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OBreves Diretor: Carlos Pires - Ano 2 - Nº 13 - 19 de Abril de 2013 - Semanário - € 1,00 XS www.obreves.com Açorianas no Departamento Nacional Mulheres Socialistas População desespera pelo Serviço de Finanças “Governo Regional é o responsável pela crise em São Jorge” Página 7 Página 2 Página 4

Jornal O Breves

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Jornal O Breves edição 13

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O B r e v e s Diretor: Carlos Pires - Ano 2 - Nº 13 - 19 de Abril de 2013 - Semanário - € 1,00

XS

www.obreves.com Açorianas no Departamento

Nacional Mulheres Socialistas População desespera pelo

Serviço de Finanças

“Governo Regional é o responsável pela crise em São Jorge”

Página 7

Página 2 Página 4

2 O BREVES - 19 de Abril de 2013

Política

Sociedade

Por: Carlos Pires

A situação do serviço de finanças na vila da Calheta conti-nua a complicar e angustiar os munícipes daquele concelho. Na passada terça-feira, dia 16, os populares que lá se dirigi-ram com o intuito de solucionar os seus problemas depara-ram-se com uma fila de 30 pessoas, encarando uma espera de horas para serem atendidos. Algumas pessoas decidiram tentar o atendimento na seção de Velas, mas como as duas funcionárias que se deslocam à Calheta são de lá, a espera também se verificou. Os munícipes exigem a reabertura do serviço durante os cinco dias úteis da semana, evitando todos estes constran-gimentos e atrasos. A autarquia vê-se numa posição de impotência perante esta situação. Aires Reis, presidente da Câmara Municipal da Calheta, considera inadmissível que se continue a prestar este serviço público de proximidade nestes moldes. “Em mais nenhum outro concelho dos Açores isto acontece. Esta situação de abrir só um dia por semana causa grandes e graves problemas às pessoas, que estão chateadas com razão. Tudo se podia resolver se houvesse boa vontade política. Temos tentado junto do poder político sensibilizar para a reabertura do balcão mas, até agora, nada se conse-guiu”, refere o autarca. “Temos de continuar a lutar por isso, porque entendemos que este concelho tem de ter este serviço aberto os cinco dias por semana como em todos os outros. A população da zona do Topo é a mais penalizada porque por vezes, e após se deslocar à Calheta, não é atendida e tem de seguir em outro dia para as Velas. Torna-se muito complica-do e não podemos admitir esta situação. Já nos tínhamos comprometido com as finanças para, se fosse necessário, a autarquia destacar dois ou três funcionários para colaborarem no funcionamento do balcão do serviço de finanças na vila, acontece, porém, que os serviços de finanças nos respondem constantemente que é necessário este serviço ter um técnico próprio das finanças, o que neste momento não possui”, acres-cente o presidente do município. A indignação e revolta dos populares bate muitas vezes à porta da autarquia, que se sente impotente peran-te tais reivindicações. “O que podemos fazer, e o que sempre fizemos, é disponibilizarmo-nos para fazer parte da solução e não parte do problema”, conclui Aires Reis.

Mais um dia de indignação nas finanças da Calheta

Filas de desespero

O Grupo Municipal do PSD em Velas apresentou um requerimen-to referente aos trabalhos inacabados da asfaltagem dos arrua-mentos do Parque Industrial. O Deputado Municipal do PSD, Mark Marques, considera que no que concerne à Ilha de São Jorge, as nossas empresas são na sua grande maioria pequenas empresas. “Nos tempos de crise que atravessamos, é comum ouvir todas as entidades públicas e privadas, falarem da importância que tem, em se estimular as pequenas e médias empresas. É preciso pas-sar das palavras às ações, e criar de facto condições para que as nossas empresas se mantenham em atividade, porque é através das mesmas que são criados muitos postos de trabalho. Conside-rando que a asfaltagem dos arruamentos do Parque Industrial das Velas, ao que parecia decorria normalmente”, refere no requeri-mento. Assim, solicita os seguintes elementos: no entender do Município esta obra está concluída? Que razão levou à interrupção dos trabalhos neste Parque Industrial? Para quando se prevê o recomeço e acabamento da mesma?

Asfaltagem dos arruamentos do Parque Industrial inacabada

Grupo Municipal do PSD/Velas requer esclarecimentos

O Grupo Parlamentar do PSD/Açores efetuou uma visita oficial às instituições culturais do concelho da Calheta, em S. Jorge. No primeiro dia da visita parlamentar às instituições culturais, o Deputado José Andrade, reuniu com a Câmara Municipal, o Museu Francisco de Lacerda, o Grupo Etnográfico da Calheta e a Sociedade Filarmónica Estímulo, acompanhado pelo Deputado António Pedroso. No segundo dia, os parlamentares visitaram a Sociedade Filarmónica União Popular (Ribeira Seca), a Socieda-de Filarmónica Nova Aliança (Santo Antão), a Sociedade Filarmó-nica Recreio Topense (Topo), a Sociedade Filarmónica Recreio Lavradores (S. Antão), a Sociedade Filarmónica Clube União e a Sociedade Filarmónica de S. Lázaro (Norte Pequeno). O intuito das visitas centra-se no conhecimento, por parte deste grupo par-lamentar, dos problemas e preocupações das instituições culturais com o objetivo de preparar propostas parlamentares que venham, de algum modo, de encontro aos anseios das mesmas. “Pretendemos, de uma forma geral, desenvolver um mandato de proximidade e de pro-atividade. Nesta medida, e sempre em con-tato direto com as instituições culturais, tentamos perceber qual é a situação atual, quais são as perspetivas futuras, os anseios, as expetativas, as preocupações desses agentes culturais em todas as ilhas”, afirmou o deputado social-democrata, José Andrade. “A cultura não é, nem deve ser, um parente pobre no processo de desenvolvimento dos Açores. A cultura popular é o que mais nos valoriza enquanto povo e as filarmónicas dão uma base importan-tíssima a essa cultura. Por isso devem continuar a ser apoiadas, devem ser cada vez mais consideradas, estimadas e estimuladas para manterem esta função, não apenas cultural mas também recreativa, social e até turística e económica. As nossas filarmóni-cas têm uma importância transversal”, referiu o parlamentar na conclusão da reunião com a direção da Sociedade Filarmónica União Popular, na Ribeira Seca.

O BREVES - 19 de Abril de 2013 3

Por: Carlos Pires

Sociedade Por: Carlos Pires

Política

Por: Carlos Pires

ESTAS E OUTRAS NOTÍCIAS EM WWW.OBREVES.COM

“A cultura não é, nem deve ser, um parente pobre no processo de desenvolvimento dos Açores”

PSD/Açores afirma

Aprovado na Assembleia Legislativa Regional

Complemento Regional de Pensão salvaguardado

A proposta de alteração ao regime jurídico de atribuição do Complemento Regional de Pensão apresentada pelo Governo dos Açores, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa, vai beneficiar diretamente 1.244 idosos açorianos. A Secretária Regional da Solidariedade Social, durante a discussão em plenário, salientou que esta iniciativa legislativa preten-de “repor um direito que assistia a esses idosos”. Nesse sentido, referiu que a alteração hoje aprovada pelo parlamento regio-nal visa salvaguardar os pensionistas com rendimentos entre 595 e 675 euros, que, este ano, passaram a ter taxados em sede de IRS. A Secretária Regional sublinhou ser preocupação do Governo dos Açores “atenuar, dentro das suas possibilidades, os impactos negativos das deci-sões do Governo da República”. Piedade Lalanda frisou que o Complemento Regional de Pensão é uma medida de que o executivo açoriano se orgulha, considerando “importante que se reponha um direito que assistia" aos idosos. A Secretária Regional adiantou ainda que “nem tudo na política é investi-mento financeiro” e que “a conciliação e a capacidade de travar efeitos negativos também faz parte da atuação política”. O diploma hoje aprovado pela Assembleia Legislativa dos Açores estabele-ce o regime jurídico da atribuição do acréscimo regional ao salário mínimo, do complemento regional de pensão e da remuneração complementar.

O Breves (O.B.) – Na vossa opinião, acham que os Açores saíram reforçados nesta lista?

Ana Luís (A.L.) – Penso que sim. Acho importante a inclusão de duas açorianas nesta lista, não só para reforçar a situação dos Açores mas, também, porque temos sido um exemplo da inclusão de mulheres e da

sua importância na vida ativa política. Por isso foi importante. Catarina Furtado ( C.F.) – É preciso destacar que não foi só estarem duas açorianas na lista, a atual presidente da Assembleia Legislati-va dos Açores, Ana Luís, ocupou o número um da lista e isso por si só é inédito até porque não existe nenhuma federação do departamento nos Açores. Nós, aqui nos Açores, mesmo sem o departamento temos conseguido sempre integrar as mulheres e cumprir, muito além das quotas, a presença feminina em tudo o que é política no PS. O. B. – Entendem que o DNMS tem feito um bom trabalho junto das mulheres açorianas que desempenham cargos políticos quer parlamentares quer autárquicos?

C.F. – O departamento surgiu exatamente porque era necessário as ditas quotas. Como referi há pouco, aqui nos Açores o Partido Socialista, por si, sempre teve o cuidado de cumprir muito além disso. Veja-se que a lei da paridade não inclui a eleição da Assembleia Legislativa Regional e o partido cumpre muito além do que vai na lei da paridade. Julgo que o departa-mento foi muito importante para a inclusão da mulher não só na vida política mas para ter iniciativa de políticas ativas de família, de integração da vida familiar com a vida profissional e cumpre este desígnio ainda se bem que já não com a relevância que já teve. O.B. – A intenção desta moção de alterar a estrutura do departamento é benéfica?

A.L. – Acho que sim. A candidata Graça Fonseca deixou bem claro que o seu objetivo era que o departamento pudesse ter mais autonomia. O departamento teve o seu espaço de debate e de fórum, o que é extremamente importante, mas era preciso ir mais além. Graça Fonseca tinha esse objetivo, deixar que o departamento fosse um departamento de mulheres mas que se pudesse falar da igualdade no verdadeiro sentido da palavra e que pudéssemos efetiva-mente começar a debater questões prementes da nossa sociedade, relacionadas com a igual-dade de direitos, com a igualdade de acessos, mas que não fosse restritivo só das mulheres. A autonomia deste departamento, tornando-o semelhante à Juventude Socialista, podia criar outra expressão ao próprio departamento para que a sua atividade pudesse ser mais efetive e chegar mais longe no país e nas regiões autónomas. O.B. – Em relação às propostas da vossa lista, qual a que podem destacar como a implementar com mais urgência?

C.F. – Julgo, na minha perspetiva e na minha opinião pessoal e própria, é exatamente a transformação do departamento e a mudança do nome. Creio que atualmente o nome é um pouco estigmatizante. Já fez muito sentido, mas cada vez mais é necessário uma envolvência de Homens e Mulheres nesta partilha de política e na sua criação. Se pretendemos ter direitos iguais e lutar por uma igualdade de opor-tunidades, independentemente do género, das opções sexuais, do profissionalismo, de etnias, temos de fazer isso de uma forma transversal e integrada. Podendo criar uma estrutura com autonomia financeira e administrativa própria, nós conseguiríamos isso. Não só pela mudança do nome, pela organização interna que isso permitiria, e depois também por uma disponibili-dade e uma integração no global do partido que é mais consentânea com a sociedade de hoje e com a dinâmica social que no país e ao nível do mundo existem. O.B. – Em relação ao resultado eleitoral obtido e tendo ganho nos Açores mas perdido a nível nacional, temem que pouco mude dentro do DNMS?

C.F. – A nova presidente tem, quanto a mim, um handicap que foi não ter vindo aos Açores. O que sei da sua moção foi o que saiu na comunicação social e que é público. Tendo ganho, de fato, de uma forma expressiva a nível do território continental, não sei que peso teremos nes-sa mudança e até que ponto acatará as opiniões e as propostas da nossa lista. No entanto, estou convencida que as candidatas da lista B vão debater-se na Comissão Política Nacional por fazer propostas que sejam aceites, credíveis e que caminhem num sentido de ser esse o futuro do departamento. Já há algum tempo, e estou a recordar-me da última eleição que hou-ve, já se falava nisto. No último Congresso Nacional falou-se nisso e é mesmo necessário que seja efetivado. Portanto creio que é uma dinâmica que se vai gerando, que agora teve muita expressão já numa pretensão da lista B e pode ser que tenhamos essa oportunidade no próxi-

mo ato eleitoral. Espero outra atenção do departamento porque, embora nunca tenha existido uma federação aqui, nós sempre estivemos recetivas a atividades do DNMS, e estou certa que agora estando a Ana Luís na Comissão Nacional estou convencida que pode ter outra expressão cá, se estiver integrado no Plano de Atividades, vindas aqui onde estaremos sem-pre hospitaleiras e recetivas. O.B. – Pensa que esta presença açoriana pode motivar o aparecimento de mais mulhe-res na cena política regional?

A.L. – Poderá motivar. Acima de tudo penso que efetivamente há sempre lugar a que cada

vez haja maior debate e as atividades que a Catarina referiu há pouco, e que eu espero poder

também influenciar mesmo não tendo a lista B ganho, sensibilizar a nova presidente para estes aspetos. Este será mais um fórum onde

podemos discutir as mulheres nos Açores. Penso que acima de tudo o nosso exemplo é que pode ou não motivar a entrada de mais

mulheres quer para a vida política quer para outras áreas da nossa sociedade.

4 O BREVES - 19 de Abril de 2013

Por: Carlos Pires

Açorianas no DNMS Ana Luísa Luís e Catarina Moniz Furtado

No rescaldo dos resultados eleitorais do passado fim-de-semana na

eleição da nova presidente do Departamento Nacional das Mulheres

Socialistas (DNMS), “O Breves” entrevistou as duas representantes

açorianas na Lista B à Comissão Política Nacional, Ana Luísa Luís,

primeira da lista, e Catarina Moniz Furtado, vigésima terceira, no

apoio à Moção “Novas Ideias em Ação” de Graça Fonseca.

Política

O BREVES - 19 de Abril de 2013 5

FICHA TÉCNICA - Propriedade: Associação de Amigos para a Divulgação das Tradições da Ilha de São Jorge, NIPC: 509893678. NRT: 126151, Semanário, Sede/Redacção: Largo Dr. João Pereira (Praça Velha) - Velas. Contactos: Tel. 295 412 113,E-mail: [email protected]. Director/Chefe de Redação: Carlos Pires, Foto-grafia: O Breves, Foto Oceanus e outros. Design: Redação. Administração: Valdemar Furtado, Carlos Pires e José Bettencourt. Tiragem desta Edição: 500 exemplares. Assinatura anual: 20,00€. TODAS AS CRÓNICAS E ARTIGOS DE OPINIÃO, PUBLICADOS NESTE JORNAL SÃO DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES.

CARTÓRIO NOTARIAL DE VELAS

JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL

Certifico para fins de publicação que, por escritura de quatro de Janeiro de dois mil e doze, lavrada a folhas cinquenta e oito verso e

seguintes do livro de notas para escrituras diversas número trezentos e noventa e nove – B deste Cartório, foi feita uma escritura de

justificação em que foram justificantes GERMANO DE MATOS DOS SANTOS, e mulher MARIA DULCE DIAS DA PONTE,

casados segundo o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Norte Grande (Neves) e ela natural da freguesia

de Urzelina ( S. Mateus) ambas deste concelho, onde residem habitualmente na Rua Maestro Francisco de Lacerda desta vila e fre-

guesia de Velas ( S. Jorge), contribuintes fiscais 133.250.466 e 133.249.980, os quais declararam que são donos e legítimos possui-

dores, com exclusão de outrem, de um quarto do prédio rústico, composto de terra e charneca, sito no lugar de Cancela Grande, fre-

guesia de Rosais, concelho de Velas, inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido sob o artigo 5.274, com o valor

patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo e atribuído, correspondente à indicada fracção, de SETENTA E UM EUROS

SESSENTA E DOIS CÊNTIMOS, descrito na Conservatória do Registo Predial de Velas sob o número duzentos e vinte e três,

registada a aquisição da restante fracção de três quartos a favor dos justificantes pela inscrição relativa à apresentação número dois,

de seis de Dezembro de mil novecentos e noventa e um, e sem qualquer inscrição de aquisição em vigor relativa à quota do identifi-

cado imóvel, que ora se justifica. ----------------------------Que a dita fracção do identificado prédio foi por eles adquirida no dia vinte

e nove do mês de Novembro do ano de mil novecentos e noventa e um, por compra meramente verbal que da mesma fizeram a

Maria Irene Lopes, casada com Jorge Silveira Lopes, residente na freguesia de Rosais, concelho de Velas, pelo que não dispõem de

qualquer título formal para a registar na Conservatória. ---Que, no entanto, desde aquele ano entraram na posse e fruição da totalida-

de do mencionado imóvel, sem interrupções, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade plena,

na convicção de estarem a exercer um direito próprio, aproveitando todas as suas utilidades, limpando-o, desbastando-o, dele fazen-

do pasto para gado, quer por si, quer por intermédio de outras pessoas a quem o têm emprestado, e suportando os respectivos encar-

gos, nomeadamente pagando os respectivos impostos, de forma ostensiva, à vista de toda a gente e sem violência ou oposição de

quem quer que seja, posse esta que assim exerceram até hoje em nome próprio, de modo contínuo, pacífica, publicamente e de boa

fé, o que conduziu à aquisição também da invocada fracção de um quarto do mesmo por usucapião, que, assim, invocam para justifi-

car o seu direito de propriedade para fins de registo. ----------------------------------------------- Está conforme. ------------------------------

Velas, 4 de Janeiro de 2012

A Notária,

Sandra Cristina Pereira Oliveira Campos da Rocha Fontes

Empresa admite Rececionista (M/F)

Requisitos: Carta de Condução 9º ano de escolaridade Bons conhecimentos de Inglês (escrito e falado) Facilidade no relacionamento interpessoal Disponibilidade de horário Conhecimentos e experiência de informática na ótica do utilizador Boa apresentação Enviar currículo para o e-mail [email protected]

ou contate o 916 929 184 até 15 de Maio.

6 O BREVES - 19 de Abril de 2013

O Secretário Regional dos Recursos Naturais reafirmou hoje, na Horta, que o Governo dos Açores mantém o empenho que, desde o início da legislatura, tem colocado no apoio disponibilizado às cooperativas de laticínios de São Jorge e do Pico. Luís Neto Viveiros, numa intervenção na Assembleia Legislativa dos Açores, frisou que, na sequência desse empenho e das reuniões mantidas “desde a primeira hora” com as direções das cooperativas, já foi possível, por exemplo, conseguir a dilatação de pra-zos de pagamento de empréstimos bancários. Por outro lado, no âmbito da reestruturação das dívidas bancárias, também foi possível obter novos financiamentos, que per-mitiram às cooperativas do Pico e de São Jorge liquidar encargos mais imediatos, nomeadamente parte dos paga-mentos devidos aos seus produtores. “Respeitando sempre a nossa máxima de que não iríamos passar cheques em branco” para pagar dívidas resultantes de gestão, reiterou o Secretário Regional dos Recursos Naturais. Relativamente à UNIQUEIJO, Luís Neto Viveiros esclareceu que o Executivo aguarda um parecer final desta união de cooperativas à proposta de protocolo de colaboração apresentada pela Secretaria Regional dos Recursos Naturais. “O protocolo assenta naquilo que tem sido o princípio pelo qual temos pautado a nossa atuação, ou seja, apoiar nos investimentos que promovam a reestruturação” e nas negociações junto de instituições de crédito, por forma “a permitir que os prazos de liquidação dos seus empréstimos fossem alargados de 10 para 20 anos”, disse. Luís Neto Viveiros reafirmou igualmente que os planos de recuperação financeira e estratégica delineados pelo Governo dos Aço-res para executar em quatro anos tendo em vista uma recuperação sustentada das cooperativas, prevê, além do apoio técnico e à gestão, o esforço e compromisso de todas as partes envolvidas. Por essa razão, frisou que, além do Governo dos Açores e das direções das cooperativas, “os produtores terão uma palavra decisiva nesse sucesso”.

Governo Regional reafirma Política

Empenho no apoio disponibilizado às cooperativas de laticínios

As obrigações de serviço público que o Governo dos Aço-res está a “delinear” para o transporte marítimo no arquipé-lago estarão concluídas até ao final do corrente ano, anun-ciou hoje, na Horta, o Secretário Regional do Turismo e Transportes. Vítor Fraga falava na Assembleia Legislati-va, durante o debate de um projeto de resolu-ção apresentado pelo PCP recomendando ao Governo a aquisição de um navio, com capacidade de transporte de passageiros, veículos e carga, para o estabelecimento de uma ligação marítima regular entre as ilhas de São Miguel e Santa Maria. O Secretário Regional considerou que esta proposta do PCP “é claramente uma medida avulsa, incon-sequente e que não se enquadra naquilo que deve ser a boa gestão dos recursos públicos da Região”. “Não vale, por isso, a pena apostarmos em medidas desta natureza”, frisou Vítor Fraga, sublinhando que esta propos-ta não reflete “uma visão global e estratégica do que deve ser o transporte marítimo de passageiros e de cargas nos Açores”, assim como “não visa a eficiência e uma utilização adequada dos recursos públicos”. Nesta área, salientou o Secretário Regional, “o objetivo primordial do Governo é servir com eficiência, eficácia e fiabili-dade as necessidades de mobilidade dos açorianos”, potenciando a criação do mercado interno e promovendo a coe-são económica, social e territorial dos Açores. Vítor Fraga salientou que, nesse sentido, o Governo Regional prepara-se para “estabelecer obrigações de serviço público para promover e criar um tráfego regional, dinamizando os atuais ope-radores locais”. “Iremos igualmente implementar um circuito regular de passageiros e carga rodada entre as ilhas do grupo Central, com tarifário equilibrado e que sirva de regulador do mercado para todo o tráfego na Região”, acrescen-tou. “Trata-se de ter uma visão estratégia que irá certamente revolucionar o transporte marítimo de passageiros e de carga na Região, com o objetivo claro de dinamizar as economias de cada uma das ilhas”, afirmou o Secretário do Turismo e Transportes.

Vítor Fraga garante

Obrigações de serviço público para o transporte marítimo ficam concluídas até final do ano

Por: Carlos Pires

Por: Carlos Pires

Política

Por: Carlos Pires

O BREVES - 19 de Abril de 2013 7

O PSD/Açores responsabilizou o Governo Regional pela atual situação no setor cooperativo de São Jorge, atualmente "com uma dívida que ultrapassa os quinze milhões de euros", e a necessitar "urgentemente" de uma solução sustentável, afinal a produção de queijo é a principal indústria da ilha, "da qual depende direta ou indiretamente a maioria dos jorgenses", disse o deputado António Pedroso. "A realidade é grave e justifica soluções de emergência, pois as famílias dos agricultores jorgenses estão asfixiadas econo-micamente e não aguentam mais", sendo que o PSD/Açores entende que é urgente "o governo regional ajudar os agricul-tores jorgenses, que se encontram sem receber e a sofrer a austeridade de um modelo cooperativo errado do partido socialista", afirmou. "Os atrasos nos pagamentos do leite aos produtores atinge cerca de 8 meses e provocam um efeito dominó na economia de São Jorge, afetando dezenas de empresas e centenas de famílias, havendo algumas sem dinheiro para pagar as contas da mercearia. Qualquer dia, nem o leite será entregue nas fábricas porque não haverá gasóleo para as viaturas o transportarem", acrescentou António Pedroso. O deputado do PSD/Açores lembrou que, "na recente visita a São Jorge foi reconfirmado que não haveria mais cheques para pagar dívidas do setor cooperativo. Não há mais dinheiro, disse com voz límpida e sincera o Senhor Presidente do Governo, perante o olhar estupefacto dos presentes", sublinhou. "Perante um problema de insustentabilidade financeira e incapacidade, e não havendo injeção de dinheiro público num setor moribundo, é curioso pensar qual vai ser a colaboração do governo. Será assistir ao velório, acender as velas ou enterrar o morto e rezar por alma", questionou. "O problema do setor cooperativo de São Jorge não é filho de pai desconhecido, quem fecundou as cooperativas para deixar os jorgenses com a criança nos braços sabemos todos muito bem quem foi. Foi o governo socialista e não deve fugir agora às suas responsabilidades paternais", frisou António Pedroso. O social-democrata reforçou que "é hora de se realizar o estu-do pedido pelo PSD/Açores sobre a sustentabilidade do setor cooperativo. Um estudo imprescindível para conhecer a realida-de do sector e adotar medidas que possam, de uma vez por todas, salvar as cooperativas de São Jorge", adiantou. "Temos vindo a apresentar várias soluções e, como já dissemos, é urgente a criação de um fundo de apoio a estas empresas, com a participação da banca e da Região. Se não agirmos depressa, pode ser demasiado tarde", concluiu.

O Governo "é responsável pela crise no setor cooperativo de São Jorge"

Atividade parlamentar dos deputados eleitos por São Jorge

São Jorge no Parlamento Política

O deputado socialista, Rogério Veiros, afirmou, esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores, que o PS concorda com a constituição de um grupo de trabalho com o objetivo de fazer um estudo aprofundado relativo ao setor cooperativo nos Aço-res. “Há matérias que precisam de ser devidamente esclareci-das para que, após muitos anos, alguns partidos da oposição possam finalmente compreender o que se passa no setor coo-perativo, nomeadamente em S. Jorge”. Para o deputado socia-lista eleito pelo círculo de S. Jorge, “o Governo Regional tem apoiado incondicionalmente o setor cooperativo ao longo dos últimos anos. O Executivo tem estado ao lado das cooperativas ajudando o setor cooperativo para que tenha sucesso. Isto tem acontecido quer em matéria de saneamento financeiro quer no apoio e aprovação dos projetos que as cooperativas apresenta-ram”. Rogério Veiros recordou que não foi o Governo Regional que definiu qual a capacidade de produção a instalar nas dife-rentes cooperativas. “Aquilo que o candidato do PS à Presidên-cia do Governo Regional disse em campanha eleitoral é exatamente aquilo que o atual Presidente, eleito pelos açorianos, está a fazer. Ou seja, não há mais cheques em branco para pagar dívidas para que tudo fique na mesma”, assegurou. De acordo com Rogério Veiros, o Governo Regional entregou ao setor cooperativo de S. Jorge a proposta de protocolo para que seja discutida, em parceria, o futuro do setor. “Também cabe ao setor cooperativo responder com as suas propostas, ideias e convicções à pro-posta que, aliás, já tem há bastante tempo nas mãos para que, mais tarde, não possa vir o maior partido da oposição acusar o Governo de ter imposto as suas ideias e de ser o culpado de tudo o que se passa no setor cooperativo em S. Jorge”. Rogério Ve i-ros salientou ainda que “se há Governo que esteve ao lado do setor cooperativo, que investiu na melhoria das infraestruturas, que apoiou as cooperativas e que com elas trabalhou para aumentar a produtividade dos agricultores, ninguém tem dúvidas que foi o Governo do PS.” O deputado socialista reconheceu ainda que o setor tem problemas que precisam de ser resolvidos e garantiu que o PS estará ao lado dos produtores para que possam ser encontradas as melhores soluções para os desafios com que se depara o setor cooperativo de S. Jorge.

“PS está ao lado do setor cooperativo para ajudar a encontrar as melhores soluções”

Por: Carlos Pires

8 O BREVES - 19 de Abril de 2013

O Bloco de Esquerda denunciou hoje a enorme con-tradição política do presidente do Governo Regional, que há menos de um mês, na discussão do Orça-mento da Região, negou o pagamento, nos Açores, do subsídio retirado por Passos Coelho e Paulo Por-tas, mas que agora, depois do Tribunal Constitucio-nal ter chumbado esta norma do Orçamento de Estado, já diz que o vai pagar “com todo o gosto”. Uma atitude que, lamentavelmente, é a negação dos poderes autonómicos para efeitos políticos imedia-tos. Tendo em conta que a Constituição da Repúbli-ca Portuguesa, o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, assim como a Lei de Finanças Regionais em vigor permitem que os órgãos de governo próprios da Região decidam o pagamento ou não dos subsí-dios de férias, a deputada do BE não aceita que seja o próprio presidente do Governo Regional dos Aço-res “a menorizar, aos olhos do Governo da República, a própria capacidade e os poderes da Autonomia”. E perante o falso argumento do Governo Regional que considera que os Açores não podiam ir em sentido contrário à Lei do Orçamento de Estado, pagando os subsídios de Férias e de Natal nos Açores, Zuraida Soares desafiou mesmo os membros do Governo a apontar, claramente, na Constituição, no Estatuto Político-Administrativo dos Açores, ou na Lei de Finanças Regionais, quais os artigos que determinam esta impossibilidade. Aliás, basta lembrar a existência da Remuneração Compensatória para provar que os Açores têm Autonomia para con-trariar os cortes efetuados no continente, como assinalou a deputada do Bloco.

“Considerar que a Autonomia está debaixo de fogo, por parte do Governo PSD/CDS, não é mera retórica, nem figura

de estilo. É, antes de tudo, uma triste constatação a que a vida nos tem obrigado”, lamentou ainda a deputada do BE.

Zuraida Soares denuncia

Governo revela contradição política

no pagamento dos subsídios

A Secretária Regional da Solidariedade Social considerou estranho que o CDS-PP Açores não se manifeste contra a redução de 12 milhões de euros nas transferências da Segurança Social para a Região, decidida pelo Governo da República. “A Região perdeu 12 milhões de euros ao nível da Segurança Social, isso não o incomoda minimamente?”, questionou Piedade Lalan-da durante um debate na Assembleia Legislati-va na sequência de uma declaração política apresentada pelo líder parlamentar do CDS-PP Açores. A Secretaria Regional lamentou também que o Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, tenha considerado numa reunião que “o Corvo é como Bragança”, frisando Piedade Lalanda que as duas realidades não são iguais. “A República, se não sabe devia saber, que numa região arquipelágica temos que ter em todas as ilhas um lar de idosos, uma creche”, afirmou. Apesar do corte nos montantes previstos para apoio direto às popula-ções e dos custos acrescidos que resultam da necessidade de multiplicar infraestruturas sociais, Piedade Lalanda rejeitou o recurso a uma política social retrógrada de caráter assistencialista. “Não é essa a visão do Governo dos Açores”, afirmou a Secretaria Regional, defendendo uma “política social que tende para a autonomização dos beneficiários”, no respeito pela dignidade humana. “Seja no apoio aos idosos, seja no apoio às crianças, seja no apoio aos jovens, o que se pretende a vários níveis, e posso dar vários exemplos, é criar sistemas de autonomização”, afirmou Piedade Lalanda.

Piedade Lalanda lamenta

República corta 12 M€ nas transferências para a Região

Regional

Regional

Por: Carlos Pires

Por: Carlos Pires

Por: Carlos Pires

O BREVES - 19 de Abril de 2013 9

O Presidente do PSD/Açores lamentou que o governo regio-nal tenha cortado três milhões de euros do Fundo de Com-pensação Social numa altura em que tantas famílias açoria-nas "atravessam momentos de grandes dificuldades". Duarte Freitas, que falava no plenário do parlamento regional, salientou que "em 2012, o governo regional, que considera o Fundo de Compensação Social uma boa medida de governa-ção, atribui-lhe 11 milhões de euros enquanto este ano atri-buiu apenas oito milhões". "Ora, no Orçamento regional, afirma-se que o Fundo de Com-pensação Social é um mecanismo que se destina a minimizar os efeitos da austeridade nacional pelo que se concluiu que o governo regional e o Partido Socialista entendem que a auste-ridade nacional este ano é menor do que a do ano passado",

disse Duarte Freitas. O líder dos social-democratas açorianos voltou a manifestar a disponibilidade do PSD/Açores para ajudar a resolver os problemas dramáticos de pobreza que se estão a registar, mas incentivou o Par-tido Socialista a abandonar a postura que tem tido: "o partido socialista tem de deixar de se desculpar com a República e começar a resolver problemas. Temos Autonomia para resolver estes problemas, temos um parla-mento regional para resolver problemas". Duarte Freitas lamentou, por isso, "a postura do governo regional e do Partido Socialista, que em público criticam a oposição, mas depois em privado pedem ajuda e apoio". O Presidente do PSD/Açores lamentou ainda que continuem a ocorrer nos Açores situações como a relatada num Telejornal da RTP/Açores em que um cidadão "pediu a um deputado do Partido Socialista para que lhe arranjas-sem dinheiro para pagar o empréstimo da compra de um carro". "Esse apoio foi dado, mas agora dizem-lhe que não há dinheiro nem para o carro, nem para a casa, nem para nada. Isto mostra bem a lógica das políticas socialistas de apoio social", concluiu.

Duarte Freitas critica austeridade regional Regional

“Governo responsável por cortes nos apoios do Fundo de Compensação Social”

O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores Artur Lima denunciou, esta quinta-feira, que o Governo Regional está a desperdiçar “mais de um milhão de euros” disponibilizados pela República para combater a fome e a pobreza nos Açores, nomeadamente através da implementação do programa das can-tinas sociais. Numa declaração política sobre a situação de carência social e financeira porque passam muitas famílias nos Açores, Artur Lima considerou “incompreensível”, “inaceitável” e “inexplicável” que o Governo Açoriano tenha pedido à República “mais de um milhão de euros” para a implementação do programa de emergência alimentar, ou seja, das cantinas sociais na Região, mas que “até agora só tenha cabimentado 389 mil euros e apenas se tenham executado 6100 euros”. “Como é que se compreende que com este dinheiro todo que a

República disponibilizou à Região o Governo Regional ainda não tenha aproveitado para fazer face à fome nos Açores? Os senhores pedem mais de um milhão de euros à República, mas as nossas crianças e as nossas famílias andam a passar fome nos Açores”, apontou o Líder Parlamentar popular. Artur Lima citou vários estudos e estatísticas elabora-dos e tornados públicos ao longo da última década de governação socialista para constatar que a pobreza “se agudiza a cada dia que passa” no arquipélago, registando que “o problema vem de trás” e que “não muda” porque “o Governo socialista mantém a mesma política, não tem ideias e porque o sistema da segurança social nos Açores está formatado para se autossustentar e não para ajudar os outros”. Os democratas-cristãos, acentuando que já nos últimos dois plenários tinham abordado a problemática da fome e da pobreza nas ilhas, constataram que “por confrontar o Governo Regional e a maioria socialista com esta realidade” foram acusados “de lançar o caos, o pânico e a descrença na sociedade Açoriana”, contrariando que “o caos das falên-cias, o pânico do desemprego e a descrença num futuro com futuro, já não são sintomas, mas antes uma triste realida-de”.

Artur Lima denuncia gestão regional

Governo desperdiça um milhão da República para Cantinas Sociais

Por: Carlos Pires

Regional

Antes de tudo, não quero deixar passar o meu agradecimento ao Carlos, pela sim-patia e cordialidade com que me tem tratado. É com gosto que começo hoje a colaborar no Jornal de todos os jorgen-ses. Desejo a todos tudo de bom e estou ao dispor de todos os açorianos. Surgiram agora na imprensa escrita os últimos dados sobre o turismo. É chocan-te para não dizer vergonhoso que os Açores continuem esqueci-dos no mapa das rotas turísticas especialmente nacionais. O Governo do Partido Socialista prometeu mundos e fundos mas não concretizou na realidade nada, ficou-se pelo campo das inten-ções e nada de concretizações. Fizeram-se campanhas atrás de campanhas, esbanjou-se rodos de dinheiro e para quê? A monta-nha pariu um rato. Podemos então perguntar, o que andou o ex-Secretário Regional da Economia e atual Presidente do Governo a fazer, mais os seus assessores? A resposta só pode ser uma - NADA, absolutamente NADA. Foi uma Secretaria do faz de conta, sem estratégias, sem opções e mais grave ainda sem norte. Prometeu mas não cumpriu, pro-meteu muito mas desconhecia a realidade, andou num mundo de fantasias, com campanhas disparatadas sem nexo nem objetivo. O Governo Regional, agarrou-se ferozmente ao mercado nórdico, quando todos os agentes hoteleiros o consideravam uma má aposta, ainda por cima com viagens subsidiadas, só na antiga União Soviética é que existia esse modelo, mas para os seus. O governo Regional pelo contrário, pensou apenas nos outros, nem no mercado nacional tiveram a ousadia de o fazer, não somos nós PSD que o diz mas sim os números que falam por si. E que dizer dos transportes? Onde estão as tão propaladas tarifas aéreas a preços económicos? Ficaram mais uma vez no vale dos esqueci-dos, pois parece nunca ter sido sua intenção, tomar como uma batalha, sua, essas medidas. Mas o mais caricato da situação é que o atualmente o GR teima em resolver, aquilo que não conseguiu resolver ao longo de 16 anos. Pior do que um cego é aquele que não quer ver, está na altura do GR assumir as suas responsabilidades e de fazer uma mea culpa pois os açorianos estão fartos de serem enganados com vãs promessas, que nunca viram ser concretizadas. Nem tudo foi mau, mas na grande maioria das vezes só existe uma palavra para definir as políticas para o turismo, PÉSSIMA. Quem é e por onde anda o Diretor Regional do Turismo? A culpa dos números é da crise, é da república, não nas más polí-ticas do governo socialista açoriano, dirá o Governo Regional. Vamos parar de atirar areia para os olhos, vamos parar de fazer o mais fácil, criticar os outros, é a forma mais fácil de governar, enquanto se critica, não se fala do que é essencial, o que fazer para atenuar e combater a crise nos Açores. Não se pode exercer a governação apenas baseado em boas intenções, são necessárias estratégias e principalmente objetivos bem definidos e foi isso que não aconteceu. Perdeu-se tempo, perdeu-se oportunidades e agora está-se a ver o resultado. Uma economia desestruturada, aumento de desemprego, especialmen-te na construção civil, falências e postos de trabalho que se perde-ram e continuam-se a perder. Chega a um ponto em que nem para a frente nem para trás, estamos num impasse, mercê de dezasseis anos de governação socialista. Um bom governo, distin-gue-se pela clareza das suas ideias, pela exposição dos seus objetivos e não pela mera retórica oca. E como se vive tempos áureos no setor do turismo, como os hotéis se encontram cheios, o Governo Regional, vai apoiar a construção de mais dois hotéis na ilha de São Miguel. É de bradar aos céus. O turismo açoriano está mau, sem fio condutor e ao invés de se apoiar os empresá-rios hoteleiros que estão no mercado e que tudo fazem para não fechar portas, passando dificuldades, lutando para manter postos de trabalho. Mais uma unidade hoteleira vai fechar no final do mês de Maio, 30 postos de trabalho em causa. Que medidas vão ser tomadas, para que ate ao final deste ano, não se fechem mais umas dezenas de unidades de alojamento. Os açorianos precisam de melhor, para melhor viverem.

10 O BREVES - 19 de Abril de 2013

Por aí……….

Por: Aida Amaral Opinião

Comemorou-se durante o mês passado, mais concretamente no dia 19 de março, o Dia Mundial do Serviço Social. Este ano, surge num momento especialmente difícil perante uma crise financeira, eco-nómica, política e social como não se via em Portugal há cerca de 70 anos, neste quadro de forte política de austeridade

desgovernada do Governo da República, onde expõe e agudi-za as desigualdades sociais, aumentando as situações de pobreza no nosso país. Os assistentes sociais nesta atual cri-se revelam enormes preocupações principalmente, no que se refere à elevadíssima taxa de desemprego, à extrema taxa de desemprego jovem, ao agravamento da pobreza nas popula-ções mais vulneráveis, mulheres, idosos, crianças, deficientes, entre outros, à degradação completa da coesão social, à des-proteção social incidindo nas restrições no acesso às presta-ções sociais, à saúde e serviços públicos, e ao reforço das medidas de cariz unicamente assistencialista criadas por este Desgoverno da República. Esta situação traz à nossa popula-ção gravíssimas dificuldades de capacidade de produzir, sen-do que o desemprego jovem, os nossos estudantes, a mão-de-obra mais qualificada que se tem memória deste país não tem horizontes, não conseguem visualizar o futuro, tendo mesmo que emigrar, seguindo o conselho de quem está a provocar esta situação de desesperança nos nossos jovens. Numa aná-lise à prestação social do Rendimento Social de Inserção é um exemplo chocante da desproteção social que se criou com a alteração da Lei recentemente realizada pelo Governo da República, que assevera o limite da dignidade da vida humana e impõe regras que não são assentes nos saberes acumula-dos sobre a pobreza e o perfil das pessoas pobres em Portu-gal, desvirtuando os seus princípios básicos. Esta incapacida-de, incompetência e inaptidão para alterar esta orientação vai representar custos inestimáveis e irreversíveis em termos do sofrimento humano, que se reproduzirão infelizmente por mui-tos anos. Os Assistentes Sociais têm-se confrontado e assisti-do, diariamente nos seus serviços profissionais, a um aumento do desespero das famílias e do sofrimento humano de tantos cidadãos devido à situação de agravamento socioeconómico que estão a passar. Salvaguardamos que estes profissionais têm assumido um papel bastante dinâmico e preponderante na resposta à luta contra a pobreza, desemprego, as desigual-dades sociais e a exclusão social, bem como na promoção de igualdade de oportunidades, inovando o seu compromisso empenhado na promoção do bem estar, da justiça social e defesa dos direitos humanos. Os assistentes sociais são os profissionais que tem em mente o bem-estar coletivo, a inte-gração do indivíduo na sociedade, é uma profissão muito ampla, o assistente social está onde for preciso e necessário, orientando, planeando e promovendo uma vida mais saudável, eliminando ou reduzindo o sentimento de exclusão, indicando caminhos e soluções. É importante invocar a todos os deciso-res, a premência de um exercício governativo da República, dirigido para um investimento social centrado na pessoa humana e um apoio e menção especial e particular aos assis-tentes sociais que apesar dos esforços e coragem diária viram também as suas condições de trabalho ficarem cada vez mais precárias. Uma de muitas das suas funções é aplicação de algumas leis, tal como a atrás citada, ficando assim em muitas situações desprotegidos e em sério risco pessoal, quando estão a defender para as pessoas os direitos humanos e os valores da solidariedade, da justiça social, promovendo as igualdades sociais e económicas; a dignidade das pessoas e o fortalecimento do reconhecimento da importância das relações humanas. É urgente trabalhar e partilhar os mesmos objetivos e aspira-ções, para tentar criar um mundo, um país, que seja pelo menos, socialmente, um pouco mais justo.

O Serviço Social

Por: Lopo Miguel Santos

Deputada Regional PSD

O BREVES - 19 de Abril de 2013 11

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A energia geotérmica constitui

um recurso endógeno muito

importante para a Ilha Terceira

contribuindo, decisivamente,

para uma maior autonomia ener-

gética e, como tal, representa um importante fator de

competitividade. O projeto da produção de energia

geotérmica na Ilha Terceira arrancou no ano 2000

com estudos geofísicos, tendo o Governo Regional

anunciado o início da produção para finais de 2006.

Situação que não se verificou. Posteriormente, foi

anunciado pela GeoTerceira que todo o processo

estava atrasado e, assim, a Central Geotérmica da

Terceira não estaria concluída em 2009 como estava

previsto mas sim em 2011. Ou seja, um atraso de

dois anos.

Depois, foi comunicado pela GeoTerceira que a Cen-

tral Geotérmica talvez estaria concluída em 2012,

uma vez que os resultados da prospeção não foram

os esperados. Dos 12 megawatts previstos afinal só

se pode construir uma central elétrica para a produ-

ção de 3 megawatts.

Ora, de anúncio em anúncio o Governo Regional, e

desde o ano 2000, foi criando expectativas que não

coincidiam com a real situação desta produção. Com

efeito, nenhum Governo pode afirmar datas e cons-

cientemente estabelecer prazos e muito menos deles

fazer propaganda politica, pois a natureza do que

falamos não permite certezas absolutas. Mas a gra-

vidade da propaganda política reside no facto dos

responsáveis governamentais terem conhecimento

destas incertezas e terem omitido aos Terceirenses

estas circunstâncias. Com quase 27 milhões de

euros investidos a verdade é que ainda não existem

garantias que possamos ter produção de energia

geotérmica na Ilha Terceira de modo sustentado e

de acordo com o prometido. Agora existem novos

anúncios de investimento, os mesmos que ocorre-

ram antes das eleições regionais, mas continuamos

ainda sem a sua concretização. Acima de tudo, é

preciso humildade para reconhecer quando os proje-

tos falham, com a agravante de se atirar para frente

com novos anúncios de investimento para fazer

esquecer o insucesso. Todos queremos que a ener-

gia geotérmica seja uma realidade na Ilha Terceira,

mas com responsabilidade politica.

Opinião Por: António Ventura

As expetativas da energia geotérmica

Deputado Regional PSD

O Sindicato representativo dos funcionários da SATA emitiu um pré-aviso de greve para os dias 23 a 25 de Abril e 2 a 4 de Maio, períodos coincidentes com a realiza-ção do SATA Rali Açores e Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, respetivamente. Em causa está a falta de acordo entre sindicatos, administração da SATA e Governo dos Açores, dono da empresa, para aplicar à transportadora o mesmo “princípio de acor-do” estabelecido entre a TAP e o Governo da Repú-blica. Assim, pelo segundo ano consecutivo, a SATA preju-dica as maiores festas religiosas dos Açores, que dão um grande contributo ao turismo e à economia, só que, este ano, com bónus: também prejudica o SATA Rali Açores (um evento de grande importância turísti-ca e com grande projeção e promoção internacional da imagem dos Açores). Ora, a atuação do Governo Regional em todo este processo tem sido absolutamente irresponsável, ati-rando as suas responsabilidades para a República. O Governo não tem manifestado qualquer interesse em resolver esta situação, sendo, por isso, o principal responsável pela eventual realização da greve e por todos os efeitos negativos, prejudicando deliberada-mente a nossa anémica economia e o nosso débil turismo. Exigia-se um Governo Regional atuante e defensor intransigente dos interesses dos Açorianos. Mas o Governo em vez de governar desculpa-se… com a República! Se não inverter a sua posição este Gover-no socialista ficará para a história como o principal responsável por agudizar ainda mais as graves difi-culdades económicas da Região. E porquê? Porque assinou um memorando de enten-dimento com a República onde o próprio Governo Regional se comprometeu a aplicar nos Açores toda a austeridade prevista na Lei do Orçamento de Esta-do. Algum dia havia de ser… o Governo começa a

enredar-se na sua própria teia!

Por: Artur Lima

Deputado Regional CDS-PP

Voto de Protesto

23 de Abril (terça feira) Dia de São Jorge 10h00 – Cerimónia de Entronização de novos confrades da Confraria do Queijo de São Jorge.

Local : Salão Nobre dos Paços do Concelho

11h00 – Missa Solene seguida da Procissão de Padroeiro “São Jorge”, com a participação

das Cruzes Paroquiais do Concelho.

Local: Igreja Matriz das Velas

14h00 – “I Dia de São Jorge” Geocaching, colaboração de Pedro Silva (Teamjorgenses)

Local: Auditório Municipal das Velas

17h00 – Sessão Solene do Dia de São Jorge, com a entrega de Medalhas de Prata do Município aos

senhores Paulo Manuel Sousa da Silva, Alexandre Araújo Cabral da Silveira Soares,

José Damião Almeida, Manuel Cardoso Alvernaz e à Irmã Filomena.

Local: Salão Nobre dos Paços do Concelho

19h00 – Atuação da Grupo Folclórico da Casa do Povo dos Rosais.

Local: Jardim da República

20h00 – Harmonização Enogastronómica - Degustação de produtos locais, organização

Adeliaçor/EFTH

Local: Restaurante Basalto

21h30 – Atuação do Coro e Orquestra Musicodesporart

Local: Igreja Matriz das Velas

24 de Abril (quarta feira) Dia da Escola 09h30 - Concentração das crianças / Início das atividades desportivas e Lúdicas, com a

colaboração da Escola EB/S de Velas e Associação de Estudantes EBS de Velas.

Local: Campo Municipal das Velas

09h45 – Atividades para as crianças, com a colaboração da Associação de Estudantes EB/S de

Velas

Local: Campo Municipal das Velas

10h00 – Abertura do Parque dos Insufláveis.

Local: Campo Municipal das Velas

12h30 - Lanche para todas as crianças participantes, oferecido pela Câmara Municipal das

Velas.

Local: Campo Municipal das Velas

14h00 – Atuação do Palhaço Pezinho

Local: Campo Municipal das Velas

15h00 – Atuação da Escola de Dança Gimni Centro, colaboração do Gimni Centro Health Club

Local: Campo Municipal das Velas

20h30 – Cantigas ao Desafio com os cantadores; Nuno da Paz, João Bettencourt e Bruno Oliveira

e tocadores Alcindo Bettencourt e Joelma Sequeira

Local: Jardim da República

22h30 – Atuação da Banda “Bandilha”

Local: Jardim da República

00h00 - Atuação do DJ Diogo Vieira

Local: Jardim da República

25 de Abril (quinta feira) Dia da Liberdade 09h30 – Passeio Pedestre “Dia da Liberdade”, Entrada Fajã João Dias - Paços do Concelho

Local: Concentração no parque de estacionamento Fajã de João Dias

14h00 – Desfile de Carros Alegóricos, Filarmónicas, Grupos e Charanga dos

Bombeiros Voluntários de Velas

20h30 – Atuação do Grupo Etnográfico da Beira

Local: Jardim da República

22h00 – Entrega de Troféus do concurso de Carros Alegóricos e da prova ”I Dia de São Jorge”

Local: Jardim da República

22h30 – Atuação do Grupo “Baú”

Local: Jardim da República

Programa

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