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Maranduba, Fevereiro 2015 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edição 69 Parque Estadual da Ilha Anchieta Natureza de encher os olhos e os cartões de memória Foto: PROMATA

Jornal Maranduba News #69

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #69

Maranduba, Fevereiro 2015 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edição 69

Parque Estadual da Ilha AnchietaNatureza de encher os olhos e os cartões de memória

Foto: PROMATA

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Fevereiro 2015

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Editor Chefe: Emilio CampiJornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477

Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SPConsultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801

Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961

Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Envie seu evento, edital, convocação ou aviso para esta seção atraves do e-mail [email protected]

Lentidão do transito bate recorde nesta temporadaEntre as últimas semanas de

dezembro e as primeiras de ja-neiro motoristas enfrentaram recorde de lentidão nas es-tradas para o retorno as suas casas ou as praias do litoral. Para quem dependia do ônibus o constrangimento foi maior, pois muitos usuários de ônibus perderam o emprego ou che-garam ao final do expediente em seus locais de trabalhos. Neste período foi comum

avistar moradores e trabalha-dores caminhando grandes distancias pelo acostamento para alcançar seus objetivos. A situação lembra reportagens sobre a morosidade do transi-to em grandes capitais, quan-do seus moradores buscam sair da cidade em férias. O trecho de entrada da

Maranduba, entre as duas lombadas era o que apresen-tava maior lentidão. Ali o tre-cho se transformava em um gargalo que parecia intermi-nável, reclamavam os motoris-tas. Neste período os tempos eram computados em horas ou até dias, tamanha era a fila de espera para avançar um metro de estrada apenas. Mesmo com os avisos das

concessionárias ou departa-mentos de estradas muita gente arriscou subir ou descer

a serra em períodos críticos para viagem. No acostamento aumentou ou número de ven-dedores ambulantes informais oferecendo água e refrigeran-te, uns bem vestidos e outros nem tanto. Com o excesso de veículos, quem deve ter fatu-rado foi a Comtur, que ainda não divulgou no que vai in-vestir parte da arrecadação de zona azul nesta região. A crise da água também co-

laborou com o inchaço de pes-soas no litoral, muitos vieram para aproveitar o abasteci-mento regular de água – ofi-cial e comunitário – que ainda é abundante por aqui. O que restou foram às sobras

do lixo, do esgoto in natura e da

lentidão que quase parou a re-gião neste inicio de temporada. Agora é enfrentar o carnaval.

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Quilombo da Caçandoca agora nas redes sociaisA Associação do quilombo da

Caçandoca agora tem uma pá-gina em rede social da internet. Agora para interagir com os qui-lombolas, tirar dúvidas, elogios e buscar as informações corretas para não virar fofoca, basta aces-sar seu endereço eletrônico - ht-tps://www.facebook.com/arcqc. O recorde de acessos foi causa-

do pelo vídeo dos golfinhos em águas quilombolas. Foram mais de três mil acessos em quatro dias, atualmente aproxima--se dos quatro mil acessos. Lá também é possível acompanhar os trabalhos dos últimos quatro meses realizados em parcerias com órgãos governamentais e não governamentais, quando o vice-presidente da associação, Mario Gabriel do Prado, assumiu a presidência interinamente, de-pois que a presidente afastou-se alegando problemas de saúde.

Trabalhadores da praia em paz foto

Após centenas de dias buscan-do uma saída para a situação dos comércios a beira praia dos remanescentes quilombolas, enfim um resultado positivo foi efetivado. Foram várias as es-peculações, desmandos, tenta-tivas de inviabilizar o comércio local por fatores externos e de pessoas da própria comunidade, porém a insistência e o traba-lho duro dos moradores fiéis a causa possibilitou que, neste ve-rão, a parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, INCRA, Ministério Público Federal e Quilombo Caçandoca, realizasse a emissão de Alvarás Provisórios para os comerciantes. Em todo o país este é um re-

sultado inédito, senão único em quilombos que tem seu territó-rio em área de marinha. Para a quilombola Maria Con-

ceição Machado, que comemo-rou aliviada tendo em vista os

anos de luta, comenta: “tra-balhamos na praia desde 1992 e conseguiremos agora enfim trabalhar em paz”, conclui seu desabafo. O acordo inclui a or-ganização do estacionamento, proteção da orla da praia cer-cada na faixa dos 35 metros de preamar pela comunidade, ins-talação de banheiros químicos. Pode ser observado agora que a orla da praia ficou mais limpa e segura, pois com a ação as som-bras das árvores agora atendem apenas as pessoas que buscam conforto e temperaturas mais amenas.

Escola reformadaUm sonho antigo de grande

parte dos quilombolas era ver a escola do bairro reativada e atendendo a propósitos nobres estimulados desde sua constru-ção por volta de 1950, segundo moradores mais antigos. Após várias discussões, problemas de ordem interna, promessas e acusações diversas a comu-nidade arregaçou as mangas e colocou em pratica algo que havia discutido varias vezes em reunião – fazer a melhoria do prédio com suas próprias mãos. Para esta realização foi emitida

autorização pelo INCRA a prefei-tura para fazer a reforma. A prefeitura não compareceu

para os trabalhos manuais, mas enviou parte do material a ser utilizado na reforma, o restante dos materiais foram adquiridos pelos quilombolas, outros – grande parte - doados por co-merciantes locais parceiros do quilombo, que também banca alguma mão de obra específica. O resultado foi positivo, a esco-la do lugar passa longe daquele aspecto de casa abandonada que tinha anteriormente. A es-perança agora caminha a pas-

sos largos no sentido de fazer valer o esforço comunitário a esta finalidade e voltar às aulas atendendo a nova geração e a velha guarda que perdeu várias oportunidades com a escola fe-chada e abandonada.

Informaçõese outras notícias

- O conselho tutelar de Ubatuba esteve no quilombo para orientar os associados e donos dos empreendimentos existentes no tocante ao uso de mão de obra infantil em seus co-mércios... - O coletivo Manifesto Crespo

(ONG que promove o universo da estética negra brasileira, e também o intercâmbio com ou-tros países da África e diáspora negra, principalmente ao que se refere à moda e produções artís-ticas do cabelo crespo - http://manifestocrespo.org) trouxe pra comunidade um curso de tran-ças e amarrações com lenços... - A gestão do estacionamento

no quilombo foi repassada a as-sociação através de autorização do INCRA... Quem apostou que não daria certo, atirou no pró-prio pé... - Enfim parece que a estrada

municipal do quilombo terá um desfecho mais significativo a

seus moradores. A Companhia de Desenvolvi-

mento Agrícola de São Paulo – CODASP, através de seu repre-sentante Mauro Pimenta, José Augusto, da Divisão de Desen-volvimento do INCRA e Carlos José (Cajé) da Administração Regional Sul da prefeitura local se reuniram para iniciar as tra-tativas de melhorias considerá-veis ao acesso entre Maranduba e Caçandoca. Parece que desta vez vai!!!- O presidente interino da as-

sociação quilombola estará, entre os próximos dias 29 de Junho a 5 de julho, na Espa-nha para participar de um fó-rum internacional sobre a causa quilombola como palestrante de quilombo brasileiro. Sua partici-pação conta com apoio da Ong Nanquim Arte e Cultura, Carmen Ajala e Carlos da ONG Afro Ori-gens, também do consulado da Espanha no Brasil. - A comunidade parabeniza

o quilombola Joviano José Ma-chado Junior, conhecido como “Decco”, filho da Maria do Jovia-no, que passou no ENEM com mais de 80% de aprovação. Parabéns para ele, que sirva de exemplo aos outros e arraste uma geração de aprovados.

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Bloco de carnaval “Kai&çara” realiza preparativos para a folia 2015

O Bloco de Carnaval da re-gião sul de Ubatuba – Kai&çara – realiza os últimos prepara-tivos para a folia deste ano. Em 2014 o bloco superou as expectativas de critica e públi-co. Foram vendidos em tempo recorde mais de 80 abadás. Foram varias as solicitações de última hora e muita gente ficou de fora porque não havia antecipado o seu ingresso no bloco. A festa, do tipo família, foi tão

animada que crianças, idosos, gente de todas as idades e de todos os lugares acompanha-vam a festa nas calçadas na passagem do bloco pela rua. Ano passado (2014) cerca

de cem pessoas acompanhou o caminhão de som saindo do Sertão da Quina com chegada a Praia da Maranduba. Nem a chuva atrapalhou a festa. Este ano os organizadores estimam ao menos dobrar o numero de foliões. A festa está programada para

o próximo dia 15 de fevereiro – 2015 - com saída as 21:30 horas do Sertão da Quina. O bloco é uma nova geração de foliões que realiza as festivida-des deste período, de maneira ordeira e organizada, como a velha guarda que abrilhantou o carnaval de rua nesta região num passado não tão distante como o bloco “Pinga in Nóis” do final da década de 80.FichasPara não gerar reclamações

como o ano passado, - onde cada integrante podia consu-mir o tanto que quisesse. Com isso muitos penetras, sem os devidos abadás, levavam be-bida ou se serviam à custa dos foliões regularizados - desta vez será em sistema de fichas. Em 2015 o folião poderá se

quiser distribuir as fichas a quem não adquiriu os abadás. Os organizadores reforçam

que não será vendido fichas durante o trajeto, somente na hora de adquirir os abadás. Além da camiseta, o folião receberá dez fichas para con-sumo de cerveja, refrigerante, água, batidas, gelo e itens de carnaval. Um sonho comumEm 2012, um grupo de ami-

gos, que sonhou em percor-rer as ruas do bairro do Ser-tão da Quina até a praia da Maranduba pulando e se di-vertindo no carnaval, fundou o bloco kai&çara. No ano de sua criação tinha poucos integran-tes, cerca de 20 foliões. Em 2013 criou o 1°abadá do

bloco, com isto recebeu mais integrantes. Mesmo sabendo que cada um teria que ajudar com as despesas o número aumentou além das expecta-tivas, chegando a 48 colabo-radores. Esse ano a expec-tativa é de dobrar o número de integrantes, comentam os organizadores.

Pura diversãoO bloco não possui fins lucra-

tivos, todo dinheiro arrecada-do é revertido exclusivamente para a folia e bem estar dos participantes. Quem adquire o abadá e as fichas colabora com os custos, que conta tam-bém com apoio do comércio local. Com isso o bloco con-segue quitar despesas: como som, materiais de divulgação, bebidas, gelo, itens de carna-val entre outros.Adquira seu AbadáOs organizadores informam

que cada abadá é vendido por R$ 40,00 (camiseta + 10 fi-chas) e poderá ser adquirido com Henrique (12)99653-0201 / comunicação visual Giva Arts (12) 99628-2708. O evento está todo regulari-

zado e conta com o apoio da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba – FUNDART- e a Polícia Militar. O bloco participa de to-das as reuniões com a prefeitura para receber a autorização para colocar o bloco na rua. Mesmo se chover o bloco sai. É festa! É carnaval! Então agora Vai!!!

Depois de danificar os aces-sos municipais para colocação dos canos que supostamente levarão água ao novo reser-vatório, a empresa contratada pela Sabesp para realizar o recapeamento do trecho não finalizou todo o serviço deixan-do grande parte do asfalto da-nificado ainda sem cobertura. O problema atravessou os

períodos de maior movimen-to deste inicio de temporada causando transtornos a mora-dores e turistas. O asfalto da-nificado causou maiores pro-blemas e lentidão no trecho atingido, além de muita poeira enfrentada por moradores e comerciantes.

Recapeamento de acesso danificado para colocação rede

de água não é concluído

O recapeamento foi realizado no trecho da rua da cachoeira e no acesso principal até a pet shop, falta o trecho até a Rua Santa Elisa. Com estas chuvas as pessoas que usam o acesso a pé ou de bicicleta correm o risco de serem atingidas por lama lançadas por veículos que se espremem no espaço asfal-tado que sobrou do acesso não danificado. Moradores reclamam da de-

mora, principalmente no que diz respeito ao retorno das aulas, onde o fluxo de pessoas deve aumentar.Até o fechamento dessa edi-

ção nenhuma solução foi to-mada.

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Fevereiro 2015 Jornal MARANDUBA News Página 5

167ª festa de São Sebastião agitou a praia Grande do Bonete

SMT-PMUA tradicional festa de São

Sebastião agitou a comunida-de da praia Grande do Bonete nesse sábado, 24 de janeiro, com diversas atrações musi-cais e culturais.O público formado por mui-

tas familias e jovens pode desfrutar do forró da Banda Praieira, que comemorando seus 15 anos de estradacolo-cou os casais para dançar na areia da praia.Com apoio da Runner SP-

-Assessoria Esportiva, promo-tora da corrida de montanha “Desafio das 28 Praias” a ser realizado no mês de abril em Ubatuba, foi realizada a 1ª corrida Kids na Areia, para crianças com idade de 02 a 10 anos, cerca de 50 crian-ças da comunidade e turistas se divertiram correndo, como prêmio levaram camiseta e medalha de participação.O projeto Tamar realizou

uma soltura de tartaruga, an-tes Henrique Becker, técnico

do projeto fez uso do micro-fone para informarao público presente sobre a importância da conservação e proteção das tartarugas marinhas.O ponto alto da festa foi a

disputada corrida de canoa, em sua 13ª edição os rema-dores disputaram nas cate-gorias solo, dois remos e dois remos feminino, confecionada pelas mãos do artesão local João Batista os troféus eram réplicas da canoas de antigos caiçaras da comunidade, uma bonita lembrança de respeito aos tradicionais moradores que já faleceram.A festa seguiu até a noi-

te com a cantoria de Reis e apresentação no tradicional tablado do grupo Concertada e do Sanfoneiro Marquinhos da Fortaleza, com a tradicio-nal bebida consertada sendo servida pelos festeiros e mui-tos doces, como o tradicional e delicioso doce de mamão verde.Organizada pela Associação

Catifó, que congrega os mora-dores caiçaras da comunida-de, pelo segundo ano conse-cutivo a festa recebeu o apoio da Secretaria de Turismo por meio do programa de Turismo de Base Comunitária, que pro-move e fomenta o turismo em comunidades tradicionais de Ubatuba.Segundo Claudinei Bernar-

des, coordenador do progra-ma, a participação da Prefeitu-ra Municipal na festa foi muito positiva,“distribuimos cem cartazes em marinas e esta-belecimentos da rede hotelei-ra e o resultado foi atestado na praia, que recebeu o maior público das últimas edições da festa, formado por famílias e caiçaras da região que foram prestigiar a festa”, comentou Claudinei.A 167ª Festa de São Se-

bastião foi organizada pela Associação Catifó com apoio da Secretaria de Turismo de Ubatuba e da Marcenaria Por-tes, Pirajicas Bar e Runner SP.

Produção de maracujás com reaproveitamento de lixo verde

Assim como vários outros moradores, Djalma Ferreira dos Santos, 64, não é dife-rente. Ele conscientemente reaproveita todo material que normalmente iria para o lixo (podas, gramas, galhos, folhas caídas, cascas) e “retransfor-ma” em cobertura vegetal de boa qualidade. Os resultados são varias frutas e legumes que cultiva em poucos metros quadrados em sua residência. Além de melhorar o ambiente onde vive, colhe produtos de excelente qualidade. O que não falta é conhecido

com sacolinha pra buscar al-guma coisa, que é entregue de bom grado. Djalma que re-alizou o curso de olericultura orgânica oferecido pelo Senar em parceria com o Sindicato de Trabalhadores Rurais faz bom aproveitamento das técni-cas e tem passado adiante sua experiência. O segredo é não ter preguiça diz ele. “Tudo se aproveita, coloco tudo no final

da rua e vou trabalhando, de-pois de pronto jogo as planta-ções, fica uma beleza”, comen-ta o morador. O espaço que cultiva lembra muito as técni-cas japonesas que aproveitam cada cantinho do espaço. Para ele o cultivo ajuda a passar o tempo além de fazer com que a pessoas embeleze e organize o quintal, também faz com as pessoas realizem algo de útil de verdade, finaliza. Tudo é muito bem preparado e o re-sultado coisa para inglês ver.Outros moradores cuidam de

frutíferas da época como limão cravo, laranjas e goiabas, sa-bendo que agora todo mundo quer colher, quebram até seus galhos, mas não cuidam deles o restante do ano. Djalma diz que nada está à

venda, é para consumo pró-prio. Na realidade tem muita gente torcendo para que o maracujá caia pra fora de seu portão, na rua não tem dono. Djalma só ri.

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Fevereiro 2015

Pescadores utilizam animais de estimação como companhia

Talvez cansados de ouvirem ou observarem os mesmos se-res no mar, da vida dura qua-se insuportável, do trabalho estressante e desgastante do cotidiano da pesca, alguns pes-cadores e marinheiros têm ino-vado na escolha de suas mas-cotes, alguns até improváveis. No caso do barco de pesca

Porto Real que descarrega seus pescados no Saco da Ri-beira a idéia foi no mínimo inu-sitada. Os usuários do píer, os trabalhadores do setor náutico que frequentemente passam por lá se assustaram quando ouviram um galo cantar em alguns momentos do dia. Não foi possível conversar com um dos tripulantes da embarca-ção, mas pelo local circula que o canto do galo ajuda a matar a saudade da vida em terra. O galo na realidade serve como um elo de recordação de como é a vida fora da pesca.

Todos que frequentam ou passam pelo local, quando o barco está aportado, buscam conhecer o galo pescador e não o peixe galo. Alguns esperam que na falta de carne a bordo o galo não sirva de alimentos aos homens corajosos do mar. Outra mascote cabe quase na

palma da mão, trata-se de um cão da raça pincher miniatura que resolveu acompanhar seu marinheiro. Não da pra dizer que é um lobo do mar, mas é corajoso, muito mais corajoso que muita gente que não en-frenta os mares do sul. Na foto ele – pincher miniatura - está à frente da embarcação espe-rando o retorno de seu com-panheiro humano. Aparente-mente os animais do mar, ou das embarcações passam bem e são bem tratados, considera-dos tripulantes em suas embar-cações com responsabilidades e privilégios às vezes.

O Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ubatuba – STT - ini-cia 2015 oferecendo cursos a produtores rurais e agrega-dos para melhor qualificação do trabalhador e garantias de melhores produtos e rendi-mentos. Para este inicio de tempora-

da de serão oferecidos cursos de técnicas de conservação de solo, operação e ma-nutenção de tratores agrícolas, programa de olericultura orgânica e programa de Turismo Rural 2015. Todos re-ceberão certificação do sistema “S” rural – Ser-viço Nacional do Apren-dizado Rural – Senar, que possui validade na-cional. Estas foram às primeiras tratativas de convênios

para o trabalhador. Segundo seu adminis-trador, “ainda teremos outros cursos e progra-mas para atender a de-manda, principalmente ao que se refere aos programas de alimen-tação escolar, aquisição de alimento, melhoria da renda e qualidade de vida, atendimen-to as cooperativas e outros.Também para suprir alimento de boa qualidade a moradores dos bairros aos quais os tra-balhadores rurais estão inse-ridos, quem não quer adquirir uma alface fresquinha conhe-cendo sua procedência e as técnicas de cultivo agroecoló-gico?”, comenta Tadeu Astolfi. As inscrições poderão ser re-

alizadas na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI em Ubatuba – também conhecida como Casa da Agri-cultura - ao lado do mercado

Sindicato inicia a temporada de qualificação do trabalhador rural em Ubatuba

de peixe no centro da cidade, próximo a ponte de acesso ao Pereque-Açu. Outros terão sua inscrição na sede da Secretaria Municipal de Agricultura Pes-ca e Abastecimento - SMAPA, sediada a Praça 13 de Maio, 200, no centro da cidade. As informações gerais poderão ser adquiridas pelo telefone 12- 99727-3793 (Tadeu ou

pelo email [email protected]). São cursos de excelente qua-

lidade e que podem ser aplica-dos imediatamente. Os cursos visam também transformar o pequeno produtor em um em-preendedor rural de sucesso, e se, estiver sindicalizado e com nota fiscal, por exemplo, po-derá receber vários benefícios, um deles a aposentadoria. As vagas são limitadas e

exigem cópias simples da do-cumentação pessoal, depois é preenchido um formulário,

dados da propriedade rural e a assinatura do candidato. Na região sul a PROMATA é o parceiro do sindicato para a qualificação do trabalhador ru-ral que estuda ainda o uso de sua sede para o atendimento do trabalhador deste lado do município. Quem se interessar tem que correr para conseguir vaga.

Cadastro Ambiental Rural obrigatório

Continua neste mês o cadastramento para o CAR das áreas de pro-dutores em Ubatuba. A medida é necessária para atender o novo Código Florestal. O cadastro é uma

base de dados que será usado para controle, monitoramento e com-bate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegeta-ção nativa, bem como para planejamento ambiental e econômico das propriedades e to-das estas propriedade obrigatoriamente tem de se inscrever. Em Ubatuba o STTR

possui um cadastrador autorizado cuja agen-

da começa a ficar sem espaço para atender tanta demanda. Para se inscrever o interessa-do poderá procurar o sindi-cato através do telefone 12- 99727-3793 com Tadeu ou 12- 98176-2330 com Cleber e estar com os documentos da propriedade em dia, caso não esteja basta procurar o sindi-cato para atualizá-lo. Quem não realizar o CAR

terá problemas para regulari-zar a situação de suas terras frente aos governos estadual e federal.

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Pesquisador fala da importância da bromélia “Barba de Velho” no ar puro que respiramos

O pesquisador da Universida-de Federal da Integração Lati-no Americana – UNILA, de Foz do Iguaçu, sul do país, Jean Paulo Soares da Silva, 25, em visita ao litoral norte realizou importante levantamento so-bre as bromélias epífitas em nossa região. Seu material se baseou nas plantas encon-tradas no Parque Estadual da Ilha Anchieta. Mas que ainda é abundante em terra, princi-palmente nos bairros mais dis-tantes, nas comunidades qua-se isoladas e as beiras dos rios e praias que recebem número reduzido de turistas, biopira-tas e coletores de espécimes de nossa fauna e flora. Para ele é primordial o cui-

dado que as comunidades tra-dicionais têm com as plantas que tem sentido real as suas vidas e religiosidade. Lembra o pesquisador que denomi-nadas epífitas vasculares for-mam um grupo relativamente pouco conhecida se compa-rado a outros vegetais, prin-cipalmente nos ecossistemas litorâneos, por isso a impor-tância do etnoconhecimento de moradores que vivem ou convivem com estas espécies há décadas. Os números levantados im-

pressionam. Segundo Jean, estas espécies fazem parte de 10% da flora mundial, com 83 famílias, cerca de 880 gêneros e 29 mil espécies entre bro-mélias, cactáceas e orquidá-ceas e pteridófitas.Ele reforça que só as bro-

mélias possuem cerca de 3.090 espécies e estimam que 40% delas e 70% dos gêne-ros ocorrem no Brasil. A que chama atenção é a Tillandsia usneoides, conhecidas pelos moradores antigos como “Bar-

ba de Velho”. Ela é motivo de brincadeiras, piada, remédios, imersão em cachaça, porém é o que se esconde dentro dela que é considerada muito rica para a ciência e ao planeta. Jean nos conta que esta planta, além de abrigar ninhos de ani-mais e pássaros, é um indica-dor de monitoramento da qua-lidade da atmosfera, pois são capazes de acumular poluentes e metais pesados na atmosfera desde sua existência. “A avaliação do conteúdo de

seus tecidos reflete a conta-minação da atmosfera onde ela se encontra”, comenta o pesquisador. Portanto, acres-centa o estudo, algumas es-pécies são consideradas como biomonitoras ambientais, a

“barba de velho” é a mais em-pregada nestes estudos, tudo porque nunca perde a capaci-dade de absorver água e nu-trientes. O estudo mostra uma gama

de benefícios criados por estes tipos de plantas. A presença da Tillandsia usneoides indica um ambiente mais úmido e com ar puro em seu entorno, também chama atenção pelo seu aspecto curioso como se a arvore tivesse de fato barba por fazer. O que o pesquisador diz é

que é importante a manuten-ção destas espécies que além de belos são primordiais para saber se queremos continuar com a pureza do ar que ainda respiramos por aqui.

A Prefeitura de Ubatuba, no litoral norte, anunciou reajuste de 13% na tarifa do transporte coletivo a partir do 25/01/2015. Com a medida, o novo valor passou de R$ 3 para R$ 3,40 e a administração também pre-tende ampliar benefícios aos usuários.Segundo a prefeitura, o novo

valor tem como objetivo ade-quar a tarifa a alta nos custos do setor, como combustíveis, pagamentos de salários, segun-do planilha apresentada pela empresa e estudo técnico feito pelo governo.Atualmente, para pagamentos

Preço da passagem de ônibus sobe para R$ 3,40

no cartão de transporte, o va-lor da tarifa tem desconto e fica em R$ 2,90. O executivo estuda medidas para aplicar o desconto no novo valor. Em contraparti-da ao reajuste, a concessionária VerdeBus se comprometeu em estender o bilhete único para toda cidade por um período de três horas.A empresa também vai con-

ceder duas recargas gratuitas a cada 20 passagens adquiridas pelo cartão eletrônico. Entre as melhorias no serviço, a conces-sionária também afirmou que implantará rede de internet wi-fi no terminal central da cidade.

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Parque Estadual da Ilha Anchieta: Natureza de encher os olhos e os cartões de memória Texto e Fotos: PROMATACriado pelo Decreto 9.629

em 29 de março de 1977, lo-calizado na costa do municí-pio de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, a Ilha Anchieta possui 100% de suas terras de domínio público. Seu ter-ritório possui 828 hectares e 17 quilômetros de perímetro abrangendo toda a extensão da ilha. Abriga um importan-te patrimônio histórico repre-sentado pelas ruínas do antigo presídio e edificações adjacen-tes, as quais são em grande parte utilizadas atualmente pela sede administrativa da Unidade de Conservação. Seu acesso principal é através

da Baía das Palmas distante do Píer Saco da Ribeira a 4,3 mi-lhas náuticas - 8 km -, trajeto cujo percurso dura entre 30 a 50 minutos. O píer da Ribeira é importante elo para os que pretendem conhecer a ilha. Embora seja famosa por suas

belas praias – sete no total – existe outro lado que poucos se aventuram, são os aspec-tos históricos e culturais e a observação de aves, animais e plantas que podem muitas vezes ser registradas pelos vi-sitantes mais atenciosos. Por ser uma unidade de

conservação ela tem regras rígidas quanto ao uso de seu patrimônio. Lá por exemplo, é proibido alimentar os ani-mais, algumas trilhas só são permitidas com acompanha-mento de guias credenciados ou monitores ambientais, re-tirar uma planta, flor, raiz ou conchas na areia da praia nem pensar, cada um tem que cui-dar de seu lixo e o horário de embarque tem de ser seguido a risca. O espaço é grande e a satisfa-

ção é tanta que o visitante fica perdido com tantos atrativos.

Alguns chegam cedo e partem no fechamento do parque. Para realizar as trilhas mais distantes é necessário agendar, grupos também passam por este pro-cedimento. Por sorte é possível avistar tartarugas e cardumes de peixes, até mesmo golfinhos, botos e toninhas como se qui-sessem dar as boas vindas ao turista. Outras vezes são as cutias, tatus, gaivotões, lagar-tos, macacos e capivaras que dão o ar da graça. A liberdade e o respeito com os seres vivos na ilha refletem numa explosão de imagens, sons e aromas que deveria ser normal em outros lu-gares. É comum avistar crianças curiosas correndo na areia para avistar um Guaruçá (caranguejo

amarelo e branco – indicador de praia limpa). As sombras das frondosas ár-

vores que se estendem a frente do presídio abastecem de con-forto e ar frio aos que não estão acostumados com o calor exces-sivo. Ao descer do píer é comum ver visitantes correrem com seus celulares, tablets e câmeras de todos os tipos para realizarem registros imediatos do lugar, como se a paisagem fosse em-bora, assim que o visitante mu-dasse de posição. Milhares de embarcações

anualmente fundeiam em suas águas para curtir suas belezas e águas limpas, alguns passam dias até conhecerem tudo, de-pois zarpam a outros mares.

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Fevereiro 2015 Jornal MARANDUBA News Página 9

Rebelião de 1952: história do país que muitos brasileiros não conhecemConhecida mundo afora como

a “Alcatrazes” brasileira – re-ferencia a ilha prisional locali-zada no meio da Baía de São Francisco na Califórnia, Esta-dos Unidos - o local revela as-pectos impares da construção e sistema prisional brasileiro. Embora para muitos lembre

apenas um período ruim da história dentro de um paraíso ecológico, outros entendem a combinação como um para-doxo surreal. Seria o mesmo que pensar no inferno dentro paraíso ou coisa assim. Na instrução inicial dos moni-

tores é revelada aos visitantes uma parte da história da maior rebelião do planeta, porém os Filhos da Ilha (associação que promove o resgate da histó-ria da rebelião e da ilha como um todo) costumeiramente mantêm-se de plantão para mostrar ao visitante o quão importante, embora trágico, para a história do Brasil foi o acontecido. As ruínas do antigo presídio

ainda estão lá para ajudar a contar sua história, quem fo-ram os homens e mulheres que passaram por esta situa-ção. Particularidades do pro-cesso construtivo da época também são abordadas. As-pectos da formação cultural do povo que lá viveu, imigra-ções, organizações que por lá passaram e engrossaram a história da ilha. Local ideal para escolas que enviam seus alunos para uma aula a céu aberto, tanto dos aspectos na-turais quanto os históricos. A associação possui livros e

textos publicados em vários países, várias entrevistas em TV e participação em docu-mentários. Pesquisadores rea-lizam os mais variados estudos e levantamentos acadêmicos sobre cada item da ilha, cada

um dentro de seu ramo de es-tudo e atuação. Em janeiro também é possí-

vel conhecer a trilha subaquá-tica com o pessoal da Univer-sidade de São Paulo, são aulas em trilhas secas (educacio-nais), instrução de mergulho (manuseio do equipamento e segurança de mergulho) e o mergulho em suas águas. O local possui três trilhas

catalogadas no Passaporte Trilhas de São Paulo. Para se chagar a ilha o mais comum é alugar uma embarcação de pequeno ou médio porte ou ingressar nos serviços de es-

cunas. Depois é só seguir as recomendações e bom pas-seio!O parque funciona das 9 às

17 horas. Uma portaria define a cobrança de ingressos para visitação, para o uso de algu-mas estruturas é necessário realizar agendamento. Maiores informações através

do telefone 12- 3842-1231, pelo email [email protected] ou pes-soalmente ao endereço: Par-que Estadual da Ilha Anchieta (PEIA). Av. Plínio de França, 85 - Píer Saco da Ribeira, Ubatuba/SP - CEP 11.680-000.

Page 10: Jornal Maranduba News #69

Página 10 Jornal MARANDUBA News Fevereiro 2015

Livro de brasileiro que trata da vida e morte de imigrantes Bulgaros na Ilha Anchieta em 1926 é lançado na Bulgaria

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 20, em Sófia, ca-

pital da Bulgária, foi lançado o livro “Imigração no Brasil - Búl-garos e Gagauzos Bessarabia-nos” do brasileiro e membro da Associação Pró Resgate Filhos da Ilha Jorge Coccicov no renomado Instituto de Etnografia e Folclo-re e Museu Etnográfico (IEFSEM) daquele país. O salão lotado do Instituto recebeu Ricardo Guerra de Araújo, Embaixador Extraordi-nário e Plenipotenciário (agente diplomático munido de plenos poderes) do Brasil na Bulgária, junto com outros funcionários da missão. Entre os presentes e con-vidados estavam, principalmente pesquisadores, historiadores, et-nólogos, folcloristas, escritores, políticos e jornalistas como Na-dia Kantareva-Baruch, editora da mídia Az Buki e Stoyan Rayche-vski, importante veiculo de co-municação do bloco europeu. A embaixada brasileira se fez

presente tendo em vista tão im-portante passagem da história mundial que aconteceu na Ilha Anchieta em Ubatuba-SP e é re-latado em detalhes por Coccicov no livro. Num periodo de constantes

mudanças politicas e economi-cas naquela parte do mundo, o tema tratado pelo autor – sobre imigração - se fez atual aos con-teporaneos da zona do Euro e chama atenção para uma rea-lidade crescente daquela parte do mundo. O evento fez parte do seminá-

rio sobre questões de migração realizados pelo instituto na eu-ropa. O livro foi publicado pela Agência Estadual de Búlgaros no Exterior (SABA).

Discurssos inflamadosO Prof. Dr. Nikolay Tcher-

venkov, conhecido pesquisador do Museu, autor do prefácio

da edição búlgara não poupou elogios sobre a temática abor-dada. Também discurssaram Maya Daskalova, responsável pela tradução do livro do por-tuguês para o búlgaro, Dr. Yor-dan Kolev, Drª. Elena Vodinchar de IEFSEM, Raina Mandjukova, ex-presidente da SABA, escrito-ra e apresentadora do progra-ma “Nuvenzinha Branca”, da TV SKAT. Os oradores abordaram vários aspectos das questões desenvolvidas: momentos com-plexos e especiais de desloca-mento, na Europa e posterior estabelecimento no Brasil; a missão do pesquisador, a pro-fundidade do tema e do espe-cial interesse nesse estudo.

O autor e o livroJorge Cocicov é brasileiro,

descendente de búlgaros bes-sarabianos, oficial da Policial Militar Estadual, Mestre em en-sino jurídico, advogado e juiz de direito aposentado. O livro é um estudo interes-

sante de diferentes famílias búlgaras e gagaúzas bessara-bianas que se mudaram para o

Brasil, na segunda metade dos anos vinte do século XX. O método utilizado pelo autor

foi o de pesquisar publicação e muitas informações recolhidas. Aos leitores são apresentados documentos e fotos de arquivos de família. O tema é exclusivo para o con-

junto de problemas e é o pri-meiro sobre o assunto emitido em língua búlgara. O autor escreveu dois livros

em português: um trata da biografia de cinquenta e três imigrantes; outro trata de no-venta e cinco famílias búlgara e gagaúzas bessarabianas resi-dentes no estado de São Paulo, Brasil.A estréia do livro foi propos-

ta, pela primeira vez, como uma iniciativa conjunta dos IE-FSEM e SABA e acatada pelos Prof. Dr. Petko Hristov, Diretor do IEFSEM e Dimitar Vladimi-rov, Diretor Interino, da SABA. Como pesquisador do tema, sua motivação foi a de oferecer um entendimento de que é preciso conhecer e estudar o passado

familiar, seja ela qual for. Em sua fala o autor sugere que as pessoas podem e devem ter o direito de ser feliz e livres em seus horizontes de vida, mas não podem e não devem deixar de “saber de onde vêm e para onde estão indo”, conclui Coc-cicov.O imigrantes búlgaros bessa-

rabianos viveram em colônias e posteriormente mudaram-se

para a cidade. O objetivo delas era de que as novas gerações pudessem melhorar o seu ní-vel social e integrassem, com sucesso, a sociedade brasileira. O livro fala dos imigrantes que

ficaram segregados na antiga Ilha dos Porcos (Ilha Anchie-ta), em 1926. Lá faleceram 151 pessoas, a grande maioria (97%) de crianças por conta da ingestão de mandioca brava, não comestível, raiz usada pelos caiçaras na utilização do fabrico de farinha de mandioca. No centro de visitantes da ilha

existe um banner com a lista e a idade de cada imigrante que fa-leceu no arquipélago, também um breve relato sobre o acon-tecido. No ano passado o cemi-tério da ilha recebeu algumas cruzes com nomes de imigran-tes que foram sepultados por lá na época. Esta nos planos de Coccicov o possível lançamento do livro, ainda este ano, na Mol-dávia e Ucrânia.

Page 11: Jornal Maranduba News #69

Fevereiro 2015 Jornal MARANDUBA News Página 11

Guia da Marandubae Região Sul de Ubatuba 2015

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Ong Caravelas realiza projetos positivos em sua 8ª expedição ao LN

Observadores de Aves fotografam aves de difícil registroNa segunda semana de Ja-

neiro, os observadores de aves da PROMATA Aguinaldo José, Antonio de Oliveira (Titio) Fa-bio de Souza e João Correa de Oliveira (Jango) conseguiram fotografar aves de nossa mata atlântica consideradas de di-fícil registro para a atividade. As imagens mais badaladas no meio da observação e estudos de aves foram as do Taperuçu Velho (Cypseloides senex), uma espécie de andorinhão que vive geralmente em bandos, próxi-mo de quedas d’água, sobre as quais voam alto durante o dia para caçar sobre as matas. A mais rara das aves ficou

por conta do registro do ob-servador Jango que conse-guiu fotografar a Maria Leque do Sudeste (Onychorhynchus swainsoni). Uma espécie que chama atenção pelo seu topete colorido em forma de leque. Eximia caçadora, ela apanha

seu alimento em pleno vôo através de um bico em forma de pinça. Captura insetos que possuem ferrões aos quais usualmente atacam outros pre-dadores. Após o sucesso da captura a ave retorna ao galho de onde partiu, batendo a pre-sa ao galho a fim de se livrar do ferrão e assim poder se alimen-tar sem problemas. Os registros foram comenta-

dos no meio da atividade e ou-tras área ligadas ao meio am-biente. O importante foi saber que alguns habitats em nossa rica mata atlântica mantém-se inalterados onde estas espé-cies se sentem seguras para procriar e se alimentar. Os locais foram indicações de

moradores mais antigos que costumavam ver com freqüên-cia estas belas espécies ao vivo e a cores. Outras espécies tam-bém foram registradas e serão publicas nas próximas edições.

Maria Leque do sudeste

Taperuçu velho

Fotos: Aguinaldo José, Antonio de Oliveira (Titio) Fabio de Souza e João Correa de Oliveira (Jango)

Em sua 8ª edição, a Ong Proje-to Caravelas realizou varias ati-vidades de orientação, acompa-nhamento e educação ambiental no interior do Parque Estadual da Ilha Anchieta, LN-SP. Den-tre as atividades a orientação aos banhistas quanto aos ris-cos de organismos veneno-sos, conscientização ambiental quanto ao descarte incorreto de lixo, dinâmicas diversas com os visitantes, orientação e promo-ção de conhecimento e dispo-nibilidade de estrutura (cadeira de rodas anfíbia) sobre acessibi-lidade a portadores de necessi-dades especiais em praias, den-tre outros. O que mais chamou a atenção

foi o teatro infantil, que também serve a muitos adultos, reali-zado com fantoches de seres marinhos pelos integrantes da organização. A abordagem trata de peixes e

moluscos que se deparam com lixo ao mar e abandonado nas praias, também fala de aciden-tes com estes animais causados pelo descarte incorreto do lixo por humanos. As crianças inte-ragiam com os atores/pesqui-sadores e o resultado superou

as expectativas. Já no ramo da pesquisa, foram realizadas ana-lise da qualidade ambiental, ob-servação da composição vegetal das matas ciliares, levantamen-tos específicos da importância dos manguezais, levantamen-to da diversidade biológica em costões rochosos, geoprocessa-mento de trilhas, monitoramen-to da associação simbiótica de epífitas (plantas que vivem so-bre outras plantas). Nesta temporada de trabalhos

a Ong disponibilizou 14 voluntá-rios, biólogos e universitários dos cursos de ciências biológicas e engenharia ambiental. A Organi-zação Caravelas agradece a con-fiança e o apoio do Parque Esta-dual da Ilha Anchieta – PEIA e da Prefeitura Municipal de Itajubá.

Page 12: Jornal Maranduba News #69

Página 12 Jornal MARANDUBA News Fevereiro 2015

“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 10Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

EZEQUIEL DOS SANTOS“Revista O Cruzeiro - Edição

38, Rio de Janeiro, sábado, 5 de julho de 1952, ano XXVI”. Conforme dito em edição ante-rior, reproduziremos os relatos sobre aquele fatídico dia. Segundo a revista, era por vol-

ta das 8:10 da manhã do som-brio dia 20 de junho de 1952. Os sobreviventes contam aos repórteres que mais de uma centena de homens se dirigi-ram ao Morro do Papagaio para o trabalho rotineiro e cotidiano do corte de lenha. Na época não havia fornecimento de gás, eram utilizados a lenha como combustível para as cozinhas e aos fornos. Dois soldados e dois funcionários civis, que estavam armados, os escoltavam. Lon-ge do presídio, há pelo menos 1 km, os soldados e os funcio-nários entregaram a cada um suas tarefas. Disfarçados, os prisioneiros colocam em prática o que durou meses de planeja-mento – o inicio da rebelião. Eles então se entregam cal-

mamente as tarefas do dia. “Sorrateira e disfarçadamente os detentos se separam em grupos”, diz a matéria. João Pereira Lima, famoso pe-

los seus crimes hediondos em todo país e sua audácia for-midável, atira-se a cacetadas sobre um soldado. Os outros, imóveis, aguardavam o sinal de comando. Em minutos os “defensores da legalidade” es-tavam mortos e os detentos de posse de quaro fuzis. Calmos e certos de que não

despertam nenhuma mudança ao roteiro diário do ICIA (Ins-tituto Correcional Ilha Anchie-ta), apanharam alguma lenha e desceram em fila como de cos-tume, como se nada de anormal havia acontecido. Foram direto a Casa de Armas. Com punha-ladas mataram o sentinela, se-guiram para dentro do quartel e tomaram cerca de oitenta fuzis, quatro metralhadoras de mão, farta munição e granadas. Em dois grupos dividiram-se na aplicação do plano, um para o presídio e outro para a cada do diretor, Capitão Fausto Sadi Ferreira, que lá se encontra-va. O tiroteio foi inevitável, em

maior numero os evadidos não demoraram muito para tomar conta da situação. O diretor rendeu-se, deixou

sua residência com um sobrinho e desceu de mãos para cima. “Vamos matá-lo!” grita um dos detentos. O mesmo que pediu a morte do diretor ouviu de João Pereira Lima: “Em prisioneiro não se põe a mão! Quem tocar no capitão Sadi será morto! Sua vida será garantida.”, finaliza a fala o chefe do motim. Foram palavras do próprio capitão que relatou o acontecido aos repór-teres da época. Enquanto isso, no interior da

prisão, era desmantelada a re-sistência: três policiais tomba-ram frente às balas dos detentos agora armados e mais perigosos, dois funcionaram civis tiveram a mesma sina. Um deles foi Por-tugal de Souza Pacheco, chefe da disciplina, verdadeiramente massacrado. Pereira Lima então ordena que todos sejam levados as celas, inclusive as famílias (mulheres e filhos) de funcioná-rios e soldados. Um dos detentos pergunta

se teriam de colocar as mulhe-res também, se não daria para aproveitá-las melhor.Pereira Lima energicamente

diz: “Quem puser a mão em al-gumas delas morre! Não somos um bando de tarados. Só que-remos apenas a nossa liberda-de”. A pergunta que rolava nos bastidores era que estranhas forças haviam induzido Pereira Lima a tamanha nobreza? Essa passagem – a de che-

fe honroso do motim – foi re-petidamente descrita pelas mais altas patentes da época. Nada mais que o capitão Sadi Ferreira e o coronel Benedito Egidio Hidalgo (comandante do 5º Batalhão de Combate da Força Pública). Para as au-toridades a atitude do mentor – Pereira Lima- salvou centenas de vidas e a honra de dezenas de famílias. O presídio agora sem resistên-

cia alguma era saqueado, des-truído seus arquivos, queimado o almoxarifado e roubado do cofre pouco mais de cem mil cruzeiros. Com os sentimentos eufóricos muitos se embria-

garam com as bebidas que há tempos os seduziam. Quando se dirigiram a lancha

“Carneiro da Fonte” (embar-cação do presídio com capaci-dade para umas sessenta pes-soas) um dos presidiários se recusou a fugir, era ele Faria Junior – 43 anos de reclusão, dos quais 17 já havia cumprido - ofereceu-se ao diretor para combater a bandidagem: “Te-nha confiança em nós capitão. Somos mais de duzentos fiéis a administração, dê a nós armas e munição que impediremos a fuga dos outros”, disse Faria

Lima as autoridades. Diante da situação

o diretor consulta o comandante do des-tacamento militar da Ilha, tenente Oduval-do Silva. A resposta foi a entrega de ar-

mas e munição para mais um combate. Pelo menos 60 de-tentos se armaram e partiram pra cima dos que fugiam. Recomeça o tiroteio, muitos

dos fugitivos já se encontra-vam na praia, a maioria de nus em fuga. Pereira Lima, vestido de tenente da Força Pública com as balas silvando ao seu redor e com a afobação de to-mar a lancha chega ao auge. Ele era o cara naquele mo-mento. Para fugir na embar-cação era acirrada, dramática. A disputa era questão de vida ou morte, muitos se mataram

nesta ocasião, conta o diretor do presídio aos jornalistas. Mesmo assim, somando os

que também fugiram de ou-tros recantos da ilha em cano-as, jangadas e reboques, pelos menos cerca de duzentos e trinta detentos se evadiram da-quele inferno. Na próxima edição a recaptu-

ra... aguardem!

Page 13: Jornal Maranduba News #69

Fevereiro 2015 Jornal MARANDUBA News Página 13

Promata realiza o 1º monitoramento cidadão de pontos turísticosNo último dia 10, integrantes

da PROMATA realizaram, de forma informal e a titulo ex-clusivo da associação, o mo-nitoramento dos bens naturais do acesso a Cachoeira Santa Maria da Água Branca no bair-ro do Sertão da Quina. Lá fo-ram realizados vários registros dos pontos de interesse tu-rístico de menor importância visual, porém de grande valor ambiental. Também acom-

Fotos: Aguinaldo Josépanharam outros moradores e pessoas que nunca haviam realizado o trecho. O mais importante foi à vi-

sualização das condições da trilha, sua segurança, as con-dições da avifauna em seu tre-cho e principalmente o regis-tro do volume da qualidade de suas águas.Sem nenhuma alteração,

sem lixo no caminho e sem nenhum ponto de perigo ex-

tremo o local está em condi-ções de receber grupos guia-dos por profissionais da área. As recomendações são as de

sempre, manter o local sem-pre limpo, não utilizar nenhum produto de higiene e limpeza em excesso nos rios, não cau-sar queimadas na floresta, não abrir novas trilhas, supri-mir ou destruir a vegetação, não recolher espécie alguma de plantas, flores, cascas e raízes, não tocar em tocas e em ninhos de aves, por exem-plo. Desta forma simples e informal será possível manter na parte de cima de nosso território o visual que a parte

debaixo de nossa região um dia possuiu – um terreno exu-berante com águas límpidas, mata consorciada com antigas

Mesmo com volume menor que o de costume cachoeira se mantem bela e imponente

roças e flora deslumbrante. Manter atrativos assim não

depende da natureza e todos saem ganhando.

Mães Dágua - carangueijos de agua doce que ainda sobrevivem rio acima

Poços ao longo do caminho preservado fazem o deleite de visitantes responsaveis

Page 14: Jornal Maranduba News #69

Página 14 Jornal MARANDUBA News Fevereiro 2015

Djalma Ferreira dos SantosAssim como aqui na minha

terra também não existia ôni-bus. Naquela época, no inte-rior da Bahia, eram tempos difíceis, era um marzão de ro-ças e de gente simples, muito simples. O único caminho era um “carrero” por entre as pro-priedades que mal cabia um carro de boi, quanto mais um pau-de-arara (caminhão de carroceria que carregava de tudo). Mas de vez em quando, algumas vezes por semana, ele passava, dava para ouvir o ronco do motor ao longe. Era chique andar naquilo.

Imaginem galinhas e porcos disputando lugar com couros de boi, sacos de farinha e fei-jão, gente sentada nos bancos ou em pé, cabras comendo as roupas das pessoas. Era um boné velho! Mas era o único transporte descente (risos). Então um dia o pau-de-arara

saiu do centrinho da cidade (meia dúzia de comércios e dez casas pelo menos) com algumas encomendas em sua carroceria. O diacho do caminhão demo-

rava muito, havia muitas pa-radas e não tinha cobertura, todos enfrentavam o sol ou a chuva. Entre as encomendas daquele dia havia um caixão que seria para levar a uma propriedade próspera, cujo dono, um senhor de idade avançada muito respeitado na região, havia morrido de cau-sas naturais. Bom, começa o trajeto e nos

primeiros pontos nada, nin-guém pra pegar. Muita gente havia ido ao velório no dia anterior. Mas um cidadão, cai-pira de coração e alma pegou o “bondão” da roça. Vestido com suas melhores roupas (uma calça de um ano de uso cujas pernas davam na

“E aí gente! Já parou a chuva?”canela do individuo, uma ca-misa remendada no sovaco, um chapéu de palha ladeado de cigarros, sandálias que ti-nha recebido de presente da Aparecida do Norte três anos antes, um saco de linho com outros pertences) subiu no caminhão e começou a pitar (fumar os cigarros de palha). Na pressa o caminhoneiro

não parou para os que esta-vam a pé na estrada. Ao lon-ge o tempo piorava. “Como o caminhão não tem cobertura, melhor eu entrar no caixão, assim eu não molho”, retrucou o camarada. Dito e feito!Começou a chuva e o cara

se emburucou pra dentro do caixão em cima do transpor-te. Daí o motorista parou para apanhar o pessoal que encon-trava na estrada. Quem fosse ao sepultamen-

to não pagaria a passagem, a família do defunto é quem pagaria. Com as fortes chuvas o ca-

marada dormiu no caixão e esqueceu-se da vida. Depois de horas lá dentro, após aca-bar a chuva ele simplesmente abre a tampa do caixão e se levanta perguntando: “E aí gente! Já parou a chu-

va?”. Pensa num balaio de gato

em cima da carroceria. Foi um tal de gente desmaiar, outros pularam do caminhão, berros pra todo lado, as tiazinhas co-meçaram a rezar pro defundo ir logo pro paraíso, outras de-ram guarda-chuvadas na ca-beça do coitado. O que aconteceu foi que o

caixão chegou já amaciado e com alguns arranhões, o bon-dão da roça atrasou e muita gente preferiu pagar sua pas-sagem e descer no próximo ponto.

Page 15: Jornal Maranduba News #69

Fevereiro 2015 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Fernandes

A parábola do equilíbrio

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JornalMaranduba News

Havia um poderoso monar-ca que embora satisfeito com o seu reino, vivia preocupado sobre a forma de governo que deveria dar ao seu povo.Chamou um velho sábio e

lhe expôs:- Sábio, orienta-me! Devo ser

severo ao meu povo para que tenha mais respeito e afaste qualquer possibilidade de re-volta ou devo ser benevolente para obter o carinho dos meus súditos fazendo-lhes, então, as vontades?Ajuda-me!O bom sábio pensou um

pouco e perguntou-lhe:- O que mais aprecias dentre

teus objetos pessoais?Não entendendo a pergun-

ta, o monarca respondeu-lhe mesmo assim.- O que mais amo são dois

vasos de porcelana únicos, obras de arte, que adquiri após vencer uma batalha.- Traze-os a mim!Ainda não entendendo o que

o sábio queria com este pedi-do, ordenou a dois servos que trouxessem os vasos.Vendo os dois vasos, o sábio

pediu:- Traz água fervente e água

gelada!O monarca entendia cada

vez menos. O sábio por sua vez, ordenou:- Coloca a água fervente em

um vaso e a gelada em outro!O monarca assustado, se im-

pôs aos berros:- LOUCO!!! Não vês que a

água fervente fará em peda-

ços um vaso e a gelada trinca-rá o outro?- Exatamente, – disse o sá-

bio – assim será teu governo pois se usares de autoridade severa ou de benevolência excessiva, não serás um bom monarca.Entretanto se souberes dosar

os dois, terás teu nome gra-vado para sempre no coração dos teus súditos!Tendo terminado de falar,

o sábio pediu aos servos que misturassem a água fervente com a gelada. Assim, obteve a morna que ao ser colocada nos vasos não os danificou.Pense nisso…O EQUILÍBRIO é fundamen-

tal em nossas vidas!Quantas vezes botamos tudo

a perder pela falta de sabedo-ria, pela falta de equilíbrio…Arriscamos nossos relaciona-

mentos porque exigimos de-mais ou de menos…Pais que, em nome do amor,

tem medo de dizer não a seu filho ou, que em nome desse mesmo amor, proíbe todas as coisas, transformando a vida em família num grande mar-tírio…

Em Eclesiastes 9.16 o Senhor nos diz Melhor é a SABEDO-RIA do que a força…Não é pela força, pela obri-

gação que conquistamos, mas pelo amor, pelo saber lidar com as situações, pela estra-tégia…Cuidado!Não coloque tudo a perder

pela falta de sabedoria, pela falta de equilíbrio!Profissionais que transfor-

mam o trabalho em escravi-dão, se envolvendo de tal for-ma que esquecem de viver…Em Eclesiastes 4.6 o Senhor

nos diz: Melhor é a mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com TRABA-LHO, e aflição de espírito…Preocupação em excesso

não traz solução, traz doença, desequilíbrio…Cuidado!Não coloque tudo a perder

pela falta de sabedoria, pela falta de equilíbrio!Pessoas que se envolvem de-

mais com a diversão, achando que a vida é um grande barato e que nada deve ser semeado, que o esforço é em vão, que o trabalho é só enfado…Em Eclesiastes 11.9 o Senhor

nos diz: “Alegra-te, JOVEM, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos cami-nhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.”Cuidado as armadilhas da

vida!

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