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Jornal do Seixal Jornal do Seixal TÉCNICA OFICIAL DE CONTAS | Constituição de Sociedades IRC / IRS / IVA | Processamento de salários Apoio fiscal e aconselhamento de GESTÃO PROJECTOS DE INVESTIMENTO Av. Resistentes Antifascistas, nº 79 r/c dt - Torre da Marinha • [email protected] • tel/fax 21 221 75 54 Gabinete Técnico de Gestão e Informática, Lda. DUALPOC Director: Jorge Henriques Santos • 8 de Maio de 2011• Quinzenário • Ano V • Nº 109 • Distribuição Gratuita Publicidade Publicidade FESTA DO PS DE SETUBAL NA QTA, DA VALêNCIANA PAG. 13 36º ANIVERSÁRIO DO ALTO MOINHO COM MUITOS PRÉMIOS PAG. 14 Publicidade SEIXAL EM FORÇA NO 25 DE ABRIL PAG.2 FEIRA DO EMPREGO E DA CARREIRA NO RIO SUL PAG. 15 Pág. 3 QUASE A CEM POR CENTO GALA SOLIDÁRIA DA AMORA EM FAVOR DA MISSÃO DO CENTRO PAROQUIAL PÁG. 11 Tratamento de esgotos no Seixal ENTRTEVISTA FRANCISCO NAIA E O CANTO DE INTERVENÇÃO PAG S 4 E 5 LARANJEIRO Laranjeiro Shopping Center, loja 27 Rua Dr. António Elvas,24 (a 50m do metro por cima do minipreço) CORROIOS Rua Associação de Reformados de corroios, 22-B (Rua dos Correios e C.C. Moinho) SITE: WWW.OUROFOSCO.COM | TM: 963 830 242 Compro Ouro , Pratas, Jóias e Cautelas de Penhor 9 Veja pág. 15 10

JORNAL NOVA MORADA 05 2011

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JORNAL NOVA MORADA 05 2011

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Apoio fiscal e aconselhamento de GESTÃO PROJECTOS DE INVESTIMENTOAv. Resistentes Antifascistas, nº 79 r/c dt - Torre da Marinha • [email protected] • tel/fax 21 221 75 54

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ALP

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Director: Jorge Henriques Santos • 8 de Maio de 2011• Quinzenário • Ano V • Nº 109 • Distribuição Gratuita

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FESTA DO PS DE SETUBAL NA QTA,

DA VALêNCIANA PAG. 13

36º ANIVERSÁRIO DO ALTO MOINHOCOM MUITOS

PRÉMIOS PAG. 14

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SEIXAL EM FORÇA NO 25 DE ABRIL

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FEIRA DO EMPREGO E DA CARREIRA

NO RIO SULPAG. 15

Pág. 3

quase a cem por cento

gala solidária da amora em favor da missão do centro paroquial pág. 11

Tratamento de esgotos no Seixal

entrtevistafrancisco naia e o canto de

intervenÇão pags 4 e 5

LARANJEIROLaranjeiro Shopping Center, loja 27Rua Dr. António Elvas,24 (a 50m do metro por cima do minipreço)CORROIOSRua Associação de Reformados de corroios, 22-B (Rua dos Correios e C.C. Moinho)SITE: WWW.OUROFOSCO.COM | TM: 963 830 242

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Actualidade 08 de Maio de 2011| Jornal do Seixal2

Jorge Henriques santos

Toda a vereação e estru-turas sindicais das autar-quias subiram ao palco e

Alfredo Monteiro disse que o 25 de Abril está vivo no Seixal e que os portugueses não precisam do FMI, fez apelos à cidadania à mobiliza-ção e à revindicação do Hospital.

Durante o dia 25 o calendário cumpriu-se dentro do que já se tor-nou tradição no concelho. Sauda-ção aos autarcas pelas bandas de música, almoços de confraterniza-ção com idosos, ciclismo em Fer-não Ferro seguido de espectáculo da Associação dos Redondos.

No 37ª Aniversário do 25 de Abril, em Lisboa, o Seixal marcou também forte presença, com a or-questra dos TOCÁ Rufar, um car-ro alegórico de cada freguesia e um cordão autárquico com a memória do hospital.

Enquanto o Seixal descia a ave-nida, Vasco Lourenço fazia na tri-buna um discurso particularmente forte, contrariando declarações recentes de Otelo Saraiva de Car-valho sobre o 25 de Abril e de Je-rónimo de Sousa sobre a cidadania “salientando por um lado que o 25 de Abril “valeu a pena e continua a valer a pena” e por outro que “a democracia e a cidadania não se esgotam no reduto dos partidos políticos”.

Um discurso cheio de recados dos quais destacamos alguns:

Reafirmando que “que valeu a pena e não estamos arrependidos”. O presidente da Associação 25 e Abril disse que “Não é devido ao 25 de Abril que nos confrontamos com uma lógica de facilitismo e de benefício do interesse privado, em detrimento do interesse público…

“Não foi o 25 de Abril que pro-moveu o individualismo e a espe-culação, que não combateu efi-cazmente a corrupção e a evasão fiscal, permitindo a transferência de activos do sistema público para o sistema privado.

Não foi o 25 de Abril que permi-tiu que o poder económico captu-rasse a maioria dos dirigentes polí-ticos, permitindo a promiscuidade entre o público e o privado, sempre em detrimento do que era público.

Não foi o 25 de Abril que per-mitiu ao poder económico a aqui-sição e o controlo da comunicação social.

Não foi o 25 de Abril que permi-tiu a captura da democracia políti-ca e a estagnação da crítica, o que só favorece o crescente fosso social, entre os que mais têm e os que são cada vez mais pobres e desfavore-cidos.

Não foi o 25 de Abril que provo-cou a colonização do estado e das empresas públicas pelos aparelhos partidários do chamado arco do poder.”

E prossegue “Não está no 25 de Abril a origem do falhanço estron-doso da nossa classe dirigente e dos principais políticos, que continuam a dar um triste espectáculo de guer-rilhas internas e ataques mútuos, incapazes de equacionar os reais problemas do país e de mobilizar os cidadãos para uma resposta adequada.

Não, não podemos culpabilizar o 25 de Abril pela contínua atitude dos responsáveis políticos que, com a sua acção desbarataram a nossa confiança, destruíram esse bem precioso e vêm demonstrando não estar à altura das funções para que foram escolhidos.

Realçando “a perda de confiança dos cidadãos nos seus dirigentes é bem mais perniciosa do que a dívi-da pública!

…A responsabilidade dessa situ-ação não pode ser atribuída ao 25 de Abril.”

Não deixando de sublinhar” A nossa geração foi capaz de resolver a situação. Fê-lo, numa perspectiva global e não geracional.

Também agora, quando os pro-blemas por enormes que pareçam são bem menores, esta geração vai ser capaz de encontrar as soluções.

Não através de uma ruptura vio-lenta, como foi o 25 de Abril, mas através do aprofundamento e do melhoramento das práticas que a Democracia nos permite!

Se a Democracia não é um fim, mas apenas um instrumento, não pode ser vista como o problema.

Ela própria tem problemas, mas os problemas da democracia resol-vem-se com mais democracia.

Por isso, temos de ser capazes de melhorar a nossa democracia, temos de ser capazes de obrigar os nossos representantes no poder político a não se afastarem e a não nos renegarem depois de eleitos.

O eleito tem de ter uma perma-nente preocupação com o que o eleitor quer dele, com os seus an-seios, as suas necessidades. O poder não é do eleito, mas sim do eleitor, que apenas lho outorga tempo-rariamente. Por isso, o eleito não

pode, uma vez escolhido, vender-se a outro qualquer poder, nomeada-mente ao poder económico e finan-ceiro.

Hoje, os eleitos já não represen-tam a sociedade portuguesa, por isso temos de ser capazes de mudar a situação: quer através de uma maior participação nas escolhas, que impeçam que o Presidente da República tenha sido escolhido por menos de 25 por cento dos eleitores, quer através de um maior e melhor controlo da acção dos eleitos. Já se provou que estes não podem ser deixados em “roda livre”, temos de ser capazes de encontrar fórmulas de uma melhor prestação de con-tas, por parte deles, e de um mais eficaz controlo da nossa parte.

É tempo de chamarmos à res-ponsabilidade quem, tendo-a não cumpre os deveres que essa mesma responsabilidade lhe impõe.

Se em 1974, os militares de Abril aceitaram dar o monopólio da re-presentação parlamentar aos par-tidos políticos, … já era tempo de esses partidos políticos saírem do reduto que criaram e dar oportu-nidade a que outras organizações menos burocráticas e pesadas, no-meadamente grupos de cidadãos, possam discutir e concorrer à re-presentação parlamentar.

Temos de ser capazes de fazer frente ao autêntico cambão pra-ticado pelos partidos, com vista a não largarem o monopólio do po-der.

Não tenhamos dúvidas: a cor-rupção, o compadrio, o lobismo corporativo e a abjecta mistura e

dependência entre o poder políti-co e o poder económico/financeiro parasitário – parasitário porque não é produtivo – não são mais do que resultados do sequestro da democracia portuguesa por apa-relhos partidários fechados sobre si próprios que, sistematicamente, procuram inibir a participação po-lítica dos cidadãos e, até, dos seus próprios militantes!

Considero que está nesta profun-da degradação da prática democrá-tica a verdadeira origem da crise nacional que Portugal atravessa.

A mudança que a crise nos im-põe tem de ser uma oportunidade para alterar o que está mal e nos levou ao actual estado de coisas.

Temos de inovar, mais do mesmo

não resolve!Por isso, em 25 de Abril, mais do

que dizer não, temos de dizer SIM!Sim a uma sociedade assente nos

valores de Abril: Liberdade, De-mocracia, Paz, Justiça Social, So-lidariedade.

Onde, além de afastarmos a hi-pótese de nos deixarmos transfor-mar numa colónia de interesses estrangeiros, consigamos eliminar algumas das enormes distorções que a nossa sociedade comporta. Como entender que, enquanto os trabalhadores portugueses ganham bastante menos que os seus homó-logos europeus, se passe precisa-mente o contrário no que respeita a gestores? E, como aceitar que as operações financeiras e a activida-de bancária continuem a não ser devidamente tributadas?

Sem terminar com essas situa-ções, não serão aceitáveis quaisquer novos sacrifícios que venham a ser pedidos ao povo português!

As desigualdades são extraordi-nariamente corrosivas para a so-ciedade. Por isso, repito, sem uma efectiva coesão nacional, não have-rá solução possível!

Com a nossa acção, de todos e de cada um, combatendo o indivi-dualismo e o novo corporativismo, vamos ser capazes de vencer esta crise!

A esperança não nos falta, assim não nos falte a convicção e a for-ça!”

Disse o capitão de Abril, no dia 25/4 de 2011

seixal em forÇa no 25 de abril Jorge Palma e Deolinda fizeram as delicias de uma noite da Liberdade cheia de música alegria e também de interrogações. Alfredo Monteiro apelou à cidadania e dissse que o FMI não fazia falta em Portiugal

1º DE MAIO COM BALAS E CADEADOS

Este ano, o Dia do Trabalha-dor foi marcado pela constes-tação em Setúbal e Lisboa.

Em Setúbal, destaque para diversos feridos na sequência de uma manifestação com cer-ca de 200 anticapitalistas que afirmam ter sido agredidos pela Polícia.

Os manifestantes foram acompanhados pela PSP, ha-vendo a preocupação de evi-tar que se misturassem com o grupo da CGTP. Segundo afir-mam na página da Indymedia, “quando os anticapitalistas deram por terminado o seu protesto no Largo da Fonte Nova, pousaram as suas fai-xas no chão e ficaram por ali a conversar”, surgindo pouco depois “uma carrinha de onde saiu um grupo de polícias que investiram contra um carro que havia participado no pro-testo e, em seguida iniciaram a agressão dos presentes”. Con-forme relatam, “houve dispa-ros de balas de borracha que feriram algumas pessoas e tiros de pistola para o ar”, havendo ainda a denúncia de um dos agredidos a quem a polícia terá disparado com balas reais.

Pingo Doce e Continente fe-chados a cadeado

Em Lisboa, cinco lojas do Pingo Doce e uma do Con-tinente foram fechadas pelos trabalhadores que se recusa-ram a trabalhar no 1º de Maio por remuneração equivalente a dia útil.

A este respeito, recebemos na nossa redacção um comunica-do assinado pela coordenado-ra da CDU (Coligação Demo-crática e Unitária) de Almada, a condenar “veemente todos os ataques aos trabalhadores” e apelando à participação nas comemorações do 1º de Maio da CGTP.

Solidários com os traba-lhadores dos supermercados acima referidos, comunistas e verdes recordaram que a redu-ção do horário de trabalho e o direito a comemorar o 1º de Maio como o dia do Trabalha-dor foram o resultado de uma luta intensa e de muitos sacrifí-cios e condenaram “a ofensiva por parte do Governo PS e dos grandes grupos económicos contra os trabalhadores são mais que muitas”.

Contra “a política de preca-riedade e de baixos salários que deixa os trabalhadores com a corda na garganta, sujei-tando-os a todo o tipo de con-dições para verem aumentado o seu miserável salário, pode e deve ser combatido através da luta e unidade de todos os tra-balhadores numa ruptura com as politicas de direita”, conclui o documento.

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DestaqueJornal do Seixal | 08 de Maio de 2011 3

quase a cem por cento MP ABRE PROCESSO CONTRA TESTEMUNHA

O processo “máfia brasileira” está a decorrer no Tribunal do Seixal sob fortes medi-das de segurança e junta na acusação um total de 24 arguidos

No passado dia 3 de Maio, o Ministério Público (MP) requereu a abertura de um processo-crime por conside-rar falso um testemunho no julgamento de uma alegada rede de extorsão através da prestação de serviços de se-gurança em bares e discote-cas no Seixal.Saliente-se que o processo, também conhecido como “máfia brasileira”, decorre no Tribunal do Seixal sob fortes medidas de segurança junta na acusação um total de 24 arguidos, com a empresa de segurança privada Olho Vivo ao centro.De acordo com o despacho da acusação, elementos des-ta rede terão “aproveitado a constituição da sociedade Olho Vivo para impor aos proprietários de estabeleci-mentos de diversão noctur-na serviços de segurança, criando um sentimento de insegurança e medo para que os mesmos aceitassem a presença de vigilantes indi-cados por aqueles, a troco de quantias monetárias”.As testemunhas da acusação ouvidas negaram ter sido ví-timas de extorsão. Segundo o semanário Sol, o Tribunal ouviu em primeiro lugar o gerente de um bar na Costa da Caparica, que afir-mou ter sido sempre o res-ponsável pela contratação do pessoal da segurança para o espaço.O homem confirmou ainda conhecer um dos arguidos – acusado, entre outros, de crimes de homicídio, segu-rança privada ilegal e seques-tro – e também que recebeu uma proposta por parte de elementos da empresa Olho Vivo para a prestação de ser-viços de segurança. Negou, contudo, ter sofrido qualquer pressão ou coação. Por considerar que este tes-temunho foi “substancial-mente diferente”, estando até “em contradição” com o prestado na fase de inquéri-to, o MP requereu a abertura de um processo-crime por falsidade de testemunho.Também a segunda teste-munha, ouvida na manhã de 3 de Maio – algumas vezes com dificuldade e interferên-cias – por videoconferência a partir do Tribunal de Almada, negou ter sido vítima de ex-torsão

Jorge Henriques santos

A sessão inaugu-ral teve lugar na passada segunda-

feira, dia 2 de Maio, onde compareceram inúmeras personalidades da região numa cerimónia presidida pela Ministra do Ambien-te e do Ordenamento do Território, Dulce Álvaro Pássaro.

Este equipamento fe-cha o ciclo de um vasto conjunto de Estações de tratamento e estações ele-vatórias da denominada rede de saneamento em alta, no concelho do Seixal constitui, consolidando o tratamento de esgotos no concelho a quase 50%. De fora ficam apenas pe-quenas ligações em alguns pontos do concelho, refe-riu o vereador do ambiente e infra-estruturas da CMS Joaquim Tavares, ao Jor-nal do Seixal. Assim como nas áreas de reconversão urbana onde algumas li-gações estão em curso, em fase de conclusão ou pelo menos projectadas, como é o caso de algumas AUGIs em Fernão, segundo disse em declaração exclusiva, para o JS, Carlos Perei-ra, presidente da Junta da Freguesia mais “Augistica” do concelho.

Pela sua dimensão, esta obra é a segunda maior infra-estrutura da SI-MARSUL, empresa con-cessionária da gestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Sanea-mento de Águas Residuais da Península de Setúbal.

Esta ETAR vem tratar as águas residuais de 156 mil habitantes, contribuindo para requalificar o Estuá-rio do Tejo e devolvendo a qualidade de vida à beira-rio, sendo o resultado de um investimento de 17,9 milhões de euros, co-finan-ciados em 3,2 milhões de euros pelo Fundo de Co-esão da União Europeia, no âmbito do “Programa Operacional Temático Va-lorização do Território”, do Quadro de Referên-

cia Estratégico Nacional (QREN).

Construída sob os mais modernos padrões de qua-lidade técnica para estes equipamentos

Esta ETAR está dota-da de um sistema inova-dor para reutilização do efluente tratado que per-mite reduzir o consumo de água potável e utiliza fontes renováveis que con-tribuem para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, tornando-a numa instalação “eco eficiente”, com capacida-de para tratar diariamente 44 mil metros cúbicos de águas residuais urbanas..

Outra inovação é a de que este equipamento está dotado de um sistema de co-geração que permite aproveitamento do bio-gás que é produzido pela própria ETAR e produzir energia eléctrica e térmica através de fontes renová-veis, contribuindo, assim, para a redução de emis-sões de gases com efeito de estufa e a respectiva reconversão energética, permitindo uma auto-sufi-ciência da própria Estação de Tratamento em cerca de 30% do seu consumo de energia.

Despoluição do Tejo

Na sua intervenção, a Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Terri-tório, Dulce Álvaro Pássa-ro, afirmou que “estamos a contribuir para um Tejo mais limpo”, acrescentan-do que esta infra-estrutura,

além de assegurar o trata-mento das águas residuais, acautela outros requisitos ambientais, tais como a reutilização de água ou a produção de biogás.

Dulce Pássaro desta-cou ainda que o Governo vai investir 1,4 milhões de euros na despoluição do estuário do Tejo. O proces-so, iniciado em 2005, visa a construção ou remode-lação de 22 Estações de Tratamento de Águas Re-siduais (ETAR) até 2013, abrangendo 4,4 milhões de pessoas.

Durante o ano de 2011, com a entrada em funcio-namento desta infra-estru-tura, conjuntamente com as ETAR do Barreiro/Moi-ta e da Quinta do Conde, bem como das ETAR de Alcochete, Seixalinho, Afonsoeiro, Lagoínha, Pinhal Novo, Zona In-dustrial da Auto Europa, Cucena, Fernão Ferro, que já se encontram em funcio-namento há algum tempo, cessará a afluência ao es-tuário de águas residuais urbanas sem tratamento adequado.

A cerimónia de inaugu-ração contou ainda com intervenções do Presidente do Conselho de Adminis-tração da SIMARSUL, Arnaldo Pêgo que em jeito de recado deixou um ape-lo às autarquias para que mantenham a sustentabi-lidade do sistema (referên-cia indirecta aos atrasos de pagamento de algumas au-tarquias). Seguiu-se o Pre-sidente da Câmara Muni-cipal do Seixal, Alfredo Monteiro, que salientou o primeiro patamar em que o Seixal fica colocado, no quadro do País em termos ambientais e de tratamen-to de esgotos, aliás situa-ção que pouco depois foi também confirmada por Lurdes Pássaro, quando questionada por uma jor-nalista do Boletim Muni-cipal, sobre a sua opinião acerca do Seixal neste as-pecto, a Ministra referiu que encontrou sempre des-te Município uma grande abertura e disponibilidade de colaborar em todos es-tes projectos, bem como no processo do Arco Ri-beirinho. Em jeito de res-

posta a Arnaldo Pego e vestindo mais a camisola de presidente da associa-ção de Municípios, Alfre-do Monteiro, culpabilizan-do a situação difícil devido à crise, garantiu que a sus-tentabilidade deste sistema não pode de forma nenhu-ma ser posto tanto pelo que já foi feito como pelo que custou em termos de trabalho e esforço para se constituir.

Lurdes Pássaro garantiu também a este propósito que os grandes projectos para a Margem Sul, já pre-vistos e prontos a colocar no terreno, não irão e não podem ser postos em cau-sa, pese o facto de todos os constrangimentos da crise e das medidas de restrição que vão ser impostas, por-que daqui decorre o de-senvolvimento económico da região o qual não pode ser posto em causa. Refe-rindo-se concretamente ao Projecto do Arco Ribeiri-nho Sul e à Plataforma Lo-gística do Poceirão.

Rendas em Protesto

À sessão não faltaram também protestos e um grupo de manifestantes acompanhados pela au-tarca Helena Quinta, de Amora, os quais protes-tavam contra “os aumen-to das rendas sociais, no Bairro da Rosa do Pragal”, em Almada. A questão foi colocada pelos jornalistas à Ministra do Ambiente e ordenamento do Terri-tório que disse, “terem as pessoas todo o direito a manifestarem-se, mas tra-tar-se neste caso de uma situação em que as rendas sociais eram reduzidamen-te baixas e ter havido uma necessidade de actualiza-ção, até para haver equida-de com outras situações de natureza similar no País e na região”.

O Seixal ganhou a segunda maior ETAR construída pela SIMARSUL. Com este equi-pamento o concelho consolida o tratamento de esgotos a quase 100% e concretiza-se um grande contributo na despoluição do Tejo.

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Entrevista 08 de Maio de 2011| Jornal do Seixal4

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Propriedade: Jorge Henriques Santos • Editor: Clube de Jornalismo Margem Sul - A.C.. Contribuinte nº.: 508 908 647 • Director: Jorge Henriques Santos • Redacção: Jorge Santos, Mónica Almeida, Cristina Videira e Rita Santos • Painel de Opinião: Manuel Matias da Silva, Paulo Silva, Filipina Relvas, Nuno Carvalho, Vitor Ramalho, José Augusto e António Brandão Guedes • Direcção Comercial e Administrativa: Ana Freitas • Publicidade: Inês Reis • Paginação: Mónica Almeida • Impressão: Gráfica Funchalense - Morlena - Pero Pinheiro • Tiragem 25.000 exemplares

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃOTEl.: 212257511 - 210992378 - Tm: 96 767 34 40 / 966 217 266 • [email protected]

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francisco naia e o canto de intervenÇão

mónica almeida

Foi numa entrevista inti-mista com Jornal do Sei-xal que Francisco Naia

falou um pouco de si enquanto homem e cantor. Possuidor de alma genuinamente alentejana, parte das respostas deu canta-rolando, fazendo jus ao que se apelida de cantor de Abril, com visível satisfação a recordar cada história, como aquela que viveu no inesquecível dia 25 de Abril de 1974...

Jornal do Seixal – Em que cir-cunstâncias começou a cantar?

Francisco Naia – Para começar a cantar, no geral, é necessário haver qualquer coisa de inato, no entanto, havia qualquer coisa no meu ambiente familiar que me permitia fazê-lo, porque sou o mais novo numa família de nove irmãos e o meu próprio pai era maestro e juntava os filhos para concertos.

Tenho na minha memória al-gumas canções que costumava cantar como “eu sou o pirata da perna de pau. Do olho de vidro. Da cara de mau” e os meus ami-gos davam-me cinco tostões para me ouvir, depois comecei a tocar guitarra...

JS – No final da década de ‘60 foi aluno do Zeca Afonso, mas com ele viria a aprender mais do que a disciplina que ele lecciona-va…

FN – O Zeca foi para Aljustrel para ensinar História porque estava a passar uma fase com-plicada na vida dele, passou um período difícil, uma separação e era uma pessoa muito alegre e comunicativa, as aulas dele eram muito diferentes… Nessa altura cantávamos bastante, o Zeca era um grande candor dos Fados de Coimbra e uma das coisas que ele fez foi aproveitar-se da minha viola para juntar a malta e can-tava, cantava… o pouco tempo que passou em Aljustrel fez toda a gente gostar dele, ouvia-se fa-lar daquele professor que can-tava muito! Depois ele adoeceu, tinha um cansaço muito grande e foi-se embora. Foi toda a gen-te despedir-se dele e o meu pai, que para além de maestro, tam-bém era chefe de Estação - até

tenho uma canção que é “de es-tação em estação no apitar dos comboios…” – atrasou um bo-cadinho os comboios e lá estava aquela gente toda a gritar “Zeca! Zeca! Zeca”!

JS – O Alentejo foi palco de inúmeras lutas. Quais são as gran-des diferenças entre o Alentejo de então e o actual?

FN – Aljustrel era uma ter-ra mineira. Aquela estação de comboios ficava virada para a planície, eu olhava para a janela e via passar um comboio que ia buscar minério e havia diversos vagões espalhados pela linha. O Alentejo que eu conheço é um Alentejo de luta a nível de mi-nas, mas também há o Alentejo de luta nos campos. Lembro-me da PIDE ir buscar os mineiros algemados de comboio, que ti-nham um compartimento pró-prio para os levar para as pri-sões. O Alentejo que recordo é de grande sofrimento, de fome, de cansaço e de um grande des-prezo pelos trabalhadores rurais, malteses, pelos mineiros, era uma coisa muito trágica e também via aquela revolta do meu pai… Te-

nho uma canção que é “da janela do meu quarto espreitando pelas vidraças via seu rosto profundo, na cara profundas marcas”, que é sobre o meu pai.

Dantes, quando íamos ao Alentejo e estávamos apertados da barriga íamos atrás de um chaparro e resolvíamos o proble-ma, hoje corremos o risco de nos picar naquelas cercas de arames farpados.

O Alentejo continua a ser bo-nito, mas tem outro tipo de ha-bitantes, porque as pessoas emi-graram. Com o 25 de Abril as condições de vida das pessoas melhoraram, em Aljustrel, quan-do as minas fecharam, passaram-se muitas dificuldades mas agora as minas reabriram e está uma Vila muito bonita…

JS – As suas músicas são mui-to centradas no Alentejo, do qual guarda inúmeras recordações…

FN – As minhas músicas estão muito ligadas à revolução, pela união, pela democracia, pela li-berdade, foi sempre assim… vivi em três pólos muito difíceis, por-que depois disso e por causa dos meus estudos, vim morar para o

Barreiro. Estava no covil dos lo-bos e vim para o covil dos leões (risos) porque ali no Barreiro as lutas operárias eram qualquer coisa de muito extraordinário.

JS – Onde é que estava no 25 de Abril?

FN – Tinha acabado de vir da Guerra Colonial onde fui passar umas férias, cheguei e nem con-seguia andar de sapatos. Verda-de! (Risos) Mas isto não é pós traumático! Quando se deu o 25 de Abril - eu já sabia que se ia dar porque tinha amigos que estavam no golpe das Caldas – le-vantei-me e ouvi na rádio “Posto Comando das Forças Armadas” e lá fui apanhar o barco. Na al-tura trabalhava em Carcavelos e tinha o carro no Terreiro do Paço. Encontrei um amigo no barco, que é pintor e escultor e fomos juntos para Lisboa. O meu carro era o único que esta-va na Praça do Comércio, junto à estátua do Marquês Pombal – que tinha-o deixado lá no par-que de estacionamento e entre-tanto já toda a gente lá tinha ido buscar os carros, eu não porque vivia no Barreiro. Já lá estava a

tropa do Salgueiro Maia e repa-rei num soldado que estava com o carregador na mão e eu disse-lhe “mas isso não tem balas nem tem nada” e ele respondeu “sei lá! Isto tem uma mola aqui” e eu expliquei-lhe “oh homem, tu não vês que isto se faz assim…”.

Resumindo e concluindo: eu no 25 de Abril, de manhã, estava na Praça do Comércio cercado de tropa por todo o lado, mani-festei a minha satisfação pelo que estava a passar, ofereci os meus préstimos, eu e o outro moço, mas não precisaram, peguei no meu carro e fui para a Faculdade de Letras – onde estava a acabar o curso – depois comecei a viver o 25 de Abril, peguei na minha guitarra e nessa noite já andava no Barreiro a tocar.

JS – O Francisco é licenciado em Filologia Germânica. O que é que tem feito estes anos em ter-mos profissionais?

FN – Casei um ano antes de ir para a tropa, passado um ano a minha companheira foi para lá e nasceu um filhote. Quando vim da tropa era uma espécie de tra-dutor nas cargas e descargas dos navios petrolíferos e quando ter-minei o curso surgiram melhores oportunidades e num dado mo-mento tornei-me professor. Por exemplo, nesta terra fui profes-sor por quatro anos – na Escola Paulo da Gama - e fui colega do Alfredo e de muito pessoal que anda a controlar isto tudo (ri-sos).

JS - Esse era o seu sonho?FN - O meu grande sonho era

ser cantor lírico, de obra, mas nestas circunstâncias era sempre muito difícil, gostava muito de ter ido estudar para Itália.

Estou jubilado como professor há seis meses e agora tenho-me dedicado à música, estou a pre-parar um próximo disco, num novo projecto…

JS – Lírico?FN – Não, entretanto dediquei-

me à música popular e tradicio-nal e trabalho com grupos que vou conhecendo e seleccionando. Tenho tido vários projectos...

JS – Quando é que gravou o pri-meiro disco?

“as minHas músicas estão muito ligadas à revoluÇão, pela união, pela democracia, pela liberdade, foi sempre assim”

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EntrevistaJornal do Seixal | 08 de Maio de 2011 5

COMO SE TIVESSE

QUATRO ANOS

Acontecem coisas neste concelho que por tão instituídas, parecem normais para todos, mas não consigo perce-ber.Uma delas aconteceu no espectáculo do 25 de Abril quando após ter visto um repórter de fora do concelho na zona de baias que protegem o palco, questionei um dos seguranças se aí podíamos ter acesso. O segurança dirigiu-se a dois técnicos superiores da Câmara colocando a questão e de imediato foi respondido que não. Regresso para o meio da multidão e logo de seguida vejo lá o mesmo re-pórter e com ele um dos fotógrafos da autarquia. Voltei ao segurança e pedi para me chamar os responsáveis que tinham dado essa ordem, para me explicarem (como se tivesse quatro anos) quais eram os critérios. Surgiu entretanto a vereadora Vanessa Silva a quem coloquei a questão e foi ela própria chamou os técnicos e natu-ralmente, deram-me a mim e a outros acesso ao local.Porém, foi logo dada recomendação pelos seguranças que “ali fotos só sem flash”. Ok mas cinco centímetros atrás quem tinha câmara e quizesse, disparava quantos “ciks e fashs” qui-sesse. Mas não ficou por aí, mesmo sem flash, passadas quatro ou cinco músicas, veio outro segurança dizer que “a partir da próxima música não há mais fotos”. Do outro lado da pa-liçada quem quisesse e entendesse continuou naturalmente a fotografar, como entendeu…Nunca nos pareceu que algum artista, de maior ou menor nomeada, mani-festasse qualquer incómodo em ser fotografado, seja pelos profissionais das várias áreas da comunicação ou pelo próprio publico… Não percebo de onde vêm este tipo de ordens e muito menos a vantagem que seja quem for possa beneficiar com elas…Outra perplexidade, e não me vou pro-nunciar publicamente sobre os critérios editoriais do Boletim Municipal, como também não faço sobre os critérios dos outros jornais. São critérios que a razão de cada editor, chefe de redacção ou director, sabe e conhece. Mesmo que algumas possam parecer “razões que a própria razão desconhece”. Porém fico perplexo quando verifico que a autar-quia municipal teima a enviar repórteres de imagem a várias iniciativas, quando antevemos à partida, pelo seu próprio enquadramento, que não irão ser ob-jecto de notícia no órgão municipal… Parece dispêndio desnecessário de re-cursos. Ou sou eu que não percebo…

Jorge Henriques SantosJornalista/Director

FN – Gravei o primeiro dis-co quando saí da tropa, que se chamava “Barco Novo”. Fui ao Zip-Zip (programa televisivo) e cantei estas canções todas. Uma delas tinha um verso “Barco novo traz heróis recolhidos nos porões. A vida fechou-lhe as portas sob o chumbo dos caixões” e disse-ram “não cantas este verso”. A anotadora olhou para mim e eu “canto, não canto”, mas cantei e aquela malta, o público, levan-tou-se todo, foi uma coisa por demais… era acerca do barco em que vim e que trazia caixões com os mortos da Guerra Colonial e eu senti muita revolta…

Depois, tinha de ser feito com muito cuidado, mas andei a can-tar com o Zeca, o Adriano, o José Jorge Letria, o José Fanha, o Fanhais e andei com essa malta toda a fazer resistência ao Re-gime, nós fomos os cantores de Abril. Depois veio o PREC com novos cantores, o Carlos Alberto Moniz, o Júlio Pereira, a Sheila, era malta fixe…

JS – Fez na sua maioria edições de autor ou teve editoras a apostar em si?

FN – Comecei com a editora RCA, onde estavam vários canto-res e comecei a gravar na mesma altura que o Jorge Letria e onde estavam vários cantores, como o Mário Piçarra e a Tonicha. Gra-vei aí quatro ou cinco discos e depois convidaram-me para ir para outra editora, a Sasseti e tive outro contacto da editora Imavox, ligada ao Rádio Clube Português, onde lancei um LP e depois dessa editora voltei à Sas-seti. Em ’73, ’74, saiu um disco meu chamado “Cá Prá Gente”. Aconteceu que quando se deu o

25 de Novembro estavam a tocar uma canção de um disco meu que era “Amigo do meu amigo és como és mesmo que caminhes arrastando os pés”. Eles ocu-param a estação e quando reini-ciaram voltaram a pôr a mesma música e fiquei chateado porque fiquei associado a uma coisa com a qual nem con-cordava. Com o surgimento da música enlatada, nós fomos dei-xando de gravar. Depois gravei mais dois LP’s, o Fausto gravou “Por Este Rio Acima”, gravei um single e de-pois calei-me. Fi-quei uns 20 anos sem gravar e há uns três, quatro anos atrás, vol-tei a gravar um disco chamado “Cantes d’além

Tejo”, onde tenho uma cantiga chamada “A Moda dos Compa-dres”, que passa mais nas rádios locais. Este meu disco anda para aí, se for à net até o pode ouvir.

JS – Entretanto saiu o seu tra-balho mais recente…

FN – Em 2009, 2010, fiz um novo disco – sempre ligado ao Alentejo e Aljustrel esteve sem-pre na baila porque eu nasci na Estação de Ourique Gare – que se chama “De Sol a Sul”. Tive a colaboração de vários músicos, fizemos diversos concertos com o mesmo nome e corremos o País de Norte a Sul. Entretanto fiz uma intervenção cirúrgica, recu-perei e vim com outra dinâmica. Agora estou a preparar um disco de percurso, onde vou cantar te-mas do Alentejo com outros tra-dicionais pesquisados e tratados por nós e que se chama Francis-co Naia e a Ronda Campaniça.

JS – Um trabalho que vai ser apresentado em Corroios!

FN – Dia 14 vamos fazer um concerto na Casa do Povo de Corroios, inicia pelas 21 horas, onde temos uma parte vocal, cantamos todos!

JS – Tem vindo a cantar mais a Sul, por motivos óbvios. E a Nor-te?

FN – Em Trás-os-Montes já fiz umas coisitas, no Minho, na Ga-liza e no Porto. Depois Coimbra, Leiria, mas não tenho ido muito ao Norte… Também tenho cor-rido o Mundo a cantar, estive na Madeira e em vários países da Europa, nos Estados Unidos, no Canadá, nas Canárias… Mas como era professor e tinha os filhos, estava um pouco preso,

porque nessa altura havia con-vites para todo o lado, o público gostava muito da música revolu-cionária alentejana!

JS – E entendiam?FN – Entendiam pois! E depois

havia os tradutores! Eu felizmen-te canto alentejano, faço as vozes todas do canto… agora com a Ronda Campaniça já tenho con-vites para o Canadá e o disco só deve sair em Setembro, Outu-bro, talvez na altura da Festa do Avante…

JS – A Campaniça (viola) este-ve inclusive em vias de extinção…

FN – Sim e eu fui um grande fomentador da viola Campaniça, houve realmente quem tenha fei-to muito por ela em Castro Ve-lho e a trouxeram para cantar em concertos. É uma viola de arame, feita rudemente, rusticamen-te, sem grande perfeição, mas hoje em dia já há construtores de violas a fazê-las com grande perfeição. E talvez neste meu úl-timo disco se tenha descoberto a Campaniça não tão básica, mas voltada para sonoridades que o Ricardo Fonseca conseguiu de-senvolver.

JS – Recentemente esteve no concurso de interpretações “Ve-nham mais Cinco”, com músicas do Zeca Afonso, uma iniciativa do Jornal do Seixal. Que balanço faz do evento?

FN – Acho que o próximo cer-tamente terá mais apoios, porque notei que fizeram um trabalho

muito interessante, faltaram al-guns apoios mas isso não vos assustou. E quando quem deve apoiar não apoia, eu apoio sem-pre! Foi o caso aqui, quando me convidaram vim com todo o pra-zer porque sabia que era impor-tante trazer projectos de vários géneros a cantar o Zeca. Para o ano, talvez não seja má ideia pen-sar no Zeca Afonso ou no Adria-no Correia de Oliveira… Todos os que estiveram ali foram de grande qualidade, dentro dos di-ferentes géneros de música. Aqui tivemos uma coisa que parecendo em ponto pequeno foi algo muito grande e eu, sendo amigo pessoal do Zeca e cantor de resistência, considerei o evento grandioso, uma homenagem muito cordial ao Zeca e tenho muita pena que não se tenha apoiado vivamente a iniciativa.

JS – Vou-lhe pedir uma mensa-gem final…

FN – Começo por desejar feli-cidades ao Jornal do Seixal, gosto dele e vou visitá-lo à internet com frequência. Desejo felicidades ao corpo redactorial que sei que é com sacrifício que fazem as coi-sas. Desejo felicidades à progres-são da iniciativa “Venham mais Cinco”, que foi um acontecimen-to feliz no Concelho e as pessoas foram muito acolhedoras.

Aos leitores penso que devem acompanhar o Jornal do Seixal, que fala das coisas que importam e que está atento ao que se passa. É um Jornal local e popular, mas tem abrangência. Não desistam!

Francisco Naia nasceu na Estação de Ourique–Gare, onde o seu pai era chefe do posto ferroviário. Partiu para Aljustrel em criança, onde viria a tomar contacto com os mineiros e a sua luta por melho-res condições de vida. Porque os estudos assim o exigiram, aterrou anos mais tarde no Barreiro, mais um destino marcante pelas lutas operárias que ali se travavam e que “eram qualquer coisa de muito extraordinário”.

Aluno de José Afonso em Aljustrel foi com o andarilho que teve contacto com uma forma de estar na música, através das canções e dos fados de Coimbra que Zeca ia cantando, compondo e improvisan-do nos momentos de convívio.

Sócio fundador da Associação José Afonso, da Associação Alma Alentejana em Almada e do Centro de Estudos Documentais do Alen-tejo em Alcácer do Sal, Francisco Naia sempre teve forte ligação ao Alentejo e à música, já que para além de ferroviário, o seu pai era também maestro e compositor. Para além disso, é também primo da cantora Tonicha.

Licenciado em Filologia Germânica, acabou por seguir carreira como docente, da qual se aposentou recentemente, tendo agora maior disponibilidade para se entregar a novos projectos musicais.

No próximo dia 14 de Maio, Francisco Naia sobe ao palco da Casa do Povo de Corroios onde irá apresentar o seu trabalho mais recente com a Ronda Campaniça.

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editorial

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Opinião 08 de Maio de 2011 | Jornal do Seixal6

Era um adolescente quan-do Portugal aderiu à União Europeia. Anali-

sando friamente os tempos que decorreram desde essa adesão facilmente vislumbro as nefastas consequências dessa adesão.

Recordo-me que antes da ade-são estava previsto no concelho do Seixal a ampliação da Siderur-gia Nacional. O objectivo da am-pliação era que Portugal passasse a produzir os produtos siderúr-gicos que necessitava, passando a ser auto-suficiente. Lembro-me que toda a maquinaria necessária à ampliação da Siderurgia Na-

cional estava adquirida, faltava apenas começar a obra. Era, sem dúvida, uma medida que iria criar centenas ou milhares de postos de trabalho. Mas, com a adesão de Portugal à União Europeia tal medida foi abandonada. Disseram na altura que foi uma imposição da União Europeia, porquanto a União Europeia era auto-sufi-ciente em termos siderúrgicos... E Portugal para entrar não podia fazer concorrência às siderurgias do norte da Europa!

Em consequência de tal impo-sição, aceite pelo PS/PSD e CDS não só a maquinaria adquirida foi vendida como se fosse sucata, como Portugal passou a importar grande parte dos produtos side-rúrgicos que necessitava e cente-nas ou milhares de Portugueses continuaram sem emprego...

Mais tarde os senhores da Eu-ropa verificaram que a Europa continuava excedentária em pro-dutos siderúrgicos e por isso a Europa, mais uma vez, impôs a Portugal a redução da capacidade produtiva na Siderurgia do Seixal

e mais uma vez o PS/PSD e CDS aceitaram essa imposição. Em consequência da mesma não só Portugal ficou mais dependente do Estrangeiro, como centenas de habitantes deste concelho foram despedidos ou precocemente re-formados.

E abro aqui um parêntese para relembrar que se hoje o PS/PSD e o CDS querem aumentar a idade da reforma acenando com o “pa-pão” da falência da Segurança Social, nos anos 80 e 90 os Gover-nos do PS/PSD e CDS obrigaram milhares de Portugueses a refor-marem-se quando ainda tinham muitos anos de idade activa, ou seja o PS/PSD e CDS há alguns anos atrás obrigavam a reformar-se quem não queria se reformar e agora querem tirar esse direito a quem o merece!

Mas não foi só no Seixal que, em consequência da adesão de Portugal à União Europeia, houve destruição do aparelho produtivo, essa destruição acon-teceu em todo o País, pois em consequência da adesão à União

Europeia fecharam centenas de fábricas. A nossa frota de pescas foi destruída – A Europa pagava para abaterem as embarcações. A nossa agricultura foi dizimada – A Europa pagava aos agriculto-res para não produzirem.

E o PS/PSD e CDS sempre aceitaram todas as imposições da Europa e enquanto Governo puseram em prática politicas que destruíram o nosso aparelho pro-dutivo.

Em consequência dessa politica desastrosa, hoje não temos indús-tria, não temos pesca e não temos agricultura. Mas temos desem-prego! Muito desemprego…

Os mais de 700.000 desempre-gados deste País podem pois agra-decer ao PS/PSD e CDS a difícil situação em que se encontram, porquanto a mesma é a conse-quência da desastrosa politica de direita que foi desenvolvida pelos sucessivos Governos do PS7PSD e CDS.

O desemprego só se resolve com a criação de postos de traba-lho e para a criação de postos de

trabalho é preciso por Portugal a produzir. Curiosamente o PCP é a única força politica que defende o aumento da produção nacional como caminho para sair da crise!

É pois necessário uma nova po-lítica que crie as bases para um desenvolvimento sustentável; uma nova politica que tenha como ob-jectivo a melhoria das condições de vida da população portuguesa, que defenda a produção nacional, que coloque Portugal a produzir, pois só assim se criará emprego. É pois necessária uma politica patriótica e de esquerda há muito defendida pelo PCP e que hoje é a única saída para a grave crise em que se encontra Portugal.

Assim no próximo dia 5 de Ju-nho o único voto que conta é o voto na CDU como medida ne-cessária a uma nova politica que afirma o valor estratégico da pro-dução nacional para a criação de emprego, que combata a depen-dência externa e que defenda o desenvolvimento, a soberania e a independência nacional.

1 Numa cena de um filme de François Truffaut, realizador

do inesquecível “O Último Metro”, dois amigos cruzam-se no centro de Paris. Diz um para o outro: Pá, devo-te 100 francos, não devo? Cla-ro que deves – responde o compa-nheiro. Então, chuta daí mais cem e passo a dever-te 200. Uns meses depois, voltam a encontrar-se. Meu, devo-te 200, não devo? Isso mesmo, assentiu o outro. Bom, empresta-me mais 100 e fico a dever-te 300. Uns tempos mais tarde, os caminhos de ambos voltam a encontrar-se. Lou-is, acho que te devo 300 francos… Não, não, não deves nada, mesmo nada! – responde-lhe o amigo.

Quem deve tem que dar à perna para saldar a dívida, mas o credor tem que fazer pela vida e criar con-dições para que lhe seja possível recuperar o que lhe é devido. Os nossos negociadores, se é que os houve, bem poderiam ter-se valido destes ensinamentos simples mas de reconhecida robustez. O caminho chama-se renegociação. Oh pá, só posso pagar-te parte do que te devo quando receber o subsídio de Na-tal, não é?

2. A comunicação do Pri-meiro-Ministro ao país, na noite de terça-feira, foi

simplesmente patética. Tomou-nos por papalvos. Não é que nos vem dizer o que não aconteceu na reu-nião com o triunvirato e não o que ficou acertado, ou melhor, o que foi obrigado a aceitar? Quando se despediu, com um ministro como adereço ao lado, apenas duas per-guntas, duas simples perguntas se impunham a todos nós: qual o montante do empréstimo que nos concederam e que condições decre-taram para o pagamento.

Já viram um qualquer de nós a fazer um relatório de uma qual-quer reunião e começar por dizer: na reunião não se passou isto, não nos obrigaram ao que se pensa-va, não nos impuseram aquilo… Foi de um ridículo descabido. Em Portugal, pouca gente tem motivo para rir, menos ainda quando go-vernantes se apresentam como ani-madores de circos dúbios.

3. No dia seguinte, soube-mos que o empréstimo as-cende a 78 mil milhões de

euros. A imprensa da especialidade noticiou, também, que um naco razoável dessa soma astronómica, qualquer coisa como 12 mil mi-lhões, vai direitinho para os ban-cos. Estes, lembre-se, que, apesar da propalada crise, continuam a ensacar milhões de lucro todos os meses. São dados oficiais, de que eles se orgulham.

Aliás, nunca o governo faltou com dinheiro aos amigos de “clas-

se”: 1,4 milhões para Carlos Bar-bosa, do ACP, para brincar aos ra-lis; 1 milhão para esse benemérito da cultura nacional, de sua graça João Berardo, que viu uma parte do Centro Cultural de Belém ser-lhe cedida para mostrar a eventu-ais compradores a sua colecção de arte; 1,3 milhões para António de Sousa, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (esta faz-me rir); 1,2 milhões para João Lagos, um promotor de eventos tão im-pulsionadores do desporto em Por-tugal como o “Open” do Estoril.

Junte-se a esta beneficência uns milhõezinhos distribuídos pelas fundações que pululam de norte a sul do país (gente do governo afir-mou publicamente que nem sabe quantas são!), mais os mil milhões dos dois submergíveis que nos fa-zem uma falta do caraças e que puseram um ex-ministro a contas com a justiça, e mais o dinheirame enterrado no TGV, que está em-bargado mas continua a andar por artes mágicas.

Não se julgue, porém, que esta paixão cega pela filantropia só toca o governo: os “amiguinhos” dos partidos à sua direita, embora os naturais arrufos de quem se quer bem, são da mesma igualha. Diz o passado e diz o presente, como se viu nesta fenomenal encenação FMInesca.

4. A representação da nossa imprensa neste circo, onde deveria teria assumido se-

riedade e competência, seguramen-te duas qualidades tão necessárias

à função, ainda que arredias nos dias que correm, foi deplorável, coisa que pelo anterior ninguém se admira. Nos jornais, nas rádios, nos meios electrónicos, abrilhanta-dinhos, engravatadinhos, alinha-dinhos, lindinhos, certeirinhos no esguicho para o penico, coloquian-do num português anglo-saxónico, está bem de ver, casta à parte, es-canções das artes e das fortunas, donos do mundo, semelharam como duas metades de zero os senhores belmiros e afins que lhes dão a nota ao fim do mês.

A linguagem igualzinha à das ditas agências ditas de rating, Fi-tch, Moody´s e Stand and Poor’s, deixou-me de boca aberta. Dou-tores a falar. Génios a engendrar. Bolovidristas a futurar. Bons de cabeça. Bons do passa a ferro. Bons nos modos. Bons nos olhos na pantalha. E troika para aqui e trioka para acolá, num alinhadíssi-mo russismo pacóvio, que o genu-íno triunvirato (associação de três cidadãos poderosos para açam-barcar a autoridade, segundo o dicionário Priberam), substituiria a contento a bem da compreensão do povo e da clareza das intenções. Vezes houve em que os ouvintes ou espectadores de sofá os confundi-ram: jornalistas, comentadores, analistas, empregados dos raitings, extensões do governo, ratos do po-der… Sabe-se lá!

Refresquemos a memória aos calça e casaco de gravata ao pes-coço, sinal de casta, e aos que têm que lidar, a bem ou a mal, com a

nossa inconfundível comunicação social: “A imprensa tem respon-sabilidades perante o público que a paga e não pode transformar-se em joguete do poder político. Tem de manter-se como órgão de escla-recimento, de formação de consci-ências que impeçam a todo o custo a formação de formas monolíticas de pensamento erigidas em verda-de oficial, porque rapidamente nos tornaríamos numa multidão mas-sificativa pronta para o abate ou para ser amestrada (Luísa Costa, Encontro dos Conselhos de Im-prensa Europeus, Lisboa, 1980). Cá estamos outra vez no circo: abate ou amestramento. Escolhe-mos ou pomo-nos finos. Não há outra opção.

5. A minha tia, que desliza agradavelmente para os noventa, e multiplica o sa-

ber daquilo que os anos lhe foram ensinando, conta que havia na al-deia uma família falha de posses e, para mais, com pai somítico. Se hoje não ceardes -disse ele aos filhos -, dou dois cruzados a cada um. Os putos, barriga colada às costas, olharam uns para os outros e foram unânimes: “Que importa mais uma noite de fome se ama-nhã, ao pequeno-almoço nos po-demos desforrar, e ainda ficamos com o dinheiro.” - cogitaram. No outro dia de manhã, à cabeceira da mesa, catraios a rilhar de fome, pai sentencia: “Quem que comer, paga dois cruzados!” Nada a fazer.

O FMI vem de longe.

opinião política

José Augusto Jornalista

opinião política

PAULO SILVAEleito do PCP na Ass Minicipal do Seixal

tudo isto é crise…infelizmente!

um pais sem rumo...

Page 7: JORNAL NOVA MORADA 05 2011

ActualidadeJornal do Seixal | 08 de Maio de 2011 �

O consumo de peixe é bastante favorável ao coração, sobretudo se

for acompanhado pela redução do consumo de carnes vermelhas, contudo devido ao grande de-senvolvimento industrial poderá apresentar inconvenientes para saúde humana.

Prós: Apresenta proteínas de

alto valor biológico, ou seja, mui-to mais completas do que a dos vegetais com uma quantidade moderadíssima de calorias; Apresenta uma menor

quantidade de calorias comparati-vamente as da carne, por exemplo um peixe magro em média poderá apresentar 80-100Kcal/100g, pei-xe gordo (tipo salmão, sardinha, congro/safio), poderão apresentar 120-200Kcal/100g,enquanto a carne contém 250-350Kcl/100g; É um alimento de muito

fácil digestão, devido a grande quantidade de água, fácil diges-tibilidade das proteínas e das gorduras da sua composição nu-tricional; O músculos dos peixes são

menos fibrosos pois apresentam menos colagénio que as carnes de vaca e aves daí também o peixe ser de fácil digestão; Contém menos gorduras

do que a carne e, além disso, por serem de tipo insaturado, são menos densas contribuindo para o aumento do bom colesterol (HDL) e preventivo das doenças cardiovasculares Os peixes criam-se natu-

ralmente se consumirmos aqueles capturados directamente em alto, mar, lagos, rios. O peixe constituí uma fonte

de todas as vitaminas do Comple-xo B, sobretudo a vitamina B12, bem como vitaminas A, D e E Os peixes ditos gordos são

ricos em ácidos gordos monoinsa-turados: ómega 3 e 6, sendo estes reventivos das doenças cardiovas-culares; Existem vários estudos

científicos (epidemiológicos) que comprovam que o consumo

regular de peixe, seja magro ou gordo, reduz o risco de sofremos de um enfarte;

O consumo de peixe ou do seu óleo não reduz só o nível de colesterol, mas sobretudo os ní-veis séricos dos triglicéridos (um tipo de gordura que circula no sangue); Os peixes são muito ricos

em fósforo, cálcio, iodo, ferro e sódio; As conservas de sardinhas

quando consumidas com as es-pinhas (em saladas, em forma de patés/pastas) são uma boa fonte de cálcio.

Contras: Devido á sua grande quan-

tidade de água, cerca de 80%, este alimento é considerado muito pe-recível, ou seja, degrada-se com muita facilidade, sendo um exce-lente substrato para o crescimen-to bacteriano; O peixe é um dos alimentos

que mais provoca reacções alérgi-cas a quem os consome, devido a sua riqueza em proteínas que se podem degradar e formar hista-mina, putrescina em excesso que são denominadas aminas biogé-nicas; Os peixes crus ou mal co-

zidos contém uma enzima a tia-minase, uma enzima que destrói a vitamina B1

Os peixes que habitam as profundezas do mar, rios, lagos, estão próximos de estuários e que são consumidos por nós apresen-tam uma maior riqueza em metais pesados, nomeadamente o mercú-rio, temos com exemplo solha, peixe-espada preto, lampreia, en-guias, tainhas. Infelizmente as contamina-

ções químicas dos mares com de-rivados do petróleo e não só, po-derão causar diverso tumores aos peixes e estes quando consumidos poderão exercer, também no ser humano efeitos cancerígenos Pessoas que sofrem de áci-

do úrico elevado deverão evitar o consumo excessivo e de forma permanente desse alimento, pois devido a sua riqueza em purinas poderão agravar as crises de gota, bem como quem apresente cálcu-los renais de uratos; Atenção que os peixes de

aquacultura apresentam mais ómega 6 que ómega 3, sendo as-sim uma desvantagem, pois o áci-do gordo ómega 6 oxida-se com muita facilidade, convém preferir os peixes capturados em alto mar, tais como o salmão, robalo, aren-que, cavala, sardinha, dourada, congro/safio. originar obstipação, bem como desencadear uma crise de enxaqueca.

nutriÇão

Jaqueline FernandesNutricionista / NUTRISSANA

peixe - prós e contras

O conceito de família há muito que não per-tence ao universo das

coisas imutáveis, sendo hoje em dia, algo que, embora ain-da de tendência conservadora no nosso país, sofreu profun-das alterações durante o sé-culo que atravessámos. E esta família, uma maisonnée que se comportava como elemen-to agregador de vários papéis sociais, teve de se adaptar às próprias vicissitudes daquilo que a rodeia sob o perigo, não de se extinguir, mas de atingir um pináculo cujo reverso sig-nificaria um caminho sinuoso de retrocesso para a sociedade contemporânea. Começando por aquilo que se manteve aproximadamente dentro dos mesmos parâmetros no últi-mo séculos encontramos as

funções físicas e biológicas da família. De facto, a fun-ção de procriação mantém-se mas também se alarga para um espectro mais lato onde o cariz afectivo passa a ocu-par um papel bastante mais preponderante. Do ponto de vista psicológico, esta ruptura com a concepção mais primi-tiva da família não significa o abandono da necessidade de protecção física descrita por alguns autores contemporâ-neos; muito menos significa que a família deixa de ser um grupo social primário de onde emerge o sistema complexo de relações sociais que englobam os seus diversos constituintes. Significa, isso sim, um proces-so natural de evolução do Ser Humano que conduz as famí-lias para um plano de maior afectuosidade onde se dá pri-mazia à satisfação afectiva enquanto necessidade emer-gente do panorama piramidal de Maslow. A satisfação desta necessidade cada vez mais pri-mordial, significa um estreitar de relações entre os membros do agregado familiar mais próximo e uma aproximação

gradual daqueles que esta-vam, até ao momento, mais distanciados afectivamente. No entanto, esta hegemonia evolutiva é ameaçada, como qualquer outro paradigma da humanidade, com a existência de crises cíclicas no seu per-curso. A este propósito será importante recordar algo que já foi mencionado neste mes-mo espaço há algumas sema-nas atrás. Se bem se lembra-rão, já foi aqui referido que as vicissitudes das dificuldades sociais com que grande par-te da população mundial se depara contribuem de forma negativa para o decurso do processo evolutivo da família, contribuindo para a degrada-ção do papel afectivo dos pais. Estes, confrontados com a ne-cessidade de optar entre dois pilares da sua vida – trabalho e família – procuram realizar da melhor forma que sabem um equilíbrio apropriado para as escolhas que têm de fazer. Alguns com mais dificuldades, acabam por deslizar e deslei-xar um dos papéis sobrepor-se sobre o outro. Este fenómeno acaba por condicionar de for-

ma – felizmente – reversível, todo o espectro de afectos que constituem a “nova” fa-mília criando um paradoxo de afastamento-aproximação com que muitos necessitam de ajuda para lidar. No entanto, nem todas as crises significam retrocessos ou paradoxos. Na verdade, o próprio conceito de crise leva-nos a pensar na pos-sibilidade de mudança, em jei-to de ruptura com aquilo que está incorrecto ou obsoleto, para fazer emergir um modelo mais apropriado. No seio fa-miliar, a ruptura surge assim também ao nível das funções de cada papel que era atribuí-do aos membros do agregado. Neste caso, é frequentemente visível a diminuição do hiato que separava as funções da mãe e do pai relativamente aos filhos. No entanto, e como nota final, há que ter em aten-ção que nem todos os aspectos da dinâmica familiar devem ser alterados com os momen-tos de crise, devendo ser res-peitados os princípios afecti-vos que fortalecem as relações sociais intra-familiares.

sociologia

Equipa TécnicaCRIAR T

Tens tempo?

Há uma expressão, impregnada de ironia, que eu, frequen-temente, utilizo em contexto informal. Se alguém me pergunta se eu, por exemplo, já comprei um carro novo

ou fui de férias para algum local exótico, eu respondo: “Não tenho tempo...”A minha “falta de tempo” não se refere ao tempo cronológico mas sim à falta de dinheiro... surrealismo dos pobres, dirão alguns, enfim é a Vida!Esta piada é frequente - torna-se ainda mais frequente quando enfrentamos uma crise financeira grave. Talvez a mais grave que o sistema económico internacional terá enfrentado. É difícil entender a amplitude e o impacto do fenómeno. Mas uma coisa temos que ter consciência: temos que agir. E porquê? Porque não temos tempo...Mas é possível agir sem dinheiro? A resposta é sim e passa pela activação do cidadão enquanto agente promotor da coesão social. A famosa máxima de Kennedy “Não perguntes o que é que o teu país pode fazer por ti. Em vez disso, pensa sobre o que podes fazer por ele.” aplica-se porque todos podemos fazer algo. E reparem que eu utilizei o verbo fazer e não o verbo falar. E dentro do verbo fazer está subjacente outro verbo igualmente difícil e complexo - o verbo participar.A importância do voluntariado nas organizações do terceiro sector é crucial para a resolução dos problemas sociais con-temporâneos. É preciso que as pessoas façam coisas - é preciso ajam sobre a realidade e transformem-na. É preciso romper com o conformismo e com o “deixa andar...”. Há que reflectir, há que haver acção, há que mudar o estado das coisas.A mudança não está na mãos dos políticos. A mudança está na mão dos cidadãos. A mudança está nas nossas mãos. Sendo que nós, cidadãos, somos políticos com um “P” maiúsculo. Por mais que alguns políticos possam falar, Solidariedade é, de fac-to, geradora de riqueza económica. O País deixará de ser mais pobre quando neste país houverem menos pobres.No Seixal, a Participação e Solidariedade são possíveis porque há uma variedade enorme de organizações que abordam tratam tantas e tão diferentes temáticas. Organizações que precisam de pessoas que queiram colaborar voluntariamente para a prosse-cução da sua missão. Pode-se criticar esta autarquia em dife-rentes aspectos, mas há políticos e técnicos preocupados com a dinâmica associativa. Por isso é possível. Não é fácil, implica trabalho mas é possível.Julgo ser importante que haja igualmente uma reflexão e adop-ção de actividades para a activação e responsabilização do ci-dadão na resolução dos problemas sociais do concelho. Estas pessoas têm de ter tempo (e não estou a falar de dinheiro...) porque os problemas sociais de uma comunidade, não são os problemas de um grupo ou minoria. Estes problemas não são problemas de alguns; são problemas de todos que colectiva-mente temos de intervir. E porquê? Porque o tempo é pouco...Era importante que surja uma forma de promover, sistematizar e disseminar as diferentes oportunidades de Voluntariado, assim como de outras formas de colaborar ou ajudar as diferentes or-ganizações sem fins lucrativos deste município. A ideia de um centro de apoio ao voluntariado do Seixal é algo que se discute e que pode potenciar a dinâmica das diferentes organizações, revitalizando e renovando os quadros das associações, colec-tividades ou IPSS - a natureza, os objectivos ou os processos de gestão podem ser perspectivados de diferentes formas para esta rede mas uma coisa parece-me óbvia: este centro de apoio ao Voluntariado no Seixal tem de avançar porque não temos tempo...O que não há no Seixal - cabe à Câmara criar esse centro mu-nicipal de voluntariado? A resposta é muito simples - cabe a todos nós. E mais uma vez poder-se-á dizer: não é fácil, implica trabalho mas é possível.

evoluÇão familiar

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Jornal do Seixal – O senhor Oliveira é sócio-gerente da Garagem Zebra. Há quan-tos anos existe esta empresa de pneus?

Oliveira – Esta empresa existe desde 1986, já é bastante antiga no nosso Con-celho e conta actualmente com oito fun-cionários… Quando a fundei tinha uma pequena dimensão mas com o tempo fui desenvolvendo a actividade e criei as con-dições para hoje sermos uma empresa es-tável.

JS – Apesar da vasta carteira de clientes conquistados ao longo de mais de 20 anos, têm sido afectados pela crise?

O – Actualmente estamos a passar uma fase difícil, o contexto do País assim o obriga e estamos de momento a sofrer as consequências desta crise, porque as pes-soas vivem com dificuldades em termos económicos e uma das coisas que evitam comprar são precisamente pneus. Mas es-tou convencido que as coisas vão melho-rar e temos expectativas de futuro, porque investimos em imagem e profissionalismo, que são as grandes vantagens que temos, com grandes profissionais e dentro desta perspectiva vamos continuar!

JS – Que trunfos utilizam para combater a situação?

O – Com uma boa prestação de servi-

ços, um atendimento personalizado pe-rante os nossos clientes e o nosso grande investimento é no profissionalismo. É aí que apostamos forte para o cliente que nos visita ficar satisfeito e nos recomen-dar a potenciais clientes.

JS – Com as dificuldades que muitas pes-soas atravessam, há alguns consumidores a colocar a segurança em risco para evitar gastar na manutenção automóvel?

O – Neste momento somos confronta-dos com situações delicadas diariamente. Chegamos a chamar a atenção aos clien-

tes de que a situação dos pneus é mesmo muito grave e crucial para possíveis aci-dentes, só que as pessoas confrontam-se com dificuldades, “não posso, vamos aguentar mais um tempo, vamos esperar (…)” porque as dificuldades traduzem-se em situações graves e com o risco de acidente, mas dizem mesmo que não têm disponibilidade para substituir pneus. Por vezes indicamos que um pneu já não está bom, rebentou ou está gasto e o cliente pede um pneu usado… nota-se realmen-te muita dificuldade dos consumidores quando são confrontados com despesas

com que não contavam e não podem por-que têm a capacidade económica fragili-zada.

JS – Actualmente estão ligados à Pneuport…O – Sim, aderimos a um grupo que é

a Pneuport, uma cooperativa que existe desde 1989 e que é número um no País em compras de pneus dado que somos 85 só-cios a nível nacional e funcionamos como central de compras, o que nos permite trabalhar com todas as marcas e prestar todo o tipo de serviços de assistência a pneus. Evitamos o pneu usado porque são uma armadilha, a pessoa pode pensar que tem o problema resolvido, mas anda alguns quilómetros, o pneu rebenta e fica com um problema ainda maior. Mais vale adquirir um pneu novo e barato do que apostar num pneu usado.

JS – Deixe-nos uma última mensagem.O – A nossa empresa presta um serviço

de qualidade, temos profissionais com qua-se 20 anos de casa, com formação, já que são enviados às grandes marcas para for-mação e para estar sempre informados de qualquer nova situação que possa surgir. Apostem numa casa com qualidade e não numa casa que só pense em vender e que não disponha de assistência em viagem!

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ActualidadeJornal do Seixal | 08 de Maio de 2011 11

AzINHAGA NA S.F.O.A

Teve lugar dia 6 de Maio na Socieda-de Filarmónica Operária Amorense o 5º Sarau de dança da Associação . Desportiva e Cultural da. Azinhaga das Paivas.

Esta colectividade apesar de já existir há 15 anos ainda não possui insta-lações próprias. O evento é inserido nos Jogos do Seixal e conta com a participação de várias colectividades do concelho do Seixal. A Azinhaga das Paivas vai participar com as suas classes de ballet, dança criativa, dança do ventre, dança afri-cana, dança hip-hop e dança sénior. Estiveram presentes neste 5º Sarau da Azinhaga das paivas os seguintes grupos:-Clube de Campismo Luz e Vida, com o Grupo Hedab – Prof. Cátia OliveiraGrupo Desportivo Águias Unidas, com o “Mon Ami” – Prof. Margarida Parrulas-ADC Azinhaga das Paivas com o Ballet – Prof. Raquel Esteves-Grupo Extreme, com Mix Mania – Prof. Helena Teixeira-Sociedade Filarmónica Operária Amorense,com Hip-Hop – Prof. Ra-quel Esteves-Grupo Reticências, com “Para Além”, pelos Prof. Sofia Fernandes e Prof. Franclim Gouveia- ADC Azinhaga das Paivas, com Dan-ça Criativa – Prof. Raquel Esteves-Escola de Dança Impacto,, Com “Music of The Night – Prof. Edgar Raposo-ADC Azinhaga das Paivas – Dança Senior – Prof. Helena Pombo-Grupo Desportivo Águias Unidas – Hip-Hop “Thriller” – Prof. Margari-da Parrulas-ADC Azinhaga das Paivas – Afro Power “Tradições” – Prof. Karina Is-mael- CCR Alto do Moinho – Ritmos , Prof. Virgínia Gonçalves- ADC Azinhaga das Paivas – As Div@s – Prof. Karina Ismael- SM 5 Outubro – Hip-Hop “Break it of” – Prof. Lislinda Santos- ADC Azinhaga das Paivas – Dança Ventre “Anuwer” – Prof. Joana Cruz- Clube Campismo Luz e Vida – Hip-Hop – Black Up – Prof. Ana Bergano- Sociedade Filarmónica Operária Amorense – Danças Salão – Prof. Bruno Ferreira

No dia 7 de Maio, sábado das 8 h 30 m às 12 h 30 m a mesma dinâmica associação iniciou o terceiro torneio de futsal, no escalão Juniores, no Pa-vilhão da Escola Pedro Eanes Lobato na Amora, torneio também integrado nos Jogos do Seixal e que conta com 8 equipas inscritas, incluindo a da Azinhaga das Paivas. Torneio que se prolongará- até dia 2 de Julho. Esta actividade desportiva decorrerá sempre aos sábados de manhã e nos Pavilhões da Escola Manuel Cargalei-ro e Pedro Eanes.

Jorge Henriques santos

O CAPA Centro de As-sistência Paroquial de Amora, também conhe-

cido como “O Patronato” é uma IPSS que desde os anos 50 se de-dica sobretudo ao ápio ás crian-ças às famílias com necessidades e aos imigrantes.

É longa a sua história e vá-rias são as valências que têm a funcionar para dar resposta ás necessidades que na fase de cri-se actual, crescem e têm novas configurações. Segundo teste-munhou o Dr. Figueiredo, vice presidente da instituição, uma nova classe de pobres bate ago-ra à porta do CAPA, são pes-soas da denominada “pobreza envergonhada”, pessoas que há uns tempos atrás tinham uma vida sustentável e até de algum conforto, mas que de repente, ou porque um ficou desempregado, em muitos casos até os dois a sua vida ficou de repente desestrutu-rada, muitos com dividas e sem poder cumprir compromissos assumidos, nomeadamente com créditos à banca.

Através das crianças e de uma equipa técnica devidamente cre-denciada o Centro Paroquial de Amora tem se dado conta de muitos casos de carência extre-ma, sobretudo a nível alimen-tar e criou uma resposta. Uma carrinha branca sem qualquer identificação da instituição faz regularmente distribuição de ali-mentos a estas famílias. Porém os meios são poucos e os recurso insuficientes.

O empresário da Petisqueira II, Sr Fialho, referiu ao Jornal do Seixal que tomando conheci-mento desta situação, achou que não devia ficar parado e lançou apelo aos seus colaboradores e artistas que costumam frequen-tar as noites de fado na sua casa para “uma Gala Solidária em fa-vor do Patronato”. A Petisquei-ra II forneceu a refeição a preço de custo (entradas, dois pratos, sobremesa, bebidas e café) a população clientes e amigos res-ponderam ao apelo e com 20€ por pessoa, realizou-se o jantar acompanhado de um grandioso espectáculo, onde passaram pelo palco os grupos de cavaquinhos e concertinas da Casa do Povo

de Corroios e uma numerosa lista de fadistas, encerrando o espectáculo com a interpretação do já consagrado Amorense Da-vid Ventura que é professor, fa-dista e actor, onde recentemente desempenhou o papel de Jesus Cristo Superstar na “superstar peça de Filipe La Féria”.

A sala encheu, a alegria foi muita e o clima fraterno e soli-dário uma presença constante, no espírito Pascal que ainda rei-nava. Para o Parco da Freguesia Padre Pedro, esta foi uma forma de demonstrar que “ Cristo está vivo e o seu espírito está presen-te entre as pessoas, sabendo elas empresários artistas e cidadãos a forma como se organizar para aliviar o sofrimento dos irmão que sofrem, na melhor forma cristã”.

Feliz pela sala cheia a grande adesão de todos à iniciativa o empresário Manuel Fialho dis-se no entanto ao Jornal do Sei-xal “tenho consciência que isto não é uma resposta, é apenas um alerta, as necessidades do Patro-nato são muito mais que isto e com este nosso contributo a ade-são das pessoas e a divulgação que órgãos de comunicação têm dado, a onda de solidariedade tem se alargado de forma surpre-endente e muitos mais donativos têm surgido e vão surgir, que nem sequer passa por nós e vão directamente para o Patronato”

Ferreira da Costa, presidente da direcção da SFOA, disse que para si e para a sua direcção, era uma honra poder participar e dar contributo neste evento, sen-do uma coisa que nem mereceu discussão e foi de imediato apro-vada quando vista em reunião de direcção.

O espectáculo foi apresentado por Mariana Vitória (apresenta-dora e organizadora regular das noites de fado na Petisqueira) e Vítor Mendes, (locutor da RDS, que no seu programa Expres-so da Madrugada leva o fado a poesia e as mensagens solidárias a vários recantos do auditório). Entre as entidades apoiantes fi-gurava e não podia naturalmente faltar o Jornal do Seixal.

Vídeo e Galeria de fotos dispo-niveis na página:

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1ª gala da petisqueira ii em apoio ao centro paroquial de amora Filarmónica Amorense acolheu Gala Solidária com jantar convívio, musica Popular, muito fado e poesia, cujas re-ceitas reverteram para o CAPA.

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Astrologia 08 de Maio de 2011| Jornal do Seixal12

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PREVISÃO ASTROLÓGICA DE 20 A 29 DE ABRIL 2011

Horóscopo

CARNEIRO – seu espírito inventivo e sua actividade mental está sempre de sobreaviso, até mesmo quando está a dormir. Evite a critica e a agressividade que pode trazer bastantes aborrecimentos à sua vida.

TOURO – aproveite a ajuda e apoio das pessoas amigas para melho-rar sua vida em geral. Dedique-se mais à melhoria da sua vida pro-fissional e material de forma segura, sensata e calma. Dediquem-se aos objectivos.

GÉMEOS – seja sensato nas suas atitudes e palavras. Guarde mais silêncio de sua vida privada para que possa concretizar o que mais deseja. Atenção a inimizades ou traições inesperadas. Atenção à condução e seus pulmões.

CARANGUEJO – exagera nos seus prazeres e seus hábitos um pou-co duvidosos. Seja menos gastadora, evite brigar, criticar sendo muitas vezes violenta. O seu sucesso poderá ser obtido através de meios duvidosos e criticáveis. LEÃO – continua bem positivado em todos os aspectos da vida, graças ao apoio de pessoas influentes e que vos ajudam. Cuidado com a tendência para gastar mais do que ganha. Flutuações nas entradas de dinheiro. Tenha o sentido a poupança.

VIRGEM – atenção com documentos, compromissos e responsab-ilidades. Não empreenda nada sem primeiro calcular o pró e o contra. Bom para empreender trabalhos que necessitam de concen-tração. Cuidado com amizades.

BALANÇA – tenha calma com as alterações e restrições que irão afectar sua vida. Tente ser mais positiva quer no plano profissional, quer seja no afectivo.Terá momentos desencorajantes, mas contro-lar-se-á para conseguir atingir os seus objectivos. ESCORPIÃO – tente ser mais paciente em todos os momentos da sua vida. Não se zangue nem perca a calma, evite os conflitos con-jugais que podem surgir a cada momento. Tenha mais cautela com seus projectos e planos.

SAGITÁRIO – gosta de profissões que obriguem a muitas viagens e deslocações. Não se atire de cabeça no que quer que seja, pondere e analise cada situação, evitando os perigos que ameaçam. Aten-ção à circulação do sangue.

CAPRICÓRNIO – poderão ter e obter sucesso em sua vida, se ti-verem tacto, calma e ponderação em suas palavras, atitudes e acções. Atenção aos problemas afectivos e ao ciúme. Seja menos egoísta e colabore mais.

AQUÁRIO – atenção às alterações da vida em que a situação fi-nanceira pode ser confusa. O casamento ou união poderá ser bom para ajudar a resolver-lhe problemas financeiros com uma melho-ria significativa.

PEIXES – se gosta de náutica e de longas viagens marítimas aproveite, embora sempre com todo o cuidado e atenção aos det-alhes. Indica algumas viagens. Aceite sua actividade mental que está sempre de sobreaviso, até mesmo quando está a dormir.

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CulturaJornal do Seixal | 08 de Maio de 2011 13

PS DE SETÚBAL EXPLICA TROIKA E APELA AO VOTO

“A seguir às próximas eleições abrir-se-á num novo ciclo e ele só pode ser de esperança no futuro”. O presidente da Federação do Partido Socialista de Se-túbal, Vítor Ramalho, emitiu um comu-nicado optimista onde se refere à crise, às eleições antecipadas e ao futuro do País.No documento, o socialista refere-se à presença da Troika em Portugal e tece duras críticas à oposição, Bloco de Es-querda, Verdes e Partido Comunista Português, que acusa de terem “rejei-tado falar com a Troika cujos membros representam instituições de que Portu-gal faz parte e é contribuinte para poder beneficiar do apoio quando e se fosse necessário como agora se demonstrou ser”.O presidente da Federação do PS de Setúbal afirma ter sempre alertado para as consequências que adviriam para a União Europeia “se a sua política conti-nuasse a ceder a interesses financeiros a sobreporem-se aos políticos, com concepções neoliberais” e declaram não aceitar “a passividade da Internacional Socialista, que tem estado de facto au-sente”. No mesmo documento, lê-se ainda que “a crise da era da globalização” se deve a “políticas da direita, sem valores nem princípios, movidas pela priori-zação anormal do dinheiro e do poder do mando” e apela ao voto socialista, acrescentando que “os partidos à direi-ta do PS não deixarão de ser também negativamente avaliados pelo eleitorado do distrito de Setúbal”

VERDES QUESTIONAM GOVERNO SO-BRE HOSPITAL DO SEIXALNa sequência de uma reunião entre o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), a Câmara Municipal do Seixal e a Co-missão de Utentes de Saúde do Seixal, a Deputada Heloísa Apolónia remeteu algumas questões ao Ministério da Saú-de a solicitar esclarecimentos relativos à construção do Hospital do Seixal.Considerando que para o PEV a constru-ção desta unidade hospitalar é a priori-dade no Distrito de Setúbal, a deputada solicita o envio do protocolo assinado pelo Ministério da Saúde em Agosto de 2009 e questiona “o que leva o Ministé-rio da Saúde a ainda não ter decidido e não ter adjudicado a construção do tão necessário hospital do Seixal?”, dado que o compromisso era a sua finaliza-ção em 2012”.No mesmo documento, Heloísa Apoló-nia explica ainda que “a construção do hospital do Seixal é um imperativo para a garantia do direito ao acesso à saúde por parte de milhares e milhares de pes-soas”, já que “o Hospital Garcia de Orta foi concebido para dar resposta a 150 mil pessoas e dá hoje resposta a cerca de 500 mil”, o que “torna insustentável a sua capacidade”. Recordando que “ape-sar do hospital do Seixal ter sido objecto de diversas promessas e compromissos por parte do Governo, designadamente através de protocolo celebrado em 26 de Agosto de 2009 (o qual garantia a finalização da construção desta unidade hospitalar no ano de 2012), os atrasos têm sido de tal ordem que põem em causa esta obra e que levam ao incum-primento de um acordo estabelecido, de forma absolutamente incompreensível e inaceitável”.

programa do dia

Jorge Henriques santos

A Federação de Setúbal do Partido Socialista promoveu no passa-

do sábado, dia 30 de Abril, na Quinta da valenciana em Fernão Ferro, um jantar convívio que contou com cerca de 500 parti-cipantes. A iniciativa foi simul-taneamente comemorativa da fundação do PS, do 25 de Abril, do 1º de Maio e de homenagem aos militantes do distrito que se filiaram em 1974.

Entre os convivas de vários concelhos do distrito, o jantar contou também com a presen-ça de destacados fundadores do Partido, entre os quais Mário Soares, Maria Barroso, Roque Lino, José Neves, Fernando Costa, Nuno Godinho de Ma-tos, Manuel Pedroso Marques e Rodolfo Crespo.

Nuno Tavares presidente da Concelhia do PS no Seixal, fez no início do jantar uma sauda-ção de boas vindas aos membros da “família socialista” que para este honroso evento se concen-traram no Seixal.

Após o Jantar Vítor Ramalho presidente da Federação de Se-túbal fez uma alusão ao distrito de Setúbal, como um distrito charneira na economia do País, tanto no passado como no pre-sente e na perspectiva que o PS tem para esta região no futuro. Um distrito que vai ter em mar-cha grandes projectos alguns po-derão sofrer algum adiamento pelos efeitos da grave crise eco-nómica, mas o qual sempre teve uma marca muito forte de gente de trabalho, empreendedora e capaz de contribuir para superar as dificuldades e os obstáculos.

Referindo-se aos fundadores do Partido disse que “Bem haja por terem tido esta iniciativa e terem ajudado a ver ao País que havia uma nova via para o desen-volvimento e para a democracia, afirmando um partido socialis-ta que fosse ao mesmo tempo alternativa ao neoliberalismo e ao capitalismo selvagem, e al-ternativa a novas ditaduras com cariz de esquerda que ameaça-vam tomar conta do País e reti-rar-lhe de novo a liberdade. Um partido que indiscutivelmente se veio a afirmar como o parti-do mais português de Portugal e que desde as primeiras eleições se afirmou como um partido de poder e um partido do povo por-tuguês.

Mário Soares, na sua singular longevidade intelectual e capa-cidade de comunicação directa, começou por recordar alguns episódios, onde com outros fun-

dadores parecia que o horizonte era muito confuso, dada a diver-sidade e pluralidade de discur-sos, mas que ao mesmo tempo essa diversidade veio constituir uma das maiores riquezas do partido socialista, a particula-ridade de ser um partido critico e vivo tanto no plano externo como no plano interno. Salien-tando que nunca o preocupou a critica interna nem a perda de eleições fosse no plano externo das eleições do País, fosse no plano interno, pois que sempre se tinha habituado a viver com a diferença e a pluralidade de opi-niões e que conseguiu no Partido Socialista que este nunca visse os adversários como inimigos, fosse nas disputas internas fosse nas disputas externas.

Referindo-se depois ao esta-do da Nação e à situação que se vive em Portugal, salientando que é um absurdo des-contextu-alizar a situação em Portugal da situação no Mundo e em parti-cular na Europa. Recordando no entanto que quando da ade-são de Portugal à Europa, esta vivia num quadro de maioria de governos socialistas que tinham outra sensibilidade e abriam ou-tras perspectivas. Situação que

nos últimos tempos se alterou com tomada do governo de vá-rios Países da Europa por Go-vernos conservadores e alguns até neo-liberais, dizendo que não será até inocente a pressão que os mercados através das agências rating vêm exercendo sobre os Países de Governos Socialistas, referindo as semelhanças da si-tuação na Grécia, na Espanha e em Portugal.

Salientou por isso que Portu-gal deve ter alguma firmeza, para sair da crise mas também para dar respostas, “estes senhores do FMI não vêm dar-nos nada, mas sim vêm emprestar-nos dinheiro

que nós depois lhe devolveremos e com juros…Não pode por isso ser entendido como uma ajuda desinteressada…”.”temos de ter isso presente”. Disse o histórico socialista.

Houve depois entrega de Men-ções Honrosas a várias dezenas de militantes do PS que se filia-ram em 1974.

Culminou a festa com uma breve actuação do artista Calos Mendes que deliciou os convivas com alguns dos seus temas mais emblemáticos e pena foi que o publico não fosse o mais ordei-ro e silencioso, para o respeitar como merecia.

federaÇão do ps de setúbal comemorou, 25 de abril, 1ºde maio e Homenageou militantes Históricos

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Actualidade 08 de Maio de 2011| Jornal do Seixal14

A festa foi rija, como se diz em muitas aldeias ainda mais pe-riféricas que esta periférica lo-calidade. Começando as come-morações com um espectáculo cultura

Joge Henriques santos

No momento cultural in-tervieram a Escola de Música e o Coro Voca-

lis Vita que formaram uma mini orquestra e cantaram o Hino da Alegria, de Bethoven, integran-do vários instrumentos, a qual pretende a associação que este grupo constitua o embrião de uma futura Orquestra no Alto do Moinho.

Seguiu-se a actuação da profes-sora Irina Grelha que cantou a “Canção de Maio” de Fernando Lopes Graça.

Depois foi a vez do grupo de dança Sibilas com um programa que lhe deu o passaporte para a Gimnaestrada Mundial, em re-presentação de Portugal, a rea-lizar em 2011, em Lousanne na Suíça.

Culminou o momento cultural com a actuação do teatro Alma-gesto com o Sketch denominado “As Freiras” um momento satíri-co que divertiu toda a assistência. e ainda actuação do projecto La-ços de En´Cantar.

Com efeito esta colectividade tem-se enchido de glórias que levam o nome do Alto Moinho aos mais elevados patamares das competições desportivas e tam-bém culturais

Aquele que se considerou o mo-mento da Sessão Solene Come-morativa do 36º Aniversário, com a entrega dos prémios Moinhos de Honra - 7 Prémios do Ano, 18 Menções Honrosas, bem como a distinção feita a dois atletas que se sagraram campeões já no passado mês de Abril.. Um deles o atleta Nuno Alves, invisual, que mais uma vez conquistou duas meda-lhas de ouro nos campeonatos mundiais da IBSA - International Blind Sports Federation, nas pro-vas dos 1500 e dos 5000 metros. O outro foi o ginasta João More-no que, também no Mês de Abril, em Loulé se sagrou Campeão Na-cional de Tumbling

Os Moinhos de Honra foram atribuídos a cinco colaboradores.

Prémio Cultural do Ano a Gui-lhermina Leal, respeonsavél pelo Grupo de Teatro Almagesto

Atleta Do Ano: Luis pedro, atleta da equipa senior de ande-bol

Técnico do Ano - Paulo ban-durra, Coordenador do Departa-mento das Actividades Gímnicas e Rítmicas Expressivas

Dirigente do Ano - Reinaldo Lopes, Dirigente da Equipa de andebol de Juvenis

O Sócio do ano: José Tavares, responsável pela realização das

Festas das Danças LatinasAlém destes Moinhos de Hon-

ra também distinguimos 23 ou-tros colaboradores com Menções Honrosas. Estes distribuem-se pelas diversas actividades do CCRAM designadamente, ande-bol, ginástica, dança, atletismo, colaborações em trabalho volun-tário e patrocinadores

Nos Moinhos de Honra, o Pré-mio Colectivo do Ano: Equipa de Minis época 2009-2010 ; Carlos Santos - Sócio do Ano;Luís Reis - Dirigente do Ano; João Garcia - Técnico do Ano; Marco Gomes - Atleta do Ano; Ricardo Carvalho - Atleta do Ano; Irina Grelha (na foto) - Prémio Cultural do Ano.

Homenageados foram também os Grupos “As Cores e as Jotas”, bem como o projecto Laços de Encantar, dinamizado pela nossa colaboradora Cristina Videira.

No momento alto desta fase mais alta do Clube do Alto Moi-nho, o seu presidente José Torres referiu que “crescemos de forma significativa em várias frentes....

Somos uma colectividade ri-quíssima. Não em dinheiro, por-que aí lutamos com enormes di-ficuldades e tem sido, ao longo destes anos o nosso calcanhar de Aquiles. Mas em pessoas. Em amigos. Em gente generosa e be-névola. Sob este prisma somos seguramente uma das colectivida-des mais ricas do país.

Nós somos um exemplo vivo de que é possível passar por cima da tão propalada crise. Sem querer ser excessivo, permitam-me que faça uma sugestão aos nossos go-vernantes: Ponham os olhos nes-ta colectividade. Observem-na e vejam como se mobilizam as pes-soas para um projecto colectivo. Esta é uma prova de que o nosso povo tem enormes potencialida-des que, a serem aproveitadas, podem alterar radicalmente este clima de medo, de frustração, de

descrédito, de desmotivação e de desmoralização que hoje vivemos à escala nacional e que resulta em evidentes prejuízos de toda a comunidade, especialmente da classe média e dos mais desfavo-recidos.”

Ainda com uma referência ao passado mais sombrio do clube quando esteve á beira da falência, o orgulhoso presidente referiu ainda alguns dados do CCRM em numeros:

“Cerca de 1500 participantes nas nas actividades regulares de desporto, cultura, recreio e edu-cação;

52 Técnicos ou professores remunerados (a esmagadora maioria deles são licenciados); 5 Funcionários administrativos; 55 Colaboradores regulares vo-luntários que garantem o fun-cionamento de toda a estrutura

dirigente; 50 Colaboradores pon-tuais; 12 Modalidades desporti-vas; 61 Classes ou equipas nas áreas do desporto; 14 Classes ou grupos na área da cultura; cer-ca 14 Mil participações anuais nos eventos; 70 Mil espectadores anuais nos eventos; Vários títulos locais, regionais, nacionais e in-ternacionais no atletismo, ginásti-ca, andebol e voleibol alcançados nos últimos anos;100.000 Visitas anuais ao nosso site. Colocamos ali cerca de 250 notícias anuais; São publicadas, em média, 2 no-tícias por semana nos três jornais locais. Desde Setembro último fo-ram publicadas nestes jornais 71 notícias sobre a nossa actividade. Pontualmente somos também no-tícia nas televisões nacionais

Números que ficaram entretan-to desactualizados tanto com esta noticia como, com as vistas ao site

alto do moinHo36º aniversário – com muitos prémios

HOMENAGEM A FERNANDO LOPES GRAÇA NO ALTO MOINHO

No passado dia 30 de Abril o Centro Cul-tural do Alto Moinho organizou um concerto em homenagem ao “compositor, pianista, pedagogo, críti-co e ensaísta” - Fernando Lopes Graça. O espectáculo contou com interpreta-ções do Coro Juvenil e Infantil da Casa do Povo de Corroios e do Grupo Coral Vocalis Vita do CCRAM, acompanhados ao piano por Rita Santos.Uma celebração que encheu a sala do au-ditório do Alto Moinho com uma plateia entusiasta que aplaudiu os jovens e as duas maestrinas dos coros, Irina Grelha e Licina Silva que ainda recentemente também nos deliciaram no concurso de Canções do Zeca.Desta vez foi Lopes graça que aqui foi re-cordado e homenageado nas sua várias facetas.

FASHION BOOK CORROIOS 2011

Nos dias 7 e 8 de Maio, pelas 14 horas, o recinto das festas de Corroios, na Quin-ta da Marialva, recebe o evento Fashion Book Corroios 2011.As inscrições já estão a decorrer e o ob-jectivo é conseguir dar oportunidade a crianças, jovens e adultos a realizar um book fotográfico profissional com um valor muito acessível, ficando agenciado na KModels, indo a agência ao encontro do público em geral e não o inverso.Refira-se que o grupo musical As Cores, lançado pelo CCRAM (Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho) é um dos participantes, ficando automaticamente agenciado para qualquer trabalho que possa eventualmente surgir.Cada sessão fotográfica para o Fashion Book Corroios demora cerca de uma hora, sendo que as sessões são por or-dem de chegada/inscrição.

Condições de participação

Cada Book em DVD terá um custo de 60 ou 50 euros, com ou sem agenciamento. Se optar pela primeira opção, fica agen-ciada à KModels para convite de sessão fotográfica, castings para Tv entre outros trabalhos que possam surgir.Também os grupos podem participar pelo valor de 90€ (casais, musicais, dan-ça, bandas ou teatro).Os interessados deverão ter consigo duas a três mudas de roupa com acessó-rios e as maquilhagens são da responsa-bilidade da produção.Os mais criativos podem ainda levar acessórios, bicicleta, skate, almofada, livro, flores, peluche, bola…O evento é organizado pela KModels Por-timão e conta com o apoio da Junta de Freguesia de Corroios.

TORNEIO DA MALHA DE ANIVERSÁRIO No Domingo dia 1 de Maio realizaou-se no Alto Moinho a V edição do Tor-neio da Malha de Aniversário.Para os amantes da modalidade, foi uma singular oportrunidade participar neste desporto tradicional e muito po-pular sobretudo em Alto Moinho e Vale de Milhaços..No final houve um também já tradi-cional almoço. . Por uns módicos seis euros, os comensais e desportistas puderam ter uma manhã e tarde bem passada.

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SocialJornal do Seixal | 08 de Maio de 2011 15

alto do moinHo36º aniversário – com muitos prémios

JOVEMAIODomingo, dia 15 de Maio, pelas 9:15 horas, realiza-se a 29ª edição da prova Jovemaio, entre as localidades de Fo-ros de Amora e Belverde. A iniciativa é organizada pelo Clube Desportivo e Recreativo Águias Unidas realiza e conta também com o VII Pas-seio Jovemaio, destinado ao público que pretenda realizar uma marcha atlé-tica num percurso mais reduzido. A prova integra o XXIV Troféu de Atle-tismo do Seixal e os Jogos do Seixal 2011.As inscrições decorrem até ao dia 13 de Maio, através do e-mail [email protected].

MINI MARATONA DAS FAMÍLIAS

2ª Edição da corrida solidária a favor do Banco Alimentar Contra a Fome em Setúbal, assinala Ano Europeu do Vo-luntariado.

No próximo domingo, dia 8 de Maio, realiza-se o percurso da “SIMARSUL – Mini Maratona das Famílias”. Com-posto por 4 km, a prova integra a “XXII Meia Maratona Internacional de Setú-bal”, ambas com organização a cargo do Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Setúbal e com o apoio da Câmara Mu-nicipal de Setúbal.Integrada no âmbito do “Ano Europeu do Voluntariado”, parte da inscrição em ambas as provas reverterá a favor da angariação de fundos para o Banco Alimentar Contra a Fome em Setúbal.A Mini Maratona inicia às 10 horas e tem partida e chegada marcadas no lar-go José Afonso, em Setúbal.

No dia 20 de Maio, sexta-feira, a Quinta Valenciana, no Seixal, recebe o VII Fórum Seixal Sau-dável, com o tema “Contagiar Saúde”.

Este ano, o encontro volta a contar com a presença de Ana Jorge, Ministra da Saúde, Al-fredo Monteiro, presidente da Câmara Municipal do Seixal e da Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis, Joaquim Judas, presi-dente da Assembleia Municipal do Seixal e Paula Santana, Vice-presidente da CCDR-LVT.

O programa desta edição inte-gra 5 sessões paralelas, “Volun-tariado em Saúde”, “Cidades Inteligentes e Saudáveis”, “Saú-de e Arte”, “Cidades Solidárias e Activas” e “Saúde no Virtual”, seguidas de uma sessão plenária sobre o tema “Desigualdades em Saúde”. Os trabalhos vão contar com intervenções informativas, intervaladas por actividades de animação e de bem-estar.

A iniciativa visa divulgar e avaliar o trabalho desenvolvido no contexto do Projecto Seixal Saudável, avaliar a aplicação do Plano de Desenvolvimento de Saúde do Município, partilhar experiências de promoção da saúde e de

qualidade de vida e reforçar a rede de parcerias promovendo o desenvolvimento das estruturas concelhias.

O VII Fórum Seixal Saudável termina no dia 21 de Maio, sá-bado, no Auditório do Fórum Municipal do Seixal, com a peça “Rosa Esperança”, um retrato de mulheres e da sua luta con-tra o cancro, a fechar o pano de mais esta edição.

Programa20 de MaioQuinta Valenciana, Seixal

09h - Recepção aos participan-tes

09:30h - Mesa de Abertura10:30h Pausa para café10:45h – 12:45h - 3 Sessões Pa-

ralelas: Voluntariado em Saúde; Cidades Inteligentes e Saudáveis; Saúde e Arte

12:45h - Almoço14:15h – 16:15h - 2 Sessões Pa-

ralelas: Cidades Solidárias e Ac-tivas; Saúde no Virtual

16.15h - Pausa para café16:30h - Sessão Plenária

(Des)Igualdades em Saúde17:30h - Encerramento

21 de MaioAuditório Municipal, Fórum

Cultural do Seixal21:30h - Rosa Esperança (tea-

tro) – histórias de luta contra o

vii fórum seixal saudável

2�ºCONVIVIO DOS CONCELHOS DE

ESTARREJA E MURTOSA =======================

PARQUE DAS MERENDAS LARANJEIRO - ALMADA

29 de Maio 2011 =========================

AUTOCARRO EM PARDILHÓ Contacto: Nazaré Endireita -

962590155

O RioSul Shopping acolhe a 2ª Feira do Emprego e Carreira do Seixal, entre

os dias 12 e 15 de Maio, no par-que de estacionamento exterior do Piso 1, numa paerceria com a Câmara Municipal e O CLDS - Contrato de Desenvolvimento Local de Arrentela

O RioSul Shopping acolhe pelo segundo ano consecutivo, a realização desta iniciativa, através da qual se pretende pro-porcionar à população activa e às empresas, o ambiente ideal para a troca de contactos, expe-riências e vivências, criando uma plataforma de oferta de emprego e soluções alternativas ao desem-prego.

Este evento conta com a par-ticipação de várias Instituições públicas e privadas, tais como a Câmara Municipal do Seixal, Marinha Portuguesa, IEFP, Bombeiros do Seixal, Escola Profissional de Almada, Raibow, BES, MyJobs – recursos huma-nos, FACP, Lda., Partner Hotel, 4NTEP – Escola de Massagem e Novas Terapias, EPAD – Luso, Market Up, Instituto Piaget, Mc Donalds, Millenium BCP, ou-tras.

Durante o evento, os visitan-tes poderão contar também com

uma programação de “conver-sas abertas/balcão emprego”, onde algumas das empresas e instituições presentes na feira proporcionarão momentos de formação e informação através de palestras.

Tendo em conta o contexto só-cio-economico actual, é funda-mental procurar soluções para

a questão do desemprego ou da procura do primeiro emprego, pois são esperados nesta feira também um grande número de estudantes finalistas. A 2ª Feira do Emprego e da Carreira do Seixal é assim a oportunidade ideal para todos os que procu-ram um novo rumo para a sua vida profissional.

riosul sHopping recebe 2ª feirado emprego e da carreira do seixal mês de maio no bispo

NESTE MÊS DE MAIO O RESTAURANTE O BISPO VOL-TA AO HORÁRIO DE VERÃO E PASSAMOS A ESTAR ABERTOS AO ALMOÇO E JANTAR DURANTE OS 7 DIAS DA SEMANA.

PARA ESTE FIM DE SEMANA A MUSICA SERÁ:- 6ª feira - ZÉZE BARBOSA e a musica de Cabo Verde;-Sábado - JOSÉ MANUEL ÉSSE- Domingo - ao almoço – ARTUR QUARESMA e o seu teclado

O Bispo fica no Casco Antigo do Seixal, entre a Marginal e a Av. Paiva Coelho

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Publicidade 08 de Maio de 2011 Jornal do Seixal16

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