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Maranduba, Julho 2015 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edição 74 Festival da Mata Atlântica Rios e Mares de Ubatuba Foto: Claudia Félix

Jornal Maranduba News #74

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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  • Maranduba, Julho 2015 - Disponvel na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 6 - Edio 74

    Festival da Mata AtlnticaRios e Mares de Ubatuba

    Foto: Claudia Flix

  • Pgina 2 Jornal MARANDUBA News Julho 2015

    Editado por:Litoral Virtual Produo e Publicidade Ltda.

    Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

    Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

    Editor Chefe: Emilio CampiJornalista Responsvel: Ezequiel dos Santos - MTB 76477/SP

    Colaborador: Pedro dos Santos Raymundo - MTB 0063810/SPConsultor Jurdico - Dr. Robson Ennes Virglio - OAB/SP 169.801

    Consultor Ambiental - Fernando Novais - Eng Florestal CREA/SP 5062880961

    Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues

    Os artigos assinados so de inteira responsabilidade de seus autores e no refletem a opinio da direo deste informativo

    Ministrio Pblico e as prefeituras do litoral norte fazem acordo para demarcao terrenos a beira-mar; as construes em reas

    de preservao ambiental tero que ser demolidas

    ANUNCIE:

    (12) 99714-5678(12) 3832-6688

    JornalMaranduba News

    CARLOS VALIM FLNMinistrio Pblico e as prefeitu-

    ras de Caraguatatuba, Ubatuba, So Sebastio e Ilhabela fazem acordo para demarcao terrenos a beira-mar; as construes em reas de preservao ambiental tero que ser demolidasMinistrio Pblico Federal e re-

    presentantes das prefeituras de Caraguatatuba, Ubatuba, So Sebastio e Ilhabela, no litoral norte de So Paulo, assinaram nesta sexta-feira (29) um acor-do para demarcao das reas de terrenos a beira-mar que per-tencem Unio. Pelo acordo, as reas devem ser identificadas at 2018 e novas invases devem ser evitadas.O acordo deve encerrar uma

    briga judicial da promotoria com as cidades, que exigia a demar-cao dos terrenos. Os terrenos de marinha so patrimnios do Governo Federal e so medidos da linha do preamar at 33 me-tros em direo ao continente ou de ilhas costeiras, como o caso de Ilhabela. A linha do preamar estabelecida utilizando o ponto mximo onde chega a gua do mar. Para isso, feita uma mdia das mars mais altas do ano.

    A lei que determina que estas terras so pblicas foi publicada em 1.946. A demarcao foi esta-belecida em 1.831, mas at hoje boa parte desta rea no est identificada, o que tem permitido

    a invaso e construo de casas nestes espaos. Em So Sebastio, por exemplo, so 107 quilmetros de costa, mas existem apenas trs quilmetros demarcados.

    A falta de identificao causou a abertura de centenas de processos de usucapio nos fruns do litoral. Segundo levantamento do Minis-trio Pblico Federal, quase 3 mil imveis esto construdos na rea de marinha nas quatro cidades. Aps a demarcao, os imveis que forem identificados ocupando estas reas tero que pagar uma taxa ao Governo Federal.Pelo acordo estabelecido, a Se-

    cretaria do Patrimnio da Unio dever demarcar toda a rea de terra marinhas at 2018. As Pre-feituras de Ilhabela, So Sebas-tio, Caraguatatuba e Ubatuba devero colaborar com o traba-lho, fornecendo todas as infor-maes, apoio tcnico e evitar que novas invases aconteam. As construes identificadas em reas de preservao ambiental

    tero que ser demolidas. O acor-do deve extinguir as aes movi-das pelo Ministrio Pblico.Estiveram presentes na as-

    sinatura, os prefeitos de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva; de Ilhabela, Antnio Colucci; de So Sebastio, Ernani Primazzi; de Ubatuba, Maurcio Moromizato; Procuradoras da Re-pblica, Sabrina Menegrio e Ma-ria Rezende Capucci; Promotores de Justia do Ministrio Pblico Estadual, Dr Paulo Guilherme Ca-rolis e Tadeu Bardar; Superin-tendente do Patrimnio da Unio, Ana Lcia dos Anjos; Coordena-dora de Gesto Estratgica da SPU, Maria da Anunciao Alves; Coordenador do Departamento de Caracterizao de Patrimnio, Denis Fabrizio de Oliveira Sely-nes; Procurador da Procuradoria Regional da Unio da Terceira Regio, Trcio Issami Tokano; e o Procurador Seccional da Unio de So Jos dos Campos, Marco Aurlio Bezerra Verderamis

  • Julho 2015 Jornal MARANDUBA News Pgina 3

    Circuito Ubatuba de guas Abertas movimenta praia da MarandubaCOMUNICAO PMU

    A praia da Maranduba foi pal-co no ltimo domingo (28) da 2 Etapa do Circuito Ubatuba de guas Abertas.

    Mais de duas mil pessoas esti-veram na praia e prestigiaram os cerca de 400 atletas de Ubatuba, So Jos, Taubat, Lorena, Sul de Minas Gerais, Litoral Sul Fluminen-se e demais cidades do Litoral Nor-te Paulista e Vale do Paraba, num belssimo dia de sol e cu azul. Na retirada dos chips, os atle-

    tas receberam seu kit com uma mochila personalizada com a lo-gomarca da prova, uma edio da revista Swim Channel e uma unidade de bananinha tacho.Na gua os atletas encontraram

    condies favorveis com pouco vento e poucas ondas, o que fa-cilitou o percurso das provas de 250, 500, 1 mil e 3 mil metros.Ao fim das provas, todos os

    Mais de duas mil pessoas estiveram na praia e prestigiaram os cerca de 400 atletas na segunda prova do ano

    atletas receberam medalhas de participao e foram tenda de alimentao, onde fizeram a re-posio de energias com frutas, gua e aa. Os melhores colocados foram

    premiados com trofus e brindes oferecidos pelos patrocinadores.

    Os resultados e classificao no site www.natatoriaubatuba.com.br.A terceira etapa de 2015 acon-

    tece na praia da Enseada, no prximo dia 13 de setembro.A 2 Etapa do Circuito Ubatuba

    de guas Abertas foi uma apre-sentao da Prefeitura Municipal de Ubatuba atravs da Secretaria de Esportes e Lazer, realizao da Comtur, promoo da Secre-taria de Turismo, patrocnio da L23 - Atmosfera Empreendimen-tos Imobilirios e Mormaii, Apoio da Veibras, Hotel Porto do Eixo, Acqua Dovers, Grupo Cauna, Tacho de Ubatuba.

    COMUNICAO PMUCom uma rica programao

    cultural, Festa de So Pedro Pes-cador reuniu milhares de pesso-as nos ltimos dias na Praa de Eventos Organizada pela Fundao de

    Arte e Cultura da Prefeitura de Ubatuba, a 92 edio da Festa de So Pedro Pescador terminou na noite do ltima segunda-feira (29), dia do padroeiro da cidade, na Praa de Eventos.O evento reuniu milhares de

    pessoas desde a ltima quinta--feira e com uma rica progra-mao cultural manteve viva a tradio quase secular do povo ubatubense.O dia de encerramento come-

    ou por volta das 14 horas com a Procisso de Barcos, que desde de 1954 integra as atividades da festa, seguida da Missa Campal, ambas acompanhadas por um grande pblico.

    Ubatuba mantm viva a tradio em dia de homenagens ao santo padroeiro da cidadeEnquanto isso, a Barraca da

    Tainha seguia movimentada de famlias inteiras de moradores e turistas. Vendemos trs tonela-das de tainha. Foi um sucesso, comemorou Jerry Moraes, presi-dente da Colnia Z 10. No comeo da noite, duas

    belssimas apresentaes cha-maram ateno de quem circula-va pelas barracas de comidas t-picas: a Dana de Fita do Itagu e o Coro da Lira.Para fechar a programao tra-

    dicional, uma Homenagem aos Mestres do Mar exaltou grandes pescadores locais e emocionou a plateia. O som ficou por conta das ban-

    das ubatubenses Converso, Psycos Jam e Engrenagem.Diretora-presidente da Fun-

    dArt, Cristina Prochaska nova-mente agradeceu o empenho de cada integrante de sua equipe e de cada colaborador das diferen-

    tes comunidades de Ubatuba que participaram e ajudaram na organizao e produo do evento.O prefeito Mauricio comemorou

    o sucesso da festa e assim como Cristina destacou o envolvimento da populao. Conseguimos de-volver a festa para os pescado-res, para o povo, afirmou.Festa de So Pedro PescadorA comemorao ao santo pa-

    droeiro de Ubatuba comeou no dia 29 de junho de 1923, quan-do o padre caiara Francisco dos Passos, com a ajuda de pesca-dores, celebrou uma missa em um altar improvisado de canoas.Desde ento, o festejo e a

    f fazem parte da identidade cultural do povo ubatubense. Em 2015, a festa chegou sua 92a edio com uma rica pro-gramao cultural e manteve vivas as tradies e costumes do povo local.

  • Pgina 4 Jornal MARANDUBA News Julho 2015

    Jovens e crianas em festa para frias de julho

    So Jos de Anchietauma caminhada de turismo e f

    No ltimo dia 27, a comu-nidade catlica da regio re-cebeu os peregrinos da Ca-minhada de Anchieta, projeto que visa incentivar a devoo a Padre Anchieta, declarado santo pelo papa Francisco em 03 de abril do ano passado. A caminhada percorreu 90

    kms entre So Sebastio e Ubatuba e contou com 89 pe-regrinos. O evento foi transmitido pe-

    las mdias local e regional do estado e visualizada por mi-lhares de fiis e simpatizan-tes do santo. A chegada dos peregrinos

    por aqui foi festejada por moradores, visitantes e turis-tas que aguardava seus ca-minhantes. No trajeto foram vrios os cumprimentos aos peregrinos, o mais comum foi o som das buzinas dos carros que cruzavam a comitiva. O projeto uma verso re-

    duzida e mais religiosa do que turstica do projeto Pas-sos de Anchieta (primeiro roteiro cristo das Amricas que refaz os passos do pri-meiro caminhante do Brasil).

    Prximo a capela de onde foi servido o almoo e suco ao grupo, o grupo de jovens da parquia deu as boas vin-das aos peregrinos. Na che-gada a cantina da igreja Pe. Daniel estendeu as boas vin-das em nome da parquia e da comunidade, tambm re-alizou a beno dos alimen-tos, em seguida msicos e cantores locais realizaram um sarau de msicas regio-nais aos visitantes. Pe Daniel agradece a visita novamen-te e convida a todos para a festa do centenrio Mariano que ocorrer em setembro prximo. noite, na capela, foi re-

    alizada a reza do tero com a presena do bispo dioce-sano Dom Jos Carlos Cha-corowski. Ele lamentou no poder estar na caminhada porque havia estado em Roma para um encontro de bispos e aos presentes disse que, atravs de um cardeal, conseguiu estar ao ladinho do papa Francisco. A comunidade e os peregri-

    nos receberam em primeira

    mo a boa notcia - horas antes o bispo diocesano de Caraguatatuba havia estado com o Santo Padre. Falou da importncia da encclica Laudato Si - Louvado Seja e seus desdobramentos, que segundo o bispo, a pri-meira editada em italiano e no latim como manda a tradio religiosa. Aos pere-grinos fala da beleza de se aproveitar as faculdades de Deus atravs da natureza. Tambm da importncia da caminhada para a sade. O bispo diz que o corao vai agradecer - e as gordu-ras iro reclamar reitera Pe. Daniel. Depois foram todos saborear um caldinho na cantina da igreja. Aps o merecido descan-

    so saram as 5:30 da ma-nh em direo ao bairro do Itagu depois para o Centro da cidade na missa de en-cerramento desta caminha-da destinada a quem gosta de rezar apreciando as ma-ravilhas naturais do litoral norte paulista sob as beno de So Jos de Anchieta.

    Primeiros peregrinos na entrada do Ararib

    No ltimo dia 28, o grupo de jovens da parquia junto com o grupo da infncia missio-nria realizaram uma grande festa no ptio da cantina da capela Nossa Senhora das Graas no Serto da Quina. A festinha foi para celebrar a despedida do infncia mis-sionria no ms de julho, de frias das atividades religio-sas. O grupo de Jovens infor-ma que no estar de frias porque ainda tem atividades para este ms como o retiro Talita Kun, que acontecer nos prximos dias 10,11 e 12 na escola municipal Nativa Fernandes de Faria no mes-mo bairro. Para este retiro solicitada inscrio no valor de R$ 20,00 para a confec-o da camiseta do evento e est aberta a todos os jo-vens a partir de 14 anos. As inscries podero ser rea-lizadas com Gabriela da Co-munidade Nossa Senhora das Graas - Serto da Quina e Sharon na Matriz Cristo Rei na Maranduba.

    A festa foi recheada de quitu-tes gostosos de poca e muita alegria e animao. O sacole-jo foi tanto que o frio passou longe dos braos e pernas dos participantes. Alguns pais aproveitaram a animao para espantar o frio participando tambm das dinmicas, brin-cadeiras e danas realizadas pelos organizadores. A festa foi animada graciosa-mente pela banda Dom da F ([email protected]) que esbanjou vitalidade, ani-mao e boa musica religiosa a jovens, crianas e adultos fugindo da noite fria. Numa canja as meninas Ana Clara e Manuela deram o ar da graa cantando junto coma banda. O grupo de crianas volta s atividades na primeira sema-na de agosto. Os jovens ain-da em pleno vapor tm muito trabalho ainda para este ms de julho. Ao final uma orao e agrade-cimentos aos colaboradores, organizadores, a banda, aos pais e a Deus, principalmente.

    Foto: Sofia Prado

  • Julho 2015 Jornal MARANDUBA News Pgina 5

    Crianas recebem certificado do Projeto Cantos da Mata no Ncleo Caraguatatuba do parque estadual

    No ltimo dia 26, o Ncleo Caraguatatuba do Parque Es-tadual da Serra do Mar PESM recebeu os alunos do curso de iniciao a observao de aves da EMEI/EMEF Bernardo Ferreira Louzada do bairro Rio do Ouro em Caraguatatuba. A iniciativa foi proposta em

    reunio do conselho con-sultivo da unidade e aplica-da atravs da parceria en-tre PROMATA, monitores do PESM - NuCar e voluntrios do corpo docente da escola.As atividades alcanaram

    com sucesso seus objetivos e foram consideradas inovado-ras para a interao entre es-cola, unidade de conservao, alunos, aves, meio ambiente e comunidade. Foram agraciados 22 alunos

    do 5 ano sob a orientao da professora Barbara Jos com o incentivo da coordenadora Lila. Os alunos receberam, na

    unidade, palestra sobre a ati-vidade, orientaes bsicas sobre a pratica de observao de aves, cuidados com a se-gurana, como funcionam as regras do parque, sadas de campo, identificao visual e auditiva das aves, uso do bi-nculo para identificao, le-vantamento de listas de iden-tificao, busca das espcies nos guias, socializao das in-formaes com os parceiros. Na escola realizaram reda-

    es, desenhos e comentrios sobre atividade. Em casa e na rua, segundo alguns alunos, buscaram identificar aves e sons que aprenderam na ati-vidade no parque. Alguns at propuseram mudanas em seus hbitos cotidianos. Todo projeto foi registrado com imagens e relatrios elabora-

    do pelos monitores do parque. Sobre o PESM NuCar mui-

    tas crianas acharam a beleza de seu interior bem diferente do que costumam ver do lado de fora, tambm teceram v-rios comentrios positivos so-bre os atrativos monitorados que no conheciam. Foram varias surpresas du-

    rante o curso. Alguns alunos surpreenderam a equipe com a facilidade de identificao das aves, outros pela desco-berta que realizavam. O com-portamento dos alunos por conta da participao no cur-so dentro da escola mudou, comenta a coordenadora. No dia da entrega foram dis-

    postas os trabalhos, desenhos e as redaes dos alunos que encheram o anexo da sala principal do parque. Antes de

    receberem o certificado le-ram e assinaram um termo de compromisso a bem das aves, do meio ambiente, de trata-mento do prprio lixo e do bom relacionamento com as pessoas. O documento pode ser levado para casa para co-lorir os desenhos l dispostos. Os alunos convidados tam-bm pediram para participar desta atividade na prxima oportunidade. Como premio pelo bom de-

    sempenho os alunos, em data ainda a ser agendada, visita-ro um local que referen-cia mundial em observao de beija-flores indicado pela PROMATA. Miguel Nema, gestor da uni-

    dade, se viu realizado com o resultado, principalmente quando perguntado as crian-

    as se lembravam nomes de aves que comeava com de-terminada letra do alfabeto, tambm colocou o espao e os dispositivos de uso pblico a disposio desta escola e de outras, as crianas e seus familiares tambm foram lem-brados, j que estes futuros observadores de aves leva-ram muito a srio o aprendi-zado na pratica.

    ProjetoO projeto uma iniciativa da

    PROMATA e comeou no dia 20 de maro e foi at 22 de junho. Todas as atividades fo-ram realizadas nas dependn-cias do parque, sempre com acompanhamento de monito-res ambientais e professores da escola. O projeto tem como fina-

    lidade aproximar a escola,

    seus alunos e a comunidade da UC NuCar, despertar o in-teresse pelas aves, oferecer um sentido real as crianas na proteo da biodiversidade e criar um vnculo mais frater-no e saudvel no trato com a natureza e no ambiente esco-lar atravs do interesse pelas aves, proporcionar ao aluno uma atividade prazerosa, gra-tificante e emocionante den-tro de uma Unidade de Con-servao a ser replicada no entorno do ambiente comum dos alunos de forma que estes fixem a importncia de se ter um ambiente saudvel para ele, seus familiares e os ani-mais. O nome do projeto (Cantos

    da Mata) foi idealizado por Carlos Rizzo percussor da ati-vidade no litoral.

    Alunos e parceiros para foto oficial da entrega do certificado

  • Pgina 6 Jornal MARANDUBA News Julho 2015

    Jornal Maranduba News

    ANUNCIEAQUI

    (12) 99714-5678(12) 3832-6688

    Embora muitos moradores faam a sua parte na hora de destinar corretamente o seu lixo, alguns poucos ainda insistem em maquiar ou co-locar seu lixo por debaixo do tapete. Ainda comum ver garrafas,

    papis, vidros jogados pela rua, pior a beira do rio, amon-toados a beira da estrada. Fotos recebidas pela redao do jornal denunciam maus exemplos com o lixo e com o descarte de gua suja a beira de rio, cachoeira e ruas. Muitos, infelizmente, ain-

    da possuem fossas em reas consideradas de preservao permanente, aquelas bem perto do rio que poluem o lenol fretico e causa vrios danos ao nosso meio, conv-vio e ambiente.

    Mas pode mudar! Agora responda, pra voc

    mesmo: Tenho certeza que fao a minha parte? Ou digo que fao quando apenas jogo o lixo a beira da rua, ou num tubulo, ou numa lixeira qual-quer para dizer que a respon-sabilidade agora do poder pblico? Algumas pessoas disfaram

    como no caso do cano em meio a arvore escondida por

    Minuto Ecolgico - PROMATALixo nosso de cada dia de quem a culpa?

    Voc pode mudar isso, simples

    um arbusto para esconder o dano ambiental rvore, ao solo, as plantas e as pessoas oferecendo um lugar propcio para doenas se reproduzirem e depois se apossarem da car-ne de seus filhos. Outros no do a mnima

    para uma placa indicando que ali no lugar adequado para colocar lixo. Quem ganha com isso? Ningum. No engane seus sentidos,

    saia com um saco de lixo, uma sacola plstica de mer-cado e retire o lixo jogado no trajeto que voc realizada, tambm em reas sensveis pelo menos. Indique uma soluo s pes-

    soas que por vezes, sem o de-vido senso de responsabilida-de, jogam dejetos e lixos no rio ou a beira deles. No espere que outros o fa-

    am, faa voc mesmo, no tenha vergonha! O seu bom exemplo ser seguido. Mui-tas crianas j o fazem, do o bom exemplo. Voc ver que sua vizinhana vai estar mais viva, alegre, limpa, organiza-da, a natureza com certeza o recompensar. Assim muitos tero inveja do

    lugar que o rodeia. Basta um minuto por dia.

    A parceria entre o Sindicato dos Trabalhadores e Traba-lhadoras Rurais de Ubatuba - STTR em parceria com a Federao dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Es-tado de So Paulo Fetaesp atravs de um convenio com o Servio Nacional de Apren-dizado Rural Senar promo-veram no ltimo ms de maio um curso de capacitao em Turismo Pedaggico no Meio Rural atravs da mestra em hotelaria e turismo e instruto-ra da instituio Maria Cndi-da Baptista. O curso foi ministrado nas

    dependncias do Sitio Boca Larga e considerada pea chave para trabalhar tanto a promoo da gerao de em-prego e renda quanto edu-cao ambiental no meio rural. Os participantes foram os

    que j haviam realizado os cursos de tcnico em turis-mo rural e monitoria de turis-mo rural para que haja maior

    Parceria promove curso para gerao de emprego, renda e educao ambiental com capacitao em

    Turismo Pedaggico no Meio Rural

    aproveitamento do aprendiza-do e entendimento da propos-ta. Vrios roteiros foram ela-borados e esto quase prontos para seu uso na prtica. Trata-se de uma oportunida-

    de mpar aos proprietrios de pequenos stios e chcaras, pequenos produtores da agri-cultura familiar e professores de trabalharem um dos seg-mentos que mais crescem no planeta depois da observao de aves a do ensino-apren-dizagem fora da sala de aula. Esse processo extremamen-te importante para aproximar a sociedade urbana ao meio rural, j que este pblico o urbano - encontra-se cada vez mais longe do meio natural. A proposta busca transfor-

    mar o significado das vivencias e experincias do meio rural em aprendizado aos alunos inserindo a interdisciplinarida-de de temas pedaggicos nas propriedades e nas produes do cotidiano.

    Nesta proposta possvel aplicar trabalhos em vivencia no meio rural, fauna, flora, recursos hdricos, cuidados com meio ambiente, produo agrcola, pecuria, aprovei-tamento de energia, praticas conservacionistas, histria, cultura, geografia, cincias e biologia, matemtica, fsica, qumica, sentido humano en-tre outros. No curso tambm se perce-

    beu a necessidade de estimu-lar educadores para melhor entenderem as propostas e com isso repassar aos alunos o que se aprende em sala de aula na prtica, oferecendo uma aula mais atraente e di-nmica, menos cansativa ade-quada s realidades locais e regionais. Uma proposta que todos po-

    dem ganhar: a criana, os pais, o professor, a escola, o produ-tor, a propriedade rural e prin-cipalmente o meio ambiente e a sociedade que os cerca.

    Alunos do Nativa na propriedade do agricultor Miguel tratando de recursos hdricos

    Foto: Ana Luiza Nogueira

  • Julho 2015 Jornal MARANDUBA News Pgina 7

    Parlamentar presta contas sobre demandas levantadas no quilomboNo ltimo dia 10 uma reunio

    no ITESP e outra no INCRA contou com a participao da Deputada Leci Brando (PCdoB), Mauricio Moromiza-to (PT) e comisso organiza-da da comunidade quilombola para tratar das melhorias da estrada de acesso e outras questes levantadas em reu-nio anterior. Aps discutir as questes

    tcnicas, a deputada anunciou que pretende, para meados de agosto, realizar uma visita ao quilombo Caandoca e Fa-zenda da Caixa, regio norte de Ubatuba. As demandas foram levanta-

    das pelo assessor da deputa-da Roberto Almeida-Beto, que esteve na Caandoca para de-volutiva dos pedidos da comu-nidade em relao s preocu-paes estadual e locais sobre seu territrio. Estas questes foram enca-

    minhadas aos rgos com-petentes e algumas delas j esto em andamento, como

    o levantamento das disponibi-lidades tcnicas e ambientais realizadas pela Companhia de Desenvolvimento Agrcola de So Paulo CODASP atravs do Programa Melhor Cami-nho na estrada municipal da Caandoca. A questo do acesso foi dada

    como prioridade pelo INCRA e todo processo vem sendo acompanhado pela prefeitura.Questes anteriores1- Criao de um Grupo de

    Trabalho - GT para elabo-rar um conjunto de propos-tas parlamentares a serem apresentadas na Assemblia Legislativa Estadual como uma Poltica Estadual de Ateno as Comunidades Quilombolas do Estado, da qual, segundo a proposta, a comunidade do Quilombo Caandoca ter re-presentao.2- Encaminhamentos das

    questes junto a Prefeitura - ITESP INCRA, relacionado infraestrutura e desenvolvi-mento social da comunidade. Reunio no ITESP para encaminahmento das solicitaes

    Assessoria em visita para levantar demandas prioritrias

    Tcnicos do CODASPna estrada da Caandoca

  • Pgina 8 Jornal MARANDUBA News Julho 2015

    Frum de Comunidades Tradicionais repudiam privatizao dos parques paulistas proposta pelo Governador - Ubatuba poder estar na lista

    Ezequiel dos SantosO Frum de Comunida-

    des Tradicionais de Angra dos Reis (RJ), Paraty (RJ) e Ubatuba (SP) FCT mani-festou-se, no ltimo dia 19 em nota de repdio parecer con-trrio a proposta do governo do estado de privatizar os par-ques estaduais paulista.O repdio se d por conta

    do Projeto de Lei 249/13, de autoria do governador Geral-do Alckmin (PSDB) que prev concesso total ou parcial de grandes reas pblicas prote-gidas como parques, florestas, reservas extrativistas, mo-numentos naturais, reas de proteo ambiental, hortos, viveiros e estaes experi-mentais, que somam 23,5 mil quilmetros quadrados (qua-se 10% de todo o territrio paulista) a iniciativa privada, que podero ser exploradas por at 30 anos com ativida-des tursticas e de extrao madeireira, por exemplo, sob a condio de respeitar as leis ambientais. Ubatuba poder estar lista

    j que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente apresen-tou recentemente uma nova verso de emenda agluti-nativa ao PL na assemblia legislativa que autoriza a con-cesso de mais 70 Unidades de Conservao, segundo nota do FCT. O projeto ori-ginal (http://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1130646) previa a privatizao de ape-nas cinco: Parques da Canta-reira, do Jaragu e de Campos do Jordo, a Estao Experi-mental de Itirapina e a Flores-ta de Cajuru. Quando foi encaminhada

    assemblia paulista, o proje-to original recebeu algumas

    emendas que foram aprova-das pelas comisses de cons-tituio, justia e redao, de meio ambiente e desenvolvi-mento sustentvel e de infra-estrutura. Uma delas foi do deputado Luiz Cludio Marco-lino (PT) acrescentando o in-ciso VII ao artigo 4 do pro-jeto para que sejam criados mecanismos que garantam a prioridade para comunidades, especialmente tradicionais, de dentro e entorno, serem be-neficirias direta para poss-veis rendimentos e atividades econmicas, diz a propositu-ra. Em sua justificativa Marco-lino argumenta que as Unida-des de Conservao so bens pblicos que tambm tm responsabilidade para com a comunidade local, sendo esta o principal parceiro para se atingirem os objetivos de con-servao de cada UC.

    No privatizao argumenta secretaria

    estadualA proposta tramita em re-

    gime de urgncia e foi colo-cado em pauta para votao por Fernando Capez, atual presidente da assemblia legislativa. Considerado pela oposio

    como venda do verde a ao preocupa agora quem antes defendia com unhas e dentes a poltica ambiental do gover-no estadual. Moradores tradi-cionais temem o aumento do conflito entre exploradores e os remanescentes de comu-nidades tradicionais ainda re-sistentes em Ubatuba e em outras localidades. Por outro lado, para estes

    moradores ficou explicito o porque muita gente foi presa, processada, discriminada, ex-pulsa de suas terras e mares

    e ofendidas, uns perderam at o CPF, tiveram seus nomes jo-gado no rol dos culpados e ou-tros respondem processos at hoje. Tudo para dar lugar a exploradores particulares que no tem relao alguma com o lugar, com as comunida-des, muito menos com o meio ambiente, comenta indigna-do o morador tradicional de Ubatuba P.F.D.O.S., 82 anos, que acompanhou este infer-no na terra, reitera. O governo, atravs da Se-

    cretria Estadual do Meio Am-biente Patrcia Iglecias, se de-fende alegando que o governo preferiu estabelecer regras gerais para as concesses a elaborar projetos de lei espe-cficos para cada rea. No privatizao. o Estado que diz o que deve ou no ser fei-to, disse, durante audincia pblica no ltimo dia 16.

    ContradioA pesquisadora Silvia Futada,

    que atua no monitoramento de unidades de conservao pelo Instituto Socioambiental (ISA), em entrevista ao Es-tado, afirma que o governo pensa em concesses porque no tem estrutura eficiente para proteger as UCs. Contraditrio saber que o

    governo ter de investir ainda mais recursos para fiscalizar os futuros concessionrios. O contrato pode ser quebra-do caso a concessionria no desempenhe o papel de forma devida. No entanto, para fis-calizar isso em todas as eta-pas da concesso, preciso ter um Estado forte e atuante. Hoje, os rgos responsveis pela conservao no Estado apresentam vrias fragilida-des, diz a pesquisadora. Segundo a Fundao Flores-

    tal, que administra parte das reas inseridas no projeto, o rgo tem cerca de 300 servi-dores de carreira, ou seja, um para cada 17 mil hectares de terra, e a monitoria e fiscaliza-o das reas realizado por vigilantes e monitores ambien-tais terceirizados.Segundo representantes da

    categoria, muitos destes mo-nitores e vigilantes - foram de-mitidos recentemente com a desculpa de corte no oramen-to, mas tambm para atender a caprichos, interesses e acordos entre gestores e gerentes ou j na eminncia de atender esta nova demanda. Na Assemblia, defensores

    do projeto e o governo ouvi-ram duras crticas de ambien-talistas, representantes de comunidades, municpios, au-toridades, servidores do setor e partidrios do prprio governo.

    Comunidades tradicionais apreensivas - aumento dos conflitos, preservao ambiental e culturas ameaadas

  • Julho 2015 Jornal MARANDUBA News Pgina 9

    Negcios ou Preservao?Prefeitura protocola pedido de controle do PESM em Ubatuba

    Segundo o site de notcias e turismo InforMar de Ubatuba, o Frum de Comunidades Tradicionais demonstra ain-da que populaes indgenas, quilombolas e caiaras esto dispostas a brigar at no cam-po do Direito Internacional contra a tentativa de Alckmin e Capez de entregar as flo-restas a empresas privadas. Nunca demais ressaltar aos promoventes dessa proposta antissocial e anti-ambiental que tratados internacionais de Direitos Humanos como a Conveno OIT 169 ou a Conveno da ONU sobre a eliminao de Todas as For-mas de Discriminao Racial bem como os artigos 215 e 216 da Constituio Brasileira garantem a participao efe-tiva dos povos e comunidades originrias que legitimamente detm a posse de territrios

    inseridos nessas Unidades de Conservao, atravs de audincias prvias obrigat-rias para outorgar validade a quaisquer projetos polticos que produzam ou venham a produzir efeitos sobre seus territrios e perspectivas de existncia. A imprensa o promotor Ivan

    Carneiro, do Grupo de Atu-ao Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministrio Pblico em Pira-cicaba, disse que o texto genrico. temerrio dei-xar alguns detalhes do regra-mento das concesses para um decreto, edital ou para o prprio contrato, porque isso pode ser facilmente alterado no futuro por outro gestor, questiona o promotor. Ao final das vrias discus-

    ses, especialistas, estudio-sos, membros de comunida-

    des atingidos pelos parques, ambientalistas, autoridades, dentre outros, questionam se a obrigao de um gestor de parque paulista, nos l-timos anos, foi o de apenas desestimular os moradores invadidos pelos parques a se submeterem a marginaliza-o, ao uso da fora policial e tambm tornar as Unidades de conservao rentvel aos negcios e no a conserva-o, principalmente a dos patrimnios histricos e cul-turais.

    Proposta antissocial e anti-ambiental

    Em nota o FCT considera an-tidemocrtica e obscura com que a ALESP e o Executivo paulista desenrolam o pro-jeto. Criticam abertamente a total inexistncia de chance de participao efetiva das comunidades tradicionais e

    povos originrios que ocupa-vam vrios territrios inse-ridos nestas UCs h sculos, antes da criao dos parques, que sero impactadas com a proposta de privatizao dos seus bens naturais e culturais. Ao final a nota expressa uma

    grande preocupao com o elevado impacto no futuro e nos territrios de centenas de comunidades tradicionais, que no tiveram sequer a chance de monitorar o que vem acon-tecendo neste Estado Demo-crtico de Direito. Segundo a nota, o texto d destaque a este assentamento histrico e secular que assegurou e as-segura o alto grau de preser-vao ambiental dos biomas e ecossistemas dos parques estaduais paulistas. Ubatuba dos exemplos. Assina a nota o colegiado do

    Frum de Comunidades Tra-

    dicionais de Angra dos Reis (RJ), Paraty (RJ) e Ubatuba (SP) FCT e o Centro de Tu-tela Coletiva da Defensoria Pblica Regional de Taubat (http://www.preservareresis-tir.org/#!Contra-a-privatiza-o-das-matas-paulistas-No-ta-de Repdio/81/558489540cf2a5839d9032ca).

    Prefeitura protocola pedido de controle do

    PESM em UbatubaNa oportunidade das discus-

    ses, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ubatuba apresentou uma proposta de solicitao no ltimo dia 15, antes da audincia pblica. O documento foi protocolado

    na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e na Comisso de Meio Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentvel da ALESP. Ele reivindica a concesso da rea do parque em Ubatuba a municipalidade. Segundo a prefeitura, atra-

    vs da pasta de meio ambien-te, solicitado ao municpio prioridade na concesso para que sejam criados mecanis-mos de concesso de uso aos povos e comunidades tradi-cionais das partes das UCs in-seridas nestas comunidades, diz Juan Blanco, secretario municipal de meio ambiente. Ele reitera ainda o que todo mundo sabe no so estes povos que ocupam os par-ques. Pelo contrrio, so os parques que invadiram suas terras. Termina dizendo que reivin-

    dicou tambm a excluso do Parque Estadual da Ilha An-chieta das reas a serem con-cedidas. At o fechamento desta edi-

    o ainda no havia novida-des sobre o caso.

    Primeiro a invao das Ucs nos territrios j ocupados, depois a violencia psicolgica e fisica, depois chantagem e por ltimo a venda do nosso patrimonio - desabafam as comunidades

  • Pgina 10 Jornal MARANDUBA News Julho 2015

    PROMATA participa do 6 Festival da Mata Atlntica, Rios e Mar em UbatubaCoordenado pela prefeitura

    de Ubatuba atravs das se-cretarias de Turismo e Meio Ambiente, a PROMATA partici-pou da 6 edio do Festival da Mata Atlntica, Rios e Mar (festival FeMa) que aconteceu entre os dias 27 de maio a 08 de junho na Praa da Baleia no Itagu. O evento contou com varias

    parcerias. O objetivo foi cele-brar trs datas consideradas importantes no calendrio ecolgico: 27 de maio - dia da Mata Atlntica, em 5 de junho - dia mundial do meio ambien-te e em 8 de junho - dia mun-dial dos oceanos. Em conjunto com o festi-

    val foi realizado a II Semana do Mar, com coordenao do Projeto Tamar, Aqurio de Ubatuba e apoio da Prefeitu-ra Municipal de Ubatuba com diversas atraes e atividades sobre a conservao dos re-cursos marinhos. Por l pas-saram 1.300 crianas da rede pblica e cerca de 200 da rede particular. No total, segundo informaes da secretaria de turismo, unindo todos os es-foros e eventos passaram pelo evento 12 mil pessoas. Houve eventos para todas as

    idades e culturas, quem por l passou achou alguma coi-sa interessante para fazer ou participar. Das palestras abertas ofere-

    cidas ao pblico, o de obser-vao de aves da PROMATA e o de plantas alimentcias no convencionais PANCS, da produtora Elizabeth Meireles foram os que mais tiveram in-teressados. Com a PROMATA estava

    Carlos Rizzo, pioneiro e es-timulador da pratica da ati-vidade do birdwatching em Ubatuba e no litoral norte. Aps a abertura oficial, Juan

    Blanco, secretrio municipal de Meio Ambiente, apresen-tou o programa Adote uma Praa, que estimula a socie-dade civil por meio de empre-sas ou pessoa fsica a adotar e conservar praas pblicas do municpio, em contra partida recebe publicidade com placas sinalizando a adoo. O encerramento ficou por

    conta do renomado msico das causas tradicionais Lus Perequ, que foi aplaudido de p ao apresentar seu repert-rio de canes dedicadas flo-resta e vida do povo caiara. Organizadores estimam for-talecimento do evento para a prxima edio. O 6 FeMA uma realiza-

    o da Prefeitura Municipal de Ubatuba, por meio das

    Secretarias do Meio Ambien-te, Turismo e Educao, do Projeto Tamar, Aqurio de Ubatuba; tem apoio da Fun-dArt, ComTur, Instituto Arcor, Naturali Garden Center e Co-nex; e parceira do Instituto Argonauta, Aqurio de Monte-rey, Projeto Albatroz, Silo Cul-tural de Paraty, Cooperativa Educacional de Ubatuba, Ins-tituto Costa Brasilis, Sabesp, Comit de Bacias Hidrogrfi-cas CBH LN, Estao Ecol-gica de Tamoios, SUP Team, Klinks, Ubatuba Outdoor Fit-ness, Aliana pela gua, Pau Brasil, Instituto da Arvore, Co-naq, Frum das Comunidades Tradicionais, PROMATA, AUS, Fundao Florestal, Projeto Garoupa, PROFAUNA, Rede Agroecolgica Caiara.

  • Julho 2015 Jornal MARANDUBA News Pgina 11

    Lei municipal probe obras no entorno de quedas dgua de cachoeiras nos rios de Ubatuba

    No ltimo dia 7, data do en-cerramento do 6 Festival da Mata Atlntica no municpio, o prefeito de Ubatuba, Mauricio Moromizato (PT) sancionou a lei 3840/2015 que declara as cachoeiras de Ubatuba como rea de especial interesse do patrimnio paisagstico, turs-tico e ambiental do municpio e que dentro de suas diretri-zes mais importantes probe obras dentro do limite de 500 metros das quedas dgua. A lei permite apenas obras

    ou projetos de baixo impacto e de apoio as atividades turs-ticas, o uso cultural e religio-so. O artigo 3 da referida lei

    deixa claro a que se destina o uso do espao e das cachoei-ras em Ubatuba e obras, como os da Sabesp, que ocorrem na cachoeira da Renata, no se encontra relacionada nesta lista. O artigo 4 deixa claro suas

    proibies. A lei determina que a gesto e observncia

    dos seus artigos devem ser realizadas pela Secretaria Mu-nicipal de Meio Ambiente e a de Turismo do municpio. A prefeitura informa que o es-

    topim de tudo foi o caso da cachoeira da Renata, locali-zada no bairro do Serto da Quina, regio sul de Ubatuba, onde moradores e executivo questionaram a Sabesp sobre a construo de uma barra-gem acima da queda. A lei chega para dar garantia de que o municpio tenha a lti-ma palavra antes de qualquer obra que altere nossas paisa-gens e cachoeiras, explica o prefeito. Para Moromizato a obra poderia ser realizada de outra forma, sem prejuzos a paisagem, a captao de gua e a moradores se a lei j exis-tisse. O secretario de meio ambien-

    te, Juan Blanco Prada denun-ciou que dentro da luta pela gua, que vai se agravar cada vez mais, a Sabesp v nosso municpio como fonte de re-

    cursos hdricos para abasteci-mento, v a gua como mer-cadoria. A empresa perdeu lucro e busca recuper-los. A lei deixa clara a posio con-traria do municpio em relao a Sabesp que deixou de aten-der a reivindicao dos mora-dores numa alterao do pro-jeto para proteger o atrativo turstico no Serto da Quina. A lei poder beneficiar os

    moradores do bairro do Cor-covado que temem o fim da cachoeira da Bacia. Para se cercar de uma maior participa-o nas futuras discusses o executivo municipal, na mes-ma lei, autoriza os gestores a criar um conselho consultivo para ajudar as secretarias res-ponsveis a oferecer apoio observncia desta lei. A lei 3840/2015 est dispo-

    nvel para consulta no site ofi-cial da Cmara Municipal de Ubatuba atravs do endereo eletrnico http://www.cama-raubatuba.sp.gov.br/documentos/leis/2015/l_3840_2015.pdf

    No ltimo dia 31, a Capela de Nossa Senhora das Graas foi palco de um encontro de ge-raes para realizar, na missa a Santssima Trindade, a tradi-cional coroao a me de Deus. Desta vez houve a participao dos remanescentes da Ordem dos Congregados Marianos, as Filhas de Maria e todo o grupo da Infncia Missionria num emocionante e rememorvel encontro de geraes. As crianas puderam intera-

    gir com os mais experientes e realizar numa nica celebrao a renovao dos votos a cau-sa de Maria. Padre Daniel se mostrou muito feliz com a re-novao dizendo que seu avo tambm era dos Congregados Mariano e que se recorda de memrias de sua infncia em relao causa. Com a participao de fiis

    de outras parquias, a capela ficou cheia. Eles ajudaram a abrilhantar o encontro de f verdadeira. As Filhas de Maria e a Infncia Missionria reno-varam seus votos. A crianada realizou majestosamente v-rias encenaes que mostra-ram a passagem da alegria de Maria, quando o anjo anuncia que seria ela a me de Deus, o sofrimento no calvrio e a

    Aps trs dcadas, Filhas de Maria, Congregados Mariano e Infncia Missionria se encontram para

    coroao a Nossa Senhora

    alegria de ver seu filho ressus-citado. O padre fez questo de colocar sobre seus ombros o pequeno pano que identifica uma criana missionria. Emoo e lgrimas verda-

    deiras foi quando entrou a capela o andor com a rplica da imagem de 1925, quan-do do evento da apario da Santa nesta regio, para ser coroada. Com o andor os con-gregados, na retaguarda as Filhas de Maria e no entorno de joelhos as crianas missio-nrias. A frente, com o entor-no do altar lotado, a imagem recebe seu tratamento divinal a coroao. Neste caminho os congregados cantam seu hino em louvor a Maria, cn-tico que no era executado h dcadas. Pe. Daniel convida a todos

    que voltem a se encontrarem e manifestarem estas tradi-es religiosas. Agradece pela ateno dos fiis que foram ao tero dos homens realizado na Capela do bairro da Cocanha em Caraguatatuba e que, se-gundo o padre, chegar a vez das mulheres. Aps a emocionante celebra-

    o, todos se reuniram em tor-no do altar, do padre e da ima-gem para uma foto coletiva.

  • Pgina 12 Jornal MARANDUBA News Julho 2015

    Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invaso e retomada da Ilha Parte 15Jornais da poca enviaram seus melhores reprteres para descrever a maior rebelio do planeta que aconteceu em nossa regio, sobreviventes ajudam a contar a histria.

    EzEqUIEL DOS SANTOSRevista O Cruzeiro - Edio

    39, Rio de Janeiro, sbado, 5 de julho de 1952, ano XXVI, pgina 120. Os presos reclamam que o

    atendimento mdico-hospi-talar nem sequer poderia re-ceber o titulo de precrio. O hospital era um xadrez sem qualquer proteo as doenas. A assistncia era falha, dizem os presos, a maioria dos aten-dimentos resume-se em di-senterias e avitaminose com suas clssicas conseqncias que evidenciam uma pssima alimentao, ferimentos do trabalho ou do banheiro ina-dequado. Alm das questes de sade,

    outras irregularidades esto vindas tona, no setor finan-ceiro todos apontam a m administrao como respon-svel. Outra diz respeito aos mantimentos. Presos afirmam que descarregavam durante o dia, na ilha, grande quan-tidade de bons mantimentos vindos da casa comercial de Francisco Maciel Leite, locali-zado na Praia da Enseada. Segundo os presos a noite os

    mantimentos eram reembar-cados a dita praia ao armazm do Maciel. Os sobreviventes de hoje discordam da histria, dizem que uma distoro dos fatos. Mas vamos voltar ao que noticiava os jornais da poca. Os presos falam e os repr-

    teres confirmam com Maciel que o mesmo remetia a ilha 125 arrobas de carne verde ao presdio e que, segundo apurou os reprteres, os pre-sos raramente comiam desta carne. A entrevista diz que o co-

    merciante afirma fazer permu-tas com o presdio. Chegavam bois de p ao presdio, pagos pelo estado, estes os detentos no chegavam a ver quanto mais saborear sua carne na brasa. Acusam o diretor do presdio de proporcionar a seus sditos e amigos exce-lentes, deliciosos e apetitosos churrascos. Tambm afirmaram que eles

    os presos eram manda-

    tos a pesca e que, as vezes, traziam at 300 quilos de pei-xes e que faziam mais de seis meses que no comiam qual-quer pescado, no recebiam o dinheiro de seus trabalhos e que sabiam que o fruto da pescaria era vendida a um tal japons na Enseada. Eram muitas as reclamaes

    contra a direo do presdio, parte para justificar a fuga frustrada, que no saiu 100% como planejada. Por ltimo reclamaram que

    no recebiam sua quota em dinheiro, ao qual manda a lei para suas necessidades bsi-cas como cigarros e objetos de uso pessoal. Enquanto isso diziam que o Capito Sadi mandava vir da Frana passa-rinhos cantadores, que possui um laboratrio fotogrfico de mais de cem mil Cruzeiros, de possuir mquinas cinemato-grficas e outras reclamaes. Quanto s aves disseram que

    tiveram o maior cuidado na in-vaso da casa do capito, pois com todo cuidado abriram as gaiolas e deram liberdade aos pssaros cantadores. A reclamao no acabou

    ainda, muitos dos detentos, inclusive os que se evadiram, j tinham cumprido suas pe-nas h meses. Inexplicavel-mente, dizem os jornalistas, que continuavam entre as grades, sem mais nada deve-rem a justia e a sociedade. Conta-se at que muitos pas-

    saram anos no presdio e que este tempo j deveriam estar do lado de fora com suas fa-mlias. O que mais chamou a aten-

    o foram as notcias da mu-tilao de um cadver ao qual foi enviado suas mos ao m-dico legista. A morte, a san-gue frio, dentro da delegacia de Diabo Louro aps ter se rendido ao delegado. Outro rendido, Pereira Lima

    fez graves acusaes ao dire-tor do presdio. No encabe-cei a revolta, ela teria aconte-cido mais cedo ou mais tarde. Muitos pensam que no temos direito a vida, mas temos, em-bora entre as paredes de um crcere. A ilha um inferno. Em vez de recebermos ali-mentos, recebemos coronha-das no rosto finaliza o mentor da rebelio.

    Conta-se at que muitos passaram anos no presdio

    e que este tempo j deveriam estar do lado de fora

    com suas famlias.

  • Julho 2015 Jornal MARANDUBA News Pgina 13

    EzEqUIEL DOS SANTOSNo ltimo dia 18, na cidade

    do Vaticano o papa Francisco apresentou ao mundo a En-cclica Laudato Si - Louvado Seja, que fala sobre o cuida-do da casa comum planeta terra - e que tem dois pontos principais: a proteo ao meio ambiente e a pobreza. Segun-do especialistas, o documento tambm conhecido como encclica verde, composto de 105 pginas divididos em quatro captulos e de fcil en-tendimento. A mensagem de Francisco

    chega em um momento im-portante para as discusses ambientais e seus efeitos relacionados pobreza no planeta. Sua mensagem dirigida a

    religiosos, no religiosos, tc-nicos, especialistas e cticos de todo planeta. O texto teve apoio instantneo e elogios dos mais variados chefes de estado e lderes de igrejas, principalmente em posicionar--se e tratar de um tema to recorrente e atual os dra-mas humanos e a quantidade de sofrimento por parte da Me Terra, diz o Papa. Fala abertamente de uma

    ecologia integral baseados em dados seguros das cincias da vida e da Terra. Tambm da

    Papa Francisco estabelece uma relao ntima entre os pobres e a fragilidade do planeta,

    diz encclica Louvado seja

    importncia dos povos tradi-cionais para a natureza e para a vida sustentvel. Para Francisco, no texto, se

    faz entender que a pobreza e a degradao ambiental so dois lados de uma mesma moeda. Hoje no podemos desconhecer que uma verda-deira abordagem ecolgica sempre se torna uma aborda-gem social que deve integrar a justia nas discusses sobre o ambiente para escutar tanto o grito da Terra quanto o grito dos pobres, esclarece o pon-tfice em entrevista. O texto cheio de aponta-

    mentos e esperana e tam-bm uma grande oportuni-dade de possveis solues dos problemas ecolgicos da humanidade. Lembra e invo-ca um modelo de excelncia do cuidado pelo que frgil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenti-cidade, o santo padroeiro de todos os que estudam e tra-balham no campo da ecologia So Francisco de Assis que,

    segundo o Papa, amado e querido at por quem no cristo por conta de seu belo exemplo. Traz a tona o danoso e atual

    modelo de consumo ao meio ambiente e suas conseqn-cias as comunidades mais po-bres. Enaltece a importncia dos

    cientistas srios que traba-lham sem preconceitos e dita-duras ambientais de domnios sobre tudo e sobre todos. Francisco sabe que por ser um Chefe de Estado seu do-cumento poder tambm um carter poltico e deve influen-ciar decises em cpula do cli-ma em dezembro. Mas quem le o texto percebe

    que o que o papa quer mesmo que todos assumam o desa-fio de cuidar da casa comum - planeta e uns dos outros como Cristo pregou. Fonte:(http://w2.vatican.va/

    content/francesco/pt/encycli-cals/documents/papa-fran-cesco_20150524_enciclica--laudato-si.html)

    JORGE INOCNCIOCerta vez o Man Garn saiu

    da cidade e foi visit o cumpa-de Dico numa praia distante. Chegando l, viu de longe o Dico afeioando (dando face, acabamento) um corte de ca-noa na sombra de uma rvo-re. Dico j era um velho e res-peitado canoeiro, s que no escutava direito. Entre as batidas da enx

    (ferramenta usada para mol-dar a madeira, constituda por uma lmina curvada montada perpendicularmente em uma longa ala. Existem vrias ma-neiras de usar a ferramenta, desde esvaziar canoas a mol-dar telhas de madeira. A enx provavelmente uma

    das primeiras ferramentas desenvolvidas por seres hu-manos. A primeira foi feita de pedra), Dico limpava os gas-talhos - grampo para apertar aduelas- tbua estreita e en-curvada - e cavacos de madei-ra de dentro da canoa. Estava ele fazendo o que gos-

    tava de fazer; acabar a canoa perto j d praia, trabalhando e olhando pro mar. Foi quan-do olhou pro canto da praia e vinha seu cumpade Man Gar-n. Dico deu uma parada pra descansar a munheca (pulso, a parte do corpo onde a mo se liga ao brao) enquanto Man chegava perto. Ao chegar, cumprimenta-

    ram-se, botaram a conversa em dia. Proseando daqui, dali, falando de canoa. De repen-te, sem perceber e escutar direito, seu cumpade Man mudou de assunto e comeou a perguntar da cumade (co-madre) Laura, pois sabia ela que havia estado doente ul-timamente. Porm, Dico con-tinuou fazendo e falando do

    Comadre Laura? T com trs parmo de boca! Pc...pc...pc...

    gostava: construir canoa: pc! pc! pc! Batendo sua enx e contan-

    do vantagens: da canoa, da madeira, da quilha, do der-gdo (formato angular hidro-dinamico da canoa, no qual a parte do fundo da madeira se transforma em proa e popa. Existe o dergdo no forma-

    to rpido canoa rpida ou bojudo, parrudo canoas car-gueiras), isso e aquilo, aquilo e isso! Visto que o Dico no escutou a pergunta, Man in-sistiu: Oh Dico! Mas... com que t a sua mulh? A cumade Laura?. Dico: AAhhhh!... rapaz.....

    t com mais ou menos uns ..... trs parmo de boca ! Man: ? !?! E o que

    que deve ser?. Dico: hh ? ...... Ah!...

    pelo jeito e pela cor,.... com certeza Ing do marlo .. meu filho. Man ento achou melhor continuar falando de canoa memo. Pc...pc...pc...

    Jorge Inocncio Alves Junior: formado em administrao, caiara de profisso, 35 anos, conhecido como Juninho do Ubatumirim, caiara da gema e da terra, parti-cipa de vrios eventos ligados a proteo e resgate da cultura de co-munidades tradicionais no estado e fora dele. Nas horas vagas tambm contador de causos e memoriza, atravs da tradio oral, os rema-nescentes do conhecimento caiara, colabora na difuso das particulari-dades histricas, culturais, antropo-lgicas e do etnoconhecimento de um povo que parte do processo da formao civilizatria nacional e que ainda vive marginalizado. Quando pode colabora com o JMN como neste conto que era partilha-do pelo seu avo a seus descenden-tes, tambm com algumas defini-es de palavras tradicionais que so publicadas neste jornal.

  • Pgina 14 Jornal MARANDUBA News Julho 2015

    Filhas de Maria e Congregados Mariano no casamento em 1965Serto da Quina, sbado 25

    de setembro de 1965. Assim como as vrias comunidades irms do litoral, seus costu-mes e tradies eram a gua e o ar deste povo. Tudo era tratado num vis mais cos-tumeiro e respeitoso. Eram, em comum acordo, respei-tados dois calendrios: o natural pesca, caa coleta, plantao, artesanato e o religioso festas, costumes, celebraes, procisses, plantao, colheita, dias sa-grados, formas de fazer, resguardos, etc, que muitas vezes se complementavam e no eram conflitantes como os de agora. Estas Ordens abrilhanta-

    vam a vida das pessoas na f. Um de seus costumes era o de acompanhar as pessoas em seus casamentos. Temos que imaginar todo o prepa-rativo anterior - tudo a mo. Usavam-se as ferramentas de que a natureza dispunha. A imaginao que Deus havia deixado a estes mortais e a vontade de pessoas simples em aplicar a fraternidade entre eles era algo normal e gratuito. Era o perodo do ser e no do ter. O casamento de Sebastio

    Flix e Maria Aparecida do Prado neste dia foi um da-queles eventos que marcou a vida de uma parte das ge-raes locais e regionais. A partir deles muita histria foi adicionada as j existentes e somando s outras formou a histria de uma vila, de uma comunidade, de uma regio e assim por diante at a sua que le agora estas linhas. Antes daquele sbado muita

    coisa aconteceu, casamento na poca era o evento. As comadres da vila do Serto

    nos preparativos da varrio da capela com vassouras de guanxuma, quando podiam barriam do Rio Grande at a igreja. E os bolos ento, era uma corrimaa de adul-tos para seu preparo. Na vila do Serto uma parte

    dos preparativos, no Ararib a outra, era a amiga Nair do Dito Peixoto que caprichava nos bolos assando-os na bra-sa, em fogo a lenha, dentro de uma panela por falta de formas na poca. Depois de montado foi jogado coco ra-lado sobre o esforo volunta-rio de uma comunidade o to sonhado bolo de casa-mento. O vestido foi comprado em

    Aparecida do Norte junto com o buque de flores. Na-quele evento muita gente usou a tal gua de Cheiro no cangte pra no fazer feio na cerimnia. Algumas pessoas, como mandava a tradio, buscavam nos mor-ros a planta marcela que era para fazer um par de tra-vesseiros aromatizados como presente aos noivos. Era o etnoconhecimento para algo real, adicionado a cultura como parte da formao his-trica deste povo, no era comrcio, era presente, era sustentvel. Ele, Sebastio, Congregado

    Mariano, ela, Filha de Maria. L fora o nervosismo e a es-pera. Na capela simples da poca, entrava primeiro, se-no me engano, a noiva en-volta das Filhas de Maria que cantando as altas nuvens levavam-na at o altar. Em seguida os homens, munidos de sua bandeira e at estan-darte, tambm cantavam en-trando pelo centro da capela at o padre.

    No altar a entrega deste homem e desta mulher ao altar. frente, num espao mais sagrado ainda estavam os quatro: Maria, Sebastio, o padre e Jesus. Como tes-temunha uma comunidade inteira, das quais muitos ain-da vivem para contar esta histria. Ali se executou o momento mais esperado de uma vida de preparao a este sacramento a troca de alianas e os votos de com-promisso com Deus como ca-sal agora em matrimonio. Infelizmente no ltimo dia

    25 Maria Aparecida se foi para sempre de nosso con-vvio, mas como membro da Ordem Filhas de Maria deva hoje estar com saudades da-quela poca, mas sabe que esta bem melhor onde deva estar neste momento.

    O noivo Sebastio seguido pela Ordem dos Congregados Marianos at o altar

    Maria acompanhada pelas Mulheres da Ordem

    Mariana

    Maria Aparecida se foi e com ela o melhor ch j

    experimentado

  • Julho 2015 Jornal MARANDUBA News Pgina 15

    Coluna da

    Adelina Fernandes

    Cmplices no amor

    Guia da Marandubae Regio Sul de Ubatuba 2015

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    Mais do que paixo, qumica e interesses comuns, um casal precisa mesmo de cumplici-dade. Aquele sentimento de que pode contar com o ou-tro para o que der e vier, at debaixo dgua. Mas por que ser que ser cmplice um do outro to importante na vida a dois? De acordo com a psicloga

    Miriam Barros de Lima, se no existir cumplicidade no existe casal, e sim apenas duas pes-soas que esto juntas. Ser cmplice do outro implica em aceit-lo como ele . Signi-fica ficar ao lado do parceiro apesar de perceber suas fra-quezas e dificuldades, afirma. Alm disso, este sentimento traz segurana para ambas as partes.Difcil, porm, no con-

    fundir a cumplicidade e a in-timidade com falta de respeito

    pelo espao do outro em um relacionamento. Apesar de a concepo ser particular para cada famlia, necessrio que os parceiros se escutem sobre os limites da relao.

    Jamais diga que ama apenas pelo olhar, pelo sorriso ou pelo

    jeito que falamos. Amemos apenas por nos sentirmos em

    comunho constante com o co-rao da pessoa amada. Porque mudar isso tudo acabar com

    a maravilha de viver feliz e ricamente ao lado dela. Simples-mente ame pelo amor do amor e assim seremos cmplices do

    mais belo amor.

    A psicloga afirma que cada um tem de deixar claro para o outro o que quer dividir ou no, sem invadir ou ser invadi-do. Ser ntimo de algum no significa ter acesso irrestrito

    ao outro. Mesmo nas relaes mais ntimas precisamos per-ceber que existem fronteiras a serem respeitadas, explica.Manter limites na relao se

    torna ainda mais importante com o risco de se misturar de-mais com o outro e perder de vista quem voc realmente . O primeiro passo se respei-tar, conhecer os prprios limi-tes, ouvir o prprio corao e, depois, olhar para o amado e legitim-lo nas suas diferen-as, sem querer transform-lo em outra pessoa, aconselha Miriam.Cumplicidade, afinal, no

    depende de tempo de relacio-namento - e sim de atitude! preciso estar atento ao outro e s necessidades dele, entrar de cabea na relao e inves-tir, claro, sem perder a pr-pria essncia.Fonte - MBPress