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Colmeias, macacões, cera alveolada,mel e acessórios para apicultura. Maracanaú—CE Fones: 55(85) 3383.0060 / 55(85) 9907.0288 / 55(85) 8763.8712
JornApis
Número 4, Jul/Set, 2012 - Publicação do Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização da UVA
V Encontro dos Apicultores e Exposição Apícola da Região Norte do Ceará foi
sucesso com 512 pessoas de 48 municípios do Ceará..
Informando sobre a apicultura cearense
Produtos Apícolas:
Geléia Real
Geléia real: Um formidável suplemento
alimentar. (Página 2)
O evento contou com a presença de 512 pes-
soas de 48 municípios do Ceará. Como ele
fará parte do calendário de feiras da Secretaria
do Desenvolvimento Agrário do Estado do
Ceará, espera-se um crescimento no número
de participantes e de palestrantes para 2013.
Além das palestras que foram bastante eluci-
dativas, os parceiros, apoiadores, expositores
e participantes parabenizaram a Comissão Organizadora pelo nível dos palestrantes e
pela organização do evento além do envolvimento dos diversos atores das cadeias pro-
dutivas da Apicultura. Teve destaque ainda a Exposição de produtos e equipamentos
para Apicultura que contou com várias empresas como Colméia&Cia, Facolmel, Amel,
UVA, AAPIFOR, Inplavel, Colméia.com e Hélio Indumentárias.
Reitor e Vice-Reitora da UVA vão ao Curso de Zootecnia para
discutir reformas no prédio para melhoria do Mestrado e do
Laboratório de Pesquisas com Abelhas e Polinização.
Em junho o Prof. Antônio Colaço Martins (Reitor da UVA) e a Profa. Maria Palmira So-
ares (Vice-Reitora da UVA) estiveram reuni-
dos com os docentes no Auditório do Curso de Zootecnia para discutir as reformas na infra-
estrutura do prédio que abriga o Curso de
Mestrado em Zootecnia e o Laboratório de
Pesquisas com Abelhas e Polinização. As re-formas visam dar acesso a cadeirantes, cons-
truir novas salas para novos professores a serem contratados e para os discentes do mes-trado, além de promover melhorias no Laboratório de Pesquisas com Abelhas e Polini-
zação. Os integrantes do GPAP parabenizam a UVA pela iniciativa.
Na oportunidade, os integrantes do GPAP conversaram com o reitor para presenteá-lo
com o brinde do V Encontro dos Apicultores do Norte do Ceará, com as três edições do JornApis e com a doação de 10 livros intitulado Pólen Apícola: Manejo para a produção
no Brasil, de autoria de Marcelo Milfont, Breno M. Freitas e José Everton Alves.
TCC na UVA avalia
os acidentes por
abelhas no Ceará de
2003 a 2011
(Página 2)
GPAP na 50a
EXPONORTE
(Página 2)
X Encontro sobre
Abelhas
Ribeirão Preto—SP
25 a 28 de julho
(Página 3)
DICA DE LEITURA
(Página 3)
PECNORDESTE 2012
(Página 4)
(88)36144333
Os mamangavas e os serviços de
polinização. (Página 4)
Abelhas solitárias:
Mamangavas (Xylocopa sp.)
JornApis, n. 4, Jul/Set, 2012
Casa do Campo (88) 3611.3267
Na UVA a aluna do Curso de Biologia Gislane dos Santos Sousa desenvolveu um
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com o título: Distribuição e epidemiolo-
gia temporal de acidentes por abelhas no Estado do Ceará no período de 2003
a 2011. O trabalho foi defendido no dia 14 de junho diante da banca formada pelos
professores: Dr. Petrônio Emanuel Timbó Braga, Dr. José Everton Alves e Dr.
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto.
O trabalho ajuda a entender qual o público que está mais sujeito aos acidentes cau-
sados por abelhas além de fornecer informações que ajudarão na prevenção destes
acidentes que podem ser fatais, em raras ocasiões.
Página 2
"A grandeza
de uma
nação pode ser
julgada pelo modo
que seus animais
são tratados."
(Mahatma Gandhi)
A geleia real é produzida pelas glândulas mandibulares e hipofaringeas das abelhas operárias, visando alimentar
todas as larvas da colônia bem como a abelha rainha durante a sua vida. Este alimento proporciona à rainha uma
vida cinquenta vezes mais prolongada do que a das operárias, apesar de serem geneticamente iguais.
A geleia real é um formidável suplemento alimentar para nós, pois contêm notáveis quantidades de proteínas,
Geléia Real, um formidável suplemento alimentar. Talícia Lima Marinho
Graduanda em Zootecnia-UVA
www.inplavel.com.br
Colméia.com (85) 8884.3344
(85) 8884.3334
Estrada da Coluna
CASCAVEL - CE
(88) 3565-0717
Acopiara-CE
A 50ª EXPONORTE foi realizada de 30 de junho a 8 de julho de 2012, no Parque de Exposição de Sobral pela Associação dos Criadores da Zona Norte do Estado do Ceará (ACNEC), Prefeitura Municipal de Sobral e Secreta-
ria da Agricultura do Governo do Estado do Ceará.
Na oportunidade o Curso de Zootecnia foi representado por professores e acadêmicos que participaram de estágio
na recepção dos animais e na organização do stand do curso. O Grupo de Pesquisas com Abelhas e Polinização – GPAP teve um papel indispensável neste trabalho.
Durante o evento ocorreram várias oficinas realizadas pela Secretaria da Agricultura e Pecuária de Sobral, dentre
elas a oficina intitulada ―Manejo para Melhorar a Qualidade do Mel‖ foi ministrada pelos acadêmicos do GPAP,
João Paulo de Oliveira Muniz e Fernando Rocha Aguiar.
O stand da UVA recebeu centenas de visitas, as quais receberam informações relacionadas à universidade, ao Cur-
so de Zootecnia e aos Grupos de Estudos e Pesquisas além de degustarem vários produtos, dentre eles o mel.
O Grupo de Pesquisas GPAP além de estar expondo seus produtos mel e pólen, também trabalhou na divulgação
da apicultura através de folders e do JornApis junto aos produtores rurais da região e demais interessados.
GPAP participa efetivamente da 50a EXPONORTE
lipídeos, carboidratos, vitaminas, hormônios, enzimas, substâncias mine-
rais e substâncias biocatalizadoras nos processos de regeneração das
células. Não se conhece outra substância com semelhante efeito sobre
crescimento, longevidade e reprodução das espécies.
A geleia real é recomendada em casos de cansaço, astenia, falta de a-
petite, em condições de esgotamento físico e nervoso, transtornos de
comportamento, de adaptação social e escolar (rendimento psíquico bai-
xo), nos jovens durante o período de puberdade e adolescência, assim
como se recomenda como tônico geral nas enfermidades com evolução
crônica, anemia, anorexia e outros. Não apresenta efeito secundário,
portanto, não tem contra indicações.
As formas mais comuns de apresentação do produto é liofilizada, mistu-
rada com mel e pura conservada em gelo.
JornApis, n.4, Jul/Set, 2012
X Encontro sobre abelhas, em Ribeirão Preto-SP , ocorrerá de 25 a 28 de julho.
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PROGRAMAÇÃO DOS SIMPÓSIOS NO X ENCONTRO SOBRE ABELHAS
O tradicional Encontro Sobre Abelhas, que acontece a cada dois anos em Ribeirão Preto-SP desde 1994, constitui hoje o principal evento científico sobre pesquisas com abelhas no Brasil. Nas últimas versões, reuniu mais de 400 participantes em cada evento, sempre com a apresentação de diversos simpósios e conferências por parte dos maiores especialistas do mundo. Caso queiram conhecer a programação do
evento é só acessar http://www.rge.fmrp.usp.br/abelhudo/br/encontro.php.
Simpósios Coordenadores(as)
1 Modeling and interaction networks in ecology Antonio M. Saraiva
2 CCD and consequences to agribusiness Lionel Segui Gonçalves
3 Population genetics of solitary and social bees Marco A. Del Lama
4 Developmental plasticity and the evolution of sociality A. Roberto Barchuk
5 Bee Pathology David De Jong
6 Trophic niche and bee/plant interaction Isabel Alves do Santos e Claudia Inês da Silva
7 Comparative biology: paths to be followed for the unders-tanding of bee diversity Eduardo A. B. Almeida
8 Pollination Breno Magalhães Freitas
9 Students Symposium 1 Ana Durvalina Bomtorin
10 Behavioural ecology of bees Fábio S. Nascimento
11 The rebirth of morphometrics and its applications Tiago M. Francoy
12 Bees and climate changes Vera Lucia Imperatriz-Fonseca
13 Global analyses of bees Zilá L. P. Simões e Márcia M. G. Bitondi
14 Conflict, coordination and cooperation in stingless bees Denise de Araújo Alves e Michael Hrncir
15 Students Symposium 2 Daniela L. Nascimento e Aline Borba dos Santos
16 Nutrition and health of bees Michelle M. Moraes
17 Propolis Ademilson Espencer Egea Soares
Mesa redonda: A century of research on the bees in Brazil Zilá L. P. Simões
Dica de Leitura: O livro Guia de Plantas Visitadas por Abelhas na Caatinga, de autoria de Camila
Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva, Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-
Fonseca, relata a importância das abelhas nativas como agentes polinizadores da flora nativa
e sua importância na conservação e manutenção do ecossistema.
Na obra são citadas várias espécies de árvores, arbustos, ervas e trepadeiras devidamente
identificadas e fotografadas. Estão relatadas ainda as características florais como época de
florescimento, anatomia floral e os seus principais visitantes.
Na caatinga existem cerca 187 espécies de abelhas sociais (Ex: jandaira, cupira, moça bran-
ca, mandaçaia, canudo, mandaçaia e manduri) e dezenas de abelhas solitárias como por
exemplo, as abelhas do gênero Centris e as mamangavas.
O livro está disponível na internet gratuitamente e pode ser acessado e baixado no site:
http://www.mma.gov.br/estruturas/203/_arquivos/livro_203.pdf
O GPAP só tem a agradecer por esta obra que terá um papel fundamental na formação pro-
fissional e no auxílio às pesquisas na região Nordeste. Este é apenas um dos trabalhos, de uma série de futuros
outros, que virão surgir com presença da Profa. Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca e de sua equipe na região Nordeste
do Brasil que ainda é carente de conhecimentos científicos.
E X P E D I E N T E
JornApis O JornApis é uma publicação bi-
mensal do Grupo de Pesquisas com
Abelhas e Polinização da UVA Tiragem: 400 exemplares
[email protected] Impressão: Egus Editora Gráfica
Universitária Sobralense.
Prof. Orientador
Prof. Dr. José Everton Alves
Editores
José Everton Alves
José Elton de Melo Nascimento
Colaboradores
Fernando Rocha Aguiar
Jânio Angelo Félix
João Paulo de O. Muniz
Patrícia Matias Araújo
Talícia Lima Marinho
Yan Igor de Oliveira
Jéssica Clemente
JornApis
JornApis, n. 4, Jul/Set, 2012 Página 4
GPAP na WEB: blogdogpap.blogspot.com.br
ENTRE EM CONTATO COM GPAP: [email protected]
XVI PECNORDESTE foi sucesso para o segmento da Apicultura Vinícius Araújo de Carvalho.
Coordenador de Apicultura no XVI PECNORDESTE
O PEC-Nordeste contou com a presença de 4 mil produtores rurais de 80 caravanas e de um expressivo número de estudantes das escolas técnicas
federais e escolas profissionalizantes.
O segmento da apicultura contou com uma boa qualidade de palestrantes com assuntos novos de interesse para o momento atual da atividade do
Nordeste. Além de ser palco de reencontros entre congressistas, estes pude-ram assistir palestras globais e mini-cursos de variados assuntos da melipo-
nicultura e da apicultura.
A comissão técnica e científica foi formada por José Xavier Leal Neto,
Guido José Alves e Vinícius Araújo de Carvalho.
OS MAMANGAVAS E O SERVIÇO DE POLINIZAÇÃO José Everton Alves
PROFESSOR DA UVA
As abelhas do gênero Xylocopa são conhecidas como mamangavas ou abelhas carpinteiras e são, na
grande maioria, solitárias ou parassosiais (SILVEIRA, MELO e ALMEIDA, 2002).
As espécies deste grupo são importantes polinizadoras da vegetação nativa tropical como a castanheira-do-Pará (Bertholletia excelsa) e de culturas agrícolas como a goiabeira (Psidium guajava) e o maracujá
(Passiflora edulis) (ALVES, 2000, VIANA, 2006; CAVALCANTE, 2008).
Diante desta importância, algumas iniciativas são necessárias para promover o incremento das popula-ções destas abelhas nas áreas com necessidade para o aumento da produtividade de frutos e sementes (FREITAS e OLIVEIRA FILHO, 2001; ALVES-DOS-SANTOS, 2004). Dentre as medidas, merecem destaque: abolir o uso de agrotóxicos; manter e ou plantar na área agrícola, plantas que floresçam no período em que a cultura que se deseja os serviços de polinização (goiabeira, maracujazeiro, etc) não
esteja em florescimento; preservar a mata no entorno da cultura; e distribuir e ninhos armadilha (troncos
de madeira morta, varas de bambu ou colmeias racionais) para as fêmeas os ocupem.
Com a população em quantidade adequada, é necessário ainda o direcionamento destas abelhas para as flores desejadas. Com isso evita-se que espécies concorrentes atraiam as mamangavas para suas flores
no momento em que deveriam visitar as flores da cultura que carece de polinização.
Com estas medidas as mamangavas poderão prestar um serviço muito valioso, sob o ponto de vista eco-nômico para a humanidade que é a polinização. Vieira et al. (2010), avaliando o valor deste serviço prestado pelas mamangavas em Minas Gerais afirmou que, para cada hectare com um ciclo de 3 anos de maracujá amarelo, as mamangavas prestam o serviço correspondente a R$ 14.686,00 em comparação com o serviço de polinização manual efetuada por homens. Deve-se considerar ainda que uma poliniza-ção bem efetuada não melhora apenas a produtividade, mas também a qualidade dos frutos quanto à
forma, peso, composição química, número de sementes por vagem além de outras vantagens.
Diante do exposto, verifica-se que a rentabilidade da agricultura e fruticultura em alguns casos depende
diretamente da ação das abelhas mamangavas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALVES-DOS-SANTOS, I. Conhecimento e criação de abelhas solitárias: um desafio. Revista Tecnologia e Ambiente. v.
10,: p. 99-103. 2004.
ALVES, J. E. Eficiência de cinco espécies de abelhas na polinização da goibeira (Psidium guajava L.). Dissertação
(Mestrado em Zootecnia). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza: 2000.
CAVALCANTE, M. C. Visitantes florais e polinização da castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H. & B.) em cultivo
na Amazônia Central. Dissertação (Mestrado em Zootecnia). Fortaleza: Universidade Federal do Ceará. 2008.
FREITAS, B. M.; OLIVEIRA FILHO, J. H. Criação racional de mamangavas: para polinização em áreas agrícolas.
Fortaleza: Banco do Nordeste. 2001.
SILVEIRA, F. A.; MELO, G. A. R.; ALMEIDA, E. A. B. Abelhas brasileiras: sistemática e identificação. Belo Horizonte.
2002.
VIANA, B. F. (Coord.) O maracujá amarelo e seus polinizadores na região do vale médio São Francisco: Manual do
produtor. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia. 2006.
VIEIRA, P. F. da S. P.; CRUZ, D. de O.; GOMES, M. F. M.; CAMPOS, L. A. de O.; LIMA, J. E. Valor econômico da poli-
nização por abelhas mamangavas no cultivo do maracujá-amarelo. Revista Iberoamericana de Economia Ecológica. v. 15:
p. 43-53. 2010.