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jornal meio ambiente julho 2011

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JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 2meio ambiente >>>

Diretores Responsáveis: José Leonardo de Oliveira - e-mail: [email protected] e Gilberto Costa - e-mail: [email protected] | Endereço: Praça Ozório, 351 - 2o

andar - conjunto 25 | Telefone: 3024-8369 | Site: jornalmeioambiente.com.br | E mail: [email protected] | Jornalistas: Gilberto Costa - DRT 3951-PR - Casemiro Eugênio Linarth - DRT1137-PR - E-mail: [email protected] | Articulista: Paulo Peixoto | Estagiário: Osvaldo Soares | Colaborador: Renato Soika | Instituto Ambiental, Cultural e Turístico CARIJÓ: NelsonEdison de Moura Rosa e Graça Santiago de Moura Rosa | Correspondentes: Minas Gerais - João Carlos Martins Júnior - e-mail: [email protected] / Ceará - Professor: Carlos Magno Melo Braga- Projeto de Educação Ambiental.SGA - http://projetoprofessorcarlosmagno.blogspot.com/ [email protected] / Nossos colaboradores pelo país: Brasília: Luciana Ribeiro - [email protected]| Rio de Janeiro: Thiago Marques Cardoso - [email protected] | Ponta Grossa - Jeová Cabral - Telefone: (41) 8510-2056 | Diagramação, Arte e Produção: Editora Exceuni - Aldemir Batista:(41) 3657-2864 / 9983-3933 - [email protected]| Colaboraram com esta edição: Hugo Weber Jr. - consultor em marketing ambiental | Robinson Rolim RessettI - engenheiro agrônomo |Elói F. Casagrande Jr - professor PhD na Área de Inovação Tecnológica e Sustentabilidade da UTFPR | Crystian Petterson Galante - advogado e pós-graduado em Direito Ambiental | Danilo OLiveira daSilva - Administrador Hospitalar e Diretor Geral do Hospital Municipal de Araucária | Fábio Nascimento-jornalista | Assessoria de Imprensa: Binômio Comunicação Corporativa - AdrianaTaques Mussi Endres - 41 3521-7981 - e-mail: [email protected] - . Os artigos assinados não correspondem necessariamente a opinião deste jornal. É proibida a reprodução total ouparcial do conteúdo do Jornal Meio Ambiente, sem a prévia autorização.

J O R N A L M E I O A M B I E N T E E D I Ç Õ E S L T D A

n o s s a c a p a

O JORNAL MEIO AMBIENTE LANÇA UM DOS MAIORES E MAIS COMPLETOS

PORTAIS AMBIENTAIS DO PAÍS - CONFIRA: WWW.JORNALMEIOAMBIENTE.COMRede sociais - facebook. jornalmeioambiente - http://jmeioambiente.blogspot.com - http://twitter.com/jornalma

e d i t o r i a l

n o s s a c a p a

e x p e d i e n t e

Criação: Juliano Pimental [email protected].

Administrador Hospitalar e Diretor Geral do Hospital Municipal de AraucáriaDANILO OLIVEIRA DA SILVA

Quando se fala no termo sustenta-bilidade, muitos o remetem exclusiva-mente aos aspectos que impactam nasquestões ambientais e sociais, esquecen-do que o fator financeiro possui papelfundamental para a manutenção de todoesse trabalho.

Para as organizações que visam lu-cro, os projetos de desenvolvimento sus-tentável devem ser condizentes com oseu perfil econômico. Já as instituiçõespúblicas devem prezar pela redução decustos e o consumo consciente, sem es-quecer de algo essencial: a transparên-cia.

A transparência em relação às açõesexecutadas, seus resultados e os investi-mentos realizados, demonstram o res-peito que aquela instituição tem paracom os seus Stakeholders, que sãotodos os públicos que de alguma ma-neira mantém algum tipo de relaçãocom a organização, seja cliente, for-necedor, entidades de classe, órgão

Sustentabilidadepúblico, entre outros.

Um bom exemplo para colocar emprática a transparência pode ser atravésda publicação de um relatório de sus-tentabilidade.

Nós do Hospital Municipal de Arau-cária acabamos de publicar nosso rela-tório, divulgando os dados nos pilares:econômico, ambiental e social. Duranteo ano de 2010, monitoramos diversosdados estatísticos, os compilamos e pu-blicamos um relatório contendo as prin-cipais ações e resultados realizados pornós durante o período.

Para relatar tais dados, existe umametodologia padronizada internacional-mente pela GRI - Global Reporting Ini-tiative, ONG holandesa que preconizouinformações e indicadores que um rela-tório de sustentabilidade deve conter. Orelatório com base na metodologia daGRI deve conter no mínimo 10, dos 79indicadores de monitoramento, além deinformações que englobam: visão e es-

tratégia da organização; perfil organiza-cional; estrutura e governança corpora-tiva; engajamento dos stakeholders e for-ma de gestão.

Com isso, conseguimos apresentar àsociedade o trabalho que está sendo re-alizado pela Pró-Saúde - Associação semfins lucrativos que administra o Hospi-tal através do sistema de OrganizaçãoSocial, com recursos da Prefeitura Mu-nicipal de Araucária. Para conferir umpouco mais sobre como publicar um re-latório de sustentabilidade, acesse o siteda GRI www.globalreporting.org. Vocêtambém pode consultar o conteúdodo relatório do nosso Hospital aces-sando o endereço eletrônico www.hospitaldearaucaria.org.br .

2011foi eleito pela ONU como oAno Internacional das Florestas, inici-ativa que visa sensibilizar a sociedadesobre a importância da conservaçãodas florestas em todo o mundo. Afinal,não se constrói o futuro sem a preser-vação no presente.

Entre nós, o dia 17 de julho foiconsagrado como o Dia de Proteçãodas Florestas, e esse é o tema principalda edição deste mês do Jornal MeioAmbiente.

Criam-se datas, eventos, porém, opoder de realizar as necessárias mudan-ças está nas pessoas que constituem asempresas, os governos, as organizaçõese a sociedade como um todo, respon-sáveis que são em alterar os padrõesde produção e consumo, a fim de asse-gurar um desenvolvimento sustentável.

Outro assunto da maior relevân-cia é o uso indiscriminado de agrotóxi-cos no País, num artigo do jornalistaCasemiro Linarth com Wanderlei Pig-nati, mestre de Saúde e Meio Ambien-te e professor da Universidade Federaldo Mato Grosso.

Crimes ambientais, ações sustentá-veis das empresas, a presença de reno-mados colunistas, as dicas literárias emuito mais você encontra nesta edi-ção.

Uma ótima leitura.

Florestas

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JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 3meio ambiente >>>

Os países da região amazônica ini-

ciarão em agosto uma série de estu-

dos para medir a taxa de

desmatamento dessa

zona, que abriga 20% das

reservas de água doce do

planeta, anunciou em Qui-

to a associação que os re-

presenta.

O monitoramento so-

bre desmatamento busca

harmonizar critérios para

medir a perda de área ver-

de, que varia de país para

país, explicou o diretor-

executivo da OTCA (Or-

ganização do Tratado de Cooperação

Amazônica), o boliviano Mauricio

Dorfler.

Trata-se do primeiro estudo desse

tipo de alcance regional, e contará com

especialistas de Bolívia, Brasil, Colôm-

bia, Equador, Guiana, Peru, Suriname

e Venezuela, destacou Dorfler.

Entre as causas do fenômeno do

desmatamento, o diretor mencionou

Países amazônicos se unem para medir desmatamento

a pressão sobre o uso da terra, a agri-

cultura, a exploração madeireira e a

extração de minerais.

A OTCA também empreenderá

em agosto o primeiro estudo de re-

cursos hídricos fronteiriços, com o

objetivo de promover uma melhor e

mais adequada utilização da água, dis-

se Dorfler. A Amazônia representa 6%

da superfície do planeta.

Contém mais da metade do par-

que úmido tropical e 20% das reser-

vas de água doce do mundo, o que a

converterá em um território estratégi-

co frente a fenômenos como o aque-

cimento global, segundo a OTCA.

A região abarca 7,4 milhões de

quilômetros quadrados - equivalen-

tes a 40% da superfície do territó-

rio sul-americano. É uma das mais

diversas da Terra, um "grande es-

paço de riqueza cultural", sendo ha-

bitada por 420 povos indígenas, disse

Dorfler.

Mauricio Dorfler

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JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 4entrevista >>>

Casemiro Linarth

Mato Grosso é o estado que mais

consome agrotóxicos no Brasil. E é

também o estado mais crítico em re-

lação ao uso desses produtos no país.

A afirmação é do mestre em Saúde e

Meio Ambiente Wanderlei Pignati, pro-

fessor na Universidade Federal do

Mato Grosso. Dos quase um bilhão

de litros de agrotóxicos usados em

2010 no Brasil, Mato Grosso foi o que

mais consumiu, porque é o maior pro-

dutor de soja, milho e gado. Nesse es-

tado são cultivados 50% do algodão

brasileiro, produto que utiliza mais

agrotóxicos por hectare. Agrotóxicos

são usados inclusive nas pastagens para

o gado.

Em segundo lugar vem São Paulo,

seguido por Paraná, Rio Grande do

Sul, Goiás, Tocantins e Minas Gerais.

Mas o consumo de agrotóxicos é gran-

de no país inteiro. No Brasil, o uso in-

tensivo é, em média, de dez litros de

agrotóxicos por hectare de soja plan-

tado. Esse produto químico inclui fun-

gicidas, herbicidas, inseticidas e disse-

cante para secar a soja para a colheita.

O milho usa em torno de cinco litros

de agrotóxico por hectare, enquanto a

cana de açúcar utiliza aproximadamen-

te quatro litros. Já o algodão emprega

cerca de vinte litros dessa substância

por hectare.

Wanderlei Pìgnati fez parte da pe-

rícia de um acidente agudo que ocor-

reu em Lucas do Rio Verde, municí-

pio do Mato Grosso, em 2006, de

contaminação tóxica por pulveri-

zação aérea. Na época, estavam

dissecando soja de avião em volta

das plantações, que se estendem até

a beira da cidade. Usavam diquat e

paraquat, extremamente tóxicos, o

último proibido na União Euro-

peia. Uma nuvem foi para dentro

da cidade e queimou mais de cem

canteiros de plantas medicinais. Tam-

bém foram queimadas hortaliças e

plantas ornamentais. Houve um surto

agudo de vômito, diarréia e alergia de

pele em crianças e idosos.

IMPACTO NA SAÚDE

Pignati, que concedeu entrevista por

e-mail à revista IHU Online, do Insti-

tuto Humanitas Unisinos, de São Leo-

Uso seguro de agrotóxico é impossível, diz especialista

poldo, Rio Grande do Sul, estuda a

contaminação das águas e das bacias

no estado, e faz parte de uma equipe

com a qual faz diversas pesquisas jun-

to à Fiocruz do Rio de Janeiro. Segun-

do o professor, a água é um dos com-

ponentes ambientais para onde os re-

síduos de agrotóxicos se dirigem. Com

o uso intensivo de agrotóxicos na agri-

cultura brasileira, o problema vem se

agravando. No ano passado, foram

usados cerca de um bilhão de litros de

agrotóxicos no país, do tipo que é com-

prado em agropecuárias.

"Não estou falando do agrotóxico

diluído. Um litro de herbicida com-

prado nesses estabelecimentos é diluí-

do em cem litros de água para fazer a

calda e pulverizar. Isso tem um desti-

no, e parte vai para combater aquilo

que se costuma chamar de 'pragas da

lavoura'. São insetos e ervas classifica-

das como daninhas, como os fungos",

afirma o mestre em Saúde e Meio

Ambiente. Pignati explica que uma

parte vai para o solo, outra evapora e

se dirige para o ar. Outra condensa e

vai para a chuva. Outra, ainda, vai para

o lençol freático e deixa resíduos na

água potável ou na água dos rios, dos

córregos e inclusive do Pantanal. Isso

terá impactos na saúde dos animais e

dos seres humanos.

AGROTÓXICO NA ÁGUA

Se há na região um grande consu-

mo do princípio ativo glifosato, que é

o agrotóxico mais consumido no Bra-

sil, ele será encontrado na água. Tam-

bém serão detectados os clorados, mais

"persistentes" em se desfazer, como o

endosulfan, que ainda não foi banido

no país, o que só está previsto para

julho de 2013. Há, ainda, a atrazina, her-

bicida muito persistente e liberado para

uso nas lavouras. Ambos aparecerão

na água. O mesmo acontecerá com os

fungicidas, se forem usados para com-

bater a ferrugem da soja.

Existe, no país, uma legislação re-

lativa aos agrotóxicos que delimita o

máximo de contaminação permitida

na água. "Na verdade, isso nem deve-

ria acontecer. É um absurdo. Como é

que se pode permitir algum tipo de

agrotóxico na água? Temos de fazer

uma análise dos agrotóxicos mais con-

sumidos na região para ver qual é o

tipo de contaminação que vamos su-

por. Tudo depende da solubilidade do

agrotóxico, da sua persistência, se foi

usado perto de rios ou córregos, se o

lençol freático é profundo ou superfi-

cial. Na maioria das vezes há a conta-

minação desses componentes ambien-

tais em suas mais variadas formas", ex-

plica Pignati.

O mesmo pode ser dito dos ali-

mentos que contêm esses produtos

químicos. Todos os tipos de agro-

tóxicos usados nos al imentos,

como o tomate, o pimentão, a abo-

brinha, o arroz, o soja ou o milho,

serão posteriormente encontrados

neles. São chamados de resíduos nos

alimentos.

NÃO HÁ USO SEGURO

Segundo Wanderlei Pignati, não se

pode falar em uso seguro dos agrotó-

xicos. "Esta é outra discussão que pre-

cisa ser desmistificada. O uso totalmen-

te seguro dos agrotóxicos é impossí-

vel. Eles penetram pela mucosa da pele,

do olho, da orelha, e até pela respira-

ção. Mesmo que sejam usados equipa-

mentos de proteção individual (EPIs)

pelos trabalhadores que fazem as apli-

cações nas lavouras, a eficiência do fil-

tro químico é de 80 a 90%", adverte.

"Com as moléculas dos novos

agrotóxicos, essa eficiência diminui

mais ainda, pois algumas delas pene-

tram no filtro de agrotóxicos da más-

cara e prejudicam quem realiza a apli-

cação. O impacto pode não ser ime-

diato. O efeito pode levar de cinco a

dez anos para ser sentido", observa o

professor. E acrescenta: "E a seguran-

ça do ambiente, como é que fica? Não

é possível colocar equipamentos de

proteção individual nos peixes, nos

bois, nos cachorros e nas plantas que

não se quer afetar. Não existe, portan-

to, uso seguro dos agrotóxicos. O

ambiente será poluído com substânci-

as que têm como objetivo matar as

'pragas' da lavoura. Mas, com isso, cria-

se todo um ônus ambiental".

O grande problema, segundo o

professor, não são as embalagens va-

zias de agrotóxicos. "Claro que o ideal

é que elas sejam recolhidas, pois em

sua maioria são feitas de plástico. Mas

quem se preocupa com a saúde públi-

ca e o ambiente como um todo se per-

gunta onde foi parar o que estava den-

tro desses frascos. Resíduos de agro-

tóxicos podem ser encontrados não só

na água, mas também nos alimentos,

na chuva, no ar e no solo", observa

Wanderlei Pignati.

NO LEITE MATERNO

"Fizemos uma pesquisa na cidade

de Lucas do Rio Verde e constatamos

a presença de agrotóxicos inclusive no

leite materno. Vários tipos de agrotó-

xicos se depositam na gordura e mui-

tos, como os clorados, nunca saem

dela. É o caso do endosulfan. Quan-

do a mulher produz o leite para ama-

mentar o filho, esse líquido tem agro-

tóxico na sua composição, pois o leite

é composto por dois a três por cento

de gordura. Assim, a própria criança

pode ser prejudicada", declara o pro-

fessor.

Por isso, segundo Pignati, a análise

de resíduos de agrotóxicos no leite ma-

terno é muito importante. "Foi o que

fizemos, analisando dez tipos diferen-

tes desses produtos. Todos eles esta-

vam presentes no leite de 62 mulheres

dessa cidade. Isso é muito problemá-

tico, pois o alimento que deveria ser o

mais puro da vida do recém-nascido

Wanderlei Pignati, mestre emSaúde e Meio Ambiente

É um absurdo.Como é que

se podepermitir

algum tipo deagrotóxico na

água?

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JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 5entrevista >>>

já está contaminado. Espero que se-

jam tomadas medidas para que isso não

continue a ocorrer", reivindica.

INTOXICAÇÕES

CRÔNICAS

O grande problema dos agrotóxi-

cos são as intoxicações crônicas, cuja

exposição ocorre a doses baixas du-

rante meses e anos. Após um período

mais longo podem surgir problemas

como o câncer e o descontrole da ti-

reóide e do sistema neurológico, além

de diabetes. Surdez, diminuição da

acuidade visual e outros distúrbios neu-

rológicos também são frequentes.

Quando a mulher está nos três primei-

ros meses de gestação e entra em con-

tato com agrotóxicos, pode ocorrer

má formação fetal. Esses produtos

também podem provocar intoxica-

ções agudas, dependendo do tipo de

agrotóxico usado.

Pignati aponta que a vigilância em

relação aos agrotóxicos existe, de cer-

ta forma. "A lei regulamenta e limita o

A indústria do agrotóxico registrou

em 2010 o maior volume de vendas da

história do setor. Conforme levantamen-

to do sindicato nacional da indústria,

o Sindag, o segmento obteve resultado

9% acima do alcançado em 2009. O ano

que passou superou o desempenho de

2008, até então o melhor resultado obti-

do pela indústria. Para 2011, o presi-

dente do conselho diretor da Andef,

Indústria do agrotóxico projeta novos recordes para 2011 e 2012João Lammel, projeta mais 5% sobre

as vendas do ano passado, mas que

podem subir até 10%, dependendo das

condições climáticas e cambiais.

De janeiro a maio deste ano, a ven-

da de agrotóxicos cresceu 7%, segun-

do o Sindag. E deve continuar aumen-

tando no segundo semestre. As cultu-

ras de algodão, cana, trigo e milho es-

tão entre as que puxaram o resultado.

Em 2010 o mercado brasileiro ficou

abaixo do estadunidense, ocupando o

posto de segundo maior do mundo.

"Em 2011 e 2012, esse cenário deve

mudar e devemos ultrapassar os Esta-

dos Unidos em vendas, a exemplo do

que aconteceu em 2008", afirma

Eduardo Daher, diretor-executivo da

Andef. A euforia no início do ano,

quando projeções indicavam novos re-

cordes, com uma safra de pouco mais

de 150 milhões de toneladas de grãos,

foi superada em junho por novas pre-

visões da Companhia Nacional de

Abastecimento (Conab) e pelo Insti-

tuto Brasileiro de Geografia e Esta-

tística (IBGE), ambos indicando que

a safra de 2011 será superior a 161

milhões de toneladas, recorde abso-

luto. (CL)

registro, a venda e a aplicação dos pro-

dutos. A maioria dos estados tem leis

próprias quanto a isso. Mas grande

parte dessa legislação não é cumprida.

Então, a primeira questão é o cumpri-

mento dessas leis, como no que diz

respeito à pulverização perto de rios e

córregos, e à pulverização aérea, que

nós, médicos sanitaristas, lutamos para

proibir", ressalta.

Mesmo assim, existe hoje uma le-

gislação do Ministério da Agricultura

e Pecuária (MAPA), a Instrução Nor-

mativa n. 2, de 2008, que permite pul-

verizar agrotóxicos de avião a, no

mínimo, 500 metros de distância

das nascentes de águas, onde mo-

ram populações e onde há criação

de animais. Isso, na maioria das

vezes, não é respeitado, como

ocorre no Mato Grosso. Nas legis-

lações estaduais quanto à pulveri-

zação terrestre consta que o limite

é de, no mínimo, 250 metros afas-

tados dessas nascentes, de criação de

animais e de moradia humana. Tam-

bém não é respeitado. Planta-se e pul-

Uso seguro de agrotóxico é impossível, diz Wanderlei Pignati

Fizemos umapesquisa nacidade de

Lucas do RioVerde e

constatamos apresença deagrotóxicosinclusive no

leite materno.

veriza-se até encostado nas residênci-

as, sobretudo em comunidades rurais

e nas pequenas cidades do Mato Gros-

so, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio

Grande do Sul e no Sul do Paraná.

AÇÃO NA JUSTIÇA

Em segundo lugar, há toda uma

discussão a ser feita pela Vigilância Sa-

nitária nacional e dos estados para ten-

tar proibir os agrotóxicos que já são

banidos na União Europeia. "Por que

ainda estamos consumindo o endosul-

fan, o metamidofós, o 2,4-D e o pa-

raquat? Esses são os produtos mais

consumidos no Mato Grosso. São

mais de 30 tipos de agrotóxicos,

muito consumidos no Brasil, que

são proibidos na União Europeia.

Alguns já têm legislação que irá

proibi-los, como o endosulfan, que

a partir de julho de 2013 será tira-

do do mercado. O metamidofós

sai de circulação a partir de julho de

2012. Mas e os outros?", pergunta o

médico sanitarista.

Wanderlei Pignati destaca que a

Agência Nacional de Vigilância Sanitá-

ria (Anvisa) está fazendo a revisão de

14 tipos de agrotóxicos, mas não con-

segue avançar porque os produtores

dessas substâncias entraram com ação

na Justiça. Um juiz federal concedeu

liminar exigindo que a agência nacio-

nal suspendesse a revisão. O processo

iniciado em 2008 ficou mais de um ano

parado e foi retomado somente ago-

ra. Com toda a dificuldade, a Anvisa

vem insistindo no processo.

"Também é preciso que a popula-

ção se conscientize e não consuma pro-

dutos que têm agrotóxicos no seu de-

senvolvimento. Todos os anos o Mi-

nistério da Saúde apresenta os resulta-

dos da Análise de Resíduos de Agro-

tóxicos em Alimentos. Desde o ano

2000, dos vinte alimentos analisados, a

maioria contém agrotóxicos. Tem de

haver uma divulgação mais ampla para

a sociedade. A vigilância sanitária só irá

funcionar se a população se conscien-

tizar e mobilizar para isso", recomen-

da Pignati.

Também épreciso que apopulação se

conscientize enão consumaprodutos que

têmagrotóxicos no

seudesenvolvimento

Page 6: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 6destaque >>>

Empresa genuinamente parana-ense, a Engeplas vem se destacan-do por sua visão empresarial, sem-pre preocupada em oferecer solu-ções inovadoras e produtos ambi-entalmente corretos.

OXIGENA

A cerâmica que respira

Um dos mais recentes lança-mentos que fazem parte da suanova linha de produtos é a OXI-GENA, a chamada cerâmica querespira. Uma nova maneira de com-bater os efeitos nocivos da polui-ção, melhorando o ar que respira-mos. Produto importado, produzi-do pela empresa italiana CeramicheGambarelli, Oxi-gena é a únicacerâmica quecontém Bióxidode Titânio, umprecioso elemen-to que de modocompletamentenatural reage aosgases da polui-ção, eliminando-os e, graças àssuas proprieda-des fotocatalíti-cas, produzemoxigênio ativo que oxida os gasespoluentes, neutralizando-os.

APLICAÇÃO

A cerâmica Oxigena foi criadapara aplicação em áreas externas,como prédios, calçadas, terraçospossuindo, ainda, várias cores e mo-delos para aplicação em prédiospúblicos, praças, calçadas, hospi-tais, escolas, aeroportos. Pode seraplicado também em áreas inter-nas, como cozinhas, banheiros,etc.

A cerâmica Oxigena possui a ga-rantia de vários certificados inter-nacionais

Engeplas lança sistemas inéditos

de cerâmica e de isolamentomaterial que está entre os melho-res isolantes térmicos que existem.

VANTAGENS

O SISTEMA Isotec contribuisignificativamente para o confortodo lar. Durante o inverno contri-bui para a economia de energia,reduzindo a perda de calor para oexterior. No verão, contribui paraa atenuação através da redução docalor transmitido pela radiação daluz solar. O painel de viga de açointegrada tem buracos que favore-cem a microventilação natural, apartir dos beirais para a ventilaçãodo cume. Este permite o movimen-to do ar no verão, a termorregula-ção natural da tampa, removendoo excesso de calor que se acumu-la à radiação solar. Além do au-mento da ventilação durante overão ajuda a melhorar o desem-penho térmico da cobertura, re-duzindo os fenômenos de supera-quecimento.

Durante o inverno a microven-tilação facilita a remoção de con-densação que podem se for-mar entre o isola-mento e o fa-tor de

c o -bertura

do telhadoque contribuem

para a durabilidade dorevestimento em si. Con-

sulte a Engeplas

COMO FUNCIONA

- Superfície de titânio- Reação oxidante- Raios ultravioleta

Os raios solares atingem a superfíciedo oxigênioO dióxido de titânio, graças às propri-edades fotocatalíticas, produz oxigênioO oxigênio ativo oxida gases poluentesOs gases são transformados em íonsde nitrato combinado com água ou ou-tros itens, torna-se eco-friendly

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Page 7: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 7cidades >>>

Dados do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística - IBGE revelaque no Brasil ain-da pouco maisde 7% da popu-lação acima dos15 anos é analfa-beta. Em Pinhais,os números sãomuito mais satis-fatórios. Apesardo crescimentopopulacional,hoje, a taxa deanalfabetismo no município é de 3,4%,bem menor do que em 2000, quandoo IBGE registrou taxa de 5,84% depessoas que não sabiam ler e escrever.

Com este novo resultado, Pinhaispassou a ser reconhecido pelo Minis-tério da Educação - MEC como "ter-ritório livre" do analfabetismo. A se-cretária municipal de Educação, RosaMaria de Jesus Colombo comemorouos dados do IBGE e destacou as açõesque o município tem desenvolvidopara combater o analfabetismo em

Agora é oficial: Pinhais é território livre do analfabetismo

Alunos do EJA junto com professores e a secretária de Educação Rosa Maria se preparando para a formatura

Pinhais. "Por meio de diversas mobili-zações conseguimos ampliar expressi-vamente a participação dos alunos nasaulas do EJA (Educação de Jovens eAdultos)", contou.

No último dia 14, mais uma turmado EJA se formou. Nesta etapa, 50alunos conseguiram concluir o curso.Um deles é o manobrista FranciscoAntonio Oliveira Franco. Aos 57 anosde idade, Seu Francisco resolveu vol-

tar aos estudos no ano passado e ago-ra está radiante com a oportunida-de de seguir em frente. "Comeceina primeira série e agora não que-ro parar mais. Minha família estámuito orgulhosa de mim", comen-tou.

O aluno Francisco também reco-nhece que seu sucesso na escola é pro-veniente a estrutura que o municípiooferece, principalmente, na qualidade

dos profissionais educadores. "Só te-nho a agradecer a Escola MariaChalkoski, boa merenda, bons colegas,excelentes professores", completou.Uma de suas professoras, a SolangeMartins Kuss disse que o esforço dosalunos é o que surpreende. "Estas pes-soas são guerreiras, passam por mui-tas dificuldades, enfrentam todas asbarreiras e demonstram muita força devontade", acrescentou.

Seu Francisco, o alu-no e Solange, a pro-fessora. Esforço dosdois é o principal ingre-diente para o bom re-sultado de Pinhais

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JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 8ciência >>>

Robinson Rolim Ressetti, M.S., Eng. Agr. <[email protected]>

Referências: Milhomens, N. Fotos Kirlian: a comprovação cientifica. Curitiba: EEG Tecnologia, 1999, 148p. (Em CD Rom).

Quijano-Krüger, F.G.; Câmara, F.L.A. Avaliação da agricultura biodinâmica por meio da bioeletrografia: estudo de caso. Revista Brasileira de Agroecologia, 3(1): 42-48,

2008. Disponível em: <http://www.aba-agroecologia.org.br/ojs2/index.php?journal=rbagroecologia&page=article&op=view&path%5B%5D=6682>. Acesso em: 31 mai 2011.

Steiner, R. Fundamentos da Agricultura Biodinâmica - vida nova para a terra. 2ª. São Paulo: Antroposófica, 2000. 235p.

A ciência na fotografia Kirlian e sua aplicação agronômicaNo século XIX, Faraday e Maxwell

descreveram o campo elétrico comoo campo gerado por forças resultan-

tes de descargas elétricas. Os campos

magnéticos são produzidos por cor-rentes elétricas (cargas em movimen-

to). Os campos elétricos e magnéticospodem atravessar o espaço na forma

de ondas de rádio, de luz ou outras

formas de radiação eletromagnética.A teoria da relatividade unificou os

conceitos de cargas, correntes e cam-

pos magnéticos. Na física todo movi-mento é relativo, pois a carga elétrica

também pode parecer campo magné-tico ou corrente. Dessa forma, seu

campo elétrico também pode se apre-

sentar como campo magnético. Poressa razão, os dois campos podem ser

unificados num único campo eletro-

magnético. A física moderna tambémconsidera a matéria como energia con-

densada, que forma campos energéti-

cos ou eletromagnéticos (Milhomens,1999).

Os seres vivos são envolvidos porcampos eletrodinâmicos ou eletro-

magnéticos, que podem ser medidos

por meio de voltímetros sensíveis e re-gistrados por meio da bioeletrografia.

A bioeletrografia também pode ser de-

nominada fotografia eletrográfica, ele-trografia, eletrofotografia ou fotogra-

fia Kirlian. A bioeletrografia utiliza elé-trons estimulados eletricamente (ioni-

zação) e detecta os delicados contor-

nos associados ao corpo sutil, regis-trando o corpo bioenergético dos se-

res vivos.

No início do século XX, em PortoAlegre (RS), o padre católico Roberto

Landell de Moura criou uma 'máqui-

na de eletrofotografia' e é um dos pi-oneiros mundiais na área. O halo lu-

minoso em torno dos corpos huma-nos eletrofotografados por ele foi cha-

mado de 'perianto'. Ele havia cursadoa Escola Politécnica do Rio de Janeiro

e estudado física e química na Univer-

sidade Gregoriana, em Roma. Nãopôde prosseguir em suas pesquisas no

Brasil devido a preconceitos religiosos.A denominação 'Kirlian' tem ori-

gem em Semyon D. Kirlian, eletrotéc-

nico autodidata russo que verificou, em1939, que a interação de correntes elé-

tricas muito fracas, alta voltagem e cha-

pas fotográficas, possibilitava a obten-ção de fotos onde, ao redor de dife-

rentes minerais e seres biológicos, eraretratado um halo luminoso (efeito

Kirlian). Entretanto, a comprovação ci-

entífica desse fenômeno aconteceu so-mente em 1995, pelo também russo

Konstantin G. Korotkov, Ph.D. em fí-

sica. Atualmente, a fotografia Kirlian émais conhecida como modelo bioele-

trográfico ou modelo GDV (Gas Dis-

charge Visualization).A denominação 'fotografia Kirlian'

(bioeletrografia) apresenta uma cono-tação mística, por ser empregada no

registro da 'aura' humana (campo bi-oeletromagnético). Mas a explicação

científica desse fenômeno é a seguinte:

o metabolismo celular faz com quediferentes substâncias químicas, como

uréia [(NH2)2CO], gás carbônico(CO2), amônio (NH4), dióxido de

enxofre (SO2) e feromônios entre ou-

tras, sejam liberadas, pelos poros daepiderme, na forma de gases e vapo-

res. Quando esses gases e vapores en-

tram em contato com a placa eletrifi-cada da máquina Kirlian, eles são ioni-

zados e emitem um halo luminoso ecolorido ao redor do ser ou fragmen-

to bioeletrografado, o que sensibiliza a

película do filme fotográfico (Milho-mens, 1999). Os gases e vapores pro-

duzidos pelo metabolismo celular e li-

berados pelos poros da epiderme, in-dicam o estado de saúde orgânica do

ser que está sendo estimado. Por essa

razão, a 'aura' (bioeletrografia) é dinâ-mica e pode se apresentar em diferen-

tes dimensões, configurações, cores eintensidades num mesmo ser, em fun-

ção das condições orgânicas no mo-

mento do registro bioeletrográfico.Na área agronômica, a bioeletro-

grafia pode ser utilizada na avaliação

da qualidade biológica ou vitalidade(energia vital) dos vegetais. Quijano-

Krüger e Câmara (2008) avaliaram dis-cos foliares de yacon (Smallanthus son-

chifolius), um tubérculo com impor-

tantes propriedades medicinais, comoredução nos níveis de colesterol, no

teor de glicose no sangue e na pressãosanguínea entre outras. Esse tubérculoocorre naturalmente nas regiões andi-

nas e foi introduzido no Brasil por voltade 1989, em Capão Bonito (SP). Os

resultados (Figura 1) demonstram que,

quando o yacon é cultivado em siste-ma biodinâmico, ele exibe um campo

bioenergético com estrutura única e

grau de luz elevado. Quando produzi-do em sistema convencional, ele mos-

tra luminosidade menos intensa e si-

nais semelhantes a 'palmeiras' no limi-te do campo. A unidade de luz mani-

festa equilíbrio e harmonia, enquantoa divisão (falhas) significa alterações fi-

siológicas. Assim sendo, com base nes-

ses resultados, a 'qualidade vital' doyacon cultivado em sistema biodinâ-

mico é superior em relação ao do sis-

tema convencional de produção agrí-cola.

Na agricultura biodinâmica, o ve-getal é resultado da interação de for-

ças terrestres e cósmicas que perma-

necem na planta como 'energia vital',continuando a atuar nela mesmo após

sua separação do substrato (Steiner,

2000). A 'energia vital' é refletida nabioeletrografia.

É de importância fundamental o

prosseguimento de pesquisas na buscade padrões bioeletrográficos em dife-

rentes espécies vegetais, pois essa téc-nica é de grande valor diagnóstico.

FIGURA 1. Bioeletrografias de discos foliares de yacon: (a) cultivado emsistema biodinâmico; (b) cultivado em sistema convencional. Botucatu -UNESP, 2003 (Quijano-Krüger e Câmara, 2008).

(a) (b)

Page 9: jornal meio ambiente

JUNHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 9geral >>>

As Unidades de Conservação

(UCs) são importantes para preserva-

ção florestal e possibilitam o uso da

diversidade biológica de forma susten-

tável. As florestas podem prestar vali-

osos serviços sociais a comunidades

locais, principalmente quando são pro-

tegidas por Reservas Extrativistas (Re-

sex) e Reservas de Desenvolvimento

Sustentável (RDS).

Arpa - A Floresta Amazônica é a

maior floresta tropical do planeta e

abriga uma em cada dez espécies do

mundo. Desde 2003, essa fonte ines-

gotável de riqueza é resguardada pelo

Programa Áreas Protegidas da Ama-

zônia (Arpa), o maior projeto de con-

servação de florestas tropicais existen-

te, que é coordenado pelo MMA. Se-

rão aproximadamente 60 milhões de

hectares de florestas conservadas por

meio da criação e consolidação de

UCs.

Um dos maiores problemas, no

entanto, é a falta de servidores em áre-

as importantes o que favorece a ocu-

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Florestas brasileiras estão desprotegidas

pação irregular, as queimadas e o des-

matamento. Das 310 unidades de con-

servação federais, como parques, flo-

restas nacionais e reservas, 105 têm

somente um ou dois servidores efeti-

vos, o que representa um total de ape-

nas 34%, e 25 unidades não tem ne-

nhum. Uma das áreas com escassez de

funcionários é a Floresta Nacional de

Altamira, no Pará, localizada numa re-

gião sob grande pressão de desmata-

mento. Ela tem área equivalente a qua-

tro vezes e meia a cidade de São Pau-

lo.

É possível observar ainda que hou-

ve um recuo na criação de novas uni-

dades de conservação (UCs) no Bra-

sil.

Na Amazônia, nenhuma foi esta-

belecida no ano passado e neste ano

pelo governo federal. Em 2010, ape-

nas seis UCs federais foram criadas no

País. Para se ter uma ideia, em 2005

surgiram 21 novas unidades no Brasil,

sendo 9 delas na Amazônia. E em

2006, foram 22 no total - 16 na região.

Existem vários tipos de UCs, Os

parques, por exemplo, são classifica-

dos como de "proteção integral" e neles

é permitida a realização de turismo e

pesquisas. Mas há unidades de "uso

sustentável", como as reservas extrati-

vistas - áreas que podem ser explora-

das e abrigar moradores.

Mesmo com poucos funcionários,

pesquisas indicam que as UCs ajudam

a frear o desmatamento. Estudo lide-

rado pelo professor Britaldo Soares

Filho, da Universidade Federal de Mi-

nas Gerais (UFMG), e publicado na

revista científica PNAS em 2010, diz

que a expansão das UCs foi responsá-

vel por uma redução de 37% no des-

matamento na região entre 2004 e

2006. Com isso, também houve corte

nas emissões de gases-estufa, que pro-

vocam o aquecimento global. "Elas

prestam um grande serviço.

Segundo Paulo Moutinho, diretor

executivo do Instituto de Pesquisa

Ambiental da Amazônia (Ipam), exis-

tem cerca de 65 milhões de hectares

de terras públicas na Amazônia que

poderiam ser transformadas em UCs

Até 2050, a meta é que as áreas pro-

tegidas induzam uma redução de emis-

sões de carbono entre 4,3 bilhões e 1,2

bilhão de toneladas. O cálculo é que

só as UCs apoiadas pelo Arpa seriam

responsáveis por evitar a emissão en-

tre 1,4 e 0,47 bilhão de toneladas de

carbono, o que equivale a 16% das

emissões anuais provenientes de todas

as fontes globais ou a 70% da meta de

redução de emissões previstas para o

primeiro período de compromisso do

Protocolo de Quioto.

Page 10: jornal meio ambiente

JUNHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 9destaque >>>

Desenvolvimento sustentávelA expressão "desenvolvimento

sustentável" surgiu em 1980, na "Es-

tratégia mundial de preservação",

tendo recebido posição de destaque

no relatório Brundtland na Comis-

são Mundial das Nações Unidas para

o Meio Ambiente e o Desenvolvi-

mento.

A definição oficial das Nações

Unidas para o desenvolvimento sus-

tentável é: "um desenvolvimento que

satisfaça as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das

gerações futuras de satisfazer as suas".

Existem algumas linhas que refutam

o termo desenvolvimento, alegando

que o (des) envolvimento deixa de

integrar, e esse conceito não inclui de

forma participativa e democrática to-

dos os envolvidos e outras linhas que

adotam a terminologia Cultura da Sus-

tentabilidade para ilustrar a intenção de

crescer e integrar harmoniosamente

homem e natureza.Fonte: Manual SOS Sustentabilidade, por Believe

Comunicação Viva e Fundação Getúlio Vargas

Academia de Tênis de Curitiba

aposta no diferencial ecológicoAcademia de tênis de Curitiba

vem chamando a atenção por se

basear em conceitos ecológicos

como diferenciais a seus clientes:

A Eco Tênis Clube, localizada em

Santa Felicidade utiliza-se do concei-

to ecológico para se manter com-

petitiva. Segundo Eduardo Borges

dos Reis, proprietário da academia,

a linha de atuação fundamentada no

respeito a natureza e aliança entre o

desenvolvimento e a preservação é

fundamental para o sucesso da aca-

demia, que em agosto completa seu

primeiro ano de funcionamento.

Ainda segundo

Eduardo, as ações

mais simples são as

mais efetivas em se

tratando da Eco Tê-

nis Clube. A preocu-

pação com o meio

ambiente vem desde

a captação da água

da chuva que é reu-

tilizada nas hidrata-

ção das quadras de

saibro, passando pela utilização de sis-

tema de iluminação de LED nos ca-

minhos noturnos, a

redução de impressos

e utilização de mate-

riais reciclados, até a

preservação de um

grande bosque com

mata nativa com ár-

vores tradicionais da

flora paranaense.

O conceito ecoló-

gico também é repas-

sado a todos os alu-

nos - incluindo aí a escolinha para cri-

"Sociedade sustentável

é aquela que é capaz

de satisfazer suas

necessidades sem

comprometer as

chances de

sobrevivência das

gerações futuras."Lester Brown, fundador do Instituto Worldwatch

anças, que passam a ver a academia

com outros olhos e contribuem na

redução e seleção dos resíduos ali

gerados. A academia também ofe-

rece ponto de coleta para pilhas e

baterias, vidros, óleo e outros resíduos

que jogados no lixo comum seriam

extremamente nocivos à natureza.

SERVIÇO:

ECO TÊNIS CLUBERua Brasílio Cuman, 1324 - Santa

Felicidade - Curitiba / PRFone (41) 3272-9654

www.ecotenisclube.com.brfacebook.com/EcoTenisClube

Page 11: jornal meio ambiente
Page 12: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 12data >>>

As florestas cobrem 4bilhões de hectares do pla-neta e, segundo dados, es-tão desaparecendo a umataxa média de, no mínimo,9 milhões de hectares porano.

A devastação das flores-tas é uma perda irreparávelem termos econômicos, es-téticos e ecológicos. A flo-resta é um componente dosmais importantes para omeio ambiente terrestrepelas funções que desem-penha, proporcionando ha-bitats para as mais diferen-tes espécies, além de pre-servar a estrutura e a fun-ção do ecossistema.

A biodiversidade é devital importância para o fu-turo do nosso planeta.

BRASIL E A

FLORESTA

AMAZÔNICA

A Floresta Amazônica éuma floresta equatorial si-tuada na bacia amazônicacom mais de 7 milhões deKm2. Sua maior parte -60% - encontra-se no terri-tório brasileiro, extenden-do-se na Colômbia, noPeru, na Venezuela, no

Equador, na Bolivia, naGuiana, no Suriname e naGuiana Francesa.

Considerada a florestafluvial mais rica em biodi-versidade de espécies ani-mais e vegetais.

Cientistas classificaramna região 2,5 milhões deespécies de insetos, mais de40 mil espécies de plantas,3 mil espécies de peixes,cerca de 1.300 pássaros,430 mamíferos, 430 anfíbi-os e 380 répteis.

Contudo, o desmata-mento da Amazônia é umadas maiores preocupações

17 de julho: Dia de Proteção das FlorestasO cultivo da soja, em fran-co crescimento no nossopaís, foi a principal causada construção das rodovi-as Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho, nos anos ses-senta, devido às necessida-des dos produtores detransportarem seus produ-tos.

Nos anos 70 a rodoviaTransamazônica foi cons-truída. Tais estradas de ro-dagem simbolizam o centrodo desmatamento da flores-ta. Esse acesso facilitado àfloresta provocou o desma-tamento de suas margens,o desenvolvimento de in-frastruturas e o estabeleci-mento de cerca de 2 mi-lhões de pessoas nos pri-meiros 20 anos.

DEPOIS DE 1974

O projeto para integrare desenvolver a região ama-zônica brasileira com aTransamazônica foi realiza-do em ritmo acelerado ecortou 3.400 km de flores-ta tropical em quatro anos,alcançando a fronteira como Peru em 1974. Durantesua construção, milhares depessoas foram trazidas para

de cientistas e estudiososdo mundo inteiro.

O homem, movido porfins lucrativos, é o princi-pal responsável pela exter-minação das florestas. Uma

das maiores causas do de-florestamento da Amazôniaé o cultivo de suas terraspara a agricultura e para apecuária, bem como o es-tabelecimento de fazendas.

A Floresta Amazônica estende-se, além do Brasil, pelos

países Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia e Guianas

Page 13: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 13data >>>

Taxa de desmatamento anual na Amazônia Legal

A certificação florestal é

um atestado de que os pro-

dutos oriundos de determi-

nada floresta, nativa ou

plantada, respeitam os re-

quisitos, relativos ao mane-

jo. O processo de certifica-

ção também avalia questões

relativas ao sistema de tra-

balho e aos impactos soci-

ais nas comunidades do en-

torno das florestas. A certi-

ficação funciona como uma

garantia para o consumidor

de que os produtos que ele

está adquirindo não são re-

sultado de uma atividade

que provoca degradação

ambiental.

Fonte: www.obt-inpe.br/prodes

Certificação Florestal

Código

Florestal

BrasileiroElaborado em 1934, o Código Flo-

restal Brasileiro surgiu com o objetivo

inicial de garantir a proteção dos so-

los, das águas e a estabilidade dos mer-

cados de madeira no país. Com a Lei

nº 6.938/81, as florestas nativas passa-

ram a ser protegidas como um bem

jurídico ambiental. A Constituição de

1988 subordinou a atividade econômi-

ca ao uso racional dos recursos ambi-

entais e estabeleceu a função social da

propriedade rural.

Em fevereiro de 1988, o código foi

ampliado com a aprovação da Lei nº

9.605, dos Crimes Ambientais, que

definiu penalidades para as agressões à

natureza no Brasil.

NOVO CÓDIGO

A aprovação do novo Código Flo-

restal pela Câmara dos Deputados ge-

rou veementes protestos, tanto de

ambientalistas como de autoridades

ambientais. O texto, que agora segue

para o Senado, vem mobilizando to-

dos os setores da sociedade, em razão

dos pontos considerados polêmicos e

que foram aprovados pela Câmara.

ocupar terras e começar a exploração eco-nômica da região. Em Altamira, porexemplo, cidade ribeirinha alcançada pelanova rodovia, a população passou de milhabitantes, em 1970, para 10 mil, em1972. Após a crise do petróleo houveuma drástica redução nos serviços e naconstrução das estradas secundárias. Nasdécadas de 1980 e 1990, grandes áreasda Amazônia foram derrubadas, e a mai-oria delas se transformou em pastos paraa pecuária extensiva, subsidiada por in-centivos governamentais e que continu-am até os dias de hoje. Assim, nos últi-mos vinte anos, as grandes áreas desflo-restadas da Amazônia transformaram-seem fazendas de gado improdutivas, be-neficiando muito poucas pessoas.

Entre 1990 e 2000, cerca de 33 mi-lhões de hectares de floresta foram des-matados em toda a Amazônia (uma dotamanho da Finlândia) e, entre 2000 e

2005, cerca de 18,6 milhões de hectaresforam desmatados. O Brasil, com aproxi-madamente 60% da floresta tropical ama-zônica, apresenta a maior perda florestallíquida, enquanto o Equador e a Vene-zuela, que possuem porções consideravel-mente menores, têm maiores taxas de des-florestamento.

Estudos do Programa de Grande Es-cala da Biosfera - Atmosfera da Amazô-nia (LBA) demonstram que a floresta estáem crescimento contínuo, e por isso, cap-ta mais carbono do que libera, aumentan-do a importância de manter as florestasexistentes em pé. O problema é que oaquecimento reduz a umidade na vegeta-ção rasteira facilitando a propagação deincêndios, fenômeno que pode ser obser-vado nos últimos anos na Europa, Aus-trália e nos Estados Unidos e, igualmen-te, nas regiões tropicais da África, daAmazônia e da Ásia. A exploração indus-trial da madeira fragiliza a mata ao abrircaminhos que secam a vegetação.

Page 14: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 14crime ambiental >>>

O Ibama identificou uma área de

floresta amazônica, do tamanho de 180

campos de futebol, destruída pela ação

de herbicidas.

A terra, que pertence à União, fica

ao sul do município amazonense de

Canutama, na fronteira com Rondô-

nia. O responsável pelo crime ambi-

ental ainda não foi identificado pelo

órgão. Em sobrevoo de duas horas de

helicóptero, na segunda semana de ju-

nho, analistas do Ibama observaram

milhares de árvores em pé, mas des-

folhadas e esbranquiçadas pela ação do

veneno.

Encontraram também vestígios

de extração de madeira por mo-

tosserras e queimadas, práticas usa-

das para limpar o terreno.

Especialistas dizem que os agrotó-

xicos, pulverizados de avião sobre as

florestas nativas, matam as árvores de

imediato, contaminam solo, lençóis fre-

áticos, animais e pessoas. O Ibama

informou também, que já apreendera

quatro toneladas de agrotóxicos que

seriam usados para esse fim. Até ago-

ra, o único registro de uso dessas subs-

tâncias em desmatamentos no Estado

era de 1999.

FLORESTAS PÚBLICAS

Jerfferson Lobato, chefe da Divi-

Ibama flagra desmatamento feito com aviões na Amazônia

são de Controle e Fiscalização do Iba-

ma no Amazonas, afirma que o uso

de agrotóxicos acelera o desmatamen-

to de florestas públicas (pertencentes à

União ou aos Estados), que são um

dos alvos da ação de grileiros, fazen-

deiros e madeireiros. O fenômeno é

recente, no entanto. O mais comum é

devastar com motosserras, tratores e

queimadas.

"Eles [os infratores] mudaram de

estratégia porque em pouco tempo

conseguem destruir mais áreas com os

agrotóxicos. Assim, deixam de mobi-

lizar muitos extratores para driblar a

fiscalização do Ibama", afirmou Lo-

bato.

O Ibama chegou à área destruída,

de 178 hectares, depois que o sistema

por satélite Deter (Detecção do Des-

matamento em Tempo Real), do Inpe

(Instituto Nacional de Pesquisas Espa-

ciais), apontou indícios do crime am-

biental. "Fomos verificar e confirma-

mos a destruição."

Para encontrar o local no sul de

Canutama (555 km em linha reta de

Manaus), os analistas ambientais do

Ibama partiram de helicóptero de

Humaitá (AM) em direção a Porto

Velho (RO). A terra atingida fica entre

o Parque Nacional de Mapinguari e a

terra indígena Jacareúba/Katawixi, que

ainda não foi demarcada. De acordo

com o chefe da delegacia especializa-

da em repressão contra crimes ambi-

entais e patrimônio histórico da Polí-

cia Federal, delegado Carlos André

Gastão, pulverizar agrotóxicos em flo-

restas é crime.

Um inquérito deve ser aberto para

investigar a denúncia, após a notifica-

ção do Ibama. "A pessoa será respon-

sabilizada pelo uso indevido de agro-

tóxicos e pelo desmatamento", disse.

A multa pode chegar a R$ 2 milhões,

afirma o órgão.

ALTA E BAIXA

O Inpe divulgou ontem os dados

do Deter correspondentes ao mês de

maio deste ano. Foram derrubados

268 km² de mata na Amazônia, um

aumento em torno de 2,5 vezes em

relação ao mesmo mês do ano passa-

do.

É, no entanto, uma desaceleração

no desmate em relação aos meses de

março e abril, quando a média da área

derrubada chegou a quase 300 km².

O governo atribui a diferença ao for-

talecimento da fiscalização em abril.

Kátia Brasil

Foto: Ibama/Divulgação

Foto aérea de mata destruída (manchas brancas) no Amazonas

Alta no desmatamento fomentaem áreas já devastadas; Mato Grossodeverá ser uma das regiões mais afeta-das por incêndios

Com a proximidade do períodode estiagem no Brasil, que inicia emjunho e segue até setembro, o gover-no federal prevê uma 'explosão' dequeimadas em 2011, principalmenteem Mato Grosso, estado responsávelpelo maior índice de desmatamentoneste ano.

De acordo com o Instituto Brasi-leiro de Meio Ambiente e dos Recur-sos Naturais Renováveis (Ibama), res-ponsável pela gestão do Prevfogo, sis-tema nacional de prevenção aos incên-dios florestais, áreas de mata nativa queforam derrubadas podem ser atingi-das por incêndios clandestinos, no in-tuito de limpar terrenos para dar es-paço à agricultura.

"A região Centro-Oeste é a quemais poderá sofrer com isso. O fogoé a forma de manejo mais utilizadapara limpeza de terrenos antes da im-

Brasil vai sofrer "explosão" de focos de queimada em 2011, diz governoso, onde há vários casos de fragilida-de, e ainda analisamos ocorrências gra-ves em Rondônia, Tocantins e Pará,estados que no ano passado registra-ram grandes quantidades de queima-das", disse Morais.

O Prevfogo conta com 2.500 fun-cionários entre analistas, brigadistas etécnicos. "É um apoio do governo fe-deral às esferas estadual e municipal nocombate às queimadas", complemen-tou o coordenador do sistema de pre-venção aos incêndios.

DADOS

Levantamento feito pelo Ibama noestado de Rondônia já aponta um cres-cimento de 10% nos casos de quei-mada entre janeiro e junho deste ano.De 1º de janeiro a 13 de junho de 2010,foram registrados 306 focos de calorno estado. No mesmo período de2011 já são 338, principalmente nasmargens de rodovias federais, o quedificulta o combate.

No Brasil, foram registrados no

ano passado 133.149 focos de incên-dio detectados por satélites, a maioriaconcentrada no Mato Grosso (35 mil),Tocantins (18 mil) e Pará (17 mil).

"Isso acontece quando há poucachuva. Não foi recorde histórico, masacredito que este ano o número serábem maior em virtude do alto des-matamento", afirmou o coordenadordo Prevfogo.

Segundo Philip Fearnside, pesqui-sador de ecologia do Instituto Nacio-nal de Pesquisas da Amazônia (Inpa),áreas do estado do Amazonas tambémserão atingidas pelas queimadas, mas apartir de agosto.

O especialista afirma que grandeparte dos animais e árvores não so-brevive aos incêndios ou simplesmen-te desaparece das áreas devido às pou-cas chances de regeneração. "Ainda es-tamos longe do pico dos incêndios eacredito que eles só vão aumentar anoapós ano devido ao avanço na devas-tação das florestas", disse Fearnside.

Fonte G1

plantação de pastagem. O Mato Gros-so poderá registrar mais ocorrênciasporque até agora é o estado que maisdesmatou", afirmou José Carlos Men-des de Morais, coordenador do Pre-vfogo. Segundo o Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais (Inpe), dos593,0 km² de desmatamento detecta-dos entre março e abril na região daAmazônia legal, 480,3 km² ficam emMato Grosso. Uma das regiões maisafetadas foi a fronteira entre o Cerra-do e a Amazônia.

"Essas áreas estão embargadas enada poderá ser feito porque houve odesmatamento ilegal. Nós aumenta-mos nossa fiscalização no Mato Gros-

Page 15: jornal meio ambiente

Professor, PhD em Recursos Minerais e Meio Ambiente, Pós-doutorem Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, Coordenador doEscritório Verde e Professor da Universidade Tecnológica Federal doParaná-UTFPR

ELOY FASSI CASAGRANDE JR

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 15meio ambiente >>>

Muito se fala hoje do sucesso econômico brasileiro e de seu novo papel

no cenário mundial, mas o país ainda não consegue implantar um único

programa eficiente de proteção de seu patrimônio natural e a vida daqueles

que tentam defendê-lo. Sofremos com o descaso de políticos que traba-

lham para defender seus interesses pessoais e não coletivos, tratando as ques-

tões ambientais em segundo plano, como um empecilho para o desenvolvi-

mento do Brasil. Uma visão retrógrada e perigosa para as atuais e futuras

gerações!

Somente no mês de maio, vimos acontecimentos que nos deixaram per-

plexos em relação a preservação do meio ambiente. Primeiro, o lobby do

agronegócio conseguiu a maioria na Câmara de Deputados para votar um

novo Código Florestal que anistia os desmatadores, aprova a diminuição

das Áreas de Proteção Permanentes (APPs) e a estadualização da polí-

tica ambiental. Tudo isto num cenário que se repete todo o ano --- o

do desmatamento na Amazônia que quintuplicou no bimestre mar-

ço-abril em comparação com o mesmo período de 2010. Os satéli-

tes de detecção em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe) registraram o corte de 593 quilômetros quadrados

de florestas, extensão equivalente a mais da terça parte da cidade de

São Paulo! Duvido muito que estes números atrapalharam o sono

dos 410 deputados que votaram o código ruralista!

E quando se acha que a situação não pode ficar pior do que isto, três

ambientalistas são assassinados por jagunços, dois no Pará e um em Rondô-

nia. O casal de seringueiros de Nova Ipixuna, Pará, José Claudio Ribeiro da

Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, já havia registrado queixa junto ao

IBAMA sobre as ameaças que sofria. Enquanto que Adelino Ramos, conhe-

cido como Dinho, foi assassinado em Porto Velho (RO). Dinho era um

sobrevivente do Massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995 e

denunciava ação de madeireiros na região. Cenas de um filme que volta as

telas, como o assassinato de Chico Mendes e da Irmã Dorothy Stang, e que

certamente ainda não chegou ao fim. Infelizmente, nossos representantes

em Brasília acompanham apenas como expectadores!

O fato é que a visão ainda ortodoxa do poder político-econômico ins-

talado no Planalto não tem interesse ou mesmo a capacidade de entender o

valor dos serviços globais prestados pela floresta, como por exemplo, para

estocar e sequestrar carbono que gera o benefício de regular o clima no

planeta. De acordo com estudos de ecoeconomistas, se liberado na atmos-

fera, esse carbono seria equivalente a cerca de 20 anos de consumo de com-

bustíveis fósseis. Isto sem contar o valor da sua biodiversidade e seus recur-

sos hídricos.

Além de não proteger o que temos de mais valioso, a última grande

reserva de floresta tropical do Planeta, o governo da presidenta Dilma insis-

te em projetos como a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, Pará. Uma

usina que produzirá menos energia, proporcionalmente à capacidade de

produção, e que terá maior custo para os investidores na comparação com

outros empreendimentos de grande porte, em razão da intensidade dos

impactos sociais e ambientais na região.

Depois da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da

Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitar oficialmente ao go-

verno brasileiro a suspensão imediata do processo de licenciamento de Belo

Monte e da imprensa mundial condenar a votação do Código Florestal, se

espera que alguma luz (solar) ilumine os nossos senadores e que este absur-

do seja revertido.

Meio ambiente e ambientalistas

estão desprotegidos no país emergente

O papel das florestas mundiais

como mitigadoras do aquecimento

global acaba de ganhar um grande re-

forço com o que está sendo conside-

rado o "mais abrangente relatório so-

bre a capacidade de absorção de dió-

xido de carbono (CO2) das árvores já

publicado".

Divulgado em recente edição da

revista Science por um grupo interna-

cional de cientistas, a pesquisa "A Lar-

ge and Persistent Carbon Sink in the

World's Forests" aponta que as flores-

tas são responsáveis por absorver até

um terço das emissões de gases do

efeito estufa causadas pelo homem.

"Nosso trabalho coloca as flores-

tas em um nível ainda mais alto de

importância para regular a presença de

CO2 na atmosfera. Se continuarmos

devastando áreas de vegetação, estare-

mos perdendo uma grande ajuda para

minimizar o aquecimento global", ex-

plicou Josep Canadell, presidente do

Projeto Global de Carbono da Orga-

nização de Pesquisa Científica e Indus-

trial da Commonwealth.

Cientistas sempre tiveram dificul-

dade em medir exatamente quanto

CO2 as florestas absorvem e quanto

liberam em caso de desmatamento.

Florestas absorvem até um

terço das emissões mundiaisEstudo publicado na revista Science afirma que as árvores

sequestram quatro bilhões de toneladas de dióxido de carbono

ao ano, porém o desmatamento faz com que quase três

bilhões de toneladas sejam devolvidas para a atmosfera

Para conseguir achar essas respostas,

um grupo de pesquisadores de diver-

sas instituições internacionais e univer-

sidades, combinou dados de inventá-

rios florestais, modelos climáticos e

imagens de satélites para traçar o real

papel das florestas durante o período

entre 1990 e 2007.

Com esse método, calcularam que

as árvores sequestram quase quatro

bilhões de toneladas de carbono por

ano. Infelizmente, 2,9 bilhões de tone-

ladas acabam voltando à atmosfera por

causa do desmatamento, o equivalente

a 25% do total das emissões mundiais.

Isso agrava ainda mais as previsões que

afirmavam até hoje que a destruição

das florestas seria responsável por algo

entre 12% a 20% das emissões.

"Os resultados são inesperados e

incríveis. Se conseguíssemos parar to-

talmente a devastação das florestas,

seria possível remover da atmosfera

quase 50% das emissões resultantes da

queima de combustíveis fósseis", afir-

mou Canadell à AFP.

Segundo os autores, preservar e

reflorestar continua sendo importan-

te, até porque são atividades que le-

vam a outros benefícios para os ecos-

sistemas.

Page 16: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 16geral >>>

Advogado, pós-graduado em Direito Ambiental pelaFaculdade de Direito de Curitiba, Autor de trabalhoscientíficos ligados ao tema de Resíduos Sólidos. e-mail: [email protected]

CRYSTIAN PETTERSON GALANTE

O secretário-geral da

ONU, Ban Ki-moon, disse

nesta sexta-feira (17) em Bra-

sília que está 'muito preocupa-

do' com a redução das flores-

tas mundo afora e que o des-

matamento da Amazônia não

diz respeito somente ao Bra-

sil, mas a todos os países.

'Espero que o governo

brasileiro, o Parlamento, todas

as indústrias alimentícias e co-

munidades envolvidas discu-

tam esse assunto sinceramen-

te e seriamente, tendo em

mente que esta não é uma

questão brasileira, é uma ques-

tão global', disse Ban a jorna-

listas.

Segundo Ban, por abrigar

a maior floresta do mundo, as

ações do Brasil no combate ao

desmatamento terão grande

impacto nos esforços globais

sobre o tema.

'O desmatamento mundi-

al representa 20% das emis-

sões de gases de efeito estufa.

Precisamos parar com essa

Preservação da Amazônia é questão

global, não do Brasil, diz Ban Ki-moon

tendência', afirmou.

A coletiva encerrou o giro

do secretário-geral pela Amé-

rica do Sul. Nesta semana, an-

tes de visitar o Brasil, onde se

encontrou com a presidente

Dilma Rousseff e com minis-

tros de Estado, ele esteve na

Colômbia, na Argentina e no

Uruguai.

Horas antes, Ban recebeu

a notícia de que o Conselho

de Segurança da ONU reco-

mendou que ele seja eleito para

um novo mandato de cinco

anos à frente das Nações Uni-

das. A recomendação deve ser

submetida a votação na As-

sembleia Geral da ONU na

próxima terça-feira.

Ban disse que colocará 'hu-

mildemente' sua candidatura à

apreciação dos Estados-mem-

bros da ONU. 'Se eu for con-

firmado pela Assembleia Ge-

ral para um segundo manda-

to, eu estarei muito mais mo-

tivado, honrado e preparado

para continuar trabalhando'.

Ban voltou a defender que

a América do Sul amplie sua

atuação na ONU e elogiou os

esforços da região em promo-

ver relações sul-sul.

Disse ainda que, caso seja

reeleito, suas prioridades serão

costurar um acordo global

sobre mudanças climáticas na

Conferência de Desenvolvi-

mento Sustentável (Rio+20),

em 2012, garantir melhores

condições para a saúde de

mães e crianças e ampliar a

assistência humanitária da

ONU a vítimas de conflitos

armados. (Fonte: G1)

Secretário-geral da ONU,Ban Ki-moon

Responsabilidade

Administrativa AmbientalA Administração Pública, em sentido amplo, exerce seus

atos de fiscalização e autuação ambiental através do cha-

mado Poder de Polícia Ambiental, incumbência destinada

ao Estado através do Art. 225 da Constituição Federal, que

nada mais é do que uma atividade da Administração que

regula prática de ato ou abstenção de fato em razão do

interesse público tangente à saúde da população, conserva-

ção de ecossistemas, regulamentação de atividades poluen-

tes, etc.

Portanto, o Poder de Polícia Ambiental é uma prerroga-

tiva da Administração Pública, o qual legitima as interven-

ções em face do particular em detrimento ao interesse co-

letivo, que reflete diretamente na defesa do ambiente em

todos seus segmentos.

Segundo entendimento já consolidado pelo Superior Tri-

bunal de Justiça, é objetiva a responsabilidade administrati-

va ambiental por omissão quanto ao poder-dever de fisca-

lização do Estado, o qual reconhece inclusive a solidarieda-

de entre todas as esferas da Federação.

As infrações administrativas, previstas na Lei de Crimes

Ambientais (9605/1998), podem ser punidas com adver-

tência; multa simples; multa diária; apreensão de animais,

produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, pe-

trechos, equipamentos ou veículos da qualquer natureza uti-

lizados na infração; destruição ou inutilização do produto,

suspensão de venda e fabricação de produto; embargo ou

interdição de obra ou atividade, demolição de obra, sus-

pensão parcial ou total das atividades, restrição de direitos

e reparação dos danos causados.

Assim, após apurada a infração, a Administração Públi-

ca, seja Federal, Estadual ou Municipal, utilizando-se de le-

gislação própria e sempre supletiva à Federal, inicia o pro-

cesso administrativo geral, garantindo aos infratores o di-

reito de ampla defesa e do contraditório, visando a não

condenação injusta de ninguém.

O processo se inicia com a lavratura do Auto de Infra-

ção, abrindo prazo para defesa do infrator, com instrução

de provas e julgamento. Das decisões administrativas am-

bientais cabe recurso, onde a autoridade pode inclusive re-

considerar sua decisão.

Enfim, mesmo sendo objetiva a responsabilidade am-

biental, seja civil ou administrativa, o processo garantirá sem-

pre aos autuados o direito a ampla defesa e ao contraditó-

rio, garantido que ninguém será condenado por crime in-

justo ou atípico.

Fundamental, nesse processo

será o papel da formação de

profissionais com cultura em

marketing ambiental.

Levantamentodivulgado no últi-mo dia 17 de junhopelo Ministério doMeio Ambiente(MMA), mostra que1.921 quilômetrosquadrados de flo-resta de caatinga fo-ram desmatados noperíodo de 2008 a2009, o que equiva-lente a uma taxaanual de 0,23%. Oritmo foi um pou-co menor que o re-gistrado no períodode 2002 a 2008,quando a médiaanual de derrubadaera de 0,28%.

Os Estados quemais desmataram no período2008/2009 foram Bahia, com638 quilômetros quadrados;Ceará, com 440 quilômetrosquadrados; e Piauí, com 408

Desmatamento já atingiu

48% da caatinga, diz MMA

quilômetros quadrados.A área original de caatinga

é de 826.411 quilômetros qua-drados. De acordo com o mi-nistério, 48% do bioma já foi

destruído. Uma das principaiscausas do desmatamento daregião é a extração ilegal demata nativa, para ser converti-da em lenha e carvão vegetal.

Page 17: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 17geral >>>

Consultor em Marketing Ambiental

HUGO WEBER JR.

meio ambiente e mercado

Em recente visita a uma Feira de Vidros em Florianópo-lis, tive a oportunidade de observar um mercado que nãoconhecia: O MERCADO BRASILEIRO DE VIDROS.

O MERCADO DO VIDRO - Este setor, o videiro,experimenta um crescente desenvolvimento tecnológico emercadológico, vivendo um momento de considerável ex-pansão impulsionado pela economia do país e atualizadopelas necessidades sociais. A evolução desse comércio noBrasil foi espantosa. Em pouco tempo, a indústria vidreiraalcançou posição de destaque no mercado e no desenvolvi-mento industrial com a produção de 3.600 T/dia de vidrosplanos e mais a importação de 1.800 T/dia de vidros. Ofuturo do mercado de vidros no Brasil é promissor.

O CONTRAPONTO - Em contraponto a este cres-cente mercado está a sua reciclagem.

Material que pode ser totalmente reciclado indefinidasvezes, este vidro, atualmente, esta sendo reaproveitado, coma reciclagem, em somente 30% de seu potencial. E este vazioexiste por falta de materiais que não chegam a ser captura-dos e enviados de volta a indústria para serem reciclados,compondo novos produtos, a famosa Logística Reversa. Oque quer dizer que esta diferença está toda ficando no meioambiente, para sempre, além do contínuo aumento da ex-tração de matéria prima.

Só que agora existe a Lei 12.305/10 em que o produtor(fabricante) e toda a sua cadeia de comercialização serão res-ponsabilizados e terão que criar mecanismos e estímulos, paraa captura deste material que abundantemente degrada o meioambiente ou serão punidos com os rigores da Lei. E botarigor nisso. Multas altíssimas.

Aí esta uma fatia de mercado em que os recicladores, emtoda a sua cadeia, podem e devem aproveitar esta oportuni-dade para um crescimento da indústria da reciclagem nestemercado de vidros. A tonelada de vidros planos para reci-clagem tem sido adquirida a US$ 100 e o vidro novo é ven-dido a US$ 850. Muito aquém dos valores ofertados à reci-clagem de latas de alumínio e ao papel/papelão. Por aí podeser observado o "gap" de valor existente e o porquê dapouca atividade neste setor.

Um mercado de reciclagem dinâmico e economicamen-te compensador, exclusivamente dedicado a este nicho, sa-naria este problema e tornar-se-ia uma ativa e rendosa ativi-dade no setor de reciclagem de vidros contribuindo consi-deravelmente para mitigar este grave problema ambiental.

Voltaremos a este assunto na próxima edição.

Reciclagem de Vidro: um

mercado a ser descoberto"Lixo é o único recurso em expansão no planeta"

Buckminster Fuller - Designer, arquiteto, visionário

1895 - 1983

A tecnologia das usinas ter-

melétricas não é nada nova,

pois por aqui, já existem di-

versas do mesmo tipo porém

ao invés de queimar diesel ou

carvão esta nova e inédita usi-

na queimará gás metano ori-

ginado do lixo.Esta tecnolo-

gia já é utilizada em mais de

30 países, e chega já um pou-

co atrasada por aqui, mas é

melhor do que nada pois por

aqui ainda não temos um re-

gulamentação e aplicação fir-

me que busque o tratamento

do lixo (resíduos sólidos) e a

extinção dos aterros sanitári-

os livres e a céu aberto.

A nova usina será constru-

ída em São Bernardo do Cam-

po, custará cerca de R$ 600

milhões, com capacidade de

processar até mil toneladas de

resíduos gerando cerca de 30

MW de energia, o que será

suficiente para fornecer ener-

gia para 200 mil habitantes.

Utilizando um processo

chamado digestão anaeróbica

Estado de São Paulo construirá a primeira

Usina Termelétrica movida a lixo do Brasil

(parecido com a composta-

gem), em que o gás metano

liberado na decomposição, o

gás proveniente da digestão

seria transformado em ener-

gia, e os resíduos sólidos que

não puderem ser reciclados e

que não se transformar em

gás, serão incinerados e filtra-

dos para que no final não haja

nenhum gás que seja prejudi-

cial ao meio ambiente.

Acreditamos que esta nova

usina possa reduzir drastica-

mente a produção de lixo lo-

cal, apesar de sua capacidade

ser ínfima em comparação ao

lixo produzido, esta iniciativa

serve de exemplo para outros

estados procurarem novas for-

mas de tratar seriamente seus re-

síduos que além de favorecer

ao meio ambiente, é uma

magnífica fonte de energia.

O município de Altamira,

no Pará, onde será construída

a hidrelétrica de Belo Monte,

foi o campeão de desmata-

mento na Amazônia em maio.

Os dados são da ONG Ima-

zon e podem refletir uma

pressão sobre a floresta devi-

do à expectativa de constru-

ção da usina, que recebeu li-

cença de instalação no come-

ço deste mês

O SAD, sistema de moni-

toramento de desmatamento

via satélite desenvolvido pelo

Imazon, detectou um cresci-

mento da devastação amazô-

nica de 72% no mês passado

em relação a maio de 2010.

Em toda a região foram per-

didos 165 quilômetros qua-

drados de floresta. Houve,

porém, queda em relação a

abril, quando o corte raso so-

freu uma explosão de 362% e

chegou a quase 300 quilôme-

Usina de Belo Monte já faz

desmate crescer em Altamira

tros quadrados. Altamira des-

matou sozinha, 22 quilôme-

tros quadrados no mês. Se-

gundo Adalberto Veríssimo,

pesquisador do Imazon, a ex-

pectativa da construção de

Belo Monte é o fator que

melhor explica o dado.

"O desmatamento está

concentrado perto da sede, e

não em outras regiões do mu-

nicípio", afirmou. Altamira é

o maior município do mun-

do em área.

Em segundo lugar na lista

de desmatadores do mês de

maio está Porto Velho, que

também abriga mega-hidrelé-

tricas (Santo Antônio e Jirau,

no rio Madeira).

O Inpe divulga nesta quar-

ta-feira as estatísticas de des-

matamento do sistema Deter,

que usa imagens dos mesmos

satélites que o sistema do Ima-

zon, mas um processamento

diferente. Os dados devem

mostrar queda no desmata-

mento em maio.

Segundo Veríssimo, é cedo

para comparar as tendências en-

tre os dois sistemas, porque as

metodologias são diferentes

e a cobertura de nuvens na

Amazônia ainda está alta -- foi

de 47% em maio. "Mas acho que

vamos terminar o ano [os dados

são coletados de agosto a julho]

com tendência de alta, mais

perto de 8.000 quilômetros

quadrados do que dos 6.000 do

ano passado", disse o pesqui-

sador.

Page 18: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 18geral >>>

Graduado em Comunicação Social com habilitação em

Jornalismo pela Universidade de Franca.

FÁBIO NASCIMENTO

As discussões acerca da construção da usina de Belo

Monte no norte do Brasil ganharam um contorno mani-

queísta. A pergunta que está em voga é: Belo Monte fará

bem ou mal para o país? Dentro deste contorno manique-

ísta, a álgebra é o termo que melhor ilustra o contexto con-

flituoso de prós e contras a usina. Belo Monte figura como

uma metáfora contemporânea mais próxima de uma equa-

ção matemática. A usina virou pauta de debates de cientis-

tas sociais, analistas políticos, ambientalistas e alguns seg-

mentos da sociedade que ao defenderem seus posiciona-

mentos deixaram nítido que Belo Monte é uma verdadeira

operação algébrica com soluções de incógnitas diferentes,

podendo ser positiva ou negativa.

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no

Pará com estimativa para conclusão em 2015 é um projeto

do Governo Federal que visa garantir o fornecimento de

energia elétrica para todo o país. Um dos argumentos que

o governo se esmera é o de impedir que os apagões da

última década ocorridos no Brasil venham a se repetir nesta

década. A hidrelétrica tende a ser a terceira maior do mun-

do, somente ficando atrás da chinesa Três Gargantas e da

brasileira e paraguaia Itaipu. No entanto, este projeto do

governo não encontra apreciação por parte de muitos am-

bientalistas que vêem na usina um forte indicativo de im-

pacto ambiental com o eventual desmatamento de uma

boa parte da floresta amazônica. A usina viria extirpar o

habitat de muitos seres vivos da região, também ocasio-

nando um impacto, assim como o ocorrido nas constru-

ções das usinas de Itaipu; Furnas, ambas hidrelétricas. O

projeto também não agrada muitos cientistas sociais que

vêem em Belo Monte um diluidor cultural devido à possi-

bilidade de muitas comunidades indígenas predominantes

na região terem que deixarem o local, se desfazerem de

seus traços culturais para abrirem espaço para a construção

da hidrelétrica. Tribos indígenas já formalizaram protesto

por intermédio da FUNAI. O contexto em torno de Belo

Monte é tão sensível que já arrebatou os olhares, a atenção

de um dos principais diretores de cinema na atualidade, o

diretor, James Cameron, dos longas-metragens de grande

bilheteria, Titanic e Avatar. Cameron se opõe a Belo Monte

e por diversas vezes já insinuou em entrevistas que pensa

em produzir um documentário que aborde a problemati-

zação sócio-ambiental relacionado à criação da hidrelétrica

no norte do país. Dos que defendem a bandeira pró usina

tem-se como um dos argumentos a criação de 40 mil va-

gas de emprego direta e indireta o que aqueceria a econo-

mia do país.

Há muitos diagnósticos, há muita álgebra em relação à

criação da usina de Belo Monte. Que esta equação em que

se traduz Belo Monte traga como solução para a incógnita

que se apresenta no momento a plena observação em se

aliar desenvolvimento com preservação e, sobretudo ali-

cerçando isto com inclusão social, com o predomínio da

sustentabilidade. Que Belo Monte possa vir a ser um sinô-

nimo de belo ambiente, bela qualidade de vida, para mim,

para você, para todos nós. O meio ambiente agradeceria.

A álgebra de Belo MonteA ministra do Meio Am-

biente, Izabella Teixeira, criti-

cou no último dia 13, no Se-

nado, o novo Código Flores-

tal e afirmou que o projeto

"não deve colocar no mesmo

cesto aqueles que cumpriram

a lei e aqueles que não cum-

priram". Segundo a ministra,

o que respeitaram as regras

devem ser beneficiados pelas

políticas do governo, enquan-

to os que as desrespeitaram

devem ter a oportunidade de

regularizar sua situação de

acordo com os mecanismos

a serem previstos em lei.

Ao condenar a possibilida-

de de se anistiarem produto-

res que desmataram no pas-

sado, a ministra disse que ma-

nutenção deste benefício pelo

Senado seria "inaceitável". "O

que acho inaceitável é que o

Brasil tenha propriedades li-

cenciadas, produzindo da me-

lhor maneira possível e que

pratiquem desmatamento. Pre-

cisamos de segurança jurídica

para que a produção seja de

maneira sustentável. Qualquer

entendimento sobre anistia de

desmatamento o ministério e

o governo não concordam.

Quem não cumpriu a lei

tem que ter os caminhos

para se regularizar, mas

quem cumpriu não pode ser

colocado no meio dos que não

cumpriram", ressaltou Izabe-

lla Teixeira.

Izabella criticou a possibi-

lidade de os senadores man-

terem uma emenda incluída

pela Câmara dos Deputados

na aprovação do novo Códi-

go Florestal, que prevê que

todas as atividades rurais man-

tidas em Áreas de Preserva-

ção Permanente (APP) - inclu-

indo lavoura e pecuária - até

julho de 2008 serão legaliza-

das. Para a ministra, o texto da

discórdia, de autoria do depu-

tado Paulo Piau (PMDB-

Ministra diz que desmatadores devem

ter oportunidade de reparar danosFoto: Agência Brasil

Izabella Teixeira debate com senadoresas alterações no Código Florestal

MG), pode também ampliar

o desmatamento ao dar aval

para que novas culturas pos-

sam ser autorizadas nas APPs

em atendimento às peculiari-

dades de cada região.

"A emenda tem proble-

mas, sim, não só o de induzir

desmatamentos. Como é uma

matéria muito complexa, te-

mos que sentar e discutir linha

a linha. A lei deveria trazer cri-

térios e parâmetros do que é

utilidade pública, interesse so-

cial e baixo impacto e, a partir

daí, tratar de uma regulamen-

tação", disse a ministra, ressal-

vando que não se inclui na ca-

tegoria de pessoas "que são

contra o desenvolvimento".

"O País tem maturidade polí-

tica, econômica, social e am-

biental para enfrentar esse

problema", afirmou, comple-

tando ter sido "refém" dos

debates que ocorreram na Câ-

mara.

POLÊMICAS

Aprovado pela Câmara

dos Deputados, o projeto do

novo Código Florestal traz

diversos pontos polêmicos na

avaliação dos ambientalistas.

Confira os principais deles:

Anistia a desmatadores: o

Programa de Regularização

Ambiental (PRA), a ser feito

pela União, Estados e Distri-

to Federal, definirá regras para

a legalização de proprietários

que tenham desmatado áreas

proibidas. Com a adesão ao

programa, a multa aplicada ao

produtor pode ser anulada

caso ele cumpra um cronogra-

ma de recuperação da destrui-

ção que causou. O governo

defende que apenas a União

possa elaborar o programa.

Reserva legal: ficam libera-

dos de reflorestar a reserva

legal todos os donos de pe-

quenas propriedades (de 20 a

400 hectares, conforme a re-

gião do País), devendo ape-

nas manter o que ainda está

preservado. No caso de áreas

de maior extensão, essas pro-

priedades precisam manter o

percentual de vegetação exis-

tente em julho de 2008. Na

reserva legal, que correspon-

de à área que os proprietários

devem manter preservadas, os

produtores podem também

utilizar o cálculo das áreas de

proteção permanente (APP)

como forma de atingir o per-

centual exigido.

Áreas de proteção perma-

nente: as APPs, criadas para

preservar a biodiversidade e

a flora, englobariam região de

morros e encostas com incli-

nação acima de 45°, nascentes

de rios, chapadas, topos de

morro, faixas de mata ciliar nas

margens de rios e restingas fi-

xadoras de dunas ou estabili-

zadoras de mangues.

Page 19: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 19sustentabilidade >>>

Ações sustentáveis nas empresas pelo Brasil

O consumidor brasileiro

conta agora com mais op-

ções de produtos com me-

nor impacto ambiental. São

13 itens líderes de categoria

- desde alimentos e eletrôni-

cos a itens de perfumaria e

higiene e limpeza - fabrica-

dos por algumas das princi-

pais indústrias de consumo

do País. O projeto "Susten-

tabilidade de Ponta a Ponta"

é uma parceria do Walmart,

idealizador do programa,

com os fornecedores Am-

bev, Danone, Kimberly-Cla-

rk, Kraft Foods, L'oreal,

Mars, Nat Cereais, Philips,

Reckitt Benckiser, Santher,

Sara Lee, SC Johnson e

Whirlpool.

Pelo programa, os forne-

cedores escolheram um item

líder de categoria para que

fosse analisado tecnicamen-

te todo o seu processo de

produção. O Walmart, mais

uma vez, deu o suporte téc-

nico representado pelo CE-

TEA (Centro de Tecnologia

de Embalagens, ligado ao

Instituto de Tecnologia de

Alimentos, do governo de

São Paulo), que durante 18

meses fez reuniões com as

indústrias a fim de sugerir

mudanças em qualquer fase

da produção. O CETEA

avalizou os resultados apre-

sentados do início ao fim da

cadeia produtiva.

"Optamos por focar

produtos líderes de merca-

do por duas razões: o con-

sumidor não precisa abrir

mão do item de sua prefe-

rência e, ao mesmo tempo,

acreditamos que podemos in-

fluenciar outros fornecedores

a adotar ações semelhantes,

gerando um efeito multiplica-

dor em todo o mercado", afir-

ma Marcos Samaha, presiden-

te do Walmart Brasil.

Os produtos que integra-

ram o projeto este ano são:

Guaraná Antarctica PET dois

litros, da Ambev; Danoninho

morango 360g, da Danone;

Papel Higiênico Neve Natu-

rali, da Kimberly Clark; Balas

Halls; da Kraft Foods; Elsève

shampoos, condicionadores e

cremes para pentear, da

L'Oréal Brasil; Ração Whiskas

lata, da Mars; TV LED 32',

da Phillips; Veja Perfumes

Sensações, da Reckitt Bencki-

ser; Toalha de papel Snob Eco,

da Santher; Café Pilão Ori-

GuaranáO projeto usou tecnologia

para utilização do PET 100%

reciclado pós-consumo com

aprovação para conta to

com alimentos e bebidas,

implementou melhorias no

processo produtivo e no

transporte e reduziu massa

de embalagem.

DanoninhoO projeto teve base nas

melhorias no processo produ-

tivo, com destaque para redu-

ção no consumo de energia,

na redução da massa da em-

balagem e na geração de resí-

duos de embalagem no pós-

consumo.

WalMart e fornecedores lançam

produtos mais sustentáveis

Linha ElsèveNa linha de cabelos Elsève

foram identificadas oportuni-

dades de apoiar ações de for-

necedores, reduzir o peso da

embalagem do creme de pen-

tear, reduzir o uso de água e

energia na planta produtiva e

divulgar conceitos ambientais

na comunicação com o con-

sumidor.

Aveia Sentir BemO projeto teve como foco a for-

ma de produção (plantio direto)

com menor erosão, menor consu-

mo de recursos e aproveitamento de

resíduos em toda a cadeia produti-

va, além da campanha educacional

com foco na sustentabilidade ambi-

ental e ação de responsabilidade so-

cial na região de produção da aveia.

O presidente da WalMart Brasil, Marcos Samaha em reunião com os fornecedores

gem, Sara Lee; Pato Pastilha

Adesiva, SC Johnson; Refrige-

rador Brastemp Inverse Viva,

da Whirlpool; além da Aveia

marca própria Sentir Bem, do

Walmart (fabricado pela Nat

Cereais de Lagoa Vermelha -

RS). O Walmart ofereceu, ain-

da, a garantia de compra, mai-

or visibilidade e exposição di-

ferenciada desses itens no pon-

to de venda, além de divulga-

ção destacada em material pro-

mocional específico para os

clientes.

Só em resíduos, os 13 pro-

dutos representam redução de

mais de 250 toneladas por

ano, considerando a estimati-

va de venda em um ano no

Walmart. Pelo mesmo critério,

a redução do uso de água che-

ga a dois milhões de litros e,

de energia, mais de 19 milhões

de Kwh. Além disso, em re-

lação às emissões de gases de

efeito estufa, houve redução

de 3.171ton CO2 equivalen-

te, o que corresponde a uma

economia de 17,3 milhões de

km rodados.

ANÁLISE E

RESULTADOS

As etapas do ciclo de vida

do produto foram detalha-

das para identificação das

oportunidades de melhorias

que levassem à redução de

indicadores de consumo de

recursos naturais, de energia,

de emissões de GEE e de ge-

ração de resíduos sólidos,

tanto industrial como no pós-

consumo. Também foram

identificadas ações de contri-

buição social e voltadas à

educação ambiental.

WhiskasO aperfeiçoamento do

processo produtivo e a otimi-zação de rotas de entrega dematérias-primas permitiram aredução do consumo de re-cursos naturais, insumos eenergia elétrica e redução daemissão de GEEs.

Alguns dosprodutos queintegram oprojeto deste ano

Page 20: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 20brasil >>>>>>>>>>>>>>>

Pelo terceiro ano consecutivo, a

empresa de auditoria de imagem Mí-

dia B realiza, a pedido de IMPREN-

SA Editorial, o ranking “As 100 em-

presas mais sustentáveis segundo a

mídia” que, com base na análise de

matérias publicadas por nove revistas

no período de um ano, aponta as em-

presas que estiveram presentes no no-

ticiário de maneira positiva, em razão

de práticas e ações sustentáveis.

O levantamento referente ao ano

de 2009, adiantado agora pelo Portal

IMPRENSA e publicado, na íntegra na

edição de agosto da revista IMPREN-

SA, foi elaborado a partir de análise

de matérias publicadas em todas as edi-

ções do ano de 2009 das revistas Veja,

IstoÉ, Época, Carta Capital, Amanhã-RS,

América Economia, Época Negócios, Exa-

me e IstoÉ Dinheiro, possibilitando a

participação de mais empresas no

ranking. “Com a análise de mais revis-

tas, mais empresas entraram no levan-

tamento. Foram 600 companhias cita-

das e as análises ficaram ainda mais con-

sistentes”, diz Alexandre Martins, di-

retor da Mídia B.

A pesquisa verificou os conteúdos

das edições e extraiu tudo o que dis-

sesse respeito ao tema Sustentabilida-

de. As matérias foram classificadas

entre os assuntos Meio Ambiente,

Transparência, Relações com os Diver-

sos Públicos e Comunidade. “Foram

dois meses de análise de todo o mate-

rial clipado, cerca de 1000 páginas edi-

toriais”, completa Martins.

Segundo Rodrigo Manzano, Dire-

tor editorial de IMPRENSA, o ranking

não revela quais empresas são mais

sustentáveis, mas sim as companhias

que melhor trabalham sua imagem di-

ante dos formadores de opinião, en-

tre eles as redações. “Trata-se de uma

iniciativa pioneira e exclusiva que põe

foco na capacidade de multiplicação

que os meios de comunicação têm”,

afirma Manzano.

Com relação aos anos anteriores, a

grande novidade do levantamento é

que ele mostra o desempenho de se-

tor a setor, tais quais Telecomunicações,

Serviços Públicos, Papel e Celulose, Mi-

neração e Comércio Varejista, entre

outros.

E, fato inédito desde o primeiro

ranking, uma empresa do setor vare-

jista alcança o primeiro lugar geral: tra-

ta-se da rede Walmart. Em 2009, o

primeiro lugar foi para a Indústria (com

As empresas mais sustentáveisa Microsoft) e, em 2008, para Servi-

ços (com o Banco Real).

Outros destaques deste ano são:

Natura (2º lugar geral e 1º no setor Far-

ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMOIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Native 100.227 3o

2o Coca - Cola 64.977 7o

3o Agropalma 22.625 22o

4o AmBev 18.338 27o

5o Cadbury 10.795 44o

ATACADO E COMÉRCIO EXTERIORComércio

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Cosan 7.323 63o

2o Caloi 3.853 93o

3o Haworth 2.075 125o

4o Ipiranga 1.898 133o

5o Essilor 706 242o

AUTOMOTIVOIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Caterpillar 38.031 13o

2o GM - General M 28.407 15o

3o Volkswagen 26.595 16o

4o Renault 22.246 23o

5o Fiat 20.518 25o

COMÉRCIO VAREJISTAComércio

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Walmart 129.294 1o

2o Pão de Açúcar 15.710 35o

3o Surf Works 6.146 70o

4o Starbucks 5.548 78o

5o Mc Donald’s 4.503 85o

CONFECÇÕES E TÊXTEISIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Hering 1075 184o

2o Ice Breaker 967 190o

3o Gatos de Rua 934 192o

4o Havaianas 738 236o

5o Brooks 379 300o

CONSTRUÇÃOIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Ecoesfera 5.790 75o

2o Kitson & Partner 4.018 90o

3o Odebrecht 1629 145o

4o Advento 1.601 147o

5o Promon 1.172 170o

ELETROELETRÔNICOIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Whirlpool 17.724 29o

2o Nokia 12.344 39o

3o GE - General Ele 9.878 49o

4o BSH 6.001 72o

5o Motorola 3.482 99o

macêutico, Higiene, Cosméticos e Lim-

peza), Native (3º lugar geral e 1º em

Alimentos, Bebidas e Fumo), Suzano

Papel e Celulose (4º no geral e 1° em

Rankings setoriais da pesquisa Sustentabilidade na Mídia 2010

Papel e Celulose), além de Tetra Pak,

também do setor de Papel e Celulose,

que ficou em 5º lugar geral. Veja, abai-

xo, os resultados do levantamento:

Fonte: Thaís Naldoni - Portal IMPRENSA

FARMACÊUTICO, HIGIENE,COSMÉTICOS E LIMPEZA

Indústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Natura 107.672 2o

2o O Boticário 7.616 61o

3o Laborátorio Sabi 5.005 82o

4o Dasa Diagnóstic 4.059 89o

5o Kimberly-Clark 3.490 98o

MATERIAL DE CONSTRUÇÃOIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Votorantim 9.358 51o

2o Camargo Corrêa 9.284 52o

3o Cerâmica Luara 8.526 57o

4o Solarium Revesti 3.112 105o

5o Masisa 1.433 154o

SERVIÇOS DE SEGUROSServiços

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Porto Seguro 4.418 86o

2o Mapfre 1.817 135o

3o Icatu - Hartford 1.220 166o

4o Sul América 1.106 178o

5o Allianz Seguros 339 318o

MINERAÇÃOIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Vale do Rio Doce 45.226 10o

2o Brenco 2.645 110o

3o Estação Resgate 918 197o

4o Anglo American 406 290o

5o Sama 110 420o

PAPEL E CELULOSEIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Suzano Papel e Celulose99.803 4o

2o Tetra Pak 82.657 5o

3o Aracruz 15.772 34o

4o International Paper 2.959 107o

5o Vitopel 2.444 116o

PLÁSTICOS E BORRACHASIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Lego 4.735 84o

2o Michelin 410 289o

3o Estrela 378 301o

4o Goodyear 322 323o

5o Poly Blo 254 350o

QUÍMICA E PETROQUÍMICAIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Monsanto 58.803 8o

2o Petrobras 26.228 17o

3o Chevron 18.033 28o

4o TerraCycle 8.705 54o

5o Exxon 5.656 77o

MECÂNICAIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Weg 12.128 40o

2o Dedini 344 316o

SERVIÇOS DE TRANSPORTEServiços

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o TAM 6.223 69o

2o IdleAire 837 205o

3o Infraero 552 262o

4o Continental Airlin 337 320o

5o Grupo Libra 182 383o

SERVIÇOS DIVERSOSServiços

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Unimed 13.164 38o

2o McKinsey 10.947 43o

3o Editora Mol 10.217 48o

4o Cavo 9.492 50o

5o ABC - Publicidad 9.052 53o

SERVIÇOS FINANCEIROSServiços

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Santander 46.707 9o

2o Bradesco 29.507 14o

3o Itaú 23.878 18o

4o Unibanco 21.002 24o

5o Banco do Brasil 13.276 37o

SERVIÇOS PÚBLICOSServiços

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Ecotricity 17.507 30o

2o ECT - Correios 10.579 45o

3o Sabesp 8.641 55o

4o Green Ocean En 8.429 58o

5o AES 7.950 59o

SIDERURGIA E METALURGIAServiços

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o Usiminas 69.525 6o

2o Alcoa 38.980 11o

3o Arcelor Mittal 22.936 20o

4o Brasilata 6.082 71o

5o Tecsis 3.426 100o

TECNOLOGIA E COMPUTAÇÃOServiços

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o IBM 38.606 12o

2o Microsoft 23.434 19o

3o HP 22.921 21o

4o Google 11.191 42o

5o Chemtech 7.746 60o

TELECOMUNICAÇÕESIndústria

Posição Companhia Posiçãono setor Geral

1o GVT 11.841 41o

2o Claro 10.457 46o

3o Oi 6.782 67o

4o Telefônica 5.189 81o

5o Vivo 3.182 104o

Page 21: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 21brasil >>>

Brasil inicia preparativos para a Rio+20O Brasil iniciou oficialmente no

último dia 7 de junho os preparativos

para sediar a Conferência das Nações

Unidas sobre Desenvolvimento Sus-

tentável - a Rio+20. A presidente Dil-

ma Rousseff assinou decreto criando

órgãos considerados fundamentais

para a realização do evento, em junho

de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.

Foram criados a Comissão e o Co-

mitê Nacional de Organização da con-

ferência e uma Assessoria Extraordi-

nária, no âmbito do Ministério do

Meio Ambiente, dedicada ao tema.

A assinatura do decreto ocorreu

em solenidade no Palácio do Planalto,

com a presença dos ministros, gover-

nadores, senadores, embaixadores e

do subsecretário-geral do Departa-

mento Econômico e Social da ONU

Logotipo do evento Rio+20, queserá realizado no Rio de Janeiro emjulho de 2012 - 20 anos depois daECO-92

peito de uma trajetória, de um com-

promisso, mas, também, que seja um

'diálogo' com o futuro, no sentido de

que o mundo possa traçar um 'cami-

nho' para os sete bilhões de humanos

que vivem no planeta", declarou a pre-

sidente.

Convidado especial do evento, Sha

Zukang se disse "honrado em partici-

par deste evento nacional, mas de sig-

nificado internacional". O representan-

te da ONU agradeceu o País por se-

diar a conferência e destacou que o

Brasil já é considerado um exemplo

mundial em questões ambientais. "A

Rio+20 vai renovar os compromis-

sos feitos em 1992 [quando o tema

'desenvolvimento sustentável' foi tra-

tado pela primeira vez, durante a

ECO-92]", acrescentou.

A ministra Izabella Teixeira lem-

brou que a assinatura do decreto dan-

do o pontapé oficial da preparação

para a conferência da ONU aconte-

ceu no momento em que o Brasil ce-

lebra a Semana do Meio Ambiente -

que ocorreu de 2 a 10 de junho. "Da-

qui um ano, estaremos em plena

Rio+20", risou.

Os órgãos criados para a Rio+20

serão presididos por ministros e fica-

rão responsáveis pelo planejamento,

pela articulação e organização do even-

to. A Assessoria Extraordinária coor-

denará a elaboração de estudos que

subsidiem a formação das posições

brasileiras nos principais temas da con-

ferência, especialmente 'economia ver-

de' e 'governança internacional para o

desenvolvimento sustentável'.

e coordenador da Rio+20, Sha

Zukang. "Meu governo fará todo em-

penho para que a Rio+20 não seja só

uma autoconsciência brasileira a res-

O Brasil alcançou pela primeira

vez, em junho, a potência de 1 giga-

watt (GW) de energia elétrica gerada

nos parques eólicos instalados, princi-

palmente, nas regiões Nordeste e Sul

do país. De acordo com a Associa-

ção Brasileira de Energia Eólica (ABE-

Eólica), o potencial, suficiente para

abastecer uma cidade com população

com 1,5 milhão de habitantes, é pro-

veniente do funcionamento de 51 par-

ques eólicos, distribuídos por nove es-

tados.

Mas o potencial nacional para ener-

gia limpa vinda dos ventos poderia ser

bem maior se os custos para instala-

ção das torres e do sistema de distri-

buição fossem menores e houvesse

ainda mais incentivos públicos.

A expectativa da ABEEólica é de

que, até 2013, a matriz energética bra-

sileira receba 5,3 GW gerados por tur-

binas movidas por ventos. Os investi-

mentos devem ultrapassar os R$ 25

bilhões e serão feitos pela iniciativa

privada, através de incentivos dados

Brasil alcança marca de 1 gigawatt de potência instalada de energia eólica

pelo governo federal pelo Proinfa

(Programa de Incentivo às Fontes Al-

ternativas de Energia Elétrica). Estão

em construção atualmente outras 36

usinas eólicas, com capacidade de ge-

rar mais 1 GW, e que devem operar

ainda este ano.

ATRASO

Porém, o número ainda é baixo se

comparado a outros países emergen-

tes como China e Índia, que desde 2010

estão entre as cinco nações que mais

detêm este tipo de tecnologia, segun-

do o Conselho Internacional de Ener-

gia Eólica (GWEC, na sigla em inglês).

"O Brasil ainda tem um megapo-

tencial para energia hidrelétrica e faci-

lidade para energia térmica. Além dis-

so, a exploração é feita pelas fontes

consideradas mais baratas", disse Pe-

dro Perrelli, diretor-executivo da ABE-

Eólica. O preço do MWh provenien-

te de usinas eólicas tem registrado

constante queda. O valor estava em

torno de R$ 148, mas já caiu para R$

135 o MWh em 2011, segundo a ABE-

Eólica. Entretanto, não se equipara ao

custo da energia elétrica gerada por

hidrelétricas (R$ 115 por MWh).

MAPA

Muitas regiões do país ainda são

pouco exploradas quando se trata da

questão eólica. De acordo com a AB-

BEólica, apenas nove estados brasi-

leiros têm uma ou mais usinas com

turbinas eólicas (Rio Grande do Sul,

Santa Catarina, Paraná, Rio de Janei-

ro, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande

do Norte, Ceará e Piauí). Entretanto,

estados como Mato Grosso do Sul,

Roraima e São Paulo têm potencial

para fornecer este tipo de energia. O

governo de São Paulo já reconheceu

o potencial elétrico dos ventos e en-

comendou estudo à Secretaria de

Energia para verificar quais regiões do

estado podem receber torres eólicas.Fonte: Eduardo Carvalho / ]Globo Natureza

Governo do Estado de Mato

Grosso e a Funai vão assinar acordo

de cooperação para evitar o desma-

tamento e ampliar a proteção dos ín-

dios no entorno do Parque.

Segundo o diretor de promoção

para o desenvolvimento sustentável da

Funai, Aloysio Guapindaia, o órgão

sabe dos problemas que existem no

Parque Indígena do Xingu está completando 50 anos de criaçãoentorno da reserva e reconhece que

são uma ameaça aos índios. O caci-

que Kotok Kamaiurá, de 53 anos, lí-

der da etnia kamaiurá, que vive no sul

do parque, reclama que os índios "já

não conseguem pescar e fazer roça

como no passado" e que não tem

muito o que comemorar. "A gente

sofre muito com o desmatamento,

com as queimadas. O governo ainda

quer construir Belo Monte. Estamos

preocupados."

A antropóloga Marina Kahn, que

trabalha com índios do Xingu há mais

de 30 anos, defende medidas que re-

cuperem a qualidade de vida nas al-

deias. "A preservação do entorno do

parque é fundamental, pois tem efei-

to direto sobre o que ocorre dentro

da área reservada aos índios."

A criação do Parque Indígena do

Xingu é considerada um marco da

política de proteção aos índios. Com

quase 27 mil km² de área, a primeira

grande reserva indígena do País ga-

rantiu a sobrevivência de 16 etnias.

Andrea Vialli, com Agência Brasil

Page 22: jornal meio ambiente

Foto: Divulgação

Muitos golfinhos (detalhe) morrem por causa da poluição

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 22mundo >>>

Ranking indica países mais expostos a catástrofes naturaisPequenas, idílicas e desprotegidas:

Vanuatu e Tonga, ilhas localizadas no

Pacífico, são os dois países mais ex-

postos ao risco de acidentes naturais

trazido pelas mudanças do clima. O

dado consta no novo Relatório de Ris-

co Mundial, um índice criado pelo Ins-

tituto de Meio Ambiente e Segurança

Humana da Universidade das Nações

Unidas, apresentando em Bonn nesta

semana.

O estudo analisou 173 países e con-

siderou aspectos ambientais e huma-

nos, como exposição a catástrofes na-

turais provocadas pelo clima e vulne-

rabilidade social.

O índice também avaliou fatores

econômicos, assim como aspectos

governamentais, todos considera-

dos decisivos para evitar que um

evento natural, como terremoto ou

Ilha de Tonga Ilha de Vanuatu

enchente, se transforme numa catás-

trofe. Segundo o ranking, as Filipinas

são o terceiro país com risco mais ele-

vado.

Na outra ponta da escala, a ilha de

Malta e o Qatar aparecem como lo-

cais menos expostos ao perigo.

Numa escala de cinco níveis que vai

de risco "muito elevado" (grau 5) a

"muito baixo" (grau 1), a situação no

Brasil é tida como de pouco perigo --

grau 4. Já os demais países da Améri-

ca Latina foram classificados como

nações que oferecem risco "muito ele-

vado" ou "elevado".

O lixo plástico na superfície dos

oceanos é uma ameaça mortal para as

baleias e os golfinhos e ainda não foi

estudado pela ciência, segundo um es-

tudo apresentado na reunião da Co-

missão Baleeira, na ilha britânica de

Jersey.

Em 2008, 134 tipos de redes dife-

rentes foram encontradas nos estôma-

gos de duas cachalotes que encalharam

no litoral da Califórnia, Estados Uni-

dos, e que provavelmente morreram

de oclusão intestinal. Em 1999, na ci-

dade de Biscarrosse (sudoeste da Fran-

ça), uma baleia de Cuvier encalhou com

33 kg de plás-

tico no corpo.

Os cetáce-

os, como as

tartarugas e os

pássaros, têm

grande dificul-

dade de digerir

esses dejetos,

cada vez mais

numerosos, in-

dica o estudo

apresentado ao

comitê científi-

co da Comissão Baleeira Internacional

(CBI), viando à reunião de Jersey.

"A ameaça dos dejetos marinhos

Golfinhos e baleias são ameaçados

pelo lixo plástico nos oceanos

de plástico para inúmeros animais

marinhos foi estabelecida há tempos,

mas a ameaça para as baleias e os gol-

finhos é menos clara", considera o au-

tor, Mark Simmonds, cientista chefe da

Sociedade para a Conservação dos

Golfinhos e Baleias (WDCS), uma

ONG britânica. "No entanto, foi esta-

belecido que esses dejetos podem cau-

sar dano aos ani-

mais, seja porque

os ingere, ou por-

que ficam enreda-

dos neles", expli-

cou.

O Programa

das Nações Uni-

das para o Meio

Ambiente (PNU-

MA) destacou em

fevereiro, em seu

informe de 2011,

a forma com que

milhões de deje-

tos plásticos ame-

açam os litorais

devido à utiliza-

ção cada vez mais

importante do

plástico e de taxas

de reciclagem ain-

da fracas.

A WDCS é

favorável que a

CBI assine o

"Compromisso de Honolulu", um pe-

dido internacional lançado em março,

no Havaí, para incentivar os governos,

associações e cidadãos a agir para re-

duzir os dejetos marinhos.

(Fonte: Portal Terra)

Page 23: jornal meio ambiente

JULHO DE 2011 JORNAL MEIO AMBIENTE 23conhecimento >>>

d i c a s l i t e r á r i a s e x p o s i ç õ e s | e v e n t o s | f e i r a s

Fórum Brasileiro e FeiraInternacional de Resíduos Sólidos

Data: 05 a 07 de outubro de 2011

Evento organizado e promovido pelo Instituto Brasileiro para o Desenvolvi-

mento Brasileiro - IBDS, que busca apoiar e acompanhar os atores sociais e os

agentes da cadeia produtiva brasileira na busca pela excelência da gestão da

sustentabilidade, incentivando nas organizações o fomento contínuo da respon-

sabilidade socioambiental.

"Livros não mudam o mundo, pessoas

mudam o mundo, livros mudam pessoas"M. Quintana

ARAUCÁRIA - OLHAR BRASILEIROA FLORESTA DO BRASIL MERIDIONALMARIA CELESTE CORREA, ZIG KOCH

A obra aborda a formação dos pinheirais desde o sur-

gimento do primeiro antepassado da araucária, há 250

milhões de anos, passando pela riqueza da flora e da

fauna, revelando o modo de vida de seus primeiros ha-

bitantes, os índios Kaingang, e delineando a ocupação

do território pelos colonizadores, bem como a explo-

ração comercial da madeira, fator determinante para o

seu quase extermínio.

DICIONÁRIO ILUSTRADO DE MEIO AMBIENTE - YENDISPATRICIA NARVAES

Traz um amplo conteúdo com informações adicionais

e dicas de leitura complementar sobre a natureza e suas

particularidades, podendo ser utilizado como instrumen-

to de conscientização. As soluções e atitudes que pode-

mos ter para garantir o futuro do planeta são simples e

a mudança de hábitos é a principal ferramenta para con-

seguirmos reverter a atual situação. Destinada a estu-

dantes, profissionais da área e interessados no assunto,

esta obra é ricamente ilustrada com mais de 1.000 ima-

gens que tornam as definições dos verbetes mais con-

cretas,- facilitando sua compreensão e fixação.

ESPERANÇA É O BICHOBRINCANDO COM AS PALAVRAS E A BIODIVERSIDADEROGERIO G NIGRO

O Brasil tem uma das maiores biodiversidades do mun-

do. Neste livro, o especialista em biologia Rogério G.

Nigro convida você a descobrir essa riqueza. Unindo

poesia e informação, ele brinca com os significados das

palavras que dão nome aos seres vivos e apresenta bi-

chos e plantas curiosos da nossa natureza.

DVD RIO - CARLOS SALDANHAFOX FILM

Blu é um exótico pássaro de estimação que acredita que

é o último de sua espécie. Mas quando sua dona fica

sabendo sobre Jade, uma fêmea da espécie de Blu no

Rio de Janeiro, eles iniciam a aventura de suas vidas.

Apesar de nunca ter aprendido a voar, Blu torna-se

amigo de um grupo esperto de pássaros da cidade que

o ajudam a encontrar a coragem de abrir suas asas e

seguir seu destino.

XXII Feira Nacional de Saneamento e Meio AmbientePromovida há 21 anos consecutivos pela AESa-

besp - Associação dos Engenheiros da Sabesp, a

Fenasan - Feira Nacional de Saneamento e Meio

Ambiente é hoje consolidada e reconhecida como uma das mais importantes

feiras do setor de saneamento realizadas no Brasil e no exterior. E em caráter

simultâneo com o Encontro Técnico da AESabesp é considerada como o

maior evento do setor na América Latina.

Data: De 01 a 03 de agosto de 2011

Local: Pavilhão Branco - Expo Center Norte, São Paulo-SP

26º Congresso Brasileiro deEngenharia Sanitária e Ambiental

O mais representativo marco nacional do setor que

espera contar com a participação de profissionais das

áreas pública e privada atuantes no setor de saneamento

ambiental em nível nacional e internacional.

Instituição: ABES - Local: Porto Alegre - RS

Período: 25 a 28 de setembro de 2011

EXPOURBANO 2011Data: 22 a 24 de Novembro de 2011

Local: Pavilhão Azul, Expo Center Norte - São Paulo

Site: http://www.expo-urbano.com.br/

Mais informações sobre o evento: O Expo Ur-

bano é uma feira e conferência para a melhoria dos

espaços urbanos. Os principais temas do evento são

Estética, Conforto, Segurança e Recreação de lugares públicos como ruas,

praças, parques, jardins, parques infantis, instalações esportivas, praias, áreas

de lazer e estacionamentos.

A FIMAI - Feira Internacional de MeioAmbiente Industrial e Sustentabilidade

Acontecerá nos dias 8, 09 e 10 de novembro de 2011, no Pavilhão Azul,

do Expo Center Norte, em São Paulo, SP, representa uma mostra

atualizada de opções na área ambiental e possibilita o contato com

os mais importantes especialistas e empresários atuantes no Brasil.

www.fimai.com.br

Page 24: jornal meio ambiente

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