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Ceará em Brasília Ceará em Brasília CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA Impresso Especial 9912205638/DR/BSB Casa do Ceará em Brasília CORREIOS Jornal da Casa do Ceará Ano XXIII - 240 - Junho de 2012 www.casadoceará.org.br Editorial, pág.2 Expediente, pág.2 Espaço Luciano Barreira - Exigências da vida moderna, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá - Avenida Beira Mar, pág. 3 Cid Gomes recebeu o presidente da Diageo que comprou a Ypíoca, pág. 4 Anúncio de José Lírio, pág. 4 Chesf vai investir R$ 384 mi em linhas de transmissão no Ceará até 2014, pág. 5 UniCEUB também em Taguatinga, pág. 5 Transplante de rim: 1ª central de perfusão da América Latina é do HGF, pág. 5 Anúncio da Marquise, pág. 5 Leituras I - A CPI e os Jogos, de João Soares Neto, pág. 6 Leituras II - Brasília Cinquentona, de Elício Pontes, pág. 6 Comportamento - Novo Incêndio na Rede Globo (Não consigo fica calado), de Durval Aires Filho, pág. 6 Leituras III - Lúcio Paco Brasileiro no Espaço e no Tempo e um Pedaço do Ceará em Brasília, de Wilson Ibiapina, pág. 7 Anúncio do Uniceub, pág. 7 Leituras IV - A “visão profética”.de Mauro Sampaio, de José Jézer de Oliveira, pág. 8 CNM calcula que desonerações do IPI causam impacto de R$ 500 mi, pág. 8 Leituras V - Acopiara - Eita Brazilzão sem porteira. de JB Serra e Gurgel, pág. 9 Gomes de Matos registra novo estúdio da TV Diário do Nordeste em Fortaleza, pág. 9 Anúncio do Governo do Estado do Ceará, págs. 10 e 11 Leituras VI - A toga e o Punhal, de J. Ciro Saraiva, pág. 12 Entrevista com Lira Neto - O poder é meu objeto central de interesse, afirma, pág. 12 Leituras VII - Arroz de marisco em Portugal, de Lustosa da Costa, pág. 13 O Nordeste presente na Rio + 20 - Carta da Caatinga foi apresentada no Rio + 20, pág. 13 Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 14 Leituras VIII - Enquanto isso no Interior do Ceará. Histórias, de Nelson Faheina, pág. 15 Governador Cid Gomes inaugurou a nova Perícia Forense do Ceará, pág. 15 Senado aprova criação de 77 mil cargos para instituições federais de ensino, pág. 15 Tribunal de Justiça do Ceará promove 31 juízes para Comarcas do Interior, pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Ministro dos Portos prestigiou instituições do Ceará, pág. 17 Fábrica de tuneladoras norte-americana quer se instalar no Ceará, pág. 17 Anúncio da Aguiar de Vasconcelos, pág. 17 Pagina da Mulher - Atores de todos os tempos, de Regina Stella, pág. 18 Receitas da culinária cearense, pág. 18 Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas, diz estudo, pág.18 Leitura IX - Humor Negro e Branco Humor, Como Vovó já dizia.., pág. 19 Usina pioneira na América Latina já está pronta no Ceará e foi lançada na Rio+20, pág. 19 Petrobrás adia Comperj e refinarias do Ceará e do Maranhão, pág.19 Anúncio do Beach Park, pág. 20. Leia nesta edição Festa Junina da Casa foi um sucesso, mais de tres mil pessoas presentes. Leia mais na pág. 20 Chico Lopes (PCdoB) Gomes de Matos (PSDB) Tiririca (PR) Mauro Benev ides (PMDB) João Ananias (PCdoB) Murilo Forte (PMDB) André Figueiredo (CE) Câmara dos Deputados prestou homenagem ao humorista Chico Anysio. Leia mais na pág. 8 Petrobras adia Comperj e refinarias do Ceará e do Maranhão. Leia mais na pág. 19 Medalha Miranda Lima nos 52 anos da OAB/DF foi uma festa que reuniu advogados do DF. Leia mais na pág. 4 ministro Ayres de Brito, do STF Caputo, Ophir, Ayres e Marco Maia ministro Raul Araújo Filho, do STJ Weber Holanda Alves,da AGU Osmar Alves de Melo, Casa do Ceará Fotos de Valter Zica, da OAB/DF Confraria dos Cearenses e Casa do Ceará desagravam e homenageiam o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. Tribunal de Justiça do Ceará promove 31 juízes para Comarcas do Interior. Leia mais na pág. 16

Jornal Junho 2012

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Jornal da Casa do Ceará

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Ceará em BrasíliaCeará em BrasíliaCORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

ImpressoEspecial

9912205638/DR/BSBCasa do Ceará em Brasília

CORREIOS

Jornal da Casa do Ceará Ano XXIII - 240 - Junho de 2012www.casadoceará.org.br

Editorial, pág.2Expediente, pág.2Espaço Luciano Barreira - Exigências da vida moderna, pág. 2Conversando com o Leitor, pág. 2Samburá - Avenida Beira Mar, pág. 3Cid Gomes recebeu o presidente da Diageo que comprou a Ypíoca, pág. 4Anúncio de José Lírio, pág. 4Chesf vai investir R$ 384 mi em linhas de transmissão no Ceará até 2014, pág. 5UniCEUB também em Taguatinga, pág. 5Transplante de rim: 1ª central de perfusão da América Latina é do HGF, pág. 5Anúncio da Marquise, pág. 5Leituras I - A CPI e os Jogos, de João Soares Neto, pág. 6Leituras II - Brasília Cinquentona, de Elício Pontes, pág. 6Comportamento - Novo Incêndio na Rede Globo (Não consigo fica calado), de

Durval Aires Filho, pág. 6Leituras III - Lúcio Paco Brasileiro no Espaço e no Tempo e um Pedaço do Ceará

em Brasília, de Wilson Ibiapina, pág. 7Anúncio do Uniceub, pág. 7Leituras IV - A “visão profética”.de Mauro Sampaio, de José Jézer de Oliveira, pág. 8CNM calcula que desonerações do IPI causam impacto de R$ 500 mi, pág. 8Leituras V - Acopiara - Eita Brazilzão sem porteira. de JB Serra e Gurgel, pág. 9Gomes de Matos registra novo estúdio da TV Diário do Nordeste em Fortaleza,

pág. 9Anúncio do Governo do Estado do Ceará, págs. 10 e 11Leituras VI - A toga e o Punhal, de J. Ciro Saraiva, pág. 12Entrevista com Lira Neto - O poder é meu objeto central de interesse, afirma,

pág. 12Leituras VII - Arroz de marisco em Portugal, de Lustosa da Costa, pág. 13O Nordeste presente na Rio + 20 - Carta da Caatinga foi apresentada no Rio + 20,

pág. 13Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 14Leituras VIII - Enquanto isso no Interior do Ceará. Histórias, de Nelson Faheina,

pág. 15Governador Cid Gomes inaugurou a nova Perícia Forense do Ceará, pág. 15Senado aprova criação de 77 mil cargos para instituições federais de ensino, pág. 15Tribunal de Justiça do Ceará promove 31 juízes para Comarcas do Interior, pág. 16Anúncio da Nacional Gás, pág. 16Ministro dos Portos prestigiou instituições do Ceará, pág. 17Fábrica de tuneladoras norte-americana quer se instalar no Ceará, pág. 17Anúncio da Aguiar de Vasconcelos, pág. 17Pagina da Mulher - Atores de todos os tempos, de Regina Stella, pág. 18Receitas da culinária cearense, pág. 18Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas, diz estudo, pág.18Leitura IX - Humor Negro e Branco Humor, Como Vovó já dizia.., pág. 19Usina pioneira na América Latina já está pronta no Ceará e foi lançada na

Rio+20, pág. 19Petrobrás adia Comperj e refinarias do Ceará e do Maranhão, pág.19Anúncio do Beach Park, pág. 20.

Leia nesta edição

Festa Junina da Casa foi um sucesso, mais de tres mil pessoas presentes. Leia mais na pág. 20

Chico Lopes (PCdoB) Gomes de Matos (PSDB)Tiririca (PR)Mauro Benev ides (PMDB) João Ananias (PCdoB) Murilo Forte (PMDB) André Figueiredo (CE)

Câmara dos Deputados prestou homenagem ao humorista Chico Anysio. Leia mais na pág. 8

Petrobras adia Comperj e refinarias do Ceará e do Maranhão. Leia mais na pág. 19

Medalha Miranda Lima nos 52 anos da OAB/DF foi uma festa que reuniu advogados do DF. Leia mais na pág. 4

ministro Ayres de Brito, do STF Caputo, Ophir, Ayres e Marco Maia ministro Raul Araújo Filho, do STJ Weber Holanda Alves,da AGU Osmar Alves de Melo, Casa do Ceará

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Confraria dos Cearenses e Casa do Ceará desagravam e homenageiam o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel.

Tribunal de Justiça do Ceará promove 31 juízes para Comarcas do Interior. Leia mais na pág. 16

Page 2: Jornal Junho 2012

Ceará em Brasília2Junho/12

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Edit

oria

l

Pela primeira vez, apesar da forte seca que agride o Ceará, não se vê nenhum movimento para arrecadação de ajuda aos flagelados.

A seca pode ser braba mas há notícias de que os reservatórios do Ceará aguardam água para atravessar a estiagem, aguardando-se tão somente uma operação - de preferência sem política -para disatribuição da água as comunidades que dela precisam. Ultimamente, isto vem sendo feito no Nordeste pelo Exército brasileiro que reduz a possibilidade criminosa de uma facção política privar um grupo de pessoas de água.

Antigamente, tinhamos campanhas nacio-nais para socorrer os flagelados.

O pior: tínhamos a debandada dos cearen-ses e dos Nordestinos para o Sul Maravilha. Os paus de arara trouxeram milhões. Hoje, a polícia rodoviária é capaz de prender os mo-toristas e os flagelados, dada a precaridade do transporte alternativo. Como se eles tivessem alternativa de viajar de avião ou ônibus leito.

De qualquer forma, o que estamos vendo é que os dois movimentos foram estancados.

A política de renda mínima, assistencialista, está prendendo os nordestinos nas suas terras, nos seus sitios, nas seus seus distritos e cidades. O tempo da esmola está indo embora. No fundo, gostariam mesmo de ter trabalho e muita coisa que precisa ser feita nas pequenas cidades do Nordeste poderia começar agora, como saneamento básico, (água e esgoto), malha rodoviária, arruamento e calçamento. Melhorariam as condições de vida de muita gente. Isto se a atual geração de prefeitos permitisse, já que a classe é despreparada, desonesta, nepotista e incompetente.

Inacio de Almeida (Baturité), Diretor

Expediente

Conversando com o Leitor + A Anamélia Mota, de Tauá, enviou os agradecimen-

tos abaixo, através do Facebook: “Muito grata aos edito-res, pela Nota no Jornal da Casa (abril) sobre Francisca Clotilde, a escritora cearense que abalou a sociedade, com o livro A Divorciada, em 1902.”

+ Fechamos junho no acumulado com 138.147 aces-sos ao nosso site.

+ O site www.brasilia50anosdeceara.com.br conti-nua no ar e alcançou, em junho, no acumulado 17.347 visitas.

+ A medição da audiência do nosso site: www.ca-sadoceara.org.br, em junho, registrou 4.649 visitas e 9.833 visualizações de páginas, cursos, odontoclínica, policlínica e notícias puxaram a audiência.

+ No exterior, fomos visitados por residentes nos Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Portugal, Canadá, Reino Unido, São Tomé e Príncipe e Holanda.

+ No país, foram visitados por residentes em Brasília, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém, Luziânia, Goiânia, Recife e Curitiba.

+ Mandamos para a Prefeitura de Itapagé a fim de que sejam encaminhados à Casa de Quintino Cunha exemplares do Ceará em Brasília. O endereço da Casa não aparece na página da Prefeitura.

+ Recebemos o Jornal da Associação Nacional de Escritores, edição de abri/maio, com artigos de Ander-

son Braga Horta, Fontes de Alencar, Fábio de Sousa Coutinho Silvo Tamaro D’Onofrio, Danilo Gomes, João Carlos Taveira, Sanzio de Azevedo. Rubens Neco Romeu Jobim, João Carlos Taveira, Tereza Fleury de Godoi, M. Paulo Nunes Luiz Carlos Cerqueira.

+ O Facebook da Casa do Ceará continua bombando.+ De Luis Edgar de Andrade: “Recebi pelo correio

a revista Entre Lagos e o jornal Ceará em Brasília em que foi publicado seu artigo sobre Baochi. Muitíssimo obrigado. Lendo o Ceará em Brasília, soube do cente-nário do maestro Eleazar de Carvalho, de que meu pai era grande admirador”.

+ De Frota Neto: “recebi os jornais. E já até man-dei dois exemplares para a moça que toma conta do Memorial, em Ipueiras (um para ela e o outro para o Memorial). Estamos lá. Obrigado pelo carinho no trato, e pela divulgação”

+ Erramos: por uma falha nossa deixou de constar a assinatura da bela matéria sobre Quintino Cunha, pu-blicada na edição anterior. Sabemos que não se corrige, mas a matéria é de autoria de Wilson Ibiapina (Ibiapina).

+ Recebemos do ex-senador e ex-governador Lúcio Alcantara cartão de agradecimento pela divulgação relativa à Sessão Especial do Senado que homenageou seu ilustre pai, Waldemar Alcantara. Lúcio está à frente do Instituto do Câncer do Ceará, no Hospital Haroldo Juaçaba.

Espaço Luciano BarreiraExigências da vida moderna

(quem aguenta tudo isso???) Haja fôlego!!!!! Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã

por causa do ferro E uma banana pelo potássioE também uma laranja pela vitamina CUma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir o

diabetes.Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de águaE depois uriná-los, o que consome o dobro do tempoTodos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactoba-

cilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).

Cada dia uma Aspirina, previne infartoUma taça de vinho tinto também Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervosoUm copo de cerveja, para... não lembro bem para o que,

mas faz bem O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao

mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber... Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima

fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôverVocê deve fazer entre quatro e seis refeições leves

diariamente E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes

cada garfadaSó para comer, serão cerca de cinco horas do dia. UFA!!!E não esqueça de escovar os dentes depois de comerOu seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã,

da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax

Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia. Devolvendo tudo, né

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras

oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito. TÁ DIFICILLLLL!

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia

Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minu-tos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar das minhas amizades quando eu estiver viajando

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações

Dizer EU TE AMO, toda hora. ‘’Ainda pego quem inventou essa neura...que saco!!!’’

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Se tiver tem que brincar com ele, pelo menos meia hora todo dia, para ele não ficar deprimido...

Na minha conta são 29 horas por diaA única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas

ao mesmo tempo!!!Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água

e escova os dentes ao mesmo tempo.Chame os amigos e seus pais, seu amor, o sogro, a sogra,

os cunhados....Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua

mulher. Não esqueça do “EU TE AMO”, (Vou achar logo quem inventou isso, me aguarde).

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio

Agora voce tá ferrado mesmo é se tiver criança pequena. Aí lascou de vez, porque o tempo que ia sobrar para você... já era. criança ocupa um tempo danado. Agora tenho que ir

É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro e correndo.

E já que vou, levo um jornal... Tchau....Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail

Fundada em 15 de outubro de 1963Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e

Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca)Diretoria

Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Fernando Cesar Moreira Mesquista (Fortaleza), 1º vice; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza),

2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança; Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Planejamento e Orçamento; Fer-nando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado

da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico.

Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José

Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), Edivaldo

Ximenes Ferreira (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará

Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá)Conselho Editorial

Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras),

Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides

(Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza),

Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama),

Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza).Diretor

Inacio de Almeida (Baturité) Editores

JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina)[email protected] / [email protected]

Editoração EletrônicaCasa do CearáDistribuição

Antonia Lúcia GuimarãesCirculação

O jornal não se responsabiliza por textos assinados.Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF

CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

Page 3: Jornal Junho 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br3 Junho/12

Cândido FeitosaLançado em Fortaleza o livro

organizado por Cândido Feitosa e prefácio de Inácio de Almeida (Ba-turité) a “Socialismo e Democracia - 90 anos de Lutas e Mudanças”, com as contribuições de Alexandre Pereira, Cândido Feitosa, David Saraiva, Dimas Macêdo, Geysla Lôbo, Inácio Ribeiro, Luís-Sérgio Santos, Oscar d’Alva e Spusa Fi-lho e Oswaldo Evandro C. Martins. No programa, a participação de Nita Arruda com um canto à liberdade.

Francisca ClotildeO programa Perfil da TV Assembleia exibiu em 02.06

o documentário “Francisca Clotilde, uma história de amor e lutas”. Ela foi a primeira professora concursa-da da Escola Normal, escritora e jornalista. Escreveu o romance “A Divorciada” em 1902. Sua história foi contada pelo Ceará em Brasília, edição de abril de 2012. O Perfil é apresentado por Janaína Gouveia, tem roteiro e produção de Ângela Gurgel e co-produção de Vinícius Augusto Bozzo. A edição de imagens é de Daniel Car-doso. Compõe ainda o Núcleo de Documentário da TV Assembleia a jornalista Ana Célia Oliveira.

Eleição na AcademiaPublicou Lustosa da Costa, no Diário do Nordeste: “O

presidente da Academia Brasiliense de Letras, Antonio Carlos Eizalde Osório, me convocou para a Assembleia Geral Ordinária, observada a ordem do dia: eleição da diretoria para o biênio 2012-2014 e homenagem especial aos fundadores da Academia: Hermes Lima, Aderbal Jurema, Domingos Carvalho de Silva, Cândido Motta Filho, Osvaldo Almeida Fischer, Nelson Omegna, Ernani Sartyro, José Pereira Lira, Silvio Elia, Joaquim de Souza Neto e Antonio Serralvo Sobrinho.”

Marco Aurélio de Mello Em 04/06, houve a palestra Segurança Jurídica, no

CEUB, em Brasília, com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, que abordará vários aspectos do assunto. A segurança jurídica existe para que a justiça, finalidade maior do Direito, se concretize. Concede aos indivíduos a garantia necessária para o desenvolvimen-to de suas relações sociais, tendo, no Direito, a certeza das conseqüências dos atos praticados. Sendo assim, cabe ao STF, órgão de cúpula do Poder Judiciário, a contribuição para a segurança do direito e harmonia social.

Dnocs tem 7 mil imóveisPublicou Egidio Serpa, no Diário do Nordeste: Há vários

desafios diante do novo diretor-geral do Dnocs, engenheiro Emerson Fernandes, indicado para o cargo pelo deputado federal Henrique Alves, do PMDB do Rio Grande do Nor-te, que é, na verdade, o dono dessa capitania. Um desses desafios é a gestão do acervo imobiliário do órgão. De acordo Ramon Rodrigues, secretário Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional e que antecedeu Fer-nandes no cargo, o Dnocs é dono de mais de 7 mil imóveis em todos os estados onde atua. O que fazer com eles? O próprio Ramon sugere a criação de um Fundo Imobiliário, por meio do qual o Dnocs disporá de mais recursos”.

SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Modesta RachelA escritora cearense Rachel de

Queiroz – falecida em novembro de 2003 – em seu apartamento na Rua Rita Ludolf, no Leblon. 1993. Como foi – Fui à casa de dona Rachel fotografá-la para uma matéria da Veja. A escritora foi extremamente agradável, como de outras vezes. Mas foi, sobretudo, modesta. De-pois das fotos, demonstrou-me seu desapego à vaidade. Quando lhe perguntei sobre o que achava da fama, ela respondeu: - Greta Garbo já dizia que as pessoas passam uma metade da vida à procura da fama. E a outra metade, usando óculos escuros para esconder-se dela. Orlando Brito.

Confraria dos CearensesO 55º almoço da Confraria dos Cearenses e da Casa

do Ceará em Brasília, realizado em casa do jornalista Fernando Cesar Mesquita (Fortaleza), para homenagear e desagravar o Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos (Fortaleza), em 29.06.2012, reuniu os presidentes da Confraria, Geraldo Vasconce-los (Tianguá) e da Casa do Ceará em Brasília, Osmar Alves de Melo (Iguatu), a sra. Fernando Cesar Mesquita, Claudia Carneiro, a sra. Roberto Gurgel, subprocuradora Claudia Sampaio Marques, os ministros do STJ, Cesar Rocha (Fortaleza), Napoleão Maia (Limoeiro do Norte) e Raul Araujo Filho (Fortaleza), ex-ministro Álvaro Augusto Ribeiro Costa (Fortaleza) e esposa, juíza Ma-ria de Fátima, ministro Claudio Santos (Parnaíba/PI), senador Pedro Simon, ex-ministro, ex-deputado e ex--embaixador Paes de Andrade (Mombaça),ex-senador Heráclito Fortes, embaixadores Rui Nogueira (Rio de Janeiro/RJ), George Torquato Firmeza (Fortaleza) e José Marcus Vinicius de Souza (Fortaleza), sub procurador Wagner Gonçalves, Procuradores Antonio Fernando Barros e Silva de Souza (Fortaleza) (ex-Procurador Geral da República) e José Adonis Calllou de Sá (Ju-azeiro do Norte), desembargador José Cruz Macedo > (Mauriti), jornalistas cearenses Inácio de Almeida (Baturité), Lourenço Peixoto (Sobral), José Jezer de Oliveira (Crato), Tarcisio Holanda (Fortaleza), José Wilson Ibiapina (Ibiapina), JB Serra e Gurgel (Acopia-ra), José Rangel Cavalcante (Crateús), Jorge Cartaxo (Crato), Genésio Araújo (Fortaleza), empresário José Lirio Aguiar (Sobral), diretores da Casa do Ceará, José Sampaio de Lacerda Jr. (Fortaleza), Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), João Rodrigues Neto (Independência), general Antonio Florêncio da Silva (Fortaleza), advo-gados João Estênio Campelo (Crateús), Raul Pires de Saboia (São Luiz/MA) e Amaury Serralvo, jornalistas Gilberto Amaral, Valdo Cruz, João Bosco Rabelo, Te-reza Cruvinel, Denise Rothemburg, Gerson Camarotti (Joaboatão dos Guararapes/PE), empresários José Lirio de Aguiar (Sobral), Julio Ventura (Fortaleza), e Tales Sá Cavalcante (Fortaleza), diretor do SESC/DF, Joao Feijão Neto (Sobral).Nunca é demais lembrar que o 1ºProcurador Geral da Republica foi um cearense de Sobral, José Julio de Albuquerque (1891-1893). Roberto foi recebido com palmas pelos presentes.

Célia Studart QuintasDepois de três anos desenvol-

vendo uma pesquisa no Hospital Psiquiátrico no Sul da Flórida, Celia Studart Quintas, se graduou como PHD na “Nova Southeas-tern University”, defendendo com sucesso a tese de doutorado, Celia está atendendo no Consultório a Comunidade Brasileira. Sua mãe, d. Regina Stela, foi proibida pelo médico de assistir a formatura. “Meus filhos foram representando a família, mas eu fiquei,lamentando profundamente. São os tais imprevistos”.

Ninguém observa isso!Por que não tem ONGs no Nordeste seco? Você consegue entender isso?Vítimas da seca!Quantos? 10 milhões. Sujeitos à fome? Sim. Passam sede? Sim. Subnutrição? Sim.ONGs estrangeiras ajudando: Nenhuma!Índios da Amazônia.Quantos? 230 mil. Sujeitos à fome? Não. Passam sede? Não. Subnutrição? NãoONGs estrangeiras ajudando: 350.Provável explicação:A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores

jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esme-raldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta e outras inúmeras riquezas que somam 14 trilhões de dólares. O Nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs.

CEUB em Macaé-RJEsta é a necessidade da Petrobrás para implemen-

tar seu plano estratégico que prevê investimentos da ordem de US$ 225 bilhões em todo o país, até 2015: 755 mil novos postos de trabalho. A Organização Nacional da Indústria do Petróleo - ONIP estima que a demanda por bens e serviços será em torno de US$ 400 bilhões e criará cerca de 2,5 milhões de em-pregos até 2020.O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia contabiliza que serão ne-cessários, apenas para as atividades relacionadas ao pré-sal, 200 mil engenheiros nos próximos 15 anos. Macaé está no centro da prosperidade brasileira. Investir em uma carreira focalizada no segmento de petróleo e gás em Macaé é investir em um dos mais promissores mercados do Brasil e do mundo. O CEUB já está em Macaé.

19 aprovados pelo ITATales de Sá Cavalcante (Fortaleza), o big boss da

Organização Educacional Farias Brito revelou, em casa de Fernando César Mesquita (Fortaleza), em Brasília, onde participou do desagravo da Confraria ao Procurador Roberto Gurgel, que a Organização, sozinha, aprovou mais alunos no Instituto Tecnoló-gico da Aeronautica/ITA, do que todos os cursos de São Paulo. Foram 19 aprovações o que contribui que ITA tenha uma multidão de cearenses nas suas salas de aula.

Page 4: Jornal Junho 2012

Ceará em Brasília4Junho/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Há 40 anos

Cid Gomes recebeu o presidente da Diageo que comprou a Ypíoca

O governador Cid Gomes recebeu no Pa-lácio da Abolição, o presidente do Grupo Diageo no Brasil, Otto Von Sothen. O encon-tro foi para comunicar a compra da empresa cearense Ypióca, por US$ 460 milhões, o equivalente a R$ 930 milhões. A aquisição da empresa faz parte da estraté-gia de expansão do grupo em países em desenvolvimento, como o Brasil.

Sobre a DiageoA Diageo é líder mundial na produção de bebidas alcoó-

licas premium, com uma coleção de marcas nas categorias de destilados, vinhos e cervejas, como Smirnoff, Johnnie Walker, Guiness, Baileys, J&B, Buchanan’s e Nega Fulô. A multinacional opera em mais de 180 países no mundo inteiro. Cerca de 60% do volume de produtos vendidos pela Diageo no Brasil são produzidos localmente, por meio de parceiros, incluindo Smirnoff, o sakê Jun Daiti e a cachaça ultra premium Nêga Fulô. A Diageo emprega atualmente 400 pessoas.

As ações da companhia são negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (DEO) e na Bolsa de Valores de Londres (DGE).

Em 2011, a receita da Diageo , companhia listada nas bolsas de Nova York e de Londres, foi de 9,9 bilhões de libras (cerca de US$ 16 bilhões).

Sobre YpiócaA Ypióca é uma das mais tradicionais cachaças premium

no Brasil, com mais de 165 anos de história. A aquisição pela Diageo inclui uma destilaria em Paraipaba/CE, uma engarrafadora em Fortaleza/CE e um centro de distribuição em Guarulhos/SP.

Medalha Miranda Lima nos 52 anos da OAB/DF foi uma festa que uniu advogados do DF

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Distrito Federal comemorou 52 anos com a outorga da Medalha Miranda Lima, em 29.05. Foram 103 agraciados, entre eles o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, e o ministro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Jorge Hélio de Oliveira.

A comenda foi instituída em maio de 2010 pelo Conselho Tutelar da Medalha Miranda Lima para homenagear pessoas físicas e enti-dades – nacionais e estrangeiras – em reconhe-cimento aos relevantes serviços prestados a esta Seccional, à Justiça, ao Direito, às causas sociais, à cidadania e ao aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.

Entre os homenageados estiveram os cearen-ses ministro do STJ , Raul Araújo Filho (Forta-leza), secretário geral da AGU, José Weber Holanda Alves (Acopiara), com sua esposa, Ana Dorinda, presidente da

Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo (Iguatu) com sua es-posa, e secretário geral da ANPPREV, Antonio Rodrigues (Boa Ventura/PB), e d.com sua filha, Isabela Rodrigues,

desembargador Lecir Manoel da Luz com sua esposa, Telma Campelo Bezerra (Crateús).

Ao evento, presidido pelo presidente da OAB/DF, Francisco Caputo (Juiz de Fora/MG), e pelo Chanceler da Medalha, O filho de cearense Raul Pires Sabóia (São Luis/MA), compareceram o presidente da Confraria dos Cearenses, Geraldo Vasconcelos (Tianguá), de-sembargador Cruz Macedo (Mauriti), diretores da Casa do Ceará, José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), Ângela Parente (Fortaleza), com seu marido, Carlos Euler Curlin Perpétuo (Calela) (Joinvile/SC), e JB Serra e Gurgel (Acopiara), membro do Conselho Fiscal , coro-

nel Edivaldo Ferreira Ximenes (Fortaleza), desembargadora Elaine Vasconcelos, presidente do TRT.

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Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 5 Junho/12

Transplante de rim: 1ª central de perfusão da América Latina é do HGF

Já está funcionan-do no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) a primeira Central de Perfusão Hipotérmica da América Latina. Com seis máquinas de perfusão, a Central vai permitir o aumento do número de transplantes de rim realizados no Ceará, melhorar a qualidade do órgão transplantado e diminuir o tempo de internação do paciente, resultando em redução dos custos dos transplantes. O Governo do Estado investiu R$ 635.111,51 na aquisição das seis máquinas e dos kits de soluções para a implantação da Central de Perfusão Hipotérmica, que entrou em funcionamento no dia 15 de maio.

A máquina de perfusão hipotérmica conserva e recupera órgãos que apresentem alterações de funcionamento ou de doador acima de 55 anos. Com o equipamento, os médicos podem atestar a viabilidade do órgão a ser transplantado, o que reduz o risco de insucesso. Além disso, a disfunção inicial do rim transplantado deverá diminuir de 60% para 5%, mesma taxa registrada nos EUA. Por causa da disfunção inicial, 60% dos pacientes transplantados de rim precisavam fazer hemodiálise nas primeiras semanas após a cirurgia.

A Central de Perfusão do HGF vai permitir, ainda, a redução do descarte de órgãos e o envio para centros trans-plantadores de outros estados. Somente em 2012, de janeiro a maio, o Ceará enviou 19 rins para os estados de Pernambuco, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com a melhor condição de atestar a viabilidade dos órgãos para transplante, esses rins permanecerão no Ceará. Além disso, com a Central de Perfusão, o HGF se habilita a receber órgãos descartados por outros centros transplantadores, o que contribuirá para o aumento do número de transplantes no Estado.

Chesf vai investir R$ 384 mi em linhas de transmissão no Ceará até 2014

Com 500 Megawatts (MW) de energia elétrica gerados a partir de 14 parques eólicos em operação no Estado, 1.400 MW já aprovados e outros 2.589 MW previstos para 2015 - a partir de 112 projetos desse tipo inscritos para o próximo leilão da Em-presa de Pesquisa Energética (EPE), em outubro, o Ceará terá garantida a suficiência energética e consolidada uma nova matriz de energia renovável. No entanto, ainda enfrenta o risco de não poder transmitir toda a potência instalada por falta de redes de distribuição em seu território. Segundo a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), será necessário uma reformulação do sistema. Investimentos de R$ 384 milhões, até 2014, já foram anunciados.

O presidente da Chesf, João Bosco de Almeida, assinalou que a preocupação existe porque os parques eólicos instala-dos no Ceará estão todos no litoral, distantes portanto, das grandes linhas de transmissão, mais concentradas na Capital e no Interior. Os 384 milhões no Ceará serão aplicados na instalação de novas subestações e no reforço das linhas de transmissão para suportar as novas cargas de energia, que passarão a circular na rede, a partir da operação das eólicas. Neste ano, informou Almeida, serão investidos R$ 185 mi-lhões, o equivalente a 48,2% dos recursos, em 2013, mais R$ 175 milhões e os R$ 24 milhões restantes, em 2014.

Serão reforçadas as subestações elétricas e as linhas de distribuição nos municípios cearenses de Sobral, Milagres, Banabuiú, Russas, Caucaia (Cauipe) e Aquiraz, além de Picos, no Piauí. “Sobral será um grande tronco (centro) de energia”, e uma linha de transmissão de 97 quilômetros de extensão irá interligar o município de Acaraú a Sobral.

UniCEUB também em Taguatinga

O UniCEUB chega a Taguatinga, para atender a de-manda crescente da região por um ensino superior de excelência. Foi pensando em um público exigente, que busca produtos e serviços de maior valor agregado, que o UniCEUB resolveu instalar-se na cidade. Em pesquisa encomendada pelo Centro Universitário de Brasília, ficou constatado o interesse da população pela qualidade do ensino superior, sendo também valorizada a credibilidade da instituição. “O UniCEUB chega a Taguatinga, com o histórico de 44 anos de tradição e modernidade, que faz da Instituição um dos melhores centros universitários do país, avaliada pelo Ministério da Educação com nota máxima em conceito institucional”, afirmou o reitor Getúlio Américo Lopes.

Outro ponto de destaque da pesquisa é que o Uni-CEUB figura entre as instituições de ensino superior mais lembradas e desejadas pela população de Taguatinga. O estudo abrange, também, a opinião de moradores de importantes cidades vizinhas, como Águas Claras, Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Samam-baia, que serão atendidas pela presença do UniCEUB na região. Para quem busca uma vaga no serviço público ou almeja uma posição na iniciativa privada, fazer uma graduação de qualidade é o caminho mais certo para o alcance do objetivo traçado, revela a pesquisa.

A unidade do UniCEUB em Taguatinga está localizada no Pistão Sul, um dos principais centros comerciais da cidade, justamente para atender o fluxo da população que passa, diariamente, pela via onde se concentra shopping center, hipermercados, concessionárias de veículos, restaurantes e um comércio variado. Taguatinga é um dos principais polos econômicos do Distrito Federal e estar presente na região, certamente, contribuirá para a formação de profissionais destacados na comunidade.

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Ceará em Brasília6Junho/12

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Novo Incêndio na Rede Globo (Não consigo fica calado)

(*) Durval Aires Filho*Desta feita, não deixou nenhum ferido, nem houve

superaquecimento de lâmpadas, nem curto circuito, como ocorreu muitos anos atrás no Xuxa Park, mas as revelações de Maria da Graça Meneghel para o Fantás-tico foram sinistras, se considerarmos o duro jogo para as emissoras concorrentes que disputam a audiência dominical. Tomem críticas e desaforos, especialmente para uma pessoa que se dispõe a ser eterna e pura rainha dos baixinhos.

Como quase cinqüenta anos, portanto, com a “maior idade”, depois de uma carreira bem sucedida economi-camente, embora não se saiba qual é o seu verdadeiro talento, ela quer surpreender, melhorar os seus índices de audiência, chamar à atenção de si mesma, de seu programa e de sua emissora. Ela quer simplesmente voltar a vender.

Para tal intento, uma entrevista, no quadro “o que vi da vida”, onde falou que foi molestada na infância, sobre seus amores, os anos com Pelé, incluindo a tênue relação com dois outros ídolos que não estão mais entre nós para ouvir essas declarações, algo como um diário de uma adolescente. E a temperatura subiu ao máximo. A Globo, bateu recorde fantástico de audiência no Fan-tástico. Teria atingido 24 pontos, enquanto a Record, no mesmo horário, sem nenhum recorde, alcançou 12, seguidos pela SBT, 10, e Band, com apenas magros 8 pontinhos de Ibope.

O depoimento foi longo, em termos de televisão, mas, tratando-se de Xuxa, parece normal. Lembram-se quando nasceu a Sasha? Foi notícia no Jornal Nacional, com direito a Fátima Bernardes, imagens do parto e tudo, com se o nascimento de uma criança fosse um fato mais extraordinário do mundo. Mas, mudando de foco, interessante mesmo foi o relato de que teria recebido uma proposta do empresário de Michael Jackson. Sua fala é no mínimo curiosa, porém, faz sentido. Como se vê, a rainha apresenta-se como uma mocinha desligada, tola como as baixinhas, mas não louca. A mídia chegou a compará-la com o excêntrico cantor norte-americano. Contando com o que a natureza lhe deu de presente, charme e beleza, não precisou recorrer a medicina, mas a sua imagem de solitária, rebelde, triste, sem amigos, sem amores, vivendo quase em uma bolha, completamente isolada do mundo, em pleno país do carnaval, havia mui-to de semelhança do famoso pop stars. Ah! Isso tinha!

Em menores proporções, o que as redes sociais têm postado comentários é a de que, apesar do esforço da apresentadora, que é também atriz, não foi uma entre-vista convincente, com declarações que poderiam ser firmes e legítimas. Como em outras situações centrali-zada pela cantora e apresentadora de programas infantis, pode se perceber que foi um evento “controlado”, como muitos textos prontos, a disposição de “tele pontos’ e “filtros”, sendo ela mesma a protagonista da sua histó-ria, revelando o que foi mais conveniente para si, no que julgou ser o melhor formato. O problema é que ela ajusta previamente o que vai dizer, mas não decide pela repercussão do programa. Segundo os internautas, o grande esquecido do monólogo foi o pai de sua filha e outros chegaram a mencionar, além do Luciano Szafir, o nome de Marlene Matos. Longe da loura, ambos, certamente, não vão reivindicar qualquer lembrança,

atual, presente ou remota.Ao conhecer o piloto Ayrton Sena, provavelmente,

antes da Adriana Galisteu, outra esquecida, classificou: “um cara com grana que não vai querer a minha”. Eis, aí, o cara, o grande filão, que ela denominou de “alma gêmea”. O mesmo pensamento não pode ser repetido em relação à Pelé. Aliás, essa racionalidade em re-lação ao dinheiro parece ser parte integrante de sua personalidade. Fala em grana, em algo genérico, para inutilmente expressar pouca importância que ela daria ao vil metal, com a mesma desenvoltura com quem se refere a Deus, como o “cara lá de cima”, chegando a irritar fervorosos católicos, no melhor desempenho de seu programa de outrora.

Quando descreveu a sua carência afetiva e sexual, riu como se fosse uma “baixinha”. Soltou: “os hormônios”. Depois, “help”, a barra pesou demais. Disse: “eu fui abusada”. E indicou como autores do crime três pessoas: o melhor amigo de seu pai, um “cara que ia casar com a minha avó” e um professor da escola. A denúncia, como devia se esperar, fez surgir fumaça.

Agora, a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara Federal pretende ouvi-la, saber quem são essas pessoas, embora, dirão os advogados, não tem o menor valor, a mínima consequência, posto que a eventual punição está prescrita.

A pergunta que se faz no momento: por que tamanha revelação em horário nobre, em rede nacional? Qual o propósito de uma entrevista tão desconcertante e inusitada? Se ela está à frente de uma campanha contra abusos sexuais em crianças, muito bem, parece louvá-vel, seu nome pode ajudar. Mas existem outras formas pedagógicas de difusão desta mensagem.

Dias depois, instada para falar da entrevista, a apre-sentadora se recusou. “Tá na hora, tá na hora de brincar” diz a musiquinha, um de seus clássicos composto por Cid Guerreiro, outro esquecido. O problema é que não somos psicólogos, como torcedores não são treinadores de times de futebol. E mais: não estamos mais a fim em ouvi-la, a qualquer tempo, em contextos diferentes. Isso o código dos consumidores de tv poderia ajudar. A fila anda. Os baixinhos de ontem, com certeza, são os altinhos de hoje.

Ora, Xuxa fez filme pornográfico, realizou ensaios de fotos para revistas masculinas, foi modelo profissional e fez o que fez. Agora, o trauma revelado fora de tempo. Mais: a pergunta que jogou no ar para uma legião de antigos fãs que, por respeito a ela mesma, não está dis-posta a decifrar: “por que você acha que eu não consigo me casar?” Quase choramingando, no final, propõe: “tenho o sonho de que, um dia, nenhuma criança seja vítima de abuso”.*

Sinceridade ou não, o fato é que Xuxa permeia mais uma vez o campo abstrato, genérico, amplo e construído “do nada sobre o nada”, pois não indica o alvo preciso, quais os infantes ela quer bondosamente ajudar, quais os meninos e meninas objetos de seu nobre sonho, quantos ele pensa em auxiliar na superação desses traumas, as creches que poderiam ser beneficiadas. É o Xou da Xuxa, né?. “Pula, pula bole, bole/Se embolando sem parar”. É fogo !*

(*) Durval Ayres Filho (Fortaleza) Desembargador do TJCe, escritor e ensaísta

Comportamento Leituras IA CPI e os jogos

João Soares Neto (*)

No Brasil todos acreditam na sorte. Vai dar certo. Deus ajuda. Por essa razão traquinam, apostam ou jogam em tudo. Jogam no“bicho”, diversas loterias, cavalos, galos e futebol. Em praças públicas, bancos, botecos e bancas. Em 1946, na redemocratização, o pre-sidente Eurico Gaspar Dutra baixou decreto fechando os cassinos e proibiu os jogos de azar. Na verdade, atendia, a pedido de sua mulher, Carmela, a D. Santinha. Ela pedira ao marido: 1. acabar com os cassinos e jogos; 2. fechar o Partido Comunista Brasileiro e; 3) construir capela, nos jardins do Palácio da Guanabara, então residência oficial. Dutra, honesto, marido ardoroso e católico, atendeu aos pedidos.

Hoje, 2012, o Partido Comunista Brasileiro é aliado do governo, sua dissidência criou o Partido Comunista do Brasil (PC do B), também aliado, e a capela está intacta no Rio. Neste país laico, segundo a Constituição de 1988, mantiveram-se os feriados religiosos. De fora, apenas, os cassinos e os jogos de azar. Na realidade, só os cassinos, pois a Caixa patrocina jogos diários/semanais nas análises combinatórias possíveis.

Dizia Câmara Cascudo, no Dicionário do Folclore, jogo “é um vício irresistível. Contra ele a repressão po-licial apenas multiplica a clandestinidade”. O sociólogo Gilberto Freyre comentava que era “uma das poucas atividades sem discriminação de classes”.Agora, por que não se aproveita a atual CPI mista e se dá, além da pauta, uma geral nos jogos da Caixa, nas concessões públicas das loterias e se deslinda o “invisível” jogo do bicho?

(*) João Soares Neto (Fortaleza) da Academia Ce-arense de Letras e empresário

Leituras IIBrasília Cinquentona

Elício Pontes (*)

“Quando cheguei, o rosto da cidadese pintava de vermelhocom o pó da terra goiana.Ética não era uma palavraera um sentimentoum gesto.Praticava-se o encontroo riso franco e honestoao amigo desconhecidoQuero de volta a poeiraque sujava apenas os sapatos.Quero juntar de novoo pó e a ética,fundir numa palavraa imagem verdadeira de Brasília:Poética(*) Elicio Pontes ( Nova Russas) . Cresceu em Cra-

teús, morou em Fortaleza, onde tornou-se jornalista e radialista e vive em Brasília. Foi professor da UnB. Formado em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará, é mestre em educação pela University of Sou-thern California e doutor pela Universidad Nacional de Educación a Distancia, da Espanha. É irmão do jornalista Mário Pontes, que durante anos brilhou nas páginas do Jornal do Brasil. Elicio, tem dois livros de poesia. Num deles - “Metade de mim é verso” revela sua decepção com o que estão fazendo com a cidade que adotou junto com os filhos e a amada Olívia.

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br7 Junho/12

Leituras IIILúcio Paco Brasileiro no Espaço e no Tempo

Wilson Ibiapina (*)

As pessoas estão vivendo muito mais e melhor. Os idosos de hoje nem imitam os nossos avós, que aos 50 já se penduravam em bengalas. Os ve-lhos de hoje trocaram os agasalhos por rou-pas esportivas, tênis e exercitam um cuidado especial com a saúde. É como diz Roberto Carlos na canção: “É preciso saber viver.”

O jornalista Fran-cisco Newton Cavalcante, que desde 1955 assina colunas na imprensa cearense sob o pseudônimo de Lúcio Brasileiro, adotou agora, também, o apelido de Paco para bater pernas pela Europa. Há quem ache que ele sofre de nosomania. Paco, apenas se sente preocupado com a saúde. Em entrevista que deu a João Soares Neto, ele revela que cuida do ácido úrico, do coração e dos ossos, e afirma: “ se eu tiver qualquer doença, será injusto, pois me cui-do até dormindo.” Leve, trêfego e saltitante, lá se vai ele Europa à fora, feito um jovem. Foi preciso um incidente, na França, para que caísse na real e,

com amargura, se descobrisse um menino em folha por dentro, já que por fora..., bem ele mesmo conta:

“‘Para evitar o taxi, que cobra 60 euros, tomei um trem em Nice, para baixar em Villefrance-Sur-Mer, que custa dois. Vagão superlotado, tive vontade de morrer, quando moça de uns 20 anos me concedeu o seu lugar e ficou de pé.Quer dizer que exteriormente de nada adiantaram as caminhadas matinais, a bicicle-ta, a academia, a dieta do alho, carne vermelha só uma vez por semana e nenhum doce. Minha terceira idade era evidente. Em compensação, dias depois no hotel Don Toni de Ibiza, um cidadão inglês de nome Alex perguntou que idade eu tinha e respondi incontinente: 51. Parece bem menos, foi sua gaudiante afirmação.”

Hoje, ciente de que tem mais passado do que futuro, o setentão segue lépido, procurando viver cada momento, sem se importar com o que os outros achem dele.

(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

Um pedaço do Ceará em Brasília

Por Wilson Ibiapina (*)

A Ceilândia, uma das cidades satélites do Distrito Federal é a segunda maior cidade nordestina fora do Nordeste. Só perde para São Paulo. A cidade tem faculdades, mais de mil fábricas e mais de 4 mil esta-belecimentos comerciais. Tem vida própria. É lá que estão as mulheres mais bonitas do Distrito Federal e a

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maioria dos cearenses que vive por aqui. A feira da Ceilândia é um passeio pelo Nordeste. Já foi citada no jornal New York Times como uma das atrações a ser visitadas em Brasília. Lá você encontra buchada de bode, sarapatel. Carne de carneiro, linguiça, cos-tela assada, doces e frutas. É lá que fica a Casa do Cantador, onde os repentistas e poetas encantam o público com seus desafios e literatura de cordel. Era lá que morava dona Madalena de Souza, que teve 32 filhos com Raimundo Carnaúba. Saiu no livro de record do Guinness como uma das mulheres mais férteis do mundo. Escrevi uma matéria grande para o Diário do Nordeste, sobre o casal de Tamboril.. Ela morreu em janeiro passado aos 90 anos.

Um outro fato curioso envolvendo a Ceilândia é protagonizado pelo jornalista José Colombo de Souza Filho. Todo mês, quando sai uma nova edição do jornal da Casa do Ceará, “O Ceará em Brasília”, José Colombo Filho pega uns 30 exemplares e vai para a Ceilândia. Lá, vai identificando os conterrâ-neos na feira, no comércio, nos restaurantes, pada-rias e na rua e vai distribuindo o jornalzinho Aos poucos vai se infiltrando e resgatando os cearenses, fazendo com que voltem a ter contato com as notí-cias do Ceará e com os conterrâneos. Acho até que, para ficar mais perto dessa gente, o ideal seria abrir uma sucursal da Casa do Ceará lá na Ceilândia, que hoje é administrada por um cearense de Tianguá. Antonio Sabino Vasconcelos Neto.

(*) José Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

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Ceará em Brasília8Junho/12

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Leituras IVA “visão profética” de Mauro Sampaio

José Jézer de Oliveira (*)

Presumo ter sido o primeiro a publicar extensa matéria jornalística a respeito da estátua do Padre Cícero, que seria erguida na colina do Horto, a parte mais elevada nos arredores da cidade do Juazeiro do Norte, e onde, em fins do século 19, o padre iniciara a construção de uma capela, obra autorizada pelo bispado diocesano, que, posteriormente, proibiu fosse concluída.

Em janeiro de 1969, de férias no Crato, fui infor-mado a respeito de monumental estátua que o prefeito Mauro Sampaio, do Juazeiro do Norte, pretendia erigir em homenagem ao padre Cícero, a qual em ta-manho perderia apenas para a do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Fora a base de concreto sobre a qual seria assentada, a estátua teria 25 metros de altura. O projeto foi confiado ao pernambucano Armando Lacerda, hoje falecido, representante comercial e escultor nas horas vagas. Residia ele no Crato. Procurei-o e em sua companhia visitei o galpão onde trabalhava a obra que o imortalizaria, localizado em tranquila rua afastada do centro do Juazeiro. Ali, além da maquete da estátua, de metro e meio de altura, havia já, em formato definitivo, o esboço da parte superior da monu-mental estátua.

Retornando a Brasí-lia, publiquei no Correio Braziliense, sob o título “O Grande Padre Cícero”, matéria com ilustrações, que ocupou toda a 1ª página do Caderno 2, do qual à época eu era editor.

Na opinião de Arman-do Lacerda, o monumento ao Patriarca na dimensão proposta pelo prefeito, além de constituir sua maior e mais importante obra, representava um desafio sem precedente em sua atividade artística, que exercia mais por dile-tantismo que por qualquer outro motivo.

Naquela oportunidade, conheci alguns dos tra-balhos artísticos de Lacerda. Belíssimas estátuas esculpidas com esmero em gesso ou pedra sabão, as quais chamavam à atenção pela elegância e leveza da forma plástica que procurava imprimir em suas graciosas peças, que, num gesto inovador, diferiam sutilmente da linha clássica da estatuária de en-tão. De porte pequeno ou médio, suas estátuas de mulheres nuas ou não atraíam a atenção de quem apreciador de obra de arte, sendo disputadas como peças decorativas. Um exemplo: Hubert Bloc Boris, cidadão francês residente no Crato e fazendeiro no município de Caririaçu, dotado de refinado gosto artístico, era, além de apreciador das esculturas de Armando Lacerda, um quase monopolizador das pe-ças produzidas pelo pernambucano. Não há exagero em afirmar que o autor da estátua do Padre Cícero, pelo seu talento, foi precursor de um estilo na arte de esculpir que hoje se observa entre grande parte dos escultores nordestinos.

Foram essas pequenas peças concebidas por La-

cerda que chamaram a atenção do prefeito Mauro Sampaio, que resolveu confiar-lhe a concretização de seu desejo de homenagear a figura do padre Cícero com uma imagem que plantada no cimo do Horto fosse vista de qualquer ponto da cidade e que, se-gundo línguas maldosas, “fizesse sombra no Crato”, frase atribuída de certo a quem munido do propósito intolerável de acirrar suposto ânimo antagônico entre as duas mais importantes cidades do Cariri, tradicio-nalmente unidas no esforço comum direcionado ao progresso da Região.

É corrente no Juazeiro que a ideia de um monu-mento ao Padre Cícero teria partido de um beato, figura comum no cenário religioso da cidade, o qual teria sugerido a Mauro Sampaio, tão logo este assumiu a Prefeitura, em 1967, a construção de um cruzeiro na colina do Horto em honra do Padim Ciço.

- Por que não uma estátua? - teria respondido o prefeito.

Ao idealizar a construção do monumento ao Pa-triarca, Mauro Sampaio teve como que uma visão profética. Intuiu que, além de consolidar e expandir a devoção popular ao padre Cícero, a estátua também serviria de atração turística. Vislumbrava, em função disto, um futuro promissor para o Juazeiro. De fato,

tal como imaginava, cres-ce a cada ano a multidão de romeiros que acodem à Meca cearense, proce-dentes de quase todos os Estados do Nordeste. De igual modo, crescente é o número dos que acorrem ao Juazeiro com o intuito de ver a gigantesca está-tua do Patriarca.

Embora se confun-dam, as romarias e o turis-mo religioso contribuem de modo decisivo para o progresso da cidade, que avança, extraordina-riamente, não só no seu crescimento demográfico, como em várias outras direções, principalmente

no rumo da economia e da expansão do ensino supe-rior. Juazeiro é um exemplo de cidade que hoje mais cresce no interior nordestino, mercê, também, da ca-pacidade empreendedora de sua gente. Até mesmo no segmento da política conquistou posição de destaque, antes ocupada pelo Crato, hoje, lamentavelmente, incapaz de eleger representante próprio tanto para o Legislativo Estadual quanto para a Câmara dos Deputados ou para o Senado Federal.

Voltando à estátua, vale registrar que a sua construção, a cargo do engenheiro Rômulo Ayres Montenegro, se deu em tempo recorde, entregue à população juazeirense, para ser inaugurada na data de 1º de novembro de 1969, véspera do Dia de Finados, quando ocorre a maior concentração de devotos em visita ao túmulo do Patriarca.

Assim como ocorreu com o Padre Cícero, Mauro Sampaio também recebeu em vida a homenagem da população juazeirense, que merecidamente batizou com seu nome uma das praças da cidade.

(*) José Jézer de Oliveira, (Crato), Jornalista e ex-presidente da Casa do Ceará

CNM calcula que desonerações do IPI causam impacto de R$ 500 m

A nova desoneração do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) promo-vida pelo governo federal re-pete a estratégia de incentivo ao consumo utilizada na crise econômica que teve início em 2008. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) elaborou um breve estudo sobre o impacto dessas desonera-ções do imposto do setor de automóveis e da chamada linha branca, que refletem diretamente no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 2012. De acordo com a entidade, assim como na crise de 2008/2009, o governo tem agora a intenção de estimular a economia 2012, após o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, de apenas 2,7%.

Na última previsão do Governo Federal para o FPM em 2012, a avaliação orçamentária do 1.º bimestre indicava um montante de R$ 73,83 bilhões. Com as desonerações, a previsão do FPM sofre impacto de quase de R$ 500 milhões.

A última desoneração do IPI com impacto na arrecadação de 2012 foi para a linha branca e entrou em vigor em 1.º de dezembro de 2011. Em março de 2012, o Governo Federal prorrogou por mais três meses tais reduções das alíquotas do IPI incidentes sobre a linha branca e incluiu novas desone-rações para setores de móveis, laminados, papel de parede e luminárias. Com o novo prazo, a CNM estima uma renúncia adicional de R$ 271 milhões para a linha branca.

Renúncia fiscal na linha brancaA desoneração para móveis e laminados implicará numa

renúncia de R$ 198 milhões. Em relação ao papel de parede e luminárias, o governo deixará de arrecadar R$ 20 milhões. Entre o dia 26 de março e o final junho, a desoneração totaliza R$ 489 milhões.

Câmara dos Deputados prestou homenagem ao humorista Chico Anysio

A Câmara dos Deputados realizou em 26.06 sessão solene para prestar homena-gem póstuma ao humorista Chico Anysio. O pedido de realização da sessão foi do líder do PDT, deputado André Figueiredo (PDT-CE), que destacou que o humor brasileiro “ainda chora a perda irreparável de Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho”. Chico Anysio, cearense de Maranguape, morreu no dia 23 de março, no Rio de Janeiro, aos 80 anos.

Figueiredo ressaltou que Chico Anysio foi um homem de muitos talentos: escreveu romances, contos e peças de teatro. Também foi pintor e aspirante a jogador de futebol. “Conta--se que sonhou ser jogador de futebol, pois achava que tinha grandes qualidades na arte da bola. O futebol não ganhou um craque, mas é certo que o humor brasileiro viu, desde cedo, despontar enorme talento do homem que, como poucos, sou-be trabalhar a dimensão estética e lúdica da palavra”, disse o parlamentar. Em mensagem lida por Figueiredo, o presidente da Câmara, Marco Maia, destacou que, ao longo de 65 anos de carreira, Chico Anysio revelou-se artista da criação, da inter-pretação, da música, da observação e crítica aos costumes do País. Marco Maia disse ainda que, com bordões que marcaram época, o artista dominou como poucos a arte da paródia. “Chico Anysio fazia graça para todo o Brasil”, afirmou.

Também homenagem o humorista os deputados cearenses Danilo Forte (PMDB), Chico Lopes (PCdoB), Arnon Bezerra (PTB), Raimundo Gomes de Mattos (PSDB). Tiririca (PR), João Ananias (PCdoB) e Mauro Benevides (PMDB); e Onofre Santo Agostini (PSD-SC), Afonso Hamm (PP-RS), Salvador Zimbaldi (PDT-SP) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).

Natural de Maranguape, no Ceará, mudou-se com a fa-mília para o Rio de Janeiro quando tinha apenas oito anos. Como humorista, encarnou mais de 200 personagens.

Page 9: Jornal Junho 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br9 Junho/12

Leituras VAcopiara - Eita Brazilzão sem porteira

Por JB Serra e Gurgel (*)

Daqui de Acopiara, a 360 km de Fortaleza, dá pra gente ver o Brasilzão sem porteira. Não precisa pegar ônibus, caminhão, jipe, carrão, carrinho, nada! Acabaram com o trem e não tem avião.

Basta abrir o computador e navegar na Web.Macho, a coisa tá braba. Quanto mais o mundo anda pra

frente, andamos pra trás. Sem muito esforço, concluímos que não apenas temos 20 milhões de analfas, bem como outros 100 milhões de analfas funcionais.

Escola ruim e educação péssima só produzem estragos no nosso processo civilizatório.

Pela Web, rolam e-mails sobre as “pracas”. O “kibeloco”, fiscal da língua, com base nestas “pracas”, deixa o Brasil nu, com rola e bolas de fora, se forem homens, buzinas e vassouras à mostra, se forem mulheres, ainda não vitimadas pela moda das pererecas!

O resultado é digno da monstruosidade dos ENENs”. Ninguém se deu conta das gerações perdidas por falta de escola e escolaridade.

Hoje, temos 6 milhões de jovens nas universidades,16 milhões fora e seis milhões fazendo cursinhos para dispu-tar 200 mil vagas nas universidades públicas. O discurso do MEC é contra o futuro do país, é apoplético, patético, petético, antiético. Os ministros da Educação com suas ONGS são sinistros. Deveriam ser presos e sumariamente julgados pelos tribunais de Kakay e de Thomas Bastos! Voltando à vaca fria, vejamos na prática o que acontece pelo Brazilzão, após 10 anos de tentativas de consertos e remendos. O apedeuta-mor vomitava: nunca dantes neste pais e os analfas aplaudiam-no histericamente. Estamos descendo a ladeira, a caminho da Barbárie, nome de um novo município do ABC paulista, incrustado entre São

Gomes de Matos registra novo estúdio da TV Diário do Nordeste em Fortaleza

Presente nos 184 municípios cearenses em canal aberto e em outras 48 cidades no país, via TV por assinatura, a TV Diário brindou os seus telespectadores com um novo cenário e, consequentemente, mais conforto aos seus funcionários. Inaugurada, a nova redação e o estú-dio jornalístico da emissora passam a integrar, a partir de agora, a redação do impresso Diário do Nordeste e o Portal Verdes Mares. Disse em pronunciamento na Câmara dos Deputados, o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).

“Uma iniciativa que merece aqui desta tribuna o nosso reconhecimento, acima de tudo por valorizar, cada vez mais, a nossa gente, o nosso povo e a nossa história. Inclusive, com uma equipe sediada nesta capital federal, levando em primeira mão as principais decisões do Con-gresso Nacional e as articulações da bancada cearense em defesa do Estado. Além dos programas de notícias já consolidados, como a“Hora da Notícia”, “Diário da Ma-nhã” e “Diário na TV”,houve a estréia no dia de ontem do “Jornal do Meio Dia”, com apresentação dos jornalistas João Romário e Raíssa Câmara.

“Cabe ressaltar que é característica da TV Diário ofere-cer aos seus telespectadores, que hoje já se espalham pelo país afora, uma linguagem inovadora e um pouco distante do formato de outras emissoras, o que a torna mais próxi-ma da realidade local. Dentro de sua vasta programação, destacamos aqui o “Questão Aberta”, sob o comando do jornalista Edison Silva, “Encontro Marcado”, com o jornalista Egídio Serpa, “Paulo Oliveira na TV”, tendo à frente o maior comunicador do Nordeste, radialista Paulo Oliveira, e mais “A Grande Jogada”, “Ao Som da Viola”, “Canal Unifor”, “Diário Regional”, “Encanta Nordeste”, “Clube do Brega” e“Municípios”.

Caetano dos Bárbaros e Santo André dos Ignorantes:Vende-se virou vendi-ce, Barbacue - Barbie kill ou baby

kio, cartomante – carta o mante, asfalto – osfalto, mesa de ferro fundido – mesa de ferro fudido, vaca atolada – vaca à tolada, musse – mouse, pneu – peneu e pineu, hotwailler –hot vale, halls – rause, tape ware – tapoé, afrodisíaco –a flor de zíaco, instalador de SKY – estalador de SKY, barbearia – barbe Aria, big brother –big brodd, refrigerante – refrigeranti, hot dog – roguidogi, churrasquinho de frango – xurasqui de frango, queijo – quejo, salsichão – sausisão, charque – xar-que, meio período – meio perildo, armário de aço – armário de aso, freezer – frízer, milho verde – milho verdi, pamonha – pamomlha , eucalipito –eucalipido, lombada –lonbada, laquiamos –lakiamos, peças e pneus para sua bike - pesas e pineus para sua baig, executamos - ezecultamos, injeção eletrônica – injesão, fazemos buquê – fazemos bouquet, per-seguição – peciguição, atleta – alteta, hoje – hoge, mercado Carrefour –mercado Karrifu, não estacione – não estazione, ponto do acarajé –ponto do acarangé, adeus Serie C – adeus cerie-C, concerta bicileta – conceta biciqeta, só calças griffe man – guifeman, gergelim - gingilin, spray – esplei, chave –chave, chaveiro – xaveiro – faço carimbo – fasso karibo, dou aula de português – dô aula de portuguei – amolador – omolador, eu amolo tesoura – io amola kisora, champaghe – shampanhe; Buate Black Tie – Boate Black Thay, Bar da Loucura- Bar da Lokura, Vaso com assento – Vaso com acento; Cheesecake, Chiscay. Tudo isso e muito mais está nas “pracas” reunidas pelo “kibeloco” ou por outros kibes, nada loucos, como António Pinho, Socorro Gurgel, Waldin Rosa de Lima, Stelio Dias e Wilson Ibiapina.

As “otoridades” não estão nem aí para as “pracas”.Afinal quem faz estas pracas “votam na gente”, como diz

o autor de “Azelites”, livro todo em branco dos apedeutas.Existem “pracas” com dizeres: “Bar e merceria tem

de nada”, “Supermercado Jesus me deu”, Alegre festas; mesas, caderas, tobogam inflavio, cama elástica, bufffet”, “não toque, se são souber ler, procure o guarda”. “Vende-se frango semi-caipira e fraldas descartaveis”, “Testemunha de Jeová, se não tem o que fazer não venha fazer aqui”, “Rei da Pamonha, restaurante árabe”, “Corta-se cabelo masculino ao vivo”, “Ponte Cell, consertamos todos os tipos de aparelhos celulares, com ou sem fio”, “Clinica Medica Alvorada. Convenio Exclusivo com a Funerária Renascer. Juntos para melhor servi -los”. “Bloco Dumdum, Atenção!!! brigas e confusões não serão aceitas dentro do bloco Dumdum.

Os envolvidos serão banidos permanentemente do Bloco.

E para os que não gostarem saibam que estamos defecan-do e tranzitando”. Mercearia e P izzaria. Temos Cimento”.

“O madrugão. O pior galeto de Porto de Galinhas, o ruim mesm´é a pizza”. No Estádio da Portuguesa, em S.Paulo, o garoto do placar pôs a “praca”: Portugusa 0 Marilha 0. O aloprado ministro da Educação vai propor a bolsa língua e a construção de um monumento ao anal-fabeto desconhecido.

A maioria das “pracas “comerciais é de micoempreende-dores, ente que pouco paga o INSS mas que vai se aposentar. A nação lhes indenizará por terem sido excluídos da escola! Não estudaram, não leram, falam e escrevem errado o tempo todo, acham lindo “língua plesa”, tentam sobreviver como podem, muito diferente dos membros mensaleiros , da clas-se dominante, que sobrevivem com boquinhas, corrupas, milhões, carrões, mulherões, cartões, aviões, e que usam o estilo de linguagem dos analfas aquidanuanos, a fina flor com Mestrado, MBA, doutorado, pós graduação.

JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor

“A preocupação com o social é outro ponto forte da TV Diário, pertencente ao Sistema Verdes Mares, que entre seus muitos projetos, está a “Caravana da TV Diário”. O objetivo deste projeto é fortalecer o envolvimento das marcas com os cearenses, levando ações que visam atender às comunidades nas áreas de saúde e cidadania, além de muita diversão e humor. A caravana é itinerante acontece sempre das 9 da manhã ao meio-dia, visitando bairros de Fortaleza e cidades do interior. Um outro grande exemplo, puxado pelo Sistema Verdes Mares, é a campanha Doe de Coração, que visa sensibilizar as pessoas para a doação de órgãos e é sucesso absoluto há vários anos.

“Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputa-dos, há 12 anos no ar, a TV Diário, que tem à frente o diretor de Jornalismo Roberto Moreira, é um veículo

de comunicação local que vem conquistando o seu es-paço pela seriedade, imparcialidade e competência na divulgação dos fatos do dia a dia, seja na política ou na vida da cidade. E este novo momento, na opinião do jornalista Roberto Moreira, é uma evolução para a emissora. Novidades que, cabe ressaltar, representam o compromisso da TV Diário em levar as principais informações, de todo o Estado, com qualidade e rapidez para todos os telespectadores.

“O diretor de programação do Sistema Verdes Mares, jornalista Edilmar Norões, revelou, durante a inauguração da nova redação e estúdio da TV Diário, que “estamos aqui comemorando um fato novo e impor-tante, porque nos coloca em uma posição privilegiada de expectativa para os telespectadores. Sem dúvida é um momento muito importante para a sociedade”. Já o superintendente do Sistema Verdes Mares, Ricardo Nibon, acrescentou que “ao integrar a TV Diário com o Diário do Nordeste e o Portal Verdes Mares, o Sistema fortalece a região e, consequentemente, o dia a dia dos cearenses”.

Ressalto ainda, o relevante trabalho desenvolvido pela equipe da sucursal em Brasília que tem como Diretor Geral o jornalista Wilson Ibiapina e a participação da jornalista Roseane Castilho e os integrantes da equipe da TV Diário/Brasília, Lúcio Ribeiro, Jucelias Medeiros e Camilla Gurgel.

“Pela importância da emissora na região, tendo em vista sua preocupação com a realidade local, é que parabeni-zamos aqui todos que fazem a TV Diário, fazendo-o em nome dos jornalistas Roberto Moreira, Edilmar Norões, Edison Silva e Egídio Serpa, e do superintendente do Sistema Verdes Mares, Ricardo Nibon”.

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Ceará em Brasília10Junho/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

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Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 11 Junho/12

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Ceará em Brasília12Junho/12

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Leituras VIA Toga e o Punhal

J. Ciro Saraiva (*)Faltavam vinte minutos para as oito horas da noite,

quando o assassino penetrou na redação da “Gazeta de Notícias”, para matar aquele que era o diretor e proprie-tário do jornal. Em sua companhia, vinha outro homem que muitos disseram depois ser seu capanga. O dono do jornal era Antônio Drumond e o assassino, por mais incrível que pareça, não era outro senão o juiz municipal Virgilio Gomes de Oliveira, da 1ª. Vara de Fortaleza. De revolver em punho, aproximou-se de sua vitima e gritou bem alto:

- Prepare-se para morrer, canalha !Despertado da concentração em que mergulhara para

escrever o artigo que diariamente produzia e que era pu-blicada na primeira ou terceira páginas, dependendo da importância do assunto, Drumond não teve sequer tempo de levantar a cabeça: o tiro disparado pelo juiz-assassino atingiu seus miolos e lançou-o no chão da redação.

Logo se soube que o juiz pretendia ocupar o cargo de Procurador Fiscal do Estado, que era exercido por Drumond. O fato de este ser inimigo do Presidente Matos Peixoto, deixava-o vulnerável a uma série de fofocas e de conversas miúdas, segundo as quais, o Governo estaria para demití-lo. O próprio Drumond, em nota publicada em seu jornal, dias anteriores, havia mencionado a ameaça de que estava para ser vitima, embora, longe de se atemorizar, tenha reafirmado sempre, fiel ao seu temperamento, o propósito de continuar fazendo criti-cas às mazelas da administração. Homem previdente, e admitindo que se consumasse a perseguição e com ela a demissão, já instruira aos seus auxiliares; na hipótese de lhe ocorrer perder o emprego, não atiraria o jornal da oposição, preferindo guardar a independência com que sempre agira. Queria dizer, assim, que suas críticas ao Governo, eram suas, somente suas e do jornal e não havia, por trás delas, nenhum outro inspirador que não ele e unicamente ele.

Na verdade, o juiz Virgilio Gomes matou Drumond na esperança de ser nomeado pelo Presidente Matos Peixoto, para seu lugar, de Procurador Fiscal.

HORA DE AFLIÇÃO A narrativa feita pelos jornais, no dia imediato ao

crime, dizia: “Poucas vezes se viu tanta aflição. Magdaleno Girão

Barroso, Renato Viana e Carlos Bezerra de Menezes, estes jornalistas, além de tipógrafos e revisores, assis-tiram àquela cena horrível, todos se entregando a um pranto de dor.”

Quem estava na sala em que restou morto Antonio Drumond, foram apenas os dois últimos jornalistas: Mag-daleno escrevia em sua mesa, quando foi surpreendido pela chegada do juiz: em face da rapidez com que os fatos ocorreram, não viu propriamente tudo o que aconteceu, a não ser quando o crime se consumara.

Nunca se vira aquilo, parecia um pesadelo ou um filme americano de faroeste, em que o bandido invade a sala e mata o dono do jornal, ainda trazendo na cabeça, o casquete e o visor que protege seus olhos da tinta e da luz.

Morto Drumond, a população de Fortaleza se aproxi-ma de seu corpo para reverenciar sua memoria na casa em que morava, em frente ao jornal. Foi outro espetáculo de amor e de sofrimento. Todos queriam vê-lo de perto, para tributar a ultima homenagem a um homem que fora em vida, um dos maiores jornalistas do Ceará.

No outro dia, 12 de junho de 1930, os jornais abri-ram manchetes e registraram o acontecimento com a devida importância, inclusive “O Nordeste”, jornal da Arquidiocese, que não publicava matérias policiais na primeira pagina e que dedicou ao acontecimento, um breve comentário, de precisamente vinte linhas.

(*) J. Ciro Saraiva (Quixadá), jornalista e escritor

O poder é meu objeto central de interesse, afirmaO escritor e jornalista Lira Neto: Getúlio é o personagem

mais importante e controvertido da história política brasileira. Para o bem e para o mal, existe um Brasil A. V.e D. V, ou seja, antes e depois do varguismo Prestes a lançar o primeiro volume de sua trilogia a respeito de Getúlio Vargas, o cearense Lira Neto fala sobre o ofício de biógrafo

Em seus livros mais recentes, percebe-se que você é um biógrafo detalhista, que procura dar conta da com-plexidade de seus personagens. Quando você percebeu que a história de Vargas precisaria de mais de um livro para ser contada?

Logo que decidi biografar Getúlio Vargas, dada à comple-xidade do personagem, já antevia a impossibilidade de resumir sua longa trajetória política e pessoal em um único volume. O projeto inicial, apresentado à editora, buscou justificar a necessidade da trilogia. Ao cair em campo e começar a pes-quisa, essa necessidade se consolidou. Getúlio é o personagem mais importante e controvertido da história política brasileira. Para o bem e para o mal, existe um Brasil A.V. e D.V, ou seja, antes e depois do varguismo. Não dá para resumir isso em 400, 500 páginas.

Como a sua editora, a Cia. das Letras, recebeu esta ideia, de uma biografia em mais de um volume. Não é mais fácil vender um livro apenas?

Luís Schwarcz, meu editor, comprou a ideia imediatamen-te. Por certo, um único volume talvez fosse comercialmente mais recomendável. Mas não tínhamos a intenção de publicar apenas “mais um” título sobre Getúlio Vargas, o personagem histórico sobre quem mais se escreveu até hoje no Brasil. Queríamos encarar o desafio de oferecer aos leitores brasileiros a biografia mais completa, mais exaustiva e mais reveladora sobre ele. Nesse aspecto, achamos que o mercado perceberá a importância, a pertinência e a necessidade de uma trilogia. No Brasil, biografias em mais de um volume ainda são uma raridade. Lá fora, é comum.

Getúlio Vargas é o segundo presidente e o segundo ditador brasileiro que você biografa. O poder é um tema que o fascina?

O poder é meu objeto central de interesse, como jornalista e como pesquisador da história. Não é à toa que três das seis biografias que escrevi tragam essa palavra explicitamente no título ou subtítulo. Primeiro, “O Poder e a Peste - A vida de Rodolfo Teófilo”; depois, “Padre Cícero: Poder, fé e guerra no Sertão”; e agora, o volume 1 da trilogia varguista, “Getúlio: Dos anos de formação à conquista do poder”. Nas outras três biografias de minha autoria, o poder é também o personagem central, seja no caso de “Castello: A marcha para a ditadura”, onde isso é mais evidente, no de José de Alencar, quando “O inimigo do rei” realça o lado político do célebre romancista, e mesmo no de “Maysa: Só numa multidão de amores”, livro que lança um olhar sobre outro tipo de poder, o poder da mídia e o do mercado de escândalos da imprensa da época.

No processo de pesquisa, você esbarra, por vezes, em questões polêmicas - algumas até conhecidas. Como é colo-car no papel questões delicadas, como a da proximidade de Vargas dos ideais fascistas? Afinal, a polêmica vende livros, mas ser “polemista” quase equivale a ser sensacionalista, o que não é muito bom para a fama de um jornalista.

Não procuro a polêmica. Não me considero um “polêmi-co”. Fujo disso. Não caibo nesse rótulo. O polemismo, aliás, é a doença infantil do jornalismo. O que busco é observar o biografado pelo maior número de ângulos possíveis, destacan-do suas ambivalências e todo o seu potencial de contradição. Isso, obviamente, produz discussão, debate, questionamentos.

É esse o verdadeiro propósito de qualquer jornalista. Não se trata de semear a polêmica de forma deliberada, de querer ser o babalorixá da contestação. Isso seria algo juvenil demais, uma postura demasiadamente ridícula, caricatural. Não jogo nesse time.

O historiador Boris Fausto assina a quarta capa do primeiro volume de sua trilogia varguista. Acabou a birra dos historiadores com os biógrafos que são jornalistas?

O texto do Boris Fausto, referendando a obra, é uma demonstração clara da seriedade do livro. Boris, entre outras produções relevantes, tem uma obra considerada clássica sobre o tema, “A Revolução de 30: História e historiografia”. Para mim, foi uma honra contar com a leitura dele, ainda na fase dos originais. Fiquei agradavelmente surpreso quando a editora me comunicou que ele havia lido o livro - e gostado ao ponto de querer escrever o texto de quarta capa. A velha tensão entre historiadores e jornalistas que escrevem livros de história já produziu muita discussão bizantina. O fato é que muitos colegas jornalistas escrevem livros apressados, com pesquisa capenga e permeados de anacronismos. E, ao mesmo tempo, também é verdade que muitos historiadores se encastelam na torre de marfim e evitam qualquer tentativa de interlocução com um público não especializado.

Ao sucesso de vendas de biografias nas duas últimas décadas, acompanhou um interesse da academia brasileira em debater esse tema - dentre outros pontos de encontro entre o jornalismo e a história. Você acompanha esse

debate acadêmico? Ou ainda: você lê livros teóricos para aperfeiçoar seu trabalho?

Felizmente, jornalistas e historiadores pa-recem ter compreendido, afinal de contas, que cumprem funções diversas, por adotarem meto-dologias e perspectivas distintas. Para começar, por dever do ofício, o jornalista preocupa-se com a recepção. A bibliografia acadêmica tem objetivos mais específicos. Existe, é bom que se reforce, muita contrafação histórica assinada por jornalistas. E, de modo idêntico, muita abo-brinha ideológica produzida entre os muros da universidade. Meus livros hoje são citados, com

constância, em teses acadêmicas. E é claro que utilizo, com grande respeito e reverência, os estudos a respeito dos temas que pesquiso. Embora eu utilize principalmente fontes primá-rias para escrever biografias, preciso estar ciente e atualizado sobre o estado da arte da bibliografia científica relacionada aos assuntos que abordo. No volume 1 de “Getúlio”, das 640 páginas do livro, cerca de 100 delas são de referências às fontes. E lá estão, ao lado dos documentos e jornais de época, muitas teses de doutorado e pós-doutorado. Todas magníficas.

Vargas é uma figura meio mítica. Não faltam livros sobre ele e mesmo peças de ficção - literárias, teatrais, au-diovisuais. Você chegou a consultar esse tipo de trabalho, como o romance “Agosto”, de Ruben Fonseca?

Tudo que se relaciona a Getúlio me interessa. Não me-nosprezo nenhum tipo de fonte histórica. De marchinhas de carnaval às atas legislativas, de cartas e diários privados a despachos diplomáticos, de filmes e notícias de jornal a fotografias, de inquéritos policiais a panfletos e livros de memórias, tudo ajuda a construir um retrato de corpo inteiro do biografado e de sua época. Existem muitos romances históricos que têm Getúlio como personagem. “Agosto” do Ruben Fonseca, sem dúvida, é o melhor deles. Mas confesso que não leio muito esse tipo de literatura. Tenho uma relação meio indigesta com o gênero. Os romances históricos, por vezes, são tão mal escritos que não devem ser tratados como romances; e, outras vezes, são tão mal pesquisados que não merecem ser chamados de históricos.

Editor Dellano Rios, com Diário do Nordeste.

ENTREVISTA COM LIRA NETO

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br13 Junho/12

Leituras VIIArroz de marisco em Portugal

Por Lustosa da Costa (*)A cada idade, sua vicissitude, diz o Eclesiastas que o Geisel

gostava de citar, quando presidente. Assim é a vida. Quando você, jovem, cheio de vida, chegada à uma cidade, a primeira pergunta que fazia era:

“Onde é o puteiro?”Queria saber onde ficava a zona, quais as melhores casas, a

qualidade e o desempenho das raparigas. ( Dom José Tupinambá da Frota, Bispo Conde de Sobral, se

gabava de que no imenso território de sua diocese, da boca do sertão, no Cratéus até a pancada do mar no Camocim, não havia um templo protestante. Nem unzinho pra semente. E o nosso José Helder de Souza costuma recordar ter sido arrebanhado pelo padre Domingos, vigário da Sé, pra expedição punitiva contra. Quando a comissão do Rotary (ou foi do Lion’s?) foi vê--lo, pedindo-lhe permissão pra se instalar na cidade, um de seus integrantes, galanteou-o, dizendo: “Afinal, Sr. Bispo V. Excia é quem manda em Sobral”.

Ele pigarreou, tamborilou com os dedos no espaldar da cadeira de jacarandá trabalhada e negou:

“Quem manda aqui é a Chica Agostinha”.Tanto assim que fechou o cabaré dela no fim de semana.

Segunda-feira, ele já está funcionando de novo...Hoje você não faz mais isto.E não apenas porque o tempo passou na janela. Também

porque neste campo o profissionalismo perdeu de dez a zero. Por isso, já não há mais bordéis. É que você nem pergunta pelas gatas. Os apetites estão subindo. Agora você quer saber é onde pode encarar a melhor lagosta ao catupiri, o arroz de ostra do Lá--em-cima, o arroz de polvo do Garoto,as ostras frescas do Getty’s.

(Na casa Parente, médico amigo reclamou que usasse a palavra tesão, logo eu, um ex-aluno do Colégio Sobralense. Estou em boa companhia. Quem a empregou foi o padre Antõnio Vieira naquele sermão de Salvador em que ele pede a Deus que desça e venha encarar, aqui em baixo, os incréus holandeses que qeurem invadir a Bahia. E também o profano Thomas Antõnio Gonzaga ).

Houve tempo remoto em que, todos os anos, ia a Portugal. Era uma festa. Principalmente gastronômica. Não tem regime que aguente. Portugal, pra mim, é série infindável de restaurantes nos quais sempre se come bem. Principalmente nos de terceira classe, o prato vernáculo: sem papagaiadas, sem estrangeiricos. Como o Eça relatou e o Dário Castro Alves anotou.

Um dia desses, Paulo Afonso e Zécarlos foram a Portugal. Agora, quando os amigos viajam, viajo por procuração. Pedi-lhes que passando pelo Porto, visitasse o sebo detrás do Hotel Infante de Sagres, a vasculhar livros velhos e fossem saciar o bandulho em A Regaleira, à Rua Bonjardim, comendo, se possível de joelhos, a açorda de mariscos da casa. Eles foram lá por mim e lhes agradeço.

Quando ia à santa terrinha, os portugueses eram, então, gentis. Adoravam receber-nos. Dizem que por conta dos dentistas e do adido, as coisas mudaram. Tenho pena. Certa feita, no restaurante do Cassino do Estoril, com o falecido Thomas coelho, ao observar o cardápio (a emenda indaguei o maitre):

“O que vem a ser pato e stufado?”Pasmo de minha ignorância, ele esclareceu peremptório:“Pato estufado é pato estufado”.Diante de tão cabal informação, nada mais perguntei.Noutro dia, batia pernas por Amadora até que a fome chegou.

Calhava-me, sempre e calha - o arroz de mariscos. Lá, é minha perdição, todo o santo dia. Não relaxo. Peço arroz de mariscos e um branco Bucellas, até que chegue o castigo da intemperança, a gota. Parei numa farmácia e perguntei onde podia matar a fome. Pressuroso, o ajudante desceu da botica (ela tinha batentes), veio até a rua e, prestimoso, me informou:

“está a ver aquele sítio, lá”.“Estou”, respondi.Ele, então elucidou: “Pois, não é lá...”Fiquei calado, na moita. Não sabia o que viria a seguir.Ele prosseguiu, dissipando quaisquer dúvidas:“Adiante, num largo, há um cavalheiro de costas ,no alto, sem

as mãos pra trás. É lá. O senhor vai encontrar”.Segui em frente. Passei pela praça onde havia uma estátua

de eminente português sobre um patamar, de mãos cruzadas, às costas. Cheguei ao restaurante Nevada. E lá me deliciei com o divino manjar.

(*) Lustosa da Cosata (Sobral), jornalista e escritor

Carta da Caatinga foi apresentada no Rio + 20Rio de Janeiro. Mais importante do que a capacidade

de mudar o texto da Rio + 20 é o estímulo às reflexões sobre as questões locais. Daí, os gestores estaduais de meio ambiente do Nordeste constituíram um fórum, no sentido do fortalecimento da governança nas políticas voltadas ao Desenvolvimento Sustentável do bioma Caatinga, com a primeira reunião agendada para o início do segundo semestre em Mossoró (RN).

Esses foram alguns dos destaques na fala de Paulo Henrique Lustosa, presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do Estado do Ceará (Conpam), que apresentou, em nome de todos os gestores estaduais de meio ambiente do Nordeste, no fim da tarde de ontem, a Carta da Caatinga, no Parque dos Atletas, ao lado do Riocentro, onde se realiza a Rio + 20.

As propostas feitas para o bioma, há muito tempo mar-ginalizado, incluem proteção à biodiversidade e esforços na convivência com a seca FOTO: KID JÚNIOR

Em evento paralelo, o Encontro de Secretários de Meio Ambiente dos Estados e Municípios foi promovido pela Associação Brasileira de Entida-des Estaduais de Meio Ambiente (Abema) e Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma).

Conferência regionalCoube ao presidente do

Conpam sintetizar esse esforço que resultou na Carta da Caa-tinga, com 56 compromissos firmados e mais os compromissos individuais dos Estados, resultan-tes da I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio + 20, realizada nos dias 17 e 18 e maio, na sede do BNB, em Fortaleza.

“Em todos os nove Estados que compõem o bioma Caatin-ga foram feitas conferências para discussões, não apenas de problemas, mas de vocações, belezas, envolvendo todos os atores interessados em deixar de ser um bioma marginalizado para ser um bioma estratégico”, destacou o gerente do Ambiente de Políticas Territoriais, Ambien-tais e de Inovação do Banco do Nordeste (BNB), Carlos Alberto Pinto Barreto.

Ele enfatizou que o principal compromisso foi o de fomentar as forças por meio de uma proposta de emenda constitucional que transforme a Caatinga em patrimônio nacional e também a aprovação da Política Nacional de Combate e Prevenção à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas.

Paulo Henrique Lustosa falou também sobre as belezas e potenciais do bioma e de compromissos com esforços de mitigação dos efeitos da seca, tarefa que considera complexa por estar associada ao desenvolvimento sustentável, “isso vai implicar em necessidade de investimento em medidas para transferência de tecnologias apropriadas, que podemos intercambiar tanto no Brasil quanto em outros países”.

Lustosa destacou que esse bioma, historicamente visto como pobre, a cada dia é mais visto por sua riqueza e beleza e são necessárias ações para valorizar isso. “Precisamos atuar no sentido da criação do Fundo Caatinga e de outros fundos verdes que beneficiem o bioma”, disse.

Sobre a Rio + 20, afirmou que as discussões são pauta-

das por conferências anteriores e seus resultados incluem a Convenção de Combate à Desertificação e a Convenção da Biodiversidade, dois caminhos para falar das terras áridas e da proteção da biodiversidade. Lustosa inclui aí a dimensão socioeconômica, inserida na discussão da Economia Verde inclusiva.

“O desafio é encontrar alternativas para promoção do uso sustentável, evitando práticas inadequados que degradam o ambiente”, destacou Francisco Campello, coordenador do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Outros gestores ambientais do semiárido se manifes-taram, como o de Minas Gerais, que anunciou a criação da maior unidade de conservação do Estado, com 500 mil hectares. O da Bahia falou sobre segurança alimentar e hídrica e do programa Água para Todos, que tem cerca de 2 milhões de beneficiados.

A presidente da Fundação Bernardo Feitosa, de Tauá, Sertão dos Inhamuns, Dolores Feitosa, disse, na ocasião, que fica esperançosa, considerando que o bioma Caatinga foi “muito humilhado” no passado. “Quem se interessa pela Caatinga tem que participar para não deixar que as promessas sejam esquecidas”.

Falta de consenso seria “fra-casso”

Rio de Janeiro. O diretor do Departamento de Desenvolvi-mento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Rio+20, Nikhil Seth, disse que se não hou-ver consenso em torno do texto final, a conferência será conside-rada um fracasso internacional. A declaração foi dada ontem, no Riocentro, onde acontecem as negociações em torno do docu-mento.

“Todos estão envolvidos em criar o futuro que queremos. Se, hipoteticamente, não se chegar a um acordo, isso será um fracasso coletivo, do sistema internacio-nal”, afirmou Seth.

A pressão do Brasil para fechar texto da Rio+20 antes da reunião dos cerca de 100 chefes de Estado

foi criticada por alguns países e ONGs FOTO: REUTERSO diretor disse, no entanto, que está otimista de que

haverá um consenso em torno do documento e que esse será um bom texto. “O fato de termos um texto que nos dará uma direção para onde devemos ir já é uma boa con-quista”, afirmou.

O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, disse acre-ditar que a disposição das delegações em trabalhar duro em torno do documento para conclui-lo ontem seria bem sucedida. “Delegados concordaram que o Brasil produziu um texto coerente e consolidado”, afirmou.

Para o ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Peter Altmeier, o texto traz avanços substanciais, mas ainda há espaço para melhorá-lo. Segundo ele, o documento poderia ser ambicioso, no que se refere aos oceanos.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, refor-çou a tentativa do Brasil de negociar o texto sobre os meios de implementação dos objetivos da Rio+20, que tratam de transferência de tecnologia e recursos. Segundo Izabella, os brasileiros estão trabalhando duro para conciliar interesses, ouvindo todos os participantes da conferência.

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O NORDESTE PRESENTE NA RIO+20

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Ceará em Brasília14Junho/12

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br15 Junho/12

Leituras VIIIEnquanto isso no Interior do Ceará.

Histórias.Nelson Faheina (*)A localidade de povoado que fica na zona rural do muni-

cípio de Limoeiro do Norte, é constituída de pessoas inteli-gentes e de grande presença de espírito, para dar respostas extraordinárias. Joaquim Arão, carinhosamente chamada de Joaquim Jacaré, era conhecido como o homem que odiava jumento. Dom Aureliano Matos, bispo de Limoeiro diz prá ele que “jumento é um animal sagrado. Transportou Nossa Senhora e o Menino Jesus, num momento difícil, quando eram perseguidos por Herodes. E que, em agradecimento, Deus deixou a marca de uma CRUZ no lombo do jumento”. Seu Joaquim Jacaré não aceitou o argumento e disse: “Deus fez aquela cruz prá nunca mais andar nele”.

O lateral esquerdo do Esporte Clube de Limoeiro, chamado Caveco que era do Sapé, foi jogar em Fortaleza contra o Ceará. Tinha a obrigação de marcar o ponta-direita HONORATO, na época grande goleador. O repórter perguntou a Caveco: “ Honorato passa por você? Caveco respondeu: passa...mas a bola fica comigo.

De outra vez morreu uma pessoa pobre, no Sapé. Como a família não tinha dinheiro para comprar o caixão, levaram o corpo numa rede. Quando passavam pelo centro de Limoeiro, o farmacêutico João Eduardo Neto perguntou: “ quem é o morto? Um sapesista respondeu: “É o que vai na rede.

Na campanha política do Brigadeiro Eduardo Gomes, para presidente da república, no dia da eleição, uma mulher sapesista olha prá outra e diz: “mulher, como é que você vai votar no brigadeiro, um homem que só tem um ôno? A outra respondeu: “ eu vou é votar e não tomar cria”.

Antenor Malagueta chegou no mercado da carne de Limoeiro do Norte e se aproximando de um grupo de pes-soas afirmou: “valha-me Deus, qui catinga de corno”. Zé de Reinaldo, sapesista da gema respondeu: “ ninguém não tem culpa, de você não tomar banho.”

Dom Aurealiano Matos, bispo de Limoeiro, numa visita ao Sapé, chegou num casa e só encontrando uma menin a de 12 anos, perguntou: “cadê seu pai? Ela respondeu: foi prá cidade. E sua mãe: A menina disse: Foi pro mato.(Como não tinha sanitário na casa, as necessidades fisiológicas eram feitas no mato) Dom Aureliano insiste e pergunta: ela vai demorar? A menina disse: “ Vai não. Quando ela saiu daqui, já estava se peidando, todinha”.

Bilhete do Faheina Publicou o Blog do Macario, em 02.05, o mais recente

bilhete do Faheina: “os bandidos, hoje, não respeitam Igrejas, padres, velhos,

crianças,agricultores e ninguém. Zé Lopes da Silva, estava num pequeno terreno, encravado na serra de Palmácia, apanhando rama de batata, para uma cabra leiteira, quando foi surpreen-dido por dois bandidos. Armados de revólver, deram-lhe umas pancadas, porque ele não tinha nenhum tostão e nenhum objeto. Em seguida mandaram que ele corresse, sem olhar para trás. Veja o depoimento dele, na delegacia de polícia: “seu delegado, em vi a morte com esses olos que a terra vai comer.Acredite, pelas sete chaga de cristo, que escapei fedendo..FEDENDO MESMO. Quando eu corri, numa velocidade tão grande, que as minha perna batia na bunda, as bala passava zunindo, nos meus zuvido. Dei uma topada e cai de cara no chão.Fiquei muito tempo deitado, sem mexer nenhuma pestana, esperando a morte chegar.De repente senti uma coisa lambendo minha zureia. Abri os zói e vi que era Tupy, meu cachorro.Abracei ele e comecei a chorar. Cheguei em casa, todo estrupiado e contei tudo a minha muié, Zefinha, que foi lgo me perguntando:” Zé, qui catinga é essa, home de Deus? Passei a mão no fundo da calça e vi que tava todo cagado. Não tive vergonha. de na minha idade, cagar nas calça. A coisa foi feia.Eu escapei fedendo, FE-DENDO MESMO. Zefinha, revoltada com a falta de segurança disse: “Hoje em dia, a polícia quando chega, prá proteger a gente, vem acompanhada do rabecão prá levar o morto”.Esse fato foi divulgado pelas rádios do Maciço de Baturité.

Nelson Faheina (Limoeiro do Norte), jornalista, escritor e hoteleiro

Governador Cid Gomes inaugurou a nova Perícia Forense do Ceará

O governador Cid Gomes inaugurou em 11.06 a nova sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (antigo IML). No total (obras físicas e equipamentos) foram investidos cerca de R$ 28 milhões. A área construída passa de 3.500m² para 10.500m². O ministro da Justiça, José Eduardo Cardo-zo, e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki confirmaram presença.

De um simples Instituto de Medicina Legal, o equi-pamento passa a contar com Perícia Criminal, Análise Laboratorial Forense, Perícia Veicular, Central de Cus-tódia, dentre outras instalações. Na nova Pefoce também funcionará um núcleo da Defensoria Pública para dar apoio à população que demandar assistência.

Exames importantes para elucidação de crimes, que antes tinham de ser feitos em outros estados da Federação, passarão a ser realizados na Pefoce. Isso garantirá mais agilidade na condução dos inquéritos policiais e robustez na formação de provas.

HumanizaçãoPara além do investimento em equipamentos e em infra-

estrutura, a nova Pefoce tem por diferencial a humanização do atendimento à população. Nesse campo, foram criados o Núcleo de Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente e o Núcleo de Acolhimento à Família.

O primeiro núcleo garantirá atendimento diferenciado a crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência. Nessa nova estrutura, vítima e acusado (de estupro, por exemplo) serão atendidos e examinados em ambientes dis-tintos, sem nenhuma possibilidade de contato e com acom-panhamento de pessoal especializado, como psicólogos.

Já o Núcleo de Acolhimento à Família dará amparo e atendimento especial às pessoas que se dirigirem à nova

Pefoce à procura de parentes ou amigos desaparecidos, possíveis vítimas de mortes violentas.

EquipamentosNa nova estrutura, a Pefoce contará, dentre outros

equipamentos, com 17 mesas de necropsia, equipamento Intensificador de Imagens (aparelho que funciona como um scanner de corpos), Raio X Digital, Câmara Fria para 52 corpos; Câmara Fria para 06 corpos em putrefação; Câmara Fria para Central de Custódia (local onde ficará o material biológico – sangue, tecidos e vísceras - à disposição dos inquéritos); Racks Mortuários para 58 corpos; Estação de Purificação para o sistema de exaustão; equipamento de cromatografia gasosa (capaz de identificar a quantidade e o tipo de droga contido num corpo), dentre outros.

ConcursoPara fazer funcionar a contento a nova Pefoce, está em

desenvolvimento concurso público para a contratação de novos profissionais de perícia em seus vários níveis. Com a conclusão do certame, os Médicos Peritos Legistas passa-rão dos atuais 48 para 75; Peritos Legistas vão de 26 a 31; Peritos criminais saltarão dos atuais 22 para 87; Auxiliares de Perícia subirão de 39 para 125.

A Perícia Forense foi criada em 2008, através da Lei n° 14.055, e regulamentada pelo Decreto n° 29.304, de 30/05/2008. A partir de então, deixou de ser uma coorde-nadoria da SSPDS, e passou a ser uma das “vinculadas” da SSPDS (ao lado de Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Academia Estadual de Segurança Pública) com autonomia financeira, administrativa e pa-trimonial. A Perícia Forense está situada no mesmo local onde funcionou o antigo IML (Avenida Presidente Castelo Branco, 901 - Jacarecanga).

Senado aprova criação de 77 mil cargos para instituições federais de ensino

O plenário do Senado aprovou projeto do governo federal que cria mais de 77 mil car-gos nas universidades federais e nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs). O PLC 36/2012 foi incluído na ordem do dia a pedido do líder do governo no Congresso Nacional, José Pimentel (PT/CE), que destacou a relevância da matéria para o futuro da educação brasileira ao defender a urgência na apreciação.

Entre as contratações previstas, 15.360 atenderão ao Pro-grama Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) que visa expandir a rede de escolas técnicas em todo o país. O Pronatec tem objetivo de ampliar, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes de nível médio e de cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores. A meta do governo federal é chegar ao final de 2014 com 555 escolas técnicas instaladas em todo o Brasil, atendendo a 600 mil estudantes. Os demais cargos contemplarão o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades

Federais (Reuni), o Programa de Ensino à Dis-tância, o Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep), o Banco de Professores Equivalentes e a criação de novos campi.

Do total de 77.178 cargos, 19.569 serão para professor do ensino superior e 24.306 para professores de ensino técnico, tecnológi-

co e básico. Outros 27.714 cargos atenderão à demanda por funções técnico-administrativas, 1.608 serão ocupados por di-rigentes, além de serem criadas 3.981 funções comissionadas.

A contratação seguirá as metas definidas entre o Ministério da Educação e as instituições federais contempladas. Segundo previsão da Lei Orçamentária (LOA), 33 mil cargos serão ocupados ainda em 2012, com gasto aproximado de R$ 935 milhões. Em 2013, o valor projetado alcança R$ 1,8 bilhão.

A matéria foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ainda na manhã desta quarta, sob a presidên-cia do senador José Pimentel, e com a relatoria do senador Eunício Oliveira (PMDB/CE).

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Ceará em Brasília16Junho/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

ResponsabilidadeSocioambiental

Credibilidade

Qualidade

Proximi

Competência

Eficiência

Pontualidade

SegurançaAprendizadoContínuo

Trabalhoem equipeIniciativa

Ética

Parceria

unindo as peças certasMaturidade se conquistaMaturidade se conquistaunindo as peças certas

Tribunal de Justiça do Ceará promove 31 juízes para Comarcas do Interior

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) aprovou, nesta quinta-feira (24/05), a promoção de 31 juízes para Comarcas do Interior do Estado. A sessão foi conduzida pelo desembargador José Arísio Lopes da Costa, presidente da Corte.

Pelo critério de antiguidade, foram promovidos os magistra-dos Ana Celina Monte Studart Gurgel (de Tabuleiro do Norte para a 1ª Vara de Limoeiro do Norte), Mônica Lima Chaves (de Barreira para a 1ª Vara de Aquiraz), Rejane Eire Fernandes Alves (de Paracuru para a 3ª Vara de Eusébio), Renata Santos Nadier Barbosa (da Comarca de Aratuba para a 3ª Vara de Itapipoca), Marília Lima Leitão Fontoura (de Mulungu para a 1ª Vara de Maranguape) e Welton José da Silva Favacho (da Comarca de Cariré para a 2ª Vara de Massapê).

Também por antiguidade, o Órgão Especial do TJCE aprovou a promoção dos juízes Ricardo Bruno Fontenele (de Reriutaba para a 3ª Vara de Morada Nova), Ângelo Bianco

Vettorazzi (da Comarca de Missão Velha para o Juizado Espe-cial Cível e Criminal de Crato), Gerana Celly Dantas da Cunha Veríssimo (de Chaval para a 2ª Vara de Morada Nova), Denielle Estevam Albuquerque (de Guaraciaba do Norte para a 3ª Zona Judiciária, sediada em Quixadá), Henrique Botelho Romcy (de Guaiuba para a 1ª Vara de Eusébio), Alexsandra Lacerda Batista (de Jardim para a 1ª Vara de Barbalha), José Valdecy Braga de Sousa (da Comarca de Caridade para a 1ª Vara de Santa Quitéria), Flávia Pessoa Maciel (de Redenção para a 2ª Vara de Eusébio), Samara de Almeida Cabral (de Jaguaretama para a 1ª Vara de Itapipoca), Rômulo Veras Holanda (de Nova Olinda para a 5ª Vara da Comarca de Crato) e Aldenor Sombra de Oliveira (de Groaíras para a 1ª Vara de Massapê).

Por merecimento, foram promovidos Agenor Studart Neto (da Comarca de Umirim para o Juizado Especial Cível e Criminal de Senador Pompeu), Luís Eduardo Girão Mota (de Caririaçu para a 2ª Zona Judiciária, sediada em Iguatu),

Fabrícia Ferreira de Freitas (de Itarema para a 1ª Vara de Qui-xeramobim), Welinthon Alves de Mesquita (de Araripe para a Vara única de Cedro), Gonçalo Benício de Melo Neto (da Comarca de Poranga para a 1ª Vara de Itapipoca), Jamyerson Câmara Bezerra (de Fortim para a 1ª Vara de Aracati) e Regma Aguiar Dias Janebro (da Comarca de Pindoretama para a 2ª Vara de Pacajus).

Pelo mesmo critério, o Órgão Especial promoveu Antônio Carneiro Roberto (de Frecheirinha para a 3ª Vara de Tianguá), Sâmea Freitas da Silveira (de Icapuí para a 3ª Vara de Limoeiro do Norte), Flávia Setúbal de Sousa Duarte (de Quixeré para a 3ª Vara de Aracati), Josué de Sousa Lima Júnior (da Comarca de Marco para a 1ª Vara de Iguatu), Alisson do Valle Simeão (de Ibiapina para a 8ª Zona Judiciária, sediada em Tianguá), Felipe Augusto Rola Pergentino Maia (de Itapiúna para a 1ª Vara de Morada Nova) e Roberto Nogueira Feijó (de Bela Cruz para a 2ª Vara de Itapajé)

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Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 17 Junho/12

Ministro dos Portos prestigiou instituições do Ceará

O Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, partici-pou da cerimônia da entrega da 4ª edição do Prêmio de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM--Brasil). O evento ocorreu no Palácio do Planalto, e contou com a presença da Presidenta da República, Dilma Rousseff, do Presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Vieira e demais Ministros de Estado. Foram premiados os órgãos governamen-tais, do setor privado, associações da sociedade civil, fundações e universidades que incentivam, valorizam e dão maior visibilidade às práticas que contribuam para as metas de educação, fome, valorização da mulher, mortalidade infantil dentre outros temas relevantes para o crescimento da nação.

O Ministro comemorou ao ver a premiação de duas organizações do Estado do Ceará. Segundo Cristino é edificante ver ações de organizações sendo

reconhecidas e que servirão como peça fundamental para o crescimento do povo nordestino. As organi-zações premiadas foram: a Associação Comunitária de Radiodifusão de Independência (Acordi), de In-dependência e a Escola de Dança e Integração Social para Criança e Adolescente (Edisca) de Fortaleza.

A premiação que existe desde 2004 e foi criada pelo Governo Federal na abertura da 1ª Semana Na-cional pela Cidadania e Solidariedade. A ação conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e de um conjunto de empresas e associações do setor privado. Os ODM foram definidos pela comunidade internacional com base em compromissos assumidos em gran-des conferências mundiais realizadas na década de 1990, que debateram temas relativos à cidadania e à solidariedade.

Fábrica de tuneladoras norte-americana quer se instalar no Ceará

O Governador Cid Gomes recebeu em 30.06, no Pa-lácio da Abolição, o Presidente da empresa The Robbins Company, Lok Home, especializada há mais de 50 anos em fabricar tuneladoras, tendo apresentado o plano para instalação de uma fábrica no Ceará, para atender todo o mercado Latino Americano. O secretário da Infraes-trutura, Adail Fontenele, participou do encontro.

Na oportunidade, Lok Home também assinou o con-trato para fabricação de quatro tuneladoras tipo Earth Pressure Balanced (EPB) completas, incluindo backup e periféricos. Esses equipamentos serão utilizadas nas obras de implantação da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor). O valor do contrato foi de R$ 128.224.258,52.

No último mês de junho o Governo do Estado ho-mologou a The Robbins Company como a vencedora do pregão presencial para a fabricação de quatro tunela-doras destinadas a construção da Linha Leste do Metrô, ouvida a Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Uma vez entregue as tuneladoras, também conhe-cidas por “tatuzões”, em maio de 2013, em dois meses serão montadas nas duas frentes de serviços.

A Linha Leste do Metrô de Fortaleza está inserida na maior área em expansão da Capital, com 450 mil habitantes, concentrando cerca de 20% das atividades in-dustriais e 35% das atividades ligadas ao setor terciário.

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Ceará em Brasília18Junho/12

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Página da Mulher

Receitas da culinária cearense

Ingredientes1/2 Kg de Mandioca 200 gramas de Carne seca 150 gramas de Mussarela 100 gramas de Presunto magro Molho de tomate 1 cebola média 2 dentes de Alho Cheiro-verde Sal a gosto 2 Colher(es) (Sopa) de Óleo de soja 2 Colher(es) (Sopa) de Manteiga

Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas, diz estudoPessoas otimistas teriam menos risco de doenças car-

díacasPessoas felizes e otimistas enfrentam menos risco de

sofrer doenças cardíacas e derrames, segundo uma pesquisa da Harvard School of Public Health.

A pesquisa foi produzida a partir de mais de 200 estudos e divulgada na publicação especializada Psychological Bulletin.

Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas, como alta pressão sanguínea e colesterol elevado.

Fatores como estresse e depressão já tinham sido rela-cionados a doenças cardíacas.

Os pesquisadores do Harvard School of Public Health analisaram estudos médicos variados que traziam registros sobre bem estar psicológico e boa saúde cardiovascular.

O cruzamento de dados revelou que fatores como oti-mismo, satisfação com a vida e felicidade pareceram estar associados a uma redução no risco de doenças cardíacas e circulatórias, independentemente da idade e status sócio--econômico de uma pessoa, de seu peso e se ela é ou não fumante.

O risco de doença, mostrou o estudo, é 50% menor entre pessoas otimistas, mas a pesquisadora-sênior do Harvard School of Public Health, Julia Boehm, afirma que a pes-quisa apenas sugere uma ligação e não representa uma prova de que fatores ligados ao bem estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.

Hábitos saudáveisNão apenas é difícil medir de forma objetiva o bem

estar, como outros fatores que ameaçam a saúde, como colesterol e diabetes, pesam mais quando se trata de reduzir o risco de doenças.

Os participantes da pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis, como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer influência na prevenção de doenças.

A maior parte de estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e otimismo.

Maureen Talbot, enfermeira cardíaca sênior do principal instituto britânico especializado em doenças do coração, a British Heart Foundation, disse: “A associação entre do-enças cardíacas e saúde mental é muito complexa e ainda

não totalmente compreendida’’.“Embora este estudo não tenha olhado para os efeitos

do estresse, ele confirma o que já sabíamos, que o bem--estar psicológico compõe uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como permanecer ativo e manter uma alimentação saudável.’’

“Ele também destaca a necessidade de que profissionais de saúde ofereçam uma abordagem completa do cuidado médico ao paciente, levando em conta seu estado de saúde mental e o monitoramento dos efeitos desse estado mental sobre a saúde física da pessoa”, acrescentou.

‘’Ainda que este estudo não tenha analisado os efeitos do estresse, ele confirma o que sabíamos, que o bem estar psicológico é uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como se manter ativo e comer de forma saudável. Ele também salienta a necessidade de que profissionais da área de saúde forneçam um tratamento holístico em relação à saúde de uma pessoa, levando em conta a saúde mental do paciente e monitorando os seus efeitos sobre sua saúde’, afirmou Talbot.

Com a BBC Brasil

Atores de todos os temposRegina Stella (*)

Eterno círculo vicioso a história da humanidade. Através do tempo os fatos se repetem, iguais, apenas em cenários diferentes, e no drama, na comédia ou na tragédia, os personagens voltam infinitas vezes ao palco, mudando a indumentária, exibindo uma máscara mais colorida, menos tétrica, menos repugnante, mas, no fundo, repisando os mesmos temas, os mesmos gestos, reproduzindo as mesmas cenas.

O déspota, o tirano, o ditador é igual em todos os quadrantes, e sua distorção, seu impulso, sua ânsia por dominar, por oprimir, por subjugar, são idênticos em todas as épocas, nos tempos antigos e nos tempos modernos. Nero usava uma túnica, com sandálias nos pés desfilava nos palácios, enquanto Hitler, sempre de uniforme e com soturnas botas aparecia aos seus comandados, mas tanto um quanto o outro guardava nas entranhas terrível perversão e uma odiosa sede de destruição e morte.

O omisso, indiferente à conseqüência dos seus atos a tudo que não lhe diz respeito, desde que não afete a sua imagem, o seu cargo, a posição que ocupa, lava as mãos perante uma multidão, não se posiciona diante

de terceiros. Cruza os braços e assiste a correnteza passar. Pilatos vive ainda hoje, multiplicou-se, e sobe à tribuna de terno e de gravata.

Transferindo, delegando a outros a decisão que não ousa tomar, ao acaso lança o bem que covardemente não se atreve a desfraldar, e empunhar, como uma bandeira a defender. Pusilânime, medroso, nunca se define, vivenciando uma permanente ambigüidade.

Sempre de espreita, preparando a hora, o lugar, o instante do assalto, o traidor vagueia desde o começo do mundo. De manso se acerca, e no momento exato escancara as fauces e investe, lobo feroz a aniquilar o inocente.

Caim matou Abel, e de sangue do irmão, tingiu o chão do mundo. Brutus apunhalou, pelas costas, Júlio César, em pleno senado, chefiando uma conspiração, e cortando os planos acalentados pelo estadista, hábil político e Imperador de Roma. De tocaia, nas sombras, como rato nos esgotos, o traidor não se mostra, nunca, à luz. Pérfido, se acerca sorrindo, mas nas mãos traz o punhal ou as moedas do perjúrio.

Na infindável procissão de personagens que no palco do mundo repetem gestos, atitudes, distanciados no tempo e no espaço, mas xerox vivos, vestidos de

túnicas, de ternos, de tangas, de togas, de uniformes, seda, veludo ou algodão, um nome representa o grupo, Caim, Pilatos, Brutus, Judas. Mas para esse personagem vulgar, que como camaleão muda de cor, e se transfor-ma, e toma a coloração do ambiente por que passa, e se anula e se aniquila, no intuito de favorecer a quem está na cúpula, sobressai e se destaca, confesso que não encontrei o seu representante! Contudo, sempre existiu, em todas as épocas, nos tempos antigos, nos castelos feudais, nos amplos salões, com mesuras, tre-jeitos, como uma sombra a acompanhar os grandes, os importantes. Como eco, infinitas vezes vai repetindo o sim ou o não, que não destoa, nunca, da voz de quem manda e ordena. Como calango em cima do muro velho, em meneios de cabeça, faz da vida uma afirmativa per-manente, sem nunca protestar, discordar, contradizer.

É o sabujo. Faz da lisonja seu constante linguajar, e bajula, e adula, e incensa e descobre no Poder que o atrai e fascina, razão de sobra de mais incenso e mais bajulação. Ri, sem achar graça e sem estar alegre, afi-velado ao rosto permanente ritus. E, acocorado, não assume, jamais, a postura vertical! Pode lamentar de ser esmagado, aquele que se faz verme da terra?

(*) Regina Stela (Fortaleza), jornalista e escritora

Bolo de Macaxeira e Charquepor alguns minutos e acrescente o molho de tomate da sua preferência. Reserve o molho. Pegue o creme de mandioca e adicione a manteiga ou margarina e separe em duas porções.

Após esse preparo unte um refratário e forre com uma das partes do creme de mandioca, colocando por cima do creme o molho de carne seca, a camada de presunto e em seguida adicione o restante do creme de mandioca, finalizando com mussarela. Pré-aqueça o forno convencional, e leve ao forno por aproxima-damente 15 minutos até a mussarela derreter, ou ainda leve ao microondas de 3 a 5 minutos.

Preparo:Cozinhe a mandioca em água sem sal, após seu

cozimento, coloque no liqüidificador desprezando um pouco da água, adicione uma colher de café de sal. Bata até obter um creme de aspecto pastoso. Reserve. Enquanto a mandioca esta cozinhando coloque a carne seca para cozinhar na panela de pressão, após cozida escorra a água e passe a carne seca pela centrífuga ou pelo liqüidificador, e reserve.

Em seguida coloque em uma panela o oléo, o alho amassado e a cebola cortada em cubinhos para fritar, até a cebola começar a murchar. Adicione então, a carne seca desfiada, o cheiro-verde a gosto. Refogue

Page 19: Jornal Junho 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br19 Junho/12

Leituras IXHumor Negro e Branco Humor

Como Vovó já dizia...Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu

um barulho estranho vindo do seu quintal.Foi averiguar e constatou haver um ladrão tentando levar

seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreen-

dendo-o ao tentar pular o muro com seus patos, disse-lhe:- Oh, bucéfalo anácrono!!!...Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes pal-

mípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.

Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzi-rei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, todo confuso:- Dotô, rezumino...eu levo ou dêxo os pato???...

A Alegria de ser Carioca...Paulistas e paulistanos que me desculpem, mas essa é ótima...

Desculpe, mas não deu pra segurar...É a mais pura verdade!!!É melhor do que “de” argentino...

Tom Jobim era cariocaVinícius de Morais era cariocaChico Buarque é cariocaNoel Rosa era cariocaPixinguinha era cariocaLamartine Babo era cariocaRenato Russo era cariocaArnaldo Jabor é cariocaCazuza era cariocaBetinho era cariocaZico é cariocaRomário é cariocaa Skoll é cariocao time de maior torcida do Brasil é cariocaO maior estádio do mundo é cariocaO vôlei de praia é invenção cariocaO futevôlei é invenção cariocaO futebol de praia é invenção cariocaA praia mais famosa do Mundo é cariocaA maior floresta urbana do mundo é cariocaOs dois maiores símbolos do País (Cristo Redentor e o

Pão de Açúcar)são cariocasA Brahma é cariocaO Rio é sol, é sal, é suor, é cerveja, é carioca!

AGORA OS PAULISTAS

Zé Dirceu e Marta Suplicy são paulistasO Juiz Nicolalau é paulistaChiquinho Scarpa é paulistaGugu é paulistaO Tietê é paulistaBaú da Felicidade é coisa de paulistaA TAM é paulistaA pior cerveja do país (Xixicariol) é paulistaA 2ª pior cerveja do pais (Kaiser) é paulistaA cidade mais poluída do Brasil é paulistaA cidade mais engarrafada do Brasil é paulistaO aeroporto mais perigoso do país é paulista“Ô meu” é coisa de paulista“um chopps e 2 pastéu” é coisa de paulistaE finalmente o pior: O PT É DE SÃO PAULO!!! e LULA

surgiu em São Bernardo!!!

Usina pioneira na América Latina já está pronta no Ceará e foi lançada durante a Rio+20

Dois flutuadores formam o primeiro módulo da usina de ondas da América Latina Divulgação

RIO - O país começa este mês sua primeira grande experiência para aproveitar a energia das ondas do mar. A primeira usina de ondas da América Latina funciona no por-to do Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza e será lançada oficialmente durante a Rio+20. Para os pesquisadores, o local é um laboratório em escala real onde serão ampliados os horizontes da produção energética limpa e renovável.

O potencial é grande, asseguram. O litoral brasileiro, de cerca de 8 mil quilômetros de extensão, é capaz de receber usinas de ondas que produziriam 87 gigawatts. Na prática, de acordo com especialistas da Coppe, que desenvolve a tecnologia, é possível con-verter cerca de 20% disto em energia elétrica, o que equiva-leria a 17% da capacidade total instalada no país.

Fronteira estratégica para a tecnologia

Antes de pensar em mais usinas no litoral brasileiro, po-rém, é preciso testar conceitos e comprovar tanto a viabili-dade quanto a confiabilidade do projeto, que é financiado pela Tractebel Energia através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, com o apoio do governo do Ceará.

Dois enormes braços mecânicos foram instalados no píer do porto do Pecém. Na ponta de cada um deles, em contato com a água do mar, há uma bóia circular. Conforme as on-das batem, a estrutura sobe e desce. O movimento contínuo dos flutuadores aciona bombas hidráulicas, que fazem com que a água doce contida em um circuito fechado, no qual não há troca de líquido com o ambiente, circule em um ambiente de alta pressão.

— Fazendo uma analogia com uma usina hidrelétrica, em vez de termos uma queda d’água, temos isso de forma concentrada em dispositivos relativamente pequenos, onde

a pressão simula cascatas extremas de 200 a 400 metros — explica Segen Estefen, professor de Engenharia Oceânica da Coppe. — A água sob pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara hiperbá-rica, que é o pulmão do dispositivo.

O mar tem sido encarado pelos pesquisadores da Coppe como uma fronteira estratégica na qual o Brasil pode ser o líder tecnológico. Somente no projeto da usina de ondas, foram investidos R$ 15 milhões em quatro anos.

O Ceará não foi escolhido aleatoriamente. Sua grande vantagem estratégica é a constância dos ventos alísios, re-sultado da rotação da Terra. O movimento do ar gera ondas regulares no mar brasileiro. Elas não são grandes, mas estão

sempre batendo. Poder contar com o movimento praticamente o tempo todo aumenta a eficiên-cia da nova usina.

— Há alguns anos, o Brasil, por suas características, não era incluído em debates ou fóruns internacionais. Hoje, entendemos que não basta ter ondas grandes. Elas atuam em somente 20% do ano. Já as nossas batem de forma cons-tante em mais do que 70% do ano — afirma Estefen. — Desenvolvemos o domínio tecnológico para atividades que, nas próximas décadas,

vão acontecer cada vez mais no mar, que cobre 71% das superfície do planeta.

Ainda há um longo caminho a ser percorrido para que as usinas de onda passem a fazer parte da paisagem brasileira. Os especialistas evitam compará-las às hi-drelétricas, que, em geral, têm custo de produção quatro vezes menor.

Na corrida pela viabilidade desta tecnologia, o vento é o principal concorrente. A energia eólica costuma ter a metade do custo. No entanto, os especialistas esperam uma redução de custos com aumento da escala de produção das usinas de ondas.

Petrobras adia Comperj e refinarias do Ceará e do Maranhão— O Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), em

construção em Itaboraí, e as refinarias Premium I e II, previstas para o Maranhão e o Ceará, foram adiadas, sem mais prazo para sua conclusão. Ao detalhar o Plano de Negócios 2012-16 na manhã desta segunda-feira, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que os prazos dos pro-jetos estão sendo revistos.

— Nenhum projeto foi retirado do plano. Estamos reavaliando prazos. No Comperj, estamos reava-liando os prazos, de uma forma mais detalhada pos-sível — destacou Graça Foster.

Pelo plano anterior, a primeira refinaria do Comperj (de 165 mil barris diários) deveria entrar em operação em fins do próximo ano, início de 2014. Já as duas refi-narias do Nordeste saíram totalmente do plano 1012/16. Pelo plano anterior, a Premium I, no Maranhão, deveria

começar a operar a partir de 2016, e a Premium II, no Ceará, a partir de 2017.

Quanto à Refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco, seus cronogramas também sofreram

um atraso, de um ano. A primeira unidade entrará em novembro de 2014, e a segunda refinaria, em maio de 2015.

As refinarias são funda-mentais, mas eu preciso sa-ber quanto custa e quantojá fiz — disse a executiva.

A Refinaria de Pernam-buco tornou-se um proble-mão, já que a participação da Venezuela não se con-firmou. A Venezuela queria

que o BNDES lhe emprestasse R$ 500 milhões para participar do projeto. O dinheiro foi negado. A obra está superatrasada. deveria estar com 90% pronta mas não chega a 55%. O seu custo foi triplicado.

Page 20: Jornal Junho 2012

Ceará em Brasília20Junho/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Festa Junina da Casa foi um sucesso. mais de tres mil pessoas presentes

As tradicionais festas juninas da Casa do Ceará em Bra-sília que marcaram época na cidade, voltaram dia 30.06, com o reencontro saudoso dos cearenses, nordestinos e brasilienses, com muita animação, forró, comidas típicas, danças e quadrilhas. Brasília bombou e uma multidão estimada em três mil pessoas acorreu a uma das mais tra-dicionais festas juninas da cidade, apesar de outras festas e eventos ocorridos na AABB e no Marina Hall.

A renda reverterá em benefício das obras assistenciais da Casa, que vai completar 50 anos em 2013.

A Casa do Ceará preparou uma programação para agradar a comunidade de Brasília, não só da Asa Norte, mas das áreas em volta e das cidades satélites. A área de alimentação foi entregue ao Francisco Oliveira dos San-tos (Moranguim) (Icó), providenciando 120 mesas e 480 cadeiras junto à Coca Cola, as comidas que compõem a deliciosa culinária cearense, da Bahia e do Goiás, espeti-nhos, pasteis, pizzas, doces, bolos, cocadas, bebidas típi-cas, sorvetes, além de cervejas e refrigerantes, os quentões de cachaça e vinho.

Também havia área de brinquedos para as crianças.Uma das melhores quadrilhas do Brasil Central, Formi-

ga na Roça, que se apresenta em inúmeras festas juninas em Brasília, no Entorno, no Goiás e em Minas Gerais, mais uma vez marcou presença na Casa. A quadrilha é referência obrigatória em todas as festas juninas do Nordeste, tendo como atração principal o casamento na roça, com noivos e padrinhos.

A Casa do Ceará convocou os Trios Cajarana, com Peninha Vieira, e Siridó além de Beto Alencar que se apresentaram, lembrando Gonzagão no seu centenário, tocando e cantando o melhor forró pé de Serra do Araripe.

A dupla Chico Rey e Paraná, a atração da noite, também se apresentou com seus sucessos de música sertaneja, que agradam os brasileiros do Brasil Central e do Centro Oeste. O poeta e cordelista Ruiter Lima foi o mestre de cerimônia da festa, declamando versos rápidos entre as apresentações das bandas, fazendo o sorteio dos brindes e chamando a próxima atração.

Lembrou inclusive o grande mestre do cordel e da

poesia popular do Nordeste, Patativa do Assaré.A festa junina teve o patrocínio do Grupo Gasol, do

Grupo Só Reparos, Clube Unidade de Vizinhança, Cam-pelo e Bezerra Advogados, Chico Rey & Paraná, Peninha Vieira. A coordenação foi do Diretor Cultural da Casa, Fernando Gurgel Filho, (Fortaleza) e do membro do Conselho Fiscal, Edivaldo Ximenes Ferreira (Fortaleza), com a assessoria da Superintendente da Casa, Antonia Lúcia Guimarães.

Entre milhares de presentes, os diretores e membros do Conselho Fiscal da Casa, os professores da Universitat Politecnica de Catalunya - Barcelona, Xavier Matorell – PHD, Daniel Jimenez – PHD, David Torrents – PHD e Carlos Martinez – PHD, Professoras da UNB Alba Cristina Magalhães Alves de Melo – PHD e Maria Emília Machado Tells Walter – PHD, além do dr. João Paccini, da Clínica Paccini , Mestre Lídia Miranda o administrador de Brasília, Messias de Souza, acompanhado dos diretores Luis Gonzaga de Assis, também diretor da Casa do Ceará, e Carlos Euler Curlin Perpétuo.