

“pena” por um grupo morrer?

Eu já consigo responder que Não

porque “é preciso que a semente

morra para que dê muito fruto”.

Claro que é sempre difícil ver um

grupo desaparecer e tentamos

sempre que isso não aconteça

mas às vezes é preferível e a prova disso é a Região Sul, relembro (não sei se por esta ordem): Feijó, Alferrarede,

Marinhais, Nisa, Galinheiras, A-dos-Negros, Achete, Cabeça das Mós deram lugar a Achada, a Alferrarede, a Paialvo,

a Marinhais, a Carvalhal, a Cernache do Bonjardim, a Sobreiro, a Mafra, a Sobreira Formosa …

Sardoal já apresenta sinais fortes e sólidos para fazer uma caminhada responsável, tem mantido uma boa relação

com o seu paróco e com a paróquia, já sonha com a sua entrada oficial para a JMV.

Sines começa a dar os seus primeiros passos, iniciou a formação do grupo com a apresentação dos pilares da JMV e

também já marca presença em encontros.

Caros JMV´S, particularmente conselho regional sul, temos uma grande tarefa nos anos que se seguem, se por um

lado nem as longínquas distâncias entre os grupos nos detêm por outro aumenta a nossa responsabilidade para com

estes novos grupos e para com os que já têm caminho trilhado.

Saibam que estarei a acompanhar-vos de longe e que podem contar sempre com as minhas orações!

Ritalexandra Bemposta #Vogal de Formação CR Sul

Renovar-se

Renovação na Região Centro

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O Conselho Nacional da Juventude Mariana Vicentina de Portugal escolheu o tema "Vicentinos, um estilo de vida

para hoje!" para o Ano Pastoral 2011/2012.

Nesse sentido, foi lançado um desafio a todos os jovens para criarem um hino para este ano, bem como um logótipo

que representasse este tema.

Os vencedores foram os seguintes:

- Logótipo: Centro Local de Paialvo (Fábio Mendes)

- Hino: Centro Local de Orgens (Alice Santos e Renato Ferreira)

HINO

“Vicentinos, um estilo de vida para hoje!”

Sol

Pudera eu ser tuas mãos,

Dó Ré

Ser esperança, ser semente…

Sol

Inventar-me na caridade

Dó Ré

Ser modelo de Vicente.

Hoje grito com vontade

Que sou capaz em cada passo,

De ajudar o meu irmão

Ser vicentino em tudo o que faço.

Ré7

Sol

Sei que sim…

Que amor é inventivo

Sol

Que a caridade é o caminho,

Dó Ré

Do mundo onde faço a diferença.

Sol

Sei que sou,

Vicentino no meu viver,

Sol

Olho os pobres como meus irmãos,

Dó Ré

E com eles aprendo a “Ser”

Dó Ré

E minha vida enche-se de Ti

Sol Ré Mi-

Sempre me entrego a meu irmão.

Dó Ré

Sou vicentino hoje e sempre,

Sol

Dou-te meu coração.

Letra: Alice Santos

Música: Renato Ferreira

Logótipo e Hino da JMV Portugal para o Ano 2011/2012

Explicação do Logótipo Vencedor:

O logótipo remete para a forma do peixe , símbolo dos

primeiros cristãos, e dentro dele existe um conjunto de

pessoas que lhe dão vida.

A pessoa do meio tem uns auscultadores para simbolizar

a modernidade e a vida de hoje.

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De 12 a 21 de agosto, um grupo de jovens da Juventude Mariana Vicentina de Portugal estiveram em Madrid

(Espanha), para participar em dois encontros internacionais de jovens: o Encontro Internacional de Jovens Vicentinos

(EJV) e as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).

O Encontro Internacional de Jovens Vicentinos teve início no dia 12 de agosto e reuniu cerca de 2000 jovens vicenti-

nos de todos os continentes, tendo estado presentes 115 jovens portugueses. O nosso grupo ficou instalado num

colégio das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, onde também ficaram os jovens brasileiros e italianos,

o que proporcionou uma vasta troca de experiências com jovens de outras culturas que, como nós, são inspirados por

São Vicente de Paulo.

Este encontro, sob o tema “Vicentinos, um estilo de vida para hoje”, teve como objetivo mostrar aos jovens o que é

ser vicentino e a importância que os jovens vicentinos têm na sociedade atual, onde a pobreza e a falta de Fé se pro-

pagam a grande velocidade. Com vista a cumprir este objetivo, durante este encontro assistimos a várias catequeses,

dadas de acordo com grupos linguísticos. A primeira delas abordou a identidade do jovem vicentino – viver, contem-

plar e servir –, o qual deve “ser, não aparentar”. Jesus chama os jovens vicentinos a ser “sal da terra e luz do mundo”,

a ser suas testemunhas e, por isso, cabe-nos a nós deixar marcas na nossa caminhada e resistir à homogeneização de

culturas, mantendo as nossas características.

A segunda catequese abordou a vida e os ensinamentos de São Vicente de Paulo, nosso patrono, permitindo conhe-

cer melhor o seu percurso e os frutos que poderemos dar se permanecermos no Pai. Na terceira catequese, que abor-

dou o tema “Com Maria, semeemos a esperança”, percorremos vários momentos do percurso da nossa Mãe do Céu,

a principal semeadora de esperança, e fomos interpelados a seguir o seu modelo.

Para além das catequeses de formação, foi-

nos dada a oportunidade de visitar várias

obras vicentinas da cidade da Madrid – cen-

tros de apoio aos imigrantes, lares de idosos,

casas de apoio aos sem-abrigo, centros edu-

cativos de crianças seropositivas, escolas – e

de assistir a palestras sobre temas atuais e

de bastante importância para o jovem vicen-

tino – a mudança sistémica e a presença

pública dos jovens vicentinos na sociedade.

O Encontro de Jovens Vicentinos incluiu

também Eucaristias conjuntas, uma Vigília

Mariana – momento propício para nos apro-

ximarmos mais de Maria – e uma festa de

folclore, onde o grupo português deu a

conhecer aos jovens dos outros países três

tradições bem portuguesas – um rancho

folclórico, uma marcha popular e o bailinho

da Madeira. Este encontro terminou no dia 15 de agosto, com um festival vicentino, que reuniu todos os vicentinos

num ambiente cheio de festa onde mostrámos a alegria que é viver em Jesus Cristo.

No dia 16 de agosto tiveram início as Jornadas Mundiais da Juventude, encontro que viria a reunir os jovens de todo o

mundo a pedido do Papa Bento XVI, com o tema “Enraizados em Cristo, Firmes da Fé”. Neste primeiro dia, tivemos

oportunidade de conhecer melhor a cidade de Madrid, que tão bem nos acolheu. Visitámos o Museu do Prado, o

Museu Rainha Sofia, a Catedral de Nossa Senhora de Almudena, o Palácio Real, as Praças Maior, do Sol e de Espa-

nha, entre outros locais bem característicos. No final do dia, assistimos à missa de acolhimento, celebrada pelo

Senhor Cardeal Arcebispo de Madrid. Este foi o primeiro momento em que nos apercebemos da verdadeira dimen-

são das Jornadas, ao ver milhares e milhares de jovens de todo o mundo reunidos na Praça de Cibeles e arredores.

Foi um intenso momento de comunhão, o qual seria o pontapé de partida para um encontro único e inesquecível.

No segundo dia das Jornadas estivemos presentes numa catequese dada pelo Senhor Arcebispo de Braga, D. Jorge

Ortiga, e à noite assistimos ao musical “Wojtyla”, espetacularmente representado por um grupo de jovens portugue-

ses de Cascais. Este musical levou-nos a uma viagem sobre a vida do Papa João Paulo II, o Papa dos jovens, e fez

também referência às várias Jornadas Mundiais da Juventude, ajudando-nos a refletir sobre o propósito da nossa ida

a Madrid e sobre a forma de respondermos ao chamamento que nos foi feito.

JMV de Portugal nas Jornadas Mundiais da Juventude Madrid’11

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No dia 18 chegou o grande dia: o Papa chegaria a Madrid para se juntar aos jovens. Foi ao final da tarde que, mais

uma vez na Praça de Cibeles, os jovens se reuniram, mas desta vez para receber o Papa Bento XVI. Todos vivemos

momentos únicos por estar tão perto de Sua Santidade e pelas palavras que nos foram dirigidas. É inimaginável a

quantidade de jovens presentes e que bem alto gritavam “Esta é a juventude do Papa”.

No dia seguinte, visitámos o Parque do Retiro, onde decorreu uma Feira Vocacional e a Festa do Perdão. Além disso,

neste parque pudemos descansar para a grande manifestação de Fé que se seguiria ao final da tarde – a Via Crucis,

com imagens em tamanho real, utilizadas normalmente na Semana Santa espanhola, e cedidas por várias paróquias

de toda a Espanha. Foi, mais uma vez, um momento de rara beleza ver todos os jovens percorrer as várias estações

da Via Crucis, celebração presidida pelo Santo Padre.

No dia 20, ao final da manhã, foi altura de rumar ao Aeródromo de Quatro Ventos, onde à noite o Santo Padre iria

presidir à Vigília de Oração. Este foi o momento em que finalmente se reuniram todos os jovens que participaram

nas Jornadas, tendo por isso sido possível tomar consciência do encontro em que estávamos a participar: ver dois

milhões de jovens reunidos em torno do mesmo propósito – seguir Jesus Cristo – foi realmente uma visão esmagado-

ra. Para qualquer lado para onde se olhasse era impossível ver onde terminava a multidão. Foram momentos menos

confortáveis (devido ao forte sol e calor intenso) mas que, com o auxílio da nossa Fé, foram facilmente superados.

Nessa noite, o Santo Padre presidiu à Vigília de Oração, a qual decorreu debaixo de uma forte tempestade; mas isso

não desmobilizou os jovens de estar em oração com o Papa, mostrando a firmeza da nossa Fé em Cristo. Esta noite

foi passada no Aeródromo, onde os jovens dormiram todos juntos à luz da lua, esperando o último dia das Jornadas.

No último dia, os jovens acordaram com a chegada do Papa ao Aeródromo para a celebração da Eucaristia de encer-

ramento das Jornadas. Nesta Eucaristia, Sua Santidade apelou aos jovens presentes para que fossem missionários

nos seus grupos e nas suas paróquias, e confessou ainda que os jovens precisam da Igreja, tal como a Igreja precisa

dos jovens. No final, fomos enviados para a missão e informados de que as próximas Jornadas Mundiais de Juventu-

de decorrerão em 2013 no Rio de Janeiro (Brasil).

O balanço que fazemos destes dois encontros é muito positivo, tendo ultrapassado largamente as nossas expecta-

tivas. No Encontro de Jovens Vicentinos foi muito bom estar com outros vicentinos que, como nós, seguem Jesus

Cristo inspirados por São Vicente de Paulo, através do auxílio aos mais pobres e da evangelização. Este encontro foi

muito relevante para aprofundarmos a espiritualidade vicentina e para conhecer como os outros jovens vicentinos

vivem essa espiritualidade nos seus países.

As Jornadas Mundiais da Juventude foram surpreendentes, quer pela oportunidade de estar tão perto do Santo

Padre, quer pela experiência única de orar em conjunto com dois milhões de jovens que, como nós têm em Jesus

Cristo o seu ideal. Foram momentos de rara beleza e indescritíveis por palavras; por isso, agradecemos a Deus a bên-

ção que nos deu em poder participar nesta peregrinação, que recomendamos a todos os jovens. Esperamos em 2013

poder voltar a estar com o Santo Padre, no Rio de Janeiro, nas próximas Jornadas Mundiais de Juventude.

António Clemente #Vogal Nacional de Informação e Comunicação

JMV de Portugal nas Jornadas Mundiais da Juventude Madrid’11

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Como o meu cargo atual no meu centro

local é o de vogal de Missão e Caridade,

achei que não havia nada melhor do que

fazer voluntariado para perceber como

desempenhar melhor a minha função.

Uns imprevistos fizeram com que fosse

sozinha de Alcainça e iria passar a semana

com alguém que não conhecia, mas a

vontade de servir o outro era maior e nun-

ca pensei em desistir porque aquilo era

algo que já queria fazer à muito. Assim,

entre os dias 18 e 22 de Dezembro, lá fui

eu para o Externato de S. Vicente de Pau-

lo. No primeiro dia tivemos uma pequena

formação para nos preparar para os dias

seguintes. Entregaram-nos também um

plano de atividades para os dias seguin-

tes, em que iríamos estar com idosos,

crianças e sem-abrigo.

Na manhã do dia seguinte dirigimo-nos, ainda a medo

para os locais previstos, porque a casa é enorme e tínha-

mos medo de nos perder e porque não sabíamos o que

esperar. Apesar de algumas das coisas não nos serem

completamente estranhas, aquela experiência era nova

para nós e é impossível conter aquele nervosismo inicial.

Ajudada pela minha colega, consegui esquecer estes

receios e tudo correu bem. Depois criou-se uma cumplici-

dade e a Carla foi uma grande ajuda e uma excelente

companheira. As irmãs foram sempre espetaculares, e

deram o seu máximo para nos fazer sentir bem recebidas

e parte do sucesso desta experiência é mérito delas por-

que são um grande exemplo.

Ao fim de algum tempo, as pessoas já se tinham habitua-

do à nossa presença e sentia-me mais útil. Qualquer tare-

fa era bem recebida e a vontade de ajudar crescia, bem

como aquela recompensadora sensação de estar a fazer

algo bom. Ali conseguia verdadeiramente perceber a

importância que uma simples palavra, um pequeno gesto

ou um amável sorriso podem ter. É certo que todas pes-

soas ali servidas pelas irmãs e por quem trabalha com

elas é bem tratado, mas com tantas coisas para fazer, às

vezes falta o tempo para parar um bocado e simplesmen-

te conversar com as pessoas. No fundo acho que a nossa

missão era, para além de auxiliar as irmãs, dar algum cari-

nho e atenção àquelas pessoas e posso dizer com certeza

que é dando que se recebe.

Gostei particularmente do tempo passado com as irmãs

que estão no lar, pois aceitavam tranquilamente as limi-

tações que a idade lhes trouxe e apenas tinham pena de

não poderem desempenhar as funções que antes desem-

penharam, pois apenas queriam continuar o seu serviço.

Estava espelhada nelas uma vida inteira dedicada aos

outros, e as suas histórias enchiam-nos o coração. O espí-

rito vicentino ainda estava bem presente nelas e as que

estavam mais ativas auxiliavam as outras naquilo que

precisassem.

Aprendi muito com todas as pessoas com

que me cruzei naqueles dias, e as pequenas

formações que tivemos com as irmãs foram

importantes momentos de reflexão. Depois

daqueles dias percebi finalmente porque S.

Vicente se deixou cativar pelos mais pobres e

não consigo imaginar uma maneira mais

bela de louvar a Deus do que amando o pró-

ximo.

Aconselho vivamente que façam voluntaria-

do porque sairão mais ricos e porque não há

maneira melhor de perceber o que é ser

vicentino.

Alexandra Cruz #CL de Alcainça

JMV em Missão

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Pertenci à JMV (Agilde – Celorico de Basto) durante 8

anos, participei em encontros entre vários grupos de

jovens da JMV, participei e ajudei na organização e concre-

tização de atividades para a comunidade de Agilde, visitei

lares de idosos e os doentes da freguesia, entre outras

atividades. Quero com isto dizer-vos que sempre necessi-

tei de partilhar e participar em experiências solidárias com

os outros. Adorava e adoro conviver com pessoas, conhe-

cer pessoas de outros locais e ajudar sempre que esteja ao

meu alcance. No entanto, nunca tinha experimentado o

voluntariado. Quando surgiu esta oportunidade em

Dezembro, resolvi abraçar este desafio. Até porque senti

que esta oportunidade ajudar-me-ia a tornar-me mais for-

te e encorajar-me-ia para enfrentar os desafios que estão a

ser “impostos” à nossa sociedade. Vou partilhar convosco

um pouco da experiência vivida na semana (de 17 a 23 de

Dezembro de 2011) de voluntariado na congregação das

irmãs de São Vicente de Paulo no Campo Grande em Lis-

boa.

Durante a semana, foi elaborado um calendário com dife-

rentes tarefas onde estava estipulado o que devíamos

fazer em cada dia e durante toda a semana. Destaco: lar e

centro de dia; lar das irmãs de São Vicente de Paulo; Cre-

che; prestar auxílio nos almoços aos sem-abrigo; desenvol-

ver atividades com alunos do ATL. Posso começar por vos

dizer que foi muito enriquecedor conviver com os doentes

e idosos do lar e centro de dia. Ouvir o relato daquelas

pessoas, conhecer o percurso das suas vidas, ouvir o que as

angustiava, etc. A nós apenas competia aproximarmo-nos

delas, darmos o nosso carinho, iniciar o diálogo, porque

logo as pessoas falavam. Senti, que a maioria daquelas

pessoas nutria falta de afeto, sentia-se abandonada pelas

famílias e amigos e era notório a necessidade em falar e

que alguém as ouvisse e as reforçasse positivamente.

Prestamos auxílio nos lanches, foi também uma forma de

contactarmos mais de perto com estas pessoas.

Na creche foi também gratificante o convívio com os

bebés, tão inocentes, meigos e ao mesmo tempo indefe-

sos. Brincamos com eles e dêmos-lhes carinho e afeto. No

ATL, elaboramos postais de Natal com as crianças. Houve

uma grande adesão, empenho e entusiasmo por parte das

crianças. O resultado foi bastante enriquecedor. Durante a

atividade, estabeleceu-se uma grande empatia entre nós e

as crianças, quando nos cruzávamos nos corredores ou no

recreio vinham ter connosco sempre com uma palavra

amiga.

Sem dúvida que a tarefa na qual dedicamos mais tempo

foi ao serviço dos sem-abrigo. Durante toda a semana,

ajudamos na preparação dos pequenos-almoços e servi-

mos os almoços. Prestei ainda apoio a um sem-abrigo

(guineense) na leitura e escrita, uma vez que não sabia ler

nem escrever. Esta foi sem dúvida a tarefa do voluntariado

que me marcou imenso, tomar conhecimento da quanti-

dade de jovens e menos jovens que recorrem à ajuda deste

tipo de serviço. Conhecer algumas das histórias de vida

sofrida destas pessoas (sem-abrigo) foi sem dúvida duro.

Outra tarefa que adorei, foi o lar das irmãs. Contactar e

ouvir as histórias exemplares de entrega pelos outros foi

maravilhoso. As irmãs revelaram uma paz, tranquilidade e

dever cumprido impressionantes. O contacto e convívio

com as irmãs, foram momentos inesquecíveis, que hei-de

guardar sempre no meu coração. Sem dúvida que quem se

entrega por uma causa e tem gosto por tudo aquilo que

faz, só pode mesmo transmitir aos outros toda aquela

serenidade da qual fui testemunha.

Com este voluntariado reforcei o verdadeiro sentido da

amizade, da partilha, da gratidão, da oração, da Fé e da

esperança. Fui testemunha da força da irmã Celeste em

ajudar todos aqueles sem-abrigo, a luta em conseguir jun-

to das instituições bens de sobrevivência, a capacidade de

diálogo demonstrada pela irmã com os sem-abrigo, a

entrega da irmã por aquela causa – ajudar e em dar bons

conselhos.

Esta experiência permitiu-me conhecer novas realidades,

apesar de saber que elas existem, nada melhor como

vivenciar uma experiência como esta, deixa-nos alerta das

diversas situações em que o ser humano está constante-

mente inserido, é uma forma de nós olharmos mais para

os outros e desvalorizarmos certos problemas que temos,

que por vezes não são problemas quando comparados

com outros. Os resultados de praticarmos o amor e a

entrega por uma causa nobre são sem dúvida gratificantes

para a nossa vida. Ajuda-nos a crescer, a sermos menos

egoístas e mais solidários. Aprendi ainda que a nossa força

se encontra na nossa disponibilidade, no nosso querer.

Quero ainda expressar-vos a minha admiração por todo o

trabalho desenvolvido por todas as irmãs que estão no

ativo e mesmo as que não estão, que de uma maneira ou

de outra contribuem com a sua experiência, que incansa-

velmente se dedicam aos outros. Quer no lar e centro de

dia, no apoio e carinho que dedicam aos doentes e idosos;

no lar das irmãs, igualmente acarinhadas; na creche; nos

sem-abrigo; às crianças que frequentam o ensino básico,

etc.

Quero ainda acrescentar a minha gratidão e o meu muito

obrigada à irmã Celeste, que nos acolheu muito bem, todo

o seu carinho e preocupação demonstrada. A todas as

irmãs que se reuniram connosco, que nos deixaram mais

“ricas” pela sua sabedoria e Fé. Às restantes irmãs que

sempre tiveram uma palavra de conforto e esperança para

connosco. À Catarina, à Marta (que quase todos os dias

almoçou connosco), à Alexandra (grande amiga de volun-

tariado).

A todas, o meu muito obrigada, o que fiz, foi bem menos

que o que recebi.

Recomendo a todos os jovens a participação no volunta-

riado, acreditem, que saem reforçados a todos os níveis.

Por isso, pratiquem o voluntariado…

Carla Sofia Ribeiro

JMV em Missão

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Eu fui fazer voluntariado para o externato, pois já tinha pen-

sado em ir mas nunca me tinha chegado à frente porque sen-

tia que ainda não estava preparado.

Quando comecei na terça-feira de manhã, estava com um

pouco de receio que algo corresse mal, mas acabei por ultra-

passar essa barreira logo no primeiro contacto que estive

com as crianças do ATL, comecei logo a perceber que estava

a começar bem e vi que não era assim tão difícil.

O que tirei de melhor desta experiência, para além de todas

as outras que foram também muito boas, foi ter estado na

creche com as crianças mais novas, pois nunca tinha estado

tão próximo de bebés. Ali percebi que eles precisavam muito

de nós e foi onde me senti mais útil.

Gostei muito de ter feito esta experiência de uma semana e

vou ter de repetir. Não vou ficar por aqui e acho que todos

nós deveríamos experimentar, isto é, dar um pouco mais de

nós aos outros.

Daniel Salvador #Vogal de Imprensa do CL de Paialvo

Apesar de não ter sido a primeira vez que fiz missão nestes moldes, é único! Já tinha tido outras oportunidades, mas

em cerca de 11 ou 12 anos em que já sou JMV, sentia que tinha dado muito pouco de mim a estas pessoas… os anos

vão passando, primeiro por medo, depois por preguiça, depois porque vamos adiando adiando… e o tempo passa!

Lembro-me da primeira vez que fiz missão, estava cheia de medo e por isso concordei em ficar apenas alguns dias e

não uma semana como estava estipulado. Na altura eu achava que as pessoas que nasciam com deficiências, quer

físicas, quer mentais, eram infelizes, pensava muitas vezes qual o sentido da vida delas, este mundo parecia não ter

lugar para elas, sentia que não as sabíamos acolher… nessa altura pude testemunhar o quanto estava ERRADA. Ain-

da hoje me lembro da Quaresma e como ela me marcou, vivi dias plenos de felicidade e apercebi-me que felizmente

ainda há quem cuide tão bem destas pessoas

e… as ame! Apercebi-me que afinal elas

podem ser felizes, talvez até mais felizes que

eu ou tu, que apenas preocupamos com coi-

sas fúteis do nosso dia a dia, elas vivem outra

dimensão.. elas são felizes.

Mas depois surgiu outra questão: nos dias em

que fiz missão eu nunca fui essencial na casa

onde estava, estava tudo já tão bem organi-

zado e tão bem preparado que eu não fazia

qualquer diferença (é que quando fui fazer

missão pensei que precisavam de mim, que a

minha ajuda era muito importante para fazer

camas, dar comida, etc.), mas a verdade é

que eu estar ali ou não aquelas pessoas iriam

ser igualmente bem tratadas.. e felizes. Então questionei-me: se a minha ajuda não é essencial porquê abdicar do

meu tempo e fazer missão? E a resposta foi-me dada: ainda que a minha mão de obra não seja imprescindível, eu,

enquanto pessoa sou importantíssima, sou alguém que vem do mundo exterior com o qual eles nem sempre podem

ter contacto, sou novidade na vida rotineira deles, sou uma nova cara, uma nova presença… e por isso faço diferença.

No Pousal descobri novos amigos e, até uma paixão J foram dias diferentes, e mesmo que as mesmas atividades de

sempre, eram com pessoas diferentes J e apesar de ser tão pouco tempo no final já os conhecíamos um pouco: a sua

maneira de ser, as suas necessidades, e até as auxiliares. Já sabíamos quem queria ir passear até à rua, ou quem pre-

feria ficar a jogar dominó e ganhar sempre, ou até mesmo quem queria anunciar os números do bingo…

Foram dias de entrega, em que deixei o stress do dia a dia, a agitação e fui procurar a tranquilidade e aprender a viver

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Esta foi a minha estreia em missão, uma semana que

me fez crescer e ver o outro lado de uma realidade

totalmente diferente. Cheguei com um pouco de

receio, não sabia mesmo o que fazer, mas tudo

mudou quando o à vontade e a alegria daquela gente

me contagiou! Com o tempo já nos pediam para os

tratar por tu…

Foram momentos de intensa aprendizagem, pois ali

entendi a importância de um simples sorriso, descobri

que só vivendo em comunhão podemos ser felizes. E

que sentido levam aquelas pessoas na vida!? Foi a par-

te mais chocante da minha missão, perceber que

aquelas pessoas nunca vão ter uma vida como cá fora,

nunca vão estudar, nunca vão ter um emprego, e que

alguns deles, nem nunca conseguirão levar a comida à

boca com as próprias mãos! Contudo, sei que ali, no

Pousal, são amados como são, como verdadeiros filhos de Deus!

Quando cheguei a casa perguntavam-me: Então, gostaste? Foi muito difícil? E eu, com um sorriso na cara, até achei

estranho estar a explicar e não precisar de fazer gestos para me entenderem! Mas, sim, claro que gostei, e quero

repetir! Decerto se criou uma empatia com muitos deles que não tornou fácil a hora do adeus. Mas, em breve volta-

rei!!

José Ribeiro #CL de Cernache do Bonjardim

Outro Campo de Missão foi o Telhal, onde foram 5 jovens

da Achada com ótimo projeto “Find@ no” foram desafia-

dos a fazer uma passagem de ano diferente. Estiveram

nesta aventura entre o dia 28 de Dezembro até dia 1

Janeiro.

“(…) Pode parecer pouco tempo mas realmente fez diferen-

ça em mim. Conheci pessoas que me fize­ram refletir e

repensar a maneira de ver a minha vida. (…) Pessoas que

nós deitamos a baixo e menos­prezamos apenas por serem

diferentes são as que de melhor nos desejam.”

Sara Mendes

“Foi uma passagem de ano totalmente diferente das outras

porque em vez de pensar em mim tive a possibilidade de

ajudar os outros e levar lhes muita alegria. Espero poder lá

voltar e levar muito mais alegria para as pessoas que lá se

encontram.”

Joana Batalha

“Mesmo doente lá fui eu para o Telhal, a dois dias antes da

passagem de ano. Uma energia contagiante eu trouxe de

la, no momento do adeus não queria vir embora, mas teve

de ser e um até breve ficou. O mais marcante: os sorrisos e

a felicidade dos doentes.”

Filipa Freire

“Gostei mesmo muito. Foi uma experiência a repetir. Aque-

las pessoas ficam felizes e dão imenso delas enquanto nós

lhes damos um simples abraço, con­versa ou até mesmo

um sorriso.”

Sara Batalha

“Eu apenas lhes respondia que precisava de me sentir “em

casa”, o Telhal é realmente uma segunda casa para mim, lá

encontro Deus no próximo, encon­tro uma Família capaz de

me acolher seja quando for, encontro tanta coisa que me

preenche e não consigo dar nem metade daquilo que rece-

bo. Encontro uma Família capaz de me acolher seja quando

for, encontro tanta coisa que me preenche e não consigo

dar nem metade daquilo que recebo.”

Patrícia Coelho

#CL da Achada

JMV em Missão

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Este ano as nossas férias da Páscoa começaram de

maneira diferente; começaram talvez, da melhor maneira

para nós, e da pior visto na mentalidade de muitos outros

jovens. A 1ª semana, foi dada ao outro, pois conseguimos

partilhar o nosso tempo com ele, e assim oferecer a nossa

alegria, que foi inteiramente recompensada com toda a

humildade, força, felicidade,… de todas aquelas pessoas.

Esta experiência foi … única, foi talvez a melhor experien-

cia que alguma vez já tivemos, os sentimentos que vive-

mos foram tao profundos que quase nem dá para expli-

car.

Quando chegamos ao Externato, tivemos uma pequena

formação, que foi sem dúvida muito interessante, em que

conseguimos aprender muitas coisas. Foi de certeza pre-

parada/dada com muito amor e entrega (por isso agrade-

cemos desde já, a quem a deu e preparou). No dia seguin-

te começou então esta nossa aventura, se o podemos

chamar assim, tínhamos um programa que tínhamos de

cumprir, e mil e uma coisas para fazer. Tínhamos os ido-

sos, os sem-abrigo e as crianças, como fazíamos um pou-

co de tudo, tínhamos de saber digerir muito bem as nos-

sas emoções, o que por vezes era muito complicado.

Da parte da manhã estávamos no lar das irmãs e na cre-

che, são duas áreas bastante diferentes, mas que adorá-

mos. Na creche estávamos com crianças muito peque-

nas, dos 2 a 3 anos, as crianças só queriam brincar e que

lhe lesse-mos histórias, era sem dúvida algo intenso.

Mas, e o lar das irmãs? Este era onde nos sentíamos feli-

zes, da parte da manhã estávamos com

irmãs já de idade com grande experiência

de vida, onde elas nos contavam histórias

brilhantes, onde elas nos contavam o que

faziam quando eram mais novas, contavam

as suas experiências a fazer missão, conta-

vam sempre tantos episódios, que nós às

vezes até parávamos, e ouvindo todas

aquelas coisas pensávamos “No meio disto,

nós não fazemos nada.”, mas apercebemo-

nos que não, como certas irmãs que ali se

encontravam já não falavam, nos não con-

seguia-mos estabelecer conversa com elas,

mas aprendemos que, elas ate podem não

falarem para nós, mas sentem ali a nossa presença, e ás

vezes só isso muda o dia daquela pessoa, ao sentir a nos-

sa presença, sentem a nossa alegria, e isso é o que real-

mente importa. Depois seguia-se a hora de almoço, que

era onde partilhávamos o que já tínhamos feito durante a

manhã, e sempre que tínhamos dúvidas tínhamos ali uma

pessoa que nos ajudava em tudo (obrigada Marta).

Porém, o dia ainda ia a meio e muito trabalho ainda

tínhamos para fazer, e assim era, dirigíamo-nos para os

sem-abrigo, onde por vezes nos sentíamos um pouco

inúteis, pois nada havia para fazer, pois eles tem as suas

obrigações, mas percebemos que afinal havia muita coisa

para fazer, foi lá que nos apercebemos, que nós temos

tudo, e ainda andamos sempre a falar na crise, nós não

sabemos é dar valor ao que temos, pois nunca nos falta

uma refeição, não nos falta roupa, não nos falta a educa-

ção, … e nós nunca nos lembramos disto, só nos lembra-

mos que queremos um ténis novos, e a minha mãe agora

disse que não, … mas para que servem essas coisas, se o

que mais importa não é isso, o que mais importa é o amor

e a felicidade, aqueles sem-abrigo com quem estivemos,

são pessoas muito simples que a única coisa que querem

é um pouco de comida e alguém que lhes dê atenção. Por

isso, às vezes havíamos de pensar mais nessas pessoas, e

não exigir tantas bem materiais. No fim, voltávamos ao

lar, no entanto já não era o das irmãs, era outro, em que

ajudávamos a dar o lanche aqueles idosos e fazia-mos

companhia a eles, cantávamos com eles, jogávamos com

eles, … era espetacular. Com o dia quase a acabar ainda

íamos até ao ATL, no principio não sabia-mos muito bem

o que fazer ou dizer, mas logo que as crianças nos viram

foram ter connosco e perguntaram o que estava-mos la a

fazer e montes de perguntas, depois aí sim, corríamos,

pulávamos, saltávamos, cantávamos, jogávamos, sei lá,

fazíamos tantas coisas, aquelas crianças tinham tanta

felicidade dentro delas, que era contagiosa, que era

impossível estar triste ao pé daquela alegria toda, elas

conseguiam dar-nos coragem para seguir em frente e

continuar a nossa grande aventura, e assim era…

Já contamos muitas coisas, mas ao mesmo tempo não

contamos nada, porque só quem vive as coisas, é que as

consegue sentir verdadeiramente. Foi uma semana cheia

de emoções que certamente iremos repetir. Houve uma

única coisa que ainda não falamos, mas estamos sempre

a tempo, foi o facto das irmãs nos terem acolhido como

se fossemos da família, todo o amor e segurança que nos

transmitiram, foi impecável. Foi o que nos fez sempre

lutar para conseguir alegrar, todas as crianças todos os

idosos, todos os sem-abrigo. Obrigado também a JMV,

pois foi ela que nos proporcionou esta semana. Foi ines-

quecível, foi único, foi magnífico!

Nádia Ferreira e Vasco Lopes #CL de Paialvo

JMV em Missão

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Page 27: Jornal J2#10

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Há relativamente pouco tempo comecei a fazer voluntariado num

lar de idosos. De início fui um pouco, como que, ‘’empurrada’’ pelo

grupo de jovens a que pertenço, mas a ideia agradou-me.

Na verdade não sabia o que me esperava… Nunca tido muito con-

tacto com idosos e muito menos em condições mais debilitantes…

e aí surgiram as inseguranças, os receios e a timidez. Como sempre

gostei de fisioterapia foi precisamente nesta área que procurei aju-

dar e sem dúvida a formação que tivemos ajudou muito.

Concluindo, sei que não ajudo muito em termos de trabalho árduo

mas durante as horas que estou com os ‘’meus idosos’’ (como gosto

de os chamar carinhosamente) procuro estar por inteiro, levar boa disposição e energia e penso que é mesmo disso

que eles precisam. De alguém que mostre que o mundo sabe que eles existem e que os ama, como ama todos nós.

Penso que não existem desculpas para não fazer voluntariado… como poderemos ficar quietos no nosso canto

sabendo que há quem precise? E o importante mesmo é que cada um dê aquilo que puder dar de si.

Jéssica Machado #CL de Mafra

Decidi aventurar-me nesta missão. Dar um pouco do meu tempo aos muitos que precisam de atenção e carinho. Foi

por isso que escolhemos a Santa Casa da Misericórdia do Pousal para fazer voluntariado durante seis dias, aproxima-

damente. Se dissesse que sempre estive calma, que nunca quis desistir e que não tive medo algum, estaria certa-

mente a mentir. Precisava disto. Desta nova experiência. Tive medo, sim. Fiquei nervosa, sim. Duas horas antes que-

ria desistir, voltar para trás e fugir: sim, queria. Mas houve alguém que me agarrou, e me fez acreditar que me apoia-

ria e estaria ali comigo o tempo todo. E realmente foi. Foi Ele quem me manteve forte, corajosa e bem-disposta. Ele

e o parceiro de aventura que me acompanhou. Ini-

cialmente, pensei que o nosso cargo ia ser mais

simples. Do género: dizer umas piadas para animar

os utentes e ouvir o que têm para contar. Apesar de

não ter sido bem assim, não significa que tenha sido

difícil. Diria antes: um verdadeiro desafio. Tínha-

mos que os ajudar. Acompanhá-los nas atividades

que tinham, dar apoio às monitoras de salas e fun-

cionárias, transportá-los até ao refeitório entre

outros. E ajudávamos nas refeições. Quando nos

deram tal tarefa, sinceramente, jurei que não seria

capaz. Mas qual quê?! Foi completamente diferente

do que eu esperava.

Haviam utentes super divertidos e bem-dispostos. E

outros que eram mais calmos e silenciosos (não que

não tivessem a capacidade de falar, mas sim porque

simplesmente não interagimos tanto com eles). Este, acho que era um dos pontos mais fortes desta aventura: o fac-

to de nos termos integrado tão facilmente nesta comunidade e de sermos tão bem recebidos. Não só pelos utentes

como também pelos funcionários e monitoras.

Acho que um ponto assim, menos forte foi apenas e só o facto de ser complicado comunicar com alguns e de existi-

rem utentes muito recentes na instituição, que mal os funcionários os conheciam. Mas tudo isso se resolveu, com

alguns dias de total interação com eles, e, para comunicar: meia hora ou mais a fazer linguagem gestual, e logo se

apanhava o jeito.

Achei fantásticos estes dias. Não me arrependo nada. Aliás, comprometo-me a, se Deus quiser, lá voltar para o ano.

Não só para matar saudades mas sim para observar a evolução de alguns. Aconselho vivamente a participarem, qual-

quer jovem que saiba abrir bem o coração, consegue facilmente aderir a este desafio. ;)

Patrícia Gomes #CL de Cernache do Bonjardim

JMV em Missão

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No Externato São Vicente de Paulo, em Lisboa, entre os dias 22 e 27 de Julho de 2012, 7 meninas pertencentes á

Juventude Mariana Vicentina decidiram tirar um pouco das suas férias para colocar algumas das suas qualidades em

prática com idosos, no Lar Santa Catarina de Labouré, na creche e jardim de infância, nos imigrantes e também no

Lar de Santa Luísa onde se encontram as Filhas da Caridade.

Durante 6 dias, 3 meninas de centro local de Cucujães (Tânia Silva, Márcia Almeida e Ana Rita Teixeira), a Isabel

Vilhena de Santiago do Cacém e 3 meninas de Carvalhal (Sandra Pires, Mónica Pires e Margarida Lourenço) convive-

ram entre si e com diferentes realidades. No Lar de Santa Catarina de Labouré, ajudávamos os idosos, conservamos,

levamo-los a passear no jardim do externato e ajudávamo-los a comer, basicamente fazíamos tudo que estivesse ao

nosso alcance, até mesmo colocar os pratos ou outras coisas para as refeições do dia. Na creche e jardim de infância

dávamos de comer ás crianças, mudávamos as fraldas e brincávamos com eles. Quanto aos imigrantes, nós ajudáva-

mos a preparar os lanches para lhes dar, assim como lhe servíamos os almoços, ajudando sempre a fazer o que era

necessário na cozinha. Os imigrantes são pessoas de diferentes etnias e nacionalidades, que não têm maneira de

suportar o custo das refeições, sendo alguns deles sem-abrigo. No Lar de Santa Luísa fazia-se tudo o que era neces-

sário, mas essencialmente conversávamos comas irmãs.

No 1ºdia a Liliana e a Nita falaram-nos um pouco de missão e qual seria a nossa. Todas as noites depois de jantar, a

Irmã Maria Adélia dava-nos uma formação. No 2º dia, conhecemos uma grande mulher, a Sr. Celeste (91 anos) que

nos falou sobre a sua vida e a experiência de ter sido diretora da primeira prisão de mulheres durante muitos anos. A

Irmã Maria Conceição da Silva, no 3º dia, falou-nos da vida de São Vicente de Paulo. Na quarta-feira, a Irmã Maria

Adélia mostrou-nos a Igreja central e de seguida fomos visitar o jardim do Campo Grande. Na quinta-feira, a Irmã

levou-nos para o jardim do externato onde falamos sobre diversos assuntos e aproveitamos também para voltar um

pouco à infância e andamos no parque das crianças.

Foi uma experiência enriquecedora a todos os níveis, pois fizemos tarefas que não estamos habituadas. No primeiro

contacto com a verdadeira realidade foi um pouco assustadora, mas nada que como o primeiro contacto mudou as

emoções, de medo para alegria, felicidade, um sentimento de satisfação ao ver aqueles sorrisos. Cada pessoa era

diferente, mas um obrigado deixava-nos muito felizes e realizadas. Há a alegria de ser sincero e de ser justo; há

porém mais que isso, a imensa alegria de servir.

#CL de Cucujães

JMV em Missão

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Quando primeiro me falaram em ir ao Telhal não fiquei

particularmente entusiasmado… Passo a semana a traba-

lhar e depois, no fim-de-semana, em vez de descansar, ir

fazer voluntariado… Trabalhar mais e continuar a levan-

tar cedo! E logo eu que sou tão preguiçoso. E, para mais,

ainda íamos pagar para fazer voluntariado!!!

Mas depois lá me convenceram a ir. Meio curiosidade,

meio sentimento de responsabilidade, disse SIM a este

desafio.

Já conhecia outras instituições com funções semelhantes.

Sentia-me preparado para o que ia encontrar. Ainda

assim, a surpresa foi tão grande e tão gratificante… Não

existem propriamente palavras para descre-

ver o que encon-

trei e o que vivi.

Apenas posso

agradecer à insti-

tuição, a quem

comigo partilhou

esse fim de semana

e, principalmente, a

quem me conven-

ceu a sair do meu

conforto para esta

aventura…

A dimensão da Casa,

a Organização, o Aco-

lhimento. Perfeito!

O Telhal é um mun-

do… Uma cidade onde

se dignificam e se res-

peitam pessoas dife-

rentes… Onde tudo se

faz para que estes

sejam felizes! Onde se é

feliz com eles.

Partilhando um pouco das minhas expe-

riências:

- Fomos recebidos pelo Sr. Fernando e vê-se o prazer que

tem com o que faz. A forma como se dedica. Tantos anos

depois de começar a colaborar com o Telhal, o brilho no

olhar é a prova de que se sente feliz. E é sempre tão bom

falar com uma pessoa que conhecemos à algumas horas

como se amigos de sempre fossemos. Partilhou as aven-

turas da ida a Roma, as dificuldades da casa e a forma

como se organizam (Percebi perfeitamente o porque de

nos pedirem a colaboração financeira por causa da ali-

mentação… E não posso deixar de salientar o que tam-

bém já me tinha sido dito… Da parte do Telhal sempre

ficou claro que nunca seria por essa questão que deixaría-

mos de fazer o voluntariado! Se pudéssemos colaborar,

tanto melhor, caso contrário, como em tantas outras coi-

sas, uma solução se arranjaria! Mas foi um dinheiro tão

bem empregue!)

- Depois os habitantes da casa. São tratados como famí-

lia. Os mais autónomos, têm autonomia. Os que preci-

sam de mais atenção, recebem-na! Fiquei, por exemplo,

curioso em ver um elevado desejo de cigarros e cafés em

muitos deles. E, de forma também muito controlada, em

como lhes são dados. Por quê privar desse prazer quem já

teve tanta coisa privada na vida?

Mas acho que nunca me cansarei de dizer que são Felizes

lá. Estas “crianças” grandes e de diferentes idades, parti-

lham dessa mesma inocência das crianças e basta um

abraço ou um sorriso para colorir o seu

mundo!

O trabalho do voluntário

não é fácil. Algumas das

unidades têm pessoas

muito dependentes e tem

de se ajudar em tudo…

Desde a alimentação, ao

banho e ao deitar…

Outras unidades têm

pessoas muito activas e

que requerem muita

atenção… e como são

uns quantos, temos de

nos dividir para que a

nossa atenção chegue

a todos.

Provavelmente não se

lembrarão de nós.

Todas as semanas,

felizmente, são visi-

tados por um grupo

novo… E não marca-

mos assim tanta

diferença. Para eles. Nós vimos com-

pletamente transformados! Lá existe quem nos pergunte

o nome de 10 em 10 minutos mas nós, ao fim de alguns

momentos de partilha, já não nos esquecemos deles nun-

ca!

Acho que apenas posso dizer, façam-no! Visitem esta

casa. Vão lá, nem que seja, apenas um domingo partici-

par na Eucaristia. Vão ao bar e bebam um café com eles.

Vejam como ser diferente e especial não é contagioso

nem significa o que de mal se pensava no passado… Estas

pessoas e estas doenças não são castigo divino mas sim

um desafio a mostrarmos o que de melhor temos em nós.

A sua integração e humanização são o que fazem de nós

pessoas!

Muito obrigado por esta experiência que certamente

repetirei!

Rui Fialho #CL do Catujal

JMV em Missão

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A casa de saúde do Telhal alberga pessoas com doença mental em programas de reabilitação, e portadoras de outras

patologias, a missão foi feita em conjunto com jovens crismados recentemente, que puderam praticar e viver duran-

te aqueles dias o espírito vicentino.

Quando cheguei ao Telhal não sabia bem o que ia lá fazer e nem o

que era aquilo.

No primeiro dia ao conhecer o espaço e as pessoas confesso que

fiquei um bocado "assustada" mas depois no segundo e terceiro dia

começei a fazer amigos. No final de cada dia estava exausta mas o

cansaço que eu sentia fazia-me feliz porque sabia que tinha dado

tudo o que tinha para dar aquelas pessoas e assim ficava com um

sorriso na cara. No último dia a despedida custou-me muito porque

dava para ver que já tinha feito amigos e assim entre abraços e bei-

jos super puros despedimo-nos. E neste ultimo dia dei conta que

queria lá ficar mais uns dias pois sentia-me tão bem como já não me

sentia a muito tempo. Senti que nesses três dias pratiquei mesmo a

Caridade com ações e gestos e não fiquei "presa" só pelas palavras.

Muitas vezes falamos em Caridade mas só temos noção do que é

realmente Caridade quando a praticamos na pele, e o Telhal é um

lugar único onde podemos ter essa experiência. Sai do Telhal com

uma nova visão para o mundo cá fora e passei a dar mais valor a

pequenas coisas como um simples abraço ou uma simples conversa.

Sei que eles agora podem não se lembrar de mim mas espero um dia

lá voltar e encontra-los de novo, pois eu disse a alguns que um dia

irei voltar. Experimentem e comprovem ...

Inês Costa #CL do Catujal

JMV em Missão

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O que fizeste este Verão? Jornadas! E que

mais? O que fizeste ao teu irmão mais pobre?

Encontraste Jesus?

Sendo nós jovens vicentinos o nosso dilema é

ajudar o mais próximo, ser a ajuda imediata, ser

a ação. Este Verão senti que precisava de fazer

alguma coisa. Eu como já conhecia a Irmã

Celeste (Filha da Caridade) e o seu projeto de

ajudar os sem-abrigo (Refeitório Social Rosália

Rendu) foi fácil começar e ganhei logo uma

amiga para a vida.

Pena ser tão pequena a sala para tantas pes-

soas com tantos sonhos e tantos problemas e

existem muitas mais pessoas que necessitam

desta ajuda. As semanas foram passando e já

não era a “menina” mas já era Anita, Ana ou até

“Sra. Professora”, sim professora. Comecei a dar pequenas explicações de português ao Seco (imigrante guineense).

Era engraçado quando estava a ler e, de repente, começava a rir simplesmente porque estava a ler e depois dizia que

era milagre. Se calhar é por estas coisas que nunca me senti desmotivada, eu adorava e adoro o que faço. Hoje conti-

nuo a lá ir às 4ª feiras servir almoços e a ajudar o Seco no Português.

Servir o próximo é o melhor que podemos fazer. Posso dizer com toda a certeza que este Verão foi um dos melhores

da minha vida.

Não foi graças às grandes praias e festas mas por encontrar Jesus tantas vezes e por ter orgulho de fazer parte desta

família que é a JMV. Atreve-te!

Ana Filipa Araújo #CL de São João Evangelista

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Em 2012, à semelhança de anos anteriores, a Juventude Mariana Vicentina organizou, durante o período de férias,

várias semanas de missão. Este ano, por ter mais disponibilidade, decidi aceitar o desafio e inscrever-me. Assim, esti-

ve em missão no Externato de São Vicente de Paulo, em Lisboa, de 15 a 20 de julho. Inserida num grupo de quatro

jovens, tive a oportunidade de fazer missão nas diversas valências do Externato.

Nos dois primeiros dias, estive em contacto com crianças e jovens nas valências de creche, jardim-de-infância e ATL.

Devido à minha experiência profissional, o início da minha missão assemelhou-se muito ao meu dia-a-dia, pelo que

me senti bastante enquadrada e ciente das minhas funções.

Nos restantes três dias, tive oportunidade de me relacionar com idosos, quer no Lar de Santa Luísa de Marillac (lar

das Irmãs Filhas da Caridade), quer no Lar de Santa Catarina Labouré/Centro de Dia (lar frequentado por pessoas

exteriores à Congregação).

Nestes três dias, descobri a alegria de estar com idosos. Experienciei situações com as quais não estava habituada, o

que me despertou muito interesse e vontade de repetir a experiência. Tive oportunidade de ajudar nas mais variadas

tarefas. As que mais gostei foram: rezar o terço com os idosos, dar o almoço às Irmãs mais debilitadas e levar as

Irmãs, em cadeira de rodas, a passear ao jardim.

Na segunda e na quinta-feira de manhã, estive a ajudar a Irmã Celeste no refeitório que serve refeições a emigrantes

que passam por muitas dificuldades e que através deste serviço têm a oportunidade de almoçar, levar para casa o

lanche e o jantar, fazer a sua higiene pessoal e deixar a roupa para lavar. Por ser uma valência completamente desco-

nhecida, foi a que mais gostei de descobrir.

Todas as noites, tivemos formação com diferentes irmãs.

Algumas deram testemunho da sua vida missionária, outras

deram-nos a conhecer melhor as origens da Juventude

Mariana Vicentina e a vida de Santa Luísa de Marillac, de

Santa Catarina Labouré e de São Vicente de Paulo, modelos

do espírito missionário.

Durante esta semana de missão, tive a possibilidade de con-

tactar com diferentes faixas etárias, diferentes nacionalida-

des e diferentes histórias de vida e isso, sem dúvida, enri-

queceu-me como pessoa.

Não é difícil fazer missão, basta entregarmo-nos ao outro,

respeitando-o e mostrando-lhe que a sua vida tem valor.

Ana Lúcia Delgado #CL de Alferrarede

JMV em Missão

“Pouco mais há a dizer sobre a semana de missão além de

que foi uma das melhores experiências que já tive enquanto

JMV, e enquanto pessoa! Já fazia voluntariado regularmen-

te, quer na JMV, quer em outros projetos, mas nunca algo

contínuo. Posso dar inúmeros exemplos de atividades que

tivemos durante esta semana e que me satisfizeram. No

entanto, penso que aquelas que mais me marcaram foram

os dias em que trabalhámos com os emigrantes. Achei incrí-

vel ver pessoas, com costumes e crenças tão diferentes, ali reunidos sem qualquer problema. É bom ver isso, espe-

cialmente num mundo em que os combates motivados por incompreensão são uma constante. Posso também men-

cionar a devoção das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo para com os utentes. Tive várias vezes a opor-

tunidade de parar por um pouco e ver as irmãs trabalhar. É incrível a maneira como elas se entregam incansavelmen-

te para ajudar o próximo, dia e noite. Quer fosse com os emigrantes, com os idosos, as outras irmãs, as crianças, e

até os pobres por esse mundo fora, que tivemos a oportunidade de conhecer um pouco melhor através dos testemu-

nhos das irmãs missionárias. Elas são uma inspiração para todos nós vicentinos, elas vivem o verdadeiro sentido de

São Vicente de Paulo e isso foi algo que realmente ficou na minha mente, e espero que se mantenha durante muito

tempo. Acima de tudo posso dizer que foi um desafio que excedeu em muito as minhas expetativas e espero que

mais projetos venham, mais duradouros e com mais desafios.”

João Paulo Pedro #CL de Alferrarede

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Mais uma vez, como tem sido habitual, a Câmara Municipal de Felgueiras

(CMF) organiza atividades de forma a embelezar a cidade, e assim tam-

bém ajudar as várias instituições/associações nela existentes.

Como não podia deixar de ser a Juventude Mariana Vicentina (Região Nor-

te), é uma das associações a participar nessas atividades. O que nos é

pedido são coisas básicas, como, por exemplo, um Presépio e um

Espantalho, tudo construído com materiais recicláveis e reutilizáveis.

Deste modo acabámos por nos expor e de alguma forma publicitar a

Associação, sendo uma forma simples e lucrativa de nos darmos a

conhecer. Lucrativa? Perguntam vocês. Sim. Isto porque apenas pela

inscrição a CMF dá-nos o prémio de 100€.

Ida Morais #Vogal de Imprensa do CR Norte

No ano de 2011, ano de eleições na JMV, o Conselho

Regional Centro elegeu também novos representantes

para o próximo triénio tendo realizado as eleições em

Carapito. Sempre com vontade de servir os novos ele-

mentos foram-se adaptando às novas funções e exigên-

cias.

Os novos responsáveis do

Conselho Regional Centro

foram eleitos no dia em que

se realizou também em

Carapito a Celebração

Mariana Regional Centro, a

28 de maio de 2011. Apesar

da muita chuva que durante

a tarde caiu a celebração

correu bem.

No dia 5 de outubro, a

região centro deslocou-se

em peso a Lagares, para

participar no Encontro da

Família Vicentina. Sendo a

primeira vez que a maioria participava num encontro des-

ta natureza, por certo trouxeram boas memórias, dum

encontro que, ainda que um pouco diferente, continha

todo o espírito vicentino.

Nos dias 28 e 29 de outubro, o Conselho Regional Centro

recebeu de braços abertos o Conselho Nacional na região

tendo em conjunto feito as visitas a Orgens (28) e Carapi-

to e Fornos de Algodres (29). A visita a Cucujães foi feita

a 11 de novembro.

A 27 de novembro, dia muito importante para a JMV, a

região centro deslocou-se a Cucujães para participar no

Encontro Regional Centro. Como é habitual, o Centro

Local de Cucujães tem a tradição da boa organização de

encontros, não só pela longa experiência, mas também

pela dedicação que coloca em cada um. Este foi um

encontro em que se cumpriu tudo o que se tinha propos-

to. Foi um dia pleno tendo terminada com a homenagem

(mais que justa) à Irmã Con-

ceição Laranjeiro que estava

a comemorar os 60 anos de

vocação.

Já neste ano de 2012, a 10

de março, foi em Fornos de

Algodres que se realizou o

Retiro Quaresmal Centro.

Num dia que não se mostra-

va muito sorridente, o

encontro começou logo por

ser presenteado com uma

elevada participação o que

leva a querer que os nossos

jovens continuam a fazer da

quaresma um verdadeiro tempo de retiro e reflexão, que

por certo levou a uma boa preparação para a Páscoa.

Seguiu-se o Encontro Regional Centro Sub-16, em

Orgens, nos dias 9 e 10 de junho. Sobre o encontro, este

teve também aprovação geral, de onde se destacou a

excelente Celebração Mariana. Servindo o propósito para

que foi criado, eram vários os jovens sub-16, que assim

puderam ter o primeiro contacto com a JMV.

Sérgio Caseiro #Vogal de Imprensa do CR Centro

Região Centro em movimento

Atividades do Conselho Regional Norte

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No dia 20 a 22 de julho, o grupo do Catujal

realizou o acampamento em Porto Covo. A

aventura começou logo na partida e na

chegada não foi diferente, pois o suposto

parque em que íamos acampar estava abar-

rotado. Por momentos a praia pareceu-nos

a melhor solução e foi à beira da mesma

que fizemos a refeição da noite. Após o jan-

tar surge o plano B de acampar num outro

parque, e foi aí que ficámos todo o fim de

semana. Passámos os dias na praia a jogar

vólei, cartas, correr e dormir.

Na noite de sábado fizemos uma oração na

praia com membros do Centro Local de

Santigo do Cacém.

Foram ótimos dias de descanso, após um

ano cheio de atividades.

Arcelindo Gomes #CL do Catujal

No fim de semana de 21 e 22 de

janeiro, o Conselho Nacional da

Juventude Mariana Vicentina orga-

nizou um Encontro de Formação

de Animadores, em Fátima, no

qual também participaram alguns

jovens da JMV de Alferrarede.

Começámos esta formação por

perceber a importância do acolhi-

mento. O animador tem de ser

acolhedor para os jovens que che-

gam; tem de dar as boas-vindas e

mostrar aos jovens a grande graça

que é poder contar com a sua pre-

sença. Também na nossa vida é

importante saber acolher o nosso

próximo, estabelecer uma relação

de partilha e de comunhão, crian-

do laços com quem nos rodeia.

Para demonstrar a importância do acolhimento, fomos convidados a acolher as pessoas com quem nos cruzássemos

nas ruas de Fátima. Para isso, saímos à rua e distribuímos “ABRAÇOS GRÁTIS” àqueles com quem nos cruzámos. Foi

uma atividade muito rica, pelas diferentes pessoas que encontrámos e por percebermos que um simples abraço fez a

diferença no dia, na vida, de algumas pessoas.

Outro ensinamento importante deste encontro foi o de que “Comportamento gera comportamento”. Ou seja, a for-

ma como nos relacionamos com os outros influencia a forma como eles se relacionam connosco. Por isso, atitudes

positivas geram atitudes positivas, e atitudes negativas geram atitudes negativas.

O balanço deste encontro de formação é francamente positivo, pois aprendemos novas formas de nos relacionarmos

com os jovens, as quais serão um auxílio determinante para cativar os jovens para o caminho de Cristo.

António Clemente #Vogal Nacional de Informação e Comunicação

Encontro Nacional de Formação de Animadores em Fátima

Acampamento de Verão da JMV do Catujal

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No fim-de-semana de cinco e seis de Maio decor-

reu mais um Fátima Jovem, onde estiveram pre-

sentes jovens católicos, das dioceses de norte a sul

de Portugal.

No sábado tivemos um “peddy paper” nos Vali-

nhos, onde houve muita alegria e diversão, de

seguida tivemos um momento de Saudação a

Maria na capelinha das aparições. Foi um momen-

to onde nos dedicamos e rezámos por ela.

No fim da tarde decorreu um concerto no Parque 2

pela banda T, onde nos divertimos e transmitimos

a nossa alegria e entusiasmo aos outros de forma

que se divertissem como nós. No decorrer da noite

houve o rosário seguida de procissão das velas,

onde a JMV esteve presente mas de outra forma,

estivemos a ser representados por cinco elementos

que leram os mistérios. Pelo fim da noite decorreu uma vigília no auditório Paulo VI. No domingo de manhã estive-

mos a assistir a missa no recinto do santuário. Foi um encontro cheio de alegria, boa disposição, partilha, e sobretudo

muita diversão!

Cláudia Sousa #CL de Paialvo

No passado dia 20 de fevereiro de 2012 realizamos um

Baile de Carnaval com a ajuda do Grupo de Vicentinos da

nossa freguesia.

Esta atividade teve como finalidade angariar fundos para

a compra de camas articuladas para a Conferência Vicen-

tina, pois nos dias de hoje é cada vez mais importante

ajudar os que mais precisam.

O baile foi uma atividade com muito sucesso, os partici-

pantes divertiram-se muito e todos estiveram muito uni-

dos a trabalhar nesta causa.

#CL de Refontoura

Baile de Carnaval em Refontoura

Encontro Fátima Jovem 2012

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VII Encontro Nacional da Família Vicentina — Região Norte

Como todos sabemos, este ano o encontro da Família Vicentina foi feito em moldes dife-

rentes. Não porque assim o quiséssemos, mas teve de ser! Como tal, ficamos divididos

por regiões, no norte o VII Encontro da Família Vicentina realizou-se no CEO- Felgueiras,

com mais ou menos 400 pessoas representantes de todos os ramos da família.

Podia descrever tudo o que fizemos durante o dia. Podia contar-vos como foi bom o aco-

lhimento, a oração da manhã, podia mostrar-vos em palavras o quão interpelativo foi o

tema e o trabalho em grupo. Podia explicar-vos como foi o tempo de convívio, e as atividades durante o mesmo, a

Eucaristia. Podia fazer um grande texto, muito completo e bonito, mas não vou (não vamos) conseguir passar para

as palavras tudo o que sentimos, o que vivemos e aprendemos naquele dia!

Foi um verdadeiro encontro de família. A partilha, o convívio e a aprendizagem fizeram-se notar mais ainda, pelo

infeliz ou feliz contratempo das obras no Paulo XI, nos terem levado á separação por regiões.

#CR Norte

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No passado dia 21 de abril, realizou-se na associação de moradores de Ribamar, o VIII Festival Vicarial da Canção

Jovem onde os jovens de Mafra competiram por um lugar no Festival Diocesano, juntamente com os grupos da

Achada, Malveira, Milharado e Santo Isidoro.

O festival tinha como tema “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!”, citação de São Paulo na Carta aos

Filipenses. Assim sendo, foi proposto aos grupos de jovens que, inspirados nesta citação, criassem uma canção origi-

nal, que no dia 21 de Abril apresentariam ao público. Para além de serem atribuídos os prémios dos três primeiros

lugares, foram também atribuídos os prémios de melhor letra, música, canção e grupo mais animado.

Num espirito de fé, união e diversão, os vários grupos proporcionaram ao público que os acompanhou durante toda a

noite, um ambiente de animação e de alegria.

Depois de muitos ensaios, de

muitos altos e baixos, todos

atuámos e no final a canção

vencedora foi “Deixa-te envol-

ver pela fé!”, canção original da

Malveira.

Quanto a nós, jovens de Mafra,

foi com grande alegria e euforia

que recebemos o prémio de

melhor música bem como o

segundo lugar do pódio com a

nossa canção “Encontra a tua

Alegria!”.

Esta atividade serviu para unir

ainda mais o grupo e para

encontrarmos a verdadeira

alegria de Jesus Cristo.

#CL de Mafra

No passado dia 24 de março realizou-se a segunda edi-

ção do rally das sopas em S. João Evangelista. Depois

do sucesso da primeira edição a JMV em S. João Evan-

gelista decidiu apostar de novo neste evento, que con-

siste num concurso de prova de várias sopas.

Este evento trás sempre à nossa comunidade bastante

diversão num ambiente mais descontraído e de conví-

vio, houve também atuações de grupos de dança

(latina e africana).

O grupo da JMV em S. João Evangelista com este even-

to conseguiu comprar um projetor, onde irá ser utiliza-

do nas reuniões e em diversas atividades.

Por último S. João Evangelista agradece a todos aque-

les que nos ajudaram e que tiveram presentes que tor-

naram este evento mais uma vez num sucesso.

#CL de São João Evangelista

Rally das Sopas em São João Evangelista

JMV Mafra participa no VIII Festival Vicarial da Canção Jovem

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Nos passados dias 13, 14 e 15 de julho de 2012, o Grupo de Jovens JMV do Carvalhal foi convidado a representar a

freguesia do Carvalhal na 1ª edição do Festival de Doçaria e Artesanato organizado pela Sociedade Recreativa do

Souto. O Festival de Doçaria e Artesanato teve como objetivo juntar as 5 freguesias do norte do concelho de Abran-

tes: Aldeia do Mato, Carvalhal, Fontes, Martinchel e Souto, e mostrar o que de melhor se faz nelas em Artesanato e

em Doçaria.

A mostra incluiu um concurso de Doçaria e outro de Artesanato, com os produtos expostos em stands individuais na

Sociedade Recreativa do Souto. Avaliadas por um júri de 5 elementos, Carvalhal conseguiu o 1º e o 3º lugar no con-

curso de Artesanato. Além disso, a mostra

também incluiu um serviço de refeições, sen-

do a JMV de Carvalhal responsável pelo jantar

de sábado, dia 14. Ainda durante o fim de

semana houve tempo para atividades ao ar

livre, tais como caminhadas, canoagem e

paintball e ainda, no dia 15, foi celebrada pelo

padre Pedro Tropa uma missa campal no

recinto da coletividade. São iniciativas como

esta, que promovem a união e interação das

comunidades, que serão sempre bem-vindas.

#CL de Carvalhal

A Região Norte da JMV organizou, no passado dia 1 de maio, uma caminhada Mariana, na qual todos os grupos da

zona foram convidados a participar, caminhando desde os seus centros locais em direção a Felgueiras para nos jun-

tarmos todos e seguirmos até Santa Quitéria.

Talvez por ser a primeira vez que se realizou esta atividade, as expectativas eram altas e nem o mau tempo que se

fez sentir durante os primeiros minutos de caminhada impediram os jovens de seguir o seu percurso até ao fim. Par-

ticiparam cerca de 50 pessoas, contando com os jovens e todas as pessoas que se quiseram associar à atividade.

Ao longo do percurso até

Felgueiras, os grupos tinham

uns pequenos textos de refle-

xão sobre Maria e questões

para serem debatidas, de

forma a criar um espírito

peregrino e Mariano. Quando

os jovens se encontraram

organizou-se a caminhada,

recitando-se o terço até San-

ta Quitéria, onde foi celebra-

da a Eucaristia.

No fim da Eucaristia realizou-

se um almoço partilhado.

Pretendia-se iniciar o mês

dedicado a Maria com uma

atividade simples e jovem, de

forma a unir os jovens da Região Norte e a fazê-los sentir Filhos e Filhas de Maria. Após uma avaliação feita por parte

da equipa do Conselho Regional e, conscientes de que há aspetos a melhorar, considerou-se que esta atividade teve

bastante sucesso e deverá ser incluída nos planos anuais de atividades dos próximos anos.

Filipa Meneses #Presidente do CR Norte

Caminhada Mariana da Região Norte da JMV

JMV de Carvalhal participa em Festival de Doçaria

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Incentivados pela alegria que advém dos sorrisos das crian-

ças, a Juventude Mariana e Vicentina de Agilde, Sol Nascente

em Movimento, festejou o dia mundial da criança no dia 3 de

junho de 2012.

Este evento realizou-se no adro da nossa paróquia, onde não

faltou animação por parte de todos os que iam chegando ao

longo da tarde. A adesão aos jogos e brincadeiras propostos

pela JMV estendeu-se desde os mais pequenos aos mais cres-

cidos, partilhando sorrisos e boa disposição.

Vivemos num mundo em que nem sempre é atribuído o devi-

do valor ás crianças, por isso é preciso continuar a fortalecer

os laços de amizade e confiança com os pequenos que mais

tarde serão a nova geração desta grande família, a JMV.

#CL de Agilde

É do nosso conhecimento enquanto JMVs que a missão e caridade são grandes pilares da nossa instituição. Foi

assim, que numa das nossas reuniões, surgiu-nos uma ideia de aplicar estes carismas aqui na nossa paróquia: o “Chá

Vicentino”.

O mais recente projeto do nosso grupo de propõe-nos visitas mensais a

idosos que costumam estar sozinhos e que merecem alguma companhia

de nós, jovens, que temos como obrigação dar apoio a quem mais preci-

sa .

Este tipo de atividades não é apenas algo de bom para os idosos, que ao

serem visitados, arranjam companhia, atenção e animação que os tira da

rotina, mas também para nós, que temos muito a aprender com estas

pessoas que têm imenso para ensinar.

Este projeto pretende difundir o espírito Vicentino, o espírito de missão,

àqueles que tanto o necessitam. Tudo o que o grupo de jovens de Alcainça mais deseja é que o seu empenho no mes-

mo seja reconhecido por todos e, principalmente, pelos idosos que tantos estimamos.

João Luís e Carolina Pires #CL de Alcainça

Nos dias 26 e 27 de maio, realizou-se mais uma campanha

de recolha de alimentos para o Banco Alimentar Contra a

Fome, na qual foram recolhidas 68 toneladas de alimentos.

À semelhança de campanhas anteriores, a Juventude

Mariana Vicentina de Alferrarede deu a sua colaboração,

quer na arrumação dos alimentos no armazém do Banco

Alimentar de Abrantes, quer na recolha de alimentos à por-

ta do Supermercado Intermarché de Alferrarede.

A Juventude Mariana Vicentina de Alferrarede colabora

com o Banco Alimentar contra a Fome há 10 anos. Esta

colaboração não se resume às campanhas de recolha de

alimentos, pois mantém-se ao longo de todo o ano, com a

distribuição domiciliária mensal de alimentos junto das

pessoas mais carenciadas de Alferrarede.

Ana Lúcia Delgado #CL de Alferrarede

JMV Alferrarede colabora com o Banco Alimentar Contra a Fome

JMV Agilde comemora do Dia Mundial da Criança

“Chá Vicentino” da JMV de Alcainça

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Este projeto nasceu da necessidade detetada pelos jovens, de existirem crianças socioeconomicamente desfavoreci-

das e/ou crianças integradas em meios familiares desestruturados, que não beneficiam de ATL em tempos de férias

escolares, na freguesia de Paialvo. A equipa de caridade (André e eu) começou em outubro de 2010 por elaborar o

projeto, a planificar o modo de atuação e a motivar os outros jovens à participação na realização do ATL como volun-

tários. Como tal, definimos a data do ATL: 25 a 29 de Julho, o número e idade das crianças: 15 crianças dos 6 aos 10

anos, o número de voluntários com idade mínima de 16 anos. Entre outros assuntos delineámos os objetivos, os

meios humanos e materiais e principais linhas de ação. Percebemos que a equipa organizativa teria de ser alargada,

dai integrarem na equipa a Cláudia e a Nádia e podemos também contar com a colaboração das vogais de missão,

Catarina, Sofia e Vanessa.

Quanto à viabilidade financeira, embora tivéssemos uma verba

para este fim, a concretização do Projeto dependia em muito dos

patrocínios que conseguíssemos. Apesar de muitos obstáculos

conseguimos angariar patrocínios em Tomar e no Entroncamento

e até tivemos um Donativo muito generoso que garantiu a realiza-

ção do Projeto.

Mesmo assim o valor das despesas foi superior ao que estava

orçamentado. As dificuldades não pararam por aqui, não conse-

guimos concretizar tudo como havíamos planeado em tempo útil:

como contactar as famílias, os professores, os voluntários, por isso

foi necessário integrar na equipa mais uma pessoa, o Fábio.

As semanas que antecederam o ATL foram bastante intensas,

desde preparar toda a logística, organizar a estrutura do ATL,

coordenar a formação de voluntários, à gestão das equipas de

voluntários (Animadores, Logística).

A organização deste projeto foi um grande desafio principalmente

porque nunca havia planeado um projeto desta dimensão à dis-

tância; no entanto foi uma experiência muito gratificante e positi-

va. Valeu a pena saber pelos Sorrisos dos voluntários que contribuímos para a Felicidade de 17 crianças durante 5

dias. Muito bem, muito bem, muuuito bem…!

Ritalexandra Bemposta #CL de Paialvo

Como ativos e atentos que somos perante a nossa comunidade, acabamos por não ter muitos momentos de puro

lazer e oportunidade de nos conhecermos um pouco melhor como grupo. Para tal acontecer, proporcionámos um

acampamento para todos que durou 3 dias e resultou no reforço de muitos dos laços dos nossos membros.

Viajámos de comboio, e posteriormente de autocar-

ro até chegarmos ao parque de campismo de Foz do

Arelho, onde o grupo aproveitou as suas merecidas

férias. Uma coisa é certa, nunca se está completa-

mente feliz e em paz sem a presença Dele, e para

isso fizemos todos questão de O manter presente,

como sempre.

Desta grande aventura, tirámos algumas conclusões:

não deixem comida no chão das vossas tendas, por

mínimas migalhas que sejam, as formigas não per-

doam. Não entrem na água sem fazer a completa

digestão, a nós causou-nos uma longa chamada com

a saúde 24, e muito importante, nunca se esqueçam

que não há nada mais importante que reunirmo-nos à mesa com aqueles que chamamos de verdadeiros irmãos e

rezamos para que o dia de amanhã seja tão feliz como o anterior.

#CL da Achada

Acampamento da JMV da Achada

RECREIO, projeto de caridade da JMV de Paialvo 2011

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Em março, pegámos nos nossos fatos-de-treino e no espíri-

to de equipa e seguimos estrada fora a caminho do Catujal.

O torneio era composto por 3 modalidades: futsal, basque-

tebol e voleibol. A Achada manifestou-se em peso e conse-

guiu levar para casa a maioria dos prémios.

Ao final da noite, o Catujal proporcionou um momento de

descontração e dança para todos os participantes, o baile

de carnaval, com o tema: Anos 70, 80 e 90. Foi muito origi-

nal e funcionou muito bem.

Resta só dar as nossas felicitações à JMV do Catujal pela

maravilhosa organização do torneio, em nome da Seara de

Cristo, os nossos parabéns e um obrigado pela possibilida-

de de tantos momentos de descontração e diversão.

#CL da Achada

No passado dia 05 de outubro, realizou-se o VII Encontro

da Família Vicentina no Externato das Filhas da Caridade,

mais concretamente no Campo Grande (Lisboa). Alguns

jovens do nosso Grupo de Jovens juntaram-se à sua Famí-

lia havendo, durante a tarde, uma pequena animação que

esteve a cargo da Juventude Mariana Vicentina, tendo

sido a Eucaristia também animada pela JMV.

O acolhimento foi feito às 10 horas da manhã na Capela

das Irmãs, onde se pôde começar com uma pequena ora-

ção conjunta. A seguir a este momento houve uma

pequena abordagem do que era a Família Vicentina em

Portugal, como poderemos ver a seguir:

“A Família Vicentina é formada por um conjunto de congre-

gações, organismos, movimentos, associações, grupos e

pessoas que, de forma direta ou indireta, uns fundados pelo

próprio São Vicente de Paulo, outros porque têm o carisma

vicentino e a sua inspiração e dedicação aos Pobres.

Existem por todo o mundo cerca de 165 grupos, que têm

como herança comum: - O reconhecimento de São Vicente

de Paulo como fundador ou como fonte de inspiração; -

Uma acentuada orientação para o serviço dos Pobres; -

Uma espiritualidade baseada na experiência de São Vicente

de Paulo, com ênfase especial na caridade concreta e práti-

ca, vivida na simplicidade e na humildade. A Espiritua-

lidade Vicentina caracteriza-se pela sua encarnação no

mundo, por tornar visível no meio dos mais Pobres a salva-

ção que vem do Senhor.”

A sigla FAMVIN está marcada por essas linhas, simboli-

zando o compromisso com o mundo. A Missão confiada à

Família Vicentina desde São Vicente de Paulo é o anúncio

da Boa Nova aos Pobres, a partir da óptica do Cristo

Pobre. A outra missão da Família Vicentina é descobrir no

rosto de cada Pobre o rosto do Senhor Crucificado e Res-

suscitado. Cada rosto é uma imagem do Senhor que se

apresenta a nossos sentidos e questiona a vocação mis-

sionária de toda a Família.

Ricardo Paulo #CL do Sobreiro

O Encontro Nacional da Família Vicentina em Salvaterra

de Magos, correu muito bem. De manhã debatemos o

tema que era a pobreza no mundo, visualizámos alguns

powerpoints fornecidos pelo Padre Nóbrega, depois disto

em grupos fomos responder a algumas questões sobre

ser vicentinos e que poderíamos fazer para combater a

pobreza que existe em todo o mundo, mas em especial

falamos da nossa região e como seriamos capazes de

solucionar alguns problemas na nossa região. Depois jun-

támo-nos de novo para ouvir as opiniões das outras asso-

ciações vicentinas como as Conferências Vicentinas, a

JMV entre outras.

No convívio depois de almoço, a JMV realizou uma

pequena encenação sobre São Vicente Paulo. De seguida

outros grupos apresentaram o que tinham preparado .

A meio da tarde tivemos uma Eucaristia animada pela

JMV de Marinhais, no Capela perto do sitio onde estive-

mos reunidos durante o dia. E assim se passou mais um

Encontro Nacional da Família Vicentina, este ano um

pouco diferente mas muito produtivo. Bem Hajam

Ana Simões #CL de Marinhais

Torneio desportivo do Catujal

Encontro Nacional FAMVIN em Lisboa e Salvaterra de Magos

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VISITA DE NATAL AO CENTRO DE DIA DE ALFER-

RAREDE

A Juventude Mariana Vicentina de Alferrarede fez uma

visita de Natal aos idosos do Centro de Dia de Alferra-

rede, no dia 21 de dezembro às 14h, tal como tem feito

nos anos anteriores. Queríamos levar um pouco do

espírito de Natal e Alegria aos nossos “avós”.

Primeiro, fizemos uma peça sobre um anjinho que tinha

acabado de chegar ao céu. A peça invocava o verdadei-

ro sentido do Natal. Depois da peça, oferecemos aos

idosos uns anjos de cartolina com uma palavra em

cada. De seguida, falamos um pouco com os idosos, partilhando experiências e emoções, cantámos canções de

Natal e lanchámos com eles. Para o próximo ano esperamos lá estar outra vez com a nossa alegria e com a boa dis-

posição com que somos sempre recebidos!

Tiago Pedro #CL de Alferrarede

FESTA DE NATAL JMV PARA CRIANÇAS CARENCIADAS

DA PARÓQUIA DE ALFERRAREDE

No dia 22 de dezembro de 2011 realizou-se mais uma

festinha de Natal para as crianças das famílias carenciadas

que a JMV de Alferrarede apoia no âmbito da distribuição

domiciliária de alimentos.

Durante a tarde as crianças puderam desenhar e decorar

anjos de Natal, ver um filme sobre “A verdadeira história do

Capuchinho Vermelho”. Depois de visualizar o filme, ainda

puderam assistir e participar numa peça de teatro de Natal.

No final da peça, tiveram a visita especial do Pai Natal, com

as suas renas. Como as nossas crianças se portaram bem ao longo do ano, o Pai Natal brindou-as com presentes.

No final desta tarde divertida ainda foi possível partilharmos um lanchinho delicioso com as nossas crianças, antes de

partirem para as suas casas.

Pedro Dias #CL de Alferrarede

VISITA DE NATAL ÀS CRIANÇAS DO CENTRO SOCIAL

DE ALFERRAREDE

No dia 27 de dezembro de 2011 a Juventude Mariana

Vicentina foi ao Centro Social de Alferrarede fazer um

teatro para as crianças.

A JMV fez um pequeno teatro sobre o Natal, com repre-

sentação dos cinco continentes (África, Europa,

Ásia, América e Oceânia). Nesta peça de teatro, o repre-

sentante de cada continente levava um objeto para ofer-

tar ao menino Jejus: África levou fruta, Europa levou uma

mantinha para aquecer os pezinhos do Menino Jejus,

Ásia levou arroz, América levou café e a Oceânia levou

um cordeiro. Após a peça de teatro, cantámos músicas

de Natal para as crianças, e as crianças também canta-

ram uma música para nós. Eu gostei muito de estar com aquelas crianças! Foi muito giro!

Maria Cheles #CL de Alferrarede

Natal solidário da JMV de Alferrarede

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No passado dia 13 de Novembro tivemos a alegria de ter entre nós o Conselho Nacional e Regional Norte da Juventu-

de Mariana Vicentina (JMV); foi um encontro muito gratificante pois percebemos que todos estão unidos a nós e aos

mais diversos centros locais para que possamos crescer cada vez mais como pessoas.

Iniciamos o nosso encontro com a

participação de todos na Eucaristia

que animamos com os nossos cânti-

cos.

Quando terminou a Eucaristia fize-

mos uma pequena reunião para nos

conhecermos uns aos outros bem

como partilhar todas as nossas ati-

vidades e vivências.

De seguida almoçamos todos jun-

tos num ambiente de muita cumpli-

cidade, percebemos mais uma vez

que não estamos sozinhos na nossa

caminhada.

É bom saber que a distância é um

obstáculo que podemos ultrapassar com força de vontade de crescer em Igreja.

Temos assim na JMV uma escola para formar homens e mulheres que vivem e pensam nos outros.

#CL de Refontoura

A 21 de Abril de 2012, realizou-se a 11º edição do Festival

Vicarial da Canção, onde a Achada ficou na terceiro lugar

do pódio com o tema: És o Herói em Mim e levou também

para casa o titulo de melhor claque. O festival realizou-se

em Santo Isidoro, Ribamar e contou com a presença de

quase todos os grupos da Vigararia.

#CL da Achada

JMV da Achada participa no XI Festival Vicarial da Canção

Visita do Conselho Nacional à JMV de Refontoura

Ao terminar 2011, o grupo da JMV de Cernache do Bonjardim, resolveu criar uma atividade para as crianças do 1.º ao

4.º ano da cate-quese surgindo assim os ateliers de Natal

“Queremos ser esperança”. O objetivo era mostrar aos mais

pequenos o que é ser esperança e ensiná-los a dar alegria a

quem a perdeu. Durante essas três produti­vas tardes, com a

nossa ajuda, cons­truíram presépios, pintaram boiões que

foram levar aos idosos do lar e do centro de dia.

Os nossos “avós”, que nem sempre têm quem vá ao encontro

deles, já ficavam tão contentes com a presença só do grupo

quanto mais ao ver os pequeninos…

Para mim esta atividade foi muito importante, pois foi uma

for­ma de estabelecer várias pontes: en­tre o grupo de jovens e as crianças, e entre as crianças e os idosos, aos quais

conseguimos levar um sorriso e um pouco de esperança na época natalícia.

Patrícia Jacinto #CL de Cernache Do Bonjardim

Ateliers de Natal “Queremos Ser Esperança!”

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Mais um ano e, já pela segunda vez dirigimo-nos à bela vila de Castelo de Vide para mais um Acantonamento. Este

ano o tema era “Mãe, estou aqui!” e como tal as espectativas eram altas, tendo em conta que o último acantonamen-

to sobre Maria era (quase) unanimemente referido como o melhor de sempre.

À semelhança do ano anterior, muitos eram que se estreavam naquelas

andanças e, como tal, a confusão/curiosidade e a desconfiança eram

visíveis no rosto de alguns. Depois de uma intensa celebração peniten-

cial que lavou os olhos de todos os presentes, dirigimo-nos para uma

fogueira, onde escutamos os já tradicionais testemunhos sobre a consa-

gração a Maria, que deixaram alguns curiosos, outros receosos e outros

simplesmente baralhados.

Ao fim de uns dias a discutir o tema conseguíamos sentir que mesmo os

que não se sentiam muito próximos de Maria começavam a ver que

havia qualquer coisa de especial nela… Num dos momentos mais mar-

cantes do encontro, o terço “das velhas”, uns tentavam perceber se os

chamavam ou não a consagrar-se, outros tentavam lembrar-se das coi-

sas discutidas em comunidade e sentir cada palavra das orações que

repetiam. Chegado o momento da consagração, um grupo de jovens

dirige-se ao altar para se comprometer com Maria. Ao ver aquele gesto,

muitos dos presentes se emocionaram, ao recordar-se do momento em

que também eles fizeram a consagração e rapidamente uma onda de

abraços tomou conta da igreja. Era visível que não estávamos sós e que

o Espírito Santo de facto descera àquele local… Mas não era tudo! Momentos depois fez-se também a consagração

do encontro a Maria e aí sim, todos sem exceção se emocionaram e as lagrimas corriam na cara dos presentes! P

ara mim, Maria não só aceitou como agradeceu abraçando e acarinhando todos os que ali se encontravam… Ao fim

do encontro, todos saiam de ali com novas amizades, laços fortalecidos e, sobretudo, a certeza de que têm uma mãe

no céu a olhar por eles.

Alexandra Cruz #CL de Alcainça

Foi no passado dia 14 de julho que se realizou mais uma edição do “JMV Sem Fronteiras”. Desta vez escolhemos a

freguesia de Vila Fria para as atividades da parte da manhã e Pombeiro para a tarde.

Tal como se previa, o dia foi muito divertido e cheio de atividades lúdicas que permitiu mostrarmo-nos e apresentar-

mo-nos aos jovens das nossas paróquias, que foram convidados e estiveram presentes, como um movimento de

jovens alegres e dinâmicos. Estivemos

cerca de 40 jovens, contando com 5

jovens da zona Sul que nos presentearam

com a sua alegre presença.

Da parte da manhã foi feito um peddy-

paper em Vila Fria, num dos percursos

pedestres, entre pistas e algumas partidas

feitas entre equipas, todos os jovens che-

garam ao Parque de Campismo de Vila

Fria para almoçar, local fresco, jovem e

agradável, cedido pela Câmara Municipal

de Felgueiras para a nossa atividade!

Após o almoço bem reforçado, seguimos

para o grandioso Mosteiro de Pombeiro,

onde se seguiram jogos tradicionais, lan-

che, entrega de prémios e a Eucaristia celebrada pelo Sr. Padre Horácio.

Filipa Meneses #Presidente do CR Norte

JMV Sem Fronteiras na Região Norte

XV Acantonamento JMV em Castelo de Vide

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O nosso grupo de jovens da paróquia de S.

Miguel (Lousada), realizou no dia 3 de

setembro a Peregrinação da Paróquia de S.

Miguel a Fátima, dinamizando-nos com os

dons recebidos do Pai, ao serviço da Comu-

nidade.

O dia começou bem cedo, mas logo animado

com a presença do Padre Fernando. Ao che-

gar a Fátima realizamos a Via Sacra nos Vali-

nhos até á Capela dos Húngaros, onde parti-

cipamos na Eucaristia, organizada pelo nos-

so grupo. Após o almoço na casa das Irmãs

em Fátima assistimos ao rosário na Capeli-

nha das Aparições. De regresso a casa fize-

mos uma pequena paragem na freguesia UL

para fazermos um lanche convívio, onde

todos se divertiram a partilhar as experiên-

cias vividas naquele dia.

Esta peregrinação teve como objetivo central criar um elo cada vez mais forte na comunidade Paroquial. Nesta pere-

grinação todos fomos capazes de dar testemunho da fé cristã, motivados a ir ao encontro do Pai, valorizando a ora-

ção como meio de proximidade a Deus. Sendo uma peregrinação e não um passeio, procuramos sempre estar em

contacto permanente ao Pai, refletindo sobre o nosso ser, estar e fazer como cristãos, trazendo sementes daquela

peregrinação, para serem lançadas à terra da Paróquia.

#CL de São Miguel

Foi no passado dia 5 de maio que se realizou o segundo retiro do grupo de jovens, em Sobreira Formosa.

Com o coração aberto para acolher Jesus e Maria, começámos esta longa jornada. Na parte da manhã tivemos como

tema “Caminhar com Maria”. O grupo fez uma caminhada pela vila da Sobreira e pela floresta. Ao longo desta cami-

nhada o grupo pôde rezar a Maria e, ao mesmo

tempo, divertir-se com jogos que tinham sempre

uma moral, para além da brincadeira. Cada um

teve a oportunidade de “carregar a cruz” e, no

meio da dor, do sofrimento, do sacrifício e

renúncia, sentir amor de Deus que nos tocava a

cada passo.

Depois de uma manhã profunda, mas cansativa,

fomos almoçar para carregar energias. À tarde,

tivemos como tema “Caminhar com Cristo”

onde tivemos um momento de reflexão onde

pudemos pensar na nossa “mãe Maria”. Neste

mês de Maio, que é tão especial para nós, jovens

Marianos, pedimos a Maria que olhasse por

todos nós, que nos dê a paz e que nos conduza

até ao Pai! O grupo tinha ainda feito mais planos

no âmbito do tema da tarde, mas estes ficarão

para um dia mais tarde. Em ambiente de alegria, o grupo ainda teve tempo para fazer umas pequenas pagelas em

forma de coração para dar a todas as mães no Domingo seguinte, Dia da Mãe.

Este foi sem dúvida um dia cheio, em que reafirmámos a nossa fé como jovens marianos e vicentinos e como grupo.

Já estamos ansiosos pelo III Retiro.

Patrícia Cardoso #CL de Sobreira Formosa

JMV Sobreira Formosa: II Retiro “Caminhar com Jesus e Maria”

Peregrinação a Fátima da JMV de São Miguel

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No dia 23 de outubro realizou-se o X Encontro do Idoso da paróquia de S. Miguel (Lousada) organizado pelo nosso

grupo. Vivemos uma tarde onde todos os presentes se sentiram jovens. As dinâmicas que realizamos nessa tarde,

peças de teatro, músicas, entre outras que permitiam a

interação com os idosos, fizeram com que se expressas-

sem alguns sorrisos. Existe algo mais bonito e satisfatório

do que o sorriso de alguém? Cremos que não, e o destes

idosos é particularmente compensador uma vez que é

puro.

Este Encontro contou com a especial presença da Sr.ª Dr.

Cristina Moreira, Vereadora do Pelouro da Juventude e

Ação Social da Câmara Municipal de Lousada, que felici-

tou esta atividade pois era notável o quanto produtiva

tinha sido.

O Encontro terminou com um lanche onde podemos

estar mais de perto com os Idosos e perceber que real-

mente tínhamos sido capazes de proporcionar momen-

tos muito especiais àqueles idosos, momentos em que foram capazes de sentir o jovem que ainda vive dentro deles.

#CL de São Miguel

No dia 10 de Março, ao Juventude Mariana Vicentina

rumou a Mem Soares para mais um Encontro da Família

Vicentina ao nível da diocese de Portalegre-Castelo Bran-

co.

E por falar em Família,

este encontro não pode-

ria abordar melhor tema

do que: “Família e Evan-

gelização”. Neste encon-

tro estiveram presentes

vários ramos da Família

Vicentina: As Filhas da

Caridade; Sociedade de S.

Vicente Paulo; Juventude

Mariana Vicentina; Asso-

ciação da Medalha Mila-

grosa; Colaboradores da

Missão Vicentina; Con-

gregação da Missão;

Associação Internacional

das Caridades.

Este dia começou com

uma apresentação dinâ-

mica de todos os grupos e com muita animação das adu-

feiras de Idanha-a-Nova e dos grupos JMV presentes.

Pessoas vindas de vários pontos da diocese partilharam

as suas experiências vicentinas.

O Padre Américo deu-nos “um pouco de si” falando sobre

o tema. Começámos por uma leitura de S. Lucas que nos

falava da missão dos discípulos de Jesus. A Evangelização

é o nosso caminho, enquanto discípulos, comunicar aqui-

lo que nos faz felizes. “Somos um pequeno rebanho”,

“uma minúscula semente” que tem de fazer a

“fermentação da massa”. Alimentar a fé em nós é o desa-

fio que nos é colocado.

É na nossa família, no

nosso “pequeno reba-

nho” que devemos

semear e “minúscula

semente” e continuar a

alimentá-la. A Família

Cristã é o primeiro

caminho para a Evange-

lização. Esta Comunhão

da Família deve fazer-se

no e para o Mundo, tes-

temunhando este amor

em cada dia.

O almoço foi o momen-

to privilegiado para o

convívio entre mais

novos e mais velhos,

enfim entre todos nós

que só temos um objeti-

vo comum: o carisma vicentino. A tarde deu lugar a um

trabalho de grupo orientado pela Irmã Margarete, em

que tivemos desenvolver o tema da manhã. Terminámos

este belo dia com a Eucaristia celebrada pelo Pe. Américo

e animada pela JMV.

Sofia Dias #CL da Sobreira Formosa

Encontro Regional da Família Vicentina em Mem Soares

JMV de São Miguel organiza Dia do Idoso

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No fim-de-semana 15 e 16 de outubro 2011, o grupo de jovens do Carvalhal e o grupo de jovens do Sardoal juntaram-

se e iniciaram a sua caminhada até Fátima.

Às 6 da manhã, os dois grupos já estavam junto à igreja de Nos-

so Senhor dos Aflitos, para fazer uma oração de envio, junto

dos nossos pais e do Senhor Padre Pedro. E foi assim que se

iniciou a caminhada até Fátima.

Caminhámos cerca de oito horas e meia até Paialvo, local onde

por volta da hora de almoço chegámos e onde ficámos a des-

cansar durante a tarde. Pelas 20h jantámos e de seguida partici-

pámos numa oração feita pelo grupo de jovens de Paialvo. Cer-

ca da meia-noite fizemo-nos novamente à estrada.

Chegámos ao Santuário de Fátima pelas dez horas da manhã:

doía-nos tudo, mas assim que entrámos no Santuário, parecia

que todas as nossas dores tinham desaparecido - “Senti que o cansaço tinha passado, que Deus e Nossa Senhora nos

ajudaram a ultrapassar as dificuldades...”. Ao chegar, muitos choravam, não de tristeza, mas sim de alegria por ter-

mos conseguido atingir o nosso objetivo. Afinal, “a Fé é maior que o cansaço”.

Inês Vermelho #CL de Carvalhal

Seguindo as tradições do concelho de Celorico de Basto,

tivemos a honra de ser convidados a representar a nossa

freguesia, Agilde, no cortejo etnográfico, no dia 29 de

Julho, cujo tema se baseia nos costumes das aldeias. Assim

consegue-se manter vivas as memórias dos velhos tempos

tão humildes e felizes.

A JMV levou a cabo um tema dos anos 40 e muito falado

que é “ A aldeia da roupa branca”, acompanhados da tradi-

cional “Tasquinha da calçada”. Com esta iniciativa, conquis-

tamos a união, despertamos a curiosidade dos jovens para

aderirem a este movimento e demo-nos a conhecer á popu-

lação celoricense e arredores.

#CL de Agilde

Mais um ano passado e nós vol-

tamos a pegar no nosso trenó,

com duas rodas (as bicicletas) e

fomos distribuir mais um pouco

de alegria às crianças da nossa

paróquia.

Na véspera de Natal dia 24 de

Dezembro montámos nas nos-

sas bikes e voltamos a distribuir

chocolates vestidos de pais

natais, conseguindo manter o espírito natalício, esperando que esta iniciativa continue para o próximo ano. De bici-

cleta, de trenó, ou de qualquer outra forma era bom que as crianças de todo o mundo pudessem ter algo que as ale-

grasse no Natal. Mas como é difícil mudar o mundo, tentamos alegrar as crianças que nos rodeiam.

#CL de Refontoura

Pai Natal passa em Refontoura

Peregrinação a Fátima a pé da JMV de Carvalhal

Cortejo Etnográfico em Agilde

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Quinze audazes jovens decidiram aceitar o convite do CR Norte e participar no retiro quaresmal no passado fim de

semana, tendo este início na sexta-feira por volta da 22h. Os trabalhos começaram com uma pequena dinâmica de

grupo e um momento orante diante da Cruz.

O sábado começa bem cedinho com um pequeno almoço sempre controlado pelo João Pedro Ferreira seguido da

oração da manhã. Nesta manhã dedicamos tempo ao "Encontro comigo mesmo", com textos de Paulo Geraldo e

Max Ehrmann que a Isabel tão bem escolheu nesta parte do tema,

que nos fizeram parar, escutar o nosso silêncio e entrar em conflito

connosco mesmos.

Feito a descoberta do nosso "Eu", foi hora de partir ao "Encontro

com Deus" e há algo que exprime bem o nosso estado de espírito

durante esse encontro:

" Senhor, meu Deus, o teu silêncio confunde-me.

Onde estás? Onde te escondeste?

Nem sabes como te tenho procurado.

já não tenho forças para procurar mais!

Disseram que te podia encontrar nas igrejas.

Entrei em várias e não te encontrei!

Procurei-te em todo o lado, desde os que me rodeiam,

até fui ao mar; mesmo aí, Tu não estavas.

Ao procurar-te vi tanta dor, tanto sofrimento, tantas lutas, invejas,

tudo me confunde,

e Tu onde é que estás? Estou perdido,

desisto de procurar, não posso mais.

É então, que Tu surges dentro de mim.

É incrível! Todo este tempo te procurei, e Tu estavas dentro de mim,

corres-te para onde eu corri, viste tudo o que eu vi.

Estavas dentro de mim, só que eu estava tão

preocupado em encontrar-te que não te vi, não te senti.

É no silêncio que Tu estás, dentro de nós,

é no silêncio que te podemos escutar.

É no teu silêncio que acolhes o meu silêncio.

Tu estás sempre.

Obrigado pelo teu silêncio.

Obrigado pela tua disponibilidade, pelo teu acolhimento.

Obrigado pela liberdade.

Obrigado pela tua presença, porque sempre estás!

Ajuda-me a ser peregrino, a procurar-te sempre

mais na humildade e no silêncio."

Neste mesmo dia, foi tempo para celebração penitencial e

vigília Mariana. A celebração penitencial foi muito especial,

dividida em duas partes: entre o fogo que queimou as nossas

faltas e a água que nos purificou e nos fez relembrar o nosso

Batismo. Já a vigília Mariana foi, digamos que diferente. Ape-

nas com alguns textos, cânticos e experiência pessoal, esta

celebração foi muito "nossa". É na manhã de domingo que

surge o "Encontro com Jesus". Durante a caminhada na quin-

ta, Ele faz-se ver de muitas formas pedindo-nos até para assu-

mir um compromisso com Ele.

O retiro quaresmal termina com a plantação de uma figueira,

simbolizando assim o que ali foi descoberto em nós e com a

Eucaristia ao ar livre.

#CR Norte

Retiro Quaresmal da Região Norte

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No passado dia 11 de Março foi o último dia da semana da Cáritas

portuguesa. Recentemente a nossa paróquia associou-se a esta

instituição e portanto decidimos dedicar este Domingo a este

mesmo movimento solidário, para também assim dar a conhecer

à nossa comunidade o importante papel da Cáritas. Foi logo no

início da nossa Eucaristia que apresentámos um vídeo que fazia

uma breve apresentação de tudo aquilo que a Cáritas precisa

enfrentar, os seus objetivos e ambições bem como um incentivo à

participação de todos! Tudo isto num vídeo chamativo repleto de

cor e movimento acompanhado de uma lindíssima melodia…

É de valorizar o contributo que a comunidade paroquial deu, não

só no ofertório que reverteu a favor desta mesma instituição, mas

também na venda de bolos de nossa iniciativa. Enquanto JMV

recebemos de Vicente o carisma solidário, e portanto não podíamos deixar de o ser!

Sê solidário, pois: “Edificar o bem comum é tarefa de todos e de cada um!”

Maria Cardoso #CL de Sobreira Formosa

Na Juventude Mariana Vicentina vive-se perante a solidariedade e caridade para com todas as pessoas, dando espe-

cial afeto àqueles que necessitam de mais atenção, como a população idosa. É neste pensamento que surge a ideia

de fazer, continuamente, a visita aos idosos de maneira a dispersa-los por

meros momentos da solidão, vivendo em fraternidade com todos os

jovens integrados na visita.

É gratificante como um simples convívio de oração pode revelar sorrisos

tão verdadeiros e felizes que transformam e os trazem de novo á vida. É

um gesto que encanta tudo e todos com a sua magia.

Assim se diz na tradição “ Não faças aos outros o que não queres que te

façam a ti…”.

#CL de Agilde

O nosso grupo, de S. Miguel (Lousada) realiza durante o ano algumas visi-

tas aos idosos e doentes da freguesia, esta atividade é das mais produti-

vas para o nosso grupo pois ao amar o próximo, ao fazê-lo feliz ficamos

felizes também porque esta partilha é algo que nos completa/preenche. E

cada abraço, cada beijo, cada palavra amiga que recebemos deles são simples gestos que demonstram que se sen-

tem amados, isso faz-nos sentir especiais, nós marcamos a diferença nas suas vidas. É tão bom ouvir um humilde

“Obrigado!”. É desta que esta atividade se torna muito enriquecedora, gratificante e inesquecível tanto para nós

como para os idosos e doentes.

#CL de São Miguel

JMV de Agilde e JMV de São Miguel visitam idosos e doentes

Comemoração do Domingo da Cáritas

No dia 20 de novembro, realizou-se na Refontoura o magusto paroquial e, como não

poderia deixar de ser lá estivemos a organizar os jogos tradicionais.

Foi uma tarde bem passada comendo castanhas quentinhas acompanhadas pelo bom

vinho da terra e com a diversão que os jogos tradicionais despertam nas pessoas.

#CL de Refontoura

Magusto Paroquial em Refontoura

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Apresento, em seguida, um brevíssimo resumo da Carta Apostólica de Bento XVI,

«A Porta da Fé», pois, penso ser um excelente subsídio pastoral que deve ser

conhecido e tido em conta na hora de definir os objetivos e de programar as ativi-

dades do próximo Ano Pastoral.

1. A«Porta da fé» (cf. At 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e

permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós.

É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se

deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessá-la implica embrenhar-se num

caminho que tem início no batismo e apenas conclui com a passagem através da

morte para vida eterna.

2. O Papa recorda como tem insistido desde o início do seu pontificado na necessidade de redescobrir o caminho da

fé para fazer brilhar a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Constata que muitas vezes os cris-

tãos preocupam-se mais com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé. Enquanto

no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteú-

dos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje, parece que, em grandes sectores da sociedade, já não é assim, devido

a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.

4. Daí a decisão de proclamar um Ano da Fé, que se iniciará a 11 de Outubro de 2012 e terminará na solenidade de

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo a 24 de Novembro de 2013. Sublinhado com a comemoração do cinquen-

tenário do II Concílio Vaticano e os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica e a realização da Assem-

bleia Geral do Sínodo dos Bispos (Outubro 2012): A nova evangelização para a transmissão da fé Cristã.

6. Em um dos documentos do Concílio afirma-se: «que a renovação da Igreja realiza-se através do testemunho pres-

tado pela vida dos crentes» (LG 8), nesta perspetiva, o Ano da fé, deve ser acolhido com um convite a uma autêntica

e renovada conversão ao Senhor.

7. E, sublinha o Papa, hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor de uma nova evangelização, para

descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Com efeito, a fé cresce quando é

vivida como experiência de graça e de alegria.

9. Por tudo isto, nos convida o Santo Padre a confessar a fé com renovada convicção; por exemplo a fazer do Credo

nossa oração diária; a intensificar a celebração da fé, particularmente na Eucaristia; e a um testemunho de vida que

cresça na credibilidade. Em suma, a descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada.

10. Que nas comunidades cristãs, diz o Papa, se organizem percursos que ajudem a compreender melhor os conteú-

dos da fé e o ato pelo qual decidimos entregar-nos a Deus (cf. Rom. 10, 10). O conhecimento dos conteúdos não é

suficiente, no entanto, é essencial para se dar o próprio assentimento com inteligência e vontade. Por isso, o assenti-

mento prestado implica que, quando se acredita, se aceite livremente todo o mistério da fé.

11 e 12. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem e devem encontrar no Catecismo da Igreja

Católica um subsídio precioso e indispensável, nomeadamente, como grande instrumento de apoio para quantos

têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural.

13. Será decisivo, igualmente, repassar os dois mil anos da história da nossa fé e recordar o mistério insondável da

santidade entrelaçada com o pecado.

14. Recorda o Papa, a concluir, que O Ano da Fé é, por tudo isso, uma ocasião propícia também para intensificar o

testemunho da caridade. A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemen-

te à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente. É a fé que permite reconhecer Cristo sempre que se

faz próximo de nós nos pobres e doentes.

15. Afé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do ressuscitado no mundo.

Assim o possamos meditar para redescobrir a alegria de crer e de comunicar, testemunhando com obras e verdade, a

fé em que, pelo batismo, fomos enxertados.

p. Fernando Soares, CM #Assessor Nacional

Reflexões do Assessor Nacional sobre a Carta Apostólica do Papa Bento XVI

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