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60 ANOS DEPOIS DA MORTE DE GETÚLIO, AS ATUALIZAÇÕES DA CLT COPA DO MUNDO: O TRABALHO DE QUEM NÃO PARA DURANTE O CAMPEONATO

Jornal Matiz - 8ª Edição - Junho de 2014

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Jornal produzido pela turma de Agência de Notícias II junto ao curso de Jornalismo da Unipampa.

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60 anos depois da morte de Getúlio, as atualizações da Clt

COPA DO MUNDO: O TRABALHO DE QUEM NÃO PARA DURANTE O CAMPEONATO

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as param o ...

Em meio a protestos e

manifestações contrárias ao

evento, muitos torcedores param suas

atividades para assistir aos

jogos.

...mas nem tanto

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as param o ...

Durante os 90 minutos de uma partida de futebol, o torcedor sente diversas emoções. A Copa do Mundo é o maior evento futebolístico do planeta e motiva

grande euforia e ansiedade nos torcedores. Iniciada sua história em 1930, o campeonato faz com que a sociedade se mobilize para torcer por sua nação. Em São Borja não foi diferente. Foi possível observar, já na abertura da Copa do Mundo, pessoas circulando nas ruas com camisetas, bandeiras e vestindo as cores verde e amarelo. No horário do primeiro jogo, lojas e estabelecimentos públicos fecharam e as ruas ficaram vazias, com movimento mínimo. Pela segunda vez, desde 1950, o Brasil é sede do campeonato. Segundo pesquisa realizada pelo Ibope em 2012, com 1,9 mil pessoas, 77% dos brasileiros são apaixonados por futebol. O país verde e amarelo é a sétima economia do mundo e, assim como na copa de 1950, na qual foram realizados investimentos que deixaram estruturas como a do Estádio do Maracanã para o povo brasileiro, a de 2014 não está sendo diferente. Levantamento feito pela Fundação de Estudos e Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Universidade de São Paulo (USP), demostra que a Copa das Confederações (2013) acrescentou R$ 9,7 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa é que a Copa do Mundo movimente três vezes esse valor, aproximadamente R$ 30 bilhões. Apesar disso, nem todos estão vendo o evento de maneira positiva. Recentemente, foram registradas manifestações contrárias ao evento. Elas ocorreram nos meses de junho e julho de 2013, reivindicando principalmente o direcionamento dos investimentos em eventos como a Copa para os setores de educação e saúde do Brasil. Outras manifestações nesse sentido vêm sendo registradas nas redes sociais e em ações de protesto. O sociólogo Cesar Beras analisa os impactos sociais da Copa. Para ele, o campeonato “faz a população se conscientizar do paradoxo que estamos, onde faltam recursos para obras sociais, as filas nos hospitais aumentam, o analfabetismo e a exclusão social aumentam e os investimentos públicos na Copa não param. A partir disso, gera a conscientização de organizar para cobrar mais ativamente do governo,

Reportagem: Janine Motta.

Foto: Vagner Corrêa

...mas nem tanto

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repetindo as mobilizações”. No campo da psicologia, eventos como a Copa são compreendidos como geradores de pensamentos otimistas. A psicóloga Jussamara Lauter faz algumas observações. “Por exemplo, a Copa deixa de ser da FIFA e passa a ser de uma classe social específica e passa a ser de todos nós. Mesmo os sujeitos que não terão condições de assistirem aos jogos nos estádios são levados a sentir-se alegres, pois é veiculado que todos contribuirão para a realização do evento: a gente vai fazer uma Copa de todo mundo, feita por todo mundo. Os sentimentos de pertencimento e otimismo, necessidades básicas do ser humano, são amplamente divulgados e as cores espalhadas por todos os lugares contribuem para formar uma ideia de unidade nacional”.

Os brasileiros que não param Muitas pessoas vão parar suas atividades nos jogos, mas existem algumas que estarão colaborando com a sociedade no exercício da profissão que

escolheram. Na cidade de São Borja, situada a 600km de Porto Alegre, alguns profissionais vão apoiar a Copa de maneira subjetiva. Estarão envolvidos com outras problemáticas e alegrias do país, que vão além de um gol na trave ou uma vitória da Seleção Brasileira. O médico obstetra Odil Rubim Pereira já está acostumado a comemorar vários eventos dentro do hospital. Atuando há 43 anos, ele garante que o futebol mexe com ele e com outras pessoas, mas existem momentos cruciais em sua profissão, como o nascimento de uma nova vida. “O nascimento de um ser humano é superior a tudo. Essa é a grade vantagem dentro da profissão de ser obstetra. Cada parto é nova vida e elas são novas esperanças. Por isso, é superior a ver jogos, a comemorar as festas de final de ano, carnavais, tudo. Conviver com isso me traz muita alegria”, finaliza. O recém formado em Enfermagem, Emanuel da Fonseca Almeida, atua no hospital Ivan Goulart há três meses. A relação dele com o futebol é grande, mas sua profissão exige esforços maiores, além de uma oportunidade para estar reunido com os amigos. Ele conseguiu fazer um acordo com a sua chefe para

Foto: Vagner Corrêa

Euforia e expectativa por um gol...

... Tudo se resulta em gritos, sorrisos e comemoração quando a seleção faz seu

espetáculo em campo.

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“poder assistir pelo menos um jogo fora do hospital. Neste mês em que o país estará vivendo a efervecência sobre o futebol e uma esperança em busca do hexa, o enfermeiro e seus demais colegas da área estarão, dentro do hospital, convivendo com várias realidades. Eles poderão descontrair o paciente que está com uma dor de garganta, mas será delicado alegrar a família de um paciente que está em estado terminal. Não é só a área da saúde que não vai parar. Os jornalistas estarão vivenciando as informações da

Copa do Mundo, mas permanecerão trabalhando para detalhar ao público o que está acontecendo, além de dar informações extras sobre o campeonato. É o que pode ser visto através dos canais abertos de televisão, em jornais, sites e rádios. O plantão da cobertura é permanente. Os seguranças também são outra categoria que não pode parar, já que será um momento em que as ruas ficam praticamente desertas durante a partida. O segurança da Prefeitura Municipal de São Borja, Francisco Carlos Fontoura, vai trabalhar durante os jogos. Ele comenta a importância da sua profissão. “Será um dia normal, como eu sempre trabalhei, pois nós não temos feriados e domingos livres, tudo depende da escala de trabalho. Estarei acompanhando o jogo, mas não deixarei ser prioridade. Afinal, é nessa hora que devemos ficar mais atentos. O Brasil não vai parar totalmente e, mesmo que a mídia, esteja voltada para a cobertura da Copa, os profissionais estarão investindo seus conhecimentos e atuando, também, no funcionamento das estruturas básicas e essenciais do país, sejam eles na saúde, na segurança ou na informação para a população.

Os sentimentos de pertencimento

e otimismo, necessidades básicas

do ser humano, são amplamente

divulgados e as cores espalhadas por todos os lugares contribuem

para formar uma ideia de unidade

nacional.

Foto: Vagner Corrêa

Foto: Janine Motta

Foto: Vagner Corrêa

“a maior vitória é a vida...”

Odil Pereira, médico.

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60 anos da morte deGetúlio Vargas:o legadoda Clt segue beneficiando os brasileiros até hojeReportagem: Tatiane Bispo.

Foto: Tatiane Bispo

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Como disse Karl Marx, o trabalho pode ser compreendido como a expressão da vida humana, por meio da qual é alterada a relação

do homem com a natureza. Através do trabalho, o homem transforma a si mesmo. Indo ao encontro de Gonzaguinha, que afirma que “um homem sem trabalho não tem honra”, é necessário frisar que o trabalho é essencial na vida das pessoas. No entanto, os seus direitos devem ser amparados por leis. Em agosto deste ano, serão completadas seis décadas que Getúlio Vargas, o ex-presidente do Brasil e responsável pela criação da principal norma legislativa dos trabalhadores, morreu. Ao todo, Getúlio comandou o país por mais de 15 anos. Durante o Estado Novo, mais especificamente em

1943, o ex-presidente sancionou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do trabalho. Na verdade, Getúlio já vinha criando leis para a regulação das relações de trabalho desde a sua ascensão ao governo, em 1930. Por isso, além de consolidar essas leis, o ex-presidente também introduziu novos direitos e regulamentações trabalhistas que não existiam na época.

Estrutura

As leis incluídas na CLT de 1943 determinam a criação do salário mínimo e da carteira de trabalho, jornada de oito horas de trabalho e direito a férias

anuais remuneradas. Além disso, regulamentam o descanso semanal, o direito à

Previdência Social, o trabalho do menor e da mulher. Nos anos seguintes ao fim do Estado Novo, ocorreram sucessivas mudanças e reformas na CLT. Seu corpo básico, contudo, se mantém até hoje.

Contexto histórico da criação da CLT

O historiador e professor do curso Pré-vestibular Riachuelo, localizado em Santa Maria, Ederson Rosa, mais conhecido como Bussunda, explica como era a situação da época em que a CLT foi criada. A CLT teve, em sua origem, uma preocupação basicamente com o trabalhador urbano. O Estatuto do Trabalhador Rural só surgiu nos anos 1960, por exemplo. A necessidade apareceu devido ao processo de urbanização e industrialização em algumas regiões do país. Na Era Vargas (1930-1945), o Brasil abandonava a sua estrutura colonial de plantation e o Estado passava a incentivar a indústria, na época da Grande Depressão Econômica Mundial. Havia receio de que os movimentos sociais tendessem à radicalização para o lado do socialismo. Por isso, os grupos que apoiavam Vargas viam que era necessário o controle das massas. Bussunda acrescenta: “Era um país em transição, que abandonava, aos poucos, sua estrutura meramente agrária, baseada na plantation. Getúlio, por ideais políticos e, também, movido pela necessidade econômica do mundo em recessão, após a crise de 29, passava a intervir na economia de modo a fazer essa transição, com a ideia de industrialização por substituição de importações”. O contexto histórico da época, de acordo com o historiador, era uma ditadura. Com ela, existia uma grande propaganda feita às massas. O rádio era o grande difusor da visão de Vargas herói. Foi criada “A Hora do Brasil”, precursora da atual Voz do Brasil, e existia o controle do movimento sindical. A polícia secreta abafava qualquer voz de oposição a Vargas. Nesse contexto, a população aclamou as leis trabalhistas como uma concessão do Estado paternalista Varguista. “Não temos a noção exata de como seria se não existisse todo o controle estatal e a propaganda. Os sindicatos e movimentos sociais foram para as ruas exaltar Getúlio. Mas acredito que,

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mesmo que não houvesse toda a intervenção, esses movimentos sairiam às ruas para fazer o mesmo, pois as leis trabalhistas significavam um grande avanço para o país”, ressalta o professor. Quando questionado sobre como seria o país caso não tivesse sido criada a CLT, Bussunda destacou que, com certeza, os trabalhadores sairiam perdendo e teríamos muito atraso social e econômico no Brasil. “No meu ponto de vista, ainda há muito a se alcançar em relação aos direitos trabalhistas, mas com certeza a CLT foi um salto gigante para um país que, há poucos anos antes, tinha o movimento operário reivindicatório tratado como vandalismo”.

Elementos centrais da história dos trabalhadores

A história dos trabalhadores no Brasil tem raízes na luta contra a escravidão. Aspecto relevante, de acordo com o professor, que tem ligação com a criação das leis trabalhistas e a CLT, está na organização do movimento operário, nas décadas de 1910 e 1920, quando os sindicatos se organizaram. Isso aconteceu através da orientação anarquista e, depois, comunista – que pode ser definida como uma ideologia que visa à criação de uma sociedade sem classes sociais, assim, os meios de produção deixariam de ser privados, tornando-se públicos. A orientação comunista era vista pelas elites como perigosa, devido ao triunfo da Revolução Russa, de 1917. “Como afirma o historiador britânico Eric Hobsbawn o capitalismo passou a ter medo e teve que diminuir a exploração sobre as massas trabalhadoras. Se olharmos para a década de 1930 e 1940, época da base das leis trabalhistas, podemos ver as elites brasileiras em torno de Vargas e com medo do movimento operário e sua possível inclinação para o lado comunista. Então, era necessário fazer concessões para o povo”, ressalta Bussunda. Apesar dos avanços, o professor acredita que há muito a se avançar em torno da legislação trabalhista, como a proposta de redução da jornada semanal. “O salário mínimo, apesar de ter tido avanços significativos nos anos recentes, em termos de poder aquisitivo, ainda está longe de ser o ideal”, observa. Um fator, no entanto, preocupa ainda mais o historiador: propostas que representam retrocesso, como a que surgiu no Congresso Nacional, de extinção do 13º salário. Bussunda alerta: Os sindicatos, movimentos sociais e de trabalhadores devem atentar muito para o aspecto de, além de ter novas conquistas,

Foto

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No Mausoléu Getúlio Vargas estão guardados os restos mortais do ex-presidente.

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“manter o que já vem de décadas, desde a criação da CLT.

Como está a CLT dos dias atuais? O advogado e escritor são-borjense Iberê Teixeira, autor do livro intitulado “Os Ossos do Presidente”, foi consultado na composição desta reportagem sobre como está a realidade da CLT nos dias de hoje. No livro mencionado, Teixeira revela, entre outras coisas, que os restos mortais de Getúlio foram jogados dentro de dois prosaicos de sacos de adubo e relegados, sem nenhum cuidado especial. “Em 1991, apareceu uma notícia de que os ossos de Getúlio estavam dentro de um saco de adubo no cemitério. Formamos uma comissão e fomos verificar. Abrimos o túmulo e, dentro, no fundo da cova, que tinha uns três metros de profundidade, tinha um metro de água, lá no fundo, e, boiando, dois sacos de adubo atados na boca. O coveiro nos alcançou os sacos. Montamos o esqueleto e o filho e a neta de Vargas reconheceram que era ele. Passado mais um tempo, resolveram trazer o Getúlio para a praça XV de Novembro”, conta Iberê. Confira, na sequência, trechos de nossa conversa.

Matiz - Qual foi a maior contribuição que a criação da CLT trouxe para o país? Iberê - Nós temos que partir da abolição da escravatura, em 1888, em que o empregado era uma propriedade do patrão. Não tinha direito a nada. A partir dali, e com a Revolução Industrial, começaram a se acirrar as relações entre o capital e o trabalho. Isso precisava ser regulamentado. Matiz - Depois de sua criação, quais outras leis foram incorporadas? Iberê - À medida que o tempo passou, foram incorporadas as férias, a irredutibilidade do salário, a proibição da discriminação salarial entre homens e mulheres, licença gestante, paternidade e hora extra. Depois, se criou o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que foi uma armadilha por parte do patrão. Antes do FGTS, o trabalhador tinha estabilidade. Matiz - O que se mantém em vigente até hoje? Iberê - A forma processual de encarar o conflito trabalhista foi criada pela CLT e está até em vigor

até hoje, com pequenas modificações. O arcabouço todo, a espinha dorsal da CLT, é a mesma da criada por Getúlio. Há classes patronais que querem revogar toda a CLT, porque acham que onera a produção.

Matiz - O que funciona e o que não funciona na realidade do país de hoje?

É comum dizerem que a Justiça do Trabalho é inimiga do patrão, e realmente. Ela e a CLT não foram

criadas para proteger o interesse do patrão, e sim do trabalhador.

Para Iberê, há classes patronais que querem revogar a CLT, porque acham que onera a produção.

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Matiz - Há quem considere que o Brasil é um dos países com mais normas trabalhistas do mundo, enquanto outros argumentam que nações como França e Portugal têm legislações trabalhistas tão ou mais detalhistas que a nossa e que a sociedade, hoje, é complexa e exige tal detalhamento. Você concorda com isso? Iberê - Eu acho que, realmente, há um excesso de leis no Brasil. A característica da nossa nação, desde a nossa formação, que vem de Portugal, é burocrática. Portugal trouxe para o Brasil duas coisas: os degredados e a burocracia. Eles já fundaram o país burocratizado. Hoje, temos milhares de vereadores, deputados estaduais, governadores, prefeitos, senadores. Nós temos um Senado Federal e uma Câmara Federal e uma lei precisa passar pelos dois e ambos têm poder de criar leis. Deparamo-nos com leis tratando do mesmo assunto. Temos, na CLT, em média, 840 artigos e, alguns, poderiam ser sintetizados, mas sem tirar do coração da CLT aquilo que a originou, que é a proteção aos trabalhadores. É comum dizerem que a Justiça do Trabalho é inimiga do patrão, e realmente. Ela e a CLT não foram criadas para proteger o interesse do patrão, e sim do trabalhador.

Iberê - Eu acho que todas funcionam. Existem categorias que, ao longo do tempo, foram criando legislações próprias. Não vejo um defeito que deva ser sanado na CLT. Ela contempla bem todos os assalariados de carteira assinada. Matiz - A CLT é considerada uma das principais vilãs quando o assunto é o desemprego. Os empresários entendem que ela torna complicada a contratação de pessoas, principalmente por empresas de pequeno e médio porte. O que o senhor pensa a respeito? Iberê - É aquela velha luta entre o capital e o trabalho. O capitalista quer lucro e quer mão de obra barata para alimentar o lucro. Essa queixa tem como objetivo baratear a mão de obra. Eles alegam que a CLT onera a produção. À medida que eles têm que atender os direitos trabalhistas, cria-se o ônus para a empresa. Um empregado não pode trabalhar além de oito horas sem uma remuneração adicional, o serviço noturno e o insalubre também têm adicional. Os empresários reclamam, porque eles têm que atender essas demandas sociais. Eles querem, em síntese, mão de obra barata. Se permitirmos isso, nós vamos voltar a 1888, ao regime escravagista.

Detalhe da remoção dos ossos de Getúlio Vargas.

Foto: Reprodução

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Expediente:Direção: Vivian Belochio. Edição: Vivian Belochio. Repórteres: Janine Motta e Tatiane Bispo. Diagramação: Fábio Giacomelli, Janine Motta, Jeferson Balbueno, Taís Zanon e Victor Rocha.

O jornal Matiz é produzido na disciplina de Agência de Notícias II, ministrada pela professora Vivian Belochio, do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal do Pampa, campus São Borja, em parceria com a Agência Experimental i4 - plataforma de notícias.