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Maranduba, Julho de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 62 Foto: Ezequiel dos Santos Aldeia Renascer recebe representantes indígenas do Paraná em intercâmbio Foto: Adelina Fernandes

Jornal Maranduba News #62

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Notícias da Região sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #62

Maranduba, Julho de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 62

Foto: Ezequiel dos Santos

Aldeia Renascer recebe representantesindígenas do Paraná em intercâmbio

Foto: Adelina Fernandes

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Julho 2014

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Editor Chefe:Emilio Campi

Jornalista Responsável:Ezequiel dos Santos - MTB 76477

Colaboradora:

Adelina Campi

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Os cursos do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhado-ras Rurais para este mês são:

De 07 a 11 de Julho de 2014Artesanato em ibras Vegetais – Bananeira/PapelQuilombo Fazenda Picinguaba

De 10 a 12 de Julho de 2014Viveirista – Módulo 1Casa da Agricultura de Ubatuba

De 14 a 15 de Julho de 2014Olericultura Organica – Módulo 5Propriedade no Rio Escuro

De 21 a 23 de Julho de 2014Artesanato em Sementes Bio JóiasSede do Sindicato no Sertão da Quina

Curso de EletricistaDias 01, 02, 03, 08, 09 e 10 de Agosto no Sertão da Quina, restam somente sete vagas.

Estão abertas as inscrições do curso de Orquídeas Tratos e Manejos CulturaisEste curso poderá ser em Se-tembro de 2014.Contatos pelo email: [email protected] ou pelo telefone 12 - 997273793

Indiferente 0 x Molecada 1Professor Pérsio Jordano O futebol e o futsal estão a

todo vapor, no inicio do mês passado aconteceu o cam-peonato municipal juvenil de futebol de campo, onde o E.C Araribá/Vila representou com muita garra a nossa região.

Esta equipe já realizou três jogos: Araribá 2x1 Estufa, Araribá 2x2 Silop e Araribá 2x0 Itaguá. Com estes re-sultados a equipe se destaca muito na competição. Para-béns ao Régis que liderou e apoiou com muita vontade os atletas.

O campeonato municipal está rolando, muitas alegrias ainda estão por vir.

Já no futsal feminino está rolando dois campeona-tos, a 2ª Taça Cidade de Caraguatatuba de Futsal Fe-minino Livre, onde as garo-tas do E.F. Sertãozinho anda muito bem, mesmo depois de perderem para a forte seleção de São Sebastião por 05 a 03.

A equipe só cresceu, veja os resultados: E.F. Sertãozi-nho 01x01 Seleção de Cara-gua, E.F. Sertãozinho 09x00 P. Barcelona, E.F. Sertãozi-nho 05x01 União, E.F Ser-tãozinho 05 x 02 Seleção de Ilha Bela, E.F Sertãozinho 10x00 Ciase.

A competição ainda esta em andamento. Também teve início no último dia 16

de junho a Taça Gatorade de Futsal Feminino sub - 15.

Nesta competição as me-ninas do E.F. Sertãozinho estará representando nossa cidade.

No último dia 28, o resul-tado pra nossa equipe foi a seguinte, ficamos com o terceiro lugar na com-petição 2ª Taça Cidade de Caraguatatuba de Fut-sal Feminino Livre, onde, na quadra do Tinga em Caraguatatuba amargaram uma derrota de 2 a 1 para a equipe da portuguesa da Ilhabela.

As meninas do sub-15 es-tão na semi-final da copa Gatorade de futsal feminino Ed ainda não sabemos o ad-versário.

Porém, ao final do encer-ramento desta edição o re-sultado do futsal feminino livre Copa Caraguatatuba de futsal feminino foi E.F. Ser-tãozinho 02 X 00 Ajax. Pra o futsal feminino sub-15 Copa Gatorade E.F. Sertãozinho 02 X 01 Barcelona, E.F. Ser-tãozinho 03 X01 Integração.

Mais uma vez é a região sul de Ubatuba muito bem representada nas competi-ções municipais e inter- mu-nicipais. Os organizadores agradecem aos apoiadores que acreditam nesta gera-ção.

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Julho 2014 Jornal MARANDUBA News Página 3

Frio aumenta público em festas Juninas nas escolas da regiãoEZEQUIEL DOS SANTOSAs escolas municipais da

região sul realizaram na pri-meira semana de Junho as festividades juninas em suas unidades escolares. A popu-lação compareceu em massa para prestigiar o evento. Os pais se deliciaram com os fi-lhos, já que alguns se apre-sentaram ao grande público.

As escolas capricharam no figurino e no enfeite ao even-to. Tudo indica que o número de pessoas superou a do ano passado. Não faltaram os qui-tutes tradicionais e pitadas de inovação em pratos que não fazem parte do cardápio juni-no, mas agradou o público. A grande maioria preparou dan-ças e apresentações sobre o tema da época.

Nos dias que antecederam as festividades foi possível ver a preparação e a correria dos organizadores, professores, direção, pais, voluntários e simpatizantes. Muitos alunos contavam em casa da satisfa-ção que sentiam em ensaiar as danças para este grande dia.

Na escola Nativa Fernandes de Faria, Sertão da Quina, houve até banda para ani-mar os convidados. A rua em frente à escola ficou tomada de pessoas que buscavam se distrair. Muitas pessoas co-laboraram com esta grande festa, principalmente alguns comerciantes.

A Alegria ficou por conta da banda Leões de Arame, composta pelos músicos Eve-raldo, Dirceu e Leandro que abrilhantaram o evento. Hou-ve premiações aos alunos. A apresentação das crianças en-cheu os pais de orgulho, vá-rios foram os pais corujas que acompanhavam atentamente os filhos dançarem. Os visi-tantes, pais e colaboradores

saíram satisfeitos das festas e já aguardam a do ano que vem.Um resumo do surgimento

das Festas JuninasOs portugueses após o tal

descobrimento do Brasil intro-duziram em nosso território varias características da cul-tura européia, como as festa juninas. Em principio estas festas surgiram no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas.

Essas comemorações tam-bém aconteciam no dia 24 de junho, que para nós, era o dia de São João. Lá estas festas eram conhecidas como Joani-nas e recebeu esse nome para homenagear João Batista, pri-mo de Jesus. Assim, passou

a ser uma comemoração da igreja católica, onde homena-geiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.

Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são mui-to parecidas com as de suas culturas.

Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam ou-tros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, passaram a acender enormes fogueiras para que as pessoas se aquecessem em seu redor.

Várias brincadeiras entra-ram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento

na roça, dentre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade. As comidas típicas dessa festa tornaram-se pre-sentes em razão das boas co-lheitas na safra de milho. Com esse cereal, por exemplo, são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamo-nhas, bolinhos fritos, curau,

pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros.

Depois de toda esta histó-ria de formação a festa junina ainda relembra muito a ale-gria, a fartura e a satisfação de viver em nossa terra e cul-tura, vista no rosto das pesso-as que participaram das festas nas escolas de nossa região.

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Página 4 Jornal MARANDUBA News Julho 2014

Ubatubano Ilustre comemora mais um ano de vida Região inaugura quadra de futebol society

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 24, sábado, a

família de um Ubatubano Ilus-tre preparou mais uma grande festa ao patriarca Sebastião Pedro de Oliveira. Foram 89 velas assopradas e dezenas de vozes cantando os tradi-cionais parabéns pra você. Além da alegria de sempre, desta vez os filhos, netos, bisnetos, amigos, conhecidos e parentes cantavam ao vivo ao som da banda que anima-va a festa. Nem a chuva, nem o tempo ruim atrapalhou este momento em família.

Enquanto rolava a festa, o aniversariante inquieto con-feria se todos os convida-dos estavam sendo servidos e também aproveitava para cumprimentar um por um.

Antes de cortarem o bolo, a família apresentou a todos o ensaio da semana, era uma bela e pura homenagem ao patriarca, uma antiga musi-ca que se refere aos pais que muita gente conhece:

“Meu velho pai, preste aten-ção no que lhe digo; Meu po-bre papai querido; Enxugue as lágrimas do rosto; Porque papai que você chora tão sozinho; Me conta meu papaizinho; O que lhe causa desgosto - Estou no-tando que você está cansado; Meu pobre, velho adorado é seu filho que está falando; Quero saber qual é a tristeza que exis-te; Não quero ver você triste; Porque é que está chorando?”.

Foi assim que todos soltaram a voz e a grande maioria soltou

as lágrimas e as emoções conti-das da beleza e da realidade da letra da música.

Já o bolo continha na cober-tura a foto do patriarca no gra-mado da Casa de Emaús, onde ajudou a construir. Dois de seus descendentes aproveitaram a data para assoprar velinhas, o filho Adilson e o neto Roger, que completaram mais um tan-to de anos de vida.

Após cortar o bolo, Tião Pedro foi para seus aposentos e lá fora a festa ia de vento em popa.

EZEQUIEL DOS SANTOSCom a escassez de espaços

públicos para a pratica de es-portes, entretenimento e en-contro familiar na região, o caiçara e empresário Valdomi-ro Luiz de Deus inaugurou no último dia 6 de junho o Fliper Sport Center Futebol Society.

O espaço conta com lancho-nete, churrasqueira, vestiário e o mais importante - uma qua-dra em tamanho oficial (25x45 metros) nova instalada com equipamentos de excelente qualidade. “O local é mais do que um espaço para a pratica de esporte e lazer, trata-se de um ponto de encontro fami-liar”, comenta o proprietário que é morador da região.

O empreendimento oferece também bolas novas e coletes aos atletas amadores e profis-sionais. As parcerias já acon-tecem, o Fliper Sport Center cede graciosamente o espaço

ao time de futebol feminino local treinado pelo professor Pérsio Jordano. Futuramente o time masculino também será beneficiado por esta parceria, confirma Valdomiro.

O que esta bombando na quadra society é o futebol das mulheres aos domingos a tarde. Lá pelas 16 horas a quadra é aberta as atletas fe-mininas de final de semana por uma taxa simbólica de R$ 5,00, tudo isto para estimular as mulheres a pratica deste esporte.

O espaço fica a beira da Estrada Municipal do Sertão da Quina Antonio Cruz de Amorim, próximo a entrada do bairro do Ingá e ao Morro do Foge.

O interessado pode agendar valores mensais e avulsos pe-los telefones (12)3849-8399 e 997289371. Vale a pena conferir.

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Julho 2014 Jornal MARANDUBA News Página 5

Ilha Anchieta participa do Dia Mundial dos Oceanos com limpeza de suas praias EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 8, domingo, em

comemoração ao Dia Mundial dos Oceanos, funcionários do Parque Estadual da Ilha An-chieta - PEIA, colaboradores, amigos e voluntários realizaram mais uma edição do mutirão de limpeza de praias e entorno da Unidade de Conservação. Des-ta vez o pente fino não ficou só com as praias. Os costões ro-chosos e o polígono de prote-ção no entorno da ilha também receberam atenção especial.

A atividade começou bem cedo e terminou por volta das 15 horas, neste período foram recolhidos 30 quilos de lixo. Desta vez foram os pequenos resíduos como as pontas de cigarro e tampas de garrafas, os objetos mais recolhidos pela equipe. Voluntários do Insti-tuto Argonauta, Aquário de Ubatuba, Filhos da Ilha acom-panharam todo o processo.

Segundo Luiz Bitteti, o gestor do PEIA, ano passado foi re-colhido aproximadamente 200 quilos de lixo. “A diminuição do lixo na ilha e em suas águas se devem ao trabalho preventivo realizado todos os dias, prin-cipalmente nos períodos de maré cheia e após os feriados, é nossa responsabilidade cui-dar deste bem tão precioso e tão importante a toda vida no planeta”, comenta Bitteti. A co-memoração do Dia Mundial dos Oceanos acontece anualmente no dia 8 de junho. Neste dia é relembrada a importância dos oceanos no equilíbrio do pla-neta e em todo o globo são realizadas várias atividades de conscientização das pessoas para os perigos que os oceanos estão correndo.

O gestor agradece a colabo-ração de Carlos Paiva - gestor do Píer e do Ubatuba Iate Clube nesta empreitada.

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Julho 2014

Garota da Copa e Rainha dos Pescadores de Ubatuba é da Região SulEZEQUIEL DOS SANTOSA Jovem Maria Alice, 16

anos, conquistou neste mês de junho dois importantes títulos para a Região Sul de Ubatuba.

Primeiro foi a conquista da “Garota da Copa 2014”, reali-zado no último dia 14 no Pes-que Pague Ubatuba. Lá 200 convidados puderam acompa-nhar a difícil tarefa de 13 belas garotas representarem os paí-ses integrantes desta Copa do Mundo no Brasil.

Maria Alice, moradora do Ser-tão da Quina, representou com muita elegância e simpatia a beleza da mulher brasileira e foi à final. Os pais corujas per-deram a voz na torcida, valeu a pena, foi ela a escolhida em Ubatuba para representar nes-te ano a beleza da Garota da Copa 2014. “Gosto muito de participar desses eventos e, ter a oportunidade e responsabili-dade de representar o Brasil, foi muito gratificante. Conquistar mais um título para o Sertão da Quina também me deixou mui-to feliz”, comenta a campeã.

Os pais contam que foi pura coincidência a filha participar deste concurso, a jovem que faz balé na FUNDART foi vis-ta por um integrante da or-ganização do evento a qual procurava meninas para o concurso. Maria Alice foi abor-dada e convidada a realizar a inscrição. O concurso priorizou meninas de vários bairros de Ubatuba e segundo os convi-dados e participantes foi um show de beleza caiçara.

Rainha dos Pescadores 91ª Festa de

São Pedro PescadorA segunda conquista acon-

teceu na noite do último dia 25, na 91º Festa de São Pedro Pescador onde 17 candidatas concorriam ao titulo de Rainha

dos Pescadores 2014. A festa apresentou um cronograma bem atrativo de uma semana cheia de eventos ligados a cul-tura e a história da formação dos primeiros povos do Brasil aqui em Ubatuba.

Logo no primeiro dia foi à apresentação do concurso ao público e aos jurados da rai-

atividades culturais da festa, incluindo a tradicional Procis-são Marítima.

A Rainha dos Pescadores 2014 teve o patrocínio da Cida artesã do Sertão da Quina (Pedra Preta) que confeccio-nou um belo balaio utilizado no desfile. Com uma roupa típica, seus acessórios para o desfile (colar, pulseira, brinco) foram confeccionados pela artesã Sheila, do Sertão da Quina, que possui uma ban-ca de artesanato na Feira da Maranduba. A colaboração das duas artesãs foi essencial para os detalhes da vestimen-ta que colaborou muito para esta conquista, por isso a rai-nha dos pescadores agradece o patrocínio.

No depoimento da campeã ela destaca a importância e a responsabilidade de represen-tar esta categoria, ela sabe o que significa o trabalho duro no mar, por isso queria este titulo. “Esse foi um dos con-cursos mais importantes que eu já ganhei, porque além de representar os Pescadores de Ubatuba, sei que a pesca é uma atividade muito impor-tante no nosso município e que a cultura caiçara precisa ser valorizada e, para isso, te-nho outras responsabilidades durante o ano que exige muita dedicação e vou me esforçar muito para fazer jus a esse tí-tulo”, fala Maria Alice emocio-nada com a conquista.

Com apenas 16 anos, cursa o 2º ano ensino médio, faz balé, futebol e também, quando pode, gosta de surfar com o pai dela. Quem quiser acompanhar com mais detalhes sobre o evento basta acessar: “http://fundart.com.br/festa-de-sao--pedro-2014/rainha-dos-pesca-dores/” e navegar na represen-tação da cultura caiçara.

nha da festa. Antes, porém, para este dia as meninas passaram por um treinamen-to com os coreógrafos Eudes Soares e Renato Fernandes. “Durante 30 dias foi um traba-lho dedicado a passarela. Pra mim é bem gratificante ver o desenvoltura de cada uma, estou muito contente com o

resultado, elas são ótimas”, diz o coreógrafo Eudes.

Para Renato, “a rainha tem que ter postura correta, be-leza, simpatia e carisma para representar bem a cidade de Ubatuba e seus pescadores, tem que dar o exemplo”, fina-liza o profissional. A escolhida passa a participar de todas as

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Julho 2014 Jornal MARANDUBA News Página 7

Jornal Maranduba News

ANUNCIEAQUI

(12) 99714-5678(12) 3832-6688

COMUNICAÇÃO PMUA tradicional Festa de São

Pedro Pescador de Ubatuba reuniu cerca de 25 mil pesso-as entre o fim da tarde da úl-tima quarta-feira e a noite do último domingo na Praça de Eventos da cidade e devido ao sucesso da festa a prefeitura decidiu estender por mais uma semana as comemorações.

“Em função do sucesso do evento, da grande presença de turistas estrangeiros e da estrutura montada, decidimos estender a comemoração por mais uma semana, fazendo com que a cidade tenha atra-ções em uma época em que precisa de uma política pública de combate à sazonalidade”, informa o prefeito Mauricio.

Nesta terça-feira, o telão instalado no espaço exibiu os últimos jogos das oitavas-de--final da Copa do Mundo. Na quarta-feira e na quinta-feira, a Vila Caiçara voltou a funcio-nar. A barraca da tainha na brasa não fecha e tem uma novidade: o prato ficou mais barato (R$45).

Na sexta-feira, o telão exibe o jogo entre Brasil e Colômbia pelas quartas-de-final da com-petição e as atrações do even-to continuam funcionando, inclusive neste fim de semana.

O evento de cunho cultural e religioso chegou à sua 91a edição em 2014 e mais uma vez valorizou a cultura caiçara e popular.

Com a cidade cheia de tu-ristas brasileiros e estran-geiros em função da Copa, a prefeitura encontrou na festa uma oportunidade ímpar para potencializar as atividades tu-rísticas e culturais na baixa temporada.

A festa deste ano incluiu uma extensa programação cultural e artística, além das

Prefeitura estende Festa de São Pedro por mais uma semana

barracas de bebidas e comi-das da culinária local.

Destaque para a ampla es-trutura montada para receber o evento, a maior da história, e para a Vila Caiçara, construída especialmente para exaltar as tradições da região.

Destaque também para a apresentação da banda pau-listana de forró Bicho de Pé, que colocou o público para dançar no domingo com seu repertório nota dez.

Rainha dos PescadoresMoradora do Sertão da Qui-

na e filha de uma família que vive da pesca, Maria Alice da Silva Rocha, 16 anos, foi eleita a Rainha dos Pescadores de 2014.

Estudante do segundo ano do ensino médio E.M Thomas Ribeiro de Lima, a jovem gos-ta de futebol, ballet e é apai-xonada pelo surf.

“Fico muito feliz em ter ven-cido o concurso. Primeiro por ser uma conquista pessoal minha. Mas o mais importan-te é que sou caiçara, filha de pescadores e minha vitória

representa a valorização da nossa cultura e da nossa gen-te. Precisamos muito valorizar nossas tradições”, pontua a jovem.

Vila CaiçaraConstruída especialmente

para exaltar as tradições e a cultura caiçara, a Vila Caiçara fez sucesso durante a festa.

O espaço reproduziu fiel-mente a estética das moradias locais, com paredes de pau a pique, decoração típica, jane-las de bambu, fogão à lenha e panelas de ferro.

De acordo com Maurici Ro-meu da Silva, pescador e se-cretário municipal de Pesca, Agricultura e Abastecimento, os principais objetivos da ação são resgatar e promover a identidade cultural caiçara du-rante o evento.

“Nas duas festas de São Pedro que organizamos desde que assumimos a prefeitura fizemos questão de montar a estrutura da Vila Caiçara. Com ela, mantemos vivas nossas tradições mais antigas e apre-sentamos sua beleza à nossa

população e aos visitantes”, conta Romeu.

Um dos responsáveis pela construção da vila, Mario Gato, reafirma as palavras de Maurici. Para ele, a Festa de São Pedro nasceu do povo e é fundamental apresentar o modo de vida de quem a criou.

“Esse espaço busca recupe-rar o que deixaram de lado. Ele também representa as nossas comunidades e a preservação dos nossos costumes. Temos um imenso orgulho de tudo isso”, diz Mario.

Dentro da programação da festa, o Fórum das Comuni-dades Tradicionais Indígenas, Quilombolas e Caiçaras de An-gra dos Reis, Paraty e Ubatuba lançaram a campanha Preser-var é Resistir.

O objetivo da iniciativa é ga-rantir a manutenção dos terri-tórios tradicionais e preservar o estilo de vida das popula-ções que neles residem.

TradiçãoUma série de eventos tra-

dicionais ditaram o ritmo das comemorações da Festa de

São Pedro.Na quarta-feira, a abertura

reuniu guardas-mirins, o pre-feito Mauiricio (PT), autorida-des locais e devotos, que de-ram início ao evento com uma procissão.

A solenidade exaltou a ima-gem de São Pedro e a está-tua foi colocada em um altar na pequena capela da Vila Caiçara.

Na sexta-feira, o Grupo Fan-dango Ubatubano apresentou--se também na área da vila.

Na manhã de sábado, acon-teceu a tradicionalíssima che-gada da Folia do Divino na Barra dos Pescadores.

No domingo, a cultura caiçara tomou conta da pro-gramação com a Corrida de Canoas e a Procissão de Bar-cos.

Já a barraca da Tainha ser-viu o peixe na brasa e o sabor da comida encantou os visi-tantes, sobretudo os estran-geiros.

ShowsPonto alto das festas, óti-

mos shows de música popular animaram o público presente na Praça de Eventos.

A programação contou com nomes de destaque do cená-rio local, como a Praieira e a dupla Nako e Rafael, e incluiu uma apresentação da Bicho de Pé, banda de forró que anda fazendo sucesso em um programa da Rede Globo.

“Mais que uma honra, tocar na festa de São Pedro é uma missão para nós da Praieira”, afirmou Jan Kedzuh, caiçara e vocalista da banda.

“Como vivemos tocando fora da cidade na maior parte do ano, criamos uma grande expectativa para apresentar nosso som neste evento, tão importante e bacana para nos-sa comunidade”, completa.

A barraca da tainha na brasa não fecha e tem uma novidade: o prato ficou mais barato (R$45)

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Página 8 Jornal MARANDUBA News Julho 2014

Aldeia Renascer recebe representantes indígenas do Paraná em intercâmbioEMILIO CAMPI

A Aldeia Renascer (YWYTY--GUAÇU) localizada no bairro do Corcovado, em Ubatuba--SP, recebeu no último dia 16/06 a visita de aproxima-damente 100 integrantes de cinco aldeias de origem Cain-gangue e Guarani oriunda da região norte do estado do Pa-raná.

Segundo o cacique AWA, anfitrião do evento, este en-contro teve a finalidade de promover um intercâmbio en-tre as etnias que pertencem ao mesmo tronco linguístico e possuem parentesco entre si.

Na abertura do evento foi realizada uma cerimônia re-ligiosa (MBORAI-ETÉ) onde Dercílio da Silva (WURE ED-JKUE) o AMÕI (pessoa mais idosa da tribo) pediu a pro-teção de NHANDERU, o Deus trovão e realizador de toda a criação para o bom andamen-to dos trabalhos.

Entre os assuntos discutidos foram relatadas experiências das diversas tribos com rela-ção à educação, sistema de plantio, demarcações de terra, interação com a FUNAI e ou-tros assuntos visando o bem comum da população indígena.

Todos os representantes das tribos e entidades fizeram suas apresentações e discu-tiram suas experiências, an-seios e projetos para o futuro. As entidades oficiais também esclareceram várias dúvidas concernentes a proporcionar uma melhor condição de vida para a população indígena presente.

Entre os participantes es-tiveram representantes das aldeias de Laranjinha, Santa Amélia, Barão de Antonina, São Jerônimo da Serra, Pi-nhalzinho além de represen-tantes do PBA (Projeto Básico

Ambiental), EMATER (Empre-sa de Assistência Técnica e Extensão Rural), COPEL e da FUNAI.

Após o almoço o cacique AWA levou os visitantes para conhecer os arredores da Aldeia. Os visitantes ficaram

encantados com a localização da aldeia devido ela estar in-tegrada completamente com a natureza. A riqueza da bio-diversidade, os rios e o impo-nente pico do Corcovado do qual se tem uma vista magní-fica encantaram a todos.

Fotos: Adelina Fernandes/Gatuchinha

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Índios da etnia Caingangue e Guarani se encantam com a beleza de UbatubaOs visitantes das aldeias do

Norte do Paraná ficaram en-cantados com a beleza natural onde a Aldeia Renascer está localizada.

Eloy Jacinto (AWA NBOADU) e o Cacique Marcio da aldeia Laranjinha comentaram so-bre o privilégio que a Aldeia Renascer estar localizada em meio a mata nativa, muito di-fetente da su região onde o desmatamento descaracteri-zou toda a paisagem.

O ancião Dercílio da Silva (WURE EDJAKUE) e sua es-posa Maria de Lourdes Lou-renço (REROKAIDJU) também elogiaram a região fazendo menção de como é importan-te a preservação das matas e a importância da preservação da cultura indígena.

Os representantes do PBA (Projeto Básico ambiental), Maicon, Aloísio e Diego tam-bém elogiaram a forma como a Aldeia Renascer vem traba-lhando em sua infraestrutura, enaltecendo as conquistas que o Cacique AWA e seu fi-lho, o Vice Cacique Cristiano Lima trouxeram para o local.

Uma apresentação de dança típica foi realizada pelas crian-ças e jovens da aldeia, o que enriqueceu ainda mais esse maravilhoso intercâmbio entre os descendentes de um povo genuinamente bresileiro.

Fotos: Adelina Fernandes/Gatuchinha

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Página 10 Jornal MARANDUBA News Julho 2014

Novos veículos para transporte de pacientes estão à disposição da população COMUNICAÇÃO PMU

Vans começaram a rodar nesta semana e trazem mais conforto e comodidade para os pacientes ubatubenses

As duas Vans para transpor-tar pacientes compradas pela prefeitura de Ubatuba e pela Câmara Municipal já estão à disposição da população.

Os veículos, devidamente equipados e adesivados, co-meçaram a rodar nesta sema-na, trazendo mais conforto e comodidade para os ubatuben-ses que precisam se descolar para tratamentos médicos.

Portador de um tumor no

cérebro, Silvio Silva, 47 anos, morador do Ipiranguinha, ne-cessita de tratamento continuo e vai a São Paulo desde 1985.

“Sempre faço as viagens pela prefeitura e agora, com as novas vans, ficou bem me-lhor e mais confortável”, con-tou Silva.

Gilberto Lopes, 22 anos, mo-rador da Lagoinha, sofre de uma deficiência no coração e precisa frequentar o Incor (Instituto do Coração), tam-bém na capital paulista, com frequência.

“Fizemos a viagem nesta se-mana em quatro pessoas e foi

muito confortável e tranquila”, confirma Lopes.

Secretária adjunta de Saúde, Mari Ângela Bezerra informa que a chegadas das vans vai melhorar não só a qualidade de assistência aos pacientes, mas também as condições de trabalho dos motoristas.

“Outro ponto importante é que vamos diminuir a espera e o tempo das viagens”, comen-ta Mari. Ainda segundo Mari Ângela, a expectativa da pasta, a médio prazo, é renovar a fro-ta até a população de Ubatuba ter um transporte digno, gra-tuito e de qualidade.

COMUNICAÇÃO PMUDelegação de Ubatuba vai às

disputas com 160 atletas, que competem em 24 modalidades diferentes

Os Jogos Regionais de 2014 começam nesta quarta-feira, dia 2 de julho, e estendem--se até o próximo dia 12 de julho em Caraguatatuba. A delegação ubatubense vai às disputas com 160 atletas, que competem em 24 modalidades diferentes. Destaque para a equipe de Ginástica Rítmica, comandada pela professora Joyce Parada Suguimoto.

Atual campeã da 1ª divisão dos jogos, ela chega como um das favoritas para as dis-putas deste ano. “As meninas estão muito bem preparadas. Estamos confiantes pra mais uma vitória”, informa Sugui-moto.

Outra modalidade onde Ubatuba se destaca é o Fu-tebol de Campo. Em 2013, o time ubatubense foi vice-cam-peão.

Na natação, também temos atletas expoentes, com bons

Atletas ubatubenses disputam Jogos Regionais em Caraguatatuba

resultados em competições de âmbito nacional e até mesmo mundial. Excelentes nadado-res, Maurcí Rubens Pereira Fi-lho, Cauê Rodrigues de Freitas e Ricardo Miranda Gouvea de-fendem a bandeira da cidade com muita categoria.

58º Jogos RegionaisO 58º Jogos Regionais é

uma realização da Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer do Estado de São Paulo em parceria com o Governo Muni-cipal de Caraguatatuba.

Atletas de municípios do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Serra da Mantiqueira e parte da gran-

de São Paulo (2ª região espor-tiva do Estado de São Paulo) competem em 24 modalidades esportivas, entre elas Atletis-mo, Atletismo PCD, Basquete-bol, Biribol, Bocha, Capoeira, Ciclismo, Damas, Futebol, Fut-sal, Ginástica Artística, Ginás-tica Rítmica, Handebol, Judô, Karatê, Malha, Natação, Nata-ção PCD, Taekwondo, Tênis, Tênis de Mesa, Vôlei de Praia, Voleibol e Xadrez.

Nesta edição do evento, se-rão também inseridas as mo-dalidades extras: Beach Soc-cer, Futebol de Mesa, Rugby Beach, Stand up e Futevôlei.

A Administração Regional Sul e a Secretaria de Obras de Ubatuba executaram nesta semana a troca do madei-ramento da Ponte da Caçandoca, importante passagem para os moradores da região.

Prefeitura de Ubatuba reforma na Ponte da Caçandoca

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EZEQUIEL DOS SANTOSCambuci é uma fruta conhe-

cida dos antigos e novos mo-radores do Litoral Paulista e Vale do Paraíba. Na região sul de Ubatuba ela é comumente utilizada para ser colocada na cachaça e dar um toque regio-nal a bebida. Muita gente ainda não conhece sua rica proprieda-de em vitamina C e antioxidan-tes, que além de fornecer um delicioso suco ajuda a prover de renda as comunidades que foram impedidas de sobrevive-rem depois da criação das Uni-dades de Conservação no litoral e vale.

Segundo os organizadores o Cambuci já era utiliza-do pelos índios e tam-bém por bandeirantes e tropeiros na cachaça e xarope, doces e outros produtos.

Por aqui não é dife-rente existem varias propriedades que man-tém pés de Cambuci para uso e manutenção da biodiversidade local. Desta vez a Rota Gas-tronômica do Cambuci chega a Caraguatatuba e acontecerá no Núcleo Caraguatatuba do Parque Esta-dual da Serra do Mar (PESM), no dia 6 de julho, das 9h30 às 18h. Devido à importância da fruta para o Vale do Paraíba e Litoral Norte, foi criado este evento que viaja pelas cidades, trazendo ao público os aspectos gastronômicos, históricos, cul-turais, ambientais, econômicos e turísticos desta deliciosa fruta.

Os antigos moradores já sa-biam da sua importância ao meio histórico, cultural e ambiental para a manutenção da vida da população e da Mata Atlântica. Assim como outras frutas ela era consumida das mais varia-das formas, mas principalmente

Cambuci ganha festival gastronômico em Caraguadiretamente. Também serve de fonte de alimentos a vários ani-mais em seu meio natural, no passado era comum haver uma interação entre homens e seres da floresta por causa das frutas, entre elas o Cambuci.

Existem varias propriedades que foram invadidas pelo es-tado na ocasião da criação dos Parques Estaduais e que muita gente deixou de cuidar de suas áreas, onde existem frutíferas, por conta dos problemas em que o mesmo estado acarreta a varias gerações de moradores.

Com o intuito de melhorar a situação criada no passado exis-te consenso em dizer que esta

situação é insustentável e só uma proposta propositiva é pos-sível agregar valor aos dois la-dos. Segundo o gestor do PESM – Núcleo Caraguatatuba, Miguel Nema Neto, o cultivo de frutos como o cambuci tem o poder de transformar a realidade, tanto das unidades de conservação, como das comunidades do en-torno. “Projetos como este têm uma função socioambiental de grande importância, uma vez que promove o uso sustentável dos recursos, o que pode resul-tar em uma melhoria na quali-dade de vida. A Rota do Cambu-ci tem como objetivo, preservar e resgatar a história da região, principalmente gerando renda

e fortalecendo a estratégia de conservação ambiental”.

O evento conta ainda com brincadeiras para as crianças, informações sobre o parque, apresentações musicais e tea-trais, exposição e venda de ar-tesanatos e produtos à base de Cambuci das seguintes cidades: Ribeirão Pires, com Chocolatei-ras e os produtores da Estrela do Campo; São Lourenço da Serra, com a Doçaria Artesanal e os produtores do Rancho Inhame Bravo e Cia das Cachaças; Pre-feitura de Paraibuna com seus produtores, produtores locais de Caraguatatuba, Salesópolis e Natividade da Serra.

O evento em Caraguatatuba con-ta com a parceria da Fundação Educa-cional e Cultural de Caraguatatuba (FUN-DACC) e Prefeitura de Caraguatatuba. O Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Caraguatatuba, fica na Rua do Horto Flores-tal, 1200, bairro Rio do Ouro. Para mais infor-mações sobre o parque,

acesse: http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-serra-do--mar-nucleo-caraguatatuba/ , ligue para (12) 3882-5999, ou entre em contato pelo e--mail:[email protected] .Confira a programação comple-ta e prestigie!9h30 – Abertura do evento11h – Apresentação Orquestra de Viola Caipira FUNDACC – Es-trela de Ouro14h – Apresentação Teatral Centro Comunitário Rio do Ouro, FUNDACC – prof. Guilherme15h – Apresentação Camerata de Cordas – FUNDACC18h – Agradecimentos e encer-ramento do evento

COMUNICAÇÃO PMUUm grupo de pelo menos 20

argentinos assistiu a partida decisiva das oitavas-de-final da Copa do Mundo na Praça de Eventos de Ubatuba.

A equipe de comunicação da prefeitura bateu um papo com os hermanos, que foram ao delírio com a classificação da sua seleção.

Juan Rodrigues, 27 anos, morador da cidade de Rosario, conta que veio de carro para São Paulo.

“A viagem demorou três dias. Como não consegui in-gresso para ver a partida no Itaquerão, decidi visitar as ci-dades do Litoral Norte paulista e me deparei com esse imen-

so telão. Achei incrível”, opina Juan.

Já a professora Cristina San-ches, 34 anos, de Buenos Ai-res, chegou a São Paulo com o marido no fim de semana e também acabou sem ingresso.

“Ficamos na esperança de comprar, mas não deu certo, então resolvemos aprovei-tar para conhecer Ubatuba e Ilhabela, cidades que sempre ouvimos falar bem”, comenta.

O telão instalado na Praça de Eventos de Ubatuba vai exibir todos os jogos da competição e com o período da Festa de São Pedro Pescador estendido até domingo, os próximos dias prometem ser muito agitados na cidade.

Argentinos comemoram na Praça de Eventos de Ubatuba

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Página 12 Jornal MARANDUBA News Julho 2014

“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 4Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

EZEQUIEL DOS SANTOS“Jornal Última Hora - Edi-

ção 4 (1º caderno) São Pau-lo, segunda-feira, 23 de junho de 1952”, continuando a re-portagem, já no meio da edi-ção, está o resumo, segundo os repórteres de como tudo começou. O Praça João de Campos relata aos repórteres da seguinte forma: 117 presos estavam cortando lenha na encosta da ilha. Isso era uma pratica comum já que a lenha era o único combustível para uso na cozinha, principalmen-te. Naquele fatídico dia eles já tinham seu plano de fuga for-mulado e aguardaram para co-locar em pratica. Como parte do plano, uma semana antes um preso havia empreendido fuga para chamar atenção do maior numero de soldados da ilha de forma a enfraquecer a guarnição. Foi então que na manhã de sexta-feira acharam que seria o melhor momento para executar a rebelião. Nes-ta situação a guarnição contou apenas com 20 soldados para mais de 400 presos. Na encos-ta os presos do corte de lenha dominaram a escolta. Com a tomada das armas dos solda-dos aproximaram-se do presí-dio. Foram primeiramente ao deposito de armas no quartel, lá mataram o encarregado, apossaram-se de cinco auto-máticas, 30 rifles, 40 revolve-res, bombas de efeito moral e uma grande quantidade de munição. Em seguida, os eva-didos entraram no alojamento dos praças, onde encontraram vários soldados despreocupa-dos, uns conversando, outros fazendo a barba. Imaginem o aconteceu, alguns foram do-minados e outros mortos.

Já o depoimento do soldado Celso de Jesus, ainda tenso e alerta sobre o efeito chocan-te do ocorrido, entrevistado pelo repórter Celso Jardim, diz que todos pareciam vitimas de uma loucura coletiva, que ninguém conseguia controlar a embriagues por sangue dos amotinados. Este soldado ha-via sido baleado pelos piores facínoras do presídio o “Chi-na Show” e “Alemãozinho”,

que segundo os sobreviventes eram os capazes das maiores atrocidades e que junto a ou-tros fugitivos transformaram a ilha numa “onda de sangue”.

O soldado conta que foi dormir no dia anterior muito cansado e que não descon-fiava de nada do que ocorre-riam naquele dia, os presos não deram sinal de nada, foi tudo muito bem planejado. Lembra-se que dormiu pro-fundamente e acordou as 8:30 hs com barulhos de tiros

e gritos, levantou assustado e seu primeiro impulso era o de correr para o posto do quartel, a meio caminho se depara com os dois meliantes. Armado com um mosquetão China Show grita ao soldado: “Se tu és homem dê mais um passo cachorro!” Alemãozi-nho louco de ódio logo diz ao companheiro: “Passa fogo, passa fogo!”, Lembro-me que Alemãozinho estava com a maior cara de ódio que já viu na vida, conta o soldado ao

repórter da época. O soldado não pensa duas vezes e sai correndo, China não perde a vontade e ouvindo a orienta-ção do amigo bandido alveja o soldado com um tiro no bra-ço com o mosquetão. Mesmo assim, exausto e ensanguen-tado Celso continua correndo até alcançar o quartel. Pensou ele – “cheguei tarde!”, a des-graça já havia passado por lá. Na casa de armas o soldado Oscar dos Santos, estendido e ensopado em seu próprio san-

gue, arquejante e com uma ponta de vida ainda consegue dizer a Celso: “Fechou o tem-po! Estamos desgraçados!”. Celso fala ao companheiro es-tendido no chão que iria para campo e que se puder voltaria ou mandaria alguém pega-lo, isto é, se ainda estiver vivo. Ele teve forças ainda para um grito.

O soldado foi para fora no intuito de se armar, tinha ago-ra que, além de se proteger, lutar contra os facínoras e manter-se vivo para não ser trucidado. Enquanto corria pensava nas mulheres e crian-ças da ilha, o que seria deles?

Celso disse que em meio aquele inferno algo poderia acontecer, seu fim estava pró-ximo, pensava.

Atirado ao chão para se pro-teger, vê novamente o China, que pulava os muros das ca-sas como se fosse um índio astuto. Assim que o vê, faz pontaria em sua direção. Ele dispara e em seguida o solda-do sai correndo, ele conta que ouviu alguns zunidos de pro-jeteis passarem pelos lados. Na correria ainda troca desa-foros com o algoz: “Bandido! Patife!”.

Agora que havia consegui-do escapar corre pra casa do capitão Gaby. Desta vez ele não pediu licença. Meteu o pé na porta gritando pelos apo-sentos: “Capitão! Capitão!”. A casa estava abandonada, o que será que aconteceu? Sa-beremos na próxima edição.

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Fidencio velho e alguns de seus “causos” ZECA PEDRO

O “Seo” Fidencio, melhor Fidencio Manoel de Oliveira, nascido em 16 de novembro de 1907, ainda vivo, passou do seu século de vida faz tem-po e nós quando moleques tí-nhamos o prazer de ouvir suas histórias, muitas delas caíram no gosto popular de nossa região, outras já fazem parte de nossa cultura popular, que aos poucos, infelizmente, vai se acabando. Mas tem algu-mas que me “alembro” bem. “Vamo lá”!A faca mais afiada do mundo

- Lembro que numa pesca-ria que ele fez lá pro lado do Camaroeiro na Vila de Santo Antonio (Caraguatatuba) onde tava dando muito peixe, vinha gente com “balaiada até o tampo”. Seu Fidencio, homem simples, trabalhador também queria o seu quinhão. Afinal naquela época vivíamos do sistema rotacionado de uso da natureza, tínhamos que nos alimentar e a floresta e o mar nos dava o que precisávamos, bastava respeitar seu ciclo, seu tempo pra termos tudo, até sossego. Então Fidencio disse-nos que havia levado apenas uma jogada de anzol, por azar o baiacu havia comi-do a linha e levado tudo, fican-do apenas com um pedaço de linha arrebentada e a vara de Bacupari na mão. O que fazer? Todo mundo pegando peixe e eu nada! Então ele pegou

uma faca velha que tava presa ao cinto de cor-da, afiou-a mais do que podia e a amarrou no que sobrou da linha. Todos olhavam e desaprovavam seu novo petre-cho de pesca. Bom ele pinchou a faca no mar, que ia virando por causa da água e ia cor-tando os peixes em pedaços que “aboiavam” na flor da água. As-sim ele encheu seu balaio mais rápido do que os outros. En-quanto as pes-soas iam com a farinha, Fidencio voltava com os peixes cortado em pedaços.

Mandioca Numa época ruim de caça

pra se alimentar Fidencio re-solveu aumentar o seu “ar-quere”, seu “quinhão” de fari-nha de mandioca. Rumou pra roça, lá pros lado do Taquari (Pedra Preta) onde tinha uma boa plantação. As mandiocas “grendes” eram separadas pra levar a casa de farinha. Lá com a esposa Maria come-çou a preparar a raiz para ra-lar no viamento. Ele na roda transformava força bruta em energia mecânica para que a esposa sentada pudesse transformar a raiz em goma, depois ia pro tipiti com folhas de cana e pra prensa de fuso ou arataca secar. Na hora de ralar, Seu Fidencio que estava embaixo percebeu que esta-va descendo mandioca ralada

com sangue. Assustado ele pergunta a sua companheira se ele havia ralado o dedo, ela responde que não, então eles param pra procurar o que es-tava acontecendo e descobri-ram que infelizmente haviam ralado uma cutia que estava dentro de uma das raízes de mandioca. Isso sim era man-dioca “grende”.O cachorro do outro lado do rio

No mesmo “mandiocá” do Taquari, em dias normais de trabalho Fidencio ia com seu fiel cachorro, quase um amigo pra todas as horas. Como um gato, o seu cachorro não gos-tava de água, quanto mais na-dar. Os bichos do mato então aproveitavam a situação pra provocar o cão do outro lado do rio. A rotina era a mesma, ia bem cedo e voltava a tarde-

zinha, no horá-rio combinado o cachorro vinha e o acompanha-va até em casa. Porém numa manhã de mui-to sol ele ouviu o cachorro latir bastante, saiu do seu acero e foi em direção ao rio, onde viu seu amigo de quatro patas do outro lado do rio. “Diacho! Como é que essa “porquera” “passo” o rio? “Jisusvaleime!”. Bom ele voltou, mas o cachorro nada. No outro dia pela manhã ele foi a beira do rio e viu seu fiel companhe i r o latindo. Insistin-do ele chamava o cão por um

tempão, quando deu as cos-tas pro animal viu que ele es-tava ali do seu lado. Intrigado começou a seguir suas pega-das que não fazia sentido já que conduzia o homem a um eito de ramas de mandiocas perto do rio no meio de uma “toceira” de capim alto. Foi quando a surpresa ver o ca-chorro que entrou pelo capim e em dois minutos estava do outro lado do rio. Curioso que só investigou e descobriu o feito, a raiz de mandioca era tão grande e grossa que o ca-chorro cavoucou por dentro fazendo dela um túnel, assim ele passava o rio por dentro da mandioca e alcançava o outro lado sem se molhar. Diz ele que é a mais pura verda-de “lhéi só!”

Macuco na Panela deliveryNa época de caça Fidencio

era “bão”. Mas tinha os dias que nada dava certo até che-gar em casa, pelo menos. Lá a Dona Maria sempre deixava um “cardeirão” no fogo pra alguma eventualidade. Num capão de mato bem pra cima de sua casa ele e sua insepa-rável espingarda Henrique La-porte calibre 40 avistaram um macuco num galho de pau. Olhou pros lados e viu que aquele seria o jantar daquele dia, só que estava em meio a muitos galhos, mas ia tentar. Preparou, apontou e disparou em direção a janta, mas infeliz-mente os chumbos acertaram mais galhos que a ave, que passou “avoando” por “riba” da sua cabeça. Chateado, rumou pra casa na intenção de colher alguns ovos no galinheiro pra jantar, porém viu umas penas diferentes perto do tanque. Perguntou pra mulher se havia limpado alguma galinha, o que não podia, já que só tinha poe-deira. Maria disse que o marido estava ruim de caça mesmo, porque um macuco havia caído na frente dela no quintal, ela então “ligera” na oportunidade pegou, limpou e cozinhou na panela, já que água estava fer-vendo a um tempão, tudo isso sem disparar um único tiro. Isso que é sorte!

* * *Zeca Pedro, 74, é caiçara

da gema e personagem real de nossa história regional, homem que acompanhou e guardou muitas recordações e histórias de nossa rica cultura, também é de uma geração que acom-panhou muitas transformações de nossa terra e nas horas vagas é colaborador do Jor-nal Maranduba News e que na próxima edição contará outras história de Fidencio.

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Página 14 Jornal MARANDUBA News Julho 2014

A um pouco de “rapé, fumo de corda, cigarrilhas e cigarros” até a década de 1960EZEQUIEL DOS SANTOSNuma boa roda de con-

versa, descobri nomes e marcas de cigarros de dé-cadas atrás, pior, contadas por quem vivenciou esta época e que eu não tinha a mínima idéia que existiam. Desta vez, eu, rodeado de 230 anos de muita história tagarelando as marcas de cigarros que existiam entre as décadas de 1920 até fi-nais de 1960. Gente simples que sentia charmoso ao as-cender um cigarro. Naquela época trocava-se serviços por maços de cigarro, genti-lezas por um cigarro, golpes na praça por caixas e caixas de cigarro, por exemplo.

Esta boa prosa foi com o José Salomão das Chagas, 84, Seu Célio, 70 anos, os dois ligados diretamente a história da rebelião na Ilha Anchieta e do caiçara uba-tubano Roquinho Nunes, 60.

Segundo eles, ou se fazia o fumo em casa ou com-prava em charutaria, chur-rascaria, cabarés e restau-rantes. Vendas e botequins não possuíam cigarros de marcas caras, os consi-derados chiques. Os mais comuns da época eram os “rebenta peito” (fumo egíp-cio) como Mistura Fina, Continental, Beverly, Miss Tigre, Macedonia. Já os considerados meia boca, os utilizados pela classe média eram o Saratoga e Trezen-tos Postais. Para os ricos e bacanas era o “tar” (tal) de “óliúdi” (hollywood), “ócs-fórdi” (oxford) como diz seu Chagas. Também havia o Coliseu, Luiz XV, Pullman e o Negritus Açucarado, cujo papel era adocicado, lembra seu Célio.

Os fumos de corda conhe-cidos eram Poço Fundo e Goiano. “Meus pais diziam que mulher que fumava era considerada “biscaite” e que usava “carça” comprida era mulher em dúvida”, fala seu Chagas se referindo aos costumes da época.

Vale lembrar que os “re-benta peito” eram assim chamados por não possu-

marcas mais comuns eram: Aspásia, Sir, Star, Fulgor, Selma, Yolanda, Everest, Lincoln, Misbela, Vai e Vem, Hípicos, Petilondrinos, Cas-telões, Liberty, SS, Astória, Finesse, St. Moritz, Urca, Super Finos, Cairo, Ken-tucky, Charm, Fulgor, Lu-xor, Louvre, Veado, Peter Stuyvesant, Columbia, Mo-nitor, Kent, Fio de Ouro, Lord, Big Bem, Líricos, Elmo liso e com ponta, Neusa, cigarrilhas Tálviz, cigarro mentolado (já comprado pronto ou você passava o bastão de menta no papel).

Era comum ouvir nossas avós dizendo que alguém ia “cheirá rapé”. Seu Célio e Seu Chagas ainda se lem-braram das únicas fabricas de cigarros existentes que eram a Companhia Souza Cruz de Cigarros e a Com-panhia Castelões. Os de cai-xinha (box) começaram a ser distribuídos para serem consumidos em aviões, na-quela época era permitido fumar em qualquer lugar.

Uma das sacadas mais engraçadas de criar marcas era de pensar no atendi-mento rápido, por exemplo, alguém poderia parar em frente a um comércio e de longe perguntar: Tem ci-garro? Tem sim! Que marca tem? Daí saia um menino de dentro do comércio já com a carteira de cigarros para entregar ao viajante – cigar-ros Mark Tem.

O primeiro cigarro produ-zido no Brasil foi o de mar-ca Dalila em 25 de abril de 1903 por Albino Souza Cruz, mal sabia ele que criara um dos maiores impérios mun-diais do tabaco, também que seria o causador de mi-lhões de mortos e doentes por conta deste vicio assus-tador no país.

Já no final da prosa e de-pois de muita conversa e o tempo querendo mudar seu Célio acendeu um cigarro, que não me lembro a mar-ca, e partimos, mas que ficou combinado que terí-amos outro dedo de prosa ficou.

írem filtro, então a classe mais pobre adquiria as mar-cas que vinham de fábri-ca com o desenho do filtro estampado do lado de fora do cigarro. O legal da con-versa era a forma em que eles contavam as tragédias, os suspenses e as vitórias em que sempre havia um maço de cigarros envolvi-do. Quem não se lembra de uma história assim antes da década de 1990?

Para algumas histórias as risadas de Célio denuncia-vam que havia mais angu neste caroço do se imagina, algumas eu não posso con-tar.

No presídio da Ilha An-chieta, segundo seu Cha-gas, alguns “sordados” tro-cavam serviços em troca de cigarros, outros tiravam sentinelas de outros para terem uma grana extra para comprar as cartelas. Alguns, conta Seu Célio, ti-nham o apelido de alguma marca de cigarro de tanto ser pidão, mas só pedia de-terminada marca.

Mas o que despertou a curiosidade eram as carte-las, o design das embala-gens e não seu consumo, seu vicio.

A lembrança dos entrevis-tados era mais ligada aos detalhes das embalagens, o tamanho dos cigarros, os cheiros distintos, o dulçor das palhas que os envol-viam e o aroma, se podem dizer assim, do pós-fumo, aquele cheiro nada agradá-vel depois que o cigarro era consumido.

Por conta desta prosa sem versos e pelo interesse em verificar e analisar as técni-cas de marketing utilizados na época para produzirem embalagens, que cada vez ficava mais atraente, a As-sociação dos Colecionado-res de Embalagens de Cigar-ros e Afins – Aceca, informa que existiam outras marcas daquele período além dos lembrados pelos entrevista-dos e algumas sobrevivem até hoje como o Hollywood.

Desde daquela época as

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Coluna da

Adelina Campi

O Amor

Solicite o tombamento e ajude a salvar uma árvore

Em uma sala de aula havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora:

- Professora, o que é o amor?

A professora sentiu que a criança merecia uma respos-ta à altura da pergunta inteli-gente que fizera. Como já es-tava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da esco-la e que trou-xesse o que mais desper-tasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apres-sadas e, ao voltarem, a professora dis-se:

- Quero que cada um mos-tre o que trou-xe consigo.

A primeira criança disse:

- Eu trouxe esta flor, não é linda?

A segunda criança falou:- Eu trouxe esta borboleta.

Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha cole-ção.

A terceira criança comple-tou:

- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do

ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?

E assim as crianças foram se colocando.

Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela es-tava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.

A professora se dirigiu a ela e perguntou:

- Meu bem, porque você nada trouxe?

E a criança, timidamente, respondeu:

- Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas

preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão fe-liz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as fo-lhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.

Portanto, pro-fessora, trago comigo o per-fume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?

A professo-ra agradeceu, pois ela fora a única criança que percebera que só pode-mos trazer o amor no cora-ção.

* * *

“Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem. Deus quer que aju-demos aos animais, se ne-cessitam de ajuda. Todas as criaturas em desgraça têm o mesmo direito a ser protegi-do”. - São Francisco de Assis

Qualquer cidadão pode soli-citar que uma árvore seja de-clarada imune ao corte atra-vés de requerimento

O tombamento de árvores no Brasil é garantido pelo Arti-go 7° do Código Florestal (Lei Federal 4771/65) e em nosso município pela Lei Municipal 3531/12.

Qualquer cidadão pode so-licitar que uma árvore seja declarada imune ao corte através de requerimento pro-tocolado na Gerência de Expe-diente de Documentos e Pro-tocolo (GEDP).

Para isso, é preciso informar a localização precisa, carac-terísticas gerais relacionadas

com a espécie, o porte e a jus-tificativa para a sua proteção, em local público ou de pro-priedade do solicitante.

O requerimento é avalia-do pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e deve ser emitido um parecer favorável. O prefeito, por fim, oficializa esta declaração através de Decreto.

As árvores declaradas imu-nes ao corte são monitoradas mais de perto pela fiscalização e sua poda ou corte têm pe-nalidades maiores do que o normal.

Para obter mais informa-ções, entre em contato pelo telefone (0xx12) 3833-4541.

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