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Informativo da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional Minas Gerais Maio - Agosto/ 2014 -Edição 01 Posse da Nova Diretoria da SBM-MG

Jornal Mastologia em Minas - 1ª Edição

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Informativoda Sociedade Brasileirade MastologiaRegional Minas Gerais Maio - Agosto/ 2014 -Edição 01

Posse da Nova Diretoria da SBM-MG

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Notas da Redação

Editorial

Expediente

Com grande orgulho pas-samos a trabalhar à fren-te de uma especialidade

médica que alcançou uma maturidade robusta, mar-cante e reconhecida no ce-nário nacional. E isso só foi possível pela incansável e competente atuação de TO-DOS que nos antecederam. Tenham a convicção de que este atual grupo estará em-

penhado na persistente busca por uma gestão com respeito aos ideais do compromisso e da eficiência na função que nos foi destinada. A integração entre interior e capital deverá ser uma realidade, depen-dente sempre da colaboração e ativa participação dos diretores regionais e demais associados, repre-sentando a nossa presença em todo o estado.

A Mastologia é na atualidade uma especialida-de de grande visibilidade e com um potencial de

Por motivo de espaço os artigos assinados precisam, eventualmente, ser condensados.

Participe!Escreva para o jornal ou envie seus comentários

pelo e-mail: [email protected]

Associação Médica de Minas GeraisSociedade Brasileira de Mastologia -Regional MG

Av. João Pinheiro, 161 - Centro 30.130-180 BH/MGTelefone: (31) 3273-5788

Fax: (31) 3273-1540

Diretoria - Triênio: 2014 /2016PresidenteClécio Ênio Murta de LucenaVice- PresidenteWaldeir José de Almeida JúniorSecretárioVander José Ramalho Lima 2º SecretárioGustavo Lanza de Melo TesoureiraAnnamaria Massahud R. dos Santos 2º TesoureiroWilson Roberto BatistaDiretora CientíficaBárbara Pace Silva de AssisDiretor Defesa ProfissionalCristóvão Pinheiro Barros

Jornalista ResponsávelAílson Santos MTB 5239

DiagramaçãoMaira Hess

Sociedade Brasileira de Mastologia/MG

atuação extremamente diversificado, vislumbrando áreas do diagnóstico, procedimentos cirúrgicos oncológicos, não oncológicos e corretivos, além das mais diversas atuações na abordagem terapêutica do câncer de mama e das múltiplas intercorrências benignas das mamas. Nesse contexto, torna-se fundamental a conscientização dos centros formadores em Mastologia para se adequarem às novas diretrizes da formação desse profissional que a sociedade exige.

Para todos que abraçamos a Mastologia como pilar do exercício profissional, devemos estar conscientes da responsabilidade e da importância que ela nos oferece e nos cobra. Dessa forma, sintam orgulho da nossa identidade enquanto Mastologistas, atuando sempre com Ética, prudência e dignidade.

Mais do que um simples texto, esse é o nosso objetivo primordial.

A todos, um forte abraço.

Esta publicação tem o patrocínio da Radiocare - Centro Avançado de Radioterapia, de Belo Horizonte

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Como Eu Trato

Cássio Furtini HaddadMédico Mastologista em Lavras - MG

Um resultado de linfonodo sentinela positivo, que anteriormente significava a realização do esvaziamento axilar, hoje determina uma conduta mais individualizada e menos radical. Conduzo esses casos seguindo os resultados do estudo ACOSOG Z0011, que atualmente respalda as recomendações do NCCN e ASCO. Ou seja, em pacientes submetidas a cirurgia conservadora, radioterapia adjuvante e com 1 a 3 linfonodos sentinelas positivos não indico o esvaziamento axilar. Situações outras, como 4 ou mais linfonodos positivos ou realização de mastectomia, em geral, ainda necessitam do esvaziamento da axila.

Gessandro Fernandes Chefe do Serviço de Mastologia da Santa Casa Montes Claros - MG

No serviço de mastologia da Santa Casa de Montes Claros - UNACON, realizamos a biópsia de linfonodo sentinela há 8 anos, utilizando ora azul patente ora o radiotraçador. Os nossos resultados acompanham os dados da literatura , inclusive no que diz respeito à taxa de recidiva axilar, que é muito pequena e no nosso Serviço é representado por apenas 1 caso. Neste contexto, e principalmente após a consolidação dos resultados do Estudo Z0011, desde meados de 2013, passamos a não indicar linfadenectomia axilar para todos os casos de linfonodo sentinela positivo. A decisão sobre o não esvaziamento axilar é sempre tomada em conjunto com equipe multiprofissional, envolvendo os mastologistas , oncologistas clínicos, radioterapeuta e patologista, em reunião semanal à quartas feiras. Como critérios principais de aceitação, seguimos aqueles “ Z0011 like”, onde as pacientes serão submetidas à radioterapia adjuvante pós cirurgia conservadora, com tumores T1 ou T2, com com perfis imunohistoquímico e molecular favoráveis e sem comprometimento extra-nodal grosseiro na patologia, além de ter apenas 2 ou menos LS comprometidos. Se a paciente for pré-menopausada, mas preencher todos os outros critérios, ponderamos também o não esvaziamento complementar. Nos casos de mastectomia total, sem planejamento de radioterapia, indicamos a linfadenectomia axilar. É importante ressaltar que no processo de tomada de decisões a paciente sempre participa ativamente e toda a conduta só é tomada após assinatura de consentimento livre e esclarecido por parte da mesma.

Annamaria MassahudMastologista - 1º Tesoureiro da SBM-MG - Supervisora das Residências Médicas em Mastologia da Santa Casa de Belo Horizonte e do IPSEMG

A biópsia do linfonodo sentinela (LS) tem se mostrado eficaz na predição do status axilar. Em casos de LS com micrometástase, não indico esvaziamento. Em pacientes com LS positivo, que não foram submetidas à quimioterapia neoadjuvante (QT neo), e que apresentam tumores pT1-2, em cirurgia conservadora da mama, não tenho recomendado a dissecção axilar. Nos casos de LS positivo em pacientes submetidas à mastectomia ou após QT neo e em casos de pacientes do sexo masculino, indico a linfadenectomia axilar, porém, nesses casos, encaminho a(o) paciente ao Oncologista para discussão prévia à dissecção axilar. Para a definição da conduta temos nos baseado nos estudos Sentina, AMAROS, ACOSOG-Z0011 e ACOSOG-Z1071, e IBCSG 23-01.

Linfonodo Sentinela Positivo

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Artigo

O tratamento sistêmico neoadjuvante (TNA) tradicionalmente era recomendado na abordagem inicial dos carcinomas de mama localmente avançado ou nas doença consideradas inoperáveis. Nas doenças potencialmente ressecadas, a quimioterapia era administrada após a cirurgia. Este cenário começou a mudar, após a publicação do NSABP B18, quando foi demostrado que o TNA apresentava igual efetividade à quimioterapia adjuvante. Os principais atrativos para a utilização do TNA são o aumento da possibilidade de cirurgias conservadoras e a monitorização in vivo da resposta, possibilitando assim, a identificação de fatores prognósticos e biomarcadores preditivos de resposta terapêutica. A resposta patológica completa (RPC) após o TNA é um importante indicador de resultado satisfatório desta modalidade terapêutica. A análise da resposta deve ser realizada tanto na mama quanto na axila. A presença apenas de carcinoma ductal in situ na mama, não altera a sobrevida das pacientes quando comparada a ausência total de doença. A definição quanto a RPC ser um fator preditivo de aumento de sobrevida global foi demostrada em uma metanálise com mais de 6000 pacientes submetidas a TNA5. Esta importante informação ainda é motivo de debate. O melhor entendimento molecular do câncer de mama e o consequente aumento da eficácia do TNA, tem permitido uma rápida aprovação de drogas neste cenário. Novos agentes, tanto biológicos quanto quimioterápicos, tem sido incorporado ao tratamento resultando em expressiva melhora do resultado terapêutico. O aprimoramento dos fatores preditivos de resposta também tem impactado de forma importante para a maior eficácia do tratamento. Os mais relevantes em atingir RPC são: alto grau histológico, HER2 positivo associado a receptores hormonais negativos desde de que submetidos ao trastuzumabe e os carcinomas triplo negativos.

Leandro Alves Gomes RamosMédico Oncologista Clínico da ONCOMED Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica - Regional Minas Gerais

A evolução do conhecimento no cenário do TNA, tem refletido no desenho e nas drogas utilizadas nos vário estudos randomizados. Estudos avaliando exclusivamente agentes quimioterápicos mostraram taxas de RPC acima de 20%. O GeparTrio mostrou uma taxa de RPC de 23% com o regime de TAC (docetaxel, doxorubicina e ciclofosfamida) e o NSABP-27 uma taxa de 26% na RPC com o regime de AC-T (doxorubicina, ciclofosfamida e docetaxel). Pacientes com HER2 positivo apresentam uma maior possibilidade de RPC quando utilizam uma terapia anti-HER2. O estudo GeparQuattro avaliou o trastuzumabe associado a regime com antracíclico/taxane. Os paciente com HER2 negativo foram submetidas apenas a quimioterapia. A taxa RPC foi o dobro no braço com HER2 positivo. O estudo NOAH mostrou uma taxa de RPC de 43% com a combinação de trastuzumabe e quimioterapia em doença localmente avançada. O papel do Bevacizumabe no TNA não está estabelecido. Os estudos GeparQuinto e o NSABP B-40, avaliaram pacientes com HER2 negativo e mostraram um discreto aumento na taxa de RPC, porem, novos dados são necessários para o melhor estabelecimento do risco benefício desta abordagem. O estudo randomizado fase II GeparSixto, mostrou um significativo aumento da RPC de 56.2% contra 36.9% quando da utilização de regime contendo carboplatina nas paciente triplo negativas. Os estudos Neo-ALTTO e NEOSPHERE, avaliaram o papel do duplo bloqueio do HER2 através da combinação de trastuzumabe com lapatinibe ou com pertuzumabe. O resultado desta combinação com agentes quimioterápicos, alcançou incríveis 51.3% de taxa de RPC. Apesar de inegáveis avanços no TNA, muito há ainda que se aprender neste cenário. A identificação de alvos terapêuticos e de suas drogas correspondentes no carcinoma triplo negativo, além da melhor abordagem terapêutica nas pacientes que não atingiram a RPC, são tópicos intensos estudos.

Tratamento sistêmico neoadjuvante do câncer de mama

Vem ai uma campanha para atualização de dados junto à SBM-MG. Fique atento e participe!

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Vem ai uma campanha para atualização de dados junto à SBM-MG. Fique atento e participe!

SBM-MG na Mídia

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Novos Desafios Novas Responsabilidades

A nova diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Minas Gerais tomou posse na segunda quinzena de março de 2014. Na mensagem de posse, o novo presidente, Clécio Enio Murta de Lucena, destacou o quanto é importante o legado a favor do crescimento da especialidade colocado em prática pelos ex-presidentes da SBM-MG e, pela ocasião, pelo trabalho do antecessor, João Henrique Penna Reis. Como premissas básicas, Clécio Lucena antecipou que fará um esforço ainda maior para a valorização crescente da Mastologia em Minas Gerais o que exigirá maior prestação de serviços da Sociedade aos colegas do interior e da Capital e, consequente, maior responsabilidade frente aos desafios previstos para os três anos de gestão. Confira as principais propostas da nova Gestão da SBM na página ao lado.

Posse da Nova Diretoria da SBM-MG

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Plano de Ação para o próximo triênio

1- Realização de Eventos Cientificos no interior e na capital do estado de MG2- Criação das Diretorias Regionais em cidades pólo de MG3- Revisão e Atualização do MANUAL de CONDUTAS EM MASTOLOGIA4- Divulgação e Valorização do trabalho do Mastologista5- Elaboração do Estatuto da SBMMG6- Campanhas educativas referentes ao Câncer de Mama7- Reativação do Informativo: Mastologia Em Minas8- Integração da Mastologia com outras especialidades médicas9- Ampliação das Açoes de Comunicação da nossa especialidade10- Aumento do número de sócios vinculados a SBM

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Notas

Com a presença de mastologistas e on-cologistas de várias

cidades mineiras, a 2ª Jor-nada Mineira de Câncer de Mama/ 6º Encontro Mineiro de Mastologia contou com a presença de dois destaca-dos convidados internacio-nais. Este é o primeiro gran-de evento promovido pela Regional MG da Sociedade Brasileira de Mastologia, após a posse de sua nova Diretoria.

Outubro Rosa 2014

A Diretoria da SBM-MG está acompanhando a elaboração das diretrizes para as atividades do Outubro Rosa 2014. Em Minas Gerais, a Sociedade

Brasileira de Mastologia está focada em apresentar uma programação inédita que será colocada em prática simultaneamente na Capital e no interior do estado, mobilizando o maior número de mastologistas possível. Nesta cruzada pela prevenção ao câncer de mama, a SBM-MG conta com a colaboração dos colegas na convocação de toda a imprensa local e regional. Todas as novidades e as orientações do outubro serão informadas pelos novos canais de comunicação da Sociedade.

Encontros científicos em Montes Claros e Juiz de Fora

De 28 a 30 de agosto será realizada em Montes Claros VIII JOSUGON - Jornada SOGIMIG-Unimontes de Ginecologia e Obstetrícia do Norte de Minas. A SBM-MG deverá participar de três atividades para discutir temas relacionados à implicações legais no exercício da Mastologia, atualidades no câncer de mama e Imaginologia mamária. Saiba mais no site sogimig.org.br. A Diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia de MG vai prestigiar também o V Congresso SOGIMIG de Ginecologia e Obstetrícia das Regionais Sudeste e Centro Sul da SOGIMIG que ocorre de 6 a 8 de novembro em Juiz de Fora. SBM-MG prepara minuta do primeiro Estatuto

Entre os grandes avanços propostos pela nova diretoria da SBM-MG está a criação do seu primeiro estatuto. Desde a fundação da SBM-MG, o estatuto de referência utilizado é de 1993, requerendo adequações para aplicação ao contexto da atul necessidade da especialização. Minas Gerais é um dos últimos 4 estados da federação que ainda não têm estatuto próprio. Neste sentido, a diretoria da SBM-MG criou uma comissão formada pelos mastologistas Cristóvão Barros, Waldeir de Almeida Júnior, Annamaria Massahud e Clécio Murta de Lucena para a elaboração da minuta do Estatuto. Os trabalhos tem a assessoria jurídica do Dr. Reinaldo André M. Montenegro. A expectativa é que até o final do ano seja marcada AGE – Assembleia Geral Extraordinária - para análise e votação do novo estatuto e a consequente formalização dos registros em cartório.

Informações instantâneas na palma da mão

Para incrementar o relacionamento com os mastologistas e aumentar a transparência da SBM-MG a diretoria resgatou a edição do Jornal Mastologia em Minas, distribuído via correio e que terá em breve sua versão digital também no novo site que está sendo reformulado. Outra novidade é a comunicação via mensagem de celular e por e-mail. Fique tranquilo porque, a partir de agora, você receberá de forma instantânea e na palma da mão (literalmente) todas as ações e novidades da SBM-MG.

Grupo multidisciplinar de estudos em Câncer de Mama

A SBM-MG se reuniu com a Soc. Bras. de Oncologia Clínica e, conjuntamente, definiram a criação de um grupo multidisciplinar de estudos em Câncer de Mama, com o objetivo de estabelecer diretrizes a serem recomendadas pelas duas entidades. As reuniões serão bimestrais e terão sua condução de forma alternada. Os primeiros temas ficaram assim estabelecidos:09/09/14 - Margem cirúrgica (moderação do Dr. Cristóvão Pinheiro). 10/11/14 – Adjuvância hormonal extendida na pré e pós-menopausa (moderação do Dr. Geraldo Felício). 09/02/14 – Abordagem cirúrgica pós-QT neoadjuvante (moderação Da Dra. Barbara Pace). Outros temas serão definidos em reuniões posteriores.