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pág Entrevista Roberto Dinamite pág Registro de Atleta TMS é o novo sistema de transferência internacional de jogadores O Goool Neles!!! Primeira edição do jornal da SAFERJ é sucesso no cenário esportivo RIO DE JANEIRO, MAIO DE 2010 ANO I - Nº 2 FUNDADO EM 19/11/1979 SAFERJ firma parceria com plano de Saúde CAMIM Pág 3 Do anonimato a fama, Caio fala sobre a carreira Pág 2 JORNAL SAFERJ 01celso.indd 1 06/05/10 06:17

Jornal o Goool! - Nº02

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EntrevistaRoberto

Dinamite

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Registrode Atleta

TMS é o novo sistema de transferência internacional

de jogadores

O Goool Neles!!!Primeira edição do jornal da SAFERJ é sucesso no cenário esportivo

RIO DE JANEIRO, MAIO DE 2010 ANO I - Nº 2 FUNDADO EM 19/11/1979

SAFERJ firma parceria com plano de Saúde CAMIM

Pág 3

Do anonimato a fama, Caio fala sobre a carreira

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Geral

Por conhecer bem os problemas da profissão e suas consequências, estamos chamando a atenção de todos para que reflitam sobre ser um atleta de futebol, pois, sem dúvida, é uma das profissões mais interessantes, dentre as diversas existentes.

Assim como existe o glamour, armadilhas perigosas estão no caminho, principalmente daqueles atletas que não se preocupam em manter um comportamento ético e profissional.

A carreira é curta e, infelizmente, apenas uma parcela muito pequena consegue chegar ao final com sucesso e independência financeira.

Apesar do dia-a-dia de um atleta ser puxado, devido a treinos, jogos, viagens e concentrações, é de extrema importância que o atleta encontre força para se preparar além do campo de futebol. Estudar, ou buscar algum tipo de formação, irá ajudar muito ao encerrar a carreira, cri-ando assim, uma possibilidade maior na sequência de sua vida e, conseqüentemente, de sua família também.

O Saferj nos próximos meses estará disponibilizando cur-sos de informática, línguas e técnicas de futebol para seus associados, com o objetivo de contribuir com uma nova formação profissional e assim gerar possibilidades futuras.

Talismã, coringa, carta na manga. Foi as-sim que o jovem Caio de 19 anos chamou

a atenção de todos neste Campeonato Carioca pelo Botafogo.

Mas o título de talismã preocupa o jogador. “Eu estou acostumado a entrar no segundo tempo e fazer gols decisivos, mas isso nem sempre vai dar certo, e quando não der virá a cobrança da torcida, e isso preocupa, ainda bem que recebo muito conselho da minha famí-lia” revela Caio.

Mesmo cotado pela imprensa, o xodó da torcida alvinegra, busca a vaga de titular. “Tô sempre disposto a ajudar, mas ninguém gos-ta de ficar na reserva. Eu treino forte, tento sempre chamar a atenção para poder ser titu-lar no time”.

Antes de estourar na mídia carioca, a es-trela de Caio já brilhava desde pequeno. Aos dez anos foi morar nos Estados Unidos, e com seu futebol e carisma já encantava a todos.

Através de uma proposta do Volta Redonda, Caio retornou ao Brasil e o bom desempenho no Campeonato Carioca na categoria juvenil , o le-vou a jogar quatro meses no São Paulo F.C., que demonstrou interesse na compra do atleta, mas como não houve acordo entre as direto-rias, Caio retornou ao Volta Redonda.

O jogador chegou ao Botafogo por se desta-car em um jogo contra o Flamengo, na Gávea. “Eu vinha fazendo um bom trabalho no campe-onato do OPG, e nessa partida joguei muito bem

e fiz um gol, o auxiliar do Estevan Soares, Ger-son Sodré, que assistiu ao jogo gostou de mim e me levou para o Botafogo.” comemora Caio.

Eu estou acostumado a entrar no segundo tempo e

fazer gols decisivos, mas isso nem sempre vai dar certo

Ao chegar a equipe profissional do Alvinegro, ficou no banco de reservas pela primeira vez, na partida contra o Palmeiras no campeonato brasileiro de 2009. “Foi uma sensação maravil-hosa, fiquei muito animado e prometi pra mim mesmo que 2010 tinha que ser o meu ano. Fiz uma boa pré temporada, trabalhei firme e está dando tudo certo” festeja o jogador que teve proposta para deixar o Botafogo. “Recebi proposta de um clube da Itália, mas primeiro quero fazer um bom campeonato brasileiro, me destacar e ser mais valorizado” afirma o talismã que deixa um recado para os companheiros que estão na luta por uma oportunidade no futebol. “Tem que trabalhar forte, manter os pés no chão. E o estudo é fundamental. Meu pai tem um ditado que eu sempre levo comigo: craque na bola craque na escola.”

na Bola e na Escola● Danielle Esperon

Sindicato da Paraíba Parceria com o “prefeito amigo dos atletas profis-sionais da Paraíba”.O Projeto também contri-bui para um novo emprego de ex-atletas em funções como instrutores de fute-bol responsáveis pela for-mação cultural e social de crianças. O Projeto poderá se entender a médio prazo por toda Paraíba.

Sindicato do Ceará PROJETO FUTEBOL HOJE:

Este projeto social con-templa atletas de futebol profissional que se encon-tram sem clube. O SAFECE pretende reeditar em breve este projeto que proporcio-na oportunidade para estes atletas manterem a forma física, técnica e coletiva, através de treinamentos e jogos amistosos, enquanto não retornam ao mercado de trabalho. Já participa-ram deste projeto atletas como: Jardel, Maurílio, Mazinho Lima, Clodoaldo, Otonyel, Alex Magno entre outros.

SAFERJ:Presidente: Alfredo Sampaio1º Vice Presidente: Denson Celço Costa Melo2º Vice Presidente: Jorge Ivo Amaral da SilvaDiretor-Tesoureiro: Luiz Carlos Rebouças e Satana JORNAL O GOOOL!Editora-Chefe: Danielle EsperonDiagramação: Buda Mendes e Celso PupoGráfica: Jornal Lance

CAMPEÃO

Editorial

Alfredo Sampaio

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Federação Nacional dos Atletas Profissionais de de Futebol

Foto: Buda Mendes/Ferj

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(no quadro abaixo tudo que inclui o plano).

A CAMIM é um plano ambu-latorial com 32 anos de credi-bilidade no mercado, dividido na zona oeste com dezoito mil associados e crescendo cada vez mais. Em breve um novo posto em Nova Iguaçu, onde funcionará 24h.

“Essa parceria é muito im-portante para a CAMIM, pois o SAFERJ é uma entidade fortís-sima e vamos poder atingir um público que necessita desse carinho. O atleta pode vir se associar a CAMIM que terá uma atenção especial e um trata-mento diferenciado.” Explica o presidente da CAMIM, Júnior.

www.camim.com.brRealengo 3332-0596Jacarepaguá 3392-2019Campinho 2450-2405Anchieta 2455-6565

de menor expressão” comemo-ra Alfredo Sampaio, presidente do SAFERJ.

O vice presidente, Den-inho, acompanha de perto as dificuldades dos clubes de pequeno porte. “Eu vou sem-pre aos clubes, e os de menor expressão a gente vê a dificul-dade. Eles na maioria das vez-es não tem condições de dar suporte ao atleta em exames de rotina. Essa parceria com certeza vai trazer muitos bene-fícios e tranqüilidade para es-ses atletas trabalharem com segurança.” Comenta Deninho.

É importante para o atleta se cuidar e saber que sua famí-lia também está segura. Pen-sando nisso, que o plano dá o direito do atleta agregar sua família e fazer todos os exames como: eletrocardiograma, par-te de bioquímica, hematologia e exames de sangue e outros

Uma Saudável ParceriaAtletas associados ao SAFERJ terão direito a plano de saúde a partir de R$ 27,00

Mais do que qualquer outro profissional, o atleta de

futebol necessita de cuidados com a saúde, para exercer suas funções perfeitamente. Em vis-ta disso, o SAFERJ firmou uma parceria com o grupo CAMIM, a fim de oferecer um plano de saúde acessível a qualquer atleta associado ao Sindicato pagando uma mensalidade que varia entre R$27,00 E R$62,00 (dependendo da idade).

Para usufruir do plano, o atleta tem que ser associa-do ao SAFERJ, e para isto, o mesmo terá que comparecer ao Sindicato para ter sua car-teira, e ainda haverá um corre-tor autorizado pelo SAFERJ que irá aos clubes para maiores in-formações sobre os benefícios da nova parceria.

Preocupado com a saúde dos atletas e tendo em vista que os planos de saúde são caros e nem todos podem pagar, que a diretoria do SAF-ERJ buscou mais um benefício para seus atletas. Este plano dá direito ao atleta realizar consultas e exames gratuitos, além de 50% de desconto em internações, cirurgias e out-ros procedimentos (ver quadro abaixo). Assim o atleta pode garantir sua saúde além dos campos de futebol.

O plano de saúde CAMIM foi o único que aceitou firmar um convênio com um plano espe-cial. “ Para o SAFERJ é mais uma conquista, pois estamos sempre buscando benefícios para os atletas. E a CAMIM foi o único plano de saúde que aceitou firmar um contrato com um valor específico e de acordo com a realidade dos atletas que atuam em clubes

Negócios

Foto: Leandro Becker/Saferj

Presidende do SAFERJ ,Alfredo Sampaio, no momento da assinatura do contrato com Junior, presidente da Camim

● Danielle Esperon

Conheça o Plano00 – 28 R$ 27,00 ( por vida )29 – 43 R$ 35,00 ( por vida )44 – 58 R$ 45,00 ( por vida )Maior ou igual 59 R$ 62,00 ( por vida )

Benefícios:1° Consultas médicas nas especiali-

dades: ( sem carência ) Clínica Médica, Pediatria, Cardiologia,

Urologia, Gastroenterologia, Geriatria, Ginecologia, Alergologia, Angiologia, Endocrinologia, Clínica Cirúrgica, Ob-stetrícia, Neurologia, Ortopedia, Derma-tologia, Otorrinolaringologia, Proctologia e Odontologia;

2º Serviços complementares de diag-nóstico: ( sem carência )

Curativo, aplicações de injeções, veri-ficação de pressão, Nebulização Sim-ples, Repouso na Emergência em até 12 horas.

3° Medicações como: ( carência de 30 dias )

Glicose, Lasix, Novalgina, Adrenalina, Baralgin, Aminofilina, Atropina, Cedi-lamide, Buscopan, Plasil, , Dipirona.

4° Exames Laboratoriais: ( carência de 90 dias )

Hemograma Completo, Glicose, Fator RH, Grupo Sangüíneo, Uréia, Amilase, Creatinina, Lipase, Colesterol Total, Par-asitológico (fezes), EAS (urina), E.C.G., Preventivo do Câncer Ginecológico.

5º Raio-X ( carência de 120 dias ) Ante braço, Braço, Clavícula, Articulação

escapulo umeral, Cotovelo, Crânio PA/Lateral, Fêmur, Joelho, Mão, Pé, Calcâ-neo, Perna, Punho, Seios da face, Tórax PA, Tornozelo.

SAFERJTel.: 2254-8905Endereço: Rua professor Gabisso 237, Tijuca

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Entrevista

Várias faces de Dinamite

Ídolo do Vasco da Gama, Roberto Dinamite fala da tristeza do

rebaixamento, dos novos projetos, Copa do Mundo e carreira

de deputado.

Como foi pra você o momento do rebaixamento do Vasco da Gama no início da sua gestão como Presidente do clube?Roberto: Sofri muito com o rebaixamento como todos os vascaínos. Um sentimento de tristeza, dor. Assumi o clube no meio do ano com uma situa-ção financeira muito delicada. Mas em meio ao sofrimento do rebaixamento já começamos a montar um projeto para dis-putar a segunda divisão e voltar logo para a primeira, e o nosso objetivo foi alcançado. Trazer o Vasco a primeira divisão que é

seu lugar de origem e que nunca deveria ter saído.

Quando você assumiu a presidên-cia do clube teve medo de man-char sua imagem de ídolo com a torcida?Roberto: Eu tinha uma vida tranqüila, equilibrada, ídolo do Vasco, o maior artilheiro da história do clube e eu sabia que se as coisas não aconte-cessem como nós queríamos e como o torcedor desejava, isso poderia gerar um mal estar e o torcedor poderia acabar esque-cendo a minha história dentro do Vasco. Mas eu tive uma sur-presa muito grande, pois eu as-sumi a presidência, no mesmo ano o Vasco foi rebaixado, mas mesmo o clube indo disputar a segunda divisão, o torcedor viu que o trabalho estava ap-enas começando, e enxerga-va com esperança de ver um novo Vasco na minha gestão. Isso me deu uma força muito grande e trabalhamos para re-tornar a elite do futebol e con-tinuamos um trabalho sério para que o torcedor tenha o direito

de sonhar com um Vasco cada vez melhor.

Como você analisa sua gestão?Roberto: A cobrança como pres-idente do Vasco ela vai existir sempre e acho que isso também serve como desafio. Estamos tra-balhando para que o clube possa viver melhor. Temos profissionais trabalhando dentro do Vasco de altíssimo nível, para que possa-mos buscar os resultados que nós precisamos. Estamos procu-rando equilibrar a parte admin-istrativa, nos foi deixado mui-tas pendências trabalhísticas e pendências com atletas, esta-mos trabalhando de uma forma muito clara, transparente. Eu quero retribuir a confiança que o torcedor depositou em mim, fazer um time competitivo para lutar por títulos, que é isso que o torcedor espera.

Quais foram as dificuldades de montar o elenco para disputar uma Série B?Roberto: Muitos jogadores de ponta não queriam disputar a segunda divisão, por isso que

dou um destaque ao Carlos Alberto, que é um jogador de ponta, que já foi campeão do mundo, e se prontificou, assu-miu a posição de líder, puxou a responsabilidade para si, ajudou muito o Vasco e ajuda até hoje, tem uma identificação com o clube muito grande e se tornou um ídolo da torcida. Trouxemos o Dorival Júnior que deu muito certo e jogadores que eram pou-co conhecidos, mas que a união e o trabalho fizeram que o Vasco superasse todas as dificuldades e alcançasse o nosso objetivo que era o título da série B e re-tornar a primeira divisão.

Com o retorno a primeira divisão, o Gaúcho é a grande aposta do Vasco?Roberto: Temos que valorizar a prata da casa, acreditamos na competência do Gaúcho. Sabemos que haverá uma co-brança do torcedor, mas estamos aqui para prestigiar o trabalho do Gaúcho. Agora se ele (Gaúcho) vai ficar até o final do campe-onato, isso eu não sei, porque futebol é resultado. Inclusive a

● Danielle Esperon

Foto: Carlos Junior/Saferj

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Várias faces de Dinamite diretoria do Vasco tem uma relação muito aberta com o gaúcho, já conversamos sobre isso, e vamos dar todas as condições para que esses resultados apareçam. O prestígio do Gaúcho é grande e queremos dar a ele um grupo mais forte, mais competitivo, para os aparecerem, e ele crescer como treinador e claro ajudar o Vasco.

O que esperar do Vasco neste retorno a série A?Roberto: O campeonato brasileiro é uma competição de alto nível, reúne grandes times do futebol brasileiro. Vamos refor-çar o elenco com pelo menos dois ou três jogadores, e dentro de campo vamos lutar pelos resultados.

O que você acha do time que o Dunga vem montando para a Copa do Mundo. Ganso e Neymar teriam vaga?Roberto: Você convoca vinte e dois joga-dores, mas sempre falta alguém. O Ganso e o Neymar são talentosos, agora tirar jogadores que estão servindo a Seleção já há um tempo, jogadores inclusive que já foram testados, é complicado. O Ganso e o Neymar nunca serviram a seleção prin-cipal do Brasil e é um desafio, eles podem arrebentar como podem chegar lá e inibir. Pois tem jogador que joga muito em seu clube, mas chega na Seleção Brasileira e não joga. Na minha visão o Dunga já sabe quem ele vai levar para esta Copa do Mundo na África do Sul, pode acontecer uma ou duas surpresas, mas acredito que ele já tenha o grupo formado.

O Dunga chegou a Seleção Brasileira sem ter treinado nenhum clube. Um treinador da nova geração, como você vê este fato?Roberto: Treinar a Seleção Brasileira é o cargo mais importante e todos os treina-dores gostariam de estar. O Dunga assumiu uma posição, ganhou CopaAmérica e por isso vai a Copa do Mundo, porque é um treinador vencedor. Ele não treinou nenhum clube mas mostrou com-petência a frente da SeleçãoBrasileira.

Quais os favoritos ao título da Copa do Mundo da África do Sul?Roberto: Hoje eu acho que todo mundo

joga muito igual. Então quando isso acon-tece, temos o diferencial, que é o talento; o cara que é fora de série. Com isso o embate direto do Brasil é com a Argentina. O Messi é um jogador de muito talento e que pode decidir um jogo, como o Brasil também pode. Copa do Mundo é conjunto, mas se parar pra pensar, a Copa do Mundo de 94, quando o Brasil foi Campeão, o Parreira montou uma equipe unida, vários jogadores foram importantes, como o Zinho, por ex-emplo, mas o talento estava em cima do

Romário e do Bebeto. Então eu acho que fica entre o Brasil, Argentina, Alemanha e a Espanha como a grande surpresa para esta Copa.

O que levou você a ingressar na carreira política?Roberto: Eu nem pensava em carreira política, eu tinha um foco muito voltado para o futebol, no encerramento da minha carreira. Tudo o que eu queria era encer-rar minha carreira e estar dentro do Vasco, estar dentro de um processo de estar jun-to com os jogadores, ter um trabalho na base e depois num futuro estar dentro de

uma função no time profissional. Isso me foi falado ao longo dos anos. Mas quando eu encerrei a carreira isso não aconteceu de forma oficial. Então me candidatei a Vereador do município do Rio de Janeiro, fiquei dois anos como Vereador, depois me candidatei a DeputadoEstadual. Mas o que me deixa feliz é que nesse novo desafio da minha vida eu fui o primeiro ex-atleta a entrar nesse proces-so político, me eleger e ter uma releição garantida.

No mês de abril, faleceu Gradim, o homem que levou você para o Vasco.Como foi esse momento para você? Tinha contato com ele ainda?Roberto: Tinha contato com ele sim. Gradim me pegou da casa dos meus pais e me trouxe para treinar no Vasco. Se não fosse ele, eu não teria chegado onde cheg-uei. Acredito muito no destino, todos têm uma missão, e ele cumpriu a dele, minha relação era muito legal com ele até hoje, mas ele cumpriu a etapa dele aqui na terra e eu também quero cumprir a minha.

Você como ídolo, o que pode dizer para os que estão começando a carreira no futebol?Roberto: Tem que lutar pelos seus ob-jetivos. Eu falo sempre para as crianças: Sonhem, vocês tem esse direito. Mas tam-bém precisamos dar condições para poder proporcionar esse sonho. A relação familiar também é muito importante, o estudo. O futebol te dá a experiência de você conviver integralmente com pessoas diferentes de você. Por isso eu digo Sonhem e lutem. Pois eu sempre lutei, tracei minhas metas e fui em busca delas, e isso me levou a ser uma pessoa vitoriosa.

Na edição anterior, o Zico foi o nosso entrev-istado. Vocês sempre foram rivais dentro do campo, e fora das quatro linhas?Roberto: Eu estava lendo o jornal e vi a en-trevista com o Zico, sempre fomos grandes adversários em campo, mas temos uma relação muito boa, de respeito, começa-mos praticamente juntos. A rivalidade entre Vasco e Flamengo era e é muito grande, mas nunca precisei falar mal do Zico para que o maracanã tivesse 100 mil pessoas.

Muitos jogadores de ponta não queriam disputar a segunda divisão, por isso que dou um destaque ao Carlos Alberto, que é um jogador de ponta, que já foi campeão do mundo, e se prontificou, assumiu a posição de líder,

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CBF Treinamento de TMS na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), ministrado por Marcelo Wellisch, TMS Manager da CBF

A FIFA poderá super-visionar os detalhes de cada transferência em qualquer etapa do pro-cesso. O TMS contribui para proteger os joga-dores menores de idade. A partir de outubro se um menor for registra-do pela primeira vez em um clube do exterior ou for transferido para um país que não seja o de origem, esta decisão deverá ser aprovada primeiro pela comissão do estatuto do jogador da FIFA. “Antigamente a CBF transferia e não tinha muita regra para impedir; agora há a reg-ra da CBF que não per-mite, da FIFA e do gov-erno brasileiro.” Diz Luiz Gustavo.

Outro dos benefí-cios do TMS é em rela-ção os clubes que for-mam jogadores, já que se pode utilizar para ajudar a garantir que esses clubes recebam a compensação justa pela formação do joga-dor menor de idade.

Uma grande inovação acaba de chegar para o sistema

administrativo do Futebol. A nova ferramenta eletrônica de transferências de corre-spondência (TMS) está sendo implantado para dar mais agi-lidade às transferências inter-nacionais dos jogadores.

O que antes era feito através de fax, agora é feito de forma eletrônica. “Antes fazíamos três certificados de transferência, um ficava na CBF, outro ia para o país que estava sendo feito a transfe-rência e outro para a FIFA. Eu assinava milhares de papéis e como era feito tudo a mão eu começava a fazer desde o dia primeiro de janeiro e liberava tudo no dia 15, que é quando abre a janela de transferência. Agora com este novo sistema a rapidez é maior e a FIFA terá o controle absoluto e vai sa-ber de tudo o que está acon-tecendo” explica Luiz Gustavo, diretor de registro da CBF.

Após o México ter implanta-do o TMS, o Brasil é o segundo país a aderir ao novo sistema. O TMS tem a vantagem de ser um sistema eletrônico, de cruzamento de dados onde a transferência pode ser feita em pouco tempo, desde que dentro dos padrões recomendáveis. “Os dois clubes têm que colo-car a mesma informação, os mesmos valores que envolvem a transferência, as condições de pagamento, o número de parcelas, e até o vencimen-

to, pois sem isso o sistema criará uma inadimplência caso o pagamento não seja efet-uado no dia certo.” Diz Luiz Gustavo.

Para isto, a CBF disponibi-lizou o TMS Manager, Marcelo Wellisch para viajar todo o Brasil e dar o treinamento. A partir de outubro o TMS será obrigatório e o único meio de fazer uma transferência inter-nacional. “Estou percorrendo as 27 federações do Brasil para dar o treinamento, por ser um sistema muito rigoroso, sendo fundamental que todos os clubes participem deste treinamento, uma vez que em outubro ele será obrigatório. Os clubes que não utilizarem o TMS não poderão fazer a trans-ferência” explica Marcelo, que alerta: “Não adianta o clube que não fez o treinamento ten-tar usar o TMS. Pois tem que abrir uma conta para o clube,

que só pode ser criada após o treinamento e mediante a as-sinatura de um termo onde ele afirma que os dados que estão sendo inseridos ali são confi-denciais e pertinentes ao clube dele, a FIFA e as entidades que estão envolvidas com aquela informação. Sendo assim com a garantia quanto ao sigilo das informações, a CBF encami- nha este documento a FIFA e só com esse documento que

a FIFA abre a conta. Portanto não adianta tentar perguntar para um companheiro como faz que não irá adiantar.”.

Na última janela de trans-ferência todos os clubes grandes utilizaram o TMS, porém é importante ressaltar a todos os clubes, independente de ser grande ou pequeno e da divisão em que se encon-tra, terão que utilizar o TMS para poder fazer as transfer-ências internacionais. “Por isso é importante o treinamento, existem clubes que formam os jogadores para vender para o exterior e aqueles que não foram ao treinamento podem perder uma oportunidade de negócio” revela o TMS Man-ager.

Este sistema é válido para todos os atletas profissionais, mas em breve a FIFA incluirá os atletas amadores, futebol feminino e futsal.

TMS protege osjogadores menores

de idade

TMSo sistema inovador

Existem clubes que formam os jogadores para vender para o

exterior e aqueles que não foram ao treinamento

podem perder uma oportunidade de

negócio

A partir de outubro o TMS será obrigatório e o único meio de fazer uma transferência internacional

Foto: Carlos Junior/SAFERJ

Luiz Gustavo, diretor de registro da CBF, explica o processo de transferência internacional dos jogadores

● Danielle Esperon

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Duque de Caxias é o Rio de Janeiro na série B

Campeonato Brasileiro

Estamos repetindo o editorial da primeira edição pela repercussão que houve entre os atletas.

Salários pagos “por fora” dos contratos

e da carteira de trabalho

O Sindicato não aconselha esse tipo de situação, mas não adianta, também, ignorá-la ou fingir que desconhec-emos que há pagamentos “por fora”. Sabemos que os atle-tas que a aceitam não têm como fugir dela: é a forma de ser contratado; o que fazer então? O que passamos a sug-erir que façam – embora seja difícil, pois quando vocês recebem o pagamento já estão no sufoco – é o seguinte: recebam o valor pago “por fora” (que sempre é pago em dinheiro), depositem no banco em que vocês têm conta e saquem o dinheiro, imediatamente. Desta forma, fica car-acterizada a quantia recebida como salário, o que servirá de prova no momento em que for necessário entrar com uma Reclamação Trabalhista. É necessário, no entanto, infor-mar a vocês que, quando ocorre esse tipo de pagamento, a Previdência e o FGTS deixam de receber a parte deles, que foi paga a vocês “por fora”, e, se vocês sofrerem uma lesão que os deixe em longo tratamento e o clube notificar o fato à Previdência, ela só pagará o benefício no valor que está na carteira e no contrato, o mesmo acontecendo na hora de levantar o FGTS. Usem o site do SAFERJ, se quiserem maiores esclarecimentos.

Editorial

Dra. Yara Macedo

Com a permanência na elite do Campeonato Carioca, o Duque de Caxias é o Rio de

Janeiro na série B do Campeonato Brasileiro. E para 2010, a equipe da Baixada Fluminense busca uma colocação confortável na tabela e claro, almeja uma vaga para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

E para reforçar o elenco, Gabriel, Romário e Jougle, que pertencem ao Botafogo Futebol e Regatas, e dispensados pelo técnico Joel San-tana, chegam ao Duque de Caxias para somar e fazer uma boa campanha.

No ano de 2009, a equipe da Baixada Flu-minense teve uma campanha irregular no início da competição, terminando o primeiro semes-tre na 13a colocação. Já no segundo semestre conseguiu uma reabilitação e após ficar seis jogos invictos, o Duque de Caxias terminou a competição em 8o lugar.

● Danielle Esperon

HISTÓRIAS ENGRAÇADAS CONTADAS POR BOLEIROS “contada por Zico”

“Que quartinho quente”

É comum chegar nos clubes jogadores de fora. E no Flamengo não era diferente, nosso grupo era de profis-sionais, mas um grupo muito gozador, brincalhão. Uma vez chegou um jogador chamado Merica que veio de Alagoinhas, na Bahia. Então como era de costume, re-solvemos fazer uma brincadeira com ele. Um dia, Merica chegou bem vestido, e o chamamos para bater um papo. Fomos levando o Merica para dentro da sauna. E todos os jogadores começaram a tirar a roupa, ficando de sunga apenas. O Merica não estava entendendo nada e queria sair. Aí falamos: - Ah Merica, vamos conversar, como é em Alagoinhas? E de repente Merica começou a suar e disse:

-Vem cá, vocês não tinham um lugar melhor pra conversar não? Que quartinho quente esse daqui!

Coitado, nós já imaginávamos que ele não sabia o que era sauna e fizemos essa brincadeira com ele, foi muito divertido e a gozação foi geral.

Fotos: Buda Mendes

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Fotos Direito de Arena e Jornal o Goool!

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