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VOZES VOZES Destaques EDITORIAL Estamos a comemorar o nosso 19º Ani- versário, com atividades prati- camente por todo o mês. Co- meçou com a exposição de pintura no Polivalente da Bi- blioteca da Horta, com traba- lhos lindíssimos dos utentes do projeto “Moviment’arte” e só terminará no dia 24, com a entrega de prémios das re- gatas de vela ligeira nas clas- ses de optimist, laser, 420 e Acess. Como tem sido habitu- al, neste dia surge mais uma edição a 7º, do Jornal VO- ZES, que irá dar a conhecer a todos, aquilo que tem sido o nosso trabalho, que apenas e só tem por objetivo dotar to- (continua na pág. 2) Destaques Centro Dia da Conceição Pág. 2 ATL “Arco-íris” à descoberta do Centro de Interpretação do Vulcão Pág. 4 Com o apoio da APADIF muitos locais do Faial acessíveis a invisuais Pág. 4 Férias Ativas 2012 Pág. 5 A realidade atual Pág. 6 Monitores em regime de voluntariado Pág. 6 Ao jeito de uma pincelada Pág. 7 “Flores” do nosso jardim! Pág. 9 Esboços Pág. 8 Trilhos Saudáveis Pág. 9 Vela pata Todos – Faial Sem Limites Pág. 10 Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações Pág. 15 Moviment’arte em ação na Comunidade Pág. 17 Porquê voluntária? Porquê a APADIF? Pág. 16 Exposição da APADIF patente ao público até ao dia 9 no Polivalente da Biblioteca Pública Pág. 20 Trilhos Saudáveis no Mar Pág. 12 Confeção Massa Sovada Pág. 14 Plano Municipal de Prevenção das Toxicodependências da Horta Pág. 13 Por uma sociedade melhor A inclusão é o caminho Pág. 14 1.ª Gala Regional da Pessoa com Deficiência, 3 de dezembro de 2011 Faial sem limites - Vela para todos Inauguração do Centro de Dia da Conceição, 3 de dezembro de 2011

Jornal "Vozes"

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Jornal Anual da APADIF

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Page 1: Jornal "Vozes"

Página 1Novembro 2012 VOZE S

EDITORIAL

VOZESVOZES

(continua na pág. 2)

Como já vem sendo habitual é editado no dia do nosso aniversário, onosso jornal VOZES.

É nossa intenção dar a conhecer aos nossos associados e ao públicoFaialense, aquilo que fizemos no último ano.

São várias as frentes que entrevimos, desde as crianças, jovens e atéidosos.

Temos investido bastante na formação dos nossos técnicos, para quepossam dar a resposta adequada a cada chamamento.

Já alguns anos, que temos vindo a trabalhar, realizando váriasactividades lúdicas, com a finalidade de prevenir o uso e o abuso dassubstâncias psicoactivas, numa parceria com a Direcção Regional daPrevenção e Combate às Dependências com óptimos resultados. Ainda

DestaquesEDITORIAL

Estamos a comemorar o nosso 19º Ani-versário, com atividades prati-

camente por todo o mês. Co-meçou com a exposição de pintura no Polivalente da Bi-blioteca da Horta, com traba-lhos lindíssimos dos utentes do projeto “Moviment’arte” e só terminará no dia 24, com a entrega de prémios das re-gatas de vela ligeira nas clas-ses de optimist, laser, 420 e Acess.

Como tem sido habitu-al, neste dia surge mais uma edição a 7º, do Jornal VO-ZES, que irá dar a conhecer a todos, aquilo que tem sido o nosso trabalho, que apenas e só tem por objetivo dotar to-

(continua na pág. 2)

DestaquesCentro Dia da Conceição Pág. 2

ATL “Arco-íris” à descoberta do Centro

de Interpretação do Vulcão Pág. 4

Com o apoio da APADIF muitos locais

do Faial acessíveis a invisuais Pág. 4

Férias Ativas 2012 Pág. 5

A realidade atual Pág. 6

Monitores em regime

de voluntariado Pág. 6

Ao jeito de uma pincelada Pág. 7

“Flores” do nosso jardim! Pág. 9

Esboços Pág. 8

Trilhos Saudáveis Pág. 9

Vela pata Todos – Faial Sem Limites Pág. 10

Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações Pág. 15

Moviment’arte em ação na Comunidade Pág. 17

Porquê voluntária? Porquê a APADIF? Pág. 16

Exposição da APADIF patente ao público até ao dia 9 no Polivalente da Biblioteca Pública Pág. 20

Trilhos Saudáveis no Mar Pág. 12

Confeção Massa Sovada Pág. 14

Plano Municipal de Prevenção das Toxicodependências da Horta Pág. 13

Por uma sociedade melhorA inclusão é o caminho Pág. 14

1.ª Gala Regional da Pessoa com Deficiência, 3 de dezembro de 2011

Faial sem limites - Vela para todos

Inauguração do Centro de Dia da Conceição, 3 de dezembro de 2011

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dos os nossos utentes das diferentes áreas de in-tervenção com competências e conhecimentos com vista à sua inserção na Sociedade.

Estamos orgulhosos, pelo trabalho desenvol-vido em todas as nossas valências, mas gosta-ríamos de salientar algumas, que nos terá dado outra visibilidade, estou-me a referir concreta-mente à primeira Gala regional do dia Interna-cional da pessoa com deficiência, transmitida pela RTP – AÇORES, diretamente do Teatro Faialense, pena que para este ano nada este-ja previsto. A inauguração do Centro de dia da Conceição e a sua entrada em funcionamento foi uma mais-valia para a ilha do Faial, pois veio colmatar uma necessidade que se vinha a sentir à vários anos. Queríamos igualmente enaltecer e vicar o sucesso que tem sido o Pro-jeto FAIAL SEM LIMITES - Vela para todos , que para muitas era mais uma iniciativa falha-da , veio provar que afinal estávamos cheios de razão quando andávamos a bater às portas , que se iam fechando, até que o Clube Naval da Hor-ta e Academia do Bacalhau , não só acreditaram como incentivaram e hoje todos estamos felizes pelo êxito, e por termos sido os pioneiros nos Açores.

Gostaríamos em 2013,de entre muitas ini-ciativas, arrancarmos com a Sede dos Trilhos Saudáveis, no Bairro das Pedreiras. Já temos projeto e terreno, falta agora o financiamento. Vamos trabalhar para que isso seja mesmo uma realidade, porque é impossível trabalharmos nas condições em que estamos.

A nossa Instituição é uma grande valia no Faial, não só pelos empregos que cria, mas por todo o trabalho que tem vindo a desenvol-ver, mas se é verdade que muito foi feito, muito mais haverá que fazer. Nós iremos estar atentos, que o Governo agora empossado reforce o pa-pel das IPSS , dando os meios necessários para que possam desempenhar o seu papel no pre-sente e no futuro.

BASTA DE INCERTEZAS.

José Alberto Fialho

EDITORIAL(conclusão da pág. 1)

Centro Dia da ConceiçãoO Centro de Dia da Conceição é uma valência da

Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial, no qual possui um Acordo de Coope-ração com a Secretaria Regional da Solidariedade e Segurança Social.

Ao instituir-se Centro de Dia, procurou-se que o mesmo possibilitasse uma oferta diversificada de serviços tais como: cuidados de higiene e conforto, alimentação, tratamento de roupas, convívio/ocupa-ção, férias organizadas, acolhimento temporário.

Esta resposta social, desenvolvida em equipa-mento, contribui para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar, visando a promoção da au-tonomia e a prevenção de situações de dependência ou o seu agravamento.

Pretendemos promover uma forma de ocupação dos idosos que lhes permita sentirem-se saudáveis, capazes de desempenhar funções e atividades, al-cançar expectativas e desejos e manterem ativos no seu meio, ou seja, de terem alguma função social que lhes proporcione uma boa qualidade de vida.

Sendo assim, este Centro possui diversas ativida-des/ateliers tais como:

• Atelier de Expressão Plástica;• Atelier de Culinária;• Atividade Cultural;• Dinâmicas de Grupo;• Informática;• Jogos de Mesa;• Atelier de Alfabetização;• Atividades de carater social e intelectual;• Visualização de filmes;• Visitas;

(continua na pág. 3)

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(conclusão da pág. 2)

• Passeios;• Comemoração de dias festivos• Atividade Física.E como a prática de exercício físico é muito im-

portante no dia a dia dos nossos idosos, o Centro de Dia da Conceição aliou-se ao Projeto de intervenção comunitária “Controle a Tensão”, que está a cargo dos alunos do Curso de Pós Licenciatura de Espe-cialização em Enfermagem Comunitária. No âmbito deste projeto foram realizadas diversas atividades físicas tais como visitas ao jardim botânico com jardinagem, prática de exercício físico no Ginásio Corpuseven e aulas com Go gym Lisa Medeiros, e visita ao Club Naval da Horta, com a apresentação “Vela para todos – Faial sem Limites”. A apresen-tação deste projeto criou bastante entusiasmo nos idosos, uma vez que é uma atividade diferente que nunca imaginaram um dia poder realizar. Os idosos visitaram o Club Naval da Horta no intuito de verem as embarcações Access, e todo o processo envolven-te, para comprovarem o conforto da embarcação e a nocção de segurança que transmite. Para finalizar

a visita, cerca de 15 idosos voluntariaram-se para dar um passeio pela baia da horta, a bordo de um semi rígido “Eric Tabarly”, para a maioria deles a primeira experiencia numa embarcação semi rígida. A felicidade de quem foi no passeio era patente em todos os rostos.

É de salientar a pratica de exercício físico pois retarda o processo de envelhecimento. Se a saúde física é muito importante para o bem-estar, as ativi-dades de carácter intelectual e social não podem ser descuradas já que representam uma parte não menos importante. Na verdade, só existe bem-estar quando é atingido o equilíbrio entre a condição física e a intelectual.

O contacto social é cada vez mais importante à medida que se envelhece, altura em que aumenta o tempo livre e em que a ajuda mútua e a companhia são fundamentais.

No Centro de Dia da Conceição, procuramos possibilitar uma oferta diversificada de serviços, apoiando a família, permitindo que o idoso, perma-neça, o maior tempo possível, no seu meio habitual de vida, retardando a institucionalização. Promove-mos um envelhecimento ativo e saudável!

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O ATL “Arco-Íris” é uma das valências da APADIF a funcionar desde o ano de 2002, tem capaci-dade máxima para 40 crianças.

Na época de verão 2012, devido às férias de alguns pais ou fami-liares, apenas frequentaram o ATL aproximadamente 20 crianças dia-riamente.

Após alguns contatos surgiu a oportunidade de visitar o centro de interpretação do Vulcão dos Cape-linhos, um passeio diferente, com o objetivo de despertar o interes-se das crianças para a história do vulcão dos Capelinhos, a visita foi agendada para 28 de agosto, pelas 11 horas.

Nesta manhã de sol, pelas 10 horas, partimos do ATL “Arco-íris” em direção ao centro de interpreta-ção do vulcão dos Capelinhos, na freguesia do Capelo,15 crianças e 5 funcionários.

Fomos recebidos pela Técnica Superior Geóloga Salomé Mene-ses, que nos deu uma breve apre-

ATL “Arco-íris” à descoberta do Centro de Interpretação do Vulcão

sentação sobre o que era um vulcão e as consequências de uma erupção. De seguida, fomos para o tão ansio-so momento do filme em 3D! Todas as crianças na sala com os enormes óculos na cara, só em si foi um mo-mento a recordarem. Assistimos assim, ao filme, uns calmamente, outros com as mãos no ar a tentar agarrar os “meteoritos a voar”.

Após a visualização do filme, junto com a Técnica passámos a uma visita guiada por entre os cor-redores do centro de interpretação. Seguimos por várias salas onde des-creviam toda formação e atividade do vulcão, de seguida a Técnica proporcionou às crianças um jogo de caça ao tesouro em que tinham como objetivo encontrar o livro da história do vulcão. Encontrado o li-vro ouviram a história e colocaram algumas questões. Finalmente visi-taram a loja do Centro de Interpre-tação onde ofereceram camisolas a todas as crianças, estas estavam muito felizes pelo passeio e pelo que descobriram sobre o vulcão dos Capelinhos.

ATL “Arco-íris”Lúcia Bettencourt e André

Rodrigues

Fruto de uma estreita co-laboração entre a APADIF e o Governo Regional dos Açores , o Centro de inter-pretação do Vulcão dos Ca-pelinhos, desde Setembro de 2011, passou a estar aces-sível a um maior numero de pessoas, só possível através de um circuito de apoio aos visitantes invisuais. Assim foi colocada uma sinalé-tica especial no chão que em conjunto com um guia e com legendas em Braille, permite aos cidadãos cegos fazerem uma visita autóno-ma ao Centro. Este trabalho também já ganhou forma no Jardim Botânico do Faial.

A quinta das Buganví-lias desde de Abril de 2012, após uma operação e adap-tação de todas as placas identificativas para Braille e de alguns textos descritivos em português e inglês, pas-sou a estar acessível a todos os cidadãos.

Trabalho idêntico está a ser preparado para a Casa Museu Manuel de Arriaga na cidade da Horta.

Podemos considerar que este tem sido um trabalho inédito nos Açores e que muito nos orgulha.

Com o apoio da APADIF

muitos locais do Faial

acessíveis a invisuais

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O Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil – CDIJ Activar – é uma valência da APADIF dire-cionada para a população jovem, com idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos. Neste sentido, este projeto promoveu este ano as “Férias Ativas 2012”, oferecendo ao seu público alvo um vasto leque de atividades divertidas e enrique-cedoras.

Sendo a população jovem um poço de energia e, ao mesmo tem-po, vulnerabilidade, a equipa do CDIJ Activar criou um plano de atividades diferenciadas, onde os jovens puderam expandir-se nas mais variadas áreas, sem desfocar o objetivo principal: a diversão e a aprendizagem.

Deste modo, no referido plano, estavam inseridas atividades que focavam a promoção da inclusão social e educação; importância da prática do desporto na adolescência para promoção de hábitos de vida saudáveis; atividades que promo-viam um maior e melhor conheci-mento das riquezas oferecidas pela fauna e flora da ilha; momentos de expansão artística; troca de expe-riencias e partilha cultural.

Para ir de encontro aos aspetos pretendidos foram desenvolvidos, durante os meses de julho e agos-to: passeios pedestres – onde os jo-vens foram pioneiros no Trilho do “Atum” ( batizado pelos intervenientes...) e segui-dores no Trilho do Vulcão; idas às diferentes praias e piscinas naturais da ilha – nomeadamente, praia de Porto Pim e praia do Almoxarife, piscinas naturais de Castelo Branco e do Varadouro; concursos de es-culturas na areia; elaboração de artigos para exposi-ção e venda na Semana do Mar; pinturas; jogos de futebol; torneios de ping-pong; torneios de PlayS-tation; jogos de computador; almoços-convívio; e, muito importante salientar, momentos de conversa fiada e partilha de grandes gargalhadas.

Concluído o verão, começaram as aulas. Curio-

sos, pesquisamos juntos turmas e horários, trocando ideias sobre as espetativas do novo ano letivo e de-batendo opiniões acerca das férias extintas.

Podemos dizer que estamos satisfeitos. Em cada dia que passou sentimos o entusiasmo e a presença ativa de cada um. Concluímos com sucesso e apro-veitamento todos os objetivos pretendidos. Resta-nos desejar que este ano letivo corra bem e que nele seja depositada tanta energia e dedicação como as-sistimos nas férias de verão. Se assim for, tornare-mos as próximas férias ainda mais divertidas.

A Equipa do CDIJ Activar

Férias Ativas 2012

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Vivemos num meio social repleto de problemáti-cas, que carecem de resolução imediata, no que res-peita a respostas concretas baseadas na promoção e soluções exequíveis de acordo com as necessidades do público alvo a atingir.

Problemáticas originadas por vários fatores, quer do âmbito económico, quer no âmbito de formação pessoal e social.

No âmbito económico constatamos várias carên-cias originadas pela instabilidade económica, causa-das também pela mudança de politicas sociais exis-tentes, começando pelos cortes orçamentais, que se refletem no poder de compra da população; se antes as dificuldades existiam em determinados contextos sociais, agora com a atual conjuntura económica veio aumentar essas mesmas dificuldades, crescendo o descrédito das populações e baixando a motivação e respostas imediatas para a resolução dos problemas, que vão surgindo.

No que se refere ao contexto de pessoal e social constata-se ainda um baixo nível de habilitações e contextos sociais vulneráveis, por falta de emprego e competências em determinadas áreas.

Embora surjam algumas respostas neste âmbito, existe ainda a necessidade de reunir esforços no sen-tido de encontrar outro tipo de soluções, através de estratégias que sejam exequíveis, mediante a criação de parcerias entre vários Sistemas Organizacionais, com a participação ativa de Técnicos Especializados, com várias áreas de formação, podendo sercriadas equipas multidisciplinares como um meio, onde poderão ser levantados e debatidos vários assuntos, contribuindo para uma melhor sistematização de prá-ticas, que possam ir de encontro às necessidades e satisfação do público alvo, que se pretenda atingir.

Nas experiências vivenciadas na APADIF (Asso-ciação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial), as parcerias criadas com alguns Sistemas Or-ganizacionais têm trazido benefícios entre as partes envolvidas, porque a adoção de mecanismos e estra-tégias com conhecimento de causa foram um meio de dar respostas adequadas às necessidades e ao maior número de exigências, que vão surgindo nesta Área de Intervenção.

As boas práticas deveriam ser um mecanismo de apoio aos Sistemas Organizacionais, porque a siste-matização de práticas, poderão ser um meio de atin-gir-se os objetivos pretendidos.

Leónia Melo

A realidade atual

A expressão “não tenho tempo” ouve-se com fre-quência a pessoas com talentos reconhecidos que, por comodismo ou falta de coragem, se recusam a pô-los ao serviço dos outros. Ao contrário destas pes-soas, encontramos felizmente outras que, apesar de uma vida bastante preenchida, são capazes de dispo-nibilizar-se, dando-se por completo, quando se trata de causas nobres.

Em 2006 a APADIF iniciou o ensino de Trabalhos Manuais a pessoas com deficiência, tendo como mo-nitores voluntários Conceição Quaresma, conhecida artesã faialense, e António Pereira, carpinteiro de pro-fissão. Em 2010 foi criado o projeto Moviment’arte, coordenado pela Dr.ª Marta Faria. Surgiram novos ateliers, entre os quais o de pintura ministrada por outra voluntária, Filomena Pinto, mantendo-se o de Trabalhos Manuais com os mesmos monitores.

António Pereira, embora tenha outros compromis-sos na freguesia onde habita, encontrou tempo para ensinar aos nossos rapazes trabalhos em madeira. “Gosto de trabalhar com eles e quando saio de lá venho sempre bem disposto” diz. Ao organizar os trabalhos “procura ir ao encontro do que gostam de fazer”. Constata com satisfação a evolução que eles têm tido, não só no trabalho, mas também no acrésci-mo de desenvoltura proporcionado pelo desempenho das atividades partilhadas.

Conceição Quaresma esteve connosco até 2011, interrompendo a sua colaboração por motivos fami-liares. Ensinou diferentes trabalhos artesanais, tendo sempre a preocupação da novidade. Afirma sempre: “Gostei muito de lá estar e se pudesse continuava.” Embora houvesse alguma dificuldade no ensino de certos trabalhos, tudo foi ultrapassado com amor.

Fernanda Garcia, sempre cheia de ideias, quando lhe é possível vai ter connosco e ensina algum traba-lho diferente com muita dedicação.

Mais recentemente chegou Marta Scarlati, com toda a sua alegria, disposta a dar o seu melhor. Ela própria dá testemunho neste número de “Vozes” da experiência junto dos nossos utentes.

A todos estes monitores que deram e continuam a dar uma parte importante das suas vidas, ensinando gratuitamente aquilo que sabem, a gratidão da Asso-ciação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial.

Vanda Ângelo

Monitores em regime de voluntariado

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Foi tudo muito simples, assim como uma conversa familiar e já lá vão 2 anos que pela mão de Noémia Pinto entrei nesta Associação como voluntária. Ela acreditou e levou mais alguém a acreditar em mim, para com os utentes do Moviment’arte repartir o meu gosto por telas, pincéis, tintas, enfim combinar cores.

Para quem gosta de desafios, bem que tudo isto foi isso mesmo para mim e para eles utentes, mas a amizade que se gerou, a alegria que emana de cada pincelada conseguida e agradável ao gosto de cada um, o estímulo da parte e sem exceção de todos os que os acompanham, tornaram tudo isto possível e ser-lhe dado o nome de “Atelier de pintura” que muito agradeço e honro, porque os respeito muito, bem como a responsabilidade pela ação desenvolvida.

Tenho conseguido dar-lhes quase tudo, mais do que esperava e isso dá-me muita alegria, essa que encon-tro na alegria deles, pelos trabalhos conseguidos.

Sinto-me enriquecida, nada me foi tirado!Em mais um aniversário, parabéns à APADIF por toda a sua ação, votos de continuidade e sempre muita

iniciativa e entusiasmo para o Moviment’arte, para dar mais e mais aos seus utentes, justificando assim toda a nossa amizade por quem é nosso amigo de verdade.

Filomena Pinto

Ao jeito de uma pincelada

Foi tudo muito simples, assim como uma conversa familiar e já

lá vão 2 anos que pela mão de Noémia Pinto entrei nesta Associação

como voluntária. Ela acreditou e levou mais alguém a acreditar em

mim, para com os utentes do Moviment’arte repartir o meu gosto por

telas, pincéis, tintas, enfim combinar cores.

Para quem gosta de desafios, bem que tudo isto foi isso mesmo

para mim e para eles utentes, mas a amizade que se gerou, a alegria

que emana de cada pincelada conseguida e agradável ao gosto de

cada um, o estímulo da parte e sem exceção de todos os que os

acompanham, tornaram tudo isto possível e ser-lhe dado o nome de

“Atelier de pintura” que muito agradeço e honro, porque os respeito

muito, bem como a responsabilidade pela ação desenvolvida.

Tenho conseguido dar-lhes quase tudo, mais do que esperava e

isso dá-me muita alegria, essa que encontro na alegria deles, pelos

trabalhos conseguidos.

Sinto-me enriquecida, nada me foi tirado!

Em mais um aniversário, parabéns à APADIF por toda a sua

ação, votos de continuidade e sempre muita iniciativa e entusiasmo

para o Moviment’arte, para dar mais e mais aos seus utentes,

Ao jeito de uma pincelada

A APADIF celebra mais um aniversário, mais um ano de descobertas, de sonhos, de ternura, de de-safios, de esperanças, palavras que podem caracterizar aquilo que se chama uma Associação, que une pessoas por motivos e valores em comum.

A este ano, 2012, foi dada a designação de Ano Internacional das Cooperativas ou Cooperativismo e, embora a palavra “cooperativa” esteja mais associada à ideia de algo mais direcionado à parte econó-mica, comercial, do consumo, uma Cooperativa não é mais do que “uma sociedade formada por pessoas com interesses em comum, com o objectivo de conseguir certos fins que beneficiem a todos”, fruto de uma partilha. Por aqui podemos ver a importância da existência de Associações - e não é preciso dizer “ainda mais nos tempos que correm,” pois estas sempre farão a diferença, mesmo em épocas de maior desafogo económico, uma vez que estamos aqui a falar de pessoas, sentimentos, emoções, estamos a fa-lar de outro tipo de riqueza - especialmente como a APADIF, cujo trabalho toca a todos nós, mesmo que indiretamente.

Ao vivermos em sociedade todos nos cruzamos uns com os outros e uma sociedade bonita é uma sociedade que cria oportunidades de bem-estar a todos os que a compõem, e todos têm uma quota parte nessa missão. Viver em sociedade pode ser especialmente difícil, no caso de pessoas com experiências de vida ou em situações físicas mais complicadas mas que simultaneamente se comportam demonstrando um grande coração, se não houver alguém que lhes estenda a mão, ajude a ganhar competências, as ajude a sair, a fazer algo, a contatar com a vida! As ajude a sentir e a perceber que a sua existência tem também um valor inestimável. É o direito de todo o bom cidadão ser respeitado, mesmo sendo aparentemente diferente.

Um feliz aniversário à APADIF, um bem haja a todos aqueles que tem a força e capacidade de pensar nos outros para além de si, especialmente os que mais precisam pois, sem dúvida, nem sempre é o cami-nho mais fácil, mas pode fazer toda a diferença.

Isto faz-me lembrar uma pequena e conhecida história, que é sempre bonita de recordar, e que ainda há pouco tempo li em algum lado:

É a história de um menino que estava a atirar estrelas-do-mar, que tinham vindo parar à areia na ondulação, de volta ao mar. Uma pessoa, que passava, perguntou-lhe o que estava a fazer. Ele respon-deu que estava a salvar as estrelas-do-mar. A pessoa, ao olhar o vasto areal e a enorme quantidade de estrelas na areia, disse-lhe que seria impossível salvá-las a todas e indagou-o então porque o fazia. Ele respondeu-lhe que, para cada uma que ele ajudava, fazia toda a diferença.

Sara Porto

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Página 8 Novembro 2012VOZE S

Mais uma vez, neste espaço, a intenção é o traçar Es-boços, utilizando o selo da APADIF, o papel da realidade e o lápis da psicologia.

O este conceito - “delineamento inicial de uma obra de desenho ou de pintura, uma modelação inicial ou os primeiros traços no toro de uma obra de escultura”.

Assim, mais um pedacinho de caminho nestes esbo-ços, sem a pretensão do desígnio artístico do desenho ou da escultura, mas com o intuito de partilhar temas, de interesse para todos, abrangendo a (dis)funcionalidade, de uma forma, ligeira e compreensiva.

“Há sempre os que são diferentes!”

Numa sala de atividades, uma educadora de infância, que trabalhava o Dia da Árvore, após uma longa sequ-ência de perguntas e respostas, questionou as crianças se todas as árvores teriam raízes. Todas responderam que sim, há excepção de duas que acharam que nem todas precisariam de raízes, pois nem todos tem de ser iguais… “Há sempre os que são diferentes!”

Na espontaneidade da resposta e na prontidão deste pensamento, está de facto uma tomada de posição e de aceitação. Esta consciencialização reflete a interiorização do modo de estar e ser, respeitando os outros, iguais e diferentes.

Desde pequenitos, vamos assimilando os contos que apelam à tomada de consciência das diferenças, como é o caso do Patinho Feio, entre muitas outras que vão sempre surgindo. Em cada nova história relembramos a anterior, porém se nos passar à frente alguém com o cabelo laran-ja, uns óculos pontiagudos, um chapéu de cowboy, e com os sapatos ao contrário, logo murmuramos...!? Contudo, no comentar não reside o problema, falar das diferenças, é valorizar que existem. O desleal é não respeitá-la, é quase humilhá-la, fazendo a diferença mais diferente!

Aqui vai também uma pequena fábula minha …

...Entremos então pela porta do imaginário e deixe-mo-nos embarcar na viagem das palavras a caminho dos sonhos…

A Eugénia era uma girafa muito bela, elegante e ma-jestosa. Por onde passava, todos ficavam a olhar, con-templando a sua beleza. Toda esta admiração tornou-a vaidosa e caprichosa, o que não era apelativo para grandes amizades. E que realmente não as tinha!

Com o passar do tempo nem se apercebeu que a sua beleza deixara de ser tão iluminada, ficara embaciada por tamanha vaidade. Até que, num certo dia, no seu passeio matinal, reparou que já ninguém a admirava e,

Esboçosestonteada com a situação, parou. Observando em por-menor à sua volta, procurou trocar olhares com alguém que reparasse que ela por ali passava… mas nada!

E foram-se sucedendo os dias e ninguém mais repa-rava nela.

A princípio desprezou, achou que não mereciam ta-manha beleza. Depois amuou, ficou zangada e questio-nava-se: «Que se passa com esta gente?». Finalmente, frustrada, entristeceu e a partir daí deixou de se sentir tão bonita, deixou de passear e foi-se sentindo cada vez mais só, cada vez mais diferente! Desagradavelmente di-ferente!

Um dia ao passar junto de outras pessoas, que natu-ralmente ali estavam, sentiu-se envergonhada porque já não era habitual passear, e no meio da atrapalhação, de repente, na inquietude da fuga, tropeçou num ramo caído no chão. Deu umas valentes cambalhotas, bateu com a cabeça num ramo da árvore que logo quebrou e lhe caiu em cima… Fez-se silêncio!

Passada a confusão, baixou a poeira da revolução, e lá estava ela, tão frágil, insegura, só… parecia tão pequena, deitada, enrolada no chão… Os outros foram logo em seu auxílio, tiraram-lhe o ramo de cima e tenta-ram falar-lhe. E nada mais se lembra!

Quando acordou, sentiu que nada estava igual. Com a queda tinha partido uma perna e agora tinha uma pró-tese… Situação estranha e triste, mas que envolta em amigos que a apoiaram, a ajudaram a perceber que tudo estava diferente, mas que podia ser tudo igual.

Então, aquele estranho mecanismo, parecia-lhe ago-ra espantoso, com ele podia na mesma, andar, correr, saltar e até mesmo dançar! Mas agora, talvez tivesse com quem!

Sentia vontade de passear de novo e, ao passar, ti-nha de novo todos os olhares nela, todos queriam ver a sua diferença, tinha uma prótese, e era mais simpática e amiga, no fundo estava muito mais igual… e de novo vaidosa, era diferente, mas igual…

Trazida pela brisa, a poeira mágica desta história, car-rega a mensagem da diferença e do igual, que estão em todo o lado e nas mais pequenas coisas, que se fazem sentir no olhar, no gesto e no sorriso. A importância está no respeitar e no não esquecer que temos todos emoções, umas mais visíveis que outras, umas mais difíceis que outras… Em alguns é mais fácil percebe-las, noutros es-tão mais escondidas! A diferença é conseguirmos ver pe-quenas diferenças em coisas simples e que as tornam úni-cas, mas pertencentes a um todo, e iguais a tantas outras!

por Lina Alvernaz Leal (Psicóloga)Out/2012

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Página 9Novembro 2012 VOZE S

O Projeto Trilhos Saudáveis surgiu em 2007, sendo da responsabi-lidade da APADIF, e conta com a inscrição de 60 jovens, com idades compreendidas entre os 14 e os 29 anos. Este é financiado pela Dire-ção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, sendo a única valência, na ilha do Faial, que funciona de maneira estruturada e com objetivos específicos no âmbito da prevenção das dependências. Assim, tem como objetivos: potenciar a aquisição de hábitos de vida saudáveis; prevenir o mau uso e abuso de substâncias psicoativas; promover o de-senvolvimento de padrões de vida funcionais e ajustados; promover a inclusão dos jovens em situação de risco e abandono escolar; promover a inclusão profissional.

O Projeto desenvolve-se no Bairro das Pedreiras – Horta, ilha do Faial, das 16h00 às 22h00, onde são implementadas diversas ativi-dades que visam promover uma maior proximidade entre os jovens e a sociedade.

Ao longo do tempo, foram-se desenvolvendo um leque bastante diversificado de ateliês, nomeadamente, de trabalhos manuais, dança, mecânica, carpintaria, informática culinária, técnicas de expressão e co-municação, sentimentos, saúde e desporto. Estes têm por objetivo, dotar os jovens de aptidões apropriadas de autoconhecimento, bem como de uma maior responsabilização e consciencialização em relação à própria saúde.

Ao longo dos anos o Projeto possibilitou aos jovens uma participa-ção mais ativa junto da comunidade nomeadamente, através da partici-pação em festas locais, na Semana do Mar, na dinamização de matinés, na participação em diversas exposições de pintura, trabalhos manuais, em intercâmbios com idosos e pessoas com deficiência e no Torneio Regional de Futebol de Rua (2008/2009), com uma equipa e o grupo de Hip-Hop.

Para além do trabalho já referido procedeu-se ao lançamento de um CD intitulado “Trilhando”; à realização de uma curta-metragem “A mi-nha vida dava um filme” e ao lançamento do filme “Os nossos dias no Bairro”.

No ano de 2011 é de salientar a realização de uma viagem à Ilha de São Miguel, possibilitando aos jovens o conhecimento de uma Ilha di-ferente, bem como umas férias diferentes e a realização de uma viagem, visto que muitos jovens nunca tinham saído do Faial.

Atualmente este trabalho está a ser desenvolvido por duas Anima-doras Socioculturais.

Neste momento, a maior dificuldade dos Trilhos é o seu es-paço físico, visto que o atual é um módulo pré-fabricado de reduzidas dimensões e o número de jovens inscritos está sempre a aumentar, o que dificulta, em muito as atividades.

Por vezes, um dos maiores dilemas é as ideias erradas que a popu-lação em geral, tem sobre os jovens que frequentam o Projeto, assim como o bairro que o acolhe. Ideias pré-concebidas negativas, disfuncio-nais e desajustadas.

Como tem-se verificado, estes jovens têm muitas competências e, como tal, têm muito para dar. Só necessitam que acreditem neles e de motivação para que possam fazer sempre mais e melhor.

Flores enfeitam os jardins, as nos-sas casas, estão presentes em eventos, prestigiam o Amor, andam nas nossas estradas enfeitando a Natureza, são-nos oferecidas e estão presentes, em senti-do figurativo, como os nossos Utentes. A nossa Associação tem em abundân-cia “Flores" que preenchem as diversas valências com os seus ateliês diferen-tes que, através dos seus Coordenado-res e Formadores, são motivados para as atividades que lhes estão destinadas e programadas e que são executadas, com todo o interesse, fazendo-os feli-zes e preenchidos.

A oferta é diversa e acarinhada por todos os intervenientes que tem na sua bagagem tanto para dar e completam-se.

Como não há rosas sem espinhos, por vezes, tem que se rever, contornar, ajudar e reorganizar e, com boa von-tade, tudo volta novamente ao normal e, com incentivo de grupo e energias positivas, lá seguimos em frente e vão surgindo as surpresas que nos preen-chem. Ficamos, assim, com a nossa auto-estima a funcionar a 100% e nos-so ego arranca, com grande esperança, porque temos o nosso olhar preso na-queles que, com os seus sorrisos, nos dão o orgulho suficiente para pertencer a este jardim, que colhe flores maravi-lhosas, através de diversas atividades que se reproduzem na ocupação dos seus tempos!

É vê-los chegar a casa e os fami-liares, com certeza, podem confirmar, realizados por mais um dia onde lhes foi proporcionado a realização de tare-fas que muito os estimula e, assim, vão mostrando que têm capacidades para colocar em prática tudo aquilo a que se propõem. Bem hajam todos, incluindo os utentes, “flores” coloridas, que or-namentam as nossas vidas, com todo o amor puro que só eles sabem dar.

Noémia Pinto

“Flores” do nosso jardim!

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Desde Janeiro de 2012, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF) em parceria com o Clube Naval da Horta, promovem o Projecto Vela Para Todos – Faial Sem Limites, vi-sando a inclusão de todos na prática da vela, des-truindo barreiras e preconceitos que ainda possam existir, dando o seu contributo para a construção de uma Sociedade mais justa e aberta à diferença.

Este projecto criou uma escola de vela para to-dos. Não é uma escola exclusiva para pessoas com deficiência, nem é uma escola de vela só para pes-soas ditas normais. Queremos que seja algo de novo e inovador que permita o acesso a todas as pessoas, independentemente do tipo de deficiência, idade, sexo, raça ou religiões, na defesa do direito à dife-rença e igualdade de oportunidades.

A vela como actividade física é um desporto com características muito próprias que desenvolve capacidades variadas, transmitindo ao praticante confiança e autonomia suficiente para ultrapassar situações difíceis que possam surgir no dia-a-dia, favorecendo a auto-estima e a valorização pessoal dos seus praticantes. A vela nos Açores e mais con-cretamente na Ilha do Faial é mais do que pequenos barcos a navegar no horizonte, congrega em torno de uma prática recreativa, desportiva e terapêutica todos os elementos de uma comunidade. Permite não só integrar as pessoas com deficiência como fa-cilitar a compreensão e aceitação da deficiência pela comunidade em geral.

A APADIF e o Clube Naval da Horta defendem uma lógica de inclusão, não só ao nível dos prati-cantes, mas também ao nível das entidades que po-dem promover e valorizar os objectivos que estão subjacentes a este projecto. Queremo-nos associar a outras entidades, públicas ou privadas, mobilizan-do a comunidade em torno desta ideia, construin-do e consolidando gradualmente este projecto, que também passa pela mudança de mentalidades e des-truição de preconceitos em relação às pessoas com deficiência, valorizando as suas capacidades e con-tributos para a construção de uma sociedade mais tolerante e inclusiva.

Objectivos

Ao criarmos uma escola de vela para todos que promova o direito à diferença e a igualdade de opor-tunidades, damos o nosso contributo para a mudança

de mentalidades, abrindo portas para uma sociedade mais justa e tolerante, onde todos podemos partici-par e interagir.

Existem outros objectivos mais específicos a al-cançar:

– Contribuir para o processo de inclusão das pes-soas com deficiência, pela prática de uma modalida-de desportiva de vela adaptada;

– Desenvolver, no âmbito da vela, actividades que possibilitem adaptações às limitações individu-ais, tendo em vista o ajustamento físico, motor, cog-nitivo e sócio-emocional do atleta;

– Reconhecer as oportunidades e recursos da co-munidade, com vista a um melhor aproveitamento e utilização destes no processo de integração do indi-víduo com deficiência na sociedade;

– Desenvolver no Concelho da Horta, um recurso de cariz lúdico, terapêutico e a longo prazo, de com-petição desportiva para as pessoas com deficiência;

– Contribuir para a implementação e crescimento da vela adaptada nos Açores, através de acções de promoção da modalidade;

– Promover a vela nos Açores, com o aumento do número de praticantes, permitindo o acesso à prática da vela a pessoas com deficiência, ou a outros públi-cos, como a comunidade escolar (1º,2º e 3º Ciclo), vela para adultos e população idosa.

Embarcações

As embarcações da classe Access, são uma refe-rência mundial no âmbito da vela adaptada, enqua-drando-se nos objectivos do projecto.

Os Access Dinghies são únicos, devido às suas diversas características originais de concepção:

Vela Para Todos – Faial Sem Limites

(continua na página seguinte)

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1. O sistema enrolador da vela no mastro, que substitui os rizos, ajusta a vela a várias condições de vento, sem necessidade do velejador sair do lugar;

2. O patilhão central lastrado, torna o Access qua-se impossível de virar;

3. O casco côncavo promove mais estabilidade;4. A posição do velejador sentado, virado para a

proa e no fundo da embarcação, em vez da posição lateral, promove uma maior estabilidade.

5. Poderá ser equipado com servo-assistência por joystick que opera electricamente o leme, pode ser controlado com a mão, com o pé, com o queixo ou com qualquer outra parte móvel do corpo.

O Access 303 “Bacalhau” a primeira embarcação do Projecto, foi financiada na totalidade pela Acade-mia do Bacalhau do Faial.

Para a evolução do Projecto, a APADIF e o Clube Naval da Horta adquiriram duas embarcações Access 2.3, em segunda mão, uma enorme mais valia para a evolução da Vela para Todos – Faial Sem Limites.

Funcionamento do Projecto

O Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites funciona três dias por semana, divididos em duas vertentes; uma lúdico-terapêutica para pessoas com deficiência mental; uma competitiva para pessoas com deficiência física.

Vertente lúdico-terapêutica:À sexta-feira participam os clientes do Centro de

Actividades Ocupacionais da Santa Casa da Miseri-córdia da Horta, num total de dezassete velejadores e duas monitoras. Sendo um dia dedicado à vertente lú-dica da vela, devido as características dos velejadores.

À segunda-feira participam os clientes do Projec-to Moviment’arte da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial, num total de doze velejadores e três monitores.

Vertente competitivaAo sábado participam no projecto sete pessoas

com limitações físicas. Devido às regras da compe-tição em Vela Adaptada, que só permite competição para pessoas com deficiência física, será deste grupo que sairão os velejadores que irão participar nas pro-vas regionais e nacionais.

Está em fase de preparação o alargamento do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites para acolher os alunos da UNECA (Unidade Especializa-da com Curriculum Adaptado) – Ocupacional da Es-cola Básica Integrada da Horta e os idosos do Centro de Dia da Conceição.

Vela Adaptada na Semana do Mar

Na ausência de competição a nível regional, sur-giu a oportunidade de incluir no VII Encontro In-ternacional de Vela Ligeira, a realização de regatas da Classe Access, com a participação de velejadores continentais.

Esta foi a primeira oportunidade dos velejado-res faialenses participarem em regatas da Classe, e logo contra velejadores experientes, nomeadamente o número 2 e 3 do ranking nacional, o que permitiu aquilatarem o seu nível competitivo e do que terão de trabalhar para melhorar, para tal foi fundamental a troca de experiências entre todos.

Resultados do VII Encontro Internacional de Vela Ligeira

(continuação da página anterior)

(continua na página seguinte)

Pos Timoneiro Clube Final 1º Fernando Pinto Escola Nacional de Vela Adaptada 4.0 2º José Cavalheiro Clube de Vela de Viana do Castelo 9.0 3º Liberio Santos Clube Naval da Horta 14.0 4º Rui Dowling Clube Naval da Horta 16.0 5º Licio Silva Clube Naval da Horta 16.0 6º Paulo Fernandes Clube de Vela de Viana do Castelo 24.0 Aniversário do Clube Naval da Horta Na Regata do 65º Aniversário do Clube Naval da Horta, os velejadores da competição do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites, voltaram a competir. Pos Timoneiro 1º Rui Dowling 2º Lício Santos 3º Libério Silva

Aniversário da APADIF

As comemoração do aniversário da APADIF conta com uma regata onde todas as Classes da Vela Ligeira do Clube Naval da Horta. Para Rui Dowling, Libério Santos e Licio Silva será a terceira regata que disputam, no entanto, a novidade é realização da primeira regata, para os velejadores Jorge Costa, Vítor Cardoso e Carlos Cardoso na Classe 2.3. Estas regatas só são possíveis com a colaboração do Clube Naval da Madalena, que cede o seu Access 2.3 para a realização das regatas. Futuro do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites Actualmente o Projecto conta com três embarcações, um Access 303 e dois Access 2.3, para completar o desejado será necessário ainda a aquisição de mais duas embarcações, uma Access 2.3 e uma 303. Só com essas cinco embarcações os treinos e os velejadores poderiam evoluir, pois os velejadores ficaram com mais tempo de treino, actualmente o tempo fica limitado com o reduzido número de embarcações. O Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites irá colaborar com o Clube Naval da Madalena, que está a arrancar com o seu Projecto de Vela Adaptada, partilhando experiências, de vela adaptada, organizativas. Na ausência de competição a nível regional, o Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites pretende participar em três provas a nível nacional, nomeadamente, em duas Provas de Apuramento Nacional, para a atribuição do Ranking Nacional e consequente participação em competições internacionais e

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Aniversário do Clube Naval da Horta

Na Regata do 65º Aniversário do Clube Naval da Hor-ta, os velejadores da competição do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites, voltaram a competir.

Aniversário da APADIF

As comemoração do aniversário da APADIF conta com uma regata onde todas as Classes da Vela Ligeira do Clube Naval da Horta. Para Rui Dowling, Libério Santos e Licio Silva será a terceira regata que disputam, no en-tanto, a novidade é realização da primeira regata, para os velejadores Jorge Costa, Vítor Cardoso e Carlos Cardoso na Classe 2.3.

Estas regatas só são possíveis com a colaboração do Clube Naval da Madalena, que cede o seu Access 2.3 para a realização das regatas.

Futuro do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites

Actualmente o Projecto conta com três embarcações, um Access 303 e dois Access 2.3, para completar o de-sejado será necessário ainda a aquisição de mais duas embarcações, uma Access 2.3 e uma 303. Só com essas cinco embarcações os treinos e os velejadores poderiam evoluir, pois os velejadores ficaram com mais tempo de treino, actualmente o tempo fica limitado com o reduzido número de embarcações.

O Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites irá colaborar com o Clube Naval da Madalena, que está a ar-rancar com o seu Projecto de Vela Adaptada, partilhando experiências, de vela adaptada, organizativas.

Na ausência de competição a nível regional, o Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites pretende participar em três provas a nível nacional, nomeadamente, em duas Provas de Apuramento Nacional, para a atribuição do Ranking Nacional e consequente participação em com-petições internacionais e no Campeonato Nacional de Vela Adaptada, que consagra o campeão Nacional, se os apoios financeiros assim o permitirem.

(conclusão da página anterior)

Pos Timoneiro Clube Final 1º Fernando Pinto Escola Nacional de Vela Adaptada 4.0 2º José Cavalheiro Clube de Vela de Viana do Castelo 9.0 3º Liberio Santos Clube Naval da Horta 14.0 4º Rui Dowling Clube Naval da Horta 16.0 5º Licio Silva Clube Naval da Horta 16.0 6º Paulo Fernandes Clube de Vela de Viana do Castelo 24.0 Aniversário do Clube Naval da Horta Na Regata do 65º Aniversário do Clube Naval da Horta, os velejadores da competição do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites, voltaram a competir. Pos Timoneiro 1º Rui Dowling 2º Lício Santos 3º Libério Silva

Aniversário da APADIF

As comemoração do aniversário da APADIF conta com uma regata onde todas as Classes da Vela Ligeira do Clube Naval da Horta. Para Rui Dowling, Libério Santos e Licio Silva será a terceira regata que disputam, no entanto, a novidade é realização da primeira regata, para os velejadores Jorge Costa, Vítor Cardoso e Carlos Cardoso na Classe 2.3. Estas regatas só são possíveis com a colaboração do Clube Naval da Madalena, que cede o seu Access 2.3 para a realização das regatas. Futuro do Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites Actualmente o Projecto conta com três embarcações, um Access 303 e dois Access 2.3, para completar o desejado será necessário ainda a aquisição de mais duas embarcações, uma Access 2.3 e uma 303. Só com essas cinco embarcações os treinos e os velejadores poderiam evoluir, pois os velejadores ficaram com mais tempo de treino, actualmente o tempo fica limitado com o reduzido número de embarcações. O Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites irá colaborar com o Clube Naval da Madalena, que está a arrancar com o seu Projecto de Vela Adaptada, partilhando experiências, de vela adaptada, organizativas. Na ausência de competição a nível regional, o Projecto Vela para Todos – Faial Sem Limites pretende participar em três provas a nível nacional, nomeadamente, em duas Provas de Apuramento Nacional, para a atribuição do Ranking Nacional e consequente participação em competições internacionais e

No decorrer do ano de 2012 e aproveitando a época de veraneio, o Projeto Trilhos Saudá-veis-APADIF decidiu incluir no seu plano de atividades - dar a conhecer a vida marinha aos jovens que frequentam o Projeto.

Considerámos ser importante este tipo de atividade para despertar o interesse por al-gumas atividades marítimo-turísticas desen-volvidas na Ilha do Faial, tais como whale watching e observação da vida subaquática. Estas atividades possibilitaram a aquisição de conhecimentos da fauna e flora marinhos e da geomorfologia da costa da Ilha. Contribu-íram também para despertar para uma maior consciência ecológica e de proteção ambien-tal, assim como o eventual interesse por parte dos jovens nas atividades mencionadas, como possível atividade profissional.

As atividades refe-ridas foram realizadas com o apoio das em-presas Norberto Diver, que proporcionou a ob-servação de baleias e golfinhos e da empresa Ocean Eye, que possi-bilitou um passeio lú-dico-educativo em que foi possível ver no seu habitat natural casta-

nhetas, vejas, estrelas-do-mar, ouriços, algas entre outras espécies de vida marinha.

Estas atividades só foram possíveis graças aos descontos oferecidos pelas empresas que proporcionaram a sua realização, às quais os nossos agradecimentos.

Nilda Garcia

Trilhos Saudáveis no Mar

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Apesar de existirem umas populações mais em risco do que outras, o fenómeno da toxicodependência afeta pessoas de classes e níveis diferentes (Moreira, 2004). De tal forma, que a droga se tem transformado, como sugere Becoña (1999), no principal problema de saúde pública nos países desenvolvidos e a principal preocu-pação dos portugueses, de acordo com Moreira (2004). De acordo com os dados da ONU, 5% da população mundial é dependente de drogas e segundo Wysowsky (1993), nenhuma outra condição provoca tantas mortes e tantas incapacidades e doenças daí resultantes.

Segundo os resultados obtidos no estudo, realizado em 2008, pelo Dr. Alberto Peixoto, sobre as dependên-cias na ilha do Faial, os sinais de preocupação prendem-se primordialmente com o fato de estar a aumentar a prevalência de consumo de tabaco e de drogas abaixo dos 15 anos de idade. Assim sendo, e conhecendo a re-alidade das dependências no Faial, urge a criação, pela Câmara Municipal da Horta, do Plano Municipal de Prevenção das Toxicodependências da Horta.

Este plano assume-se, desde 2010 (data em que a APADIF assumiu a coordenação do mesmo, na pessoa de Marta Faria), como um processo ativo de implemen-tação de duas grandes ações tendentes a promover o em-powerment do cidadão – o Programa “Pinta o Futuro” e a intervenção noturna em contextos festivos da Semana do Mar. Promovendo o empowerment do cidadão estar-se-á a prevenir as consequências diretas e indiretas da toxicodependência – os danos físicos, psicológicos e sociais, assim como o fenómeno da escalada, ou seja, a passagem do uso ao abuso de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas.

O Programa “Pinta o Futuro” tem sido implemen-tado, junto dos alunos do 1º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico da Escola do Pasteleiro, visando a promoção do desenvolvimento sócio-afetivo dos alunos, bem como a adoção de comportamentos para a saúde. Nestes últi-mos dois anos, esta ação contemplou cerca de 50 alunos, no qual constatou-se: elevados índices de motivação e participação; um autoconceito mais realista, ajustado e positivo; uma maior desinibição quer comportamental quer comunicacional; um sentido crítico mais ajustado e funcional e um conhecimento mais aprofundado sobre as emoções e sobre os comportamentos para a saúde. No presente ano letivo, para além de intervirmos junto dos alunos do 1º ano, alargaremos a nossa ação aos alu-nos do 2º, potenciando, assim, continuidade ao trabalho desenvolvido no ano letivo transato. Esta intervenção consubstancia-se num conjunto de dinâmicas que visam a promoção do desenvolvimento sócio-afetivo, assim como numa panóplia de tarefas atraentes e de carácter

PLANO MUNICIPAL DE PREVENÇÃO DAS TOXICODEPENDÊNCIAS DA HORTA

lúdico, que permitem desenvolver as aptidões implica-das na aprendizagem escolar, entre elas a psicomotri-cidade, orientação espacial, lateralidade, linguagem, a atenção, a discriminação, o auto-controlo e as compe-tências de resolução de problemas.

Sabendo que as festas da Semana do Mar são um es-paço recreativo onde os jovens assumem diversos com-portamentos de consumo abusivo de substâncias psi-coativas lícitas e ilícitas, outra ação contemplada neste Plano, e com resultados bastante positivos, consubstan-cia-se na intervenção noturna efetuada pela equipa de animadores de rua da APADIF, com o apoio da Direção Regional das Dependências e da Câmara Municipal da Horta, em todo o contexto recreativo da festa da Semana do Mar, em prol de se promover a diversão sem risco e reduzir os danos associados ao consumo excessivo de estupefacientes. Praza-me referir que, neste últimos dois anos, intervimos junto de 1.500 indivíduos, apro-ximadamente, de ambos os sexos, verificando-se uma grande aderência, por parte dos mesmos.

Dada a diversidade e a complexidade da sociedade faialense, torna-se impreterível adequar e adaptar os meios e recursos no sentido de uma intervenção concer-tada e eficaz. De salientar, que todos nós (enquanto ci-vis, profissionais e comunidade) temos a beneficiar com a implementação de esforços de concertação nos vários níveis e agentes de reabilitação psicossocial, visando uma potenciação mútua das intervenções desenvolvidas pelos diversos profissionais e a consolidação de um mo-delo mais consensual de intervenção reabilitadora psi-cossocial. Assim sendo, torna-se impreterível o trabalho em equipa, a envolvência de um número grande de ins-tituições com este projecto, a abertura e disponibilidade dos técnicos das diferentes instituições, o respeito e o gosto pelo que se faz para que consigamos alcançar os resultados pretendidos. De facto, o trabalho concerta-do entre diferentes técnicos especialistas torna-se, cada vez mais, uma ferramenta indispensável na construção de um papel que se pretende pró-activo, promocional e desenvolvimental. Este é o verdadeiro desafio e o rumo a seguir na equipa da prevenção primária do Plano Mu-nicipal de Prevenção das Toxicodependências da Horta: a redução progressiva de respostas reativas em favor de um investimento mais sólido na prevenção como for-ma mais eficaz e rentável de dar respostas. O caminho é exigente, como pude constatar neste período de inter-venção, mas o resultado que se avista no horizonte é recompensador e aliciante!

Marta FariaA Psicóloga

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Sendo este o jornal da APADIF, sublinho em primeiro lu-gar o papel importantíssimo destas associações na promoção da integração e respondendo às necessidades manifestadas pelos cidadãos, melhorando o acesso a produtos e serviços adequados a pessoas com deficiência ou perturbações de de-senvolvimento, contribuindo assim para uma melhor inclu-são na escola e na sociedade.

A educação inclusiva é a chave principal de qualquer sis-tema educativo de qualidade para todos.

A atual legislação regional impõe a utilização obrigatória da CIF (Classificação Internacional, incapacidade e saúde), o que significa um perigoso retrocesso com enormes riscos de exclusão no desenvolvimento da escola inclusiva com custos sociais elevados. A utilização da CIF na identificação das necessidades educativas especiais reintroduziu critérios de foro clínico na avaliação técnico-pedagógica que são ir-relevantes no âmbito da Educação Especial, pois não expli-cita o funcionamento dos alunos nos diferentes contextos, não contém toda a informação necessária e pertinente para a elaboração dos Projetos Educativos Individuais nem su-gere estratégias e metodologias de ensino. Por outro lado, a alteração do conceito de Necessidades Educativas Especiais e a aplicação da CIF, afasta da Educação Especial inúmeras crianças e jovens com verdadeiras necessidades educativas especiais, que deixaram de ter o apoio especializado que se-ria necessário ao seu desenvolvimento e inclusão escolar, social e profissional.

Criaram-se turmas especiais, tendo por critério a idade, o ano de escolaridade, a aplicação de medidas do regime educativo especial e o insucesso escolar, retirando os alunos com N.E.E’s e com insucesso escolar das turmas regulares, juntando-os e turmas, supostamente de nível, em sala de aula muitas vezes exíguas e sem o mínimo de condições e digni-dade.

Tendo presente a crise atual que o país atravessa, é urgen-te estarmos atentos na defesa destas minorias sociais pois são estas que mais sofrem com as políticas que têm sido im-plementadas pelos Governos.

A educação inclusiva não são assuntos do passado. Do passado é a exclusão. A inclusão é um tema central do pre-sente e do futuro.

Maria Clotilde Duarte

Por uma sociedade melhorA inclusão é o caminho

O Projeto Trilhos Saudáveis da res-ponsabilidade da APADIF, destina-se a jovens provenientes de famílias nume-rosas com baixos rendimentos, baixos níveis de instrução, baixos níveis de higiene, condições habitacionais precá-rias, dinâmicas familiares disfuncionais, insucesso escolar, consumos de subs-tancias psicoactivas, baixa motivação e comportamentos desajustados.

Este Projeto, tem sido um “suporte” indispensável no desenvolvimento pes-soal, familiar e social dos jovens, pro-porcionando aos mesmos a promoção do seu desenvolvimento integral.

Assim no decorrer deste ano, o Proje-to Trilhos Saudáveis tem como um dos seus objetivos, a promoção e aquisição de hábitos de higiene oral. Com base neste objetivo o Projeto procedeu à con-feção de Massa Sovada nos dias 12 e 27 de Setembro para angariação de fundos de forma a financiar os tratamentos den-tários. A concretização desta atividade foi possível com a participação das fun-cionárias do Projeto, da Srª Graça (tam-bém ela funcionária da APADIF) e dos jovens beneficiários dos tratamentos.

A todos o nosso agradecimento por permitirem que atividades como esta contribuam para uma melhor saúde oral aos jovens.

Confeção Massa Sovada

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Página 15Novembro 2012 VOZE S

O ano de 2012 fica assinalado como o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidarie-dade entre Gerações. Ao longo do ano, a APA-DIF em parceria com outras entidades realizou uma série de iniciativas que chamaram a aten-ção para a importância do contato e convívio entre várias gerações etárias.

Destaca-se como atividade de maior envol-vência o Dia Mundial das Florestas, 21 de Mar-ço de 2012. Esta iniciativa baseou-se na plan-tação de árvores e outras plantas no jardim do novo espaço do Centro de Dia da Conceição. Com uma organização da APADIF em parceria com a Camara Municipal da Horta, contámos com a presença de todas as valências da Asso-ciação, membros da Direção, órgãos municipais e de freguesia, a Diretora e Secretário Regional dos Recursos Florestais e a participação espe-cial de uma turma da Escola da Vista Alegre. Foi sem dúvida um encontro intergeracional onde crianças, jovens e idosos puderam, uni-dos, dar o seu contributo para o crescimento de novas plantas que darão vida a um novo espa-ço. Outra grande atividade foi a "Tarde Fixe": Encontro Intergeracional na discoteca Eryclub, que esteve a cargo da APADIF e da Escola EBJI Praia do Almoxarife. Proporcionaram uma tar-de diferente a cerca de 150 pessoas, onde estive-ram presentes os Centros de Convívio da Praia do Almoxarife, da Conceição, da Feteira, bem como os utentes dos projectos Trilhos Saudá-veis, Moviment'arte, CDIJ Ativar e as crianças, pais e avós da Escola EBJI Praia Almoxarife. O objetivo foi cumprido, proporcionando aos idosos, jovens e crianças uma tarde fixe na dis-coteca EryKlub, onde muitos entraram pela pri-meira vez.

Foram atividades que ficarão para sempre no pensamento e nas experiencias de cada um, pro-porcionando a promoção do convívio e partilha de saberes.

Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações

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Página 16 Novembro 2012VOZE S

Desde há mais de um ano, que eu andava com um “bicho de pé de orelha” que me dizia:

- Marta! O que é que andas a fazer? Porque não fazes mais? Onde é que podes fazer mais?

No final do ano passado, assisti à Gala da Pessoa com Deficiência e foi com muito orgulho e admito algum espanto que assisti a diversos vídeos e apre-sentações sobre as diferentes associações e respeti-vas atividades em todas as ilhas dos Açores.

Admito que a surpresa foi enorme, pela gran-de capacidade e empenho demonstrado quer pelos utentes, quer pelas pessoas que se envolvem, traba-lham e orientam estes grupos, dando sempre o má-ximo de si.

Lembro-me que saí do Teatro Faialense, com muito orgulho da APADIF e sempre com este pensamen-to: Quero fazer par-te disto! Quero per-tencer a este grupo! Quero fazer alguma coisa também!

Depois começa-ram a vir as ideias mas também os re-ceios. Não pelo pos-sível grupo com que iria trabalhar, pois a deficiência nunca me “assustou”, mas sim receio de mim pró-pria, de por alguma razão criar espectativas nestas pessoas e depois não as poder cumprir!

Depois em Abril, tive a felicidade de estar pre-sente numa das conferências do TED - Technology, Entertainment, Design, (www.TED.com) na cidade do Porto (www.tedxoporto.com) cujo tema das con-ferências foi “Fazer das tripas coração”.

Ali vi e ouvi vários conferencistas falarem das suas experiências pessoais, sobre dar o seu máximo no alcance dos seus objetivos, quer na vida profissio-nal, pessoal ou como voluntários em diversas áreas.

Mais uma vez a tal vozinha me dizia: “ e tu Mar-ta? O que andas a fazer? O que podes fazer?”

Finalmente enchi-me de coragem e contactei por e-mail com a APADIF mostrando a minha vontade de fazer alguma coisa, de ser voluntária, de alguma forma pertencer a este grupo de trabalho fantástico.

Porquê voluntária? Porquê a APADIF?Numa primeira reunião mostrei os meus pontos

de vista e as minhas ideias. Comecei então a con-viver com parte deste grupo fantástico às quintas-feiras ao início da noite.

Fazemos trabalhos manuais, por vezes jogamos com a consolda de jogos wii, e ultimamente, come-çámos com aulas de alfabetização.

Toda esta experiência leva-me a várias conclu-sões:

- Já devia ter começado há mais tempo! - Tudo corre sempre melhor do que eu espero

e os meus novos amigos ultrapassam sempre as mi-nhas espectativas!

- As quintas-feiras em que estou com este meu novo grupo de amigos é o meu melhor dia da

semana, e sempre que acabo um des-tes encontros, venho para casa feliz e de alma “lavada”!

A todos quantos possam estar a ler estas minhas linhas, apenas digo: se no vosso íntimo têm vontade de fazer al-guma coisa como voluntário, mesmo que não seja pela APADIF, mas por outro grupo qual-quer, não tenham

receios! Arregacem as mangas! Aproximem-se! Te-nham coragem!

À APADIF, quero deixar aqui o meu agradeci-mento público por esta oportunidade que me deram, e pelo enorme carinho com que todos me receberam e aceitaram as minhas ideias. Obrigada por terem ar-riscado acreditar nas minhas capacidades.

Julgo ser um exemplo a ser seguido por outras instituições. Abrir as portas de casa à boa vontade e à ajuda voluntária. Abrir a porta a novos desafios, a novas ideias!

Todos crescemos um pouco mais com todas estas oportunidades. É justamente com esta partilha de sa-beres que todos nós ficamos mais ricos.

Um abraço a todos e o meu muito obrigado!

Marta Scarlati

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Página 17Novembro 2012 VOZE S

O papel do Projecto Moviment´arte, na ilha do Faial, assume-se cada vez mais de eminente impor-tância. Saber respeitar, integrar, potenciar a igualda-de de oportunidades para todos e todas, desmistificar mitos e preconceitos relativos ao cidadão com de-ficiência, potenciar a concertação das intervenções entre diversos profissionais e instituições, contribuir para a construção de uma sociedade mais coesa, justa e equitativa, assim como para o desenvolvi-mento integral dos utentes, entre outros, torna-se o desafio maior na ação diária dos profissionais do Moviment´arte.

O Moviment´arte (contempla 35 indivíduos com idades compreendidas entre os 16 e os 78 anos e com deficiências bastante heterogéneas) tem tido um papel de importância incontornável, no Faial, ao sensibilizar os faialenses para a temática da defici-ência, através da implementação de inúmeras activi-dades dirigidas à população em geral, preparando e sensibilizando, desta forma, a comunidade faialense para olhar diferente a diferença, para incluir, respei-tar e aceitar todos da forma como são, porque afinal, todos somos diferentes uns dos outros!

A intervenção diária dos profissionais deste proje-to tem sido no sentido de potenciar o olhar das pos-sibilidades e sensibilizar a sociedade faialense como um todo para estar aberta e se adaptar para a inclu-são social, alertando que não basta ser uma sociedade aberta e acessível a todos os grupos, mas acima de tudo, uma sociedade que encoraja a participação e aprecie a diversidade e a experiência humana.

Escrever este artigo cumpre a função de juntar pedaços de histórias de vida, sonhos, ambições e ex-periências inesquecíveis, junto da comunidade, num único texto, em que motivação, enorme persistên-cia e muita dedicação ditaram o caminho para uma sociedade faialense mais aberta à diferença e mais inclusiva.

Moviment´arte tem a oportunidade de dar passeio em jipes de todo o terreno

A convite da Secção de Todo o Terreno do Clube Automóvel do Faial, os utentes do Moviment´arte tiveram a oportunidade de usufruir, uma vez mais, de uma experiência inesquecível, pautada por um passeio de jipes de todo o terreno, visitando diversos pontos turísticos da ilha e efectuando a simulação de provas em diversos troços.

Clube de Pesca Ilha Azul proporciona uma tarde de pesca com os utentes do

Moviment´arte

O Clube de Pesca Ilha Azul organizou, na tarde do dia 9 e 30 de Junho, no Porto da Horta, um con-vívio de pesca desportiva com os utentes do Projeto Moviment´arte. Este evento proporcionou momen-tos de enorme alegria e satisfação, tanto por parte dos utentes como dos colaboradores.

Os utentes participaram desde a preparação dos utensílios necessários à concretização da atividade à efetiva realização da captura do peixe. Este momen-to foi motivo de grande felicidade por parte de cada um, e foi visível a satisfação do grupo com a realiza-ção desta atividade, uma vez que lhes proporciona-ram um dia diferente e uma oportunidade única, que jamais será esquecida.

Moviment´arte em ação na Comunidade

(continua na pág. 18)

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Página 18 Novembro 2012VOZE S

Torneio de Futsal Adaptado

No passado dia 11 de Junho foi realizado um torneio de futsal adaptado, organizado pela Asso-ciação de Futebol da Horta, no pavilhão do Fayal Sport. O torneio foi disputado entre os utentes do Moviment´arte, o CAO da Horta e uma turma da Es-cola Secundária da Horta.

Torneio de “Amizade” com PSP da Horta

No passado dia 3 de Julho de 2012 foi realizado, no pavilhão do Fayal Sport, um torneio de futebol, entre a equipa feminina da PSP da Horta, os utentes do Moviment´arte e o CAO da Horta. Após o torneio, a PSP brindou os participantes com um lanche conví-vio, que decorreu nas instalações deste comando.

(continuação da pág. 17) Mais uma vez, é de evidenciar e valorizar esta iniciativa da PSP e agradecer o carinho transmitido aos utentes durante todo o evento.

Visita à Ilha do Pico

O Moviment´arte visitou a ilha do Pico, no dia 6 de Julho de 2012, onde puderam passear pela Vila d aMadalena, usufruir da piscina municipal, bem como do comércio tradicional.

(continua na pág. 19)

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Página 19Novembro 2012 VOZE S

(continuação da pág. 18)

Corpuseven em colaboração com o Projeto Moviment´arte

No dia 6 de Março, do presente ano, os utentes do Moviment´arte visitaram o ginásio Corpuseven para praticar exercício físico, no qual usufruiram dos mais recentes e diversos equipamentos desportivos, assim como de um extraordinário acompanhamento individual e profissional, por parte do Pedro Men-donça e do Pedro Rodrigues.

O Corpuseven para além de ser um ginásio di-nâmico, ativo e versátil é um bom exemplo de boas

práticas de integração social, uma vez que associou-se ao Moviment´arte, disponibilizando, aos seus utentes, a utilização das diversas modalidades exis-tentes, bem como um acompanhamento profissional exímio, sem contrapartidas financeiras, ao longo de todo o ano.

Marta Faria e Ana Luís

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Cobrança: Sede Domicílio

Dia 5/11/2010 – 21.00 Horas – Lançamento doLivro “ Finalmente Árvore”, na Biblioteca e ArquivoRegional João José da Graça.Texto de Sara Porto, ilustrações e Capa dosutentes do Moviment’arte.

Dia 10/11/10 – No Auditório da Biblioteca Pública.

09:30 horas – Discurso de abertura do Presidenteda Direcção da Apadif.- Evolução histórica do (Pre)conceito da deficiência- Enquadramento legal - Conceitos e objectivosdos CAOS. - Dr. João Duarte.- Inclusão – a Escola de Hoje - Dra Lina Alvernaz.

DEBATE11:15 horas- Intervalo.11:30 horas - Para quando a Horta será umacidade para todos?- Vanda Ângelo.- Resultado do levantamento das BarreirasArquitectónicas – Apresentada pela PSP.

DEBATE12:30 horas – INTERVALO PARA ALMOÇO.14:00 horas – Distribuição do Jornal VOZES evenda do Livro “ Finalmente árvore”.14:30 horas – Apresentação de todos ostrabalhos desenvolvidos nas diferentesvalências, no último ano.

DEBATE16:30 horas – Discurso de Encerramento por suaExcelência a Senhora Directora Regional daIgualdade de Oportunidades Dra. NatérciaGaspar.

Dia 13/11/10 – 20:00 Horas - Na Filarmónica daFeteira – NOITE DE FADOS.

Dia 20/11/10- 20:30 horas – Na filarmónica daRibeirinha - Espectáculo de Variedades comArtistas do Faial e com os nossos utentes doMoviment’arte.

Dia 27/11/10 – 20:30 Horas – Na Filarmónica daFeteira – REPETIÇÃO DO ESPECTÁCULO DEVARIEDADES.

Page 20: Jornal "Vozes"

Página 20 Novembro 2012VOZE S

Foi inaugurada na passada Sexta-Feira uma exposi-ção de pintura do Projeto Moviment’arte , intitulada “A ARTE ESTÁ NA DIFERENÇA” perante uma assistên-cia bastante curiosa por verem os trabalhos ali exposto.

Abriu a sessão o Presidente da Instituição, José Fia-lho, que depois de fazer as saudações habituais, manifes-tou o seu contentamento pela iniciativa, dizendo mesmo, que aquele terá sido um dia de felicidade, por estar obser-var o fruto do trabalho de mais de dois anos e meio, com quadros lindíssimos, dignos de serem visto pelos faialen-ses. Aproveitou para elogiar e enaltecer o desempenho da monitora Filomena Pinto, uma voluntária com mui-tas horas dadas à Instituição e aos utentes, que aceitou o desafio, sabendo que não seria fácil, mas com um final compensador e dignificante para o ser humano. Com os olhos fixos nos utentes, José Fialho, chamou-lhes de “ar-tistas” e de “figuras principais” do evento e elogiou toda a equipa técnica, reconhecendo um trabalho de grande profissionalismo, incentivando-os a continuarem e a con-vidarem os familiares e amigos a virem ver os trabalhos ali expostos.

Antes de terminar o sua intervenção o Presidente da Instituição, mostrando estar comovido e emocionado agradeceu aos familiares dos utentes ali presentes, por terem acreditado no projeto, na equipa e acima de tudo por terem acreditado, que, com um trabalho empenhado de todos o futuro será melhor, e mais risonho, uma vez

EXPOSIÇÃO DA APADIF PATENTE AO PÚBLICO ATÉ AO DIA 9 NO POLIVALENTE

DA BIBLIOTECA PÚBLICAque todos os utentes , estão mais autónomos , prontos a encarar o futuro de forma diferente .

A monitora Filomena Pinto, agradeceu a oportunidade de poder estar envolvida de alma e coração no projeto, de ter tido a oportunidade de conhecer aquele grupo puro, empenhado em aprender coisas novas, onde a competi-ção não existe, existindo sim. a partilha e alegria coletiva de cada um alcançar o seu objetivo.

Filomena Pinto reconheceu que aquele é um trabalho em que todos aprendem e que todos ensinam e que tudo se torna mais fácil, quando são estimulados, pela equipa técnica e pelos seus dirigentes.

Por fim, Filipe Menezes, representante da Câmara Municipal da Horta, enalteceu o evento, elogiou o traba-lho da Instituição, afirmando que a Câmara é, e irá con-tinuar a ser uma parceira ativa , porque ser evidente o papel da Apadif no concelho da Horta.

A exposição irá estar aberta, até ao dia nove do cor-rente mês, das dez ao meio dia e das catorze e trinta às dezassete horas.

Das pessoas presentes, na sessão inaugural, muitas foram aquelas, que quiserem adquirir algumas das obras expostas.

Este foi o primeiro evento das comemorações do 19º aniversário, terminando só no dia 24 com entrega de pré-mios das regatas da APADIF – Vela ligeira no Clube Na-val da Horta.

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